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Caso Prático Impossibilidade
Caso Prático Impossibilidade
1.ª Hipótese: A traz a jibóia numa jaula, mas uma passageira envenena-a, à socapa.
IMPOSSIBILIDADE:
Não cumprimento temporário
Não cumprimento definitivo: imputável ao devedor ou não imputável (imp. Objetiva,
subjetiva e inc. definitivo)
799º- Presunção legal de culpa contra o devedor, é o devedor que demonstra
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795º- credor fica desonerado da obrigação se n a tivesse feito, mas como já fez tem
direito à restituição-> 479º
Impossibilidade objetiva
Tenho de entregar ao meu credor ou pode o meu credor diretamente reagir contra 3º
(agir envés de mim)
- Propriedade da jiboia é do A.
Dt de receber uma determinada vantagem por não receber a coisa
Se A tiver direito ao CR esse valor vai ser descontado do valor de que o credor tem de
receber 791º
401º/3, 791º
795º/1
479º
2.ª Hipótese: A traz a jibóia numa jaula, mas, ao sentir sobre si os olhares aterrados
dos passageiros, envenena-a.
R: Neste caso em concreto há uma situação de não cumprimento por impossibilidade.
Esta impossibilidade é imputável ao devedor (801º e ss.- a sua génese resulta de um
comportamento censurável do devedor).
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O devedor é responsável como se faltasse culposamente ao cumprimento da
obrigação (801º/1). Como se fosse incumprimento definitivo.
Se o credor resolve o contrato o que quer é que o OJ olhe e diga que o contrato
desapareceu.
3.ª Hipótese: A, que pensava poder trazer a jibóia consigo, é informado pelas
autoridades portuárias que a mesma, dada a sua perigosidade, devia seguir em
transporte especial, o que custaria €3.000, para além de uma prévia vistoria
veterinária que lhe custaria mais €500. Perante tal, A abandona a jibóia no aeroporto.
R: A obrigação tornou-se mais onerosa do que aquilo que o devedor esperava, pelo
que A abandonou a jiboia, porém isto não é uma situação de impossibilidade. Sit. De
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mora do devedor (requisitos: Possível, manutenção do credor, atraso imputável ao
credor, .., ser líquida). Mora ex re- 805º decorre por decurso do prazo, n tem de existir
interpelação.
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EXIBILIDADE EM SENTIDO FORTE = vencimento da obrigação
5.ª Hipótese: A considera que transportar uma jibóia é um grande incómodo e não se
preocupa mais com o caso, deparando, à chegada, com a ira de B.
Mora do devedor, 804 º ss. (o prazo já decorreu- 805º/1, não se exigindo interpelação
(PARTES FIXARAM UM PRAZO PARA O CUMPRIMENTO) e A tem uma obrigação
pecuniária de indemnizar B pelos prejuízos advenientes da mora, 806º/1. B manteria
ainda o interesse no cumprimento por A, devendo apenas B exigir juros moratórios e
fixar um novo prazo para o cumprimento da obrigação de entrega por parte de A)
807º= havendo atraso no cump, o devedor passa a responder pela perda da coisa
(INVERSÃO DO RISCO)
6.ª Hipótese: A é assolado por uma enfermidade que não o deixa viajar durante as
férias, pelo que não entrega a jibóia a B.
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O facto de A estar doente não faz extinguir a sua obrigação, devendo esta manter-se.
Se A não cumprir, e sendo-lhe este comportamento imputável- 804ºº/2- já que o
mesmo se deveria ter feito substituir, cai em mora- 805º/2, 806º.
8.ª Hipótese: A chega a Lisboa com a jibóia, mas B recusa-se a recebê-la porque
mudou de ideias e já não a quer no jardim.
R: O credor entra em mora, art. 813º, há mora do credor quando, ilicitamente ou não,
o credor provoque o atraso do cumprimento. A simples existência da figura da mora
do credor parte do pressuposto de que no cumprimento é necessária a colaboração, e
a carência dessa colaboração pode impedir, temporariamente o cumprimento.
Aplicam-se os requisitos da liquidez, certeza e exigibilidade. * Deste modo, de acordo
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com o artigo 816º o credor em mora indemnizará o devedor das maiores despesas que
este seja obrigado a fazer com o oferecimento infrutífero da prestação e a guarda e
conservação do respetivo objeto.
PRESUME SE A CULPA DO CREDOR OU NÃO? ML: não há um dever jurídico do credor
participar no cumprimento e não se presume a culpa qd o credor recusa.
MC: existe um dever de colaboração no cumprimento que resulta nos princípios de
boa fe, qd se olha para o regime da mora do credor é sancionatória do credor,
agravamento dos riscos que correm por conta do credor. Pode se presumir a culpa do
credor ente prante uma não colaboração do cumprimento
(na mora do devedor 804º- 799º)
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Quanto aos efeitos na mora do credor, AC refere que as várias normas estabelecidas
pelo legislador traduzem o intuito de harmonizar 2 princípios: o de que o vinculo
obrigacional deve substituir, n obstante mora e o de que a posição do devedor deve
ser agrada por esse facto atribuído ao credor (equilíbrio de interesses)
841 n se aplica
814,
815
816- A pode ter direito a indeminização po parte de B, pelas maiores despesas que
este esteja obrigado a fazer com o oferecimento infrutífero da prestação e aguarda e
conservação do respetivo objeto
A teve um enorme prejuízo com a viagem, bem como com a conservação e o
transporte da jiboia.
