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capítulo

7 Os princípios da Dinâmica

Conceitos iniciais tar uma bola, ao dar uma cortada num jogo de vôlei,
estamos aplicando forças (fig. 3).
A Dinâmica é a parte da Mecânica que estuda

Paolo Bona/AGE Fotostock/


Grupo Keystone
os movimentos dos corpos, analisando as causas
que explicam como um corpo em repouso pode
entrar em movimento, como é possível modificar o
movimento de um corpo ou como um corpo em mo-
vimento pode ser levado ao repouso. Essas causas
são, como veremos, as forças. Thinkstock/Getty Images

Figura 3

A força tem intensidade, direção e sentido, ou seja, ela


é uma grandeza física vetorial.

Inércia
Das teorias que explicavam os movimentos
dos corpos, a que perdurou durante séculos foi a de
Aristóteles. De acordo com essa teoria, um corpo
Figura 1
só estaria em movimento se fosse constantemente
AKG Images/Latinstock

impelido por um agente (isto é, uma força).


O estudo científico Por meio de experiências, Galileu Galilei verificou
dos movimentos dos que a tendência dos corpos, quando não submetidos à
corpos deve-se a Galileu ação de forças, é permanecer em repouso ou realizar
Galilei (fig. 2), que intro- movimento retilíneo uniforme.
duziu na Física o método Portanto, pode haver movimento mesmo na ausên-
experimental. cia de forças. Por exemplo, se lançarmos um bloco
O método experi- sobre uma superfície horizontal, ele para após per-
mental consiste em: correr certa distância, devido às forças de atrito e de
Figura 2. Galileu Galilei
• observar os fenô- (1564-1642). resistência do ar. Polindo as superfícies de contato, a
menos; intensidade da força de atrito diminui, e o bloco per-
• medir as grandezas que interferem nos fenô- corre uma distância maior. Se fosse possível eliminar
menos; todo o atrito e a resistência do ar, o bloco continuaria
• estabelecer as leis físicas que os regem. indefinidamente em movimento, com velocidade
Atualmente, o método experimental tem caráter constante. A tendência dos corpos de permanecer
apenas histórico. Na verdade, o método utilizado na em repouso ou em movimento retilíneo uniforme,
formulação de leis e teorias que explicam muitos quando livres da ação de forças, é interpretada como
fenômenos que ocorrem no Universo é variável, não uma propriedade denominada inércia.
seguindo etapas previamente estabelecidas, como
sugere o método experimental. Um corpo em repouso tende, por sua inércia, a
O nosso conceito mais intuitivo de força surge permanecer em repouso. Um corpo em movimento
tende, por sua inércia, a manter constante sua
quando empurramos ou puxamos um objeto. Ao
velocidade.
empurrar um carrinho, ao puxar uma gaveta, ao chu-

98 UNIDADE 2 - Dinâmica
Vejamos alguns exemplos. Na figura 4a, quando
o ônibus parte, o passageiro sente-se empurrado para
Princípio da Inércia:
trás em relação ao ônibus, pois tende, por sua inércia, Primeira Lei de Newton
a permanecer em repouso em relação ao solo.
Com base nos trabalhos de Galileu e de
Johannes Kepler (1571-1630), Isaac Newton (fig. 6)

Ilustrações: Avelino Guedes


estabeleceu três prin-

The Bridgeman Art Library/Grupo Keystone/


Academie des Sciences, Paris
cípios e a partir deles
desenvolveu a teoria
(a) Ônibus partindo. sobre o movimento
dos corpos, denomi-
nada Mecânica Clás-
sica. Os princípios da
Dinâmica são também
chamados leis de
(b) Ônibus freando. Newton. O Princípio
Figura 4 da Inércia ou Primeira
Já quando o ônibus freia, o passageiro é atirado Lei de Newton, con- Figura 6. Isaac Newton
para a frente em relação ao ônibus, pois tende, por sua firmando os estudos (1642-1727).
inércia, a manter a velocidade que tinha em relação ao de Galileu, estabelece
solo (fig. 4b). que:
A figura 5 mostra um carro que se movimenta
numa estrada reta. Ao entrar numa curva, ele tende, Todo corpo continua em seu estado de
por sua inércia, a manter a velocidade que tinha e, repouso ou de movimento uniforme em
portanto, sair pela tangente à curva. linha reta, a menos que seja forçado a
Quanto maior a massa de um corpo, maior a sair desse estado por forças imprimidas
sua inércia, isto é, sua tendência de permanecer sobre ele.
em repouso ou em movimento retilíneo e uniforme.
Portanto, a massa é uma constante característica do
corpo e com ela se mede a sua inércia. Em outras palavras:

Todo corpo livre da ação de forças ou


está em repouso ou realiza movimento
retilíneo e uniforme.

v
Dessa lei resulta o conceito dinâmico de
v
força:

Força é a causa que produz num corpo


variação de velocidade e, portanto,
aceleração.
Figura 5

OBSERVE
Na prática não é possível obter um corpo livre da ação de forças. No entanto, se o corpo estiver sujeito
a um sistema de forças cuja resultante é nula, ele estará em repouso ou descreverá movimento retilíneo e
uniforme. A existência de forças não equilibradas produz variação na velocidade do corpo. No exemplo do
ônibus, o passageiro, ao segurar-se, recebe uma força que vai acelerá-lo (fig. 4a), ou freá-lo (fig. 4b). Na situa-
ção da figura 5, ao efetuar a curva, os pneus são direcionados de tal forma que recebem do solo uma força
capaz de variar a direção da velocidade.

