Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
HISTOLOGIA I
(Parte 2)
Edição de 2022/23
Lisboa
1
ÍNDICE
Sangue ……………………………………………………………………………………………………. 12
2
TECIDO ÓSSEO. OSSIFICAÇÃO
O estudo da estrutura da matriz óssea faz-se em ossos secos, obtidos após maceração e
completa destruição de toda a matéria orgânica, portanto também das células. Quando,
porém, se pretende estudar as células ósseas, fixam-se os ossos da maneira habitual, mas só
se podem incluir e cortar depois de os descalcificar, para o que se podem empregar
soluções ácidas diluídas ou soluções contendo uma substância quelante.
Preparações Histológicas:
F2; Obj. 10 x
3
F 7 - Osso esponjoso, seco
Embora apresente grandes espaços desprovidos de tecido ósseo, esta variedade de osso
apresenta a mesma estrutura lamelar do osso compacto. Os canalículos ósseos são
particularmente evidentes nesta preparação.
Obj. 4 x Obj. 40 x
Osso
Medula óssea
4
F 9 - Osso descalcificado (Hematoxilina-eosina)
Procure aspectos idênticos ao da preparação anterior. Não confunda a medula óssea,
rica em células adiposas, com o tecido ósseo adjacente. Verifique a presença de pequenos
vasos sanguíneos, alguns contendo glóbulos vermelhos, no interior de canais ósseos - canais
de Havers ou Volkmann (seta).
Osso
Medula óssea
Obj. 4 x Obj. 40 x
Osso
Obj. 4 x Obj. 40 x
5
F 10 - Ossificação endocondral
Procure, com pequena ampliação, a
cartilagem de conjugação entre a epífise e a
diáfise do futuro osso. Observe-a
seguidamente com maior ampliação e
identifique nela as seguintes zonas em
direcção à diáfise: (i) zona de repouso (ZR),
onde existe cartilagem hialina de aspecto
normal; (ii) zona de cartilagem seriada ou
multiplicação (ZM), formada por condrócitos
dispostos em pilhas paralelas entre si no
sentido longitudinal do osso; (iii) zona de Obj. 4 x
ZR
ZM
Matriz óssea
ZH
Cartilagem
ZC calcificada
Obj. 40 x Obj. 40 x
6
F 11 - Ossificação endocondral
Nesta preparação poderá
observar um foco de ossificação do
corpo de uma vértebra, um osso
curto. A ossificação segue as
mesmas fases de ossificação da
diáfise dos ossos compridos, mas o
processo inicia-se no centro e
alastra radialmente para a
periferia. Esta ossificação de
dentro para fora também se
observa nas epífises dos ossos
compridos.
Obj. 4 x
ZR
ZM
ZH
ZC
ZO
Obj. 40 x
7
F 13 - Ossificação endocondral
Corte longitudinal de um membro posterior de um feto. Cartilagem de conjugação.
Obj. 10 x
Obj. 4 x Obj. 40 x
8
F 14A - Ossificação endocondral. Cartilagem de conjugação.
ZR
ob
ZO
ZM
oc
ZH
ZC
Obj. 10 x Obj. 40 x
(ZR: zona de repouso; ZM: zona de cartilagem seriada ou multiplicação; ZH: zona de
cartilagem hipertrófica; ZC: zona de cartilagem calcificada; ZO: zona de ossificação; oc:
osteócito; ob: osteoblasto)
T ob
T
oc
T oc ocl
9
F 16 - Embrião. Formação dos ossos do crânio (Homem). Ossificação intramembranosa
Nesta preparação a ossificação intramembranosa ainda está numa fase pouco avançada.
Assim, nas zonas de ossificação, apenas se observam algumas pequenas trabéculas ósseas
eosinófilas no seio de um tecido conjuntivo mesenquimatoso pouco corado. Repare que à
periferia das trabéculas existe uma camada de osteoblastos (ob) e, no seu interior,
osteócitos (oc) com núcleo bem evidente.
