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———— (Âmbito)
Convindo cumprir o disposto naquela norma; a) ‹‹Sistema Nacional de Protecção Civil (SNPC)››,
conjunto de órgãos e serviços do Estado
O Presidente da República decreta, nos termos da alí- responsáveis pela política de protecção civil e
nea l) do artigo 120.° e do n.° 3 do artigo 125.°, ambos da
pelas entidades públicas e privadas com o dever
Constituição da República de Angola, o seguinte:
especial de colaboração nas situações de
iminência ou de ocorrência de acidente grave,
Artigo 1.º — É aprovado o Regulamento sobre as
Atribuições, Competências, Composição e Modo de Fun- catástrofe ou calamidade, respeitando o prin-
cionamento dos Centros de Coordenação Operacional de cípio de comando único assente na coordenação
Protecção Civil, anexo ao presente diploma e do qual é parte institucional e do comando operacional;
integrante. b) ‹‹Centros de Coordenação Operacional de Pro-
tecção Civil (CCOPC)››, órgãos integrados no
Art. 2.º — É revogada a legislação que contraria o dis- Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombei-
posto no presente Decreto Presidencial. ros que coordenam as acções estruturais e
operacionais, relativas às normas e proce-
Art. 3.º — As dúvidas e omissões que resultarem da
dimentos que asseguram que todos os agentes
interpretação e aplicação do presente diploma são resolvidas
pelo Presidente da República. do sistema nacional de protecção civil actuem,
no plano operacional, articuladamente sob um
Art. 4.º — O presente Decreto Presidencial entra em comando único, sem prejuízo da respectiva
vigor na data da sua publicação. dependência hierárquica e funcional;
c) ‹‹Zona de sinistro (ZS)››, superfície na qual se
Apreciado em Conselho de Ministros, em Luanda, aos desenvolve a ocorrência, de acesso restrito,
25 de Agosto de 2010. onde se encontram exclusivamente os meios
Publique-se. necessários à intervenção directa, sob a respon-
sabilidade exclusiva do posto de comando
Luanda, aos 30 de Setembro de 2010. operacional;
d) ‹‹Zona de apoio (ZA)››, zona adjacente à ZS, de
O Presidente da República, JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS.
acesso condicionado, onde se concentram os
———————— meios de apoio e logísticos estritamente neces-
sários ao suporte dos meios de intervenção ou
REGULAMENTO SOBRE AS ATRIBUIÇÕES,
onde estacionam meios de intervenção para
COMPETÊNCIAS, COMPOSIÇÃO E MODO
resposta imediata;
DE FUNCIONAMENTO DOS CENTROS
e) ‹‹Zona de concentração e reserva (ZCR)››, zona
DE COORDENAÇÃO OPERACIONAL
do teatro de operações onde se localizam
DE PROTECÇÃO CIVIL
temporariamente meios e recursos disponíveis,
CAPÍTULO I sem missão imediata, onde se mantém um
Disposições Gerais sistema de apoio logístico e assistência pré-
-hospitalar e onde têm lugar as concentrações e
ARTIGO 1.° trocas de recursos pedidos pelo posto de
(Objecto)
comando operacional;
O presente diploma regula as Atribuições, Competên- f) ‹‹Zona de recepção de reforços (ZRR)››, zona de
cias, Composição e Modo de Funcionamento dos Centros de controlo e apoio logístico, sob a responsa-
Coordenação Operacional de Protecção Civil. bilidade do Centro de Coordenação Operacional
I SÉRIE — N.º 192 — DE 8 DE OUTUBRO DE 2010 2633
da área onde se desenvolve o sinistro, para onde zações internacionais, através dos órgãos com-
se dirigem os meios de reforço atribuídos pelos petentes;
Centros de Coordenação Operacional Nacional, g) Assegurar o desencadeamento das acções conse-
Provincial e Municipal (CCON) antes de atin- quentes às declarações das situações de alerta,
girem a Zona de Concentração e Reserva (ZCR) de contingência e de calamidade.
no teatro de operações.
3. O Centro de Coordenação Operacional Nacional inte-
CAPÍTULO II gra representantes dos agentes de protecção civil, previstos
Atribuições e Competências dos Centros no n.° 1 do artigo 18.° da Lei n.° 28/03, de 7 de Novembro,
de Coordenação Operacional Nacional, Provinciais e de outras entidades que cada ocorrência em concreto
e Municipais de Protecção Civil venha a justificar.
