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RIO DE JANEIRO
2014
Índice
1. Módulo 1.....................................................................................................pg. 3
1.1. Farmacocinética - Absorção.......................................................pg. 4
1.2. Farmacocinética - Vias de Administração...............................pg. 10
1.3. Farmacocinética - Distribuição de Fármacos..........................pg. 17
1.4. Farmacocinética - Biotransformação de Fármacos.................pg. 23
1.5. Farmacocinética - Eliminação de Fármacos...........................pg. 26
1.6. Princípios da Ação Medicamentosa.........................................pg. 29
1.7. Consequências das Interações Medicamentosas......................pg. 33
2. Módulo 2...................................................................................................pg. 39
2.1. Modulação Farmacológica da Transmissão Adrenérgica.......pg. 40
2.2. Usos Terapêuticos das Aminassimpaticomiméticas.................pg. 50
2.3. β-Bloqueadores.........................................................................pg. 59
2.4. α -Bloqueadores........................................................................pg. 65
2.5. Modulação Farmacológica da Transmissão Colinérgica........pg. 73
2.6. Bloqueadores Colinérgicos.......................................................pg. 81
3. Módulo 3....................................................................................................pg.86
3.1. Farmacologia da Transmissão Neuromuscular.......................pg. 87
3.2. Anestésicos Locais....................................................................pg. 95
3.3. Analgesia Central...................................................................pg. 104
3.4. Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINES).........................pg. 115
3.5. Anti-Inflamatórios Esteroidais Glicocorticoides....................pg. 124
3.6. Controle Farmacológico das Reações Alérgicas...................pg. 133
4. Módulo 4.....................................,,,,,,,,.....................................................pg.139
4.1. Modulação Farmacológica da Excitação Cardíaca.................pg. 140
4.2. Modulação Farmacológica Contração/Relaxamento Cardíaco.....pg. 155
4.3. Farmacologia Contração/Relaxamento do Músculo Liso.......pg. 171
4.4. Neurotransmissores-Transmissão GABAérgica, Glutamatérgica...pg. 179
4.5. Neurotransmissores - Sinapses Serotoninérgicas.....................pg. 190
5. Referências Bibliográficas..............................................................pg.199
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1.1. Farmacocinética - Absorção........................................pg. 4
1.2. Farmacocinética - Vias de Administração.................pg. 10
1.3. Farmacocinética - Distribuição de Fármacos...........pg. 17
1.4. Farmacocinética - Biotransformação de Fármacos..pg. 23
1.5. Farmacocinética - Eliminação de Fármacos.............pg. 26
1.6. Princípios da Ação Medicamentosa...........................pg. 29
1.7. Consequências das Interações Medicamentosas.......pg. 33
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1.1. Farmacocinética - Absorção
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Mecanismos de Transporte
Transporte Ativo – Ocorre com um gasto de energia, aonde o transporte é mediado por
carreadores. Movimento contra o gradiente de concentração e eletroquímico. Apresenta
algumas características como saturabilidade, seletividade
Grau de Ionização
Fármacos em sua forma não ionizada são lipossolúveis (lipossolubilidade relativa) e podem se
difundir mais facilmente através da membrana celular
pKa – É o pH no qual metade do fármaco encontra-se em sua forma ionizada e outra metade
do fármaco encontra-se sobre sua forma não ionizada
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AB (Forma não ionizada – lipossolúvel) ----- A+ + B- (Formas ionizada – hidrossolúveis)
AB – Forma não ionizada – Por ser lipossolúveis, e não possuírem carga, se difundem mais
facilmente através da membrana celular
Para ácidos -> pH = pKa + log [forma não ionizada] / [forma ionizada]
Fármacos ácidos são melhores absorvidos em locais de pH ácidos (estômago), pois neste local
o fármaco se encontra em sua forma não ionizada, facilitando a sua absorção, devido a
ausência de cargas iônicas
BH+ [forma ionizada = não dissociada] ----- B° + H+ [forma não ionizada = dissociada]
Para bases -> pH = pKa + log [forma ionizada] / [forma não ionizada]
Fármacos básicos são melhores absorvidos em locais de pH alcalino, pois neste local o fármaco
se encontra em sua forma não ionizada, facilitando sua absorção, devido a ausência de cargas
4,4 = 1,4 + log [forma não ionizada] / 4,4 = 7,4 + log [forma não ionizada] /
[forma ionizada] [forma ionizada]
3 = log [forma não ionizada] / [forma -3 = log [forma não ionizada] / [forma
ionizada] ionizada]
1000 / 1 = [forma não ionizada] / [forma 1 / 1000 = [forma não ionizada] / [forma
ionizada] ionizada]
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Aprisionamento iônico ( Sequestro Iônico) – É quando um fármaco ácido se acumula no lado
mais básico da membrana e um fármaco básico se acumula do lado mais ácido da membrana
Além de que, o epitélio do estômago está recoberto por uma espessa camada de muco e a
área disponível para absorção é pequena, assim dificultando a absorção de fármacos pelo
estômago
2. Fatores Fisiológicos
Espessura da membrana
Ocorre principalmente quando o medicamento é ingerido via oral, e ocorre em pequena parte
quando a administração do fármaco se da por via retal
Após o fármaco ser absorvido e ir para a veia porta hepática, é levado para o fígado, no fígado
parte do fármaco é depurado (eliminado), assim ocorre uma pequena perda do medicamento
quando ingerido por via oral, antes do fármaco ir então para a circulação sistêmica
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3. Fatores Relacionados ao Paciente
Obesidade , Idade
Pessoas obesas e idosas, absorvem com mais dificuldades os fármacos, devido a maior
presença de tecido adiposo
Biodisponibilidade (F)
É a extensão em que a fração do fármaco alcança seu local de ação, ou liquido biológico
(sangue) a partir do qual tem acesso ao seu local de ação
0 ≤F ≤1
É a concentração mínima eficaz para que o fármaco realize seu efeito terapêutico
Janela Terapêutica ( Índice Terapêutico) – Valor entra a CME (concentração mínima eficaz) e a
concentração tóxica
A área sob a curva (ASC) representa a quantidade do fármaco após a administração de uma
dose
Bioequivalência
É quando dois fármacos possuem o mesmo principio ativo e potencia, a mesma via de
administração, concentração e posologia, e a mesma biodisponibilidade
Equivalência Farmacêutica
Medicamento que possui a mesma dose, mesmo principio ativo , posologia e via de
administração idênticas, mas podem possuir uma biodisponibilidade diferente, não possuindo
bioequivalência
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Medicamento de Referência x Genérico x Similar
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1.2. Farmacocinética – Vias de Administração
Absorção – É a transferência de um fármaco do seu local de administração para um
compartimento central – Chegada do fármaco a circulação a partir do local de administração
Pró-Fármaco – É um fármaco que é administrado na sua forma inativa, que precisa ser
metabolizado para seu metabolito exercer sua função (forma ativa)
Vias de Administração
Vias Enterais
Sólidas
Comprimido – São fármacos em pó que passaram por uma compressão
Cápsulas – Fármacos que apresentam um envolto, geralmente gelatinoso
Drágeas – Comprimidos que possui um revestimento açucarado, geralmente sacarose
Semi-sólidas - Supositórios
Líquidas
Soluções – Apresentam 1 única fase – solução homogênica
Suspensões – Apresentam 2 ou mais fases – solução heterogênea
Xaropes – São açucarados , soluções que geralmente apresentam 1 fase
Via Oral
Vantagens
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Desvantagens
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Via Sublingual
Vantagens
Desvantagens
Via Retal
Vantagens
Quando via oral não é possível para administração, é usado então a via retal
Rápida Absorção – devido a alta vascularização intestinal
Pacientes comatosos (em coma), com vômitos – Uma via de melhor absorção é a retal
Fármacos gástricos irritantes – Podem ser então administrados pela via retal
Efeito de 1° passagem hepática reduzido – O efeito de primeiro passagem para fármacos
administrados via retal é 50% menor do que o de fármacos administrados via oral
Desvantagens
Fármacos administrados via oral e retal passam pelo efeito de 1° passagem hepática, já a via
sublingual não apresenta efeito de 1° passagem, devido a drenagem direta que transporta o
fármaco direto a veia cava
Vias Parenterais
Vantagens Comuns
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Desvantagens Comuns
Vantagens
Desvantagens
Não se pode injetar por via intravenosa soluções oleosas ou insolúveis, pois podem causar
coágulos e embolia
Irreversível – Somente em alguns casos pode se usar uma interação medicamentosa, para
neutralizar o efeito
Reações Adversas – Pois o fármaco pode atingir rapidamente concentrações altas no
plasma e nos tecidos
Necessidade de assepsia do local de administração + utilização de material estéril
Injeção lenta ( Infusão x Bolus)
Infusão – Mantém o acesso venoso, para uma administração constante da medicação
através de uma bomba infusora
Bolus – Única administração (dose)
Dificuldade na auto-medicação
Necessidade de se manter o acesso e uma monitorizarão constante
Manter uma veia pérvia para futuras administrações se necessário
Vantagens
Desvantagens
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Hematomas – Ex: Pacientes que tomam anticoagulantes possuem um maior risco de
apresentar hematomas
Necessidade de assepsia do local e uso de matéria estéril
Agulhas com bisel longo
Via Subcutânea
Vantagens
Desvantagens
Vantagens
Desvantagens
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Outras Vias
Via Intra-Arterial
Vantagens
Desvantagens
Alto Risco
Necessidade de especialistas para utilização desta via
Via Intra-Tecal
Vantagens
Desvantagens
Alto risco
Necessidade de ser realizada por especialistas
Vantagens
Desvantagens
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Via Intra-Articular
Via Intraperitoneal
Vias Tópicas
Pele
Maior absorção de fármacos lipossolúveis (veículos oleosos) – Pele se comporta como uma
barreira lipídica
Hidratação, lesão, queimaduras, aumento de temperatura da pele - Aumentam a absorção
Desvantagens – Devido a alta lipossolubilidade a aplicação em peles lesionadas pode levar
a efeitos tóxicos
Olhos
Efeito local
Soluções estéreis
Pomadas e suspensões diminuem os efeitos indesejáveis
Absorção sistêmica pelo canal nasolacrimal é indesejável - Pois o fármaco absorvido por
drenagem não esta sujeito ao efeito de primeira passagem hepática, podem ocorrer
efeitos farmacológicos sistêmicos indesejáveis
Mucosas
Alta vascularização
Mucosas – Conjuntiva, nasofaringe, orofaringe, colón, uretra, bexiga, vagina
Objetivo – Efeito local
Absorção rápida
Perda Pulmonar- Os fármacos administrados na circulação sistêmica por qualquer via, com
exceção de via intra-arterial, estão sujeitos à eliminação potencial na primeira passagem pelos
pulmões, antes da distribuição para o restante do corpo. Os pulmões também atuam como
filtros para partículas que possam ser administradas via intravenosa e constituem uma via de
eliminação de substancias voláteis
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1.3. Farmacocinética – Distribuição de Fármacos
Distribuição - Processo pelo qual o fármaco sai da circulação sistêmica e alcança os diversos
tecidos alvo
Fase α - Quando a droga sai do plasma para ser distribuída para os tecidos, diminuindo assim a
sua concentração plasmática
Órgãos mais irrigados - possuem um maior a porte de fármacos, devido sua vascularização
Barreira Hematoencefálica
Células endoteliais dos capilares cerebrais não possuem fenestrações (são unidos por junções
de oclusão continuas), além de que, os capilares são recobertos por astrócitos e outras células
gliais dificultando a penetração de fármacos derivados do sangue no SNC
As características peculiares das células endoteliais dos capilares cerebrais e das células gliais
pericapilares constituem a barreira hematoencefálica
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A penetração do fármaco no cérebro então, depende do transporte transcelular, em vez da
transferência paracelular
Barreira Placentária
A transferência dos fármacos pela placenta tem importância fundamental, porque alguns
compostos podem causar anomalias no desenvolvimento do feto
O plasma fetal (pH 7,0) é ligeiramente mais ácido que o plasma materno (pH 7,4), isso pode
provocar o sequestro iônico dos fármacos básico pelo plasma fetal
Então ocorre o risco de aprisionamento iônico para fármacos básicos que a mãe
ingere, esses fármacos podem sofrer o sequestro iônico no plasma fetal
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Ligação a proteínas plasmáticas
Quando ocorrem alterações nas ligações do fármaco com proteínas plasmáticas, o fármaco
livre equilibra-se rapidamente em todo corpo e há apenas alteração transitória na
concentração plasmática da fração livre do fármaco
A ligação de um fármaco às proteínas plasmáticas também limita sua filtração glomerular, pois
este processo filtra a água e o fármaco livre , diminuindo assim a sua concentração plasmática,
já quando o fármaco está ligado a proteínas plasmáticas ele não é filtrado, somente a água é
filtrada, assim ocorre um aumento da concentração plasmática do fármaco
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Grande quantidade fármacos ligados a proteínas -> Baixa distribuição -> Baixa
metabolização/eliminação = Aumenta a duração e ação do fármaco
Exemplo: Varfarina - anticoagulante de uso oral, possui uma afinidade média de 45% a
proteínas plasmáticas transportadoras
Fenilbutazona - anti-inflamatório não esteroidal, possui uma alta afinidade de 99% a
proteínas plasmáticas transportadoras
Ocorre então uma competição entre os 2 fármacos pelas proteínas transportadoras. Como
a Fenilbutazona possui uma maior afinidade (99%) pelas proteínas, a Fenilbutazona ocupa
então as proteínas, assim a Varfarina fica em sua forma livre no plasma (devido à proteínas
transportadoras estarem ocupadas) , aumentando assim a concentração e Varfarina,
podendo chegar a níveis tóxicos
Alguns fármacos acumulam-se nos tecidos em concentrações mais altas do que as detectadas
nos líquidos extracelulares e no sangue
Essa acumulação pode ser atribuída ao transporte ativo, ou mais comumente, a ligação
tecidual
A ligação tecidual dos fármacos ocorre com os componentes celulares como proteínas,
fosfolipídios ou proteínas nucleares e geralmente é reversível
Uma fração expressiva do fármaco no corpo pode estar ligada dessa forma a diversos
tecidos, e essa ligação funciona como reservatório, que prolonga a ação do fármaco
nesse mesmo tecido ou em locais distantes, depois do transporte pela circulação
sanguínea
Muitos fármacos lipossolúveis são armazenados por solubilização física na gordura neutra
Em indivíduos obesos, o teor de gordura no corpo pode chegar a 50% e em pessoas magras a
gordura constitui 10% do peso corporal. Por essa razão, o tecido adiposo pode funcionar como
reservatório para os fármacos lipossolúveis
Exemplo - Até 70% do tiopental (fármaco altamente lipossolúvel) podem estar presentes na
gordura corporal, cerca de 3h depois da administração, quando as concentrações plasmáticas
são inexpressivas e não há efeitos anestésicos detectáveis
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Ossos como reservatório
Os antibióticos do grupo tetraciclina e os metais pesados podem acumular-se nos ossos por
adsorção a superfície dos cristais ósseos e por incorporação final à sua estrutura cristalina
Os ossos podem tornar-se reservatórios para a liberação lenta de agentes tóxicos como
chumbo ou rádio para o sangue, por essa razão os efeitos desses tóxicos podem persistir por
muito tempo depois de cessada a exposição
Redistribuição
Administração (dose) -> Sangue -> Distribuição -> Cérebro ->Sangue -> Redistribuição ->
