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PARTE I - SISTEMAS DE NUMERAÇÃO E CÓDIGOS

BINÁRIOS ESPECIAIS
Faremos inicialmente o estudo de alguns sistemas de numeração e códigos binários a saber:

a) Sistema Decimal
b) Sistema Binário
c) Sistema Octal
d) Sistema Hexadecimal
e) Código BCD ou NBCD
f) Código BCD Excesso 3
g) Código Aiken
h) Código Gray ou Binário Refletido
i) Código Gray Excesso 3(XS – 3Gray)

OBS. : Não nos dedicaremos neste trabalho ao estudo da conversão entre os diversos sistemas de
numeração, mas apenas a apresentação dos diversos sistemas e códigos especiais!

1.1 – SISTEMA DECIMAL – BASE “10”

Uma das características dos computadores é a sua habilidade de representar fisicamente números e
realizar operações com esses números. Os computadores atuais utilizam o Sistema Binário de base 2.
Caso utilizassem o Sistema Decimal(Base 10), os computadores deveriam ter 10(dez) estados
distintos. A cada um destes estados corresponderia um dos dez dígitos do sistema decimal, a
saber(por exemplo):

 O dígito “0” corresponderia a um tensão de “0 V”


 O dígito “1” corresponderia a um tensão de “1 V”
 O dígito “2” corresponderia a um tensão de “2 V”

E finalmente o dígito “9” corresponderia a uma tensão de “9V”. Por outro lado, se usássemos o
Sistema Binário(Base 2), este computador teria apenas dois estados diferentes, arbitrariamente o
número “0” seria uma tensão de “0V” e o número “1” poderia representar, por exemplo, uma tensão
de “+5V”.

Tendo em vista que o Sistema Binário possui somente dois estados ele é usado então em sistemas de
computadores digitais, pois, eletronicamente podemos representar dois estados diferentes com muita
facilidade, como pir exemplo:

1. Lâmpada acesa → Binário “1”


2. Lâmpada apagada → Binário “0”
3. Magnetização em um sentido → Binário “1”
4. Magnetização em sentido oposto → Binário “0”

1.1.1 - COEFICIENTES DE POSIÇÃO:

O Sistema decimal, como sabemos, é baseado nos símbolos ... 0, 1, 2, 3 ..... 7, 8, 9 e nos Sistema de
Notação Posicional, criado pelos Árabes.

Em um sistema de notação posicional o algarismo situado na extrema direita é o de menor valor


significativo e algarismo situado na extrema esquerda é o de maior valor significativo. Logo, um
símbolo poderá ter diferentes valores, dependendo apenas da sua posição dentro do número.

No Sistema Decimal a base é 10, pois ele possui 10 algarismos(signo gráfico que representa um
número) simbólicos (0 a 9). Iremos indicar os números com um índice subscrito indicando a
respectiva base do sistema que estivermos utilizando, como indicado abaixo no nosso exemplo. . Seja
o número 1978(10). Podemos escrevê-lo como se segue:
1
1978(10) = 1000 + 900+ 70 + 8

1978(10) = 1x103 + 9x102 + 7x101 + 8x100∞

Coeficientes de
Posição ou “PESOS”

Algarismo
Posicional

Vemos que no Sistema de Base 10 os Pesos ou Coeficientes de Posição crescem,


respectivamente, da direita para a esquerda como indicado abaixo:

𝟏𝟎+∞ ...... ;105; 104; 13; 102, 101; 100; 10-1; 10-2; 10-3; 10-4; ...... 𝟏𝟎−∞
..... ;100000; 10000; 1000; 100; 10; 1; 0,1; 0,01; 0,001; 0,0001; ......

Vemos, pois, que um número representado num Sistema de Notação Posicional é constituído por:

a) Uma soma de várias parcelas.


b) Cada parcela é formada por um produto de dois fatores.
c) Um dos fatores é a Base do Sistema elevada a um expoente, o qual é crescente da direita
para a esquerda, e o outro fator é o Algarismo Posicional (1, 9, 7, 8 , no nosso exemplo).

Para um número decimal teríamos:

154,28(10) = 100 + 50 + 4 + 0,20 + 0,08

154,28(10) = 1x102 + 5x101 + 4x100 + 2x10-1 + 8x10-2

1.2 – SISTEMA BINÁRIO - BASE “2”

Neste sistema temos dois dígitos: “0”(zero) e “1”(um). Seja o exemplo: 1101(2) e podemos escrever:

1101(2) = 1x23 + 1x22 + 0x21 + 1x20

Coeficientes de Posição ou “PESOS”


Base = 2

Algarismo
Posicional

1101(2) = 1x8 + 1x4 + 0x2 + 1x1 = 8 + 4 + 0 + 1 = 13(10)

Pesos ou coeficientes de posição: 8; 4; 0; 1

Vemos que no Sistema de Base 2 os Pesos ou Coeficientes de Posição crescem, respectivamente,


da direita para a esquerda como indicado abaixo:

𝟐+∞ ...... ;27; 26; 25, 24, 23, 22, 21 , 20, 2-1, 2-2, 2-3, 2-4, ...... 𝟐−∞

..... ;128; 64; 32; 16; 8; 4; 2,1; 0,5; 0,025; 0,0125; ......

Vemos que para se obter o valor decimal correspondente ao número binário 1101(2), basta somarmos
as potências de 2 que correspondem aos coeficientes de posição ou pesos correspondentes às
posições que contém apenas o dígito “1”:

1101(2) = 8 + 4 + 1 = 13(10)

2
Os dígitos “0” e “1” são denominados BIT(BINARY UNIT) – Unidade Binária Não confundir com
BYTE que é uma palavra binária de 8 bits!
Outro exemplo de conversão:

100111(2) = 1x25 + 0x24 + 0x23 + 1x22 + 1x21 + 1x20 = 32 + 0 + 0 + 4 + 2 + 1 = 39(10)

Sendo “N” o número de bits, o número decimal máximo que poderemos obter será:

Número Decimal Máximo = 2n - 1 ... e o número áximo de combinações será:

Número Máximo de Combinações = 2n

Exemplo:

n=3 Número Decimal Máximo = 23 – 1 = 7(10)

Número de Combinações = 8

Nº PESOS
Nº DE COMBINAÇÕES
DECIMAL 8 4 2 1
MÁXIMO
0 0 0 0 0 0
1 1 0 0 0 1
2 2 0 0 1 0
3 3 0 0 1 1
4 4 0 1 0 0
5 5 0 1 0 1
6 6 0 1 1 0
7 7 0 1 1 1
8 8 1 0 0 0
9 9 1 0 0 1
10 10 1 0 1 0
11 11 1 0 1 1
12 12 1 1 0 0
13 13 1 1 0 1
14 14 1 1 1 0
15 15 1 1 1 1

1.3 – CÓDIGO BCD OU NBCN(BCD Normal)

Considerando apenas as dez primeiras combinações do sistema binário natural, teremos o Código
BCD(Binary Coded Decimal - Decimal Codificado em Bibário), ou NBCD; isto é, Código BCD
Normal(não confundir com o BCD Natural, o qual pode ser escrito com “n” bits, fornecendo 2n
combinações; exemplo: 11100101011100110(2).

Nº PESOS
Nº DE COMBINAÇÕES
DECIMAL 8 4 2 1
MÁXIMO
0 0 0 0 0 0
1 1 0 0 0 1
2 2 0 0 1 0
3 3 0 0 1 1
4 4 0 1 0 0
5 5 0 1 0 1
6 6 0 1 1 0
7 7 0 1 1 1
8 8 1 0 0 0
9 9 1 0 0 1

3
1.4 – CÓDIGO BCD EXCESSO “3”:

Este código é obtido adicionando-se 0011(2) às 10 primeiras combinações do código BCD.

Nº DE COMBINAÇÕES BCD NBCD


0 0 0 0 0 0 0 1 1
1 0 0 0 1 0 1 0 0
2 0 0 1 0 0 1 0 1
3 0 0 1 1 0 1 1 0
4 0 1 0 0 0 1 1 1
5 0 1 0 1 1 0 0 0
6 0 1 1 0 1 0 0 1
7 0 1 1 1 1 0 1 0
8 1 0 0 0 1 0 1 1
9 1 0 0 1 1 1 0 0

Uma característica deste código é que complementando um número, encontramos o seu complemento
para 9:

OBS.: Para complementar o número basta trocar “0” por “1” e “1” por “0”. Exemplo:

2(10) = 0 1 0 1

Complementando o número temos: 1 0 1 0 = 7

Esta particularidade tem haver com operações na aritmética digital((soma, subtrações; etc.)

1.3 – SISTEMA OCTAL – BASE “8” – DÍGITOS DE “0” a “7”


Bela!


BINÁRIO Nº
Nº DE COMBINAÇÕES
PESOS OCTAL
8 4 2 1
0 0 0 0 0 0 00
1 1 0 0 0 1 01
2 2 0 0 1 0 02
3 3 0 0 1 1 03
4 4 0 1 0 0 04
5 5 0 1 0 1 05
6 6 0 1 1 0 06
7 7 0 1 1 1 07
8 8 1 0 0 0 10
9 9 1 0 0 1 11
10 10 1 0 1 0 12
11 11 1 0 1 1 13
12 12 1 1 0 0 14
13 13 1 1 0 1 15
14 14 1 1 1 0 16
15 15 1 1 1 1 17

Exemplo: 16(8) = 1x81 + 6x80 = 8 + 6 = 14(10) .......... Veja na tabela

1.4 - SISTEMA HEXADECIMAL – BASE “16”:

Neste sistema a base é “16” e terá , portanto, dezesseis símbolos: “0” a “9” mais as letras “A”, “B”,
“C”, “D”, ‘E” e E “F”.

Vejamos a representação de “0” a “15(10) em Hexadecimal:


4
Nº Nº
Nº DE COMBINAÇÕES BINÁRIO HEXADECIMAL

0 0 0 0 0 00
1 0 0 0 1 01
2 0 0 1 0 02
3 0 0 1 1 03
4 0 1 0 0 04
5 0 1 0 1 05
6 0 1 1 0 06
7 0 1 1 1 07
8 1 0 0 0 08
9 1 0 0 1 09
10 1 0 1 0 A
11 1 0 1 1 B
12 1 1 0 0 C
13 1 1 0 1 D
14 1 1 1 0 E
15 1 1 1 1 F

Exemplo: 1B4 = 1x162 + 11x161 + 4x160 = 256 + 176 + 4 = 436(10)

1.5 – CÓDIGO AIKEN

Este código é constituído das cinco primeiras e últimas combinações do binário natural.

