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Luísa Mourad – Turma 111 - 2020

Tecido Ósseo

Características
o Tecido conjuntivo especializado → calcificado
o Dinâmico → constante processo de síntese e reabsorção
o Bem vascularizado
Funções
o Sustentação
• Órgãos e tecidos vitais
o Proteção
• De órgãos vitais (encéfalo, coração, pulmão, região pélvica)
o Locomoção
• Inserção para músculos esqueléticos que quando contraídos
movimentam o osso
o Reservatório de minerais
• Fosfato, cálcio, potássio, sódio, manganês
o Abriga a medula óssea
• Síntese do sangue
Métodos para o estudo do osso
o Descalcificação
• Preserva o material orgânico
• Retira-se o material inorgânico
• Solução de ácido nítrico 5% → descalcifica o
osso, restando apenas o material orgânico
(colágeno tipo I)
o Lixa d’água
• Preserva o material inorgânico
• Lixa-se o osso até ficar extremamente fino
• Permite que os raios luminosos atravessem o
tecido ósseo no microscópio
• Desgaste → preserva o material inorgânico
Aspectos importantes do osso
o É envolvido por uma camada de tecido conjuntivo (exceto na região
articular) que envolve externamente todos os ossos → periósteo
o Região periférica
• Osso mais encorpado → compacto
o Região central
• Pequenas trabéculas → esponjoso
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Estrutura do osso
o De acordo com a forma
• Longos
▪ Comprimento > altura
▪ Úmero, fêmur
• Curtos
▪ Comprimento = largura = espessura
▪ Carpo, tarso
• Chatos
▪ Comprimento = largura < espessura
▪ Crânio, escápula, ilíaco
• Irregulares
▪ Sem forma definida
▪ Vértebras, sacro, esfenoide, etmoide
• Pneumáticos
▪ Interior ocupado por uma cavidade recoberta por mucosa
▪ Maxilar, frontal, esfenoide, etmoide
• Sesamoides
▪ Interior de tendões
▪ Patela

o Microscopia
• Compacto
▪ Espesso no corpo do osso
▪ Gradativamente diminui
• Esponjoso
▪ Epífise dos ossos
▪ Onde se localiza a medula óssea (nos espaços
entre as trabéculas ósseas)
Composição óssea
o Células osteogênicas
• Originadas de uma célula mesenquimal indiferenciada
• Se diferencia em células produtoras de matriz orgânica

a) Osteoblastos
• Localização: superfície óssea
• Especializado em produzir a parte orgânica do osso
• Se localizam no periósteo → recobrem cada uma das
trabéculas ósseas do osso esponjoso
▪ Periósteo → recobre externamente
▪ Endósteo → recobre internamente as trabéculas ósseas
• Ao sintetizar a matriz, o osteoblasto fica preso na matriz e muda
seu fenótipo sendo denominado de osteócito
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• Em atividade
▪ Formato cuboidal
▪ Citoplasma basófilo
• Em repouso
▪ Formato fusiforme
▪ Sintetiza a matriz orgânica
▪ À medida que ela vai se mineralizando, vai formando um
osso calcificado
▪ Produz o pré osso: osteóide
• Matéria orgânica que ao se mineralizar forma a matriz óssea calcificada,
contendo em seu interior o osteócito

b) Osteócitos
• Localização: interior da matriz calcificada
• Responsáveis pela manutenção da matriz
• Célula cheia de prolongamentos citoplasmáticos
• Se comunicam através de junções comunicantes
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o Célula osteoclasto
• Localização: superfície óssea
• Presentes no endósteo, por entre os
osteoblastos
• Célula multinucleada
• Resultado da fusão de vários macrófagos
• Coloração mais acidófila
• Responsáveis pela reabsorção óssea