Músculos/Tecido Adiposo ou Biotransformação/Eliminação
Parâmetro importante para determinar a dose do fármaco que deve ser administrada
Vd = Q / Cp
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Fármacos de alto peso molecular e alta afinidade a proteínas - Se encontram no plasma
Fármacos de baixo peso molecular e hidrofílicos - Se encontram no plasma e liquido
intersticial
Fármacos de baixo peso molecular e hidrofóbicos - Se encontram no plasma, liquido
extracelular e intracelular
Baixa distribuição - Ocorrem com fármacos de baixo peso molecular e alta afinidade a
proteínas plasmáticas, e são fármacos hidrofílicos
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1.4. Farmacocinética - Biotransformação de Fármacos
São reações que possuem o objetivo de tornar o fármaco mais hidrossolúvel possível, para ser
eliminado na urina
O metabolismo dos fármacos tem como função gerar metabólitos mais hidrofílicos, e é
essencial a sua eliminação do organismo, bem como a cessação das suas atividades biológicas
e farmacológica, gerando metabólitos inativos e mais polares, facilmente excretados
Biotransformação
Enzimas Microssomais
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São oxidases de função mista
Ocorre uma ligação covalente a um grupo substituinte - Conjuga uma molécula polar
endógena ao fármaco. Ex- Ácido glicurônico, Sulfato, Metila
A maioria das enzimas das reações de Fase II se localizam no Citoplasma
Metabólito geralmente é inativo, e hidrossolúvel
Enzimas Não-Microssomais
Reações de Fase II
1. Doenças
Hepatopatias - Afetam Isoformas do CYP (Fase II)
Insuficiência Cardíaca severa, Choque - Diminuem a perfusão hepática, afetando enzimas
hepáticas
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2. Polimorfismo Genético
Diversidade genética das formas enzimáticas - Aumentam ou diminuem a capacidade
catalítica
Frequência de variantes alélicos varia de acordo com a raça
3. Sexo - Não Influencia
Gravidez - Indução de enzimas
Contraceptivos orais - Inibição potente da CYP 450
4. Idade
Neonatos - Possuem um baixo grau de amadurecimento das enzimas hepáticas ( Afeta
mais as reações de Fase II)
Idosos - Apresentam falências de enzimas hepáticas (Afeta mias as reações de Fase I)
5. Fatores Ambientais
Interações medicamentosas ou medicamento-alimento
Inibição - Competitiva ou Não Competitiva
Ex - Simetidina, Eritromicina, Cetoconazol
Indução
Administração repetida de um fármaco
Aumenta a síntese, ou degradação de enzimas microssômicas
Ex - Etanol, Omeprazol, Tabagismo
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1.5. Farmacocinética - Eliminação de Fármacos
Retirada de H20 - Os compostos polares são eliminados com maior eficiência do que
substâncias com alta lipossolubilidade, que podem sofrer reabsorção
1. Excreção Renal
Fatores que alteram a depuração renal - Hipovolemia, Cardiopatias, Insuficiência Renal Aguda
A) Filtração Glomerular
Parâmetros que influenciam a filtração glomerular
Taxa de Filtração Glomerular (TFG)
Peso Molecular do Fármaco
Extensão da ligação a proteínas plasmáticas
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C) Reabsorção Tubular Passiva
pH ácidos - Fármacos básicos se encontram mais em sua forma ionizada, facilitando sua
excreção, e diminuindo a sua reabsorção tubular passiva
pH alcalinos - Fármacos ácidos se encontram mais em sua forma ionizada, facilitando sua
excreção, e diminuindo a sua reabsorção tubular passiva
Metabolização no Fígado
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Farmacocinética Clínica
A farmacocinética clínica tenta estabelecer tanto uma relação quantitativa entre dose e efeito,
quanto uma estrutura básica que permita interpretar as determinações das concentrações dos
fármacos nos líquidos biológicos para o bem do paciente
Volume de Distribuição (Vd) - Indica a distribuição aparente do fármaco por todos os tecidos
extravasculares. É calculado se analisando a dosagem administrada e a concentração
plasmática do fármaco no tempo 0 da fase de eliminação, se analisa essa concentração
plasmática realizando um extrapolamento da curva para o tempo 0 na fase beta
Tempo de Meia-Vida Beta (T ½ ) - É o tempo que leva para a droga decair em de 50% da sua
concentração plasmática
Fornece uma boa indicação do tempo necessário para alcançar o estado de equilíbrio estável
Dose de Ataque - Indica uma maneira para que se atinja a concentração de equilíbrio estável
de um forma mais rápida. Necessita de saber o Vd (Volume de Distribuição) e a Css
(Concentração de Estado de Equilíbrio)
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1.6. Princípios da Ação Medicamentosa
Farmacodinâmica - Realiza o estudos do efeitos bioquímicos e fisiológicos das drogas e dos
seus mecanismos de ação no organismo
Antagonista - Não gera resposta celular, bloqueia o receptor e não gera efeito
Agonista Inverso - Se liga preferencialmente a forma inativa do receptor, e gera efeito inverso
ao agonista. Não existe função terapêutica para agonista inverso - Agonista inverso possui
eficácia
Receptores Farmacológicos
Canais Iônicos
Enzimas
Tipos de Receptores
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1. Ionotrópicos - Canais Iônicos controlados por ligante
Receptor Nicotínico
Proteína G (Gs,Gi,Gq)
São ativadas a partir da troca de seu GDP por uma molécula de GTP, assim ocorre o
desligamento de sua subunidade alfa das subunidades beta e gama
A partir da hidrólise do GTP para GDP, a proteína G tem seu atividade cessada
Gs - A subunidade alfaS se desliga das subunidades beta e gama, e irá ativa a enzima
adenilil ciclase, que aumentará os níveis de AMPc intracelular, e assim ativará uma quinase
com função fosforilativa a Quinase A (PKA)
Gi - A subunidade alfaI se desliga das subunidades beta e gama, e irá inibir a enzima
adenilil ciclase, assim diminuindo os níveis intracelular de AMPc, realizando então uma
inibição da PKA
Gq - A subunidade alfaQ se desliga das subunidades beta e gama, e irá ativar a enzima
Fosfolipase C (PLC), a fosfolipase C irá catalisar reações que formarão como subtrato
Inositol Trifosfato 3 (IP3) e Diácil-glicerol (DAG), aumentando os níveis de IP3 e DAG, irá
ocorrer uma ativação da Quinase C (PKC)
Go - Seus efeitos ainda são obscuros, os efeitos dessa proteína G devem estar relacionados
principalmente as subunidades beta e gama
Receptor Beta adrenérgico - Ativa Proteína Gs - Ativando PKA ,que abre canais de Ca+
voltagem-dependentes e fecha canais de K-
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Receptor Alfa2 Adrenérgico - Ativa Proteína Gi - Diminuindo os níveis de AMPc e inibindo a
PKA - Não abrindo os canais de Ca+ , e deixando os canais de K- abertos
A partir da ação do agonista, ativa o resíduo de Tirosina que dimeriliza o receptor, isto
atrai proteínas com domínio SH²
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Proteínas com resíduo SH² se ligam aos resíduos de tirosina, que ativa a cascata RAS-RAF-
MAP-Quinase, que levam a produção de várias fatores de transcrição, promovendo a
transcrição gênica (diferenciação/proliferação celular)
Agonistas de Receptores Catalíticos - Citocinas - Se liga a receptores, promovendo a
fosforilação do resíduo de Tirosina, ativa a quinase JAK. A Quinase JAK ligada ao resíduo
de Tirosina fosforilada, ativa STAT que produz fatores de transcrição, que vão induzir a
proliferação de células de defesa
4. Receptores Nucleares
Domínio de ligação do DNA - “ Dedos de Zinco”
Os receptores nucleares são restritos a fármacos lipossolúveis
Fatores de transcrição ativados por ligantes, traduzem os sinais através da modificação da
transcrição gênica
Possui 4 módulos
AF1
N-Terminal - Região Co-ativadora de AF1 - É onde ocorre a ligação com o fármaco agonista
Domínio Central de ligação ao DNA com “dedos de zinco” - Aonde se liga ao DNA
Região de dobradiça
AF2
Domínio de ligação ao ligante - Região Co-ativadora de AF2 - Pode -se ligar ao fármaco ou
chaperonas
Chaperona - Mantém o receptor em repouso no citoplasma, quando o receptor não está
ligado a agonistas. Estabilizando o receptor
Classe I
Presentes no citoplasma
Ligantes principalmente endócrinos
Exemplos de Receptores Classe I - Glicocorticoides, Mineralocorticoides, Estrógenos,
Prolactina
Classe Hibrida
Classe II
Presentes no núcleo
Ligantes principalmente lipídios
Detectam aumentos nos níveis de substancias
Exemplos de Receptores de Classe II - Retinoide ( Ácido B-cis-retinoico, Vitamina A),
Farnenoide (Ácidos biliares), Oxiesterol Hepático (Oxiesterois), Ativador de proliferação de
peroxissomos (Ácidos Graxos)
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1.7. Consequências das Interações Medicamentosas
Dose -- Farmacocinética --> Concentração Efetiva ---- Farmacodinâmica ---> Efeito
Indiferença Farmacológica
Exemplos
Interação Fármaco-Receptor
Agonista - E ≠ 0 Antagonista - E = 0
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Fármaco A Agonista + Receptor Complexos Fármaco-Receptor Complexo Fármaco-
Receptor Ativado Resposta
Estímulo Limiar - Número mínimo de receptores que devem ser ocupados para que se haja
um estímulo suficiente para gerar um efeito
Receptor de Reserva - Número de receptores que não são necessário ser ocupados para
que se gere um Emáx
Gráfico em escala linear - É uma hipérbole, este gráfico apresenta uma dificuldade para
observar variações pequenas de valores
Gráfico Duplo Recíproco - Apresenta os valores invertidos é útil para observar os valores de Kd
e Emáx. Corta o eixo Y no valor inverso ao do Kd (CE 50) e o eixo X no valor inverso ao Emáx
Gráfico em Escala Logarítmica - O é gráfico mais utilizado para representações de curva dose
resposta, é útil para se observar pequenas variações do efeito em relações a doses
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Eficácia - (Atividade Intrínseca, Efeito máximo, Emáx) - Resposta máxima produzida pelo
fármaco
Uma inclinação acentuada da significa que mínimas variações na dose podem causar grandes
variações no efeito do fármaco
Relação Kd = DE 50
A diferença entre agonistas totais e parciais reside na relação entre ocupação e resposta
O agonista parcial possui efeito menor que 1 (0 < E < 1), mesmo que todos os receptores sejam
ocupados
Agonista Inverso - Emáx < 0, possui efeito oposto ao agonista. Possui afinidade e eficácia
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Ex - Benzodiazepínicos potencializando os efeitos do GABA produz uma ação ansiolítica. A
betacarbolina ligando-se no mesmo receptor produz ansiedade, impedindo a ligação do GABA
ao receptor, e produz um efeito inverso ao produzido pelo GABA
Antagonismo - Emáx = 0
Antagonismo Químico
São reações químicas entre substâncias, onde uma impede a ação do outra
Antagonismo Farmacocinético
Não há competição pelo mesmo sítio de ligação, e a afinidade do agonista (Kd) não se
altera
Redução da resposta máxima, mesmo na presença de altas concentrações do agonista
Não há descolamento da curva para a direita
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Ex - Noradrenalina - B1 no coração - Provoca o Influxo de Ca+ / Verapramil - Bloqueia os
canais de Ca+
Antagonismo Fisiológico
Sinergismo
O Emáx ultrapassa o Emáx de um dos fármacos sinérgicos, mas não ultrapassa o Emáx dos
dois fármacos somados
Ex - Paracetamol + Codeína
Potencialização - E > 2
O Emáx final é maior que a soma dos efeitos individuais dos 2 fármacos
Ex - Adrenalina + Lidocaína; Álcool com alguns fármacos
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Índice Terapêutico
Define a segurança de um fármaco. Quanto mais distante da dose letal, maior a segurança
Índice Terapêutico - DL 50
DE 50
DL 50 - Dose letal, capaz de produzir óbitos (letalidade) em metade da população (50%)
experimental
DE 50 - Dose necessária para se produzir efeito em (50%) metade da população
experimental
Ex - Contrastes Iodados
Ex - Contrastes Iodados
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2.1. Modulação Farmacológica da Transmissão Adrenérgica .....pg. 40
2.2. Usos Terapêuticos das Aminassimpaticomiméticas.............pg. 50
2.3. β-Bloqueadores..............................................................pg. 59
2.4. α -Bloqueadores.............................................................pg. 65
2.5. Modulação Farmacológica da Transmissão Colinérgica.....pg. 73
2.6. Bloqueadores Colinérgicos........................................pg. 81
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2.1. Modulação Farmacológica da Transmissão Adrenérgica
Ações Parassimpático
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Atua sobre músculo cardíaco e liso, células glandulares, terminações nervosas glândulas
sudoríparas e músculo liso vascular renal
Eixo Toráco-Lombar
Luta ou Fuga - Estresse, Exercício
Exceções
Glândulas Sudoríparas - Fibras Colinérgicas - Liberam Acetilcolina
Vasculatura Renal - Dopamina - Age sobre receptor de dopamina - D1
Ações Simpático
Parassimpático Simpático
Fibra Pré-ganglionar Longa Curta
Colinérgica - Libera Acetilcolina Colinérgica - Libera Acetilcolina
Todas as fibras pré-ganglionares são colinérgicas (liberam acetilcolina) atuando no receptor nicotínico no
gânglio, tanto no simpático como no parassimpático
Fibra Pós-ganglionar Curta Longa
Colinérgica - Libera Acetilcolina Adrenérgica - Liberam Adrenalina e
Noradrenalina
Receptores Receptores Muscarínicos no órgão efetor Receptores alfa e beta adrenérgicos no
Receptor M1, M2, M3, M4, M5 órgão efetor
Parassimpático Simpático
Predominância Saciedade / Repouso Luta / Fuga
Digestão / Defecação / Diurese Estresse/ Emergência / Exercício
Catecolaminas
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Síntese de Noradrenalina
Glândula Adrenal
Na medula adrenal, atuam as fibras pré-ganglionares simpáticas que liberam acetilcolina que
atua sobre receptores muscarínicos, e age estimulando a Tirosina Hidroxilase, para aumentar a
síntese de catecolaminas (noradrenalina e adrenalina)
Córtex Adrenal
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Transportador Vesicular de Monoaminas - Realiza o transporte da noradrenalina para uma
vesícula após ser sintetizada nas células pré-sinápticas
Reserpina - Inibe que a Noradrenalina entre nas vesículas, logo se ela não entra, ela não é
liberada, diminuindo os níveis livres de noradrenalina. Reserpina pode ser um causador de
depressão. É usada para diminuir a pressão (anti-hipertensivo)
Liberação de Catecolaminas
A Noradrenalina é liberada dessas vesículas ( que estão nas células pré-sinápticas) através de
um estimulo
Agonistas alfa-2 adrenérgicos - Ativam Proteína Gi, que inibirá a enzima adenilil ciclase,
diminuindo os níveis intracelulares de AMPc, não abrindo canais de Ca+, diminuindo o Ca+
intracelular, diminuindo assim a exocitose de neurotransmissores catecolaminas
Destinos da Noradrenalina
Quando ocorre a liberação de noradrenalina, ela pode atuar nos receptores alfa e beta. Ela
também pode voltar para a célula que a sintetizou e liberou, por meio da Captura 1, podendo
ser vesiculada novamente ou degrada pela MAO, que está presente na célula que sintetiza
Noradrenalina / Adrenalina
Ela também pode sofrer Captura 2 na célula pós-sináptica, não atuando nos receptores alfa e
nem beta, sendo degrada pela enzima COMT que está presente nas células pós-sinápticas
(nunca presente nas células pré-sinápticas). Nessa Captura 2, a noradrenalina pode ser
degrada tanto pela MAO como pela COMT
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Antidepressivos Tricíclicos - São inibidores da Captura 1, diminuindo a degradação de
Noradrenalina pelas células pré-sinápticas pela enzima MAO, assim aumentando a
disponibilidade de Noradrenalina
Anfetaminas
Captação 1 Captação 2
Neuronal Extraneuronal
Vmáx Baixa taxa e alta afinidade Alta taxa e baixa afinidade
Especificidade Noradrenalina > Adrenalina Adrenalina > Noradrenalina
Localização Membrana Pré-Sináptica Membrana Pós-Sináptica
(Neuronal) (Órgão Efetor)
Outros Substratos Me-NA, Tiramina Noradrenalina, Dopamina,
Serotonina, Histamina
Inibidores Cocaína, Antidepressivos Corticosterona,
Tricíclicos, Ritalina, Fenoxibenzamina,
Desipromina, Normetanfetamina
Fenoxibenzamina
Degradação da Noradrenalina
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MAO - Monoamino oxidase - Está presente nas mitocôndrias dos neurônios pré-sinápticos.