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 99


Sistemas inerciais de No ônibus que freia (fig. 4b), os corpos em
repouso em relação ao ônibus são jogados para a
referência frente, em relação a ele. Nesse caso, há um movi-
Já vimos que as noções de repouso, movimento, mento (corpo jogado para a frente) sem a ação de
velocidade, aceleração, força, etc. dependem do sis- uma força. O ônibus freando não é um referencial
tema de referência. inercial.
Sistemas inerciais de referência são sistemas em Devido a seus movimentos de rotação e
relação aos quais vale o Princípio da Inércia. Em translação, a Terra não é um referencial inercial. Mas
relação a tais sistemas, um corpo em repouso está esses movimentos interferem muito pouco nos movi-
livre da ação de forças ou sujeito a um sistema de mentos usuais de corpos na superfície terrestre. Por
forças cuja resultante é nula. Isso significa que, em isso, em nosso estudo, vamos sempre considerar a
relação a tais sistemas, nenhum movimento começa Terra como referencial inercial.
sem a ação de uma força.

Aplicação
A1. Explique por Ilustrações: Lettera Studio A3. Uma força horizontal constante é aplicada a um
que o cavaleiro é objeto que se encontra a um plano horizontal per-
projetado para a feitamente liso, imprimindo-lhe certa aceleração. No
frente quando o momento em que essa força é retirada, o objeto:
cavalo para brus- a) para imediatamente.
camente. b) continua movimentando-se, agora com velocidade
constante e igual à que possuía no instante em
que a força foi retirada.
c) para após uma diminuição gradual de velocidade.
A2. Explique por
d) adquire aceleração negativa até parar.
que, puxando-
e) adquire movimento acelerado.
se rapidamente
a toalha, o prato
A4. Um pequeno bloco realiza um MRU sob ação de duas
con ti nuará em
forças, F 1 e F 2. O que você pode afirmar a respeito da
repouso.
direção, do sentido e da intensidade de F 1 e de F 2?

Verificação
V1. Coloque um pedaço V3. Um ponto material sob ação de um sistema de for-
de papelão nas pontas ças realiza um MRU. O que se pode afirmar a res-
dos dedos e sobre ele peito da resultante das forças que agem sobre o
uma moeda. Com o ponto material?
dedo da outra mão dê
V4. Ao fazer uma curva fechada em alta velocidade, a
uma pancada brusca
porta do automóvel abriu-se e o passageiro, que não
no papelão. Este sal-
usava cinto de segurança, foi lançado para fora. O fato
tará da mão e a moeda permanecerá sobre os dedos.
se relaciona com:
Em que princípio da Física você se baseia para explicar
a) a atração que a Terra exerce sobre os corpos.
tal fato?
b) a inércia que os corpos possuem.
V2. Para encaixarmos c) o Princípio da Ação e Reação.
um martelo no cabo, d) o Princípio da Conservação da Energia.
batemos o cabo con- e) o fato de um corpo resistir a uma força.
tra uma superfície
rígida. Você sabe
explicar por quê?

100 UNIDADE 2 - Dinâmica


Revisão
R1. (PUC-RJ) A Primeira Lei de Newton afirma que, se a soma de todas as forças atuando sobre o corpo for nulo, o mesmo:
a) terá um movimento uniformemente variado.
b) apresentará velocidade constante.
c) apresentará velocidade constante em módulo, mas sua direção pode ser alterada.
d) será desacelerado.
e) apresentará um movimento circular uniforme.

R2. (UFF-RJ) Ao lado estão representadas as forças, de mesmo módulo, que (1) (2) (3)
atuam numa partícula em movimento, em três situações.
É correto afirmar que a partícula está com velocidade constante:
a) apenas na situação 1. c) apenas nas situações 1 e 3.
b) apenas na situação 2. d) apenas nas situações 2 e 3. e) nas situações 1, 2 e 3.

R3. (UE-RJ) Considere as duas tirinhas a seguir.

Luisa Daou
UM CORPO
EM REPOUSO
FICAR EM
TENDE A ...
REPOUSO!

(Daou, L. e Caruso, F. Tirinhas de Física. Rio de Janeiro: CBPF, 2000. v. 2.)

Luisa Daou
A PERMANECER
EM MOVIMENTOOO ! ! !

OPS!
Ah!
UM CORPO EM
MOVIMENTO
TENDE ...

(Daou, L. e Caruso, F. Tirinhas de Física. Rio de Janeiro: CBPF, 2000. v. 2.)