Matriz Extracelular
o Orgânica (35%)
• Colágeno tipo I
• Glicosaminoglicanas
• Proteoglicanas
• Osteocalcina → ligação à hidroxiapatita
• Osteopontina → zona de vedação via αVβ3
▪ Permite o acoplamento do osteclasto à matriz óssea
• Osteonectina → liga o cálcio acoplado a ostecalcina ao colágeno tipo
I
▪ Liga a matriz orgânica com a inorgânica

o Inorgânica
• Cálcio e fósforo
▪ Cristais de hidroxiapatita
• Bicarbonato, citrato, magnésio, sódio e potássio
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Organização do tecido ósseo


o Periósteo
• Membrana conjuntiva espessa que envolve externamente os ossos
• Exceto na região articular
• Periósteo fibroso
▪ Camada mais externa
▪ Rica em fibras
▪ Menos rica em células
▪ Formada por tecido conjuntivo denso
• Periósteo osteogênico
▪ Mais interno
▪ Rico em osteoblastos e células osteoprogenitoras
▪ Menos rica em fibras
• Abaixo do periósteo encontra-se o osso compacto
o Sistema de Havers
• Formam os ossos compactos
• Constituído por um canal central, preenchido por tecido conjuntivo
frouxo
• Existem várias lamelas ósseas que se depositam concentricamente ao
canal
• Em cada lamela óssea há fibras colágenas dispostas em uma direção
concêntrica e diferente da anterior
1. Aumenta a resistência óssea do osso compacto
• Passagem de vasos sanguíneos
2. Alimentam os osteócitos de cada lamela óssea
o Lamelas intersticiais
• Constituídas de material cimentante
• Preenche os espaços entre os Sistemas de Havers
• Se formam à medida que as lamelas do Sistema de Havers vão sendo
reabsorvidas e reformadas
o Lamelas circunferenciais externas
• Logo abaixo do periósteo
• Paralelas entre si
• Formam uma camada externa do osso
o Lamelas circunferenciais internas
• Mais próximas do osso esponjoso
• Paralelas entre si
OBS: as lamelas intersticiais, circunferenciais internas e externas e o Sistema
de Havers formam a estrutura do osso compacto
o Canal de Volkmann
• Canais transversais
• Comunicam entre si os Sistemas de Havers com o periósteo e
endósteo
• Possuem vasos sanguíneos em seu interior
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o Endósteo
• Formada por osteoblastos e, em alguns casos, osteoclastos
• Recobre internamente o osso
• Tecido conjuntivo extremamente delgado

Osteoclastos
o Quando está afastado da matriz óssea, apresenta um formato regular
o Quando se aproxima da matriz óssea, funde uma de suas superfícies à
matriz
• Ligação feita entre integrinas (alfa 5 beta 3) da superfície dos
osteoclastos com glicoproteínas da matriz óssea
o Capacidade de produzir ácido carbônico, através de uma reação química
entre o CO2 e H2O
• O ácido carbônico é dissociado pela anidrase em prótons e
bicarbonato
• Os prótons são bombeados para a superfície do osteoclasto que está
em contato com a matriz óssea
• O bicarbonato é trocado com a corrente sanguínea com íons cloreto
o Na área em que os osteoclastos se fixam à matriz há o desenvolvimento
de microvilosidades que dão a essa célula um aspecto pregueado
o Na borda pregueada há:
• Bombas de prótons e cloreto
1. Os prótons são bombeados da região de contato com a matriz
2. O bicarbonato vai para o sangue a partir da bomba trocadora de
cloreto com bicarbonato
3. Os íons cloreto vão para o interior, permitindo a manutenção do pH
interno da célula
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O cloreto vai para a região de contato


com a superfície óssea por meio de um canal
de cloreto. Lá é formado o HCl, deixando o pH
em torno de 4,5. Isso permite a dissolução dos
sais de cálcio para a superfície de contato com
os osteoclastos (a parte inorgânica da matriz é
dissolvida na presença de HCl). Desse modo,
cálcio e fosfato são trocados com a corrente
sanguínea.
Além disso, os osteoclastos são ricos
em lisossomos, que possuem várias enzimas
capazes de digerir a parte orgânica da matriz,
no entanto, isso só ocorre se a parte inorgânica
for removida. Seu pH ótimo para ação é 4,5.
Elas vão digerir o material orgânico da matriz,
que vai ser fagocitado ou endocitado pela
célula, vai ser metabolizado e reutilizado pela
célula. Com isso, toda a matriz óssea que era
mineralizada foi reabsorvida.
OBS: 2 mecanismos para a reabsorção
1. Gerar um ambiente ácido
• Dissolução de sais de cálcio
2. Liberar enzimas proteolíticas
• Digestão do componente orgânico
OBS: quando o osteoclasto faz a ligação com a matriz e
a digere, forma uma lacuna chamada de lacuna de
Howship. Quando terminam o processo de reabsorção, ele se afasta da matriz
óssea e então os osteoblastos migram para o local de reabsorção e começam a
produzir nova matriz óssea, promovendo o turnover (renovação dos ossos).
Estrutura do Osso
o Osso primário, Imaturo ou não lamelar
• Matriz orgânica constituída por fibras colágenas
dispostas aleatoriamente
▪ Fibras produzidas pelos osteoblastos
presentes na superfície
▪ Sob essas fibras ocorrem o processo de
mineralização
▪ As fibras começam a sofrer um processo de
reorganização para a formação do osso
maduro
• Mais osteócitos e com tamanhos maiores
• Menos mineralizado
• Matriz mais basófila → rico em proteoglicanas
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o Osso Secundário, maduro ou lamelar