Degradam monoaminas e não são seletivos. Catecolaminas recaptadas pela Captação 1 são
degradas nas células pré-sinápticas via MAO
MOPEG - 3-metoxi-4-hidroxifeniletilenoglicol
Bloqueio de Receptores
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Receptores Adrenérgicos - São todos Metabotrópicos
Alfa 1 - Está associado a proteína Gq, quando ativada a subunidade alfaq se desliga da
subunidade beta e gama. A subunidade alfaq irá ativar a fosfolipase C (PLC). A fosfolipase C
ativa produz os segundos mensageiros IP3 e DAG. DAG irá ativar a proteína quinase C (PKC)
que irá fosforilar outras proteínas, já o IP3 irá aumentar a concentração de Ca+ intracelular,
formando assim, o complexo Ca+Calmodulina
Alfa 2 - Está associado a proteína Gi, quando ativada a subunidade alfai se desliga da
subunidade beta e gama. A subunidade alfai irá inibir a enzima adenilil ciclase, diminuindo
assim os níveis intracelulares de AMPc, assim não irá ativar a abertura de canais de Ca+,
dificultando a exocitose de neurotransmissores. O receptor adrenérgico alfa 2 também esta
associado a proteína Go, que inibe os canais de Ca+, impedindo a exocitose de
neurotransmissores
O receptor Alfa 2 está localizado tanto na membrana pré-sináptica, como na membrana pós-
sináptica
Beta 1,2,3 - Está associado a proteína Gs, quando ativada sua subunidade alfas se desliga da
subunidade beta e gama. A subunidade alfas irá ativar a enzima adenilil ciclase, aumentando
os níveis intracelulares de AMPc, pela conversão de ATP em AMPc catalisada pela enzima
adenilil ciclase, este aumento de AMPc provoca a ativação da proteína quinase A (PKA), que irá
produzir a fosforilação de outras proteínas, gerando as respostas celulares, que pode ser a
abertura de canais de Ca+
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Ações - Sistema Nervoso Autônomo Simpático
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Efeito Noradrenalina - Adrenalina - Isoproterenol
Aumenta Frequência de Pulso - Aumento do Débito Cardíaco - Isso ocorre devido a ação
da adrenalina sobre os receptores beta 1, que promovem o aumento da frequência
cardíaca (cronotrópico positivo)
Diminui Resistência Vascular Periférica - A adrenalina age sobre receptores beta2 que
promovem o relaxamento da musculatura lisa vascular, diminuindo assim a resistência
vascular periférica
Mantém Pressão Arterial Média -A adrenalina promove um queda pressão diastólica
devido ao efeito provocado no receptor beta2 que promove o relaxamento da
musculatura lisa vascular, assim diminuindo a resistência vascular. E também ocorre um
aumento da pressão sistólica, provocado por sua ação em receptores beta1, que aumenta
a força de contração e frequência cardíaca
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Ações do Simpático - Metabolismo
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2.2. Usos Terapêuticos das Aminassimpaticomiméticas
Ação Direta - Age diretamente sobre os receptores alfa e beta
Ação Mista - Age tanto de forma direta agindo sobre os receptores, e também age
indiretamente, aumentado a liberação ou diminuindo a degradação de catecolaminas
1) Catecolaminas Endógenas
Catecolaminas - Possuem anel catecol. Este anel catecol torna as catecolaminas polares, por
esse motivo não ultrapassam a barreira hematoencefálica, assim não chegam ao SNC
Catecolaminas não podem ser administradas por via oral, pois sofrem degradação por enzimas
presentes no trato gastrointestinal
Adrenalina
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Dopamina
Indicada para pacientes com problemas renais, mas deve-se tomar cuidado com a volemia
Usos Terapêuticos
Efeitos Indesejáveis
Náuseas Angina
Vômitos Arritmias
Taquicardia - Beta1
Vasoconstrição Periférica - Pode gerar hipóxia tissular (mais comumente com adrenalina)
Farmacocinética
Por via oral não possui efeitos, pois é degrada pela MAO e COMT, no Trato Gastrointestinal
Administração Intravenosa (IV)
Necessidade de se monitorar a Pressão Arterial e Eletrocardiograma, juntamente com a
diurese
Interromper o uso quando houver grande queda do volume da urina (diurese), ou
aumento expressivo da frequência cardíaca, ou devido a presença de arritmias
T ½ = 2 min
2) Agonistas Alfa1 Seletivos
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Pouco uso Clínico - Indicado em alguns casos de Hipotensão (Administração Intravenosa)
T ½ - 1h
Uso Clínico
Efeitos Adversos
Pré-Sináptico - O Receptor alfa2 está ligado a proteínas Gi e Go, e quando ativado, age
inibindo a enzima adenilil ciclase, diminuindo os níveis intracelulares de AMPc, não ativando
canais de Ca+, impedindo a liberação de noradrenalina nas fibras pré-sinápticas
Farmacocinética
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Clonidina
Efeito Farmacológico
Usos Terapêuticos
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4) Agonistas Beta Não Seletivos - Agem tanto em receptores Beta1 como receptores Beta2
Dopamina
Usos Terapêuticos
Efeitos Adversos
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Aumento da taxa de resposta ventricular em paciente com fibrilação atrial
Possibilidade de desenvolvimento de ativação ventricular ectópica, o normal é no Nó
Sinoatrial
Farmacocinética
Administração - Intravenosa
T ½ - 2 min - Não se faz dose de ataque, já que sua meia vida é curta
Efeitos Farmacológicos
Usos Terapêuticos
Efeitos Adversos
Palpitações (Beta1)
Taquicardia Reflexa
Cefaleia
Ruborização da pele - Vasodilatação Periférica
Isquemia Cardíaca - Principalmente coronariopatias, devido ao grande aumento do
consumo de O2 pelo coração
Arritmias
Efeitos Farmacológicos
Broncodilatação
Diminui a resistência das vias aéreas
Diminui a liberação de leucotrienos,histamina e outros mediadores inflamatórios dos
mastócitos
Aumento da função mucociliar
Diminui a permeabilidade microvascular - Devido a diminuição da liberação de mediadores
inflamatórios pelos mastócitos
Normalmente usado para efeitos locais
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Farmacocinética
Administração preferencial via inalatória (aerosol) para efeitos locais - Ex: Tratamento da Asma
Usos Clínicos
Efeitos Adversos
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Noradrenalina age preferencialmente receptores alfa
Efeitos Farmacológicos
Potencial de Abuso
Usos Clínicos
Tratamento
Dependência e Tolerância
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Tolerância - Necessidade do uso de doses crescentes, é mais comum em indivíduos
dependentes
Reserpina - Evita a vesiculação da noradrenalina. Provoca então a redução dos efeitos pela
depleção da noradrenalina das terminações pré-sinápticas
Imipramina - Redução dos efeitos por impedimento da captação pelas terminações nervosas
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2.3. Inibidores da Função Adrenérgica - β-Bloqueadores
Propriedades Farmacológicas
Bloqueio β1
Bloqueio β2
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Redução do Tônus Simpático
Receptor β2 Pré-Sináptico - Efeito Excitatório - Estimula a liberação de noradrenalina
O Bloqueio de β2, faz com que se prevaleça o efeito de α2 pré-sináptico, promovendo
uma queda na liberação de catecolaminas e uma redução do tônus simpático
Redução da Glicogenólise e Gliconeogênese
Hipoglicemia - Redução da Glicemia
Cuidado em Pacientes Diabéticos Insulino-Dependentes - Pois o paciente não irá
perceber os sinais do quadro hipoglicêmico
Sinais da Hipoglicemia - Taquicardia , Tremores
O Uso de Bloqueadores β Não Seletivos, impede que o paciente diabético insulino-
dependente perceba os sinais de uma quadro de hipoglicemia
Bronconstrição
Relevante em pacientes que já tenham doenças pulmonares
Relevante em pacientes com Asma ou Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
(DPOC)
Em pacientes com Asma ou DPOC - Utilizar β-Bloqueadores seletivos para β1 - Para
evitar o efeito de Bronconstrição
Usos Terapêuticos
Doenças Cardiovasculares
Principais indicações dos β-Bloqueadores
Hipertensão Arterial
Efeito Bloqueio β1
Efeito Bloqueio β2
Isquemia Miocárdica, Doença Arterial Coronariana, Miocardia Hipertrófica
Angina Pectoris
Redução do gradiente de saída
Redução do consumo de O2 pelo miocárdio
Redução do trabalho cardíaco
Arritmias Cardíacas
Controle da Frequência Ventricular
Redução da Condução Átrio-Ventricular
Cuidado em pacientes que já usam antiarrítmicos - Pode causar bradicardia severa e
chegar à óbito
Insuficiência Cardíaca Compensada
Exceto na Insuficiência Cardíaca Congestiva Descompensada
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Uso SOMENTE em Insuficiência Cardíaca Compensada - A Insuficiência Cardíaca
Compensada, é quando o sistema simpático já está ativado, auxiliando no prognóstico
da Insuficiência
A longo prazo - Insuficiência Cardíaca Crônica - Hipertrofia Cardíaca, começa a
promover áreas de fibrose, fazendo uma remodelação cardíaca
β-Bloqueador - Reduz a remodelação cardíaca, aumentando a sobrevida dos
pacientes
Resposta Terapêutica mais evidente quando o tônus adrenérgico está aumentado
Cuidado com o uso após ter se instalado a remodelação cardíaca (fibrose), que é um
processo irreversível. Cuidado com o uso exarcebado
Outros Usos
Hipertireoidismo
Efeitos semelhantes a atuação simpática no hipertireoidismo
No Hipertireoidismo - Aumenta a expressão de receptores β-Adrenérgicos
Redução da ação resultante do aumento da expressão dos receptores β-Adrenérgicos
Inibição da conversão de T4 em T3
Reduz as arritmias induzidas pela Hiperatividade Adrenérgica
Profilaxia da Enxaqueca
Fisiopatologia da Enxaqueca - Atividade aumentada da via Serotoninérgica
Redução da ativação da via Serotoninérgica
β-Bloqueador não tem efeito terapêutico no tratamento da fase aguda da enxaqueca
Relacionado a receptores β2
Controle dos Sintomas Agudos do Pânico - Tremor e Taquicardia
Ocorre por hiperativação adrenérgica - Em transtornos do pânico
Controle desta hiperatividade adrenérgica
Glaucoma
Redução da produção do Humor Aquoso
Favorece a Miose - Aumento do escoamento/drenagem do Humor Aquoso
Prevenção Primária de Sangramentos por Varizes Esofágicas nos pacientes com
Hipertensão Portal causada em casos de Cirrose Hepática
Feocromocitoma Pré-operatório
Primeiro deve ser administrados Bloqueadores α, para evitar o efeito colateral do Bloqueio β
Efeitos Adversos
Bloqueio β1
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Bloqueio β2
Broncoconstrição
Em pacientes Asmáticos ou que sofrem de Doenças Pulmonares Obstrutivas Crônicas
(DPOC)
Aumento da resistências das vias respiratórias em pacientes com doenças
broncoespásticas
Atraso da recuperação da hipoglicemia induzida pela Insulina
Evitar Efeito Rebote - A retirada do uso de fármacos β-Bloqueadores após o tratamento, deve
ser gradual após o uso prolongado
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Fármaco Bloqueio ASI C.P.L/A F (Vo) T ½ (h)
Celiprolol β1 β2 - 0,30 5
Metoprolol β1 0 2,15 0,40 3-7
Atenolol β1 0 0,23 0,50 6-7
Esmolol β1 0 - - 0,15
Acebutolol β1 + 1,9 0,40 3-4
Farmacocinética
Atenolol Sotalol
Nadolol Carteolol
Fármacos que promovem a Indução de Enzimas Microssomais
Interações Medicamentosas
Farmacodinâmicas
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Propriedades Farmacológicas e Farmacocinéticas dos β-Bloqueadores
β-Bloqueador de 2° Geração
Seletivos - Receptores β1
Acebutolol Esmolol
Atenolol Metropolol
Bisoprolol
β-Bloqueador de 3° Geração
Realizam o bloqueio de receptores β, além de apresentam outros efeitos em outros
receptores
Ações adicionais destes β-Bloqueadores de 3° Geração é detectável apenas em doses muito
maiores do que as necessárias para o Bloqueio β
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2.4. Inibidores da Função Adrenérgica - α -Bloqueadores
Bloqueadores α1 - Seletivos
Bloqueio α1
Usos Terapêuticos
Hipertensão Arterial
Bloqueadores adrenérgicos α1 seletivos¸ não possuem ação sobre os receptores α2, assim,
não promovem um aumento da liberação de catecolaminas das terminações nervosas
simpáticas no coração, esse fato associado a redução da pré-carga explica a ausência de
taquicardia reflexa
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Insuficiência Cardíaca Congestiva
O efeitos dos antagonistas α1 a curto prazo, são decorrentes da dilatação das artérias e veias,
com consequente redução da pré-carga e da pós-carga, aumentando o débito cardíaco e
diminuindo a congestão pulmonar
Síndrome de Raynaud
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Bloqueadores adrenérgicos α1 seletivos - A ação destes fármacos, bloquearia os
receptores adrenérgicos α1, impedindo a estimulação simpática de receptores hiperativos ou a
estimulação de uma grande quantidade de receptores α1 presente no músculo liso dos vasos
sanguíneos da pele em respostas termorregulatórias a temperaturas frias, assim impedindo a
intensa vasoconstrição, que provocaria uma queda no fluxo sanguíneo por esses vasos,
evitando a cianose e isquemia ocasionada por essa queda do fluxo sanguíneo
Aterosclerose - Tem inicio a partir de uma lesão endotelial, a partir desta lesão endotelial,
ocorre uma infiltração de LDL na túnica íntima das artérias, o LDL presente no interior das
artérias da inicio ao processo formação da placa de ateroma. Altas concentração plasmáticas
de LDL, associado a hipertensão favorecem assim o surgimento da Aterosclerose,
Bloqueadores adrenérgicos α1 seletivos, diminuem esta concentração de LDL além também de
possuírem efeitos terapêuticos no tratamento da pressão arterial, prevenindo a doença
aterosclerótica
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Efeitos Adversos
Hipotensão Postural
Vasodilatação provoca uma queda da Resistência Vascular Periférica, provocando uma
queda da Pressão Arterial, que é mais evidente quando o paciente se encontra em
posição ortostática
Síncope - Desmaio
Causada devido a queda da Pressão Arterial
Cefaleia
Tontura
Astenia
Fármacos
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α1. Efeitos adversos como tonturas, hipotensão ortostática e ejaculação retrógada podem
ocorrer
Bloqueadores α2 - Seletivos
Bloqueio α2
Usos Terapêuticos
Disfunção Erétil
Iombina age bloqueando receptores adrenérgicos α2 localizados em pequenos vasos
penianos, assim impedindo a contração destes pequenos vasos, promovendo uma
vasodilatação, e facilitando o fluxo de sangue para o interior do corpo
cavernoso
Efeitos Centrais - Aumenta o Libido, auxilia no tratamento de pacientes com
Disfunção Erétil
Neuropatia Diabética
Hipotensão Postural
Efeitos Adversos
Fármacos
Iombina
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Bloqueadores α - Não Seletivos
Pressão Arterial - A ação dos bloqueadores α-adrenérgicos não seletivos sobre receptores
α-adrenérgicos localizados nos vasos sanguíneos provoca, um bloqueio da ação das
catecolaminas sobre estes receptores. Catecolaminas agindo sobre estes receptores
provocariam uma constrição aumentando a Resistência destes vasos e aumentado assim a
Pressão Arterial. Com o bloqueio destes receptores, deixará de ocorrer a vasoconstrição,
podendo o vaso sofrer uma vasodilatação, causando uma Hipotensão, que no caso da
fenoxibenzamina e fentolamina é mais evidente quando o paciente está em posição ortástica,
denominada de Hipotensão Postural.