Nº PESOS
Nº DE COMBINAÇÕES
DECIMAL 8 4 2 1
MÁXIMO
0 0 0 0 0 0
1 1 0 0 0 1
2 2 0 0 1 0
3 3 0 0 1 1
4 4 0 1 0 0
5 5 1 0 1 1
6 6 1 1 0 0
7 7 1 1 0 1
8 8 1 1 1 0
9 9 1 1 1 1

Uma característica deste código é que:

“Dois números cuja soma é igual a nove são complementares”

Exemplo: 5=1 0 1 1 4=0 1 0 0

3=0 0 1 1 6=1 1 0 0

1.6 – CÓDIGO GRAY ou BINÁRIO REFLETIDO

Observando no Código BCD, por exemplo, a passagem da combinação nº 7 para a combinação nº 8,


vemos que há uma variação simultânea de “4 bits”!

Podemos observar esta ocorrência também entre as combinações nº 1 para a nº 2, entre a


combinação nº 3 para a combinação nº 4. Pode suceder que esta mudança dos bits não ocorra
5
simultaneamente e poderemos ter em um intervalo de tempo dt um número diferente, devido ao atraso
na mudança de estado de um dos bits do número!

Em consequência disto criou-se um código no qual, entre combinações consecutivas ocorre a


variação(mudança) de somente um bit por vez.

Este é o CÓDIGO GRAY, embora tenha sido elaborado por Emile Baudot, criador do sistema multiplex
por divisão de frequência e cujo nome deu origem à unidade de medida de velocidade telegráfica
Baud(Bd) que representa o número de bits transmitidos por segundo. Gray foi apenas o introdutor
deste código para a solução de problemas em circuitos sequenciais. O peso de cada bit é dado por:

Peso ou Coeficiente de Posição = 2N – 1

Vemos na tabela abaixo a representação do Código Gray:

PESOS
Nº DECIMAL 15 7 3 1
0 0 0 0 0

1 0 0 0 1

2 0 0 1 1

3 0 0 1 0

4 0 1 1 0 GRUPO A

5 0 1 1 1

6 0 1 0 1

7 0 1 0 0

8 1 1 0 0

9 1 1 0 1

10 1 1 1 1

11 1 1 1 0 GRUPO B
12 1 0 1 0

13 1 0 1 1

14 1 0 0 1

15 1 0 0 0

Observando o Grupo “B”, notamos que o mesmo nada mais é que o Grupo “A” refletido em um
espelho plano!
Observamos também que as combinações entre linhas consecutivas possuem a variação de apenas
um “bit”. Estas linhas são denominadas “Linhas Adjacentes”. O Código Gray é utilizado nos projetos
de Lógica Sequencial em projetos de digitalização(conversão) de circuitos de comando a contatores e
relés eletromagnéticos para circuitos integrados digitais e na codificação(numeração) do mapa de
Karnaugh utilizado para a elaboração e simplificações de equações lógicas dos circuitos digitalizados.

Neste código, para se fazer a conversão para o sistema decimal, considera-se da esquerda para a
direita o peso do 1º bit ‘1” encontrado como sendo positivo e o peso do bit “1” consecutivo
6
consideramos seu peso negativo e assim sucessivamente, alternando-se os sinais dos pesos: (+, - ,+, -
; etc).

Exemplo: Converter o número 1011 representado no Código Gray para o correspondente decimal.

1 0 1 1

Peso + 1
Peso – 3

(bit ignorado ... valor “0”)

(Peso + 15)

Logo: 1 0 1 1 = (+15) + (-3) + (+1) = 13(10) .... Conferir na tabela!

A passagem do binário natural para o Código Gray faz-se do seguinte modo:

a) Acrescenta-se um zero à esquerda do número binário.


b) Compara-se da esquerda para a direita bit a bit, sendo que nas transições de :

“0” “0”
Coloca-se “0”
“1” “1”

“0” “1”
Coloca-se “1”
“1” “0”

Exemplo:

Seja o número binário 1 0 0 1(2) = 9(10), o qual desejamos converter para o Código Gray. Teremos:

Zero acrescentado

0 1 0 0 1

1 1 0 1

Logo, 1 0 0 1(2) = 1 1 0 1 no Código Gray ... Conferir na tabela!

PARTE II - ÁLGEBRA LÓGICA E FUNÇÕES LÓGICAS


FUNDAMENTAIS
2.1 – ÁLGEBRA LÓGICA OU ÁLGEBRA DE BOOLE

Esta é assim chamada devido a George Boole, filósofo e matemático inglês que em torno de 1854
introduziu os conceitos fundamentais desta álgebra.

No entanto, foi somente em 1937 que Claude Shannon veio a utilizar esta álgebra para simplificação
de circuitos de chaves, relès e circuitos de comutação.
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Nesta álgebra nossas variáveis ou funções somente podem assumir dois estado distintos, pois, são
VARIÁVEIS BINÁRIAS. Podemos então associar a estas variáveis ou funções os dígitos binários
0(zero) ou 1((um). Estes valores corresponderão a situações ou grandezas físicas.

FAZENDO ASSOCIAÇÃO COM CIRCUITOS ELÉTRICOS

Observamos que:

a) Para um contato normalmente aberto (NA), tal como “C”, há concordância


entre a ação física e o estado do circuito(estado elétrico).

b) Para um contato normalmente fechado (NF), tal como “C”, há discordância


entre a ação física e o estado do circuito(estado elétrico).

c) A barra sobre “C” identifica um contato que está em discordância com a ação
física de comando sobre o mesmo e o estado do circuito e por este motivo ele
recebe esta barra de identificação.

d) Se um contato NA é representado por “C”, um contato NF será representado


por “C”.

Sejam os circuitos abaixo representados:

a) Circuito 1:

Se atribuirmos o valor 1 para “a” (ação física sobre a = 1), L assume o valor 1. Esta análise é
representada em uma tabela denominada “Tabela da Verdade”.

TABELA DA VERDADE

No repouso a = 0 L=0

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A equação que representa a operação do circuito é: L=a .... também denominada de: “Forma
Direta.”

b) Circuito 2:

Um traço ou barra sobre uma variável lógica ou uma função significa negação, oposto ou
COMPLEMENTO.

2.2 – FUNÇÕES LÓGICAS FUNDAMENTAIS:

Faremos uso de alguns circuitos elétricos afim de facilitar a compreensão das diversas funções
lógicas.

A – FUNÇÃO LÓGICA “AND” ou “E”

Seja o circuito abaixo:

Convenção:

9
TABELA DA VERDADE OU TABELA LÓGICA

Representação lógica: S=A.B ... onde o “.” Simboliza a função lógica “AND”, não

representando aqui, a função matemática de multiplicação.


Devemos considerar que existirá um certo circuito eletrônico que irá performar; isto é, realizar estas
funções lógicas. Com relação à função lógicas AND, teremos um circuito eletrônico que possuirá
várias entradas e uma única saída a qual, somente apresentará nível “1” se e somente se AMBAS
AS ENTRADAS estiverem simultaneamente em nível “1”. A este nível de saída “1”, corresponderá
obviamente um determinado valor de tensão ou uma faixa de tensão especificada.

Símbolo na norma DIN:

B - FUNÇÃO LÓGICA “OR” ou “OU)

Seja circuito abaixo:

10
TABELA DA VERDADE OU TABELA LÓGICA

Símbolo Norma ASA Símbolo Norma DIN

11
C – FUNÇÃO LÓGICA “NOT” ou “NÃO”

OBS.: Pode-se utilizar de uma Fonte de Corrente em paralelo com a chave em vez de uma
Fonte de Tensão como indicado abaixo.

12
TABELA DA VERDADE ou TABELA LÓGICA

Símbolo Lógico ASA:

D – FUNÇÃO LÓGICA “NAND” ou “NÃO E”

Símbolo norma DIN:

13
TABELA DA VERDADE OU TABELA LÓGICA

Utilizando fonte de corrente:

TABELA DA VERRDADE ou TABELA LÓGICA

Complementando ambos os lados da expressão temos:

E – FUNÇÃO LÓGICA “NOR” ou “NÃO OU”

TABELA DA VERDADE ou TABELA LÓGICA

14
Utilizando uma fonte de corrente:

TABELA DA VERDADDE ou TABELA LÓGICA

Símbolo norma ASA:

F – FUNÇÃO LÓGICA “EX OR” ou “OU EXCLUSIVO” ou ainda “XOR”

TABELA DA VERDADE OU TABELA LÓGICA

S = A . B + A. B

Símbolo norma ASA:

O circuito Three – way é na verdade um OU EXCLUSIVO, senão vejamos:

15
TABELA DA VERDADE ou TABELA LÓGICA

Equação lógica:

G – FUNÇÃO “EX NOR” ou “OU COMPARADOR”

Como sua tabela lógica é oposta à do “EX OR”, temos:

Obtenção de Inversos com NAND:

OBS.: Pode-se também levar para nível “1” as N-1 entradas que não vão ser utilizadas, ou ligar
todas em paralelo como indicado acima!

a) Obtenção de Inversor com portas NOR:

16
OBS.: Pode-se também levar para nível “0” as N-1 entradas que não vão ser utilizadas, ou ligar
todas em paralelo como indicado acima!

b) Blocos lógicos EQUIVALENTES

c) Complemento de uma função lógica

OBS.: Complementando um número par de vezes a expressão não se altera.

d) Dual de uma função lógica

Afim de encontrarmos o “DUAL”(símbolo = ~) de uma função lógicas procedemos como se mostra


abaixo:

a) Troca-se “0” por “1” e “1” por “0”


b) Troca-se [.] por [ + ] e { + } por [.]
c) As variáveis permanecem inalteradas

Exemplo:

M=x.y.z + x.w.1+0.x.y
~
M = (x + y + z ) . (x + w + 0) . (1 + x + y)

Se aplicar novamente o dual na expressão annterior iremos retornar à expressão original

O Dual é comumente utilizado para transformar uma soma de produtos em ium produtos de somas
quando nas operações de siimplificação de equações lógicas.

