Você está na página 1de 41

GUIA PARA AS AULAS PRÁTICAS DE

HISTOLOGIA I
(Parte 2)

José Ferreira da Silva


Mário Soares de Pinho

Edição de 2022/23
Lisboa

1
ÍNDICE

Tecido ósseo e ossificação ........................................................................... 3

Sangue ……………………………………………………………………………………………………. 12

Tecido nervoso .......................................................................................... 16

Tecido muscular ......................................................................................... 27

Tecidos e órgãos linfáticos ......................................................................... 36

2
TECIDO ÓSSEO. OSSIFICAÇÃO

O estudo da estrutura da matriz óssea faz-se em ossos secos, obtidos após maceração e
completa destruição de toda a matéria orgânica, portanto também das células. Quando,
porém, se pretende estudar as células ósseas, fixam-se os ossos da maneira habitual, mas só
se podem incluir e cortar depois de os descalcificar, para o que se podem empregar
soluções ácidas diluídas ou soluções contendo uma substância quelante.

Preparações Histológicas:

F 1-F 6 - Osso compacto, seco


Ao examinar os cortes de osso seco, feche ligeiramente o
diafragma de abertura do microscópio de modo a obter uma
imagem mais contrastada.
Repare que nos cortes de osso seco a estrutura lamelar da
matriz óssea é evidente. Muitas das lamelas formam sistemas
concêntricos à volta de um orifício arredondado. São os canais
de Havers; os sistemas lamelares de que são eixo são os
F1; Obj. 10 x
sistemas de Havers. Estes, quando cortados transversalmente,
apresentam uma forma arredondada. As lamelas que ocupam
os intervalos entre os sistemas de Havers formam os sistemas
intermediários. Na periferia do corte poderá ainda observar
CV
um sistema de lamelas paralelas entre si. Trata-se de um dos
sistemas circunferenciais (SC) que existe normalmente na
diáfise dos ossos compridos. Veja que as lacunas ósseas ou
osteoplastos se localizam entre as lamelas ósseas e identifique, F1; Obj. 40 x

com a objectiva de 40 , os canalículos ósseos (apenas são


visíveis em algumas lacunas). Por último, procure identificar os
canais de Volkmann (CV), isto é, os canais que estabelecem
ligação entre os canais de Havers, ou entre estes e a superfície
do osso ou a cavidade medular. Constate que os canais de
SC
Volkmann não são eixos de sistemas de lamelas.

F2; Obj. 10 x

3
F 7 - Osso esponjoso, seco
Embora apresente grandes espaços desprovidos de tecido ósseo, esta variedade de osso
apresenta a mesma estrutura lamelar do osso compacto. Os canalículos ósseos são
particularmente evidentes nesta preparação.

Obj. 4 x Obj. 40 x

F 8 - Osso descalcificado (Hematoxilina-eosina)


Neste corte de osso fixado, descalcificado e corado vêem-se os osteócitos (setas), com
os seus núcleos intensamente corados, sobre um fundo homogéneo, a matriz orgânica que,
ao contrário da cartilagem, é acidófila (rosa pálido nesta preparação). Deixou de ver-se a
estrutura lamelar. Junto ao osso, poderá observar a medula óssea vermelha, cuja grande
densidade de núcleos contrasta com a do osso.

Osso

Medula óssea

4
F 9 - Osso descalcificado (Hematoxilina-eosina)
Procure aspectos idênticos ao da preparação anterior. Não confunda a medula óssea,
rica em células adiposas, com o tecido ósseo adjacente. Verifique a presença de pequenos
vasos sanguíneos, alguns contendo glóbulos vermelhos, no interior de canais ósseos - canais
de Havers ou Volkmann (seta).

Osso

Medula óssea

Obj. 4 x Obj. 40 x

F 9 A - Osso descalcificado (Hematoxilina-eosina)


Utilizando a objetiva de pequena ampliação, localize a área onde está presente o tecido
ósseo. É que, para além de osso, a preparação exibe igualmente outras variedades de tecido
(epitélio glandular, tecido adiposo, fibrocartilagem, tecidos conjuntivos denso e laxo).
Identificado o tecido ósseo, repare nos osteócitos (setas) dentro da matriz óssea corada de
rosa pela eosina. Embora se trate de osso lamelar, as lamelas são pouco perceptíveis.

Osso

Obj. 4 x Obj. 40 x

5
F 10 - Ossificação endocondral
Procure, com pequena ampliação, a
cartilagem de conjugação entre a epífise e a
diáfise do futuro osso. Observe-a
seguidamente com maior ampliação e
identifique nela as seguintes zonas em
direcção à diáfise: (i) zona de repouso (ZR),
onde existe cartilagem hialina de aspecto
normal; (ii) zona de cartilagem seriada ou
multiplicação (ZM), formada por condrócitos
dispostos em pilhas paralelas entre si no
sentido longitudinal do osso; (iii) zona de Obj. 4 x

cartilagem hipertrófica (ZH), com


condroplastos dilatados, alguns condrócitos
já destruídos e a matriz reduzida a tabiques ZR
delgados; (iv) zona de cartilagem calcificada
(ZC), onde os delgados tabiques de matriz ZM
cartilagínea calcificada situados entre os ZH
condrócitos hipertrofiados se apresentam ZC
mais basófilos do que a matriz cartilagínea ZO
original; (v) zona de ossificação (ZO), com os
seus tabiques de cartilagem calcificada, à
superfície dos quais se depositam Obj. 20 x
osteoblastos e uma delgada camada de matriz óssea acidófila (repare na diferença de
coloração entre a matriz cartilagínea calcificada - azul - e a matriz óssea – rosa pálido).