Efeitos Adversos
Hipotensão Postural
Taquicardia Reflexa
Arritmias Cardíacas
Eventos isquêmicos cardíacos - Infarto Agudo do Miocárdio
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Estimula a musculatura lisa do TGi, e também aumenta a secreção gástrica devido
em parte a liberação de histamina - Usada com cautela em pacientes com historia de
úlcera péptica
Usos Terapêuticos
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Controle de curta duração da Hipertensão Arterial em pacientes com Feocromocitoma
Pode causar como efeito adverso a hipotensão postural e priapismo (ereção prolongada e
dolorosa). Injeções intrapenianas repetitivas podem causar reações fibróticas
Fármacos
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2.5. Modulação Farmacológica da Transmissão Colinérgica
Parassimpático
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Receptores Pós-Sinápticos
Receptores Nicotínicos
Receptores Nicotínicos
Receptores Muscarínicos
Receptores Muscarínicos
Receptor M1
Proteína Gq - Ativa Fosfolipase C - Produz Segundos Mensageiros - IP3 e DAG - DAG ativa PKC,
que irá fosforilar outras proteínas - IP3 aumenta a concentração de Ca+ Intracelular
M1 Proteína Gq Fosfolipase C IP3 + DAG
IP3 Aumenta o Ca+ Intracelular
DAG PKC Fosforila Substratos
M1 - Importante no Aprendizado e Memória (Córtex e Hipocampo)
Células Parietais - Regula a secreção de HCl
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Receptor M2
Proteína Gi - Inativa Adenilil Ciclase - Diminui os níveis intracelulares de AMPc - Não irá ativar a
abertura de canais de Ca+
M2 Proteína Gi Inativa Adenilil Ciclase Diminui níveis intracelulares de AMPc
Não abre canais de Ca+
Receptor M2 Pré-Sináptico - Favorece a Hiperpolarização da célula, através da abertura de
canais de K+ - Inibe a liberação de Acetilcolina
Cardíaco -Diminui a Frequência Cardíaca
Receptor M3
Localização - Presente na maioria dos tecidos - Glândulas Exócrinas, Músculo Liso e Vaso
Proteína Gq - Ativa Fosfolipase C - Produz Segundos Mensageiros - IP3 e DAG - DAG ativa PKC,
que irá fosforilar outras proteínas - IP3 aumenta a concentração de Ca+ Intracelular
M3 Proteína Gq Fosfolipase C IP3 + DAG
IP3 Aumenta o Ca+ Intracelular
DAG PKC Fosforila Substratos
Músculo Liso Brônquio - Broncoconstrição
Vasodilatação - Pois promove a liberação de NO pelas Células Endoteliais
Músculo Liso - Contração Trato Gastrointestinal - Peristalte
Junção Neuromuscular
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Agentes Colinomiméticos
Propriedades Farmacológicas
Página 76
Usos Terapêuticos
Agonista Indicação
Betanecol Atonia Gástrica Pós-Operatória
Betanecol Íleo Paralitico
Betanecol Retenção Urinária Pós-Operatória e Pós-Parto
Pilocarpina Xerostomia após radiação da Cabeça e Pescoço
Pilocarpina Tratamento do Glaucoma de Ângulo Aberto
Crise de Glaucoma de Ângulo Fechado
Reversão da adesão da Íris com a Lente quando associado a Midríaticos
Estudos para agonistas Doença de Alzheimer
M1 Seletivos
Contra-Indicações
Efeitos Adversos
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Drogas de Ação Indireta
Acelticolinaesterase
Reversíveis
Edrofônio
Amebomônio
Neostigmina
Fisotigmina
Piridostigmina
Irreversíveis - Organosfosfarados
DFP
Tabun, Sarin, Soman - “Gases dos Nervos”
Paration
Malation
TEPP
Ecotiofato - Único com aplicação clínica
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Propriedades Farmacológicas
Usos Terapêuticos
Fármaco Indicação
Neostigmina Íleo Paralitico e Atonia da Bexiga
Fisotigmina Glaucoma
Ecotiofato (Quando não
responde a Fisotigmina)
Neostigmina Descurarização
Neostigmina Miastenia Gravis
Piridostigmina
Amebomônio
Edrofônio - Diagnóstico
Fisotigmina Intoxicação com Drogas Anticolinérgicas
Donepezil Doença de Alzheimer
Rivastigmina
Galantamina
Miastenia Gravis
Contra-Indicações
Asma
Hipertireoidismo
Insuficiência Coronária
Doença Ácido-Péptica
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Intoxicação por Organofosforados
Aguda
Broncoconstrição Lacrimejamento
Intoxicação Grave
Sialorréia Broncoespasmo
Defecação e Micção Involuntárias Confusão Mental
Sudorese Fala Arrastada
Lacrimejamento Convulsões
Bradicardia Alucinações
Hipotensão Fraqueza e Fadiga Muscular
Diagnóstico
Tratamento
Página 80
2.6. Inibidores da Função Colinérgica - Bloqueadores Colinérgicos
Antagonistas Muscarínicos
Mecanismo de Ação
Alcaloides Naturais
Homatropina
Semi-sintético
Tropicamida
Colírio Midríatico
Ciclopentolato
Colírio Midríatico
Pirenzerpina
Receptor M1
Usado em casos de Gastrite
Diminui a liberação de HCl
Diciclomina
Ipratrópio
Amina 4° - Não atravessa a Barreira
Hematoencefálica
Pouco seletivo
Tiotrópio
Amina 4°- Não atravessa a Barreira Hematoencefálica
Maior seletividade para receptores M1 e M3
Metilatropina
Tolterodina
Possui maior seletividade para receptor M3
Benzatropina
Atropina, Escapolamina
Ultrapassam a Barreira Hematoencefálica e chegam ao SNC
Ipratrópio, Tiotrópio
Não atravessam a Barreira Hematoencefálica
Página 81
Propriedades Farmacológicas
Glândulas
Sistema Cardiovascular
Olho
Midríase
Ciclopegia - Paralisia da Acomodação Visual
Aumento da Pressão Intra-Ocular
Prejudicial em pacientes que com Glaucoma de Ângulo Fechado
Sistema Respiratório
Página 82
Sistema Nervoso Central
Usos Terapêuticos
Página 83
Seletividade
Obtida pela Via de Administração
Modificação Química que limita a absorção - Efeitos locais
Trato Gastrointestinal
Trato Genitourinário
Sistema Respiratório
Oftalmologia
Sistema Cardiovascular
Página 84
Pré-Anestésicos
Contra-Indicações
Taquicardia
Hiperplasia Prostática Benigna
Constipação
Glaucoma de Ângulo Fechado
Fibrilação Atrial
Efeitos Adversos
Farmacocinética
Página 85
3.1. Farmacologia da Transmissão Neuromuscular.......pg. 87
3.2. Anestésicos Locais....................................................pg. 95
3.3. Analgesia Central...................................................pg. 104
3.4. Anti-Inflamatórios Não Esteroidais (AINES).........pg. 115
3.5. Anti-Inflamatórios Esteroidais Glicocorticoides...pg. 124
3.6. Controle Farmacológico das Reações Alérgicas...pg. 133
Página 86
3.1. Farmacologia da Transmissão Neuromuscular
Receptor Ionotrópico - Pentâmero composto por 5 Subunidades Proteicas - 2α, 1β, 1ɣ, 1Δ
Localização - Células Musculares
Necessita da ligação de 2 Acetilcolinas nas 2 subunidades α para abrir o Receptor que é um
Canal Iônico, e permitir a passagem de Íons monovalentes
Contração Muscular
Página 87
Síntese de Acetilcolina e Liberação
Anestésicos Locais - São Bloqueadores de Canais de Na+, inibem a despolarização da Fibra Pré-
Sináptica do Neurônio, impedindo assim a liberação de Acetilcolina
Bloqueadores Neuromusculares
1- Despolarizantes
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Fases do Bloqueio - Bloqueadores Neuromusculares - Despolarizantes
Fase I - Despolarização
Fase I Fase II
Inicio Imediato Transição Lenta
Dependência da Dose Baixa Alta ou Após Infusão Prolongada
Recuperação Rápida Prolongada
Inibição da Potencialização Reversão
Acetilcolinaesterase
Resposta Muscular Fasciculação Paralisia Flácida Paralisia Flácida
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Mecanismo de Ação
Estrutura Química
Pancurônio
Vecurônio
Rocurônio
Ropacurônio
Pipecurônio
Derivados da Benzilisoquinolina
Atracúrio
Mivacúrio
Doxacúrio
Cisatracúrio
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Pancurônio, Pipecurônio e Doxacúrio
Mivacúrio
Atracúrio
Farmacocinética
Bloqueador Despolarizante
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Efeitos Adversos
Efeito Agentes
Sistema Nervoso Central (SNC) Ausente - Amônios 4° Não penetram na
Barreira Hematoencefálica
Bloqueio Ganglionar Tubocurarina
(Diminui a liberação de Noradrenalina)
Hipotensão
Taquicardia - Reflexa à Hipotensão
Bloqueio Vagal - Taquicardia Tubocurarina
Pancurônio
Estímulo Ganglionar Succinilcolina
Vagal - Bradicardia (Baixas Doses) Efeito Dose-Dependente
Simpático - Hipertensão e Taquicardia (Altas Doses)
Hiperpotassemia (Hipercalemia) Succinilcolina
Liberação de Histamina - Mastócitos Tubocurarina
Broncoespasmos Mivacúrio
Hipotensão Atracúrio
Secreção Excessiva - Salivar e Brônquica Doxacúrio
Hipercalemia - Problema - Dificulta a Repolarização e Facilita a Despolarização -Diminuindo
assim o limiar do potencial de ação - Pode provocar Problemas Cardíacos, devido a maior
excitabilidade do Coração
Contra-Indicações de Succinilcolina
Usos Terapêuticos
Clostridium Botulinum
Bloqueia a Liberação Vesicular de Acetilcolina temporariamente
Provoca Paralisia Flácida do Músculo Esquelético
Página 92
Usos Terapêuticos
Espasmos e Distonias
Remoção de Linhas Faciais - Injeção Intramuscular ou Intradérmica
Imunoresistência - Pois diminui a concentração de Acetilcolina, assim aumenta a
atividade Simpática, diminuindo a Imunidade
Estrabismo
Espasmo Hemifacial
Distonia Oromandibular, Distonia Cervical
Remoção de Linhas Faciais associadas a estimulação nervosa ou atividade muscular excessiva
Toxicologia
Sintomas
Tratamento
Suporte Cardiorrespiratório
Sinergismo
1) Antibióticos Aminoglicosídeos
Estes Antibióticos competem com o Ca+
Aumenta a ação do Bloqueador, pois diminui a liberação de Acetilcolina
2) Bloqueadores de Canais de Ca+
3) Anestésicos Locais
4) Fármacos Antiarrítmicos
Evita Despolarização - Diminui liberação de Acetilcolina - Aumentando a ação do Bloqueador
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Bloqueadores Neuromusculares - Despolarizantes
Hipertermia Maligna
Sintomas
Tratamento
Dantrolene Intra Venoso (IV) - Inibe a liberação de Ca+ a partir do Retículo Sarcoplasmático
Resfriamento Rápido
O² a 100% - Elimina CO² - Auxilia no Controle da Acidose
Controle da Acidose
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3.2. Anestésicos Locais
Dor
Canal de Na+
Anestésico Local - Age no interior do Canal de Na+ aonde se encontram Cargas Negativas, nas
Subunidades Proteicas α3 e α4 (S5 e S6). Provocando a Inativação dos Canais de Na+, através
de Fosforilação destas Subunidades
1. Canal Fechado - No Estado Fechado do Canal de Na+ , ele pode ser reaberto desde que
ocorra um estímulo que ultrapasse o limiar de voltagem para abrir o Canal
2. Canal Aberto - No Estado Aberto do Canal de Na+, o canal permite a passagem de íons Na+
através de seu poro
3. Canal Inativado - O Canal de Na+ no Estado Inativado não pode ser ativado, independente
da Intensidade do Estímulo
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Características dos Anestésicos Locais
Benzocaína - É o único Éster que não possui a parte Hidrofílica, uma Amina 2° ou 3°. Por
este motivo é um Anestésico extremamente Lipossolúvel
Tempo de Ação
Ésteres - Degradados por Esterases Plasmáticas - Menor Tempo de Ação, pois são
degradados mais rapidamente
Amidas - Degradas por CYP’s no Fígado -Maior Tempo de Ação
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Anestésicos Locais
Mecanismo de Ação
Anestésicos Locais - Inativam os Canais de Na+, assim impedindo a Despolarização da Células,
não gerando Potencias de Ação - Impedem que informações de Dor obtidas por Nociceptores
sejam enviadas por Vias Aferentes para o SNC, assim impedindo a sensação de Dor
Anestésico Local - Necessita obrigatoriamente entra na Fibra Nervosa para atuar no Canal de
Na+ Sensível à Voltagem para poder Inativar o Canal
Canal de Na+ Aberto - Para os Anestésicos Locais agirem é necessário que o Canal de Na+
esteja na sua Forma Aberta, para o Anestésico Penetrar e Bloquear o Canal
Canal de Na+ Inativo - Exceção - Benzocaína, por Não Possuir em sua Estrutura Química a
Parte Amina, é um Anestésico muito Lipossolúvel, por este motivo, a Benzocaína consegue
atuar no Canal no Estado Inativo, mantendo-o Inativado
Canal de Na+ Fechado - Nenhum Anestésico Local age no Estado Fechado dos Canais de
Na+
Anestésico Local - Se liga no Canal de Na+ quando este está Aberto e estabiliza o Canal no
