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Definição: É a ciência que avalia os aspectos qualitativos e quantitativos relativos aos processos de
liberação, absorção, distribuição e eliminação (biotransformação e excreção) de fármacos no organismo.
Quando o fármaco entra por uma via de administração vai ser absorvido, começa a ser liberado no
organismo. Vai ser liberado e distribuído na corrente sanguínea, depois de distribuído, ele vai fazer efeito.
Vai ser biotransformado para ficar fácil para ser secretado, e finalmente vai ser excretado.
Após executar o efeito esperado no organismo o fármaco vai sofrer uma biotransformação da
molécula, de modo a transformar essa molécula capaz de ser excretada, como a urina é formada
principalmente de água, para que essa molécula (do fármaco) seja capaz de ser excretada (na urina) ela
precisa ser hidrossolúvel. Como os fármacos para que tenham ação e passem pela membrana plasmática
precisa estar na sua forma lipossolúvel e quem executa essa transformação é o fígado. Sem o fígado
praticamente não existe biotransformação (de todos os fármacos). Qualquer paciente com comprometimento
hepático vai ter problemas na biotransformação dos fármacos e assim vai ter que fazer ajuste de doses.
Quase todos os fármacos são biotransformados no fígado.
Quando você toma uma dose do medicamento o fármaco passa por 3 fases bem distintas:
1ª FASE - fase Farmacêutica = Desintegração da forma farmacêutica; Dissolução da substância ativa.
É a Fase do Fármaco – onde ele desintegra a forma farmacêutica, ele tem de ser quebrado no
estômago (se o fármaco tiver a ação no estômago), vai liberar um pó, se for cápsula ele vai também
desintegrar o pó, e o Princípio Ativo dissolve com o suco gástrico. Por isso que tem que se tomar com água,
porque se não tomar com água, não tem como dissolver o Princípio Ativo da Forma Farmacêutica, então
quando isso acontece considera que o fármaco está disponível para absorção, ou seja ele tem disponibilidade
farmacêutica.
Ex.: Então, se estou com dor de cabeça qual forma vai fazer o efeito mais rápido? Uma dipirona
comprimido, uma neosaldina, ou uma dipirona líquida? A dipirona líquida em primeiro lugar, a dipirona
comprimido em segundo e em terceiro lugar a neosaldina Drágea.
2ª FASE da Farmacocinética = onde vai ser absorvido, distribuído, biotransformado e excretado. Quando
ele está disponível para a liberação, a gente diz que ele tem disponibilidade biológica. Quando o fármaco
chega no local de ação para fazer efeito a gente diz que ele está na fase Farmacodinâmica, que é a liberação
do fármaco com receptor, com enzima, com proteína, seja lá onde o fármaco vai agir, e aí vai gerar o efeito.
FASES DA FARMACOCINÉTICA
Liberação, absorção, distribuição, biotransformação (metabolismo) e excreção
LIBERAÇÃO
- As formas convencionais de dosagem: Que são aquelas onde a dissolução geralmente é mais rápida que a
absorção.
- As formas de liberação programada: Não se tem uma taxa constante, sendo ela liberada gradativamente.
Aumentam a margem de segurança, pois permite o uso de fármacos de alta toxicidade e meia-vida biológica
muito curta.
Qual o principal objetivo da administração do medicamento de liberação programada nas doenças
crônicas? Diminuir o número de administração do medicamento. Porque se você mantém a liberação
programada, você aumenta bastante a meia-vida e com isso não precisa ficar tomando várias doses do
medicamento. Outro exemplo: Tem um medicamento que é usado para epilepsia Tegretol (carbamazepina),
no passado as pessoas tinham que tomar de 4 em 4 hs, hoje você toma 2 vezes ao dia, porque existe o
Tegretolretard toma mais espaçado e logo menos doses são administrados. Aumenta a margem de segurança
porque permite o uso de fármaco de alta toxicidade, com padrão hidrológico muito curta, e vai liberando
gradativamente e diminui o risco de toxicidade.
ABSORÇÃO
Absorver compreende a passagem do fármaco (após este ter sido desintegrado, dissolvido e liberado)
para a corrente sanguínea. Absorver é transpor barreiras biológicas (membranas), desde o local de
administração até os líquidos de distribuição do organismo (compartimento central).
Adsorver é o contrário de absorver. Adsorver é reter, impedir a passagem. Ex. carvão ativado impede
a absorção e promove a adsorção. O fármaco se liga ao carvão e é eliminado, pois o carvão não é absorvido.
Só existe uma via que não sofre absorção (nesse caso o fármaco não transpõe nenhuma membrana), que é a
endovenosa, pois o fármaco já é administrado na própria corrente sanguínea, por isso é a que tem efeito mais
rápido. Todas as outras vias sofrem absorção.
Vias de absorção
Via de administração sublingual - vai direto pra corrente sanguínea, logo após passar pela barreira
da mucosa oral. A absorção é imediata. Porém, não dá toda hora para administrar remédio por essa via, pois,
dependendo da natureza do fármaco este pode gerar lesões na mucosa (região muito sensível), como
irritações e até úlceras (a depender da substância). Ex. quem tem angina (contração rápida e forte da aorta)
tem que ter sempre um isordil (vasodilatador) pra por de baixo da língua em casos de emergência (a aorta
tem que ser imediatamente dilatada). Ex. um comprimido de AAS infantil, pondo debaixo da língua de
paciente que estão enfartando, reduz em 30% a chance de morte desses pacientes (antiagregante
plaquetário).