17
3. TEOREMA DE MORGAN

Este teorema diz que:

“Para se complementar uma função lógica devemos complementar cada variável lógica, bem
como as funções lógicas também”

Exemplo:

5. POSTULADOS e TEOREMAS FUNDAMENTAIS

a) Postulados Fundamentais

b) Teoremas Fundamentais

Quando da simplificações de equações lógicas é comum surgir com muita frequência duas
expressões, a saber:
18
a) x . y + x . y

Teremos que: x . y + x . y = x. (y + y) = x . 1 = x

b) x . y + x . z + y . z ..... observar que o terceiro termo y . z é exatamente a função AND entre o


os dois termos que performam a função AND entre x e x. Assim sendo teremos:

Existe um teorema no qual está fundamentado o princípio de simplificação pelo Mapa de Karnaugh.
Este teorema é denominado “Teorema de 2m Termos” o qual afirma que:

“Em uma soma de 2m termos de “n” variáveis ou em um produto de 2m fatores de “n”


variáveis, se “m” variáveis ocorrem em todas as combinações, enquanto as “n – m” variáveis
restantes permanecem constantes, estas “n – m” variáveis definirão a expressão e as “m”
variáveis restantes são redundantes.

O número de termos deve ser uma potência de 2, pois somente em uma potência de 2 ou seja 2m as
“m” variáveis poderão realizar todas as combinações possíveis.
Exemplo:

F(x,y,z) = x . y . z + x . y . z + x . y . z + x . y . z

Nota-se que:
Nº de termos = 2m = 4 m=2 n = 3 variáveis ... (x, y e z)

n – m = 1(número de vary(iáveis que m constantes. Logo, “x” define a solução da equação, pois
foi a variável que permaneceu constante!

F (x,y,z) = x

Demonstração por um outro processo:

x . y(z + z ) + y . x(z + z ) ..... sendo ( z + z) = 1, fica:

Deve-se salientar b dois pontos importantes, a saber:

a) Em circuitos de alta confiabilidade usa-se termos redundantes, afim se eliminar possíveis


ocorrências que possam trazer falha na operação do sistema.

b) Quando simplificamos a expressão ao máximo, é óbvio que teremos um circuito mais


econômico, porém, não podemos afirmar que a CONFIABILIDADE o será na mesma
proporção!

6. FÓRMULA DE INTERPOLAÇÃO DE LAGRANGE

Trata-se de uma ferramenta muito útil para se determinar a solução de problemas de lógica. Esta
fórmula vem do cálculo e pode-se aplica-la na solução de circuitos lógicos.

19
Este processo nos permite extrair a equação já simplificada diretamente da tabela da verdade, e tem
sua base na demonstração de um teorema que diz:

“Qualquer função de “n” variáveis(cada uma das quais assuma somente dois valores lógicos (0
ou 1) e a função também assuma de cada vez um dos dois valores lógicos (0 ou 1) será a
função gerada pela Fórmula de Interpolação de Lagrange

Assim para n = 1, teremos:

Exemplo de aplicação: Seja a tabela da verdade ou tabela lógica abaixo:

Logo teremos:

Simplificando f(x,y,z), teremos:

20
OBS.: Utilizaremos somente o Mapa de Karnaugh para as simplificações. Esta simplificação foi
feita apenas a título de demonstração, por ser este método impróprio para a solução de
problemas mais complexos.

SIMBOLOGIA - NORMAS IEC – DIN ASA

21
22
CIRCUITOS INTEGRADOS TTL - PORTAS LÓGICAS

23
PARÂMETROS DE ENTRADA E SAÍDAS DE PORTAS LÓGICAS

CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA TTL STD

24
PARÂMETROS DE ENTRADAS E SAÍDAS FAMÍLIA TTL

FAMÍLIAS TTL:

a) 74XXX(Série Comum): Garantia de funcionamento com tolerâncias de ± 5% para temperaturas


de 00C a 700C.

b) 54XXX(Série Militar): Garantia de funcionamento com tolerâncias de ± 10% para


temperaturas de - 550C a +1250C.

Operação com temperaturas entre mais comuns entre - 400C e +850C nas séries comuns e
- 550C a +1250C nas séries militares. Tensões de alimentação permitidas:

Série 54XXX: 4,5V a 5,5V

25
CARACTERÍSTICAS DA FAMÍLIA HNIL(High Noise Immunity Logic)

26
NÍVEIS DE SAÍDA CMOS:

27
Tensões de alimentação permitidas:

Quadro resumo das tensões e correntes de entrada e saída para a versão padrão:

FAN-OUT(Capacidade da saída):

Fan-Out: Também chamado de “Fator de Carga” – Nº máximo de entradas que a saída de um


circuito lógico pode alimentar.

Fan-In: Indica o número máximo de saídas que podemos ligar numa entrada.

Potência dissipada média por porta:≅ 𝟏𝟎𝐦𝐖

Quadro comparativo:

28
Em aplicações onde existe a presença alto nível de ruído deve-se atender para o uso das portas
lógicas de configuração interna Schmitt Trigger, cuja resposta de saída é mostrada abaixo..

NAND SCHMIT TRIGGER

29
SAÍDA TTL COLETOR ABERTO - CÁLCULO DO RESISTOR DE PULL – UP

CIRCUITO:

A – SAÍDA EM NÍVEL HIGH(ALTO)

a) Saída em nível alto – Estimativa do valor máximo possível para o resistor – Pior caso.

b) Maior corrente no resistor .... maior queda de tensão no resistor garantindo 𝐕𝐨𝐇 ≥ 𝐕𝐎𝐇𝐦𝐢𝐦

Seja:

𝛂 = Nº de saídas TTL OC ligadas em paralelo.

𝛃 = Nº de entradas alimentadas pelas saídas TTL OC.

𝐈𝐑 = 𝛂. 𝐈𝐎𝐇 + 𝛃. 𝐈𝐢𝐋 ... logo, 𝐑 𝐦á𝐱 , será:

𝐕𝐜𝐜 − 𝐕𝐎𝐇𝐦í𝐧
𝐑 𝐦á𝐱 =
𝛂. 𝐈𝐎𝐇 + 𝛃. 𝐈𝐢𝐇

30
Para maior segurança faremos R igual a:

𝐕𝐜𝐜 − 𝐕𝐎𝐇𝐦í𝐧
𝐑 𝐦á𝐱 ≤
𝛂. 𝐈𝐎𝐇 + 𝛃. 𝐈𝐢𝐇

B – SAÍDA EM NÍVEL LOW(BAIXO)

a) Saída em nível alto – Estimativa do valor mínimo possível para o resistor – Pior caso.

b) Menor corrente no resistor .... menor que de tensão no resistor considerando uma única saída
em condução(saturada) ... garantindo 𝐕𝐨𝐋 ≤ 𝐕𝐎𝐋𝐦á𝐱

𝐈𝐑 + 𝛃. 𝐈𝐢𝐋 = 𝐈𝐎𝐋𝐦á𝐱

𝐈𝐑 = 𝐈𝐎𝐋𝐦á𝐱 − 𝛃. 𝐈𝐢𝐋

𝐕𝐜𝐜 − 𝐕𝐎𝐋𝐦á𝐱
𝐑 𝐦í𝐧 =
𝐈𝐎𝐋𝐦á𝐱 − 𝛃. 𝐈𝐢𝐋

Para maior segurança faremos R igual a:

𝐕𝐜𝐜 − 𝐕𝐎𝐋𝐦á𝐱
𝐑 𝐦í𝐧 ≥
𝐈𝐎𝐋𝐦á𝐱 − 𝛃. 𝐈𝐢𝐋

MAPA DE KARNAUGH – SIMPLIFICAÇÕES DE EQUAÇÕES LÓGICAS

Como foi visto anteriormente, o processo de obtenção da equação já simplificada, pelo mapa de
Karnaugh é fundamentado no “Teorema de 2m Termos”, assim denominado.

“Em uma soma de 2n termos, de “n” variáveis, ou num produto de 2m fatores, de “n”
variáveis, se “m” variáveis fazem todas as combinações possíveis, enquanto estas “n – m”
variáveis restantes permanecem constantes tem-se que estas “m” varáveis são redundantes e
as “n – m” variáveis definem a solução

31
O número de termos deve ser uma potência de 2, pois somente em uma potência de 2 ou seja 2m as
“m” variáveis poderão realizar todas as combinações possíveis.
Exemplo:
a.b.c+a.b.c+a.b.c+a.b.c=a
Temos que :
2m = 4
m = 2 ou seja b e c
n = 3 (a, b e c)
n – m = 3 – 2 = 1 = a(varável que permanece constante em todos os termos das “m” combinações!
Consequentemente, uma variável, no caso a variável “a”, permanece constante e ela define o
problema. As duas variáveis b e c fizeram todas as combinações possíveis a saber:

1.1 – CONSTRUÇÃO DO MAPA DE KARNAUGH


a) O mapa terá tantos quadrados quantos forem o número de combinações possíveis entre as
variáveis.
b) As colunas e linhas do mapa são ordenadas no código Gray.
c) Coloca-se dentro de cada quadrado do mapa 1(um) ou 0( zero), conforme a saída desejada.
d) As combinações opcionais(veremos posteriormente) serão preenchidas com um ̶ ou um X.
a) Exemplo de um mapa para quatro variáveis: a, b, c e d

Entre cada linha ou colunas consecutivas nota-se que há a variação de apenas um bit entre elas,
e, neste caso, diremos que as mesmas, linhas e colunas, são adjacentes. Isto ocorre em função
da ordenação das respectivas colunas e linhas com o código Gray.

b) Exemplo de um mapa para três variáveis a, b e c

c) Preenchimento do mapa
Seja a tabela lógica abaixo:
As variáveis a, b e c são denominadas variáveis de entrada, ou seja, onde teremos as ações físicas de
comando e S a saída do circuito(elemento a ser ativado, comandado, acionado; etc)
32
1 Afim de não ocorrer possíveis erros ao preencher mapa iremos primeiramente construir o
chamado mapa de localização, onde iremos identificar cada quadrado do mapa com sua
respectiva combinação na tabela, indicando em uma dada posição dentro de cada quadrado
qual combinação da tabela o mesmo representa.