Estado Inativado
Anestésicos Locais - São todos Bases Fracas, mas são comercializados na forma de Sais junto
com o Ácido Clorídrico, estando sob a sua forma Ionizada
Para os Anestésicos exercerem sua ação é necessário que eles atravessem a Membrana
Celular
Necessário saber o pH do Tecido de Administração do Anestésico, para que esse Sal possa
se dissociar e dar origem à Forma Não Ionizada do Anestésico Local, e o Anestésico possa
passar pelas Membranas
No pH Tecidual - O pH Tecidual (7,4) faz com que o Anestésico Local (Base Fraca) se Dissocie e
libere sua Forma Não Ionizada, isso facilita a sua passagem pelas Membranas Celulares
No Interior das Células - O pH se torna mais Ácido, fazendo que o Anestésico (Base Fraca) fique
em sua Forma Ionizada, facilitando a ação de Inibição do Canal de Na+ pelo Anestésico, pois o
Canal de Na+possui Cargas Negativas em seu interior
Anestésico Local - Para atuar e Bloquear o Canal de Na+, é necessário que antes ocorra um
Potencial de Ação para abrir o Canais de Na+ Voltagem-Dependente, e o Anestésico exerça sua
ação na Parte Interna do Canal
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Via Hidrofílica (Uso Dependente - Bloqueio Fásico)
Inflamação e/ou Infecção - Processos Inflamatórios fazem com que o pH do Tecido se torne
mais Ácido, diminuindo o valor de pH. Isso dificulta com que ocorra a Dissociação do
Anestésico Local, fazendo com que o Anestésico se encontre em maior concentração em sua
Forma Ionizada, prejudicando seu efeito. Em Processos Inflamatórios, se faz necessário, tratar
primeiro a Inflamação/Infecção para depois proceder o uso de Anestésicos Locais
Bloqueio Diferencial
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Maior Distância entre os Nódulos de Ranvier - Maior a Dose do Anestésico Local é
necessária, pois a velocidade da propagação do Potencial de Ação é grande
5) Frequência de Ativação - “Uso Dependente”
Maior Frequência de Ativação (Estimulação) da Fibra Nervosa - Maior número de vezes o
Canal de Na+ se encontra no Estado Aberto - Maior facilidade do Anestésico atuar
Bloqueio Diferencial
Bloqueio das Fibras Sensitivas (Menor Calibre e Amielinizadas) Bloqueio das Fibras
Somáticas (Fibras de Maior Calibre e Mielinizadas)
Bloqueio Frequência-Dependente
Fibras A (α, β, γ, δ)
Fibras B
Fibras C - Sensitiva
Ordem do Bloqueio
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Farmacocinética
1- Absorção
pH Ácidos - Os Anestésicos Locais (Bases Fracas) encontram-se em sua Forma Ionizada, ligados
a Cargas Positivas (H+) - Diminuindo sua Lipossolubilidade - Dificultando a Passagem do
Anestésicos pelas Membranas
pH Básicos - Os Anestésicos Locais (Bases Fracas) encontram-se em sua Forma Não Ionizada,
sem Cargas Positivas - Aumenta a Lipossolubilidade do Anestésico - Facilita a Passagem do
Anestésicos pelas Membranas
Latência da Anestesia Local - Reduzida com adição de Bicabornato (HCO³-) - Basificando o meio
Mais Básico pH do Meio - Menor Latência - Maior a quantidade de Formas Não Ionizadas
do Anestésico - Mais Rápido o Início da Ação do Anestésico
pH > pKa - Anestésico Forma Não Ionizada (Dissociada)
Mais Ácido pH do Meio - Maior a Latência - Maior quantidade de Formas Ionizadas - Maior
a dificuldade do Anestésico em ter Efeito e de Iniciar sua ação
pH < pKa - Anestésico Forma Ionizada (Não Dissociada)
Adição de Bicabornato (HCO³-) - Basifica o Meio, Diminui a Latência da Anestesia Local
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2- Distribuição
Fração Ligada a Proteínas Plasmáticas - Não é Distribuída, Metabolizada - Assim aumenta seu
tempo de ação, e o Anestésico fica mais tempo no organismo
Tretocaína - Tempo longo da ação - Pois Esterases tem dificuldade de a degradar - Assim
possuem um Maior Tempo de Ação
Fármaco Livre - Toxicidade SCV e SNC - Efeitos Colaterais em caso de Absorção Sistêmica
3- Eliminação
Ésteres - Metabolismo Plasmático por Esterases Inespecíficas - Menor Tempo de Meia Vida,
Clearance independe do Fluxo e Função Hepática
Amidas - Metabolismo Hepático por CYP’s - Maior Tempo de Meio Vida, Clearance depende do
Fluxo e Função Hepática
Clearance Alto - Anestésico Local com Clearance Alto apresenta Maior Margem de Segurança
Injeção Intratecal (Líquor) - Efeito do Anestésico Local permanece até sua absorção para
Circulação Sistêmica
Associações
Adrenalina - Vasoconstrição
Analgésicos Opióides - Melhorar a Anestesia e Analgesia - Evitam a liberação de
Neurotransmissores que levam à dor
α2 Adrenérgicos - Analgesia - Regulação da Liberação de Catecolaminas
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Toxicidade Sistêmica
Prevenção
Conhecimento da Farmacocinética
Monitorização
Oxigenoterapia
Anticonvulsivante / Relaxamento Muscular
Efedrina e Atropina
Arritmias Ventriculares Graves - O2 e Ventilação, Parada Cardiorrespiratória, Cardioversão,
Epinefrina
Utilização Clínica
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Anestésicos Locais
Amida
Éster
Outros
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3.3. Modulação Farmacológica da Dor - Analgesia Central
Analgésicos de Ação Central - Analgésicos Opióides
Dor - Sensação desagradável cuja experiência emocional está associado com estímulo de lesão
tecidual real ou potencial. Anuncia um estado de emergência e urgência para o organismo.
Apesar de causar desconforto é uma modalidade sensorial de grande valor adaptativo
Fibra Aδ
Fibra C
Amielínica
Condução mais Lenta do Impulso
Dor Lenta - Crônica (Dor em Queimação) - Mal Localizada e Discriminada
Localização - Pele
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Neurofisiologia da Dor
Estímulo Doloroso e também Substâncias Químicas que este estímulo possa ter liberado -
Estimulam Nociceptores
Dos Nociceptores saem Fibras Aferentes Primárias - Fibras Aδ e Fibras C
No Corno Dorsal da Medula Espinhal as Fibras Aferentes Primárias fazem Sinapse com
Fibras Aferentes Secundárias
Fibras Aδ - Sistema NeoespinoTalâmico
Tálamo Córtex Somatossensorial Percepção e Localização da Dor
Fibras C - Sistema PaleoespinoTalâmico
Formação Reticular Sistema Límbico Tálamo Córtex Pré-Frontal
Componente Afetivo Emocional (Dor com Sensação de Sofrimento)
Mecanismo da Dor Referida - Dor na Região mais próxima do Órgão afetado, devido a
presença de Vias Aferentes Viscerais, Tegumentar e/ou Músculo Esquelética próxima a região
Nociceptores
Fatores Químicos desencadeiam Potenciais de Ação nos Nociceptores que levam informações
à Fibras Aferentes Primárias. Estas Fibras levam informações ao Corno Dorsal da Medula,
fazendo sinapses com Fibras Aferentes Secundárias
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Modulação da Via Nociceptiva - Dor Central
Glutamato (Principal)
Receptor AMPA-Cainato
Receptor NMDA (n-metil-d-aspartato) - Receptor Ionotrópico
Aumento de Ca+ Intracelular ativa Óxido Nítrico Sintetase (NOS) -Aumenta a Síntese de NO
Óxido Nítrico (NO) estimula a Fibra Aferente Primária (Fibras Aδ e C) a liberar Maior
quantidade de Glutamato
Isso faz com que se alcance o Limiar dos Canais de Na+ Voltagem-Dependente na Fibra
Aferente Secundária - Abrindo Canais de Na+ Voltagem-Dependente - Gerando Potencial
de Ação - Transmitindo a informação de Dor para Centros Superiores no SNC
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Regulação da Dor
Fibras Aδ
Fibras C
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Interneurônio Encefalinérgico - Libera Encefalina que Inibirá a Substância Gelatinosa da
Medula
Substância Gelatinosa Inibida - Deixará de realizar Inibição sobre a Fibra Aferente
Secundária - Portão da Dor sempre Aberto por Estímulos da Fibra C
Fibras Aβ
GABA e Opióides Endógenos - Não são liberados pelo SAC, mas sim por outros
Neurônios Acessórios
Opióides Endógenos - Endorfinas, Dinorfinas, Encefalinas
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Fibras Aferentes Primárias (Fibras Aδ e Fibras C)
SAC (Via Descendente da Dor) - Provoca Analgesia - Impede a Transmissão da Dor para Centros
Superiores no Sistema Nervoso Central (SNC), Inibindo a Via Ascendente
Via Descendente (SAC) - Inibe a Via Ascendente (Fibras Aδ e Fibras C - Tratos EspinoTalâmicos)
Mesencéfalo
Principal estrutura no SAC responsável pela Analgesia
Substância Cinzenta Periaquedutal (PAQ) - Recebe estímulos derivados do Hipotálamo,
Córtex e Tálamo
Substância Cinzenta Periaquedutal (PAQ) - Enviam estímulos, ativando o Núcleo Magno da
Rafe
Bulbo
Ponte
Locus Coeruleus - Enviam Fibras ao Corno Dorsal da Medula que secretam Noradrenalina -
Inibindo a Via Ascendente da Dor
Opióides
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Nível Central - Atuam sobre a Substância Cinzenta Periaquedutal e Núcleo Reticular
Paragigantocelular, Estimulando estes Núcleos; e também agem Inibindo diretamente
Fibras Aferentes no Corno Dorsal da Medula - Inibição da Via Ascendente da Dor
Nível Periférico - Dessensibiliza receptores, aumentando o Limiar de Despolarização -
Provocando Analgesia
Ação Periférica
AINES
Anestésicos Locais (ALs)
Ação Central
Hipnoanalgésicos - Histórico
Agonistas Puros
Loperamida (Imozec) - Não Atravessa a Barreira Hematoencefálica (BHE), não possui efeito
Analgésico - Reduz o Peristaltismo - Utilizado no Tratamento da Diarreia
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Agonistas Parciais - Antagonistas (Agonistas Mistos)
Pentazocina Buprenorfina
Antagonistas - Utilizados para Reversão do Efeito Analgésico
Naloxona Naltrexona
Receptores Opióides
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Efeitos dos Analgésicos Opióides
Indicações Terapêuticas
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Efeitos Adversos
Efeitos Agudos
Intoxicação
Ventilação Mecânica
Naxolona (Opióide Antagonista) - Via Intravenosa (IV)
Quanto Maior a Potência Analgésica (Eficácia) - Maior é a Propensão que o Analgésico Opióide
leva ao Vício
Farmacocinética
Vias de Administração - Via Oral (VO), Intramuscular (IM), Intravenosa (IV), Intratecal, Bomba
Infusora
Morfina
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Fentanil - Mais Lipossolúvel, Mais Potente que a Morfina
Naloxona - Usada em Emergências por ser Administrada Via Intravenosa (IV), possuindo um
Tempo de Meia Vida menor
Naltrexona - Administrada por Via Oral (VO) utilizada em condições não emergenciais
Contra-Indicações
Lesão Cerebral
Gravidez
Impedimento da Função Pulmonar - Enfisema
Insuficiência Hepática e Renal - Diminuir a Dose
Cuidado Uso de Opióides em Gestantes - Pode provocar Depressão Respiratória do
Neonato
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3.4. AINES - Anti-Inflamatórios Não Esteroidais
Processo Inflamatório
Calor Dor
Rubor Perda de Função
Edema
Processo Inflamatório - Possui várias Etiologias como Infecções (Bacterianas, Virais, Fúngicas),
Necrose Tecidual, Trauma e Injúria Física ou Química ou a Presença de Corpos Estranhos
Prostaglandinas Leucotrienos
Prostaglandinas e Leucotrienos - Sensibilizando os Nociceptores, Diminuindo o Limiar de
percepção de Estímulos Dolorosos - Aumentando a Sensação de Dor (Hiperalgesia)
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Metabolismo do Ácido Aracdônico
Prostaglandinas
Ações
Vasodilatação
Vasodilatação Renal
Broncodilatação
Controle da Agregação Plaquetária
Hiperalgesia - Aumentando a Sensibilidade dos Nociceptores
Febre
Leucotrienos
Ações
Ciclooxigenase (COX)
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Ciclooxigenase 1 (COX 1)
Ciclooxigenase 2 (COX 2)
Enzima Indutível
Atividade da COX 2 está relacionada ao Processo Inflamatório
COX 2 - Formação Induzida em Resposta à Inflamação
Localização Constitutiva - Sistema Nervoso Central (SNC), Epitélio Traqueal, Rins,
Endotélio, Mucosa Gástrica
Síntese de Prostaglandinas envolvidas na Dor, Febre e Inflamação
Plaquetas - COX 2 é expressa constitutivamente e está relacionada a produção de