2. São atribuições do Centro de Coordenação Opera- 2. São atribuições dos Centros de Coordenação Opera-
cional Nacional, designadamente: cional Provinciais, designadamente:
a) Integrar, monitorizar e avaliar toda a actividade a) Integrar, monitorizar e avaliar toda a actividade
operacional, quando em situação de acidente operacional, quando em situação de acidente
grave, catástrofe ou calamidade; grave, catástrofe ou calamidade;
b) Assegurar a ligação operacional e a articulação b) Assegurar a ligação operacional e a articulação
nacional com os agentes de protecção civil e provincial com os agentes de protecção civil e
outras estruturas operacionais no âmbito do outras estruturas operacionais no âmbito do
planeamento, assistência, intervenção e apoio planeamento, assistência, intervenção e apoio
técnico ou científico nas áreas de emergência e técnico ou científico nas áreas de emergência e
socorro; socorro;
c) Garantir que as entidades e instituições integrantes c) Garantir que as entidades e instituições integrantes
do Centro de Coordenação Operacional Nacio- dos Centros de Coordenação Operacional
nal accionem, no âmbito da sua estrutura Provinciais accionem, no âmbito da sua estru-
hierárquica, os meios necessários ao desen- tura hierárquica e ao nível do escalão provincial,
volvimento das operações, bem como os meios os meios necessários ao desenvolvimento das
de reforço; acções;
d) Assegurar o fluxo permanente de informação d) Difundir comunicados e avisos às populações e às
estratégica com os Serviços de Protecção Civil e entidades e instituições, incluindo os órgãos de
Bombeiros Provinciais e Municipais, nomea- comunicação social;
damente, na iminência ou em caso de acidente e) Avaliar a situação e propor ao Governador Pro-
grave, catástrofe ou calamidade; vincial medidas no âmbito da solicitação de
e) Difundir comunicados e avisos às populações, às ajuda nacional.
entidades e às instituições, incluindo os órgãos
de comunicação social; 3. Os Centros de Coordenação Operacional Provinciais
f) Avaliar a situação e propor à Comissão Nacional de integram os representantes dos agentes de protecção civil e
Protecção Civil que formule junto do Executivo das demais entidades que cada ocorrência em concreto
pedidos de auxílio a outros países ou às organi- venha a justificar.
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5. Os Agentes de protecção civil, sem prejuízo do dis- b) Coordenar operacionalmente os comandos provin-
posto na Lei n.° 28/03, de 7 de Novembro, têm o dever legal ciais de operações de protecção civil;
de apoiar com meios e equipamentos necessários, as acções c) Assegurar o comando e controlo das situações que
de protecção civil, de acordo com as suas especificidades. pela sua natureza, gravidade, extensão e meios
envolvidos ou a envolver requeiram a sua inter-
CAPÍTULO IV venção;
Gestão de Operações d) Promover a análise das ocorrências e determinar as
acções e os meios adequados à sua gestão;
ARTIGO 9.° e) Assegurar a coordenação e a direcção estratégica
(Estruturas de direcção e comando) das operações de protecção civil;
f) Acompanhar em permanência a situação opera-
1. As instituições representadas nos Centros de Coorde- cional no domínio das entidades integrantes do
nação Operacional dispõem de estruturas de intervenção sistema nacional de protecção civil;
próprias que funcionam sob a direcção ou comando único, g) Apoiar técnica e operacionalmente o Executivo;
sem prejuízo da respectiva dependência hierárquica e h) Preparar directivas e normas operacionais e
funcional. difundi-las aos escalões inferiores para planea-
mento ou execução;
2. O Serviço Nacional de Protecção Civil e Bombeiros i) Propor os dispositivos nacionais, os planos de afec-
dispõe de uma estrutura orgânica e operacional própria, tação de meios, as políticas de gestão de recur-
competindo-lhe assegurar o funcionamento permanente dos sos humanos e as ordens de operações.
Centros de Coordenação Operacional.