ZR

ZM
Matriz óssea
ZH
Cartilagem
ZC calcificada

Obj. 40 x Obj. 40 x

6
F 11 - Ossificação endocondral
Nesta preparação poderá
observar um foco de ossificação do
corpo de uma vértebra, um osso
curto. A ossificação segue as
mesmas fases de ossificação da
diáfise dos ossos compridos, mas o
processo inicia-se no centro e
alastra radialmente para a
periferia. Esta ossificação de
dentro para fora também se
observa nas epífises dos ossos
compridos.
Obj. 4 x

F 12 - Ossificação endocondral (Von Kossa).


Procure aspectos idênticos aos da preparação F 10 tendo em atenção o facto do cálcio
corar de negro com o Von Kossa. (ZR: zona de repouso; ZM: zona de cartilagem seriada ou
multiplicação; ZH: zona de cartilagem hipertrófica; ZC: zona de cartilagem calcificada; ZO:
zona de ossificação)

ZR

ZM

ZH

ZC

ZO

Obj. 40 x

7
F 13 - Ossificação endocondral
Corte longitudinal de um membro posterior de um feto. Cartilagem de conjugação.

Obj. 10 x

F 14 - Embrião (fixação em álcool absoluto - coloração pelo Carmim de Best). Ossificação


endocondral
Percorrendo a preparação com uma objectiva de pequena ampliação encontrará
diversas peças de cartilagem hialina que correspondem a modelos cartilagíneos das futuras
vértebras. Repare que algumas peças cartilagíneas apresentam uma zona central com
lacunas e condrócitos hipertrofiados. Esta zona indica o início de um processo de ossificação
endocondral. A ossificação segue as mesmas fases de ossificação da diáfise dos ossos
compridos, mas o processo inicia-se no centro e alastra radialmente para a periferia. Se
observar os condrócitos hipertrofiados com a objectiva de 40  verificará que contêm no
seu citoplasma, junto ao núcleo, granulações de cor vermelha. Estas granulações são
constituídas por glicogénio corado de vermelho pelo Carmim de Best.

Obj. 4 x Obj. 40 x

8
F 14A - Ossificação endocondral. Cartilagem de conjugação.

ZR
ob

ZO
ZM
oc
ZH
ZC

Obj. 10 x Obj. 40 x

(ZR: zona de repouso; ZM: zona de cartilagem seriada ou multiplicação; ZH: zona de
cartilagem hipertrófica; ZC: zona de cartilagem calcificada; ZO: zona de ossificação; oc:
osteócito; ob: osteoblasto)

F 15 - Embrião. Crânio, ossificação intramembranosa (cão)


Utilizando a objectiva de pequena ampliação, localize as áreas onde está a realizar-se
ossificação intramembranosa. Notará a existência de trabéculas ósseas (T) ramificadas e
anastomosadas, coradas de rosa pela eosina. Com maior ampliação, poderá observar, no
interior dessas trabéculas, osteócitos (oc) e, encostados à sua superfície, osteoblastos (ob)
(células relativamente grandes e de citoplasma basófilo). Encostados às trabéculas ósseas
poderá ainda encontrar, nalguns locais, células gigantes multinucleadas - os osteoclastos
(ocl).

T ob
T

oc
T oc ocl

x Obj. 4 x Obj. 40 x Obj. 40 x

9
F 16 - Embrião. Formação dos ossos do crânio (Homem). Ossificação intramembranosa
Nesta preparação a ossificação intramembranosa ainda está numa fase pouco avançada.
Assim, nas zonas de ossificação, apenas se observam algumas pequenas trabéculas ósseas
eosinófilas no seio de um tecido conjuntivo mesenquimatoso pouco corado. Repare que à
periferia das trabéculas existe uma camada de osteoblastos (ob) e, no seu interior,
osteócitos (oc) com núcleo bem evidente.

F
oc

ob

Obj. 10 x Obj. 40 x

F 17 - Formação dos ossos do crânio (cobaia). Ossificação intramembranosa


Aspectos semelhantes aos descritos na preparação F 15, embora sem a presença de
osteoclastos.

oc
ob

Obj. 10 x Obj. 40 x

10
F 18 – Bico de pato ao nascimento. Ossificação intramembranosa

Trabéculas ósseas (seta) com osteoblastos à


periferia.

Obj. 10 x

F 19 – Embrião. Ossificação intramembranosa.