Prostaciclinas (PGI2)
COX 2 - Centro Termorregulador no Hipotálamo (SNC) - Relacionada à Febre , devido a
Diminuição da Perda de Calor
Pró-Trombótico
Pró-Adesão Plaquetária
Vasoconstritor
Aumenta o Remodelamento Vascular
Vasodilatação - Edema
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Efeitos Vasculares
Efeitos - Renais
Efeitos Vasculares
Ativação Plaquetária
Vasconstrição
Aumenta o Risco de Trombose
Efeitos Renais
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Função Efeito dos AINES
Prostaglandinas (PGE2) Sensibilização das Terminações Nervosas das Analgésico
e Prostaciclinas (PGI2) Fibras Nociceptivas (Fibras Aδ e C) Dor Leve à Moderada
Prostaglandinas (PGE2) Centro Termorregulador - Febre Antipirético
Prostaglandinas Mediador do Processo Inflamatório Anti-Inflamatório
(PGs)
Tromboxano Potente Agregante Plaquetário Antiagregante Plaquetário
(TXA2)
Prostaglandinas (PGE2) Mucosa Gástrica - Diminui secreção de HCl - Epigastralgia, Náuseas,
e Prostaciclinas (PGI2) Aumenta Secreção de Muco (Citoprotetor) Gastrite, Úlcera, Sangramento
GastroIntestinal
Prostaglandinas (PGE2) Vasodilatação Renal Retenção de Na+ e Fluídos -
Edema
Prostaglandinas (PGE2) Útero - Contrações Prolonga a Gestação
COX 1 x COX 2
1- Não Seletivos
2- COX 2 Seletivos
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AINES - Mecanismo de Ação - Mecanismos Adicionais Propostos
Ibuprofeno Piroxicam
Diclofenaco Ácido Mefenâmico
Indometacina Cetorolaco
Fenilbutazona
Ácido Acetilsalicílico (AAS) - Inibidor Irreversível Não Seletivo das COX (COX 1 e COX 2)
Baixas Doses - Inibidor Seletivo COX 1 - Diminui a produção de Tromboxano A2 - Diminui
Agregação Plaquetária - Efeito Antitrombótico
Ácido Acetilsalicílico - A Inibição da COX 1 é Pré-Sistêmica, ocorre antes de sua
Metabolização
Aspirina - No Metabolismo Hepático, ela forma Metabólitos Ativos e Inativos - Também
ocorre com os Salicilatos
Ácido Acetilsalicílico (AAS) - Pode precipitar Crises Asmáticas em pacientes susceptíveis -
Devido a Inibição Irreversível das COX - Diminuindo a quantidade de Prostaglandinas,
prevalecendo o efeito de Leucotrienos sobre os Brônquios - Broncoconstrição
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Síndrome de Reye - Acomete Crianças com quadros Virais e pode ser desencadeada pelo
Ácido Acetilsalicílico (AAS) - Cursa com Dor de Cabeça (Cefaleia) e Distúrbios Hepáticos
Paracetamol
Paracetamol - Metabolismo
Metabolismo Hepático
Conjugação com Sulfato ou Glucoronídeo - Pode Formar Metabólito Inativo
Oxidação pelo Citocromo P450 - Forma Metabólito N-Acetilbenzoiminoquinona (NAPQI)
Paracetamol em Altas Doses - Metabolizado por Via de Oxidação pelo Citocromo P450 - Forma
Metabólito NAPQI - Hepatotóxico
Dipirona
Efeito Colateral
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Vasodilatação e Hipotensão
Retirado do Mercado nos EUA e em alguns Países da Europa devido a Supressão Medular
Oral
Retal
Tópica - Diclofenaco
Intramuscular - Diclofenaco, Piroxicam, Dipirona, Tenoxicam
Intravenosa - Dipirona, Tenoxicam, Cetoprofeno
Página 122
AINES - Usos Terapêuticos
AINES - Contra-Indicações
Insuficiência Renal
Úlcera Gástrica - Utilizar Protetores Gástricos associados como Ranitidina e Omeprazol
Hipertensão
Distúrbios de Coagulação
Viroses Hemorrágicas (Dengue)
Hipersensibilidade ao Salicilato
Gravidez - Contração Prematura do Canal Arterial Intra Uterino
Crianças, Idosos, Aleitamento
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3.5. Anti-Inflamatórios Esteroidais - Glicocorticoides
Córtex
Medula Adrenal
Síntese de Corticosteroides
Síntese de Glicocorticoides
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Síntese de Mineralocorticoides
Glicocorticoides Exógenos
Glicocorticoides
Cortisol - Hidrocortisona
95% da Atividade Glicocorticoide
Hidrocortisona - Forma Sintética do Cortisol - Possui a mesma Potência que o Cortisol
Corticoesterona
4% da Atividade Glicocorticoide - Menos Potente que o Cortisol
Cortisona
Sintética - Quase tão Potente quanto o Cortisol
Prednisona
Sintética - 4x Mais Potente que o Cortisol
Metilprednisona
Sintética- 5x Mais Potente que o Cortisol
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Receptor de Glicocorticoides (GR)
Localizados no Citoplasma
Chaperonas (Proteínas de Choque Térmico - HSP) - Quando os Receptores de
Glicocorticoides não estão ligados a Glicocorticoides, eles são Estabilizados por
Chaperonas, que realizam a Ancoragem dos Receptores de Glicocorticoides no Citoplasma,
mantendo o Receptor em seu Estado Inativo (HSP 90)
Glicocorticoides - Se ligam ao Receptor de Glicocorticoides promovendo o Desligamento
das Chaperonas, deixando o Receptor em sua Forma Ativa
GRE é Ativado pelo Complexo Dímero (Glicocorticoide - Receptor (GR)) - Podem promover
o Mecanismo de Ativação ou Inibição da Transcrição Gênica
Ativação GRE - Inibe a Transcrição Gênica de Citocinas , Inibe a atividade da Enzima COX-2 e
também Inibe a atividade da Óxido Nítrico Sintetase (sNO)
Ação Intranuclear
Página 126
Interação dos Receptores de Glicocorticoides (GR) - Fatores de Transcrição NF-kB e AP-1
Resposta Inflamatória
Metabolismo - Proteínas
Metabolismo - Carboidratos
Página 127
Contra-Indicação - Pacientes Diabéticos
Metabolismo - Lipídios
Células Sanguíneas
Células Ósseas
Rim
Página 128
Sintomas Psicóticos
Labilidade Emocional
Contra-Indicação - Pacientes Psicóticos
Hipertensão Arterial
Músculo Esquelético
Farmacocinética
Absorção
Depende do Corticoide, da preparação, da Via de Administração
Ligação à Proteínas Plasmáticas
Glicocorticoides - 90% Ligado à Proteínas Plasmáticas + 10% Livre no Plasma
Albumina
Transportina ou CBG - Globulina de Ligação à Glicocorticoides
Metabolismo Hepático e Extra-Hepático
Eliminação Renal
Atividade
Anti-Inflamatório Tópica Retenção de Dose Oral Formas Disponíveis
Na+ Equivalente (mg)
Ação Curta
Hidrocortisona 1 1 1 20 Oral, Injetável, Tópica
Cortisona 0,8 0 0,8 25 Oral
Ação Intermediária
Prednisona 4 0 0,8 5 Oral
Prednisolona 4 4 0,8 5 Oral, Injetável, Tópica
Metilprednisona 5 5 0,5 4 Oral, Injetável, Tópica
Mepredinisona 5 0 0 4 Oral, Injetável
Triancinolona 5 5 0 4 Oral, Injetável, Tópica
Parametasona 10 0 0 2 Oral, Injetável
Ação Longa
Betametasona 25-40 10 0 0,6 Oral, Injetável, Tópica
Dexametasona 30 10 0 0,75 Oral, Injetável, Tópica
Usos Terapêuticos
Anti-Inflamatório
Imunossupressor
Antialérgico
Reposição Hormonal de Insuficiência Adrenal
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Exemplos Usos Terapêuticos - Glicocorticoides
Síndrome de Cushing
Sinais e Sintomas
Corticoterapia Prolongada
Metabolismo Glicídico
Efeito Diabetogênico - Hiperglicemia, Aumento da Resistência a Insulina
Metabolismo Lipídico
Redistribuição da Gordura Corporal
Membros - Ação do Cortisol - Lipólise
Tronco - Efeito Lipogênico Central
Página 130
Metabolismo Proteico
Atrofia Muscular
Fraqueza Muscular e Flacidez
Estrias Violáceas
Metabolismo Mineral
Retenção Hidrossalina
Hipopotassemia (Hipocalemia)
Hipocalcemia
Distúrbios Hormonais
Excesso de Cortisol pode Alterar as Vias de TSH e GH
Distúrbio do Crescimento/Nanismo, Hipotireoidismo
Sistema Cardiovascular (SCV)
Aumento da Atividade Adrenérgica - Hipertensão - Efeito Trombogênico
Sistema Nervoso Central (SNC)
Euforia, Insônia, Agitação, Psicose/Ansiedade/Depressão
Trato Gastrointestinal (TGI)
Úlceras Silenciosas e Perfuração
Sangue
Aumento da Série Vermelha - Aumentado Plaquetas e Hemácias
Efeito Trombogênico - Aumenta a Agregação Plaquetária
Redução da Série Branca - Linfo/Mono/Eosinopenia
Redução da Imunidade - Aparecimento de Infecções Atípicas ou Oportunistas ou
Reativação de Infecções Latentes
Olho
Elevação da Pressão Intra-Ocular
Catarata Subcapsular Posterior
Contra-Indicações
Úlceras Pépticas
Infecções Recorrentes e Ativas
Diabetes Mellitus
Psicoses
Osteoporose
Glaucoma
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Estrogênios e Contraceptivos
Aumentam o Tempo de Meia Vida dos Glicocorticoides - Prolongando sua Ação
Cuidado com a Toxicidade
AINES - Anti-Inflamatórios Não Esteroidais
Aumentam a Incidência de Efeitos Gastrointestinais
Diuréticos Expoliadores de K+
Aumenta a Excreção de K+
Aumentam a Hipocalemia
Página 132
3.6. Controle Farmacológico das Reações Alérgicas
Síntese de Histamina
Liberação - Histamina
Imunológica
Histamina como mediador de reações alérgicas imediatas - Tipo I
Química
Induzida por fármacos
Exemplos - Morfina, Tubocurarina, Succinilcolina
Metabolismo - Histamina
Página 133
Efeitos da Histamina
Sistema Cardiovascular
Sistema Nervoso
Receptor H1
Estado de Alerta Êmese
Inibição do apetite Pró-Algésico
H1 - Terminações nervosas sensoriais
Epiderme
Prurido
Receptor H3
Receptor H3 pré-sináptico - Modulação da liberação de Neurotransmissores
Músculo Liso
Receptor H1
Broncoconstricção
Contração do Músculo Liso Intestinal
Receptor H1
Prurido Rinorreia Broncoespasmo
Secreção Gástrica
Receptor H2
Células Enterocromafins - Estimulam a liberação de Histamina, que age em Receptor
H2, no qual vai aumentar a produção de ácido [H+]
Usos Clínicos
Página 134
Contra-Indicações
Pacientes Asmáticos
Pacientes com Úlcera ativa de sangramento gastrointestinal
Toxicidade
Rubor Pápulas
Hipotensão Broncoconstricção
Taquicardia reflexa Mal estar gastrointestinal
Cefaleia
Antagonista dos Receptores Histamínicos - Anti-Histamínicos
1) Antagonistas H1 - Anti-Histamínicos H1
2) Antagonistas H2
3) Antagonistas H3
Antagonistas H1 - Anti-Histamínicos H1
Mecanismo de Ação - Agonismo Inverso (Anti-Histamínico H1), mas supõe que também ocorra
a Inibição Competitiva Reversível (Antagonismo H1)
Anti-Histamínicos H1 - 2° Geração
Página 135
Efeitos Farmacológicos
Efeito Antimuscarínico
Bloqueio dos Receptores alfa-adrenérgicos (Prometazina)
Hipotensão Ortostática em indivíduos susceptíveis
Bloqueio da Serotonina (5-HT)
Principalmente os Anti-Histamínicos H1 de 1° Geração
Ciproeptadina semelhante a Fenotiazinas
Bloqueio dos Canais de Na+ em membranas excitáveis
Principalmente os Anti-Histamínicos H1 de 1° Geração
Ação Anestésica local (Prometazida) - Efeito menos comum, só ocorre em doses
maiores que as doses terapêuticas
Propriedades Anti-Inflamatórias
Possível efeito em suprimir a ativação de NFKb pela Histamina
NFKb - Fator de transcrição relacionado com a produção de citocinas pró-inflamatórias
e moléculas de adesão
Usos Clínicos
Página 136
Farmacocinética
Efeitos Colaterais
Interações Farmacológicas
Farmacocinéticas
Farmacodinâmicas - Sinergismo
Antagonistas H2
Página 137
Efeitos Farmacológicos NÃO associados ao Bloqueio H2
Usos Clínicos
Farmacocinética
Metabolismo Hepático
Eliminação Renal
Baixo T ½ Vida
Efeitos Colaterais
Toxicidade Hepática
Página 138
4.1. Modulação Farmacológica da Excitação Cardíaca...........................pg. 140
4.2. Modulação Farmacológica da Contração/Relaxamento Cardíaco...pg. 155
4.3. Farmacologia da Contração e Relaxamento do Músculo Liso.........pg. 171
4.4. Neurotransmissores - Transmissão GABAérgica e Glutamatérgica.pg. 179
4.5. Neurotransmissores - Sinapses Serotoninérgicas..............................pg.190
Página 139
4.1. Modulação Farmacológica da Excitação Cardíaca
Sistema Cardiovascular
Fibras de Purkinje
Página 140
Potencial de Membrana em Repouso
Juntando todos estes fatores é possível calcular o Potencial de Repouso que é -90 mV
Fase 2 - Platô
Página 141
Fase 3 - Repolarização (Descendente)
Efluxo de K+
Canal Retificador Tardio de K+ e Canais Ito - Promovem o Efluxo de K+
Período Refratário Relativo (Fase 3-4) - Canais de Na+ no Estado Fechado - Algum
estímulo que ultrapasse o Limiar de Excitabilidade pode gerar um novo Potencial de Ação
Fase 4 - Repouso
Página 142
Diferença dos Potenciais de Ação - Aplicação
Eletrofisiológicas
Cronotropismo - Automatismo
Velocidade de Contração
Capacidade do Coração de gerar seus próprios estímulos elétricos, independentemente de
influencias extrínsecas ao órgão