• Formado à medida que as fibras colágenas se
reorganizam
• Menos células (osteócitos morrem)
• Fibras colágenas organizadas
• Mais mineralizado
• Matriz acidófila
OBS: na histologia não existe diferença de estrutura química entre o osso
esponjoso e o compacto. No osso esponjoso as lamelas são paralelas entre si e
no compacto elas são concêntricas.
Osteoclastogênese
o O processo de osteoclastogênese é estimulado por estímulos
osteoblásticos, responsável pela síntese de citocina
Os osteoblastos possuem receptores para o paratormônio (PTH). Quando o
PTH se liga ao receptor, o osteoblasto é estimulado a sintetizar vários tipos de
substanciais, sendo um delas o M-CSF (fator estimulador de colônias de
monócitos).
O M-CSF, ao ser secretado, atua sobre os monócitos do sangue,
fazendo com que eles se diferenciem em macrófagos. O macrófago estimulado
por esse fator, expressa em sua superfície uma molécula chamada RANK
(fator de ativação nuclear). Expresso na superfície dos macrófagos, o RANK
predispõe a célula para formar osteoclastos.
Além de secretar o M-CSF, esse estímulo do PTH, faz com que o
osteoblasto secrete e exponha em sua superfície o ligante do RANK, chamado
de RANK-L. Quando os macrófagos, contendo o receptor RANK se ligam ao
ligante expresso na superfície dos osteoblastos se fusionam com vários outros
macrófagos e formar uma célula gigante chamada de osteclasto imaturo. Esse
osteoclasto imaturo pode ser tornar maduro e reabsorver a matriz óssea. Isso
vai depender de sinalizações que essa célula recebe em seu micro ambiente.
A ligação de PTH com o receptor na superfície do osteoblasto, além de
estimular a síntese de M-CSF e ligante RANK, também estimula a produção de
uma molécula chamada Osteoprotegerina (OPG). A OPG é secretada da célula
e disputa a ligação do RANK-L com o receptor RANK. Quando muitos os
osteoclastos estão presentes no meio, o osteoblasto libera a OPG, que se liga
ao RANK-L (mais a fim do que a ligação do RANK com o RANK-L), promovendo
a indisponibilização do ligante RANK com o RANK-L, impedindo a
formação de mais osteoclastos. Com isso, pode-se dizer que os osteoblastos
podem estimular a formação de osteoclastos como também inibir a sua
formação.
Os osteoclastos imaturos, quando estimulados (a calcemia é um
estímulos) reabsorvem a matriz óssea, se aproximando e se fundindo a ela
através da ligação integrina (do osteoclasto) com osteopontina (da matriz óssea).
A célula disponibiliza a sua borda em escova e começa a bombear prótons e
íons cloretos que vão formar HCl que vai solubilizar os cristais de hidroxiapatita,
permitindo também a digestão do conteúdo orgânico fazendo com que a matriz
óssea seja reabsorvida.
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Correlação Clínicas
o Genes Cbfa1/Runx2 e Osterix
• Codificam fatores de transcrição
• Controle da diferenciação de pré osteoblastos em osteoblastos e em
osteócitos
• A expressão de osteocalcina e a osteogênese

o Displasia cleidocranial
• Mutação do gene que codifica a cbfa1/Runx2
• Atraso na ossificação
• Deformações ósseas

o Osteoesclerose
• Aumento de massa óssea causada por um aumento da atividade dos
osteoblastos
• Observadas em pacientes com Lipodistrofia (ausência ou grande
alteração de massa gordurosa do corpo)

o Doença dos ossos frágeis


• Deficiência na osteogênese
• Genes da família Osterix → codifica fatores de transcrição importantes
na síntese de colágeno
• Os ossos se partem mais facilmente