F
oc
ob
Obj. 10 x Obj. 40 x
oc
ob
Obj. 10 x Obj. 40 x
10
F 18 – Bico de pato ao nascimento. Ossificação intramembranosa
Obj. 10 x
M
oc
T
ob
Obj. 10 x Obj. 40 x
oc
Obj. 40 x
11
SANGUE (elementos figurados)
Eritrócitos de camelo
Eritrócitos de ave
Granulócitos neutrófilos
Núcleo na maior parte dos casos multilobado (2 a 5 lobos, por vezes mais); citoplasma
corado em geral de rosa desmaiado (por vezes é incolor), não parecendo conter granulações
ou apresentando granulações extremamente finas (como que parecendo grãos de pó) -
granulações específicas (neutrófilas).
Granulócitos eosinófilos
Núcleo muitas vezes bilobado, embora não sejam raros os eosinófilos com núcleo
trilobado; citoplasma contendo grande quantidade de granulações específicas grandes,
redondas, de tamanho uniforme e eosinófilas (alaranjadas ou vermelhas). As granulações
específicas não cobrem o núcleo.
12
Eosinófilos de cavalo
Obj. 100 x
Linfócito pequeno
Monócito
O núcleo pode ser ovalado, reniforme ou em forma de feijão ou, ainda, em forma de
ferradura; tem cor clara (violeta-clara ou púrpura-clara), pois é muito rico em eucromatina,
dispondo-se a heterocromatina segundo uma rede delicada; o citoplasma é abundante e
basófilo (cor azul acinzentada-clara).
Plaquetas sanguíneas
13
Megacariócito (corte de baço de porco; coloração pela hematoxilina-eosina)
Obj. 40 x
Obj. 40 x
14
Pulmão (corte histológico). Neutrófilos.
Obj. 40 x
Obj. 40 x
15
TECIDO NERVOSO
Preparações histológicas:
Obj. 4 x
Obj. 40 x
16
H 3 + H 4 (equídeo) + H 5 (homem) + H 6 A - Medula espinhal
Procure identificar a substância branca (SB) situada na periferia da medula espinhal.
Esta substância contém uma grande quantidade de fibras nervosas mielínicas e, embora
não contenha corpos celulares de neurónios (N), possui muitas células da neuróglia das
quais apenas o núcleo é visível. Lembre-se que em preparações de rotina, como a que está
a observar (inclusão em parafina e coloração pela hematoxilina-eosina), o componente
lipídico da mielina é extraído, deixando no seu local um espaço circular vazio em volta de
uma pequena mancha redonda que representa o corte transversal de uma fibra nervosa.
Observe agora a substância cinzenta (SC), central, contendo corpos celulares dos
neurónios, células da neuróglia (também neste caso só o núcleo é distinguível) e um
enredado de fibras que, na sua maioria, são amielínicas. Repare que no centro da
substância cinzenta existe um canal, o canal ependimário (CE), revestido por um epitélio
simples de células ependimárias.
SB N
SC CE
Obj. 40 x
17
H 7 - Cérebro
Procure distinguir a substância cinzenta da substância branca. A substância cinzenta é
constituída pelos territórios que são sede dos pericários dos neurónios. N, neurónio; G,
Núcleo de célula da glia.
Obj. 40 x GObj. 40 x
G
N
Obj. 40 x Obj. 40 x
FN
CS
FN
Obj. 10 x Obj. 40 x
18
H 9 (gato) + H 10 - Medula espinhal e gânglio espinhal
Lembre-se de utilizar, de início, a objectiva de 4 de forma a obter uma visão
panorâmica da preparação e assim poder localizar não só a medula espinhal como também
os gânglios que lhe estão associados. Na preparação H 10 poderá identificar também, ao
redor da medula espinhal, as meninges, as membranas protectoras que envolvem os órgãos
nervosos central.
Substância Fibras
branca nervosas
Pericários
Substância
cinzenta
Obj. 10 x Obj. 40 x
19
H 12 – Cérebro (equídeo)
Procure diferenciar as áreas de substância cinzenta, onde se encontram os
pericários dos neurónios, das zonas de substância branca. Lembre-se que a substância
branca contém apenas fibras nervosas, na sua maioria revestidas por mielina, e elementos
da neuróglia.
Obj. 20 x Obj. 20 x
Obj. 40 x
20
H 14 - Cérebro
Procure distinguir a substância cinzenta da substância branca. Embora os limites entre
as duas substâncias não sejam claramente definidos, na primeira poderá encontrar corpos
celulares dos neurónios (N) de forma piramidal.