Utilizando a objectiva de pequena ampliação, localize as áreas onde está a realizar-se
ossificação intramembranosa. Notará a existência de trabéculas ósseas (T), coradas de rosa
pela eosina, no seio do tecido conjuntivo mesenquimatoso (M). Com maior ampliação,
poderá observar, no interior dessas trabéculas, osteócitos (oc) e, encostados à sua
superfície, osteoblastos (ob, células relativamente grandes e de citoplasma basófilo). Num
dos locais de ossificação poderá encontrar igualmente osteoclastos (oc) apostos à superfície
das trabéculas ósseas.

M
oc
T
ob

Obj. 10 x Obj. 40 x

oc

Obj. 40 x

11
SANGUE (elementos figurados)

Observação microscópica de esfregaços de sangue corados por um derivado do método


de Romanovsky:

Eritrócitos de mamífero (não camelídeo)

Contorno circular; citoplasma fortemente eosinófilo (rosa-avermelhado); ausência de


núcleo; zona central mais pálida (forma de lente bicôncava).

Eritrócitos de camelo

Contorno elíptico; citoplasma fortemente eosinófilo; ausência de núcleo; não há palidez


central, pois este eritrócito tem perfil biconvexo.

Eritrócitos de ave

Contorno oval (elíptico); citoplasma fortemente eosinófilo; núcleo central, oval e


fortemente basófilo (azul-escuro).

Granulócitos neutrófilos

Núcleo na maior parte dos casos multilobado (2 a 5 lobos, por vezes mais); citoplasma
corado em geral de rosa desmaiado (por vezes é incolor), não parecendo conter granulações
ou apresentando granulações extremamente finas (como que parecendo grãos de pó) -
granulações específicas (neutrófilas).

Granulócitos eosinófilos

Núcleo muitas vezes bilobado, embora não sejam raros os eosinófilos com núcleo
trilobado; citoplasma contendo grande quantidade de granulações específicas grandes,
redondas, de tamanho uniforme e eosinófilas (alaranjadas ou vermelhas). As granulações
específicas não cobrem o núcleo.

12
Eosinófilos de cavalo

As granulações específicas (eosinófilas) são muito maiores do que as dos eosinófilos de


outros mamíferos e cobrem parcialmente o núcleo, dando à célula um aspecto de amora.
Têm cor alaranjada ou avermelhada e chamam-se esferas de Semmer.

Obj. 100 x

Linfócito pequeno

É o linfócito típico. Núcleo redondo, muito rico em heterocromatina, logo, de aspecto


compacto e de cor violeta-escura; fina orla de citoplasma basófilo (de cor azul-clara ou
acinzentado claro) a envolver o núcleo; às vezes, à volta do núcleo aparecem farrapos de
citoplasma, devido a defeitos na técnica de execução do esfregaço; pode também aparecer
o núcleo "desnudado".

Monócito

O núcleo pode ser ovalado, reniforme ou em forma de feijão ou, ainda, em forma de
ferradura; tem cor clara (violeta-clara ou púrpura-clara), pois é muito rico em eucromatina,
dispondo-se a heterocromatina segundo uma rede delicada; o citoplasma é abundante e
basófilo (cor azul acinzentada-clara).

Plaquetas sanguíneas

Mais pequenas do que os eritrócitos; isoladas ou em grupos; às vezes, distingue-se o


hialómero e os grânulos pulverulentos do cromatómero; outras vezes, a plaqueta sanguínea
parece um borrão violeta-escuro.

13
Megacariócito (corte de baço de porco; coloração pela hematoxilina-eosina)

Célula de grandes dimensões; núcleo de forma muito irregular e basófilo; citoplasma


abundante e eosinófilo, neste tipo de preparação com aspecto homogéneo. As dimensões
do megacariócito podem ser avaliadas pela comparação desta célula com os linfócitos que a
rodeiam. Esta célula, por fragmentação do seu citoplasma, origina as plaquetas sanguíneas
(este fenómeno não se observa neste tipo de preparação microscópica).

Obj. 40 x

Medula óssea hematogénia

Note, entre as numerosas células percursoras dos elementos do sangue, os


megacariócitos (M), células gigantes de grande núcleo lobulado que dão origem às
plaquetas.

Obj. 40 x

14
Pulmão (corte histológico). Neutrófilos.

Ao contrário do esfregaço, em que


se vê toda a célula achatada contra o
vidro da lâmina, aqui só se vê um corte
da célula. Por isso, o seu diâmetro é
menor do que nos esfregaços e o seu
aspecto é compacto. Mexendo o
parafuso micrométrico, conseguirá ver
os lóbulos do núcleo do neutrófilo.

Obj. 40 x

Pulmão (corte histológico). Linfócitos.

Notam-se os seus núcleos circulares e escuros (ricos em heterocromatina). O


citoplasma não se vê, mas, como é escasso, faz com que os núcleos dos linfócitos estejam
muito próximos uns dos outros, havendo portanto grande densidade populacional celular.