2 Em seguida preenchemos cada quadrado com o valor da saída S a ele correspondente;


indicando também com um S(Saída) dentro de um circulo situado no quanto superior direito da
tabela que estamos preenchendo a mesma com os valores correspondente ao valor de S para
cada uma das respectivas combinações.

Vemos que a saída S assume o valor 1(um) apenas nas combinações: 2, 3, 4 e 6 e 0(zero) nas
combinações: 0, 1, 5 e 7. Assim sendo, teremos:

d) Exemplo de mapa de 8 variáveis

e) Tirando a equação do mapa de Karnaugh.

33
a) Faremos laços envolvendo a maior quantidade de quadrados que contenha 1(um) ou 0(zero),
conforme estejamos tirando a equação por 1(um) ou 0(zero). Ao tirar a equação por zero
devemos complementar a mesma afim de encontrar a equação final.
b) A quantidade de quadrados enlaçados deverá ser uma potência de 2(consequência do
teorema de 2m termos); visto que estes quadrados estarão representando as variáveis que
estarão realizando todas as combinações possíveis entre si.
c) As linhas e colunas enlaçadas deverão ser adjacentes; isto é, deve variar apenas um bit ao
passarmos de uma linha para outra linha que lhe seja consecutiva, o mesmo ocorrendo para as
colunas enlaçadas.
No nosso exemplo, teremos:

Considerações:
a) A laçada de nº 1 situada na 1ª linha, envolveu a 2ª e 3ª colunas; isto é, coluna 01 e coluna 11.
Vemos que ao passar da coluna 01 para a coluna 11 a variável b permaneceu constante em 1,
bem como a variável c em 0 na 1ª linha,

b) A laçada nº 2 situada na 2ª linha, envolveu a 1ª e 2ª colunas ; isto é, colunas 00 e coluna 01.


Notamos também que ao passar da coluna 00 para a coluna 01.a varável a permaneceu
constante em 0, bem como a variável c em 1.

c) As variáveis são unidas entre si pela função AND e havendo mais de uma laçada as mesmas
são unidas entre si pela função OR como representado no nosso exemplo.

d) Pode-se fazer as laçadas envolvendo apenas os zeros(condição em que a saída não é


performada – realizada - executada) e em seguida complementar a função para se encontrar a
equação lógica.

1.2 - COMBINAÇÕES OPCIONAIS


Temos dois tipos de combinações, a saber:

34
a) Combinações em que a saída é desejada.
b) Combinações em que a saída não é desejada.
Consideraremos agora um outro tipo de combinações denominadas Combinações Opcionais, as
quais poderão ser consideradas no mapa de Karnaugh como sendo 0(zero) ou 1(um) ao se extrair as
equações, e podem se dividir em dois grupos, a saber:

1. Combinações opcionais do tipo “Inválidas.”


2. Combinações opcionais do tipo “Não Interessa”.

As combinações do tipo Inválidas são combinações que nunca irão ocorrer quando da operação do
circuito. Exemplo: Seja as duas botoeiras L(Liga) e D(Desliga) que comandam um motor M, segundo a
tabela lógica abaixo.

L D M

0 0 0

0 1 1

10 0

1 1 ?

Supondo que as botoeiras A e B sejam intertravadas, torna-se impossível acional A e B


simultaneamente; logo, a combinação A = 1 e B = 1 na quarta linha da tabela jamais irá ocorrer na
prática. Assim sendo podemos supor M = 0 ou M = 1 para esta combinação, pois a mesma jamais irá
ocorrer!

a) Supondo M = 0 para esta última combinação a equação para a saída M seria:


M=A.B
b) Supondo M = 1 para esta última combinação a equação para a saída M seria:
M = A . B + A . B = B . (A + A) = B . 1 = B
M=B

Portanto, em vez de se necessitar de um contato B normalmente aberto(NA) e um contato A


normalmente fechado(NF), necessitaremos apenas de um contato B normalmente aberto(NA), quando
se considera a combinação opcional A . B.

Convém ressaltar que nem sempre as combinações opcionais quando consideradas, implicarão em
expressões mais simplificadas. Deve-se, portanto, verificar quais destas combinações deverão ser
convenientemente somadas à expressão da saída, afim de se obter uma simplificação ótima. No mapa
de Karnaugh estas combinações serão representadas por um (X)ou um ( ̶ ) colocado dentro do quadrado
respectivo. Exemplo: Seja o mapa abaixo.

xy M
w z 00 01 11 10
00 11
0 0 0 x
01 x 1 1 1
11 x 1 1 x
10 0 0 0 0
M=z
35
Foi vantagem considerar os opcionais como sendo neste caso, considerar os opcionais como sendo 1, pois,
conduziu a uma expressão mais simplificada.

O opcional do extremo superior da coluna 10 foi considerado igual a 0(zero), pois não foi considerado na laçada.

As combinações opcionais do tipo “Não Interessa” implica que não nos importa e/ou não temos interesse sobre o
estado da saída se tais combinações acontecerem.

Tal caso ocorre por exemplo, quando projetamos um contador de 0 a 15 no Código Binário Natural e utilizamos as
suas quatro saídas para alimentar um decodificador BCD para 7 segmentos como integrado SN 7445, por
exemplo.

Teremos que as dez primeiras combinações serão decodificadas como indicado abaixo:

As combinações: 10, 11, 12, 13, 14 e 15 serão consideradas neste caso como sendo opcionais do tipo “Não
Interessa”, pois na verdade não nos importa ou interessa qual vai ser a indicação do display de sete segmentos,
muito embora o fabricante do decodificador especifique qual será a saída do mesmo.

1.3 – MAPA DE MAIS DE QUATRO VARIÁVEIS

Nestes mapas podemos definir vários eixos de simetria. Quaisquer pares de linhas ou colunas equidistantes ao
eixo de simetria, são adjacentes; isto é, sofrem variação de apenas um bit entre si.

Leituras:
Laçada Nº 1 = b . c . d

Laçada Nº 2 = b . c . d

EXEMPO 02:

36
Leitura: V=e.c

EXEMPLO 03:

Leitura:
W = b . c + e . c = c(b + e)

PARTE IIIIII - - CIRCUITOS


PARTE LÓGICA SEQUENCIAL - INTRODUÇÃO
SEQUENCIAIS - FLIP FLOPS
GERAL
1. FLIP FLOP RS LATCH(Sem entrada de Clock – Sincronismo)

a) FLIP FLOP RS COM PORTAS NOR

SÍMBOLO

b) FLIP FLOP RS COM PORTAS NAND


37
TABELA DAS SAÍDAS EM FUNÇÃO DAS ENTRADAS PARA O FLIP FLOP RS

TABELA DAS ENTRADAS EM FUNÇÃO DA SAÍDA DESEJADA O FLIP FLOP RS

Q(i) = Estado inicial da saída Q


Q(i) = Estado final da saída Q

DIAGRAMA DE TEMPO PARA O FLIP FLOP RS

38
OUTRA CONFIGURAÇÃO PARA O FLIP FLOP RS

FORMAS DE ONDA

O Flip Flop RS é comumente utilizado para se eliminar repiques(bounce) de contatos e chaves, como
indicado abaixo.

39
DIAGRAMA DE TEMPO

CONSIDERAÇÕES:

a) Denominaremos Q(n), Q(t), Q(i) ao estado da saída Q antes de qualquer comando nas
entradas .... Estado Inicial da saída Q.

b) Denominaremos Q(n + 1), Q(f), Q(i + 1) ao estado da saída Q após um comando nas entradas
.... Estado Final da saída Q.

c) A combinação S = 1 e R = 1 não é permitida simultaneamente nas entradas de um FLIP


FLOP RS(FLIP FLOP feito com portas NOR). Teríamos: Q = 0 e Q = 0

d) A combinação S = 0 e R = 0 não é permitida simultaneamente nas entradas de um FLIP


FLOP RS(FLIP FLOP feito com portas NAND). Teríamos Q = 1 e Q = 1.

2. FLIP FLOP RS COM ENTRADA DE CLOCK(FLIP FLOP RST)

SÍMBOLO

C = Entrada de Clock = Pulso de sincronismo. Também denominada de entrada T de


Toogle(alavanca)

40
3. SÍMBOLOS UTILIZADOS NA ENTRADA DE CLOCK

S Q
T(c)
R Q

(a)
(b)

(d)
(c)
Entradas de Clock:

(a) A entrada de clock opera em função do nível de tensão do pulso de clock.


Não é mais fabricado.
(b) O símbolo do triângulo informa que a entrada é dinâmica, ou seja, considera
a velocidade de subida ou descida de subida(dv/dt)) do pulso de clock.
(c) Idem o ítem b, porém considera a rampa de descida do pluso de clock.
(d) Idem b, porém temos aqui a representação da entrada de clock na
simbologia DIN.

FLIP FLOP RS COM CLOCK

41
DIAGRAMA DE TEMPO

Tem-se ainda as entradas de:


(a) Pre-Set ... Coloca a saída Q em um estado inicial.
(b) Clear ... Permite zerar a saída Q
(c) Enable ... Habilita ou desabilita o funcionamento do circuito.

4. FLIP FLOP TIPO - D(Delay Atraso ou Data = Dado)

42
Se a entrada de Clock for mantida em nível 1 e a entrada D(Data = Dados) receber pulsos, a saída Q
acompanha a entrada, porém atrasada de um tempo dt.

DIAGRAGRAMA DE TEMPO PARA O FLIP FLOP TIPO D

FLIP FLOP TIPO D IMPLEMENTADO COM FLIP FLOP JKMS

43
TRANSFERÊNCIA DE DADOS EM PARALELO UTILIZANDO FF TIPO D

LATCH D COM ENTRADA ENABLE

5. FLIP FLOP TIPO T (Toogle = Alavanca)

Trata-se de um Flip Flop JK com as entradas curto-circuitadas, de modo a assumir apenas duas
condições de saída.

6. FLIPO FLOP TIPO JKMS(Mestre escravo)


44
45
FLIP FLOP JK COM DISPARO NA BORDA DE DESCIDA

O Flip Flop JK com J = K = 1 opera como um divisor de 46requência, dividindo a frequência de entrada
do clock por 2.