Subst. Subst.
cinzenta branca
Obj. 40 x Obj. 40 x
H 15 – Cerebelo, homem
A substância cinzenta do cerebelo (superficial) apresenta-se diferenciada em três
camadas: camada molecular (CM), a mais externa, fortemente eosinófila e contendo
relativamente poucos neurónios e muitas fibras amielínicas; camada das células de
Purkinje, (CP) constituída por uma única fiada de células em forma de frasco e de grandes
dimensões; camada granulosa (CG), a mais interna, composta essencialmente por
pequenos neurónios arredondados. A substância branca, de aspecto rendilhado, constitui o
eixo das lamelas cerebelosas e é formada pelos axónios provenientes do córtex cerebeloso.
CM
CM
CP
CP
CG
CG
Obj. 10 x Obj. 40 x
21
H 16 - Cérebro e Cerebelo (suíno)
Nesta preparação pode observar dois cortes distintos: um de cerebelo, com as
características referidas na preparação anterior, e outro de cérebro. Procure identificar,
neste último, os corpos celulares dos neurónios corticais (N; forma piramidal, núcleo claro e
nucléolo evidente).
Obj. 40 x
SB CP
CM
C
CG
CP
CG C
P
CM SB
Obj. 10 x
22
H 18 - Cérebro e Cerebelo
Tal como na preparação H16, pode observar um corte de cérebro e outro de cerebelo.
No primeiro, procure distinguir as substâncias cinzenta (SC) e branca (SB); no segundo
identifique as três camadas que constituem a substância cinzenta do cerebelo – camada
molecular (CM), camada das células de Purkinje (CP) e camada granulosa (CG) – bem como
a substância branca (SB) do órgão.
CP
CG
SB
CM
CM
SB
CG
SC
CP
P
P
F F P
F F F
E
E
Obj. 4 x Obj. 10 x
23
H 20 (cão) + H 21 (homem) - Nervo raquidiano (S.N.P.). Corte transversal, H.E.
Repare que todo o nervo é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo denso, o
epineuro (Ep), do qual partem extensões que penetram para o interior do nervo por entre
os feixes nervosos (F) que o compõem. Cada feixe é por sua vez limitado por uma bainha de
tecido conjuntivo denso, o perineuro (P). No interior de um mesmo feixe, as fibras nervosas
apresentam-se segundo diversos planos de corte. Nas fibras nervosas cortadas
transversalmente poderá encontrar um axónio (ax) rodeado por um espaço vazio
correspondente ao local ocupado pela bainha de mielina que foi dissolvida pelos solventes
orgânicos usados na técnica histológica.
P
F
ax
F F
F F Ep
F
Obj. 4 x Obj. 40 x
F F
F
F
Obj. 40 x
Obj. 10 x
24
H 23 - Nervo raquidiano, homem (corte longitudinal)
Em corte longitudinal, as fibras nervosas aparecem com um trajecto ondulado. Situados
entre elas, poderá encontrar núcleos das células de Schwann (CS, ovais e com cromatina
pouco condensada), núcleos de fibrócitos e núcleos de células endoteliais dos capilares
sanguíneos. F, feixe de fibras nervosas; P, perineuro.
CS
Obj. 10 x Obj. 40 x
F F
Obj. 10 x
Obj. 4 x
25
25 - S.N.P. Fibras nervosas dissociadas
Tente encontrar nas fibras nervosas dissociadas constrições que correspondem a
interrupções da bainha de mielina - os nódulos de Ranvier (seta). Os núcleos das células de
Schwann não são observáveis.
Obj. 40 x
26
TECIDO MUSCULAR
Preparações histológicas :
Obj. 20 x
27
G 3 - Tecido muscular esquelético (hematoxilina-férrica)
As células musculares esqueléticas são
células multinucleadas, de grandes dimensões
exibindo estriação transversal. Nesta
preparação, a estriação transversal só é
evidente nalgumas fibras.
Obj. 40 x
Obj. 10 x
Obj. 10 x
28
G 6 - Tecido muscular esquelético
As fibras esqueléticas estão agrupadas em feixes rodeados por tecido conjuntivo
(perimísio). Note-se a presença de células adiposas entre os feixes.
P P
Obj. 10 x
29
G 9 - Tecido muscular esquelético.
Miócitos em corte longitudinal e oblíquo.