Mastocitoma (corte histológico). Eosinófilos

Esta preparação corresponde


a um corte de um tumor cutâneo
constituído por mastócitos. Entre
os mastócitos, as células de
maiores dimensões e citoplasma
abundante, podem observar-se
eosinófilos (setas) de núcleo
geralmente bilobulado e
citoplasma de cor avermelhada.

Obj. 40 x

15
TECIDO NERVOSO

Preparações histológicas:

H1 – Embrião humano. Tubo neural


Todo o sistema nervoso deriva de uma formação epitelial, o tubo neural, situado no eixo
mediano do embrião, dorsalmente.

Obj. 4 x

H 2 – SNC (azul de toluidina)


Na substância cinzenta pode observar corpos celulares de neurónios com grandes
dimensões. Estes neurónios têm núcleo redondo e claro, com nucléolo proeminente e
apresentam pequenos aglomerados basófilos disseminados no citoplasma - os corpos de
Nissl.

Obj. 40 x

16
H 3 + H 4 (equídeo) + H 5 (homem) + H 6 A - Medula espinhal
Procure identificar a substância branca (SB) situada na periferia da medula espinhal.
Esta substância contém uma grande quantidade de fibras nervosas mielínicas e, embora
não contenha corpos celulares de neurónios (N), possui muitas células da neuróglia das
quais apenas o núcleo é visível. Lembre-se que em preparações de rotina, como a que está
a observar (inclusão em parafina e coloração pela hematoxilina-eosina), o componente
lipídico da mielina é extraído, deixando no seu local um espaço circular vazio em volta de
uma pequena mancha redonda que representa o corte transversal de uma fibra nervosa.
Observe agora a substância cinzenta (SC), central, contendo corpos celulares dos
neurónios, células da neuróglia (também neste caso só o núcleo é distinguível) e um
enredado de fibras que, na sua maioria, são amielínicas. Repare que no centro da
substância cinzenta existe um canal, o canal ependimário (CE), revestido por um epitélio
simples de células ependimárias.

SB N

SC CE

H5; Obj. 4 x H3; Obj. 40 x H4; Obj. 10 x

H 6 - Medula espinhal (impregnação pelo nitrato de prata)


Os corpos celulares e os prolongamentos dos neurónios aparecem neste tipo de
preparação como silhuetas escuras sobre um fundo castanho-amarelado.

Obj. 40 x

17
H 7 - Cérebro
Procure distinguir a substância cinzenta da substância branca. A substância cinzenta é
constituída pelos territórios que são sede dos pericários dos neurónios. N, neurónio; G,
Núcleo de célula da glia.

Obj. 40 x GObj. 40 x

G
N

Obj. 40 x Obj. 40 x

H 8 - Gânglio cranial (S.N.P.)


Observe os neurónios ganglionares com os seus corpos celulares envolvidos por uma
camada de células achatadas - as células satélites (CS). O espaço claro que existe a rodear o
corpo celular de cada neurónio, separando-o das células satélites, é um artefacto induzido
pela técnica histológica. As fibras nervosas (FN) provenientes destes neurónios são
igualmente visíveis, bem como a cápsula conjuntiva que envolve o gânglio.

FN
CS

FN

Obj. 10 x Obj. 40 x

18
H 9 (gato) + H 10 - Medula espinhal e gânglio espinhal
Lembre-se de utilizar, de início, a objectiva de 4 de forma a obter uma visão
panorâmica da preparação e assim poder localizar não só a medula espinhal como também
os gânglios que lhe estão associados. Na preparação H 10 poderá identificar também, ao
redor da medula espinhal, as meninges, as membranas protectoras que envolvem os órgãos
nervosos central.

Substância Fibras
branca nervosas

Pericários
Substância
cinzenta

H9; Gânglio, Obj. 40 x H10; Gânglio, Obj. 10 x


H9; Medula espinhal, Obj. 10 x

H 11- Cérebro, córtex cerebral (rato).


Observe primeiro esta preparação à vista desarmada. Trata-se de um corte transversal
de cérebro em que é possível distinguir na superfície do órgão uma faixa mais eosinófila de
espessura relativamente reduzida - o córtex cerebral. Utilizando agora o microscópio,
poderá verificar que o córtex cerebral é constituído por substância cinzenta onde se
encontram os corpos celulares dos neurónios organizados em estratos. Repare que o núcleo
dos neurónios é claro e possui um nucléolo evidente.

Obj. 10 x Obj. 40 x

19
H 12 – Cérebro (equídeo)
Procure diferenciar as áreas de substância cinzenta, onde se encontram os
pericários dos neurónios, das zonas de substância branca. Lembre-se que a substância
branca contém apenas fibras nervosas, na sua maioria revestidas por mielina, e elementos
da neuróglia.

Subst. cinzenta Subst. branca

Obj. 20 x Obj. 20 x

H 13 – Cérebro, homem (impregnação metálica)


Procure identificar, na periferia do tecido, a substância cinzenta com os corpos
celulares dos neurónios.