FLIP FLOP JKMS COM ENTRADAS DE PRE SET E CLEAR

46
PARTE IV - LÓGICA SEQUENCIAL - INTRODUÇÃO GERAL

A – INTRUÇÃO AOS CIRCUITOS SEQUENCIAIS – MÁQUINA DE ESTADO

Distinção entre um circuito Combinacional e um circuito Sequencial.

Seja o sistema abaixo:

Sendo:

E1, E2, E3 ..... EN: Varáveis de Entrada.

S1, S2, S3, .... SN: Saídas.

Tem-se que, em um Circuito Combinacional, as Saídas são funções das Combinações das
Entradas e não se leva em consideração o fator tempo.

Seja agora o circuito seguinte:


47
FIG. 2A
f1: Função lógica qualquer.

f2: função lógica qualquer.

Variáveis Primárias: São as variáveis de entrada, onde se aplicam os comando. Temos que:

FIG. 2B
A FIG. 2A, acima representa um sistema Sequencial. Em um sistema Sequencial, verifica-se que:

48
a) As saídas são funções das combinações das entradas.
b) O estado das saídas após se realizar uma combinação nas entradas, é função também do
ESTADO ANTERIOR da saída, ou seja, é função do estado em que se encontrava a saída
ANTES de se ter realizado a referida combinação.
c) Leva-se em consideração o fator TEMPO.
d) Existem circuitos de REALIMENTAÇÃO informando à entrada o estado atual da saída.
e) O estado da saída depende também da SEQUÊNCIA em que são feitas as combinações nas
entradas.

Em um instante temos:

E1(t), E2(t), E3(t), .... EN(t) ... Combinações das entradas no instante “t”.

Y1(t), Y2(t), Y3(t), .... YN(t) ... Estado das saídas Y1, Y2, Y3 .... YN no instante “t”.

A partir de um estado Y(t) em um instante “t”, duas possibilidades se nos apresentam:

a) Y(t + ∆t) ≡ Y(t) ... Diremos que o sistema conserva o mesmo estado desde que E(t)
conserve o mesmo valor. Temos aqui uma condição de “ESTABILIDADE”.

b) Y(t + ∆t) ≠ Y(t ... Diremos que o sistema muda de estado. O estado Y(t) adquire, após um
tempo “dt”, o estado Y(t + ∆t), o qual, poderá ser ESTÁVEL, ou, INSTÁVEL. Poder-se-á
ter nesta condição uma condição de INSTABILIDADE.

FIG. 2C

49
FIG. 2D

FIG. 2E

50
FIG. 2F

FIG. 2G

51
FIG. 2H

FIG. 2I

52
FIG. 2J

FIG. 2K

53
FIG. 2L

FIG. 2M

54
FIG. 2N

FIG. 2O

55
FIG. 2P

EXEMPLO DE PROJETO:

Seja o elaborar o seguinte circuito de comando para um motor M:

a) O motor é comandado por duas botoeiras L e D do tipo push-button,


.
b) Acionando L; isto é, L = 1, o motor é ligado.

c) Liberando L após ligar o motor o mesmo deve permanecer ligado.

d) Não se admite comandos simultâneos de L e D.

e) Acionando D; isto é, D = 1, deve desligar o motor.

f) Liberando a botoeira D o motor deve permanecer desligado.

Sabemos já, previamente, que trata-se do circuito mostrado abaixo:

Contator

FIG. 3

Podemos elaborar a seguinte tabela afim de descrever o funcionamento do circuito:

56
FIG. 4
Nesta tabela vemos que:

a) Nos Estados Estáveis temos: Y ≡ y Circuito Estável


b) Nos Estados instáveis temos Y ≠ y Circuito Instável

OBS.: Este critério de estabilidade somente é válido quando se tem apenas uma variável
secundária e consequentemente uma excitação secundária!!

Veremos adiante que se o projeto envolver mais de uma variável secundária e mais de uma excitação
secundária, teremos de adotar outros critérios afim de garantir a estabilidade do circuito.

PASSOS PARA A SOLUÇÃO DE PROBLEMAS DE CIRCUITOS SEQUENCIAIS

1. Estabelecer o enunciado(proposição do projeto) do projeto.

2. Fazer o fluxograma, o qual, representa toda a lógica de funcionamento do circuito.

3. Construir a Primitiva Tabela de Fluxo(PTF). Nesta tabela os estados estáveis são colocados
dentro de círculos e os estados instáveis ficarão sem os respectivos círculos.

Construindo da PTF:

a) Número de colunas = número de combinações das variáveis de entrada mais a(s)


coluna(s) da saída.
b) Número de linhas = número de estados estáveis.

c) Coloca-se um estado estável por linha, sendo os mesmo circulados. E os estados


instáveis, sem o respectivo círculo.

4) Verificar se na PTF há estados estáveis equivalentes(ou redundantes). Se houver, substituir o


de maior grau pelo de menor grau.
5) Fazer o diagrama de União Ótima.

6) Construir a Tabela de Fluxo Unido(TFU).

7) Fazer a designação das variáveis secundárias e representar a TFU com a designação


secundária.

8) Determinar o mapa da excitação secundária Y.

9) Determinar a equação da excitação secundária Y.

10) Determinar o mapa da(s) saída(s).


57
11) Determinar a equação da(s) saída(s).

12) Desenhar o circuito sequencial a partir das respectivas equações de Y e da saída.

Vamos mostrar o processo de como projetar um circuito de lógica sequencial adotando o nosso
exemplo do Motor acima apresentado.

Como já temos o enunciado(a proposição) do projeto, iremos fazer inicialmente o fluxograma da lógica
de funcionamento do circuito.

1. FLUXOGRAMA:

Observar que:

a) O número de setas que saem de cada círculo = número de variáveis primárias.


b) O número de setas que entram em cada círculo é função do enunciado do
problema.

2. PRIMITIVA TABELA DE FLUXO(PTF):

Em uma Primitiva Tabela de Fluxo(PTF), cada Estado Estável deve ser circulado. Os Estados
Instáveis são colocados na tabela sem o respectivo círculo, afim de serem diferenciados dos seu
respectivos Estados Estáveis. A PTF é construída a partir do Fluxograma, onde cada transição do
mesmo é transferida para dentro da tabela, seguindo-se a ordem natural da sequência de
funcionamento do circuito apresentada no respectivo Fluxograma.

O Estado Instável representa o estado pelo qual estará passando o circuito durante uma transição de
um Estado Estável para outro Estado Estável seguinte; logo, o Estado Instável representa um
instante de transição do circuito. O Estado Estável é sempre representado dentro de um círculo e o
Estado Instável sem o respectivo circulo.

Para o Fluxograma acima teremos a TFU abaixo:

58
x

OBS.: Na prática os quadrados axuriados são preenchidos com um traço (-), ou um “x”. Os mesmos
representam comandos ou combinações que não irão ocorrer nas variáveis de entrada.

Uma análise da TFU:

a) Estando o circuito estiver no Estado Estável 1 onde LD = 00 e M = 0 e as entradas mudam


para LD = 10, o circuito passa do Estado Estável 1 para o Estado Estável 2, onde M = 1;
passando transitoriamente pelo Estado Instável 2.

Afim de dar um significado a este estado transitório podemos considerar o retardo de tempo existente
entre o instante de energização da bobina de um contator e o efetivo fechamento do seu contato ou, o
delay existente entre a mudança de estado da saída de uma porta lógica em relação ao comando dado
na sua entrada.

b) Se o circuito estiver no Estado Estável 2 onde LD = 10 e M = 1 e as entradas mudam para LD =


11, o circuito vai para o Estado Estável 5 onde M = 0, passando transitoriamente pelo Estado
Instável 5.
c) Se o circuito estiver no Estado Estável 2 onde LD = 11 e M = 0 e as entradas mudam para LD = 10, o
circuito irá retornar ao Estado Estável 2 onde M = 1, passando transitoriamente pelo Estado Instável
2. .

d) Ainda na FIG. 5, se o circuito estiver no Estado Estável 2 com LD = 10, e as entradas mudarem para
LD = 00, o circuito irá passar do Estado Estável 2 para o Estado Estável 3 passando pelo Estado
Instável 3 permanecendo ainda a saída M = 1, não havendo mudança no estado da saída.

Para esta última transição o Estado Instável 3, sem circulo, pode não ser considerado
verdadeiramente como Estado Instável, visto que o circuito permaneceu em uma condição de
verdadeira estabilidade, pois não houve nenhuma mudança no estado da saída. Veremos adiante
como esta aparente incoerência quanto ao conceito dado para o Estado Instável será eliminada,
visto que o mesmo, ou seja, este respectivo Estado Instável 4, nesta presente análise, está se
comportando como um Estado Estável e não verdadeiramente como um Estado Instável!

3. VERIFICAÇÃO DA EXISTÊNCIA DE ESTADOS ESTÁVEIS REDUNDANTES

Antes de dar continuidade ao nosso projeto, vejamos como verificar se há estados estáveis
equivalentes(ou redundantes) na primitiva tabela de fluxo(PTF) e quais as providências devemos
tomar, afim de simplificar a respectiva tabela. Dois Estados Estáveis são equivalentes se:

a) Têm mesmas entradas.

b) Têm mesmas saídas.


59
c) Têm mesmas transições ou mudanças, ou seja: para cada possível mudança de entrada há
uma transição destes Estados Estáveis para os mesmos ou equivalentes estados.

Havendo estados estáveis equivalentes construímos uma nova PTF na qual os estados estáveis
que são equivalentes serão substituídos pelos correspondentes de menor grau.

FIG. 6

Observa-se que os estados estáveis 1 e 3 têm as mesmas entradas, mas não têm as mesmas
saídas; por este motivo não são redundantes(iguais ou equivalentes).

Eliminação dos Estados Estáveis Equivalentes(ou REDUNDANTES):

Na construção do fluxograma pode-se introduzir estados do circuito que sejam repetidos ou redundantes
em função da complexidade do fluxograma. Podemos, sem perceber, introduzirmos um Estado
Estável(círculo) que já tenha sido introduzido, anteriormente no fluxograma!

Nesta PTF os Estado Estáveis 2 e 4 são equivalentes, pois possuem as mesmas entradas, as
mesmas saídas e as mesmas transições ou mudanças.