o Osteomalácia
• Carência de vitamina D
• Menor absorção de cálcio
• Ossos moles
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o Osteopetrose
• Deficiência de M-CSF
• Ausência de osteoclastos → não há reabsorção óssea
• Aumento de massa óssea

o Vitamina D
• Aumenta a síntese de osteocalcina (glicoproteína que se liga ao cálcio)
e osteopontina (glicoproteína que faz a ligação do osteoclasto com a
matriz óssea)

o Vitamina K
• Induz a carboxilação da osteocalcina para a ligação ao cálcio

o Osteocalcina descarboxilada
• Estimula a proliferação e secreção de insulina e de testosterona
• Sem a presença de vitamina K
Ossificação
1. Intramembranosa
• Formação do tecido ósseo a partir de
uma membrana conjuntiva
▪ Tecido conjuntivo embrionário
▪ Formado por células mesenquimais
indiferenciadas
• Forma os ossos planos do crânio,
clavícula, mandíbula e maxila
• As células mesenquimais (com muitos
prolongamentos e muita matriz entre
elas) sofrem um processo de
diferenciação celular, ativado por fatores
de crescimento e transcrição, sendo
transformados em pré osteoblastos
• Os pré osteoblastos se agrupam em uma
estrutura denominada blastoma ósseo e,
por ativação de outros fatores de transcrição, se diferenciam em
osteoblastos
• Os osteoblastos começam a depositar a matriz óssea não
mineralizada (osteóide) e, por um processo de
mineralização/calcificação, essas células ficam presas na matriz
sendo denominadas de osteócitos
• Eventos finais
▪ Formação do periósteo, do endósteo e do osso maduro
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OBS: blastoma ósseo


• Centros primários de ossificação que formam as trabéculas
ósseas que formam o osso imaturo (lamelas
desorganizadas)
• Mais tarde, com o processo de calcificação, as lamelas se
organizam e formam o osso maduro
• Com a confluência dessas trabéculas, as células
mesenquimais indiferenciadas se diferenciam em células
que vão fazer a hematopoese (formam células da medula
óssea)

2. Endocondral
• Formação do tecido ósseo a partir de um molde de cartilagem hialina
• Forma os ossos longos, da coluna, centros de ossificação primários e
colar ósseo
• Etapas
1. Molde de cartilagem hialina
2. Formação do colar ósseo
• Impede a difusão de nutrientes para os
condrócitos
• As células do pericôndrio se diferenciam em
osteoblastos e sintetizam o componente da
matriz e, ao se diferenciarem em osteócitos,
formam o colar ósseo
3. Os condrócitos sofrem um processo de
hipertrofia e morte
• Isso ocorre porque o colar ósseo impede a
difusão de nutrientes para os condrócitos
• Com a hipertrofia, os condrócitos sintetizam
colágeno 10 (marcador do condrócito
hipertrofiado) e fator VECF (fator de
crescimento endotelial vascular)
• Importantes para o processo de calcificação do centro
primário, porque eles atraem vasos sanguíneos para o
local, iniciando a mineralização da cartilagem hialina
4. Matriz cartilaginosa calcificada como molde para a formação do
osso
5. Células osteoprogenitoras chegam ao local junto com os vasos
sanguíneos e se diferenciam em osteoblastos
6. Osteoblastos passam a sintetizam a matriz óssea
• Formação do osso longo
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OBS: nas epífises (extremidades) são formados os centros de ossificação


secundário, apenas após o nascimento. Somente após o nascimento as epífises
são calcificadas/mineralizadas.
OBS: região entre a diáfise e a epífise → formada por cartilagem hialina,
denominada de disco de crescimento epifisário. Permanece no osso longo até
os 18/20 anos promovendo o crescimento em comprimento.
Crescimento dos ossos longos
1. Em extensão
• Ossificação endocondral do disco
epifisário
• Formação de zonas que fornecem
a calcificação do disco
• Zona de cartilagem em repouso
(reserva)
▪ Condrócitos em repouso
esperam estímulo para entrar
na zona seguinte
• Zona proliferativa ou seriada
▪ Os condrócitos se proliferam e ficam enfileirados
• Zona hipertrófica
▪ Condrócitos hipertrofiam e morrem
▪ Apoptose dos condrócitos, calcificação da matriz
▪ Sintetizam os fatores (colágeno 10 e VECF, atraindo vasos
sanguíneos e formando os osteoblastos iniciando a calcificação
• Zona em calcificação
▪ Início da formação das trabéculas ósseas → células osteogênicas
→ osteoblastos → osteóides
• Zona de ossificação
▪ Formação do osso primário para depois se transformar em osso
secundário (compacto)
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• Ihh são proteínas que atuam na