Obj. 40 x

20
H 14 - Cérebro
Procure distinguir a substância cinzenta da substância branca. Embora os limites entre
as duas substâncias não sejam claramente definidos, na primeira poderá encontrar corpos
celulares dos neurónios (N) de forma piramidal.

Subst. Subst.
cinzenta branca

Obj. 40 x Obj. 40 x

H 15 – Cerebelo, homem
A substância cinzenta do cerebelo (superficial) apresenta-se diferenciada em três
camadas: camada molecular (CM), a mais externa, fortemente eosinófila e contendo
relativamente poucos neurónios e muitas fibras amielínicas; camada das células de
Purkinje, (CP) constituída por uma única fiada de células em forma de frasco e de grandes
dimensões; camada granulosa (CG), a mais interna, composta essencialmente por
pequenos neurónios arredondados. A substância branca, de aspecto rendilhado, constitui o
eixo das lamelas cerebelosas e é formada pelos axónios provenientes do córtex cerebeloso.

CM

CM
CP
CP

CG
CG

Obj. 10 x Obj. 40 x

21
H 16 - Cérebro e Cerebelo (suíno)
Nesta preparação pode observar dois cortes distintos: um de cerebelo, com as
características referidas na preparação anterior, e outro de cérebro. Procure identificar,
neste último, os corpos celulares dos neurónios corticais (N; forma piramidal, núcleo claro e
nucléolo evidente).

Obj. 40 x

H 17 – Cerebelo, gato (impregnação metálica)


Aspectos idênticos aos descritos na preparação H 15. SB, substância branca; CG,
camada granulosa; CP, camada das células de Purkinje; CM, camada molecular.

SB CP
CM
C

CG

CP

CG C
P
CM SB

Obj. 10 x

22
H 18 - Cérebro e Cerebelo
Tal como na preparação H16, pode observar um corte de cérebro e outro de cerebelo.
No primeiro, procure distinguir as substâncias cinzenta (SC) e branca (SB); no segundo
identifique as três camadas que constituem a substância cinzenta do cerebelo – camada
molecular (CM), camada das células de Purkinje (CP) e camada granulosa (CG) – bem como
a substância branca (SB) do órgão.

CP
CG

SB
CM
CM
SB

CG
SC
CP

Cérebro, Obj. 10 x Cerebelo; Obj. 4 x

H 19 – Nervo Trigémio (equídeo)


Os nervos do sistema nervoso cérebro-raquidiano são constituídos por feixes de fibras
nervosas (F)de calibre variável, conforme o número de fibras que contêm. Nesta
preparação pode observar esses feixes em corte predominantemente longitudinal. Cada
feixe é limitado por uma bainha de tecido conjuntivo, o perineuro (P). Todo o nervo é, por
sua vez, rodeado por uma camada de tecido conjuntivo, o epineuro (E), que ocupa também
os espaços entre os feixes.

P
P
F F P
F F F

E
E

Obj. 4 x Obj. 10 x

23
H 20 (cão) + H 21 (homem) - Nervo raquidiano (S.N.P.). Corte transversal, H.E.
Repare que todo o nervo é envolvido por uma camada de tecido conjuntivo denso, o
epineuro (Ep), do qual partem extensões que penetram para o interior do nervo por entre
os feixes nervosos (F) que o compõem. Cada feixe é por sua vez limitado por uma bainha de
tecido conjuntivo denso, o perineuro (P). No interior de um mesmo feixe, as fibras nervosas
apresentam-se segundo diversos planos de corte. Nas fibras nervosas cortadas
transversalmente poderá encontrar um axónio (ax) rodeado por um espaço vazio
correspondente ao local ocupado pela bainha de mielina que foi dissolvida pelos solventes
orgânicos usados na técnica histológica.

P
F
ax

F F

F F Ep
F

Obj. 4 x Obj. 40 x

H 22 - Nervo raquidiano. Fixação em ácido ósmico. Corte transversal


Nesta preparação a mielina foi conservada pela fixação em ácido ósmico,
apresentando-se como um anel escuro envolvendo uma rodela que é o axónio. F, feixe de
fibras nervosas; P, perineuro.

F F

F
F

Obj. 40 x
Obj. 10 x

24
H 23 - Nervo raquidiano, homem (corte longitudinal)
Em corte longitudinal, as fibras nervosas aparecem com um trajecto ondulado. Situados
entre elas, poderá encontrar núcleos das células de Schwann (CS, ovais e com cromatina
pouco condensada), núcleos de fibrócitos e núcleos de células endoteliais dos capilares
sanguíneos. F, feixe de fibras nervosas; P, perineuro.

CS

Obj. 10 x Obj. 40 x

H 24 - Nervos periféricos. Ligamento suspensor do boleto (equídeo)


Percorra a preparação com a objectiva de 4 x e procure identificar, no seio do tecido
conjuntivo denso do ligamento, feixes nervosos (F) em corte transversal.