Essas tirinhas representam expressões diferentes da Lei de:


a) Inércia b) queda de corpo c) Conservação de Energia d) conservação de momento

R4. (Vunesp-SP) A sequência representa um menino que gira uma pedra através
de um fio, de massa desprezível, com velocidade escalar constante. Num
determinado instante, o fio se rompe.
Lettera Studio

Supondo-se que, após a ruptura do fio, a pedra se movimente no chão hori-


zontal sem atrito nem resistência do ar, pede-se:
a) transcreva a figura C para seu caderno e represente a trajetória da pedra
após o rompimento do fio;
b) descreva o tipo de movimento da pedra. Figura A Figura B Figura C

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 101


Princípio Fundamental da P e g têm a direção da vertical do lugar e sentido
para o centro da Terra. O módulo de g varia de lo-
Dinâmica: Segunda Lei de cal para local, sendo nas proximidades da superfície
Newton da Terra aproximadamente igual a 9,8 m/s2.
Note que a massa m é uma grandeza carac-
Considere um ponto material de massa m e
terística do corpo, enquanto o peso P varia de um
sob a ação de um sistema de forças cuja resul-
local para outro em virtude da variação de g.
tante é F . O Princípio Fundamental da Dinâmica
estabelece que: A expressão P5 m ? g permite determinar o peso
de um corpo mesmo quando outras forças, além do
peso, atuam sobre o corpo.
A resultante F das forças aplicadas a um ponto
material de massa m produz uma aceleração a tal
que:
Unidades
F 5m?a
isto é, F e a têm a mesma direção, o mesmo sentido No Sistema Internacional de Unidades (SI) a
e intensidades proporcionais. unidade de massa é o quilograma (kg).
O grama (g) e a tonelada (t) são, respectiva-
mente, submúltiplo e múltiplo do quilograma:
Quando a resultante F tem o mesmo sentido da
velocidade vetorial v, a aceleração a tem o mesmo
sentido de v. Nesse caso, o módulo da velocidade 1
1g5 kg ou 1 kg 5 1 000 g e 1 t 5 1 000 kg
aumenta com o tempo e o movimento é acelerado 1 000
(fig. 7a).
Quando F tem sentido oposto ao de v, a ace- O quilograma é definido como sendo a massa
leração a também tem sentido oposto ao de v. O de um cilindro de platina e irídio guardado no Insti-
módulo de v diminui com o tempo e o movimento é tuto Internacional de Pesos e Medidas, em Sèvres,
retardado. Observe que, em qualquer caso, F e a têm na França (fig. 8).
mesma direção e mesmo sentido (fig. 7b).

Jacques Brinon/AP Photo/Glow Images


a

F v

(a) a e v têm mesmo sentido: movimento acelerado.

F v

(b) a e v têm sentidos opostos: movimento retardado.

Figura 7

Peso de um corpo
A força de atração que a Terra exerce num corpo
é denominada peso do corpo e é indicada por P. Figura 8

Quando um corpo está em movimento sob ação A unidade de intensidade de força no SI é o new-
exclusiva de seu peso P, ele adquire uma acelera- ton (N).
ção denominada aceleração da gravidade g.
Sendo m a massa do corpo, de acordo com o Um newton é a intensidade da força que, aplicada
Princípio Fundamental da Dinâmica, resulta: a um corpo com 1 kg de massa, imprime nele uma
aceleração de 1 m/s2.
P5m? g 1 N 5 1 kg ? m/s2

102 UNIDADE 2 - Dinâmica


Quilograma-força (kgf) estabelecer o equilíbrio. O ponteiro indica, na escala
graduada, a intensidade da força F (fig. 10b).
O quilograma-força é outra unidade de inten-

Ilustrações: Studio Caparroz


sidade de força. Pertence ao sistema técnico de A A
unidades. Define-se assim:

O quilograma-força é o peso de um corpo com 1 kg


de massa, num local em que a aceleração da gra-
vidade é 9,80665 m/s2 (aceleração normal da
gravidade).
B
B
Nessas condições, um quilograma-força equivale
a 9,80665 newtons.
F

1 kgf 5 9,80665 N (a) (b)


Figura 10
Num local onde a aceleração da gravidade é nor-
mal, um corpo com massa de 1 kg pesa 1 kgf; outro A graduação da escala é feita da seguinte
corpo com massa de 2 kg pesa 2 kgf e assim por maneira: um corpo com massa de 1 kg é pendurado
diante. na extremidade B. Na posição de equilíbrio, indicada
pelo ponteiro, registra-se na escala a marca de 1 kgf
(fig. 11a). A seguir, repete-se o processo, suspenden-
Conceitograf

do-se massas de 2 kg, 3 kg, ... e obtêm-se na escala


as marcas de 2 kgf, 3 kgf, ... (fig. 11b).
1 kg m 5 1 kg
P 5 1 kgf
ou 9,8 N

Figura 9

Dinamômetro
kgf kgf
Considere uma mola helicoidal AB fixa na extre- 0 0
1 kg 1 1
midade A. Na extremidade livre B há um ponteiro, que
2
pode deslocar-se ao longo de uma escala graduada 2 kg
(fig. 10a). O aparelho assim construído é denomi-
nado dinamômetro e se destina a efetuar medidas
(a) (b)
de intensidade de força; aplicando-se à extremidade
B uma força F , a mola sofre uma deformação até se Figura 11

Aplicação
A5. Uma partícula de massa m 5 2,0 kg, inicialmente em A7. A massa de uma pessoa é 70 kg. A aceleração da gravi-
repouso, é submetida à ação de uma força de inten- dade num local da Terra é 9,8 m/s2 e na Lua, 1,6 m/s2.
sidade F 5 20 N. Qual a aceleração que a partícula Determine o peso da pessoa na Terra, na Lua, e a
adquire? massa da pessoa na Lua.

