Você está na página 1de 3

CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA

QUÍMICA
APNP 2020-2, fevereiro de 2021
Engenharia Elétrica
MÓDULO 3
TESTE DE CHAMA: OBSERVANDO ESTRELAS

1. Tabela: Detalhamento da observação do céu noturno nos dias 03/03/2021 e 04/03/2021.

Data da Hora da Direção da Identificação e descrição do objeto


observação observação observação observado
Estrela Betelgeuse, cintila em
03/03/2021 22:43 319° NO
coloração alaranjado
Estrela Sirius, cintila em coloração
03/03/2021 22:57 280° O
branca
Satélite Lua, decrescendo, quase ¼
03/03/2021 23:07 122° SE minguante, de coloração branca
constante
Planeta Marte, de coloração
04/03/2021 18:50 347° N
alaranjada e brilho constante
Estrela Aldebaran, cintila em
04/03/2021 18:51 356° N
coloração alaranjada

2. Respondendo às perguntas propostas:


a. Betelgeuse e Aldebaran são estrelas da classe das gigantes vermelhas. Marte é um planeta.
Na sua observação você ambas as estrelas e o planeta como “estrelinhas coloridas”. Você
observou semelhança nas colorações? Qual?
Marte, Aldebaran e Betelgeuse apresentam, a meu ver, tendo observado a olho nu,
coloração semelhante, um tom mais alaranjado.
b. O motivo para cores semelhantes observadas é o mesmo?
A coloração das estrelas e do planeta Marte pode ser semelhante, mas o motivo para
tal não é o mesmo.
As estrelas não são todas iguais: possuem diferentes tamanhos e massas e, em
consequência disto, distintas temperaturas. (MARRANGHELLO; PAVANI, 2011, p.21)
Em uma estrela, a temperatura está relacionada à massa, ao tamanho e aos processos
de fusão nuclear que ocorrem em seu interior. A cor de uma estrela está relacionada com
1
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA
a temperatura da camada mais superficial, a fotosfera estelar. (MARRANGHELLO;
PAVANI, 2011, p.21)
Os tipos espectrais estelares são baseados nas linhas de absorção que encontramos em
cada espectro e, portanto, refletem a composição química da estrela. Mas as classes
espectrais estão fortemente associadas à temperatura das estrelas, então temperatura, cor
e linhas visíveis no espectro estelar são propriedades que estão, de uma forma ou de outra,
correlacionadas. (MARRANGHELLO; PAVANI, 2011, p.22)
Algumas estrelas têm, por exemplo, fortes linhas espectrais associadas ao elemento
hidrogênio (classes A e F). Outras possuem linhas de hidrogênio fracas, mas fortes linhas
de cálcio e magnésio (tipos G e K (como Aldebarã (α Tau)). Estrelas do tipo O são
quentes, as de tipo M, são frias (como Betelgeuse (α Ori)). As classes ainda estão
divididas em subclasses como, por exemplo, nosso Sol, que é uma estrela do tipo G2,
enquanto Sirius, que é uma estrela mais quente e com tonalidade branco azulada, é do
tipo B3. (MARRANGHELLO; PAVANI, 2011, p.22)
As estrelas azuladas são as mais quentes e possuem como elemento químico
predominante na origem da coloração o hélio ionizado. E assim por diante – a identidade
de cada estrela vai aos poucos se formando nessa íntima relação entre cor (espectro) e
temperatura. As estrelas mudam ao longo dos tempos. Nascem e morrem. Passam por
transformações admiráveis. E durante suas vidas gigantescas (bilhões de anos!) evoluem
de tal maneira que as temperaturas também variam. As estrelas novas são mais quentes,
esfriando lentamente ao longo das eras. A simples constatação da coloração já nos dá
preciosas dicas sobre a idade das estrelas, as azuladas (as mais quentes) são estrelas mais
jovens, já as mais avermelhadas (as mais “frias”), são estrelas mais velhas. (PIRES, 2013)
Os planetas visíveis estão dentro do nosso Sistema Solar. Apesar de não possuir luz
própria, conseguimos enxergá-los porque os planetas refletem a luz do sol. À olho nu,
você pode ver Vênus, Mercúrio, Marte, Júpiter e Saturno. As Estrelas, por outro lado,
emitem sua própria luz. Porém, elas estão ainda mais distantes da Terra do que do que os
planetas. Como consequência, a intensidade da luz que chega à nossa atmosfera não é tão
grande quanto a de um dos planetas. Além disso, como a luz de uma estrela não é tão
forte, nossa atmosfera a dispersa facilmente, criando um efeito cintilante. (TINOCO,
2020)

3. Relato de experiência:
O desenvolvimento dessa prática acabou sendo uma oportunidade de observar o céu
com mais atenção, já que tenho esse costume, todavia só me atentava para os aspectos
2
CENTRO FEDERAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA CELSO SUCKOW DA FONSECA
comuns, como sua coloração, a beleza da lua e algumas estrelas de mais fácil
reconhecimento, como as conhecidas três Marias (Mintaka, Alnilam e Alnitak).
Essa experiencia permitiu que eu me atentasse para as diferentes tonalidades e diferentes
cintilação das estrelas, além de perceber a diferença, a olho nu, entre elas e os planetas, o
planeta, no caso, já que só pude observar Marte.
Também vejo essa prática como uma forma de sair da rotina, passando mais tempo ao
ar livre, no quintal de minha residência, de onde tenho uma visão ampla do céu, com
exceção de horários mais avançados da noite, pois as estrelas já se movimentaram para
noroeste do local e os morros que o cercam impedem a observação.
Com o auxílio de um aplicativo para celular, Star Walk 2, e do aplicativo Bússola e
tomando como base as estrelas Mintaka, Alnilam e Alnitak, do cinturão de Órion, pude
observar com facilidade as coordenadas de cada estrela, planeta e satélite.
O resultado dessa experiência foi bastante enriquecedor, pois certamente a partir dela,
passei a observar o céu de uma nova maneira, mais atentamente.

4. Referências Bibliográficas
MARRANGHELLO, G. F.; PAVANI, D. B. Fotografia digital para distinguir as cores
das estrelas Física na Escola, v. 12, n. 1, 2011, p.21, p.22. Disponível em:
<http://www.sbfisica.org.br/fne/Vol12/Num1/cores-estrelas>. Acesso em: 03 mar. 2021.
PIRES, H. D. L. Observando as Cores das estrelas UFMG/Frei Rosário, 2013.
Disponível em: <http://www.observatorio.ufmg.br/dicas01.htm>. Acesso em: 03 mar.
2021.
TINOCO, A. Como diferenciar estrelas, planetas e satélites no céu? 4 mai. 2020.
Disponível em: <https://socientifica.com.br/como-diferenciar-estrelas-planetas-e-
satelites-no-ceu/>. Acesso em: 4 mar. 2021.

Você também pode gostar