F F

Obj. 10 x
Obj. 4 x

25
25 - S.N.P. Fibras nervosas dissociadas
Tente encontrar nas fibras nervosas dissociadas constrições que correspondem a
interrupções da bainha de mielina - os nódulos de Ranvier (seta). Os núcleos das células de
Schwann não são observáveis.

Obj. 40 x

26
TECIDO MUSCULAR

Preparações histológicas :

G 1 - Embrião (feto humano; desenvolvimento das fibras musculares esqueléticas)

No embrião, o músculo esquelético


forma-se a partir de células precursoras
mononucleadas chamadas mioblastos.
Estas células multiplicam-se e fundem-se
para formar células alongadas,
multinucleadas chamadas miotubos (setas).
De começo, os núcleos dos miotubos
ocupam uma posição central. Só mais tarde,
nos mamíferos, é que vão para a periferia.

Obj. 20 x

G 2 - Tecido muscular esquelético. Língua (coelho)


Nesta preparação pode
observar miócitos esqueléticos
em diversos planos de corte.
Repare que os miócitos
esqueléticos possuem igual
diâmetro em toda a sua
extensão e contêm vários
núcleos que se situam à periferia
da célula (células
multinucleadas). A localização
periférica dos núcleos é mais
evidente nos cortes transversais
dos miócitos. Fechando um
pouco o diafragma do Obj. 40 x

microscópio, poderá observar nas fibras em corte longitudinal a respectiva estriação


transversal (faixas claras e escuras; seta).

27
G 3 - Tecido muscular esquelético (hematoxilina-férrica)
As células musculares esqueléticas são
células multinucleadas, de grandes dimensões
exibindo estriação transversal. Nesta
preparação, a estriação transversal só é
evidente nalgumas fibras.

Obj. 40 x

G 4 - Tecido muscular esquelético (Homem)


Nesta preparação pode encontrar feixes de
células musculares esqueléticas no seio de um
tecido conjuntivo laxo com células adiposas.
As células musculares apresentam-se
predominantemente em corte transversal.

Obj. 10 x

G 5 - Tecido muscular esquelético


Miócitos em corte transversal. Núcleos em
posição periférica.

Obj. 10 x

28
G 6 - Tecido muscular esquelético
As fibras esqueléticas estão agrupadas em feixes rodeados por tecido conjuntivo
(perimísio). Note-se a presença de células adiposas entre os feixes.

G 7 - Tecido muscular esquelético (vasos sanguíneos injectados com substância corante).


Nesta preparação pode observar a rede
vascular do músculo esquelético. Os vasos
apresentam-se corados de negro e as fibras
musculares de amarelo. Os vasos de médio calibre
estão situados no perimísio (de difícil identificação
nesta preparação) e os capilares (os vasos de
diâmetro mais fino e perfil ondulado) dispõem-se
paralelamente às fibras musculares, no
endomísio.
Obj. 20 x

G 8 - Tecido muscular esquelético.


Repare que as células musculares esqueléticas se agrupam em feixes delimitados por
tecido conjuntivo - o perimísio (P). Cada célula muscular é também envolvida por uma
bainha de tecido conjuntivo - o endomísio (E, zonas claras em torno dos miócitos).

P P

Obj. 10 x

29
G 9 - Tecido muscular esquelético.
Miócitos em corte longitudinal e oblíquo.

G 10 (cobaio) + G 11 + G 12 + G 13 (Homem) - Tecido muscular cardíaco


As células musculares cardíacas são ramificadas e anastomosadas, com um núcleo
central. Entre as fibras cardíacas existe tecido conjuntivo (espaços incolores) com
numerosos capilares sanguíneos (bem visíveis nalgumas preparações). Na preparação G11
notam-se também células mais largas e de citoplasma ligeiramente mais claro do que o dos
miócitos cardíacos habituais, com um ou dois núcleos centrais - são as fibras de Purkinje
(FP), constituintes do tecido nodal.

FP

G 10; Obj. 20 x G 11; Obj. 20 x

G 14 - Tecido muscular cardíaco (hematoxilina-férrica)


Miócitos cardíacos com estriação transversal e núcleo central. Não confunda os núcleos
dos miócitos (setas) com os eritrócitos corados de negro pela hematoxilina-férrica. Estes
formam, em geral, pequenas filas entre as células musculares. FP: Fibras de Purkinje.

FP

Obj. 40 x Obj. 40 x

30
G 15 - Tecido muscular cardíaco
Observe que as fibras musculares
cardíacas, que formam o miocárdio, se
apresentam ramificadas e têm um núcleo
central. Entre os miócitos cardíacos existe FP
tecido conjuntivo que aparece como
espaços vazios (artefacto). Notam-se, em
algumas zonas (use a objectiva de 10 ),
células de citoplasma eosinófilo,
ligeiramente mais claro dos que o das
fibras cardíacas, as quais apresentam um
Obj. 10 x
ou dois núcleos centrais: são as fibras de
Purkinje.

G 16 (equídeo) + G 17 (rato) - Tecido muscular cardíaco


O músculo cardíaco é constituído por células alongadas e ramificadas, unidas entre si, e
com um núcleo central.

