Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UM OLHAR PARA A
VIOLÊNCIA QUE HÁ EM
NÓS
A gente começa bem nesse ponto porque sabemos que ao
chegar nesse curso, é urgente que você dialogue com toda
essa culpa aí que você carrega. A culpa sobre as tantas
desconexões, os descontroles, as palavras mal colocadas, os
gritos, aquilo que um dia te disseram e que você jurou que
não ia nunca mais repetir...
Então...
Quero lhe contar uma história que não é a sua, mas bem
que poderia ser.
E mais: cada uma das nossas ações, cada coisa que fazemos
é uma estratégia para atender a uma ou mais dessas
necessidades. E isso inclui a forma como nos comunicamos.
E essa comunicação – que é a estratégia para eu conseguir
o que eu quero - pode ser violenta ou não-violenta. Simples
assim.
Ilustrando...
Vamos voltar para a história da Ana. Vou te contar um dia
da vida dela.
ENTÃO, REPETINDO E
COMPLEMENTANDO...
Na aula seguinte, conduzirei uma atividade biográfica para
que o que estudamos aqui possa fazer ainda mais sentido
para vocês.
Sigamos em frente.
Cena 1:
Cena 2:
Criança: Eu vou morrer se você não me der isso. Ela diz entre
choros e soluços.
Adulto: Vai morrer nada! Não vou dar e acabou.
Cena 3:
Reconheceu-se?
Minimizamos comumente os nossos próprios sentimentos.
Fomos educados a estarmos sempre bem, felizes. As fases
difíceis devem ser camufladas, nos disseram sempre. É
necessário estar sempre sorrindo. Seguir sempre em frente,
mesmo quando tudo o que precisamos é parar. E assim
vamos levando a vida: colocando lindas fotos nas redes
sociais.
Cena 2:
CENA 1
CENA 2
PARA AJUDAR
Para você chegar a essa comunicação, o mais importante é
você conseguir identificar o sentimento da criança, o que
está por trás do comportamento. Vamos pedir, então, para
você treinar essa observação durante toda essa semana
realizando a seguinte atividade:
Cena 1:
Cena 2:
• Vergonha.
MEDO DA PUNIÇÃO:
VERGONHA
“Eu não devia mesmo ter emprestado o meu carro para você!
Quanta irresponsabilidade!”
E lembre-se:
Cena 2:
Cena 3:
Encontram o sapato...
CENA 1
Para o...
Assim...
CENA 3
Na cena 3...
PARA AJUDAR
Para você treinar a sua habilidade de criar um ambiente
seguro no qual o seu filho se sinta confortável para dizer a
verdade, vamos sugerir uma atividade.
Até lá!
Cena 2:
Cena 3:
Cena 3:
Na cena 1...
• Damos informação à criança sobre o perigo, apenas
descrevendo.
• Oferecemos apoio.
- Estou preocupada.
Vou tentar ser mais clara, com mais exemplos. Pense que o
seu filho não está com frio, embora esteja ventando bem
forte. Você insiste para ele colocar o casaco. Ele recusa. E
um desentendimento começa. Para resolvê-lo, comumente
você usa uma ameaça: “Coloque o casaco ou vamos para a
casa”.
“Filho, eu sei que você não está com frio agora, mas preciso
que coloque o casaco porque não estou conseguindo relaxar
pensando que esse vento todo pode fazer você ficar gripado.
Eu quero muito relaxar com meus amigos. Pode colocar o
casaco?”
CENA 2
CENA 3
- Não!!!
PARA AJUDAR
Como de costume, quero dizer a você o que achamos
fundamental para que você consiga colocar em prática o
que acabou de aprender aqui.
É importante que você entenda quais são as suas
necessidades, enquanto responsável por uma criança e
perceba que comumente quando um conflito de interesses
começa a aparecer você precisa expressar a SUA
necessidade e ajudar o seu filho a ter empatia por você, a
entender como se sente. E para que ele consiga fazer isso,
você precisa dizer a ele como se sente e do que precisa.
E por último:
Cena 1:
Cena 2:
Cena 3:
• Sua mãe diz: “Você não fez direito, por isso não ficou
bom”.
• Sua mãe diz: “Você não fez direito, por isso não ficou
bom. Vamos refazer isso juntas?”.
Cena 2:
Na cena 1...
CENA 2
Na cena 2...
Dê apoio.
E a solução vem:
Na cena 3...
- Ele me provocou!
- Deve ter sido muito ruim ter sido provocado por ele. Mas
você pode resolver as suas questões com diálogo. Com
violência, nunca.
Dê apoio.
- Tudo bem. Parece justo. Vou ligar para a mãe dele e vamos
pedir para eles virem aqui para que vocês possam se
desculpar e conversar para resolver o que deixou vocês
irritados com diálogo.
Experimente.
PARA AJUDAR
Pense nas últimas vezes em que você ficou desapontado (a)
com seu filho. Relembre como você reagiu e o que disse a
ele. Escreva. Em seguida, reescreva, agora sob o ponto de
vista do que tratamos aqui.
Cena 1:
Cena 2:
Adulto: Eu sei que você prefere essa roupa, mas a outra fica
melhor.
Criança: Ah mãe...
Adulto: Anda logo. Vista a roupa que escolhi porque não
podemos nos atrasar.
Cena 3:
Cena 2:
Cena 3:
Na cena 1...
- “Eu consigo”.
E...
CENA 2
Na cena 2...
E ela escolhe...
- A vermelha!
CENA 3
Na cena 3...
• Observação
• Sentimento
• Necessidades
• Pedido
“Eu sinto isso porque preciso de algo que não estou tendo”.
E pergunte-se:
Exemplo:
Ou...
Até lá!