A6. Uma partícula de massa m 5 3,0 kg realiza um movi- A8. A um corpo com 10 kg de massa, em re pouso,
mento retilíneo sob ação simultânea de duas forças, F1 é aplicada uma força constante de intensidade
e F2, de intensidades respectivamente iguais a 9,0 N e 10 N. Qual a velocidade do corpo após 10 s?
3,0 N. Determine a aceleração da partícula nos casos
A9. Um automóvel com velocidade v 5 20 m/s é freado
indicados abaixo:
quando o motorista vê um obstáculo. O carro se
a) movimento b) movimento
arrasta por 40 m até parar. Se a massa do carro é
F2 5 3,0 N F2 5 3,0 N 1 000 kg, qual a intensidade da força que atuou no
automóvel durante a freada? Considere a força de frea-
F1 5 9,0 N F1 5 9,0 N mento constante.

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 103


Verificação
V5. Uma partícula de massa m 5 2,0 kg realiza um movi- V7. Um carro que se movimenta horizontalmente
mento retilíneo. Determine a aceleração da partícula é freado até parar com aceleração de módulo
nos casos indicados a seguir: 4,0 m/s2. Qual a intensidade da força que o cinto de
F 5 20 N segurança exerce sobre o motorista durante o frea-
a)
mento? Considere o peso do motorista 700 N e a
aceleração da gravidade 10 m/s2.
b) F 5 16 N
2 F1 5 20 N
V8. Um corpo com massa de 2,0 kg movimenta-se num
plano horizontal em trajetória retilínea. No instante
F2 5 20 N F1 5 20 N
c) t0 5 0, sua velocidade é v0 5 10 m/s e, no instan-
te t1 5 10 s, é v1 5 20 m/s. Calcule a intensidade da
d) F2 5 20 N F1 5 16 N força resultante, suposta constante, que atua no corpo
durante o intervalo de tempo considerado.
V6. Determine o peso de um corpo com massa de V9. Sob a ação de uma força constante, um corpo
20 kg na Terra, onde a aceleração da gravidade é com massa de 5,0 ? 102 kg percorre 6,0 ? 102 m em
gT 5 9,8 m/s2, e na Lua, onde a aceleração da gravi- 10 s. Considerando que o corpo partiu do repouso, qual
dade é gL 5 1,6 m/s2. a intensidade da força em questão?

Revisão
R5. (PUC-MG) Um carro está se movendo para a direita Sua conclusão, do ponto de vista newtoniano, apre-
com uma determinada velocidade, quando os freios senta inconsistência em relação à Física. Consi-
são aplicados. derando os dados presentes na ilustração, mesmo
que a personagem conseguisse transformar 1 200 g
Studio Caparroz

da massa dos alimentos integralmente em massa cor-


poral, qual seria a indicação do peso dos alimentos
em unidades do SI?
sentido original do movimento
R7. (PUC-RJ) João e Maria empurram juntos, na direção
Assinale a opção que dá o sentido correto para a velo-
horizontal e no mesmo sentido, uma caixa de massa
cidade v do carro, sua aceleração a e a força resul-
m 5 100 kg. A força exercida por Maria na caixa é
tante F que atua no carro enquanto ele freia.
de 35 N. A aceleração imprimida à caixa é de 1 m/s2.
v a F Desprezando o atrito entre o fundo da caixa e o chão,
pode-se dizer que a força exercida por João na caixa,
a) → → ←
em newtons, é:
b) → ← ← a) 35 d) 65
c) ← ← ← b) 45 e) 75
d) → ← → c) 55

R8. (AFA-SP) Durante um intevalo de tem po de


R6. (Cefet-PB) Observe a afirmação da garota:
4 s, atua uma força constante sobre um corpo
NOSSA!!! com massa de 8,0 kg que está inicialmente em
VOU AUMENTAR UM movimento retilíneo com velocidade escalar de
QUILO E DUZENTOS
GRAMAS DE PESO.
9 m/s. Sabendo-se que no fim desse intervalo
Alberto De Stefano

de tempo a velocidade do corpo tem módulo


de 6 m/s, na direção e sentido do movimento
original, a força que atuou sobre ele teve inten-
sidade de:
a) 3,0 N no sentido do movimento original.
b) 6,0 N em sentido contrário ao movimento ori-
ginal.
c) 12,0 N no sentido do movimento original.
d) 24,0 N em sentido contrário ao movimento ori-
ginal.

104 UNIDADE 2 - Dinâmica


Princípio da Ação e Reação: • Força de tração em um fio
Considere um bloco de peso P suspenso por um fio
Terceira Lei de Newton (fig. 14). No bloco atuam duas forças: o peso P
do bloco e a força T devida ao fio, denominada
O Princípio da Ação e Reação estabelece que: tração no fio.
teto
Quando um corpo A aplica uma força FA num corpo T
B, este aplica em A uma força FB. As forças (FA
e FB) têm a mesma intensidade, a mesma direção e
P
sentidos opostos FB ⴝ ⴚFA).
FB FA Terra
A B

|FA| ⴝ |FB| ⴝ |F | Figura 14


FB ⴝ ⴚFA Pelo Princípio da Ação e Reação, o bloco exerce
Uma das forças é chamada de ação e a outra, de reação. no fio uma força de mesma intensidade T, mesma
direção e sentido oposto (fig. 15a). Considerando
Vejamos exemplos de forças de ação e reação: o fio inextensível, perfeitamente flexível e de peso
desprezível (fio ideal), a força de tração se trans-
• Ações entre a Terra e os corpos mite ao teto (fig. 15b). O teto, pelo Princípio da
A Terra atrai um corpo com uma força que é o Ação e Reação, aplica no fio uma força de mesma
peso P do corpo (ação). Pelo Princípio da Ação e intensidade T (fig. 15c).
Reação, o corpo atrai a Terra com força de mesma T
intensidade, mesma direção e sentido contrário
2P (reação), aplicada no centro da Terra (fig. 12).
Portanto, a reação ao peso de um corpo é uma força T
aplicada no centro da Terra.
Ilustrações: Marco A. Sismotto