Na mucosa gástrica e intestinal, os fármacos absorvidos por essa via gastrointestinal, existe um
sistema de vaso chamado sistema porta. Então o medicamento é levado para o fígado, antes de chegar à
circulação sistêmica. Nesse ponto tem-se um problema, pois parte desse fármaco pode se perder no fígado,
sendo biotransformado. Quando a indústria farmacêutica faz os testes sobre um medicamento, ela tem que
descontar o que pode ser perdido em processo como este e o quanto de fato chega até a corrente sanguínea.
Ex. a cada 10 mg ingeridas, 9 são biotransformadas no fígado e apenas 1mg chega até a corrente sanguínea.
Eu preciso de 5mg pra fazer efeito. Então deve-se aumentar a dose. Porém, vale ressaltar que um fármaco
desenvolvido para uma via não pode ser administrado por outra, com grande risco de intoxica e matar o
paciente.
Na mucosa retal existe 2 tipos de vaso, as veias hemorroidais superiores e as inferiores. As
superiores levam para o fígado, enquanto que as inferiores levam direto para a circulação sistêmica. Logo
50% vai pra o fígado e 50% vai fazer efeito direto. Em termos de absorção, é mais vantajosa que a via oral,
o problema é o incomodo, o desconforto de usar, é inconveniente, anti-higiênico, modo certo de introdução.
Possui muita interferência.
Mucosa nasal – não tem absorção sistêmica nenhuma (exceto pela cocaína), pois não chega corrente
sanguínea sistêmica. A cocaína é o único fármaco que é absorvido pela mucosa nasal. Descongestionantes
nasais só tem efeito local, caso você não o engula. Só teria efeito sistêmico se chegar aos alvéolos
pulmonares (que tem cerca de 200 m² de vasos), esses sim têm estrutura para absorver um fármaco e gerar
um efeito sistêmico rápido e central, muitas vezes.
Regiões subcutânea e submuscular – nessas regiões os fármacos são absorvidos pelos vasos
sanguíneos. A subcutânea, é uma região pouco vascularizada (normalmente o fármaco passa do tecido
subcutâneo para o músculo para sofre absorção). O músculo absorve rápido por ser muito vascularizado.
OBS - Protocolo padrão na emergência (aplica-se): ranitidina (para proteger o estômago), antiermético
(vonal, para vômito), buscopan composto (que já vem com dipirona, para dor e como relaxante), geralmente
por via endovenosa (que não tem absorção, mas o efeito é imediato).
Fatores que influenciam na absorção
São 7 os fatores listados:
Ex.1 - a hidrolorotiazida, que é um diurético mais usado no mundo todo, tem sua absorção diminuída com
dieta normal ou com dieta rica em carboidratos. Para que a absorção desse medicamento não seja
prejudicada, você tem que tomá-lo em jejum.
Ex. 2 - Ampicilina, que é um antibiótico muito usado, tem que ser tomada longe das refeições, pois todos os
alimentos tendem a interagir com ela e diminuir sua capacidade de absorção.
Ex. 3 - ciprofloxacina, que é uma quinolona de terceira geração, que de 5 anos para cá começou a ser muito
usada na odontologia para situações onde você não tem resposta para infecções odontogênicas por
anaeróbio. Tem sua absorção diminuída por leite, iogurte, alimentos ricos em ferro, manganês, zinco, cálcio.
Deve ser tomada 2h antes das refeições ou 3h após.
Ex. 4 - Tetraciclina, tem sua absorção reduzida entre 50 a 90% quando interage com alimentos ricos em
cálcio e manganês. É um fármaco muito usado no tratamento de periodontites graves.
Ex. 5 - ferro, tem absorção diminuída pela interação com alimento gerais e principalmente básicos. O sulfato
ferroso, no melhor cenário tem uma taxa de absorção de apenas 20%. Caso interaja com medicamentos, essa
taxa tende a ser ainda menor. Deve ser tomado com medicamentos cítricos.
Ex. 6 - Levodopa, medicamento usado para o Parkinson, tem sua absorção diminuída por alimentos ricos em
proteínas e ferro. Por exemplo, carne.
Ex.7 - Cefalosporina, tem diminuição e retardo da absorção quando interage com refeição regular.
Ex. 8 - Metotrexato (usado para tratamento de doenças autoimunes, como o lúpus, artrite) – interage com
café da manhã e diminui a velocidade de absorção e extensão da absorção.
Ex. 9 - Captopril (anti-hipertensivo), tem que ser tomado em jejum, pois refeições regulares afetam
negativamente a absorção desse fármaco.
Ex. 10 - paracetamol, tem sua absorção retardada quando interage com refeições ricas em carboidrato (Não
se pode dar paracetamol com açúcar para crianças). Existem também medicamentos que tem sua absorção
aumentada quando interage com alimentos.