PEREIRA COELHO- questiona-se se havendo culpa do credor B a indeminização é
suscetível de ir alem das maiores despesas do 816º.
A mora do credor expurgar-se-á qd o mesmo cumprir a obrigação.
Variante: Como B não quis receber a jibóia, A levou-a para casa. No dia seguinte, a
jibóia parece apática e mexe-se pouco. Como A não está familiarizado com estes
animais, apesar de perceber que a jibóia não está bem, não atribui importância ao
sucedido. A meio dessa tarde, a jibóia morre. A fica desolado, até porque tinha gasto
dezenas de euros a comprar alimentação e brinquedos para a jibóia.
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APARTIR DA MORA APENAS RESPONDE PELO SEU DOLO. SE A DEIXA MORRER A JIBOIA
HÁ NEGLIGENCIA. ETEM DE INDEMNIZAR PELOS DANOSM DECORRENTES, COMO B
ESTÁ EM MORA A SO RESPONDE SE ESTIVER EM DOLO!
O nosso devdor deve intenção de provocar a morte da jiboia?- dolo direto
Ponderou a possibilidade da ocorrência do dano e atuou conformando se com essa
possibilidade-> dolo eventual
815º- risco
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Transferência do risco da coisa devido à mora do credor.
Os efeitos da mora do credor, aqui relevantes para o caso, é, desde logo, a obrigação
de indemnização a que o devedor tem direito - Artigo 816.º. B, ao não querer receber
a jibóia, fez com que A tivesse despesas decorrentes do oferecimento infrutífero da
prestação (desde logo, apesar do caso não o referir, com o transporte da jibóia). Para
além disso, é referido que B até tinha gasto dezenas de euros a comprar alimentação e
brinquedos para a jiboia".
Tem-se entendido (GALVÃO TELLES) que a responsabilidade do credor face ao
devedor, aquando da existência de mora creditoris, é um caso de responsabilidade
pelo sacrificio, já que o credor, é discutido, não tem o dever de aceitar a prestação do
devedor. O sacrífico seria, portanto, as maiores despesas em que A incorreu com a
rejeição do cumprimento por B.
Galvão Telles, Pessoa Jorge, Calvão da Silva, Antunes Varela, extraem do Artigo 762.º2
o dever do credor colaborar no cumprimento. Os professores extraem do referido
artigo com base nos "deveres acessórios, resultantes da boa fé, no cumprimento dos
contractos"
Acresce ainda que, apesar de não ser aplicado no caso, é bom relembrar o segundo
efeito da mora é a atenuação da responsabilidade do devedor. Apesar de nos termos
do Artigo 798.º o devedor responder perante o credor por falta culposa de
cumprimento, presumindo-se a sua culpa - Artigo 799.° -, a partir do momento em que
o credor entra em mora, a responsabilidade do devedor atenua-se, respondendo este
apenas pelo seu dolo - Artigo 814 - e, em relação aos proventos da coisa, apenas
responde pelos que efetivamente tiverem perecido; para além disso, durante a mora
do credor, a dívida deixa de vencer juros, quer legais quer convencionais.
Outro dos efeitos da mora é a transferência do risco - Artigo 815. Essa transferência do
risco é invertida e justifica-se no caso presente. Primeiro, porque a prestação de torna
supervenientemente impossível (a jibóia morre). Segundo, porque, tornando-se
impossível supervenientemente, essa situação não é imputável ao devedor (Artigo
790.º1, relembre-se, a jibóia parece adoentada e, certamente, A não teria diligência
suficiente, tendo em conta um padrão de um homem médio, para perceber que a
cobra estaria doente, portanto, jamais poderia ser responsável por via de
responsabilidade contratual - por falta de culpa - e, portanto, o critério do dolo da
parte final do Artigo 815, como situação que faz recair o risco sobre o devedor, não
está preenchido). GALVÃO TELLES refere que a lei estabelece um padrão de diligência
quase nulo do devedor, em caso de mora do credor, devendo aqui entender-se que a
responsabilidade não ocorrerá apenas em caso de dolo, mas por grave negligência.
MENEZES LEITÃO refere que, estando o credor em mora, não se aplicará o Artigo 799.°,
cabendo antes ao credor em mora demonstrar que o devedor actuou
intencionalmente e com dolo.
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Indeminização de B a A, será por conta de B que o risco correrá, n tendo este direito à
redução da contraprestação- 815º/2
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Este regime é o que resulta da articulação entre os artigos 790.° e seguintes e 798. e
seguintes do CC.
Com o caso fortuito referido não se confunde com a não realização da prestação
decorrente da intervenção de um terceiro ligado ao devedor, que este
voluntariamente introduz no esquema obrigacional.