T
P P
T
(a) (b) (c)
–P P Figura 15
Terra Terra • Pessoa andando
Ao andar, o pé empurra o chão com uma força
Figura 12 F para trás; pelo Princípio da Ação e Reação,
o chão aplica no pé uma força 2F de mesma
• Bloco apoiado numa mesa
intensidade, mesma direção e sentido oposto
Considere um bloco apoiado numa mesa
(portanto, para a frente) (fig. 16). Essas forças
(fig. 13a). O bloco, sendo atraído pela Terra, exerce advêm das irregularidades das superfícies em
sobre a mesa uma força de compressão de inten- contato e são denominadas forças de atrito.
sidade FN (fig. 13b). Pelo Princípio da Ação e Numa superfície perfeitamente lisa, não con-
Reação, a mesa exerce no bloco outra força de seguiríamos andar.
mesma intensidade FN, mesma direção e sentido
contrário (fig. 13c).
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FN P

FN

(a) (b) (c)


2F
Figura 13
F
Observe que sobre o bloco atuam duas forças: P
(ação da Terra) e FN (ação da mesa). Figura 16
A força FN recebe o nome de reação normal por ser As forças de ação e reação estão aplicadas em
perpendicular à superfície de contato. corpos distintos e, portanto, nunca se equilibram.
CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 105
Aplicação
A10. Um bloco encontra-se suspenso por um fio e apoiado A12. Um menino está parado, de pé, sobre um banco. A
sobre uma mesa. Terra aplica-lhe uma força que denominamos “peso
do menino”. Segundo a Terceira Lei de Newton, a
reação dessa força atua sobre:
a) o banco.

Marco A. Sismotto
b) o menino.
c) a Terra.
d) a gravidade.
e) nenhum dos elementos mencionados, pois a
Terceira Lei de Newton não é válida para esse
caso.

A13. Um automóvel colide com uma bicicleta. A força que o


a) Represente todas as forças que agem no bloco.
automóvel exerce sobre a bicicleta tem a mesma inten-
b) Esclareça onde estão aplicadas as correspon-
sidade da força que a bicicleta exerce sobre o automó-
dentes reações. vel, de acordo com o Princípio da Ação e Reação. Por
A11. Um aluno que havia tido sua primeira aula sobre o que a bicicleta sofre mais danos que o automóvel?
Princípio da Ação e Reação ficou sem gasolina no

Lettera Studio
carro. Raciocinou: “Se eu tentar empurrar o carro
com uma força F, ele vai reagir com uma força 2F ;
F F
ambas vão se anular e eu não conseguirei mover o
carro”. Mas seu colega desceu do carro e o empur-
rou, conseguindo movê-lo. Qual o erro cometido pelo
aluno em seu raciocínio?

Verificação
V10. A figura representa um bloco apoiado na superfície posso exercer sobre a carroça uma força maior do
terrestre. que ela exerce sobre mim, como poderei fazê-la ini-
ciar o movimento?”, indagou o cavalo. Como você
responderia?

V12. Na situação indicada na figura, os corpos A e B


estão juntos em movimento retilíneo acelerado
a) Desenhe todas as forças que agem no bloco. sobre uma superfície horizontal, com atrito des-
b) Esclareça onde estão aplicadas as corresponden- prezível, sob ação de uma força horizontal cons-
tes reações. tante F. Seja FAB a intensidade da força que A
V11. No tempo em que os animais falavam, um cavalo se exerce sobre B e FBA a intensidade da força que
recusou a puxar uma carroça, invocando o Princípio B exerce sobre A.
da Ação e Reação em sua defesa:
F A B
Studio Caparroz

Podemos afirmar:
a) FAB . FBA d) FAB 5 FBA 5 F
b) FAB , FBA e) FAB > FBA
c) FAB 5 FBA

V13. Sendo m ? g a intensidade da força que a Terra


exerce sobre um corpo de massa m, num local onde
a aceleração da gravidade é g, então a intensidade
“A força de um cavalo sobre uma carroça é igual em da força que o corpo exerce sobre a Terra é muito
intensidade e direção e em sentido oposto à força menor do que m · g. Essa afirmação está certa ou
que a carroça exerce sobre o cavalo. Se eu nunca errada? Explique.

106 UNIDADE 2 - Dinâmica


Revisão
R9. (UF-PB) Um livro está em repouso num plano horizontal. Atuam sobre ele as forças peso (P )

Marco A. Sismotto
FN
e normal (FN), como indicado na figura.
Analisando-se as afirmações abaixo:
I. A força de reação à força peso está aplicada no centro da Terra. P
II. A força de reação à força normal está aplicada sobre o plano horizontal.
III. O livro está em repouso e, portanto, normal e peso são forças de mesma intensidade e direção, porém de sentidos
contrários.
IV. A força normal é reação à força peso.
pode-se dizer que:
a) todas as afirmações são verdadeiras. c) apenas I, II e III são verdadeiras. e) apenas III é verdadeira.
b) apenas I e II são verdadeiras. d) apenas III e IV são verdadeiras.