Ex. 1 – Ergotamina (analgésico), tem sua absorção aumentada quando se associa à cafeína.
Ex. 2 – Teofilina (antiasmático) tem seu efeito aumentado quando associada a café, chá e outras bebidas que
contenham cafeína.
Ex. 3 – Fenitoína (anti-convulsivante) tem absorção aumentado com refeições regulares e dieta rica em
gordura.
Ex. 4 – Propanolol (anti-hipertensivo), tem sua absorção aumentada com dieta normal;
Ex. 5 – Metoprolol (beta-bloquador usado para doenças cardiovasculares, dentre elas a hipertensão), tem sua
absorção aumentada com dieta normal.
Ex. 6 – Griseofulvina (antifúngico), tem sua absorção aumentada com substâncias oleosas.
OBS – Existem fármacos que podem ter sua absorção prejudicada ou melhorada com a interação com
alimentos. A grande maioria dos fármacos pode ser usadas nas refeições (analgésicos, antinflamatórios,
antibióticos, exceto suas exceções citadas acima), porém, quando não se pode, é necessário saber, pois tais
interações resultam em muita perda de absorção do fármaco. Inclusive, nas informações técnicas da bula,
deve ter a informação de esse fármaco faz interação com alimentos.
2) Solubilidade
A nossa membrana é formada por uma bicamada lipídica, em que existe uma cabeça polar (hidrofílica),
formada por glicerol e ácido fosfórico; e uma cauda apolar (hidrofóbica), formada por ácidos graxos.
Quando o fármaco é lipossolúvel, ele consegue passar livremente pela membrana. Porém, quando ele é
hidrossolúvel, ele não vai conseguir passar livremente pela membrana, ele não vai ser absorvido, pois para
ser absorvido, um fármaco precisa passar de uma célula para a outra para ser distribuído também.
Quando ele é hidrofílico, o fármaco tende a ficar preso (não faz difusão passiva).
Dessa forma:
1) A lipossolubilidade: permite a passagem do fármaco pela bicamada lipídica das membranas
biológicas através da difusão passiva.
2) A hidrossolubilidade: só ocorre absorção quando existem nas membranas sistemas
transportadores específicos ou canais e poros hidrofílicos. (Se o fármaco for hidrossolúvel ele não passa por
difusão passiva, requer transportadores)
Difusão simples – é a favor do gradiente de concentração. Vai do meio mais concentrado para o menos
concentrado. Não gasta ATP.
Para fármacos hidrossolúveis, existem os transportes especializados:
1) difusão facilitada (tem transportador, mas não gasta ATP). Quando um fármaco faz interação
com um alimento, a preferência é de que sempre o alimento seja absorvido no lugar do fármaco. Isso se dá
pois o fármaco está usando o transportador que originalmente serve para transportar aquele nutriente. A
mesma proteína que se usa pra transportar um fármaco é aquela que se usa para transportar um nutriente.
Logo, quando se está competindo, logicamente o corpo tende a absorver mais nutrientes, pois esse transporte
foi feito para a absorção do nutriente e não do fármaco. Sempre a preferência vai ser do nutriente. Ex.
Levodopa é absorvida por difusão facilitada, que é absorvida pela mesma atpase que absorve proteína. Se eu
tiver muita proteína, eu vou absorver a proteína e não a levodopa.
2) Transporte ativo é realizado por ATPases, tem gasto de ATP e vai contra o gradiente de
concentração. É a forma eficiente de absorção, mas gera muitos gastos.
3) Difusão por poros – são pouquíssimos fármacos que conseguem ser absorvidos por poros, pois
requer ter baixo peso molecular e ser muito volátil. Um exemplo é o etanol e o metanol. Por isso que se você
bebe de estômago vazio, você fica bêbado muito rápido, ele é rapidamente absorvido pelos poros
estomacais.
4) Endocitose e exocitose - são processos que ocorrem mais com substâncias fisiológicas.
Raramente se vê isso com fármacos. (endocitose – envaginação da molécula; exocitose - liberação de uma
vesícula).
3) pH do meio e o pKa da droga
Para ocorrer a difusão passiva, o fármaco tem que estar na forma não ionizada, que a gente chama de
forma molecular, ou seja, sem cargas, sem prótons. Para que ocorra a absorção, o fármaco não pode estar
ionizado.
Ácidos são doadores de prótons, e bases recebem prótons. Ácido em meio ácido não doa prótons
(nem recebe prótons, não acontece nada), ou seja, fica na forma não ionizada, molecular (passível de
absorção), ácido em meio básico se dissocia em função do pH do meio e se ioniza, reduzindo sua
capacidade de absorção por difusão passiva.
Um fármaco ácido no estômago (com pH ácido) não vai se ionizar, vai se manter na forma
molecular, estando, portanto, na forma como este pode ser absorvido. Já um fármaco básico, quando
chega ao estômago, com pH ácido, se dissocia e se ioniza, pois passa a receber prótons vindas do meio
ácido. Mas quando este mesmo fármaco chegar ao intestino (principalmente ao jejuno e ao ílio, pois o
duodeno ainda é ácido) ela volta a forma não ionizada, capaz de ser absorvida pelo organismo, via
difusão passiva.
