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FARMACOCINÉTICA: ESTUDA O MOVIMENTO DA DROGA NO CORPO HUMANO.

 4 etapas: absorção, distribuição, metabolização, eliminação


 Absorção: Dependendo de como for administrado o fármaco irá passar por alguma barreira
do organismo ou não (intravenosa=sem absorção). Ele terá de ser absorvido até chegar na
circulação.

Efeito de primeira passagem no fígado: o fígado é um órgão biotransformador. O fármaco que passa
por ele pode ser: Desativado, passar de maneira intacta, ser ativado. Pode ocorrer a passagem várias
vezes.
*Pró-fármaco são ativados após os efeitos de primeira passagem pelo fígado (ou outros órgãos).
Eliminação pré-sistêmica: inativação do fármaco antes de chegar na circulação sistêmica.
Ativação pré-sistêmica: ativação do fármaco antes de chegar na circulação sistêmica.
A absorção pelo TGI exige que o fármaco apresente um certo grau de lipossolubilidade.

Os
ácidos são

compostos instáveis, se ionizando quando doam prótons. Quanto menor for o valor numérico do pK, em
uma escala de 1 a 14, mais forte ele é e mais fácil se ioniza.
As bases geralmente são moléculas estáveis e se ionizam quando elas recebem prótons. Quanto maior
o valor numérico do pKb, em uma escala de 1 a 14, para as bases, mais forte ela é e mais facilmente se
ioniza
Aprisionamento iônico:
Droga ácida se acumula em regiões de pH básico;
Droga básica se acumula em regiões de pH ácido.

absorção circulção sanguinea espaço extracelular espaço intracelular

Velocidade que a droga atinge o local de ação=taxa de absorção e


taxa de distribuição.
*ionização do fármaco não influencia sua saída dos vasos, o pH do
sangue que vai influenciar.
Fatores que influenciam na taxa de absorção: Membranas
biológicas, Propriedades físico-químicas do fármaco, como a droga será absorvida, local de absorção,
vias de administração.
Bioequivalência: Comparação entre dois fármacos
diferentes com o mesmo princípio ativo, mesma
dosagem e mesma via de administração. Se utiliza a
concentração x tempo. Se compara a curva dos dois
fármacos, e um só será bioequivalente ao outro se as
curvas forem iguais.
 Distribuição: Após chegar na corrente sanguínea o fármaco irá se distribuir por todo o
corpo, dependendo de suas características irá adentrar os diferentes compartimentos
corporais.
Fatores dependentes: Lipossolubilidade e ionização da droga, tamanho da molécula, vascularização do
tecido, pH local.
Volume de distribuição: Elevado (fármaco distribuído pelo corpo com pouco restante na circulação),
Pequeno (fármaco fica preso no plasmo por conta de ligação com proteínas plasmáticas).
Quanto menor a interação do fármaco com ptnas plasmáticas, mais rapidamente ele será absorvido. Os
fármacos na circulação se dividem em Fração livre e fração ligada a ptna plasmáticas.
O fármaco ligado a ptna plasmática tende a manter um equilíbrio, se desligando e se tornando livre.
Dos fármacos ligados a maioria fica como fração de deposito em que não é metabolizado, outra parte é
chamada fração de transporte, estes são metabolizados.
Quanto maior for a capacidade do fármaco se manter livre, menor será seu tempo de meia vida e
menor será o tempo entre uma dose e outra.
A PP albumina é a mais importante, ela se liga a fármacos ácidos (+) e básicos. Os fármacos básicos
são mais transportados pela α-1-glicoproteína ácida.
*Quando se tem dois fármacos diferentes ao mesmo tempo na corrente sanguínea que podem disputar
a ligação com a PP, o fármaco com maior afinidade vai se ligar deixando o outro mais livre, podendo
levar este mais livre a ficar tóxico se seu índice toxico for próximo do índice terapêutico.
Diminuição na LPP leva a uma maior distribuição do fármaco pelo corpo e menor concentração no
sangue.
 Metabolismo: Os fármacos são modificados pelo organismo, podendo ser degradados
(oxidação, redução, hidrólise) ou usados para síntese de novas substancias (conjugação). Essa
transformação pode inativar ou aumentar os efeitos do fármaco. O metabolismo do fármaco
pode ser influenciado por: inibição enzimática, indução enzimática, tolerância, idade, patologia,
sexo.