ARTIGO 12.°
Operações Nacionais
Compete ao Departamento de Planeamento de Opera-
ARTIGO 10.° ções:
(Comando Nacional de Protecção Civil)
a) Assegurar o funcionamento permanente do comando
1. O Comando Nacional de Protecção Civil é constituído nacional, encaminhando os pedidos de apoio for-
pelo Comandante Nacional de Protecção Civil, pelo mulados e assegurando a ligação entre serviços,
2.° Comandante Nacional de Protecção Civil e compreende estruturas e principais agentes de protecção civil;
o Departamento de Planeamento de Operações. b) Assegurar a monitorização permanente da situação
nacional e a actualização de toda a informação
2. O Comando Nacional de Protecção Civil pode ainda relativa às ocorrências e ao empenhamento de
dispor, extraordinariamente, através do Serviço Nacional de meios e recursos, garantindo o registo cronoló-
Protecção Civil e Bombeiros, de meios específicos próprios, gico da evolução das situações, nomeadamente
aéreos, terrestres, aquáticos e de comunicações. a que decorrer de acidentes graves, catástrofes
ou calamidades;
3. O Comandante Nacional de Protecção Civil, sempre c) Assegurar a execução das decisões operacionais,
que se mostre necessário, pode aprovar normas de carácter nomeadamente sobre a gestão estratégica dos
operativo com vista a determinar as equipas de intervenção dispositivos de intervenção e a gestão da comu-
permanente destinadas à intervenção prioritária em missões nicação de emergência, de acordo com o risco e
de protecção civil. a informação disponível de apoio à decisão;
d) Mobilizar e apoiar o funcionamento dos centros
ARTIGO 11.° móveis de gestão estratégica e operacional;
(Competências) e) Garantir, em articulação com os serviços compe-
tentes, a divulgação e difusão de comunicados,
São competências do Comando Nacional de Protecção avisos e alertas às populações e entidades inte-
Civil, no âmbito do sistema, designadamente: grantes que provenham do Centro de Coorde-
nação Operacional Nacional;
a) Garantir o funcionamento, a operatividade e a f) Organizar as telecomunicações impostas pelas neces-
articulação com todos os agentes integrantes do sárias ligações entre os comandos e assegurar o
sistema nacional de protecção civil; seu funcionamento;
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b) Assegurar a ligação e o apoio aos meios aéreos e 4. O comando das operações deve ter em conta a ade-
unidades especiais, permanentes ou conjun- quação técnica dos agentes presentes no teatro das opera-
turais, nomeadamente hospital de campanha, ções e a sua competência legal.
socorro, equipas móveis de intervenção rápida e
ARTIGO 20.°
organização de voluntários;
(Configuração do sistema de gestão de operações)
c) Promover e desenvolver as acções necessárias à
instalação e funcionamento de um sistema desti-
1. O sistema de gestão de operações configura-se nos
nado à intervenção dos agentes de protecção
níveis estratégico, operacional e táctico.
civil nas acções de emergência.
2. No nível estratégico, assegura-se a gestão da operação
ARTIGO 18.°
que inclui:
(Secção de Logística)
comando e controlo.
O Posto de Comando Operacional tem por missões
genéricas:
3. A decisão do desenvolvimento da organização é da
responsabilidade do Comandante de Protecção Civil, que a a) A preparação das acções a desenvolver;
deve tomar sempre que os meios disponíveis no ataque b) A recolha e o tratamento operacional das infor-
inicial e respectivos reforços se mostrem insuficientes. mações;
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3. O Centro de Coordenação Operacional Nacional deve Convindo regular os aspectos relativos ao patentea-
garantir a existência de sistemas de comunicações terra e ar mento, à promoção, à despromoção, à graduação e à des-
que permitam a comunicação entre todas as forças envol- graduação dos bombeiros, de modo a permitir a aplicação
vidas no teatro de operações. efectiva e racional das disposições do Decreto n.° 52/09,
de 21 de Setembro, que aprova o Regulamento sobre Uni-
ARTIGO 30.º formes e Distintivos do Pessoal do Regime de Carreiras
(Sistemas de apoio à decisão) Especiais do Serviço de Bombeiros.
1. O Centro de Coordenação Operacional Nacional O Presidente da República decreta, nos termos da alí-
garante que todas as entidades e instituições integrantes nea l) do artigo 120.° e do n.° 3 do artigo 125.°, ambos da
do sistema de protecção civil disponibilizem a informação Constituição da República de Angola, o seguinte:
necessária à gestão operacional.
Artigo 1.º — É aprovado o Regulamento sobre o Paten-
2. A organização do sistema de apoio à decisão per- teamento, Promoção, Despromoção, Graduação e Desgra-
tencente a cada uma das entidades representadas no Centro duação do Pessoal do Regime de Carreiras Específicas do
de Coordenação Operacional Nacional é previamente ava- Serviço de Bombeiros, anexo ao presente diploma, e que
liada por este. dele é parte integrante.
3. As entidades que partilham sistemas de apoio à deci- Art. 2.º — É revogada toda a legislação que contraria o
são devem garantir a inviolabilidade dos mesmos. disposto no presente Decreto Presidencial.
CAPÍTULO I
O Decreto n.° 42/99, de 17 de Dezembro, estabelece os Disposições Gerais
princípios gerais e específicos da estruturação do regime
especial de carreiras profissionais do Serviço de Bombeiros; ARTIGO 1.º
(Objecto)
Considerando que o Serviço de Bombeiros é uma força
paramilitar que se rege pelo princípio de mando-único e que O presente diploma regula o Patenteamento, Promoção,
se caracteriza pela preservação e consolidação da estrutura Despromoção, Graduação e Desgraduação do Pessoal do
organizativa e funcional de natureza piramidal; Regime de Carreiras Específicas do Serviço de Bombeiros.