R10.

Garfield, Jim Davis © 1996 Paws, Inc. All rights reserved/Dist. Universal Uclick

(PUC-SP) Garfield, o personagem da história acima, é reconhecidamente um gato malcriado, guloso e obeso.
Suponha que o bichano esteja na Terra e que a balança utilizada por ele esteja em repouso, apoiada no solo horizontal.
Considere que, na situação de repouso sobre a balança, Garfield exerça sobre ela uma força de compressão de inten-
sidade 150 N.
A respeito do descrito, são feitas as seguintes afirmações:
I. O peso de Garfield, na Terra, tem intensidade de 150 N.
II. A balança exerce sobre Garfield uma força de intensidade 150 N.
III. O peso de Garfield e a força que a balança aplica sobre ele constituem um par ação-reação.
É(São) verdadeira(s):
a) somente I. c) somente I e II. e) todas as afirmações.
b) somente II. d) somente II e III.

R11. (UF-CE) Um pequeno automóvel colide frontalmente com um caminhão cuja massa é cinco vezes maior que a massa
do automóvel. Em relação a essa situação, marque a alternativa que contém a afirmativa correta.
a) Ambos experimentam desaceleração de mesma intensidade.
b) Ambos experimentam forças de impacto de mesma intensidade.
c) O caminhão experimenta desaceleração cinco vezes mais intensa que a do automóvel.
d) O automóvel experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do caminhão.
e) O caminhão experimenta força de impacto cinco vezes mais intensa que a do automóvel.

R12. (U. F. Viçosa-MG) Em 13 de janeiro de 1920 o jornal The New York Times publicou um editorial atacando o cientista Robert
Goddard por propor que foguetes poderiam ser usados em viagens espaciais. O editorial dizia:
“É de se estranhar que o prof. Goddard, apesar de sua reputação científica internacional, não conheça a relação entre
as forças de ação e reação e a necessidade de ter alguma coisa melhor que o vácuo contra a qual o foguete possa reagir.
É claro que falta a ele o conhecimento dado diariamente no colégio”.
Comente o editorial acima, indicando quem tem razão e por que, baseando sua resposta em algum princípio físico
fundamental.

APROFUNDANDO

• Um objeto cai em queda livre. Identifique as forças de ação e de reação.


• Um soldado, ao iniciar seu treinamento com um fuzil, recebe a seguinte recomendação: “Cuidado com
o coice da arma”. O que isso significa?

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 107


Interação entre blocos em A e B separadamente.
a FNA a FNB
Vamos aplicar as leis de Newton para blocos
F F' F'
em contato. Para isso, devemos isolar os blocos e A B
representar todas as forças que agem em cada um.
PA PB
A seguir, para cada bloco, aplicamos o Princípio
Fundamental da Dinâmica. Figura 18
Observe o exemplo da figura 17, no qual se aplica
a força F ao bloco A, que está em contato com B. O peso PA e a força normal FNA se equilibram,
Suas massas são, respectivamente, mA e mB. As o mesmo acontecendo com o peso PB e a força normal
superfícies de contato são perfeitamente lisas. FNB. Observe que A exerce em B uma força hori-
Podemos determinar as acelerações que os blocos zontal e para a direita, de intensidade F'. Pelo Prin-
adquirem e a intensidade da força que um bloco cípio da Ação e Reação, B exerce em A outra força
aplica no outro. de mesma intensidade F', mesma direção e sentido
F oposto.
A B
Aplicando o Princípio Fundamental da Dinâmica
(PFD) para cada bloco, obtemos:
Figura 17
Note que os blocos adquirem a mesma aceleração PFD (A): F 2 F' 5 mA? a
a, cujo sentido é o mesmo de F. PFD (B): F' 5 mB ? a
Na figura 18 representamos as forças que agem Dessas equações calculamos a e F'.

Aplicação
A14. Aplica-se uma força F de intensidade 20 N ao bloco Determine:
A, conforme a figura. Os blocos A e B têm massas a) a aceleração do conjunto;
respectivamente iguais a 3,0 kg e 1,0 kg. As superfí- b) a intensidade da força que um corpo exerce no
cies de contato são perfeitamente lisas. Determine a outro.
aceleração do sistema e a intensidade da força que o
A16. O esquema abaixo representa um conjunto de três
bloco A exerce no bloco B.
blocos A, B e C, de massas mA 5 1,0 kg, mB 5 2,0 kg
movimento
e mC 5 3,0 kg, respectivamente, em um plano hori-
F 5 20 N zontal sem atrito. Em A é aplicada uma força de
A B
intensidade F 5 12 N.

A15. Dois corpos, de massas mA 5 4,0 kg e mB 5 2,0 kg,


estão em contato e podem se deslocar sem atrito C F
B A
sobre um plano horizontal. Sobre o corpo A age
a força FA de intensidade 12 N; sobre o corpo B age a
força FB de intensidade 6,0 N, conforme a figura. Determine:
a) a aceleração do sistema;
FA
A FB b) a intensidade da força que A aplica em B;
B
c) a intensidade da força que C aplica em B.