4) Circulação local
Quanto mais vascularizado uma região é, maior a taxa de absorção de uma substância.
DISTRIBUIÇÃO
Após o fármaco ser liberado e absorvido, ele vai ter que chegar aos mais diferentes tecidos do
organismo. A forma como ele chega, então, é chamada de distribuição. Quando se toma um comprimido
(por ser uma forma farmacêutica de via oral) esse fármaco absorvido foi para o fígado (onde parte do mesmo
foi biotransformado), depois foi para circulação geral, e daí foi para o coração para ser mandado para os
mais diferentes tecidos. Quando se usa via endovenosa, já vai mais rápido pois este é lançado no vaso, e por
isso, já se distribui por diferentes tecidos.
A maioria dos fármacos são lipossolúveis, logo, apresentam dificuldade para circular pela corrente
sanguínea. Nesses casos, eles “pegam carona” com as proteínas plasmáticas para se distribuir rapidamente.
Então, normalmente a fração total de fármaco no sangue é o fármaco unido à proteína plasmática mais o
fármaco livre. F Total = F unido + F livre.
O fármaco ligado à proteína plasmática serve como um depóstio, e o livre é o fármaco capaz de fazer
efeito (pois só nessa forma ele é capaz de sair do vaso e ir para o tecido fazer efeito).
Ex. Lidocaína (anestésico mais usado na clínica) – dura até 3h. A lidocaína tem 60% de ligação com
a proteína plasmática (estando no vaso). Isso quer dizer que 40% da lidocaína já tá pronta pra fazer efeito
imediato.
Bupivacaína (mais usado em hospitais ou para procedimentos muito longos) - dura 8h. A
bupivacaína tem 95% de ligação à proteína plasmática. Isso quer dizer que 95% da bupivacaína tá no vaso, e
apenas 5% tá livre pra fazer efeito imediato.
Por isso a lidocaína faz efeito mais rápido, embora dure pouco, e a bupivacaína demore mais para
fazer efeito, mas tenha uma duração bem mais prolongada, pois vai liberando de 5 em 5%, enquanto que a
lidocaína libera o fármaco da proteína numa taxa maior (40% + 40% depois os 20% restante)
1) Albunina (é a mais importante do nosso organismo, porém decai com a idade, por isso que paciente
idosos devem passar por ajuste de dose). Corresponde a 0,4% do peso total do nosso organismo. É a
mais importante por se ligar a TODOS OS FÁRMACOS ÁCIDOS.
2) Alfa 1 Glicoproteína Ácida – é a principal proteína que se liga a fármacos básicos, como lidocaína,
propranolol, quinidina, imipramina... etc.
3) Lipoproteínas - HDL, LDL, VDL – se ligam a fármacos gordurosos (lipofílicos). Transportam
ativamente lipídeos no plasma e fármacos básicos, ex.clorpomazina e imiprimina.
4) Eritrócitos – se ligam mais a fármacos básicos, orgânicos. Ex. clorpomazina e imiprimina
5) Proteínas endógenas (o fármaco pode utilizar transportadores de substâncias endógenas quando é
semelhante à mesma): Transferrina – transporta o ferro; Transcortina – transporta corticoides;
Toranscobalamina - transporta vitamina B12
Acúmulo de fármacos
A distribuição de um fármaco não é uniforme. Desse modo, existe a tendência do fármaco a se
acumular em alguns locais como o tecido adiposo, rins, fígado... A tendência é que exista uma
manutenção do equilíbrio entre o plasma e o tecido, conforme esse vai liberando o fármaco lentamente.
O fármaco acumulado uma hora vai sair. O problema é que, em alguns órgãos, até ele sair, pode
causar um estrago considerável.
Então, existem 2 locais onde não se deve acumular fármaco de nenhuma maneira (dois locais
críticos):
1) Barreira hemato-placentária (se eu acumular fármaco no feto, eu posso trazer prejuízo pro feto)
2) Barreira hemato-encefálica (se eu acumular fármaco no cérebro, eu posso gerar um dano
neuronal).
Existem fármacos que se acumulam em pacientes obesos, e fica dias sendo liberado, mesmo depois
que o paciente parou de ingeri-lo, e ainda tem efeitos colaterais durante dias. Porém nesses casos
(quando se acumulam nos rins, olhos, ossos, gordura, pulmão), fora os efeitos colaterais, tal fármaco não
vai trazer grande problemas, o que já não pode ser dito das barreiras acima.
Barreira hemato-placentária
A placenta é uma barreira. É um conjunto de tecidos entre a circulação materna e a circulação fetal.
Essa barreira só permite a passagem de fármacos muito lipofílicos, apolares e de baixo peso molecular.
Mas infelizmente, nem todos os fármacos de baixo peso molecular são isentos de toxicidade para o feto.
Muitos fármacos conseguem atravessar a placenta, como: tiopental, anestésicos, álcool, antibióticos,
morfina e heroína, cocaína (drogas de abuso), o que pode trazer grande prejuízos ao feto. Isso também
não quer dizer que todo fármaco que passe a placenta vai trazer prejuízos para o feto. Existem muitos
casos de mães que precisam tomar corticoides para maturar o pulmão do bebê, ou antibióticos, para
tratar a sífilis congênita. Existem fármacos que precisam passar a BHP.