Passaremos a designar os Estados Estáveis pela sigla EE e os Estados Instáveis pela sigla EI, para
simplificação.

Como visto anteriormente, havendo EE equivalentes substitui-se o EE de maior grau pelo EE de menor
grau. Na FIG. 8, abaixo, temos a PTF com os EE equivalentes(redundantes) substituídos pelos EE de
menor grau.

60
LD

FIG. 8
EXEMPLO 02:

Seja agora o fluxograma abaixo, para o qual iremos elaborar a sua PTF

1 2 6 7

00 01 10 01
00 10 11 11

3
00
00
4 5

01 11
10 01 FIG. 9

PRIMITIVA TABELA DE FLUXO(PTF):

Na PTF da FIG. 10, acima, a equivalência dos EE 2 e 4 pode ser imediatamente estabelecida como no
exemplo 01. Os EE 1 e 3 têm as mesmas entradas e as mesmas saídas, e portanto os dois primeiros
critérios de equivalências são satisfeitos.

Por conseguinte, a equivalência dos EE 1 e 3 é dependente da equivalência dos EE 2 e 4.

61
A equivalência de 2 e 4 contudo é dependente da equivalência de 1 e 3. Se 1 e 3 são feitos equivalentes
e 2 e 4 são feitos equivalentes, a análise mostrará que a ação do circuito é a mesma que a indicada pelo
fluxograma.

“Dois EE que possuem as mesmas entradas e as mesmas saídas podem ser feitos equivalentes,
a não ser, que esta equivalência dependa de uma não equivalência”.

Assim, teremos para a PTF:

EXEMPLO 03:

Seja a PTF abaixo indicada:

Um exame da PTF da FIG. 12 acima mostra que há possíveis equivalência entre os EE:

1,4 e 12
2, 7 e 9
62
5, 6 e 11
3e8 .

Estabelecendo-se imediatamente as não equivalências(dentro de uma coluna) entre os EE 3 e 10 e


entre 8 e 10.

Para auxiliar no estabelecimento de outras não equivalências usa-se a Aproximação Tabular. Uma
tabela é construída com uma linha para cada possível equivalência, e uma coluna para cada possível
equivalência e não equivalência estabelecida.

Todas as equivalências são circuladas para identificação. Marcas de check são colocadas em locais
apropriados da tabela, uma marca de check indicando que a possível equivalência na linha
correspondente é dependente de uma possível equivalência ou de uma não equivalência estabelecida
na correspondente coluna.

[Mesmas entradas e saídas]


[Mesmas
Entradas]

.FIG. 13

As não equivalências 3 - 10 e 8 - 10 são circuladas para identificação. Quaisquer EE cujas


equivalências são dependentes de uma não equivalência devem ser não equivalentes.

As marcas de check na coluna 3 - 10 estabelecem que os EE 5 e 6 são não equivalentes, e que os EE


5 e 11 são não equivalentes.

As designações das colunas 5 - 6 e 5 - 11 devem ser circuladas. As marcas de check nestas duas
colunas estabelecem que 1 - 4, 2 - 9, 4 - 12 e 2 - 7 são não equivalentes.

As designações dessas colunas são também circuladas, e as marcas de check nestas quatro colunas
indicam as não equivalências de 2 - 7, 2 - 9, 1 - 4, 4 - 12, 5 - 6 e 5 - 11.

Estas não equivalências já foram estabelecidas, e desde que não á outras não equivalências, o
procedimento está completo. Todas as designações de colunas sem estarem circuladas, indicam
equivalências que podem ser feitas:
1 - 12, 7 - 9, 6 - 11 e 3 - 8

A PTF ficará como mostrado abaixo:

63
1
2
3
FIG. 14
4
5
6
7
8
9
10
11
12

EXEMPLO 4: Princípio da Pseudo-Equivalência

1º Caso: Transição Opcional.

Seja a PTF abaixo:


LD
00 01 11 10 M1 M2

1v 3 5 4 00 FIG. 16
23
2v 3 x 4 00

64
Diremos que as entradas 1 e 2 são Pseudo – Equivalentes desde que uma mudança nas entradas LD
= 00 para LD = 11 resulta em uma transição do EE 1 para 5, enquanto a transição do EE 2 é opcional.
Desde que uma entrada opcional possa ser substituída por um 5, os EE 1 e 2 podem ser feitos
equivalentes. E teremos para a PTF:

FIG. 17
2º Caso: Saída Opcional.

Seja a PTF abaixo:

Os EE 1 e 2 são Pseudo – Equivalentes desde que para o EE M2 = 0 enquanto que para o EE 2 M2 é


opcional. Desde que uma saída opcional possa ser substituída por um 0 os EE 1 e 2 podem ser feitos
equivalentes. Assim teremos para a PTF:

FIG. 19
FIG. 16

3º Caso: Um EE pode ser Pseudo – Equivalente a dois ou mais EE os quais entre si não são
equivalentes.

Seja a PTF abaixo:

Exemplo 01: LD
M
00 01 11 10

1 1v 4 x 7 0

2 2v 5 6 x 0

3 3v x 6 7 0 FIG. 20
1
FIG. 16

4 1
1 4v 6 x 1

5 2 5 v6 x 0

Os EE 1 e 3 são Pseudo – Equivalentes,


6 os EE 2 e 3 são Pseudo – Equivalentes, enquanto os EE
1 para a PTF são mostradas abaixo:
1 e 2 são não equivalentes. As três possíveis configurações
7

8 65 0

9
1
1

3 FIG. 21

6 1ª Configuração: 1 ≡ 3
v v
7

8
9
1
1
2 10
2
3 11
3
4 12
4
5
5
6
6
7 FIG. 22
7 FIG. 23
04º Caso:
8
Seja a PTF abaixo: 8
9
9
Exemplo 01:
10 LD 10
M
11 00 01 11 10
11
1 1v 4 x 7 0
12
12
2 1 2v x 5 0 1
1

3 1 3v x 6 1

4 1
1 4v x 7 x

5 1 3 x 5v 1

6 1 2 x 6v 1

71 4 x 7 v 1
10
FIG. 24
0
11
Os EE 2 e 4 são não equivalentes, e portanto os EE 5 e 6 são também não equivalentes. Os EE 2 e 4
os EE 5 e 7 podem ser1 feitos equivalentes. A equivalência de 5 e 7
podem ser feitos equivalentes se 12
por sua vez, depende da equivalência de 3 e 4; a equivalência de 3 e depende da equivalência de 6 e 7;

66
a equivalência de 6 e 7 depende da equivalência de 2 e 4. As seguintes equivalências podem portanto
serem feitas:

FIG. 25

LD
M
00 01 11 10

1 1v 2 x 5 0

2 1 2v x 5 0 1
1

3 1 3v x 6 1

4 1
1 3v x 5 1
5 1 3 x 5v 1

6 1 2 x 6v 1

71 2 x 6 1
v
8
9 FIG. 26
0
4. DIAGRAMA DE UNIÃO E TABELA DE FLUXO UNIDO - TFU
10
1
Após testar e eliminar qualquer EE 11 equivalentes(redundantes), o próximo passo é fazer a TFU, onde
iremos unir linhas da PTF e obter a TFU, a qual conterá um menor número de linhas..

O DIAGRAMA DE UNIÃO nos 12 permitirá elaborar a nossa TFU. Iremos fundir linhas que sejam
compatíveis, obedecendo os seguintes critérios:

a) Um quadrado que possui um EE prevalece sobre um quadrado que possui um EI equivalente ou


sobre um quadrado que possui um x.
b) Um quadrado que possui um EI prevalece somente sobre um quadrado que possui x.
c) Duas ou mais linhas podem ser unidas se, dentro das linhas, não há número de estados
conflitando em qualquer coluna. Por exemplo, duas linhas podem ser unidas se cada coluna
contém ou dois números de estados iguais, ou uma contém um número e a outra um “x”, ou
ambas contém um “x”.
d) Todos números de estados escritos nas linhas de união são escritos nas respectivas colunas da
linha unida. Se um número de estado é circulado nas linhas de união, ele é circulado na linha
unida, mantendo a designação de EE.
Critérios de união das linhas:

a) Método de união por MOORE: Uniremos linhas que apresentam as mesmas saídas.
b) Método de união por Huffman: Uniremos linhas que apresentam saídas diferentes.

67
O método de união por Huffman tem como consequência não ter a presença de elementos do circuito de
comando no circuito de potência do circuito(principalmente em se tratando de comando de um motor).

Como podemos unir linhas de possuem as mesmas saídas(União por Moore) ou que apresentam saídas
diferentes(União por Huffman), por este motivo a TFU não apresenta mais a coluna referente ao estado
da saída, uma vez que o estado da saída será definido pelo comando dado nas entradas.

EXEMPLO:

A união das duas linhas da PTF abaixo está mostrada na FIG. 28

.
FIG. 27

L D 00 01 11 10
1v 2v 3 -

FIG. 28
Geralmente há mais de uma maneira de unir-se as linhas de uma PTF e a escolha das uniões pode
afetar a economia, confiabilidade e tempo de resposta do circuito. Para construir o um Diagrama de
União Ótima, os números dos EE são dispostos num círculo sendo os números somente usados para
identificar as linhas da PTF. Os círculos são unidos em função da compatibilidade de união das
respectivas linhas da PTF em exame. Seja a PTF abaixo:

FIG. 29
Sendo a linha 1 incompatível de união com a linha 3, optaremos pelo Diagrama de União Ótima abaixo:

FIG. 30

68
FIG. 31

E teremos para a TFU:

LD
00 01 11 10

1 5 4 2
v v FIG. 32
1 6 3v 2v
1 6v 4v 2
Seja a PTF abaixo:

FIG. 33

FIG. 34

FIG. 35

69
Um exemplo de união de quatro linhas é mostrada abaixo. Temos a união entre as linhas 1; 2; e 4, bem
como a união entre as linhas 3 e 4.

FIG. 36
FIG. 34

As vezes pode haver mais de uma maneira de obter uma união com um número mínimo de linhas. Na
figura abaixo há quatro diferentes maneiras de se obter uma TFU com quatro filas.