Verificação
V14. A e B são dois blocos de massas 3,0 kg e 2,0 kg, A aceleração do sistema e a intensidade da força que
respectivamente, que se movimentam juntos sobre B exerce em A são, respectivamente:
uma superfície horizontal e perfeitamente lisa. F é a) 4,0 m/s2 e 12 N
uma força de intensidade 30 N aplicada ao bloco A. b) 5,0 m/s2 e 10 N
c) 6,0 m/s2 e 18 N
F A
B d) 5,0 m/s2 e 15 N
e) 6,0 m/s2 e 12 N

108 UNIDADE 2 - Dinâmica


V15. Os blocos A e B, de massas mA 5 6,0 kg e V16. Três blocos A, B e C, de massas iguais a 2,0 kg,
mB 5 4,0 kg, respectivamente, apoiam-se num plano 3,0 kg e 4,0 kg, respectivamente, apoiados sobre
liso e horizontal, conforme a figura. Aplicando-se ao uma superfície horizontal, sofrem a ação de uma
bloco A uma força horizontal de intensidade F1, e no força F, como mostra a figura.
bloco B uma força horizontal de intensidade F2 5 20 N, Sabendo-se que a intensidade de F é 18 N e despre-
o conjunto adquire uma aceleração a 5 5,0 m/s2, no zando qualquer atrito, determine a aceleração dos
sentido indicado na figura. Determine F1 e a intensi- blocos e a intensidade da força que um bloco exerce
dade da força que um corpo aplica no outro. sobre o outro.
a
F1 F C
A B
A F2
B

Revisão
R13. (UF-SC) Sejam dois corpos com massas desconheci- Uma força horizontal de intensidade F é aplicada a um
das, m1 e m2. Uma força de 10 N imprime à massa m1 dos blocos em duas situações (I e II). Sendo a massa
uma aceleração de 5 m/s2 e à massa m2 uma acele- de A maior do que a de B, é correto afirmar que:
ração igual a 20 m/s2. Se a mesma força atuar, agora, a) a aceleração do bloco A é menor do que a de B na
sobre os dois corpos reunidos, qual será a aceleração situação I.
do conjunto? b) a aceleração dos blocos é maior na situação II.
c) a força de contato entre os blocos é maior na
R14. (Unifor-CE) Sobre uma pista horizontal, de atrito
situação I.
desprezível, estão deslizando os corpos A e B com
d) a aceleração dos blocos é a mesma nas duas
aceleração provocada pela força horizontal F , de
situações.
intensidade F, aplicada no corpo A.
e) a força de contato entre os blocos é a mesma nas
Sabendo-se que a massa de
F
duas situações.
A é o dobro da massa de B, A
a força que o corpo B exerce B R16. (UF-PE) A figura abaixo mostra três blocos de mas-
no corpo A tem intensidade: sas mA 5 1,0 kg, mB 5 2,0 kg e mC 5 3,0 kg. Os blo-
F F F 2F cos se movem em conjunto, sob a ação de uma força
a) b) c) d) e) F F constante e horizontal,
4 3 2 3 C
de módulo 4,2 N.
R15. (UF-MS) Estão colocados sobre uma mesa plana, B
Desprezando o atrito,
horizontal e sem atrito, dois blocos A e B conforme a qual o módulo da força A
figura abaixo: F
resultante sobre o bloco
(I) F (II) B?
A F A a) 1,0 N c) 1,8 N e) 2,6 N
B B
b) 1,4 N d) 2,2 N

APROFUNDANDO

• Abandonando-se um bloco de certa altura, ele cai sob


Studio Caparroz

a ação de seu peso e atinge o solo com velocidade v.


Colocando-se em cima do primeiro um bloco idêntico
a ele e abandonando-os da mesma altura, o conjunto
atinge o solo com velocidade v'. Qual a intensidade
FN 30 N
da força que um bloco exerce no outro? Compare v
FN
com v'.
FN
• Uma caixa cujo peso tem intensidade de 90 N está
em repouso sobre uma mesa. Note as três situações 30 N
propostas. Pode-se dizer que a intensidade da força
normal é igual à intensidade do peso em todos os
P 5 90 N P 5 90 N P 5 90 N
casos apresentados?

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 109


Interação entre blocos e A aplicação do PFD ao fio nos conduz a:

fios TB 2 TA 5 mfio ? a
Sendo o fio ideal, vem:
Neste caso, procedemos do mesmo modo visto
para blocos em contato: isolamos os blocos ligados mfio 5 0 → TB 5 TA
pelo fio e representamos as forças que agem neles. (indicaremos simplesmente T ).
O fio é sempre considerado ideal, isto é, inextensível, Portanto, para cada fio ideal, temos a mesma
perfeitamente flexível e sem massa. intensidade da força de tração. Assim, vem:
Para a situação esquematizada, considerando as
superfícies perfeitamente lisas, isolando os blocos, a FNA FNB a
temos: T T F
A B
A F
B
PA PB
Figura 19
Figura 21
a FNA a a FNB
Aplicando o PFD aos blocos, obtemos duas
TA TA fio TB TB F
A B equações:
PA PB PFD (A) : T 5 mA ? a
PFD (B) : F 2 T 5 mB ? a
Figura 20

Aplicação
A17. Dois corpos, A e B, de massas mA 5 2,0 kg e tração nos fios. Considere os fios e as polias ideais e
mB 5 1,0 kg, são presos por um fio inextensível per- despreze os atritos.
feitamente flexível e sem massa (fio ideal). Puxa-se

Ilustrações: Marco A. Sismotto


o sistema com uma força de intensidade F 5 6,0 N, B
conforme a figura abaixo.