Na década de 60 ocorreu um problema grave com a talidomida, que hoje é um fármaco usado no
tratamento de hanseníase e linfoma, mas na década de 60, esse fármaco foi usado para enjoo de gravidez.
Porém esse só foi testado em uma espécie animal, em ratos, e pra infelicidade o rato metabolizava a
talidomida e não chegava no feto, característica que o ser humano não tem. O resultado foi o nascimento
de crianças com focomielia (forma de foca), com má formações nos braços e nas pernas.
De 3000 substância que são teratogênicas em animais, 1 só é teratogênica no ser humano. E a
talidomida fugiu a regra. Hoje, um fármaco só pode ser usado em um ser humano se ele for testado antes
em pelo menos 3 espécies diferentes.
Por conta desse episódio, a FDA criou uma tabela para classificação dos fármacos quanto ao risco
para a gestação (teratogenia – geração de monstro humano).
De 0 a 3 semanas é o período do tudo ou nada – ou aborta ou não acontece nada, pois nesse período
não há mitose, então não se tem como interferir na divisão celular. De 4 a 8 semanas é o período mais
crítico, pois está ocorrendo a organogênese (formação do órgão), e ocorre intensa divisão celular (é onde
ocorre as piores má formações).
A partir de 9 semanas vai ocorrer o crescimento e maturação dos órgãos.
A – Estudos controlados em mulheres não demonstraram risco no primeiro trimestre. Estudos bem
controlados em gestantes não evidenciaram risco para o feto.
Ex: Iodotirina, Liotrix, Citrato de Potássio, Cloreto de Potássio, Hidrato de cloral, Enflurano,
Metoclopramida, ácido fólico.
A FDA raramente põe um fármaco nessa categoria, pois se ela colocar, ela tá eximindo qualquer
chance de qualquer problema com esse fármaco.
B - Não há evidências de risco em humanos. Estudos animais demonstraram risco – não confirmado
em humanos – quando não há estudos em humanos; mas os estudos em animais foram negativos.
Ex: Amoxicilina, Ampicilina, Cefalosporinas, Sulfadiazina, Nistatina, Brometo de Ipratrópio,
Terbutalina, Dimenidrato, Meclizina, Amilorida, Fluoxetina, Metildopa
Nesse grupo estão a maior parte dos medicamentos que nós usamos.
C - O risco não pode ser excluído. Faltam estudos em humanos, e os animais são positivos para o
risco fetal ou não estão disponíveis. Entretanto, podem ser administrados se o benefício justificar o risco
fetal.
Ex: Carbamazepina, Pilocarpina, Heparina, Atropina, Dipirona, Clorpromazina, Dopamina,
Metronidazol, Quinolonas, Clindamicina, Epinefrina, Lidocaína, BCG, Tifóide, Digoxina, Quinidina,
Cloroquina.
Por exemplo, a carbamazepina tem 1% de chance de causar distúrbios de tubo neural. Não existe
nenhum anticonvulsivante que esteja na categoria B, os mais seguros são os da C.
D - Há evidências positivas de risco fetal, mas o benefício do uso por mulheres grávidas pode ser
justificado.
Ex: Tetraciclina, Azatioprina, Varfarina, Ergotamina, AAS e Ibuprofeno (C/D), Ácido Valpróico,
Fenobarbital, Isoniazida, Fenitoína, Lítio, Diazepam, Benzotiazida, Furosemida, Vacina de febre
amarela.
Sabe-se que é teratogênico, mas se não tiver outro jeito vai ter que usar. A heparina é categoria C,
mas se a grávida for alérgica a esse tem que usar Varfarina que é D. Exemplo, a gravida está com
convulsão, a carbamazepina, que é categoria C, não resolveu, todos os outros anticonvulsivantes são
categoria D. Você tem que escolher, ou você dá um fármaco altamente teratogênico, ou você deixa a
mulher morrer convulsionando. Só que se ela convulsionar, a falta de oxigênio do feto também é
teratogênica, talvez até mais que o fármaco, então nesses casos o uso se justifica.
Não se pode usar de maneira nenhuma. Só existe uma condição para se usar a tetraciclina na
gravidez, se a mulher tiver síflis congênita, se ela for alérgica ou se nenhum outro antibiótico resolver.
BIOTRANSFORMAÇÃO (METABOLISMO)
Objetivo da biotransformação: tornar a droga mais polar, mais hidrossolúvel, pra poder ser
facilmente excretada pelos rins. A eliminação de um fármaco compreende a biotransformação e a excreção,
porque se ele não sofre biotransformação, ele não consegue ser excretado, ou seja, se não houvesse esse
mecanismo de polarização, as substancias ficariam retidas indefinidamente no organismo.
O diazepam é muito lipossolúvel, de modo que se acumula muito no tecido adiposo. O autor fez uma
proporção dizendo que, se a pessoa não tivesse fígado, o diazepam ficaria 10 anos circulando pelo
organismo sem ser eliminado. Toda vez que chegasse ao rim, seria reabsorvido (tudo que chega no rim e é
lipossolúvel, é reabsorvido).