Automatismo - Modificado por diversos fatores, adaptando a frequência do contração do
coração as necessidades fisiológicas ou alterando-se em situações patológicas
Batmotropismo - Excitabilidade
Capacidade do Miocárdio de Reagir quando estimulado - Reação que se estende por todo
o órgão
Dromotropismo - Condutibilidade
Página 143
Condução do Processo de Ativação Elétrica por todo o Miocárdio, numa sequencia
sistematicamente estabelecida, a qual se segue a contração do Coração como um todo
Mecânicas
Inotropismo - Contratilidade
Força de Contração
É a propriedade do Coração de se contrair ativamente como um todo, uma vez estimulada
toda a sua musculatura, resultando na Contração Sistólica
Lusitropismo - Distensibilidade
Automatismo
Excitabilidade e Condutibilidade
Condutibilidade dV / dT = Vmáx
Página 144
Refratariedade
Curto espaço de Tempo que a Célula Cardíaca fica Incapaz de responder a Estímulos
Período Refratário Efetivo ou Absoluto (PRE) - Fases 0-3 - Período que o Miócito é Incapaz
de gerar novo Potencial de Ação, não importando a Intensidade do Estímulo
Período Refratário Relativo (PRR) - Fase 3-4 - Período onde um Estímulo que ultrapasse o
Limiar de Excitabilidade pode gerar um novo Potencial de Ação no Miócito
Arritmias
Anormalidades Eletrolíticas
Anormalidades Metabólicas
Cardíacas
Exemplo - Miocardiopatias, Isquemia, Estimulação Mecânica (Cirurgia, Catéter)
Autonômicas ou Endócrinas
Excesso de Catecolaminas - Feocromocitoma
Hipertireoidismo
Medicamentos - Antiarrítmicos, Antidepressivos
Principais Arritmias
1. Bradiarritmias
Bradicardia Sinusal após Infarto do Miocárdio (IAM)
2. Taquiarritmias
Flutter e Fibrilação Atrial
Taquicardia Supraventricular Paroxística
Página 145
Contrações Ventriculares Prematuras - Extrassístoles
Taquicardia e Fibrilação Ventricular
Bradicardia Sinusal
Tratamento - Atropina
Taquicardia Sinusal
Estiramento, Hipocalemia
Catecolaminas
Exemplo - Estresse, Ansiedade, Dor, Tabagismo, Feocromocitoma
Tratamento - β-Bloqueadores, Estímulo Vagal
Página 146
Taquiarritmias por Alteração na Condução - Fenômeno de Reentrada
1. Circuito
2. Região de Condução Lenta - Bloqueio Unidirecional
3. Condução do Impulso Retrógrado
Localização da Reentrada
Reentradas - Junção das Fibras de Purkinje com Tecido Ventricular - Taquicardias Ventriculares
Tratamento Farmacológico
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Eletrocardiograma - Padrão de Wolf Parkinson White
Intervalo PR - Curto
Complexo QRS - Precoce e Alargamento e Espessamento do Ramo Inicial de QRS
Onda Delta - Localizada no inicio do Complexo QRS. Representa um Complexo QRS Pré-
Excitado, que é a Despolarização Inicial que ocorre pela Via Acessória
Adenosina
Diminui AMPc e Aumenta o [K+], Acetilcolina nos Nodos e Diminui a corrente de [Ca+]
Desaminação no Endotélio
Dose de Ataque - Intravenosa (IV)
Efeitos Adversos - Assístole, Dispnéia, Angina, Tonturas, Náuseas
Usos Clínicos - Arritmia Supraventricular de Reentrada
Glicosídeos Cardíacos
Antiarrítmicos
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Antiarrítmicos Classe I - Bloqueadores de Canais de Na+
Ia - Quinidina, Procainamida
Repolarização Prolongada
Ib - Lidocaína
Repolarização Encurtada
Ic - Encainida, Flecainida, Propafenona
Nenhuma Alteração na Repolarização
Fármacos Na+ K+ M2 α
Quinidina ++ + ++/+++ ++
Procainamida ++ +
Efeitos Mecanismo Antiarrítmico Efeitos Gastrointestinais Queda da Pressão
ECG - PR QRS QT Aumenta os Efeitos Arterial
Simpáticos
Indicação Clínica
Arritmias Ventriculares
Reversão Aguda e Prevenção de Taquicardia Supraventricular
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Prevenção da Taquicardia Ventricular ou da Fibrilação Ventricular
Subgrupo Ib - Lidocaína
Mecanismo Antiarrítmico
Vantagens
Administração - Endovenosa (EV) para tratar ou prevenir Arritmias Ventriculares pós IAM
Indicação
Arritmias Ventriculares - Droga de Escolha
Tratamento e Prevenção da Taquicardia Ventricular e Fibrilação Ventricular durante e
imediatamente após o Infarto Agudo do Miocárdio (IAM)
Efeitos Adversos
Página 150
Subgrupo Ic - Flecainida, Encainida e Propafenona
Indicação
Mecanismo de Ação
Efeitos Adversos
Broncoespasmo
Efeitos Cardiovasculares e Centrais
Página 151
Antiarrítmicos Classe III - Bloqueadores de K+
Amiodarona
Ibutilide
Dofetilide
Indicação Terapêutica
Página 152
Contra-Indicação - Síndrome de Wolf-Parkinson-White
Efeitos Adversos
Bradicardia Sinusal
Bloqueio Átrio-Ventricular (AV)
Diminuição da Contratilidade - Diminuição do Débito Cardíaco (DC)
Hipotensão
Constipação - Verapramil por Via Oral
Diidropiridinas - Rubor e Edema
Verapramil
Cardio Seletivo
Diltiazem
Não-Seletivo
Resumo
Nó Átrio-Ventricular (NAV)
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Outras Drogas e Íons usados em Arritmias
Página 154
4.2. Modulação Farmacológica da Contração e Relaxamento Cardíaco
Contração Cardíaca
Insuficiência Cardíaca
Múltiplas Causas
Página 155
Angiotensinogênio ---- Renina ------> Angiotensina I
Angiotensina I -----Enzima Conversora de Angiotensina I (ECA) ------> Angiotensina II
Angiotensina II - Age sobre o Receptor AT I
Estimulação Simpática + Vasoconstrição - Aumentando a Resistência Vascular
Periférica (RVP) - Aumentando a Pressão Arterial (PA)
Estimula o Remodelamento Cardíaco e o Crescimento Vascular
Age sobre as células do Córtex da Adrenal - Estimulando a Secreção de Aldosterona
Aumento Secreção de Aldosterona - Reabsorção de Na+ e H²O - Aumento da Volemia -
Aumento da Pressão Arterial
A Queda do Fluxo Sanguíneo Renal junto a Vasoconstrição promove Aumento da Pós -Carga
Sintomas
Dispnéia e Ortopnéia
Fadiga
Tosse - Hemoptise
Edema
Oligúria
Origem (Etiologias)
Sobrecarga
Dilatação e Hipertrofia
Ativação do Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona
Ativação do Sistema Adrenérgico
Remodelamento Cardíaco
Origens
Consequências
Página 156
Insuficiência Cardíaca
Fisiopatologia
Falência Cardíaca
Página 157
Sítios de Ação de Drogas
Falência Cardíaca
Conceito
Inotrópico Positivo (+) - É um agente que Aumenta a Força ou energia de Contração Muscular
Cardiotônico - É um agente Inotrópico Positivo (+) que Aumenta a Contratilidade Miocárdica
Função
Objetivo
Garantir uma oferta satisfatória de Oxigênio aos Tecidos - Corrigindo o Débito Cardíaco
Inadequado
Inotrópicos Digitálicos
Glicosídeos Cardíacos
Digoxina
Página 158
Inotrópicos Não Digitálicos
Catecolaminas
Dobutamina Noradrenalina
Dopamina Isoprenalina (Isoproterenol)
Inibidores da Fosfodiesterase
Milrinona Amirinona
Sensibilizadores de Cálcio
Levosimendan
Mecanismo de Ação
Ação da Bomba de Na+/K+ ATPase - Colocar 3 [Na+] para fora do Miócito com um
Contra-Transporte de 2 [K+] para o Interior da célula
Inibição da Bomba de Na+/K+ ATPase - Faz com que se Acumule [Na+] no Interior do Miócito
Bomba Trocadora de Na+/Ca+ - Bombeia [Na+] para Fora do Miócito, associado a um Contra-
Transporte de [Ca+] para Dentro do Miócito
Efeito Antiarrítmico
Estimulação Vagal
Nó Átrio-Ventricular - Diminui a Velocidade de Condução e Aumenta o Período
Refratário Efetivo (PRE)
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3. Alteração do Ritmo
Bloqueio Átrio-Ventricular
Focos Ectópicos - Pós-Potenciais
Bradicardia
Aumenta da Fração de Ejeção (Fej) e do Débito Cardíaco (DC)
Redução da Pressão Venosa
Redução do Edema
Redução da Estase Pulmonar
Paciente Normal
Página 160
Farmacocinética
Usos Terapêuticos
Fibrilação Atrial
Insuficiência Cardíaca Crônica por Disfunção Sistólica
1. Bloqueio Átrio-Ventricular
2. Arritmia Ventricular
Pós-despolarização
Bigerminismo - Taquicardia Ventricular
3. Vômito
4. Alterações Visuais
Escotomas - Amarelo
“Visão Amarela” - “Visão Branca” - Diploplia
5. Pequeno Índice Terapêutico - Toxicidade
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Intoxicação Digitálica
1. Sintomatologia
Náuseas e Vômitos
Arritmias - ESV-TV
Alterações Visuais
2. Tratamento
KCl Venoso
Lidocaína
Toxicidade Digitálica
Sistemas Sintomas
Trato Gastrointestinal Anorexia
Náuseas e Vômitos
Dor Abdominal
Visual Visão Turva e Halos Amarelo/Verde
Cardíaco Arritmias Atriais e Ventriculares
Bloqueio Átrio-Ventricular
Neurológico Fadiga
Delírio, Confusão Mental
Vertigem
Nervosismo, Insônia
Depressão
Verificar Nível Plasmático - Digoxina, [K+], Uréia e Creatinina
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Interações Farmacocinéticas
Ciclosporina
Diminuição da Função Renal
Albuterol
Aumento do Volume de Distribuição - Diminuição da Contração Plasmática (Cp) da
Digoxina
Tiroxina
Aumento do Volume de Distribuição e Clearance Renal - Diminuição da Concentração
Plasmática (Cp) da Digoxina
Interações Farmacodinâmicas
Monitorar Eletrocardiograma
Diuréticos
Aumento do Efeito da Digoxina
Risco de Intoxicação Digitálica
Simpaticomiméticos
Aumento da Automaticidade
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Principais Agentes Inotrópicos Positivos - Não Digitálicos
Dobutamina
Efeitos Farmacológicos
(-) Dobutamina
Agonista α1 Potente - Vasoconstrição, Inotropismo Positivo
Agonista β1 Fraco - Inotropismo Positivo
(+) Dobutamina
Agonista Parcial α1 + Agonista β2 Potente - Diminuição da Vasoconstrição da (-) Dobutamina
Inotropismo Positivo
Vasodilatação
Aumento do Fluxo Sanguíneo Renal
Farmacocinética - Dobutamina
Usos Terapêuticos
Página 164
Efeitos Colaterais
Piora da Angina
Aumento da Isquemia
Tolerância
Arritmias - Taquiarritmias
Dopamina
Efeito Dose-Dependente
D1 > β1 > α1
Mais Arritmogênica que Dobutamina (Maior Risco de Piorar Angina)
Considerar associação de baixas doses com Dobutamina
Efeitos Desejados
Agir sobre Receptores Dopaminérgicos (+)
Vasodilatação Renal, Mesentérica e Esplâncnica
Aumento da Diurese
Cuidado - Deve ser administrada somente Intravenosa (IV), cuidado para não extravasar,
pois pode acarretar em intensa vasoconstrição local e necrose tecidual
Náuseas, Vômitos, Arritmias e Agravamento da Vasoconstrição Pulmonar
Efeitos Desejados
Age sobre Receptores β1
Aumento da Contratilidade Miocárdica - Aumenta o Volume Sistólico
Aumenta a Diurese
Mínimo Efeito sobre a Frequência Cardíaca (FC)
Efeitos Adversos
Palpitações, Taquicardia, Náuseas e Vômitos
Efeitos Desejados
Receptores α1
Vasoconstrição das Arteríolas e Veias - Aumenta Resistência Vascular Periférica (RVP) -
Aumenta a Pressão Arterial (PA)
Efeitos Adversos
Vasoconstrição Periférica, Hipertensão, Taquiarritmias, Hipoperfusão Renal, Escaras e
Gangrena de Extremidades
Página 165
Farmacocinética
Miócitos Cardíacos
Página 166
Atividade não é mediada por Receptores - Baseia-se na Inibição seletiva da Fosfodiesterase III
Provocando um Acúmulo de AMPc no Miocárdio
Aumento do AMPc Intracelular - Efeitos Inotrópico, Vasodilatador, Lusitrópico
Aumento da Força de Ejeção
Aumento da Frequência Cardíaca
Aumento da extensão do Relaxamento do Miocárdio
Preferível usar a Milrinona
Mecanismo de Ação Misto - Bloqueio da Fosfodiesterase III (PDEIII) + Bloqueio de Canal de Na+
Efeitos Farmacológicos
Usos Terapêuticos
Milrinona
Farmacocinética
Página 167
Excreção - 10-40% Inalterados na Urina
Efeitos Colaterais mais Raros
Efeitos Adversos
Sensibilizadores de Cálcio
Levosimendan
Agentes Inotrópicos
Aumento do [Ca+] Intracelular Mais Arritmogênicos
Aumento do Consumo de O²
Mecanismo de Ação
Página 168
Inibe Fosfodiesterase III (PDE III) - Efeito Vasodilatador
Diminui Interleucina 6 (IL-6) e Fatores de Apoptose Cardíaca
Efeitos Farmacológicos
Farmacocinética
Efeitos Adversos
Não aumenta o Risco de Hipotensão e Isquemia em pacientes com Insuficiência Cardíaca por
Infarto do Miocárdio
Efeitos Clínicos
Usos Terapêuticos
Página 169
Perspectiva
Página 170
4.3. Farmacologia da Contração e Relaxamento do Músculo Liso
Músculo Liso Vascular
Contração - Vasoconstrição
Dilatação - Vasodilatação
Relaxamento
Fármacos Vasoativos
Ação Indireta
Ação Direta
Página 171
Vasoconstritores
Vasodilatadores
Fármacos Vasodilatadores