A F
B
A
C
Supondo o atrito desprezível, determine a aceleração
do sistema e a intensidade da força de tração no fio.
Dados: mA 5 2,0 kg; mB 5 3,0 kg; mC 5 5,0 kg;
A18. No esquema ao lado g 5 10 m/s2.
as massas dos cor- A
pos A e B são, res - A20. No sistema da figura ao
pectivamente, 3,0 kg lado, desprezam-se os M
P
e 7,0 kg. Despre- atritos e as massas do fio
zando os atritos, con- B e da polia. Os corpos M, N
siderando a polia e o e P têm massas respecti- N
fio ideais e adotando vamente iguais a 2,0 kg,
g 5 10 m/s 2, deter- 3,0 kg e 1,0 kg, e a acele-
mine a aceleração do sistema e a intensidade da ração local da gravidade é 10 m/s2.
força de tração no fio. Determine:
a) a aceleração do sistema;
A19. Para o sistema esquematizado a seguir, determine
b) a intensidade da força que M exerce em P.
a aceleração dos corpos e a intensidade da força de

Verificação
V17. Uma força F com intensidade de 20 N é aplicada corpos A e B são, respectivamente, mA 5 6,0 kg
ao sistema de corpos A e B ligados por um fio, con- e mB 5 4,0 kg.
siderado ideal. Supondo a inexistência de atrito,
determine a aceleração dos corpos e a intensi- F
A B
dade da força de tração no fio. As massas dos

110 UNIDADE 2 - Dinâmica


V18. Para o sistema indicado, determine a aceleração dos bloco B ao atingir o solo. Despreze os atritos, con-
corpos e as intensidades das forças de tração nos fios, sidere a polia e os fios ideais e adote g 5 10 m/s2.
supostos ideais. Despreze os atritos:
V20. Na figura, o bloco B está ligado por fios inextensíveis
e perfeitamente flexíveis aos blocos A e C. O bloco
C F B está sobre uma mesa horizontal. Despreze todos
A B
os atritos e as massas dos fios que ligam os blocos.
Adotando g 5 10 m/s2, determine a aceleração do
Dados: mA 5 3,0 kg, mB 5 5,0 kg, mC 5 12 kg e
sistema e as intensidades das forças de tração nos
F 5 10 N.
fios.
V19. Os blocos A e B 1,0 kg
3,0 m
de massas 3,0 kg B
e 2,0 kg, respec- A
ti vamente, são
abandonados em
A
repouso na posi- B C
ção indicada na
2,0 m 3,0 kg 1,0 kg
figura. Determine
a velocidade do
Revisão
R17. (UE-PI) Três corpos estão interligados por fios ideais, R19. (UF-RJ) O sistema representado na figura é aban-
conforme a figura. A força de tração T sobre o bloco 1 donado sem velocidade inicial. Os três blocos têm
tem intensidade igual a 150 N. massas iguais. Os fios e a roldana são ideais e os
T2 T1 atritos no eixo da roldana são desprezíveis. São tam-
T
m3 m2 m1 bém desprezíveis os atritos entre os blocos 2 e 3 e a
superfície horizontal na qual estão apoiados.
As massas dos blocos valem respectivamente (3) (2)
m1 5 50 kg, m2 5 30 kg e m3 5 20 kg. As trações T1
no fio entre os blocos 1 e 2 e T2 entre os blocos 2 e 3
têm intensidades respectivamente iguais a:
a) 75 N e 45 N c) 45 N e 75 N e) 30 N e 75 N (1)
b) 75 N e 30 N d) 40 N e 30 N

R18. (UFF-RJ) Dois corpos, um de O sistema parte do repouso e o bloco 1 adquire


massa m e outro de massa 5m, uma aceleração de módulo igual a a. Após alguns
estão conectados entre si por um m instantes, rompe-se o fio que liga os blocos 2 e 3.
fio, e o conjunto encontra-se ori- A partir de então, a aceleração do bloco 1 passa a
ginalmente em repouso, suspenso ter um módulo igual a a'.
por uma linha presa a uma haste, 5m a'
Calcule a razão a .
como mostra a figura. A linha que
prende o conjunto à haste é queimada e o conjunto R20. (Fuvest-SP) Uma
cai em queda livre. esfera de massa m0 M
Desprezando os efeitos da resistência do ar, indique está pendurada por
a figura que representa completamente as forças f1 um fio, ligado em sua
e f2 que o fio faz sobre os corpos de massa m e 5m, outra extremidade a
m0
respectivamente, durante a queda. um caixote, de massa
M 5 3m0, sobre uma H0
a) c) e) f1 ⫽ 0 g
mesa horizontal sem
f1 f1
atrito. Quando o fio V0
entre eles permanece
f2 f2 ⫽ 0 f2 ⫽ 0 não esticado e a esfera é largada, após percorrer uma
distância H0, ela atingirá uma velocidade de módulo
V0, sem que o caixote se mova. Na situação em que
Ilustrações: Marco A. Sismotto

b) d)
o fio entre eles estiver esticado, a esfera, partindo do
f1 ⫽ 0
repouso e puxando o caixote, após percorrer a mesma
f1
distância H0, atingirá uma velocidade de módulo V
igual a:
f2 f2 V0 V0 V0
a) b) c) d) 2V0 e) 3V0
4 3 2

CAPÍTULO 7 - Os princípios da Dinâmica 111

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