manutenção do disco epifisário
• Estimulam os condrócitos que estão no
pericôndrio da cartilagem hialina a produzir
e secretar o fator PTH-RP (peptídeo
relacionado ao PTH)
▪ O PTH-RP se liga aos condrócitos
na zona de reserva, que tem
receptores específicos para esse
peptídeo, e ativa a proliferação dos
condrócitos
▪ Também se liga na zona proliferativa
aos condrócitos, inibindo a sua
hipertrofia → controle do processo de ossificação
• As proteínas Ihh mantém as células proliferando
• Também estimulam fatores de transcrição que vão diferenciar pré
osteoblastos e, osteoblastos na formação do colar ósseo e síntese de
ramificação óssea

2. Em largura/espessura
• Ossificação Intramembranosa
• Aposição do periósteo
Correlações Clínicas
o Osteoporose
• Aumento da porosidade do osso
• Resultado da diminuição da deposição de
matriz óssea
• Fragilidade óssea → aumento de fraturas
• Comumente ocorre no colo do fêmur e
ossos da coluna
• Comum em mulheres após a menopausa
▪ Diminuição dos níveis de estrogênio (evoluindo com o aumento da
atividade do RANK e RANK-L → diminuição no processo de
reabsorção óssea

o Osteomalácia/raquitismo
• Calcificação defeituosa
• Aparência arqueada
• Falta de mineralização
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o Reparação óssea
• Ocorre hemorragia local → lesão dos vasos
• Destruição da matriz → formação do coágulo
• Morte das células ósseas
• Para a regeneração, macrófagos removem o coágulo, os restos
celulares e a matriz destruída
• Dividida em 2 fases
1. Fase inflamatória
• Inflamação local na fratura óssea
• Células como neutrófilos e macrófagos são recrutadas para esse
local
• Removem a matriz e os restos celulares
• Formação de um tecido de granulação
2. Fase de reparo
• Formação do calo ósseo
• Formado por células osteoprogenitoras
• Periósteo → calo esterno ou de calcificação, formado pela
diferenciação das células osteogênicas
• Endósteo → calo interno ou de ligação, formado a partir da
diferenciação de células condrogênicas de cartilagem hialina
• Proliferam-se formando um colar em torno da fratura
▪ Formação do tecido ósseo imaturo
▪ Ossificação Intramembranosa e endocondral
▪ Substituição do osso imaturo por osso lamelar (maduro)
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Articulações
o Diartroses (sinoviais)
• Permitem grandes movimentos ósseos
• Sustentam o stress mecânico nas superfícies articulares
a) Planas
• Acromioclavicular, tíbiofibilar proximal, maioria do carpo e tarso
b) Condilar ou elipsoide
• ATM, joelho
c) Tricóide ou pivô
• Rádio-ulnar proximal
d) Elipsoide
• Rádio-carpal
e) Esferoide
• Úmero-escapular, íleo-femoral
f) Dobradiça
• Úmero-ulnar, interfalângicas
o Histologia das articulações sinoviais
• Cápsula
▪ Camada fibrosa externa constituída por
tecido conjuntivo denso modelado
▪ Sustentam o estresse mecânico nas
superfícies articulares
▪ São maior resistência
▪ Fibras superiores → paralelas
▪ Fibras profundas → perpendiculares (dão
mais resistência)
• Membrana sinovial
▪ Envolve a cartilagem e a cavidade articular
▪ Muito vascularizada e com matriz mais frouxa
▪ Constituída por células M (semelhantes aos
macrófagos → processo de fagocitose) e células F (semelhantes
aos fibroblastos → formação dos componentes do líquido sinovial)
• Líquido sinovial
▪ Ácido hialurônico, lubricina, leucócitos
▪ Sintetizados pelas células da membrana sinovial
▪ Filtrado capilar
▪ Diminuem o atrito
o Sinartroses
• Permitem movimentos limitados ou não permitem movimentos
a) Sinostoses (sutura)
• Ossos do crânio (idosos)
b) Sincondroses
• 1 a costela com o esterno
c) Sindesmoses
• Tíbia-fíbula, ossos do crânio em crianças

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