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A vigilância em saúde da qualidade da água é reconhecida mundialmente como uma

estratégia essencial para assegurar padrões de segurança e qualidade.

Uma importante estratégia para melhorar a qualidade dos sistemas de abastecimento de


água é a vigilância. Vigilância em saúde pública pode ser definida como um sistema articulado de
ações que asseguram a coleta, a análise e a interpretação de dados acerca de eventos de saúde
específicos que afetam a população, incluindo a rápida disseminação dos resultados para todos
aqueles que são responsáveis pela prevenção e pelo controle3. A vigilância da água de
abastecimento público deve ser parte desse sistema, visando assegurar padrões de segurança e
qualidade aceitáveis para o consumo humano, em conformidade com metas de saúde
predeterminadas. A vigilância não substitui ou isenta de responsabilidade empresas e
companhias de tratamento da água na realização dos seus controles operacionais.

O Programa Nacional de Vigilância da Qualidade da Água para Consumo Humano


(Vigiagua) foi criado ao final da década de 19805, sendo a concentração de fluoreto um
parâmetro relevante para avaliação da qualidade da água de consumo, seja pelo potencial de
provocar fluorose dentária, quando em níveis elevados, seja pela possibilidade de prevenção da
cárie dentária, quando em níveis adequados. Por isso, estabelecer níveis de segurança para o
fluoreto em águas de consumo humano é uma medida imprescindível de proteção à saúde6.
Neste sentido, a Portaria MS nº 2.9147, em vigor desde 2011, estabelecia que a água potável
deve estar em conformidade com o padrão de substâncias químicas que representam risco à
saúde, sendo 1,5 mg F/L o valor máximo permitido de íon fluoreto. Em 2017, a Portaria MS nº
2.914 foi incorporada pela Portaria de Consolidação nº 58, que reafirma os padrões de
potabilidade da água e consolida as deliberações anteriores de forma permanente.

Entre os parâmetros para a determinação dos padrões de qualidade da água, destaca-se o


íon flúor (fluoreto). Junto com outros parâmetros, como turbidez, cloro residual, colimetria,
agrotóxicos e mercúrio, o fluoreto é um importante indicador, porque os valores da sua
concentração na água podem representar proteção ou risco à saúde da dentição. Revisão crítica
recente sobre riscos à saúde humana decorrentes do fluoreto na água confirmou que a única
associação em âmbito populacional com concentrações abaixo de 4,0 mg F/L se deu com a
fluorose dentária, um distúrbio de desenvolvimento do esmalte que ocorre durante a formação do
dente, caracterizado por hipomineralização e maior porosidade da região imediatamente abaixo
da superfície do esmalte dentário.

Ideia central: a empresa de saneamento e a vigilância fazem controle, mas pode haver
falhas

“É uma política de governo, pactuadas as responsabilidades nos três níveis de gestão. Faz
parte de um trabalho feito pelos técnicos e especialistas da vigilância sanitária e da própria
empresa de abastecimento de água, através da quantidade recomendada de flúor na água de
abastecimento (0,7 ppm, em lugares de clima mais quente). O controle é feito com aparelhos,
fazendo-se cumprir a legislação. Esse controle é feito por profissionais de saúde bucal e
bioquímicos, profissionais competentes que lidam com a qualidade de vida da população. A
adição de flúor é controlada de acordo com o produto ao qual ele é adicionado e a frequência
com que vai ser utilizado, sendo medida a sua concentração em ‘ppm’ (partes por milhão) ou
porcentagem. Nas águas de abastecimento pode-se fazer medições frequentes para em seguida
se adicionar mais ou menos flúor e nos produtos como creme dental, controla- -se ainda na
fabricação.”

Ideia central: existe controle, mas não é eficaz

“Existe um controle, mas já houve casos de queixas de alergia que sugere que o flúor
esteja em excesso. Também houve alterações no sabor”. Ideia central: o controle existe, mas não
sei explicar “Não tenho dados, no momento, para responder. Não sei com exatidão quais nem
como. Sei que existe e o governo é responsável pelo controle desse flúor. Se o governo controla
o nível de flúor nas águas, essa ação com certeza teve como base pesquisas nesta área”

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