Quando existe mais de uma união mínima, todas devem ser consideradas, desde que não há meios de
se saber a esta altura do projeto do circuito qual união resultará no circuito mais econômico, lembrando-
se de que nem sempre o circuito mais econômico será o mais confiável. Deve-se procurar associar o
fator econômico com os fatores estabilidade e confiabilidade!

FIG. 37
Possibilidades:
1. 1 – 2; 3 – 4; 5; 6 – 7 – 8
2. 1 – 2; 3 – 4; 5 – 6; 7 – 8
3. 1 – 4; 2 – 3; 5; 6 – 7 – 8
4. 1 - 4; 2 – 3; 5 – 6; 7 - 8
Consideremos o Fluxograma da FIG. 4, o qual gerou a PTF da FIG. 5.

FIG. 38
Nesta PTF não há EE equivalentes, pois os EE 1 e 3 têm as mesmas entradas mas possuem saídas
diferentes. Há compatibilidade de fusão entre as linhas 2 e 3; 1, 4 e 5; sendo esta união entre linhas que
possuem as mesmas saídas. A linha 2 é compatível com a linha 4, porém com saídas diferentes.
Diagrama de União ótima:

70
.

FIG. 39a

Vamos escolher as uniões:

FIG. 39b

FIG. 40

5. TFU COM DESIGNAÇÃO SECUNDÁRIA:

Seja a PTF que foi elaborada na proposição do nosso primeiro projeto:

FIG. 41

Observando a tabela vemos que os EE 1 e 3 possuem os mesmos comandos de entrada LD = 00, nos
EE referidos, porém saídas diferentes, M = 0 no EE 1 e M = 1 no EE 3.

Afim de solucionar este impasse, designaremos uma variável “y”, denominada ”variável secundária”, a
qual valerá:

y = 0 para a primeira linha da TFU

71
y = 1 para a segunda linha da TFU
Teremos assim a nossa TFU com “Designação Secundária”.

FIG. 42
6. Mapa da excitação secundária Y.

Quando se tem apenas uma excitação secundária teremos as seguintes condições para preencher os
EE e EI do mapa:

a) Y ≡ y para os EE. b) Y ≠ y para os EI.

Assim, teremos para o mapa da excitação secundária Y:

No preenchimento do mapa de Y é conveniente preencher primeiro os estado estáveis constantes no


mapa, pois sabemos n=que nos estados estáveis Y ≡ y, ou seja, a variável secundária e a excitação
secundária estão nos mesmos estados.

FIG. 43

v Estados Estáveis

7. Equação da excitação secundária Y:

FIG. 44

Y = L.D + D.y

Y = D . (L + Y)

8. Mapa da saída M:

A PTF nos fornece o estado de M para cada EE. Para o preenchimento dos EI consideraremos o
seguinte:

FIG. 45

a) Se o EI for utilizado na mudança de estado de M de 0 para 1 ou de 1 para 0, preencheremos


este EI com “x”. Neste caso este “x” é denominado de “opcional”; pois, poderá ser 0 ou 1.
b) Se o EI for utilizado na mudança de estado de M de 0 para 0, preencheremos este EI com
“0”.
72
c) Se o EI for utilizado na mudança de estado de M de 1 para 1, preencheremos este EI com
“1”.

FIG. 46

M=x
Assim teremos:

Desenvolvendo a equação abaixo afim de utilizarmos apenas portas nand, fica:

a) Y = L . D + D.Y

b) Y = L . D . D . Y .... implementando o circuito lógico somente com portas NAND.

9. IMPLEMENTAÇÃO DO CIRCUITO:

FIG. 47

Observar que as portas NAND1 e NAND4 formam um Flip-Flop RS, ou seja, um circuito de memória
capaz de memorizar um “Bit.”

Estaremos utilizando APENAS um circuito integrado TTL SN 7400!


L e D vêm das botoeiras, passando necessariamente por circuitos eliminadores de repiques de
contatos(circuitos de debounce), os quais são implementados com flip-flops tipo RS ou D.

O contator Y será responsável pela energização do Moto M.

EXEMPLO DE UM CIRCUITO DE DEBOUNCE:

73
Saída L sem
repiques

FIG. 48

10. DESIGNAÇÃO DAS VARIÁVEIS SECUNDÁRIAS – COMPLEMENTO.

Quando a TFU possui mais de duas linhas serão necessários mais de uma variável secundária, por
exemplo, y1 e y2. Seja a TFU abaixo:

ma
y1 y2
00
01

11

10

FIG. 49

Agora temos duas variáveis secundárias e não poderemos permitir que haja a variação simultânea
destas variáveis!

Mudanças do tipo:

a) y1 y2 = 00 para y1 y2 = 11;
b) y1 y2 = 11 para y1 y2 = 00
c) y1 y2 = 01 para y1 y2 = 10
d) y1 y2 = 10 para y1 y2 = 01

Não podem ser permitidas, pois nada nos garante que as duas variáveis irão mudar simultaneamente;
isto é, no mesmo tempo!

Se y1 y2 = 01(onde y1 = 0 e y2 = 1) e houver um comando na entrada, e em consequência do mesmo as


variáveis y1 y2 deverão passar respectivamente, para y1 y2 = 10(onde y1 = 1 e y2 = 0) teremos uma
condição crítica para o circuito em função do tempo de resposta do sistema.

Não temos garantia de que estas mudanças ocorrerão sem nenhum delay(retardo de tempo), podendo o
circuito ir para um EE diferente do aquele que desejamos. Se mais de um secundário é instável por vez,
temos o que se diz, uma CONDIÇÃO DE CORRIDA.O circuito poderá entrar em oscilação ou ir para um
EE não equivalente ao que desejamos ... diremos que houve uma condição de corrida crítica, a qual
pode ser cíclica, ou seja, o circuito entra em oscilação!!

11. TFU COM MAIS DE UMA VARIÁVEL SECUNDÁRIA:

Seja a TFU abaixo:

74
Veremos como proceder para preencher o mapa da TFU com duas variáveis secundárias, de tal modo
que possamos evitar as condições indesejáveis acima descritas. Consideremos a TFU acima
representada.

FIG. 50

Afim de preenchermos os valores de Y1Y2 para o mapa das saídas Y1 e Y2, procedemos como se
segue:

a) Atribuimos uma indicação alfabética a, b, c e d correspondente a cada linha e em segui


verificamos as transições entre os EE(ou transições entre as linhas), sendo que para cada
transição somente permitiremos variar uma variável secundária y por vez e consequentemente
estaremos permitindo que varie também somente uma excitação Y1, Y2 por vez.

Vemos pela tabela da TFU que:

1. Temos transição da linha “a” para a linha “c” ... Ida do EE 1 para o 5 e 2 para o 5.
2. Temos transição da linha “b” para a linha “c” ... Ida do EE 3 para o 6 e 4 para o 6.
3. Temos transição da linha “b” para a linha “d” ... Ida do EE 3 para o 7 e 4 para o 7.
4. Temos transição da linha “a” para a linha “d” ... Ida do EE 1 para o 8 e 2 para o 8.

Assim sendo, faremos uma tabela auxiliar onde as letras referentes às transições deverão ficar
adjacentes entre si, o que permitirá com isso que somente uma variável secundária varie por vez.

FIG. 51

Somente irá variar um “bit” ao realizarmos ass transições que irão ocorrer!

a) Da linha “a” para a linha “c” irá variar somente y2 , somente.


b) Da linha “a” para a linha “d” irá variar somente y1, somente.
c) Da linha “b” para a linha “c” irá variar somente y1, somente.
d) Da linha “b” para a linha “d” irá variar somente y2, somente
Logo teremos a seguinte disposição para a TFU:

Fig. 52

75
Quando três secundários são requeridos para uma tabela de quatro linhas, haverá setenta maneiras
diferentes de selecionar a disposição dos secundãriosna tabela, ou seja:

𝑝 𝑛! 8!
𝐶𝑛 = = = 70
𝑝! (𝑛 − 𝑝)! 4! (8 − 4)!
Exemplo 1:

Exemplo 2:

Seguem abaixo alguns modelos para a disposição de secundários:

FIG. 55
12. MAPA DAS SAÍDAS Y1 E Y2

Este mapa será preenchido observando-se que nos EE teremos sempre Y ≡ y . Já os EI serão
preenchidos com os valores do EE que o circuito irá assumir após a transição pois, devemos informar
para o circuito o EE que ele deverá atinjie e permanecer.

76
12. MAPA DE Y1:

ma Y1
y1y2 00 01 11 10
00 0 0 0 1
01 1 0 0 0
11 1 1 1 0
10 0 1 1 1

Y1 = m.a.y2 + a.y1 + m.a.y2

FIG. 57

13. MAPA DE Y2:

FIG. 58

CICLOS
CICLO

Até este ponto vimos que as mudanças de EI se limitaram ao caso nos quais após uma mudança
secundária um EE era alcançado.

Veremos agora que um EI pode levar a outro EI. Tal sucessão de duas ou mais mudanças secundárias
é chamada de Ciclo. Sejam as tabelas abaixo.

Um exemplo de ciclo está mostrado na tabela da TFU, na coluna X1X2 = 00. Na TFU no mapa de Y1Y2
associado, o circuito está no EE 2 e ocorre uma mudança de entrada de X1X2 = 01 para X1X2 = 00

77
haverá um ciclo de três mudanças secundárias sucessivas antes que o EE 1 seja alcançado: y1y2 = 10
para 11 para 01 para 00.
Se o circuito está no EE 3, e ocorre uma mudança de entrada de X1X2 = 10 para X1X2 = 00,
haverá um ciclo de somente duas mudanças secundárias sucessivas antes que a estabilidade seja
alcançada: y1y2 = 11 para 00. Se o circuito está no EE 4 e ocorre uma mudança de entrada de X1X2 = 01
para X1X2 = 00 o EE 1 é alcançado após uma mudança secundária simples de y1y2 = 01 para 00.