FP
FP
Obj. 40 x Obj. 40 x
30
G 15 - Tecido muscular cardíaco
Observe que as fibras musculares
cardíacas, que formam o miocárdio, se
apresentam ramificadas e têm um núcleo
central. Entre os miócitos cardíacos existe FP
tecido conjuntivo que aparece como
espaços vazios (artefacto). Notam-se, em
algumas zonas (use a objectiva de 10 ),
células de citoplasma eosinófilo,
ligeiramente mais claro dos que o das
fibras cardíacas, as quais apresentam um
Obj. 10 x
ou dois núcleos centrais: são as fibras de
Purkinje.
Obj. 20 x Obj. 10 x
31
G 19 - Tecido muscular liso. Canal deferente (equídeo).
A parede do canal deferente exibe uma túnica muscular lisa (M) particularmente
espessa e compacta. Na periferia do corte poderá também observar artérias com parede
constituída por fibras musculares lisas (M) dispostas circularmente. As artérias podem
ser facilmente identificadas pelo sangue presente no interior.
Obj. 10 x
32
G 21 - Tecido muscular liso. Útero (Mulher).
As células musculares lisas associam-se em feixes compactos dispostos em diferentes
direcções.
Obj. 40 x
CL
CT
TC
ML
Obj. 4 x Obj. 40 x
33
G 23 - Tecido muscular liso. Intestino delgado (corte transversal)
O aspecto geral do músculo liso é idêntico ao da preparação anterior. As células
musculares lisas da camada mais interna apresentam-se em corte longitudinal (CL). As
células musculares lisas da camada mais externa apresentam-se em corte transversal (CT).
CL
CT
Obj. 4 x
CI
CE
Obj. 4 x
34
G 25 – Tecido muscular liso. Intestino grosso. Marcação imunohistoquímica para a
alfa-actina do músculo liso.
Nesta preparação efectuou-se uma coloração imunohistoquímica com um anticorpo que
reconhece a alfa-actina do músculo liso, uma proteína presente apenas nas fibras
musculares lisas e que assim funciona como marcador daquelas fibras. Repare como a túnica
muscular (M) do intestino (músculo liso visceral) e a parede dos vasos sanguíneos (VS)
(músculo liso vascular,) exibem marcação positiva (coloração castanha).
VS
Obj. 4 x
35
TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÁTICOS
Preparações histológicas:
J 1 - J 4 - Linfonodo
Repare que o linfonodo é revestido por uma
Cápsula
cápsula de tecido conjuntivo fibroso que envia
trabéculas (T) finas para o interior do órgão. No
parênquima do órgão pode identificar dois Cortical
compartimentos: a zona cortical, mais externa,
contendo folículos linfáticos (nódulos linfáticos) e
a zona medular, mais interna, constituída por
cordões irregulares e anastomosados de tecido
linfóide - os cordões medulares (CM). Entre as
Obj. 4
trabéculas conjuntivas e o tecido linfóide denso
existem, em ambas as zonas, os seios linfáticos de Cortical
aspecto claro e menor densidade celular. Assim,
por debaixo da cápsula situa-se o seio marginal ou
Seio
subcapsular e, na zona cortical, entre os folículos
marginal
linfáticos e adjacentes às trabéculas, encontram-se
os seios perifoliculares ou peritrabeculares. Estes
últimos são, por vezes, difíceis de identificar nas Cápsula
preparações. Entre os cordões linfóides da zona
Obj. 40
medular localizam-se os seios medulares (SM, bem
evidentes na preparação J 4).
CM SM
T T
SM
CM
CM
Obj. 10
36
J 5 - Linfonodo
Nesta preparação apenas se observa a zona
cortical do órgão que, contudo, não apresenta
folículos linfáticos. Procure identificar os vasos
linfáticos aferentes na cápsula conjuntiva do L
A
gânglio linfático. A: Artéria, L: Vasos linfáticos.
Obj. 10
J 6 - Gânglio hemático
Os gânglios hemáticos ocorrem
normalmente na região peri-renal (ovinos,
caprinos) e lombar (bovinos), onde podem ser
confundidos com linfonodos hemorrágicos.