G 18 - Tecido muscular liso. Bexiga (cão)


Procure o tecido muscular liso (M) na zona mais externa da parede do órgão. O tecido
muscular liso da parede da bexiga é formado por feixes compactos de células musculares
lisas, separados por tecido conjuntivo (a claro).

Obj. 20 x Obj. 10 x

31
G 19 - Tecido muscular liso. Canal deferente (equídeo).
A parede do canal deferente exibe uma túnica muscular lisa (M) particularmente
espessa e compacta. Na periferia do corte poderá também observar artérias com parede
constituída por fibras musculares lisas (M) dispostas circularmente. As artérias podem
ser facilmente identificadas pelo sangue presente no interior.

Canal deferente; Obj. 4 x Artéria; Obj. 20 x

G 20 - Tecido muscular liso. Vesícula biliar (Homem).


Fibras musculares (M) com disposição predominantemente longitudinal.

Obj. 10 x

32
G 21 - Tecido muscular liso. Útero (Mulher).
As células musculares lisas associam-se em feixes compactos dispostos em diferentes
direcções.

Obj. 40 x

G 22 - Tecido muscular liso. Esófago (rã; corte transversal)


O tecido muscular liso (ML) do esófago organiza-se em duas camadas bem definidas. Uma
camada mais interna em que as células se apresentam cortadas longitudinalmente e uma camada
mais externa com células em corte transversal. Em corte longitudinal (CL), as células musculares
lisas têm um perfil fusiforme. Em corte transversal (CT), o músculo liso apresenta-se como um
conjunto de perfis circulares ou poligonais, que podem ou não apresentar um núcleo central.
TC: Tecido conjuntivo.

CL
CT
TC
ML

Obj. 4 x Obj. 40 x

33
G 23 - Tecido muscular liso. Intestino delgado (corte transversal)
O aspecto geral do músculo liso é idêntico ao da preparação anterior. As células
musculares lisas da camada mais interna apresentam-se em corte longitudinal (CL). As
células musculares lisas da camada mais externa apresentam-se em corte transversal (CT).

CL
CT

Obj. 4 x

G 24 - Tecido muscular liso. Intestino (corte longitudinal). Coloração pelo Tricrómio de


Masson
Nesta preparação pode observar dois cortes distintos: um corresponde ao intestino
delgado e o outro ao intestino grosso. Repare que, em ambos os casos, a orientação das
duas camadas de células musculares lisas é inversa àquela que existia nas preparações
anteriores do tubo digestivo. Na camada mais interna (CI) as células apresentam-se, agora,
em corte transversal; na camada mais externa (CE), em corte longitudinal. Como interpreta
este facto?

CI

CE

Obj. 4 x

34
G 25 – Tecido muscular liso. Intestino grosso. Marcação imunohistoquímica para a
alfa-actina do músculo liso.
Nesta preparação efectuou-se uma coloração imunohistoquímica com um anticorpo que
reconhece a alfa-actina do músculo liso, uma proteína presente apenas nas fibras
musculares lisas e que assim funciona como marcador daquelas fibras. Repare como a túnica
muscular (M) do intestino (músculo liso visceral) e a parede dos vasos sanguíneos (VS)
(músculo liso vascular,) exibem marcação positiva (coloração castanha).

VS

Obj. 4 x

35
TECIDOS E ÓRGÃOS LINFÁTICOS

Preparações histológicas:

J 1 - J 4 - Linfonodo
Repare que o linfonodo é revestido por uma
Cápsula
cápsula de tecido conjuntivo fibroso que envia
trabéculas (T) finas para o interior do órgão. No
parênquima do órgão pode identificar dois Cortical
compartimentos: a zona cortical, mais externa,
contendo folículos linfáticos (nódulos linfáticos) e
a zona medular, mais interna, constituída por
cordões irregulares e anastomosados de tecido
linfóide - os cordões medulares (CM). Entre as
Obj. 4
trabéculas conjuntivas e o tecido linfóide denso
existem, em ambas as zonas, os seios linfáticos de Cortical
aspecto claro e menor densidade celular. Assim,
por debaixo da cápsula situa-se o seio marginal ou
Seio
subcapsular e, na zona cortical, entre os folículos
marginal
linfáticos e adjacentes às trabéculas, encontram-se
os seios perifoliculares ou peritrabeculares. Estes
últimos são, por vezes, difíceis de identificar nas Cápsula
preparações. Entre os cordões linfóides da zona
Obj. 40
medular localizam-se os seios medulares (SM, bem
evidentes na preparação J 4).
CM SM

T T

SM

CM

CM

Obj. 10

36
J 5 - Linfonodo
Nesta preparação apenas se observa a zona
cortical do órgão que, contudo, não apresenta
folículos linfáticos. Procure identificar os vasos
linfáticos aferentes na cápsula conjuntiva do L
A
gânglio linfático. A: Artéria, L: Vasos linfáticos.