CORRIDAS

Nos ciclos e mudanças secundárias simples, vistas anteriormente, cada excitação secundária diferia do
presente estado secundário em somente uma variável; isto é, somente um secundário era instável por
vez(somente uma variável secundária muda por vez). Se mais de um secundário é instável por vez(se
mais de uma varável secundária muda por vez), é dito existir uma condição de CORRIDA. Um exemplo
de corrida é mostrado nas tabelas abaixo:
Corrida Não Crítica:

FIG. 61
Se o circuito está no EE 2 e ocorre uma mudança de entrada de X1X2 = 01 para X1X2 = 00 a
excitação Y1Y2 = 00, diferirá do estado secundário y1y2 = 11, em duas variáveis e ambos secundários
tenderão a de estado ao mesmo tempo! Contudo, os tempos de resposta física dos secundários podem
diferir, e um secundário pode responder mais rápido do que o outro. Se ambos os secundários
respondem ao mesmo tempo, o próximo estado secundário será y1y2 = 00 e não ocorrerá nenhuma
outra ação, desde que este estado é estável.

Se y1 responde primeiro o próximo estado secundário será y1y2 = 01, este estado é instável, e
uma outra mudança secundária é também possível se y2 for mais rápido para o estado : y1y2 = 10,
sendo também um estado instável e finalmente uma outra secundária mudança para o estado estável
y1y2 = 00. Neste exemplo não interessa qual o resultado da corrida(se y1 responde primeiro, se y2 se y2
responde primeiro ou se ambos respondem ao mesmo tempo), a ação do circuito sempre terminará no
estado estável desejado, tal corrida é denominada NÃO CRÍTICA. Um exemplo mais complexo é
mostrado abaixo:

FIG. 62
78
Se o circuito está no EE 2 e há uma mudança de entrada de X1X2 = 01 para 00, haverá uma condição de
corrida do estado y1y2y3 = 111 para o estado y1y2y3 = 010, 110 ou 011 O estado 010 muda para o
estado estável 000 o estado 110 cicla através do estado 100 para o estado estável 000. O estado 011
tende a mudar para o estado 000; porém, acontece aqui outra condição de corrida, o próximo estado
secundário poderá ser 000(estável), 010 ou 001. Os estados 010 e 001 mudam ambos para o estado
estável 000. Portanto não interessa qual o resultado das corridas, a ação do circuito vai terminar no
estado y1y2y3 = 000, e as corridas são então NÃO CRÍTICAS. Todas as ações do circuito estão
ilustradas abaixo:

FIG. 63
Uma corrida que possa terminar em dois estado estáveis não equivalentes(ou pode ciclar
indefinidamente) é denominada CORRIDA CRÍTICA. Um exemplo de corrida crítica está mostrada na
coluna X1X2 = 00, na TFU e no mapa de Y, abaixo:

CORRIDA CRÍTICA:

FIG. 64

Se o circuito está no EE 3 e ocorre uma mudança de entrada de X1X2 = 01 para X1X2 = 00, haverá uma
condição de corrida do estado y1y2 = 11 para o estado y1y2 = 00.

Dependendo do resultado da corrida o


próximo estado secundário será y1y2 = 00, 01 ou 10. Se ambos os secundários responderem ao mesmo
tempo o próximo estado secundário será y1y2 = 00(estado estável 1.

Se y2 responder primeiro o próximo estado secundário será y1y2 = 10, seguido de uma outra mudança
secundária para y1y2 = 00(estado estável 1. Se y1 responder primeiro, o próximo estado secundário será
y1y2 = 01(estado estável 2, que não é a ação designada para o circuito.

A propriedade de um circuito com condição de corrida crítica é que a ação é não previsível, e corridas
críticas portanto representam projeto impróprio e devem ser evitados. Contudo, corridas não críticas e
ciclos são não somente permissíveis no projeto de circuitos sequenciais, como podem ser desejáveis.

Ciclos podem ser introduzidos para evitar corridas críticas ou para introduzir “delay”, isto é, retardos de
tempo, atrasos, demora adicional ao circuito; podendo, em determinados casos conduzirem a um projeto
até mais econômico.

79
EXERCÍCIOS DE APLICAÇÃO SOBRE DIGITALIZAÇÃO DE CIRCUITOS
CONVERSÃO DE CIRCUITOS DE COMANDO DE SISTEMAS INTEGRADOS
DIGITAIS - PROJETOS

FIG. 65
EQUAÇÕES DO CIRCUITO:
CL1 e CL2: contatos de fim de curso.

FIG. 66

80
CIRCUITO DE COMANDO DIGITAL

DISPOSITIVOS ELETROMECANICOS DE ACIONAMENTO


a) Fim de curso comandado por um came:

b) Inversão do sentido de rotação:

D = Sentido direto
I = Sentido Reverso

c) Sistema de fresa:

81
PROJETOS DE CIRCUITOS SEQUENCIAIS

1. O comando de um motor se faz por duas botoeiras tipo push-bottom L e D.

a) Pulsando L o motor liga, pulsando D o motor desliga mesmo que L esteja também acionado(D é
preferencial).
b) Não se admite comandos de L e D simultâneos.
c) Se L e D estiverem acionados e liberarmos D, mantendo-se L acionado, o motor deve ligar.
d) Alterar o projeto para o caso de estando o motor ligado e acionando-se L juntamente com D o motor
deve parar, porém, se liberarmos D e mantermos L acionado o motor não deve ligar.

2. Um motor M é comandado por duas botoeiras E e D, da seguinte forma:

a) Acionando “E” o motor gira para a esquerda, se já não o estiver.

b) Liberando “E” o motor deve continuar funcionando.

c) Acionando “D” o motor gira para a direita, se já não o estiver.

d) Liberando “D” o motor deve continuar funcionando.

e) O primeiro comando dado é preferencial.

3. Um motor M é comandado por duas botoeiras E e D, da seguinte forma:

f) Acionando “E” o motor gira para a esquerda, se já não o estiver.

g) Liberando “E” o motor deve desligar.

h) Acionando “D” o motor gira para a direita, se já não o estiver.


82
i) Liberando “D” o motor deve desligar.

j) O primeiro comando dado é preferencial:

a) Acionando E = 1 e em seguida D = 1, prevelecerá o comando E = 1, mesmo que em seguida se


faça E = 0 e se mantenha D = 1.
b) Acionando D = 1 e em seguida E = 1, prevelecerá o comando D = 1, mesmo que em seguida se
faça D = 0 e se mantenha E = 1.

4. Um motor deve ser ligado se dois botões x1 e x2 de comando são fechados em certa sequência. O motor
deve parar se um dos um dos interruptores for aberto e para ligar novamente o motor os interruptores
devem voltar ao estado inicial de repouso e realizar novamente a sequência.
X1X2
5. Um motor deve ser acionado por um contato push-bottom “L”, Tem-se um contato “a” acionado por um
came excêntrico, como mostrado na figura abaixo.

Contato “a” sendo ativado pelo came.


a=1

Uma ação sobre “L” provoca a partida do motor. Após uma volta do eixo do motor o came se apoia sobre o
contato “a” e desliga o motor.

a) Modifique o projeto afim de que o motor seja desligado somente após duas voltas do came.

6. Um motor é acionado por uma botoeira “L” no sentido direto se o came está em “a”, e no sentido inverso
se o came estiver em “b”. O came deverá parar na posição oposta à de partida..

OBS.:Uma vez iniciado o giro do motor uma ação em L não tem nenhum efeito no sistema.

7. Sistema de uma fresadora automática:

1º caso: Comando manual

83
Estado inicial:

h=o p=0 D = 0 ... Descida

b=1 c=1 M = 0 ... Subida

m=0 B = 0 ... Broca P = 0 ... Plateau

a) Uma ação sobre a botoeira push-bottom “m” provoca a descida do conjunto da broca.”
b) O conjunto da broca passando pelo contato “c” provoca a rotação da broca.
c) O conjunto da broca passando pelo contato “b” volta a subir.
d) Passando por “c” cessa a rotação da broca e causa a rotação do plateau de ¼ de volta.
e) Quando o porta broca chega em “h” cessa o ciclo.
f) Uma nova ação sobre “m” e novo ciclo se inicia.

Pode-se decompor o projeto em três fases distintas a saber:

a) Descida e subida do porta broca.


b) Rotação da broca.
c) Rotação do plateau.

8. Comando de uma Ponte Rolante:

Distinguiremos duas ações:

1. O comando do carro(deslocamento à direita e à esquerda)..


2. O comando de descida e subida,
a) Comando do carro através dos contatos: “dc”, “gc” e “ac”.

dc = Deslocamento do carro á direita.

gc = Deslocamento do carro à esquerda.

ac = Botoeira de parada,

84
- Se o carro se desloca para a direita, uma ação sobre “gc” é inoperante.

- Se o carro se desloca para a esquerda, uma ação sobre “dc” é inoperante.

- Uma ação sobre a botoeira “ac” é prioritária.

b) Comando do sistema de subida e descida através dos contatos: “mp”, “dp” e “ap”.

- “mp” ... Subida do conjunto.

- “dp” ... Descida do conjunto.

- “ap” ... Parada do conjunto

- Uma ação sobre unicamente um dos contatos “mp” e “dp” prioritária.

- Uma simultânea sobre os contatos “mp” e “dp” deve priorizar a subida.

- Uma ação sobre “ap” é prioritária.

Uma ação no push-bottom “m”, inicia-se o ciclo abaixo indicado:

Contatos de fim de curso:

“d” = Fim de curso “direita” “h” = Fim de curso “subida”

“g” = Fim de curso “esquerda” “b” = Finde curso “descida”

9. Relè temporizado:

85
a) Duas lâmpadas L1 e L2, de sinalização são comandadas por uma botoeira L. Quando se aciona a botoeira
L, L1 é energizada imediatamente. Após um tempo “dt”, a lâmpada de sinalização L2 se energiza. Ao se
liberar a botoeira L ambas as lâmpadas são desativadas.

b) Projetar o mesmo circuito de comando considerando a utilização de uma botoeira “D” para desligar o
circuito. Neste caso após ativar o circuito a botoeira “m” ao ser liberada o circuito manter-se-á energizado.

10. Partida Estrela/Triângulo de um motor trifásico:

Ao acionar uma botoeira “m” tipo push-botom alimenta-se um contator “L”, um contator “Y” o qual alimenta um
motor trifásico em estrela .

Após um determinado intervalo de tempo “dt”, desenergiza-se o contator “Y” e energiza-se um contator “T”, o
qual, passa a alimentar o referido motor em triângulo.. Uma ação sobre a botoeira “D” deverá colocar o sistema
em repouso..

############################################################

86

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