Neste ponto, a lei equipara o incumprimento à impossibilidade de cumprimento por
causa imputável ao devedor, que pode decorrer tanto de um ato doloso, como de
mera culpa.
Assim, a prestação também se pode tornar impossível devido a fato de uma pessoa
que atua pelo devedor, caso em que este igualmente responde, não se aplicando
então o art. 790.° CC, mas o Artigo 800.
Por conseguinte, a extinção da obrigação nos termos do art. 790. CC pressupõe que o
terceiro não seja auxiliar do devedor: "há a distinguir os terceiros que nada têm a ver
com a obrigação, daqueles que são chamados a colaborar no cumprimento, quer como
auxiliares do devedor. quer como auxiliares do credor
Isto porque de fato o devedor responde pela atuação dos terceiros aos quais recorreu
para o cumprimento. Contudo, nesta situação, A não poderá responder pelos atos
praticados pelo funcionário.
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Liquidação antecipada de danos= mais comuns, partes no momento de o contrato
dizer que se existir ... paga-se 10, 20 ou 30. O que as partes combinaram, fixaram
811º/1
811º/2 -> no silencio das partes o valor devido
Em princípio não se indemniza o dano excedente
811º/3: n pode resultar deste art, uma exigencia de que o credor demonstre
concretamente os danos que foram sofridos, nem se admite que o credor mostre que
os danos foram menores que os aplicados na cláusula penal, assim seria uma inversão
do ónus da prova.
AT: o sentido desta disposição é aplica-se as sit em que as partes tenham
convencionado no 811º/2 não pode exceder o que se pede????
MC, ML: não se pode aplicar a todos os tps de claúsula penal, stricto sensu pq nesse
caso não faria snetido 812º a redução equitativa da cp, APENAS PARA A CP DE
LIQUIDAÇÃO ANTECIPADA DE DANOS
812º-> Redução equitativa da CP, regra geral automática, porem as partes podem ter
convencionado uma cp desajustada. Pode ser reduzida pelo tribunal, manifestamente
excessiva MC: -cp que em que se obriga o pagamento do dobro ou mais; em que o
valor devido seja ultrapassado os limites da usura 1146º
CASO CONCRETO:
Não há incum definitivo mas mora do devedor
Purgação da mora
Cp não é moratória neste caso!
Só pode pedir uma indemnização em termos moratórios
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Outras sit- qd há perda de beneficio do prazo (429º) sit em que a sit financeira do devedor
degrade se que o credor deixa de ter a certeza que não vai haver cumprimento da obrigação??
Devedor tinha de cumprir em 1 lugar, mas se tinha a poss de interpelar a contraparte para
cumprir, só em termos contratuais tem de cumprir em 1 lugar
So se pode dizer q não se cumpre prestação sinalagmáticas das incumpridas
CASO PRÁTICO: não existe o sinalagma
Ar limpa tem de receber no 1 trimestre pq limpou no 1º trimestre, e ss
Ar limpa tem formas de tutela -> mora de devedor das contas certas
Obrigação de indemnizar – 806º juros supletivamente (comerciais) civis 4& ao ano
Se quiser deixar de limpar pq existiu mora da contra parte
Por via de exceção do não cumprimento não pode
INCUMPRIMENTO
1. Mora de devedor e credor e pressupostos
2. Como se sai em sit de mora = arlimpa n quer limpar
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SE O CREDOR COLABORASSE ERA VIAVEL O CUMPRIMENTO OU NÃO? – SIM não há
impossível
ML: viagem turística com guia turisco, aquele que contratou fica doente e n sobem à
montanha. Se o credor colaborasse era poss? Sim ent mora
TESTE:
30 de junho do mesmo ano= vencimento da obrigação, data em que a obrigação se
trona exigível em sentido forte
CP moratória
Mora do devedor 804º, 805º/2 / a) ex re
Exigências do banco= em principio não é interpelação monitória
Prazo razoável de acordo com o bom sensu, o que devedor precisaria para remover os
obstáculos
Tentar resolver o contrato= resolução impossível e ilícita
CP moratória
Para se poder exigir cumulativamente a cp moratória tem de ter natureza
sancionatória, se tiver n há obstáculo. Se n tiver natureza sancionatória n se pode
pedir os danos excedentes
Sanção pecuniária compulsória
Ofereceu se para purgar a mora.
É possível segundo MC que seja o devedor que fixe um prazo para cumprir, vincular
um prazo. Pode ser o credor ou devedor.
Calvário democrático
SUBHIPOTESE:
Cump imperfeito/defeituoso= cump que formalmente surge como .. de uma prestação
devida mas n satisfaz o interesse do credor
Violação do art. 662º/2? Dos deveres acessórios de proteção
O credor pode:
- compreende no momento do cump ou antes que é defeituoso e algo falha,
recusando a prestação RECUSA DA PRESTAÇÃO PELO CREDOR 763º = devedor não
tenha cumprido
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Regra geral é realização integral
Se for realizada parcial o credor pode recusar
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