O objetivo da biotransformação é tornar a droga mais polar (hidrossolúvel) para ser facilmente
excretada pelos rins, a partir da urina.
Já para ser absorvido, o fármaco precisa ser lipossolúvel. O fígado faz a transformação de lipo para
hidrossolúvel.
Se não houvesse esse mecanismo de polarização, a substância permaneceria indefinitivamente no
organismo;
Ex: Na ausência do fígado, o Diazepam, por exemplo, permaneceria por mais ou menos 10 anos
circulando no organismo.
OBS: Seria muito difícil de excretar um fármaco muito lipofílico pela urina, já que toda vez que este
atingisse o túbulo contorcido distal, seria reabsorvido.
O fármaco pode sofrer uma simples reação ou reações sucessivas até chegar no seu metabólito final;
Nós o chamamos de fármaco até este sofrer a biotransformação. Após ela, passa a ser chamado de
metabólito;
Por isso, o fármaco pode ser excretado na sua forma de fármaco ou de metabólito.
OBS: A maioria é excretada na forma de metabólito
Muitos fármacos sofrem numerosas reações e os produtos dessa reação são farmacologicamente
inativos;
Fígado:
Principal órgão biotransformador;
Possui muitas enzimas, o complexo citocromo P450 possui mais de 1000 enzimas responsáveis pela
transformação do fármaco num metabólito;
Outros órgãos que fazem biotransformação:
1. Pulmão
Ex: Quando a pessoa ingere bebida alcóolica, há o hálito com cheiro cetônico, pois, nas primeiras 6hrs,
eliminamos o metabólito do álcool pela respiração, sendo essas horas cruciais para detecção pelo bafômetro.
2. Intestino
- Biotransforma fármacos que não foram absorvidos
Ex: Laxante: Não possui absorção, por isso, o intestino o transforma num metabólito mais fácil de ser
excretado pelas fezes.
3. Sangue
- Biotransforma substâncias de abuso
Ex: Crack, que é biotransformado por esterases sanguíneas rapidamente
1, Enzimas microssomais:
Presentes no fígado;
Localizadas na parte lisa do RE das células, principalmente hepáticas;
São mais de 1000 enzimas, que fazem parte do Complexo citocromo P-450 (P-450 é a faixa de
leitura no espectro fotômetro);
Todos os fármacos lipossolúveis sofrem reações de oxidação por essas enzimas;
Essas enzimas agem em grupos de 4-5 enzimas que atacam o fármaco;
São as enzimas mais importantes do fígado
Reações metabolizadoras:
As reações de biotransformação são reações químicas, como reações de oxidação, hidrólise...
Essas reações de biotransformação podem ser divididas em dois tipos:
As enzimas não-microssomais do fígado irão transferir uma parte hidrossolúvel do substrato para o fármaco;
ou seja, as enzimas irão conjugar os grupos funcionais das drogas ou dos metabólitos destas ao substrato;
Em toda reação de conjugação ou síntese, processa-se uma prévia ativação, seja na substância endógena
(mais frequente), seja na droga (menos frequente), para que seja realizada a síntese.
Os grupos funcionais das drogas, normalmente, são: hidroxila, carboxila e amina
Os grupos funcionais de substâncias endógenas (do substrato), mais doados as drogas são: metila,
ácido acético, ac. Sulfúrico, ac. glicurônico e aminoácidos
A fase dois só tem uma finalidade, a excreção; não tendo função de ativação, como a fase um.
Há vários tipos de reação de fase dois:
1. Metilação
1.1 N-metilação
1.2 O-metilação
1.3 S- metilação
2. Acetilação
3. Conjugação com ácido sulfúrico
4. Conjugação com ácido glicurônico – É a reação mais comum!
5. Conjugação com aminoácido
Se o fármaco for muito lipossolúvel, pode passar pelas duas fases (fase um e dois);
Um fármaco que seja muito lipofílico, sofre fase um e forma um intermediário, por ainda não ser capaz de
ser excretado. Irá sofrer fase dois, onde será conjugado a um substrato do fígado, que é lipofílico para daí
formar o metabólito final;
Já um fármaco hidrofílico, pode ser excretado na sua forma original ou apenas pode passar pela fase um;
Há alguns casos em que as reações de fase dois estejam ineficientes gerem efeitos adversos, pois, até a 6ª
semana de vida, temos baixa da enzima Glicuronil-transferase, que transfere o grupamento ácído
glicurônico para o fármaco, gerando dificuldade de metabolizar determinados fármacos. Há 2 efeitos
adversos importantes em RN:
1. Kernicterus
Há uma incompatibilidade sanguínea, a Eritoblastose fetal, que ocorre quando a mãe possui Rh
– e o pai, Rh +. Se o primeiro filho ao nascer, possua Rh +, produzira anticorpos contra Rh +,
sendo necessário vacinar, pois, no segundo filho, esses anticorpos irão produzir uma hemólise
no feto, formando muita bilirrubina, que irá para a bainha de mielina e irá formar o Kernicterus,
que é o depósito de bilirrubina na bainha de mielina.