Principais Efeitos
Usos Terapêuticos
Hipertensão
Angina
Arritmias
Insuficiência Cardíaca
Propriedades Farmacológicas
Ação Direta
Página 172
Bloqueador Vasodilatação Inotropismo Cronotropismo Dromotropismo Frequência
Arteriolar Negativo (-) Negativo (-) Negativo (-) Cardíaca (FC)
Nifedipina 5 1 1 0
Nimodipina 5 1 1 0 -
Diltiazem 3 2 5 4
Verapramil 4 4 5 5
Efeitos Colaterais
Farmacocinética
Propriedades Farmacológicas
Ação Direta
Efeitos Colaterais
Página 173
Aumento do Débito Cardíaco (DC) e do Consumo de O² - Associar a β -Bloqueadores
Hipertricose - Minoxidil
Intolerância a Glicose - Diazóxido
Prolongamento do Trabalho de Parto - Diazóxido
Farmacocinética
Metabolismo Hepático
Eliminação Renal
Relaxamento de Arteríolas
Página 174
Efeitos Colaterais
Vasodilatação Excessiva
Uso Prolongado - Toxicidade e Acúmulo de Cianeto/Tiocianato - Fraqueza e Náuseas
Nitratos Orgânicos
Cefaleia
Tonteira e Fraqueza
Hipotensão Postural
Tolerância e Dependência
Farmacocinética
Nitroprussiato (Fotossensível)
Hidralazina
Propriedades Farmacológicas
Página 175
Efeitos Colaterais
Farmacocinética
Propriedades Farmacológicas
Ação Indireta
Página 176
Efeitos Colaterais
Receptor AT1 Ativado - Ativa Proteína Gq - Ativa Fosfolipase C (PLC) - A PLC converte o
PIP² produzindo segundos mensageiros IP³ e DAG
IP³ - Aumenta a concentração de Ca+ Intracelular
DAG - Ativa a Proteína Quinase C (PKC) - Irá Fosforilar outras proteínas
AT1
AT2
Propriedades Farmacológicas
Ação Indireta
Página 177
Farmacocinética
Fármacos Inodilatadores
Milrinona
Levosimendan
Mecanismo de Ação
Página 178
4.4. Neurotransmissores - Transmissão GABAérgica e Glutamatérgica
Síntese do GABA
Potencial de Ação - Promove o Influxo de Ca+ para a Fibra Pré-Sináptica, promovendo a fusão
das Vesículas contendo GABA com a Membrana Pré-Sináptica, e a Exocitose do GABA para a
Fenda Sináptica
Metabolismo do GABA
Tiagabina
Página 179
Receptores de GABA GABA A GABA B GABA C
Tipo Ionotrópico Metabotrópico - Gi ou Gq Ionotrópico
Local Pós-Sináptico Pré e Pós-Sináptico Pós-Sináptico
Principalmente Medula Espinhal Retina
Efeitos Abertura de Canais de Cl- Inibe Adenilil Ciclase Abertura de
Resposta Rápida Abertura de Canais de K+ e Canais de Cl-
Fechamento de Canais de Ca+ Resposta Lenta
Agonistas Muscinol, Gaboxadol Baclofen -
Usado como Relaxante
Muscular na Esclerose Múltipla
Antagonistas Bicuculina, Picrotoxina Faclofen Picrotoxina
Moduladores Benzodiazepínicos - Zinco
(Ansiedade/Epilepsia/Insônia
/Relaxante Muscular)
Barbitúricos (Epilepsia)
Drogas Z (Insônia)
Zolpiden, Zopiclone,Zaleplon
Receptor GABA A
Página 180
Moduladores Alostéricos - Receptor GABA A
Benzodiazepínicos
Usos Clínicos
Ansiolíticos
Sedativos
Anticonvulsivantes e Antiepilépticos
Relaxantes Musculares
Tratamento da Insônia
Farmacocinética - Benzodiazepínicos
Lipofílicos
Administração - Intramuscular (IM), Intravenosa (IV), Via Oral (VO)
Ligação a Proteínas Plasmáticas
Metabolismo Hepático - CYP3A4
Eliminação Renal - Glicuronídeo
Página 181
Flumazenil - Antagonista Competitivo dos Benzodiazepínicos
Não Bloqueia os Efeitos do próprio GABA ou de Barbitúricos, somente Antagoniza os
efeitos dos Benzodiazepínicos
Agonista
Ansiolítico Relaxante Muscular Amnésico
Hipnótico-Sedativo Anticonvulsivante Dependência
Agonista Parcial
Apenas Ansiolítico
Antagonista
Nenhum Efeito Clínico
Agonista Inverso
Pró-Mnésico - Aumenta a Memória Pró-Convulsivante
Ansiogênico
Barbitúricos
Página 182
Usos Clínicos
Farmacocinética
Altamente Lipofílicos
Administração - Intravenosa (IV), Via Oral (VO)
Metabolismo Hepático - CYP450
Eliminação Renal
Efeitos Colaterais
Drogas Z
Ansiedade e Medo
Amígdala
Amígdala recebe estímulos de Neurônios GABAérgicos que tem Efeito Inibitório sobre os
impulsos que saem dela
Benzodiazepínicos ou Barbitúricos, podem aliviar a Ansiedade e o Medo
Por aumentarem a Estimulação do GABA sobre a Amígdala - Exercendo Efeitos Inibitórios
sobre as áreas de hiperatividade da Amígdala
Página 183
Transtorno do Pânico
Insônia
Área Pré-Óptica Ventrolateral Ativa - Envia Neurônios GABAérgicos que agem Inibindo o
Núcleo Tuberomamilar
Núcleo Tuberomamilar Inibido - Não promove a Estimulação via Neurônios Histaminérgicos
para Córtex e Área Pré-Óptica Ventrolateral
Estimulando o Sono
Antagonistas Seletivos H1
Vigília Normal
Aumentar as Neurotransmissões Dopaminérgicas durante o Dia
Pode Reduzir o Filtro e permitir, assim, que Impulsos Sensoriais suficientes cheguem
ao Córtex
Vigília Normal
Página 184
Vigília
Área Tegmental Ventral Ativa - Enviam projeções Inibitórias Dopaminérgicas para o Núcleo
Accubens e para o Córtex Pré-Frontal
Núcleo Accubens Inibido - Ficam Inibidas as projeções GABAérgicas que atuam como o
Filtro Talâmico, assim permitindo que Neurônios Glutamatérgicos suficientes cheguem ao
Córtex Pré-Frontal
Vigília e Alerta
Sonolência
Modafinila, Cafeína
Inibem o Núcleo Accubens, impedindo que projeções GABAérgicas atuem como o
Filtro Talâmico, permitindo que Neurônios Glutamatérgicos suficientes cheguem ao
Córtex Pré-Frontal Vigília e Alerta
Moduladores Alostéricos Positivos de GABA A - Drogas Z* e Benzodiazepínicos
Drogas Z, Benzodiazepínicos - Atuam estimulando a ação do GABA sobre Receptores
GABA A promovendo, aumentado a ação do Filtro Talâmico, impedindo que Neurônios
Glutamatérgicos suficientes cheguem ao Córtex Pré-Frontal Sonolência Excessiva
Glutamato
Aminoácidos Excitatórios
Glutamato
Síntese de Glutamato
Página 185
Terminal Pré-Sináptico
Células da Glia Produzem Glutamina
Glutamina ----- Glutaminase ------> Glutamato
Potencial de Ação - Promove o Influxo de Ca+ para a Fibra Pré-Sináptica, promovendo a fusão
das Vesículas contendo Glutamato com a Membrana Pré-Sináptica, e a Exocitose do Glutamato
Células da Glia
Receptores de Glutamato
Receptores Ionotrópicos
Receptor NMDA
Receptores Metabotrópicos
Grupo I
Localização - Terminal Pós-Sináptico
Receptor Metabotrópico Ativo - Ativam Fosfolipase C (PLC) - Produz segundo mensageiro
IP³ - Aumentando o nível Intracelular de [Ca+]
Grupo II e Grupo III
Localização - Terminal Pré-Sináptico
Receptor Metabotrópico Ativo - Inibem a Adenilil Ciclase - Diminuindo o AMPc Intracelular -
Diminuindo o nível Intracelular de [Ca+] - Diminuindo a Liberação de Glutamato
Página 186
Função
Metabotrópicos
Grupo I Pós Sinápticos
mGluR1, mGluR5 Ativam Fosfolipase C (PLC) - Produzem IP³
Grupo II Pré-Sinápticos
mGluR2, mGluR3 Inibem Adenilil Ciclase - Diminuem o AMPc Intracelular
Grupo III Diminuem a Liberação de Glutamato
mGluR4, mGluR6, mGluR7, mGluR8
Ionotrópicos
AMPA Abrem Canais de Na+ - Despolarizam Neurônios
Ácido amino-3-hidroxi-5-metil-4-isoxazolpropiônico Agonista de AMPA - Piracetam e Aniracetam
Cainato Usados na Demência
Repouso - Bloqueados por Íons Magnésio [Mg+]
Cotransmissor - Glicina ou D-Serina
NMDA - N-metil-D-aspartato Despolarização com Na+ - Abre Canais de Ca+
Antagonistas - Quetamina (Anestésico), Fenciclidina (Agente
Psicomimético), Dizocilpina (MK-801), Remacemida,
Gaciclidina (GK-11) e Memantina
Plasticidade Sináptica
Transmissão Normal
Potencial de Ação - Promove o Influxo de Ca+ para a Fibra Pré-Sináptica, promovendo a fusão
das Vesículas contendo Glutamato com a Membrana Pré-Sináptica, e a Exocitose do Glutamato
Glutamato na Fenda Sináptica
Receptor AMPA - Ativado pelo Glutamato promove a abertura de Canais de [Na+],
gerando um Influxo de [Na+] e Despolarizando a Fibra Pós-Sináptica
Página 187
Receptor NMDA - Em Repouso se encontra Bloqueado por Íons Magnésio [Mg2+]. Após a
Despolarização da Fibra Pós-Sináptica, ocorre o Deslocamento destes Íons [ Mg2+], Ativando
o Receptor NMDA, que permite então um Influxo de [Ca+]
Receptor Metabotrópico - Ativado pelo Glutamato, Ativa a Fosfolipase C (PLC), que produz
os segundos mensageiros IP³ e DAG. O IP³ age aumentado o Ca+ Intracelular e o DAG ativa
a Proteína Quinase C (PKC)
Excitoxicidade
Excitoxicidade - Mecanismo
Página 188
Memantina - Antagonista Não Competitivo dos Receptores de NMDA. Utilizado no
Tratamento da Doença de Alzheimer
Vias Glutaminérgicas
Esquizofrenia
Hipofunção dos Receptores NMDA nas Projeções Corticais para o Tronco Cerebral -
Hiperatividade da Via Dopaminérgica Mesolímbica
Neurotransmissão Envolvida
Página 189
4.5. Neurotransmissores - Sinapses Serotoninérgicas
Serotonina
5-Hidroxitriptamina
5-HT
Células Enterocromafins
Sistema Nervoso Central - Neurônios Serotoninérgicos
Plaquetas - Não sintetiza Serotonina, somente Capta e Armazena 5-HT
Receptores Serotoninérgicos
Página 190
Receptor 5-HT1A
Receptor 5-HT1D
Página 191
Possíveis Funções dos Receptores Pós-Sinápticos de Serotonina (5-HT)
Hormônios
Depressão
Ansiedade
Cognição
Inibição de Neurônios Piramidais Corticais
Sono
Alucinações
Inibição da Liberação de Dopamina
Estímulo da Liberação de Glutamato
Excitação de Neurônios Piramidais Corticais
Obesidade
Humor
Cognição
Regulação da Liberação de Dopamina e Noradrenalina
Vômitos
Regulação de Interneurônios Inibitórios
Ritmos Circadianos
Humor
Sono
Página 192
Ações Opostas sobre a Liberação de Dopamina
Página 193
Êmese
Informações são transportadas por Neurônios Aferentes Sensitivos e Vias do SNC até
Centros mais altos do Sistema Nervoso Central (SNC)
Estimulando Receptores Muscarínicos (Acetilcolina) localizados no Centro do Vômito
Estímulo - Cinetose
Alterações no Ouvido Interno, no Labirinto envia estímulos aos Núcleos Vestibulares via
Receptores H1 e Receptores Muscarínicos
Fármaco - Antagonistas do Receptores H1, Antagonistas do Receptores Muscarínicos
Dos Núcleos Vestibulares são enviadas informações ao Centro da Zona de Gatilho que
chegam através dos Receptores D2 e 5-HT3
Zona de Gatilho - Estimula Receptores Muscarínicos localizados no Centro do Vômito
Fármaco - Antagonistas da Dopamina, Antagonistas 5-HT3
Age enviando informação para indução da Êmese através de Nervos para Receptores
Somáticos e Viscerais
Fármaco - Antagonistas do Receptores Muscarínicos
Ondansetron Tropisetron
Granisetron Dolasetron
Efeitos Colaterais
Cefaleia Desconforto Gastrointestinal
Página 194
Enxaqueca
Mecanismos Periféricos
5-HT - Age no Receptor 5-HT2 no Endotélio Vascular promovendo a Liberação de Óxido Nítrico
Mecanismos Centrais
Página 195
Propriedade dos Alcaloides do Esporão do Centeio
Síndrome Carcinóide
Sintomas
Rubor Broncoconstrição
Diarreia Tonteira
Hipotensão Desmaio
Comportamento Psicótico
Página 196
Diagnóstico
Ciproeptadina Metissergida
Ansiedade
Distúrbios da Ansiedade
Tratamento
Buspirona
Agonista Parcial 5-HT1A
Inicio do Efeito Tardio - Mecanismos Indiretos ?
Ineficaz na Síndrome do Pânico
Efeitos Colaterais
Depressão
Fisiologicamente
Depressão
Página 197
Grupo Exemplos Ação Efeitos Colaterais
Antidepressivos Imipramina Inibem a Recaptação de Sedação, Hipotensão
Tricíclicos Amitriptilina 5-HT e Noradrenalina Postural, Constipação,
(ADT) Nortriptilina Boca Seca / Visão
Clomipramina Embaçada, Risco de
Arritmias, Convulsão
Inibidores Seletivos Fluoxetina Altamente Seletivos 5-HT Náusea, Insônia,
da Recaptação de Fluvoxamina (Mais Prescritos) Disfunção Sexual
Serotonina Paroxetina
(ISRS) Citalopram
Sertralina
Inibidores da Tranilcipromina Diminuem a Degradação Hipotensão Postural,
Monoaminoxidase Isocarboxazida das Monoaminas Ganho de Peso, Agitação,
(I-MAO) Moclobemida (MAO-A) Insônia, Risco
Hepatotóxico
Fluoxetina
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5. Referências Bibliográficas
BRUNTON L. L.; CHABNER B. A.; KNOLLMANN B. C. - As Bases
Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman- Porto Alegre, 12° Ed.,
Editora Artmed, 2012.
HALL J. E. & GUYTON - Tratado de Fisiologia Médica - Rio de Janeiro, 12° ed.,
Elsevier, 2011.
HARRISON - Medicina Interna - Rio de Janeiro, 16° ed., Editora Mc Gay Hill,
2005.
ROBBINS & COTRAN - Bases Patológicas das Doenças - Rio de Janeiro, 8° ed.,
Elsevier, 2010.
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