Nos gânglios hemáticos, os seios contêm
sangue (as grandes manchas vermelhas que
se observam no corte correspondem
justamente a sangue contido nos seios). A
preparação que está a observar resultou de
um corte que apenas intersectou a região
cortical do órgão. Obj. 10
37
J 8 - Placas de Peyer. Íleon (leitão)
As placas de Peyer são aglomerados de
folículos linfáticos (F) na parede do íleon.
F
F
Obj. 4
J 9 – Tonsila (gorila)
As tonsilas são acumulações de tecido linfóide Ep
situadas por debaixo do epitélio de revestimento
(Ep) da boca e da faringe. Nesta preparação a
amígdala é formada por pregas da mucosa que
contêm tecido linfóide nodular e não nodular. Não
se observam criptas. Junto à zona da tonsila
encontram-se numerosos ácinos mucosos.
Obj. 10
J 10 - J 12 - Tonsila palatina
Procure encontrar o epitélio que está associado ao tecido linfóide da tonsila palatina.
Trata-se de um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (Ep) que reveste
apenas a superfície luminal do órgão e que, nalguns pontos, se invagina para o tecido
linfóide subjacente formando umas fendas claras que são as criptas. Em algumas criptas, o
epitélio de revestimento é difícil de identificar, pois encontra-se fortemente infiltrado por
linfócitos. Repare que o tecido linfóide é formado por numerosos folículos linfáticos
confluentes, com centros germinativos bem evidentes. A tonsila, ao contrário do gânglio
linfático, não tem uma organização em córtex e medula.
Ep
Cripta
Ep
38
J 12 A- Tonsila Lingual (Homem)
Situada na face dorsal da língua,
apresenta uma estrutura análoga à tonsila
palatina. Ep: epitélio de revestimento.
Ep
Obj. 4
J 13 - J 16 - Baço
O baço é revestido por uma cápsula fibrosa que envia trabéculas espessas para o
interior do órgão. O seu parênquima está organizado em polpa vermelha (PV) e polpa
branca (PB). A polpa vermelha é constituída por cordões celulares, os cordões de Billroth,
separados por capilares do tipo sinusóide, os seios venosos esplénicos (SV). Na preparação
J15, a única em que os dois componentes da polpa vermelha podem ser distinguidos, os
seios esplénicos apresentam-se como espaços claros, separados por fiadas de núcleos
escuros pertencentes às células dos cordões de Billroth. A polpa branca encontra-se
disseminada no seio da polpa vermelha e é constituída por acumulações linfóides de forma
nodular ou cordonal. Cada folículo linfático da polpa branca possui uma arteríola situada
geralmente em posição excêntrica denominada artéria central. Repare que as acumulações
linfóides que constituem a polpa branca do baço distribuem-se por todo o órgão, não se
concentrando em nenhuma região.
PV
PB
PV
PB
SV
39
J 16 A – Baço (cão). Coloração pelo Tricromio de Masson.
Ao contrário do que sucede no Homem, a cápsula do baço dos Carnívoros, do Cavalo e
dos Ruminantes contém numerosas fibras musculares lisas, além das habituais fibras
colagénicas (a verde). Os septos possuem constituição semelhante.
Colagénio
o
Músc. liso
Obj. 10
J 17 - J 21 - Timo
Órgão linfóide lobulado revestido por uma cápsula conjuntiva que penetra entre os
lóbulos sem os separar completamente (septos incompletos). Cada lóbulo apresenta uma
zona cortical (C) mais escura, com grande densidade de núcleos e uma zona medular (M),
mais clara, menos rica em células. Os lóbulos ligam-se entre si pela zona medular. Os
principais tipos celulares do timo são as células linfocitárias e as células reticulares
epiteliais. Estas últimas identificam-se pelos núcleos relativamente grandes e de aspecto
claro. É na substância medular que ocorrem os corpúsculos de Hassal (CH), estruturas
formadas por células reticulares epiteliais em vias de degenerescência organizadas em
camadas concêntricas. As células no centro do corpúsculo apresentam-se frequentemente
queratinizadas (queratina corada de negro na preparação J21).
C
CH
M
M
CH
40
J 22 - J 23 - Bolsa de Fabricius
Órgão linfóide cavitário que apresenta uma mucosa pregueada revestida por um
epitélio pseudo-estratificado colunar (Ep). Grande parte da parede da bolsa de Fabricius é
ocupada por folículos linfáticos (F).
Ep
F
Obj. 4
41