Obj. 10

J 6 - Gânglio hemático
Os gânglios hemáticos ocorrem
normalmente na região peri-renal (ovinos,
caprinos) e lombar (bovinos), onde podem ser
confundidos com linfonodos hemorrágicos.
Nos gânglios hemáticos, os seios contêm
sangue (as grandes manchas vermelhas que
se observam no corte correspondem
justamente a sangue contido nos seios). A
preparação que está a observar resultou de
um corte que apenas intersectou a região
cortical do órgão. Obj. 10

J 7 - Folículos linfáticos ou Nódulos linfáticos. Pulmão


Procure encontrar folículos linfáticos na parede dos brônquios.

Obj. 4 Obj. 40

37
J 8 - Placas de Peyer. Íleon (leitão)
As placas de Peyer são aglomerados de
folículos linfáticos (F) na parede do íleon.

F
F

Obj. 4
J 9 – Tonsila (gorila)
As tonsilas são acumulações de tecido linfóide Ep
situadas por debaixo do epitélio de revestimento
(Ep) da boca e da faringe. Nesta preparação a
amígdala é formada por pregas da mucosa que
contêm tecido linfóide nodular e não nodular. Não
se observam criptas. Junto à zona da tonsila
encontram-se numerosos ácinos mucosos.

Obj. 10

J 10 - J 12 - Tonsila palatina
Procure encontrar o epitélio que está associado ao tecido linfóide da tonsila palatina.
Trata-se de um epitélio estratificado pavimentoso não queratinizado (Ep) que reveste
apenas a superfície luminal do órgão e que, nalguns pontos, se invagina para o tecido
linfóide subjacente formando umas fendas claras que são as criptas. Em algumas criptas, o
epitélio de revestimento é difícil de identificar, pois encontra-se fortemente infiltrado por
linfócitos. Repare que o tecido linfóide é formado por numerosos folículos linfáticos
confluentes, com centros germinativos bem evidentes. A tonsila, ao contrário do gânglio
linfático, não tem uma organização em córtex e medula.

Ep

Cripta
Ep

J11; Obj. 40 J12; Obj. 4 

38
J 12 A- Tonsila Lingual (Homem)
Situada na face dorsal da língua,
apresenta uma estrutura análoga à tonsila
palatina. Ep: epitélio de revestimento.

Ep

Obj. 4

J 13 - J 16 - Baço
O baço é revestido por uma cápsula fibrosa que envia trabéculas espessas para o
interior do órgão. O seu parênquima está organizado em polpa vermelha (PV) e polpa
branca (PB). A polpa vermelha é constituída por cordões celulares, os cordões de Billroth,
separados por capilares do tipo sinusóide, os seios venosos esplénicos (SV). Na preparação
J15, a única em que os dois componentes da polpa vermelha podem ser distinguidos, os
seios esplénicos apresentam-se como espaços claros, separados por fiadas de núcleos
escuros pertencentes às células dos cordões de Billroth. A polpa branca encontra-se
disseminada no seio da polpa vermelha e é constituída por acumulações linfóides de forma
nodular ou cordonal. Cada folículo linfático da polpa branca possui uma arteríola situada
geralmente em posição excêntrica denominada artéria central. Repare que as acumulações
linfóides que constituem a polpa branca do baço distribuem-se por todo o órgão, não se
concentrando em nenhuma região.

PV

PB

PV
PB

SV

J14; Obj. 4 J15; Obj. 10x

39
J 16 A – Baço (cão). Coloração pelo Tricromio de Masson.
Ao contrário do que sucede no Homem, a cápsula do baço dos Carnívoros, do Cavalo e
dos Ruminantes contém numerosas fibras musculares lisas, além das habituais fibras
colagénicas (a verde). Os septos possuem constituição semelhante.

Colagénio
o
Músc. liso

Obj. 10

J 17 - J 21 - Timo
Órgão linfóide lobulado revestido por uma cápsula conjuntiva que penetra entre os
lóbulos sem os separar completamente (septos incompletos). Cada lóbulo apresenta uma
zona cortical (C) mais escura, com grande densidade de núcleos e uma zona medular (M),
mais clara, menos rica em células. Os lóbulos ligam-se entre si pela zona medular. Os
principais tipos celulares do timo são as células linfocitárias e as células reticulares
epiteliais. Estas últimas identificam-se pelos núcleos relativamente grandes e de aspecto
claro. É na substância medular que ocorrem os corpúsculos de Hassal (CH), estruturas
formadas por células reticulares epiteliais em vias de degenerescência organizadas em
camadas concêntricas. As células no centro do corpúsculo apresentam-se frequentemente
queratinizadas (queratina corada de negro na preparação J21).

C
CH

M
M
CH

J17; Obj. 4 J18; Obj. 40

40
J 22 - J 23 - Bolsa de Fabricius
Órgão linfóide cavitário que apresenta uma mucosa pregueada revestida por um
epitélio pseudo-estratificado colunar (Ep). Grande parte da parede da bolsa de Fabricius é
ocupada por folículos linfáticos (F).

Ep
F

Obj. 4

41

Você também pode gostar