Porém, o Kernicterus também pode ser induzido por medicamentos, como salicilatos (AAS) e
sulfonamidas. Pois, estes medicamentos se ligam a albumina, que antes se ligava a bilirrubina.
A bilirrubina, livre, irá para o fígado e não será biotransformada e então irá se depositar,
atravessando a barreira hemato encefálica e se depositando na bainha de mielina.
2. Síndrome Cinzenta:
O Clorafenicol também é metabolizado no fígado, pela Glicuronil-transferase. Como até a 6ª
semana de vida, há baixa desta, ele irá se acumular e agirá na mitocôndria da medula óssea,
causando hipóxia.
Esse medicamento, acumulado no sangue irá causar: Coloração acinzentada da pele, vômitos,
hipotermia, flacidez muscular, colapso respiratório e morte.
Se houvesse uma concentração normal da glicuronil-transferase, esta iria transferir um
grupamento polar do ácido glicurônico para o Clorafenicol, o transformando em Clorafenicol
inativo, um metabólito.
2. Fatores fisiológicos:
2.1 Idade
Feto – Não metaboliza nada, a mãe faz esse papel;
Prematuro e recém-nascido – Até a 6ª semana é muito dificultosa a biotransformação;
Idosos – deficiência de elaboração de enzimas
2.2 Sexo:
Hormônios femininos inibem o sistema enzimático microssomal.
Ex: O estrogênio inibe a desidrogenase alcoolica, por isso, a mulher metaboliza 40% mais
lento o álcool. Porém, este fator varia, já que quanto mais bebemos, mais enzimas
produzimos e com o tempo, pode ter a mesma quantidade de enzimas que o homem.
2.3 Nutrição:
Diminuição ou falta de ingesta alimentar pode levar a diminuição do substrato endógeno.
2.4 Temperatura corporal:
Aumento da temperatura causa o aumento da biotransformação pela ativação de enzimas
do metabolismo.
2.5 Patologias hepáticas:
Hepatite e cirrose
3, Fatores farmacológicos – Quando um fármaco pode afetar a biotransformação de outro, aumentando ou
diminuindo-a.
3.1 Indução enzimática:
Acelera a biotransformação, e reduz o efeito de outro fármaco;
É indutor da enzima microssomia, não do fármaco;
A indução enzimática:
Aumenta a velocidade de biotransformação hepática da droga;
Aumenta a velocidade de produção dos metabólitos;
Aumenta a depuração hepática da droga (saída da droga do fígado);
Diminui a meia-vida sérica da droga;
Diminui as concentrações séricas da droga livre e total (Se há mais fármaco
biotransformado, há mais fármaco ligado e fazendo efeito);
Diminui os efeitos farmacológicos se os metabólitos forem inativos.
Fatores modificadores do
metabolismo dos fármacos
Inibição Enzimática
São os fármacos que inibem a biotransformação. Então Certas substâncias inibem as enzimas que
metabolizam fármacos.
Cimetidina: que é um medicamento para tratamento de úlceras e gastrite é o maior inibidor enzimático da
farmacologia que inibe cerca de 60% das enzimas microssomais, por isso hoje se utiliza omeoprazol (parte
que não entendi min +/- 47);
Cloranenfinicol: é um antibiótico que se utiliza pouco hoje em dia porque é um potente inibidor utilizada
como solução otológica, colírio;
Dissulfiram: é o medicamento que se utiliza para tratar o alcollismo porque ele inibe da enzima
desidrogenase
Aldeídica que aumenta o ... e o paciente passa muito mal com enjoo náusea;
1. Captação e metabolização do fármaco - ao menos parcial, por um ou mais órgãos, antes da sua
entrada na circulação geral.
2. Estes órgãos funcionam como uma espécie de barreira (filtro) para substâncias estranhas ao
organismo. Porque os fármacos são substâncias estranhas ao organismo em que a tendência é a
expulsão desse fármaco
3. Para muitas drogas, o metabolismo de primeira passagem não é significativo (Poderá ter valor nulo
até a remoção completa).
Quando se observa este metabolismo, grande parte da droga é degradada pela parede intestinal e pelo fígado,
com redução da biodisponibilidade e diminuição da resposta terapêutica. Então tem que se aumentar a dose
inicial
Ex.: Se tem um fármaco que sobre redução de 90% sobre o efeito de primeira passagem, e se é utilizado
10mg e sofre redução resta apenas 1mg então tem que se aumentar a dose para 90mg para que haja 10mg na
corrente sanguínea porque é perdido 80mg no fígado. EX.: a morfina por via oral utiliza 10mg, por via
injetável 1mg. Vários fármacos injetáveis nem se comparam com os de via oral porque sofrem efeito de
primeira passagem ex.; o fármaco para pressão atenolol, quando se realizou testes por via oral se iniciou
com 5mg e foi até 120mg e não gerou toxicidade e ao se aplicar 5mg por via endovenosa foi toxico
causando alterações no batimento cardíaco, pressão, ou seja das 120mg muito se é perdido no fígado pelo
efeito de primeira passagem o que torna muito diferente a dose inicial da concentração final que está na
corrente sanguínea por isso o que faz efeito é a concentração que se tem no plasma que é o fármaco diluído
no sangue, mas da dose inicial aquela que a gente dá não significa que das 500mg tudo estará na corrente
sanguínea, porque ocorre o efeito de primeira passagem.