A biotransformação do fármaco visa transforma-lo em hidrossolúvel para ser mais facilmente


excretado pelos rins. *nem sempre os fármacos são totalmente metabolizados.
A biotransformação têm duas etapas: dar reatividade ao fármaco por meio de oxidação, redução e
hidrólise. A segunda faz o mesmo reagir a outras estruturas químicas por meio da glucação (F + ácido
glicuronico), sulfatação e acetilação.
Locais de biotransformação e enzimas: fígado, pulmão, intestino, sangue.
-Fração mitocôndria (monoamino-oxidase – MAO): Biotransforma as aminas biológicas (ex: dopamina).
São enzimas presentes na membrana das mitocôndrias e atuam no controle da concentração das
aminas.
-Fração microssômica (citocromo P450): Estrutura esferoide oriunda do REL, o P450 é um complexo
enzimático muito importante para metabolizar principalmente fármacos com alto grau de
lipossolubilidade. Estes que atuam muito no SNC.
-Fração solúvel (amidases, desidrogenases, transferases): Livre no citoplasma, desidrogenases
realizam a oxirredução, as transferases transferem e conjugam grupos químicos para promover a
hidrossolubilidade do fármaco.
Indução enzimática (- eficácia): ocorre quando um fármaco induz a produção aumentada de enzimas
que Biotransforma outro fármaco ou o mesmo. Isso ocasiona maior metabolização, maior excreção,
menor qtde de fármaco no sangue, diminuição da meia vida, diminui os efeitos do fármaco se o mesmo
for inativo.
Inibição enzimática: ocorre quando um fármaco inibe a produção da enzima que metaboliza um outro.
Gera aumento da concentração, tempo de meia vida, e os efeitos farmacológicos aumentam se os
metabolitos forem inativos. Pode gerar toxidade.
 Excreção: Ocorre a excreção principalmente pelos rins, sistema hepato-biliar, pulmão, leite
materno e também por: glândulas sudoríparas, salivares e lacrimais.
Processos renais de eliminação: filtração glomerular, secreção tubular, difusão através do epitélio
tubular.
Fármaco livre é passivamente filtrado, já os fármacos conjugados (Aniônicos ou catiônicos) ocorre de
forma ativa através de receptores específicos.
Eliminação por cinética de primeira ordem: não apresenta grande risco toxicológico pois o fármaco
será excretado em poucas horas. Transporte passivo de acordo com o gradiente. Fármacos desse tipo
tem meia vida de geralmente 4 hrs e meia.
Eliminação por cinética de ordem zero: Como é dependente do número de receptores específicos
disponíveis, existe uma maior preocupação toxicológica, a meia vida desse tipo de fármaco é maior.
*por dia filtramos cerca de 190 litros, sendo que apelas 1,5 litros vira urina.
Ciclo entero-hepático: O fármaco poderá ser excretado com as
fezes dependendo do peristaltismo e se o fármaco ainda se
encontra lipossolúvel.
*mesmo após conjugação, hormônios e análogos sintéticos que
voltam ao intestino sofrem interação com as bactérias da flora
intestinal, que os deixa lipossolúvel novamente, ocorrendo
reabsorção.
*Antibióticos como o Rifampicina e o Rifabutina comprometem a
flora intestinal, diminuindo a permanência de anticoncepcionais
no organismo e diminuindo sua eficácia.
Para evitar a reabsorção de fármacos pelos rins, se deve alterar o pH urinário. Sendo assim, se
deve evitar a lipossolubilidade do fármaco na urina. Deixando a urina alcalina o fármaco ácido será
melhor eliminado, deixando o pH ácido os fármacos básicos são melhor eliminados.

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