Não se é aconselhável mudar as formas de administração, por exemplo, um remédio de via oral se
utilizar por via sublingual por que a dose oral pode ser muito maior para sofrer o EPP nos órgãos e
sendo absorvida por via sublingual haverá maior concentração sanguínea podendo levar a morte.
EXCREÇÃO
Secundárias
1. Salivar - necessita de muito cuspe para excreção e como geralmente o grande volume de saliva é
engolido será reabsorvido ou excretado pelas fezes, utilizada em casos de homicídio para detectar
drogas.
2. Mamária: embora apenas 3%do que é ingerido pela mãe seja transmitido dependendo da droga pode
ser grave como: sibutramina Diazepam, cocaína,
ex.: a mãe que dava plantão e para se manter acordada tomava anfetamina e como era lipofílico se
acumulava na gordura do leite e a criança teve overdose.
Néfron
Néfron é a unidade funcional do rim e possui néfrons ativos e inativos e para ter insuficiência é
necessária muita agressão porque 30% encontram se inativo como forma de reserva.
Constituído:
2. Capsula de bowman onde ocorre filtração glomerular e onde ocorre a principal filtração
3. Tubo contorcido proximal:
4. Alça de henle ascendente e descendente: que para excreção não tem muita importância, mas são
importantes no controle da pressão arterial e os diuréticos mais importantes do mercado são os de
alça.
5. Tubo contorcido distal:
6. Ducto coletor:
1. Filtração Glomerular ocorre na capsula de bowman onde passarão todos os fármacos de baixo peso
molecular, porem uma grande maioria não passa porque estarão hidrofílicos e pesados
principalmente se tiverem sofrido de fase 2 e tiveram conjugação de algum substrato endógeno.
A excreção é o contrário da absorção a maior parte da excreção é por transporte ativo e a absorção é
por difusão simples/passiva;
Então maior parte da excreção vai ocorrer no TCP a excreção ativa de algumas drogas
principalmente ácidos.
O transporte ativo é um dos mais importantes porque liga o fármaco a uma atpase, liga de um lado e
joga para dentro.
TCD é responsável pelo controle final, se o fármaco chegou aqui e está hidrossolúvel ele sairá, mas
se estiver lipossolúvel ele será reabsorvido.
A cápsula é uma barreira permeável.
PERMEÁVEL À:
-Água;
-Eletrólitos e moléculas de baixo PM;
-E todas as Substâncias lipossolúveis (de elevado coeficiente de partição lipídeo/água.)
IMPERMEÁVEL À:
- Proteínas = proteína na urina retrata um não controle da doença que para gravida pode significar uma pré-
eclampsia, para portadores de doença renal e hipertensos.
- Fração ligada da droga = que está ligada a uma proteína
- Fração livre de elevado PM; geralmente as drogas que sofreram reação de fase 2 não passam porque estão
pesadas
2. Secreção tubular (TCP)
- é a forma mais eficiente de excreção porque o TCP é concentrado em mitocôndria que produz ATP que
será utilizado para transporte ativo para secretar os fármacos, é a Passagem de substâncias do capilar para o
lúmen tubular;
Fármacos altamente lipossolúveis facilmente atravessam a membrana por difusão podendo ser
reabsorvidos, por isso medicamentos como o Diazepam toda vez que chegassem ao TCD seria
reabsorvido.
E assim como na absorção o que determina a reabsorção tubular é:
- Bases são receptoras de prótons ficando ionizados, já os ácidos são doadores de prótons ficando ionizados;
- Acido no meio ácido não recebe nem doa, assim como as bases.
- Uma base no meio ácido recebe prótons e um ácido no meio básico doa prótons, ou seja, de acordo com o
PH do meio o fármaco se dissocia ou não, determinando sua liposolubilidade, consequentemente sua
secreção ou absorção tubular ou seja se alterar o PH da urina altera a excreção
Acido fraco torna a urina alcalina, um ácido que é doador a maior parte dele vai estar ionizada e a
menor molecular;
Ácido doando prótons aumenta secreção e excreção secreção porque é TCP;
Base fraca no meio ácido: a base que é receptora no meio ácido ela vai ficar ionizada como e TCP
está falando de secreção, então aumenta a secreção e excreção, se estivesse falando de TCD aumentaria a
excreção e diminuiria reabsorção;
Em algumas situações acidifica ou alcaliniza a urina:
Acidificação para:
Reduzir a quantidade de sulfas para fazer com que as sulfas fiquem mais tempo no rim
Ou para fazer com que haja aumento na secreção de morfina, antidepressivos tricíclicos, anfetamina
que são drogas básicas;
Alcalinização da urina: intoxicação por drogas acidas a tendência é alcalinar a urina diminui a absorção
para ácidos e aumenta a excreção para bases;
Na insuficiência renal; os idosos tem a função renal diminuída, ocorre acúmulo de fármacos e é necessário
o ajuste da dose e Monitorização plasmática de fármacos.