Você está na página 1de 16

Quinta - feira, 15 de Março de 2018 Número 28

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO
GOVERNO

Decreto n.º 04/2018.


Aprova o Regulamento da Lei de Base de
Protecção Civil e Bombeiros.
358 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

GOVERNO Artigo 2.º


Norma Revogatória
Decreto n.º 04/2018
Consideram-se revogadas todas as disposições
Que aprova o Regulamento da Lei de Base de que contrariem o disposto no presente Regulamen-
Protecção Civil e Bombeiros to.

Preâmbulo Artigo 3.º


Entrada em vigor
Com a entrada em vigor da Lei n.º 04/2016 de 23
de Junho-Lei de Base de Protecção Civil e Bombei- O presente regulamento entra em vigor nos ter-
ros, é estabelecida a moldura legal de enquadramen- mos da lei.
to institucional e operacional no âmbito dos Servi-
ços de Protecção Civil e Bombeiros em São Tomé e Visto e aprovado em Conselho de Ministros, em
Príncipe. 26 de Outubro de 2017.- Dr. Patrice Emery Trovo-
ada, Primeiro-Ministro e Chefe do Governo; Dr.
A referida Lei institucionaliza o Serviço Nacional Afonso da Graça Varela da Silva, Ministro da Pre-
de Protecção Civil e Bombeiros, e cria as Delega- sidência do Conselho de Ministros e dos Assuntos
ções de Protecção Civil e Bombeiros, cabendo esses Parlamentares; Sr. Arlindo Ramos Ministro da De-
serviços desenvolver actividades de planeamento de fesa e Administração Interna.
operações, prevenção, segurança, e informação
pública, tendentes a prevenir riscos colectivos ine- Promulgado em 10 de Fevereiro de 2018.
rentes à situação de acidente grave ou catástrofe, de
origem natural ou tecnológica, de atenuar os seus PUBLIQUE-SE.
efeitos e proteger e socorrer as pessoas e bens em
perigo, quando aquelas situações ocorram. O Presidente da República, Evaristo do Espirito
Santo Carvalho.
Os serviços Protecção Civil e Bombeiros têm
como objectivo o cumprimento de planos e progra-
mas estabelecidos, e a coordenação das actividades Regulamento da Lei de Base de Protecção Ci-
a desenvolver nos domínios de Protecção Civil e vil de Bombeiros
dos Bombeiros a nível nacional.
CAPÍTULO I
Atendendo a responsabilidade destes serviços Disposições Gerais
nomeadamente o papel de destaque que lhes encon-
tra reservado à Protecção Civil, torna-se necessário Artigo 1º
regulamentar a referida Lei para definir o enqua- Objecto
dramento institucional destes serviços.
O presente Regulamento estabelece e define o
Nestes termos, no uso das faculdades conferidas enquadramento institucional e operacional dos Ser-
pela alínea c) do artigo 111.º da Constituição da viços de Protecção Civil e Bombeiros, de forma
República, o Governo decreta o seguinte: complementar à Lei n.º 04/2016 de 23 de Junho.

Artigo 1.º Artigo 2.º


Aprovação Âmbito

É aprovado o Regulamento da Lei Base da Pro- 1. O Serviço de Protecção Civil e Bombeiros


tecção Civil e Bombeiros que é parte integrante do compreende as actividades desenvolvidas a nível
presente diploma. nacional, pelos cidadãos, e por todas as entidades
públicas e privadas com finalidade e prevenir riscos
colectivos inerentes as situações de acidentes graves
ou catástrofe, de atenuar os seus efeitos, e proteger
e socorrer as pessoas e bens em perigo quando
aquelas situações ocorram.
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 359

2. Os Serviços de Protecção Civil e Bombeiros f) O princípio da coordenação, que exprime a


são estruturas de coordenação e execução de acções necessidade de articular a política de Pro-
no âmbito de Protecção civil a nível nacional, inte- tecção Civil e Bombeiros com a política
grando-se nas estruturas Distritais e Regional. Nacional;

Artigo 3.º g) O princípio da unidade de comando, que de-


Princípio de protecção civil termina que todos os agentes actuem, no
plano operacional, articuladamente sob um
Sem prejuízo do disposto na lei, os Serviços de comando único, sem prejuízo da respectiva
Protecção Civil e Bombeiros são orientados pelos dependência hierárquica e funcional;
seguintes princípios:
h) O princípio da informação, que traduz o de-
a) O princípio da prioridade, nos termos do ver de assegurar a divulgação das informa-
qual deve ser dada prevalência à prossecu- ções relevantes em matéria de Protecção
ção do interesse público relativo à Protec- Civil e Bombeiros, com vista à prossecução
ção Civil, sem prejuízo da segurança e da dos objectivos previstos na Lei de Base de
saúde pública, sempre que estejam em cau- Protecção Civil e Bombeiros.
sa ponderações de interesses, entre si confli-
tuantes; Artigo 4.º
Competência
b) O princípio da prevenção, por força do qual,
no território nacional, os riscos colectivos 1. No âmbito dos seus poderes de planeamento e
de acidente grave, de catástrofe ou calami- operações, dispõem os Serviços de Protecção Civil
dade, devem ser considerados de forma an- e Bombeiros das seguintes competências:
tecipada, de modo a eliminar as próprias
causas, ou reduzir as suas consequências, a) Acompanhar a elaboração e actualização do
quando tal não seja possível; Plano de Emergência, de acordo com o arti-
go 45.º da Lei nº 04/2016, de 23 de Junho,
c) O princípio da precaução, de acordo com o segundo a qual “os Planos de Emergência
qual devem ser adoptadas as medidas de devem ser elaborados pelo Serviço Nacio-
diminuição do risco de acidente grave ou nal de Protecção Civil e Bombeiros
catástrofe, inerente a cada actividade, asso- (SNPCB) coadjuvado com o Conselho Na-
ciando a presunção de imputação de even- cional de Prevenção e Riscos de Catástrofe
tuais danos à mera violação daquele dever (CONPREC) e a Comissão Regional e Dis-
de cuidado; trital, de acordo com as directivas emanadas
do Governo;
d) O princípio da subsidiariedade, que deter-
mina que o subsistema de Protecção Civil e b) Inventariar e actualizar permanentemente os
Bombeiros de nível superior só deve inter- registos dos meios e dos recursos existentes
vir se e na medida em que os objectivos da em todos os serviços.
Protecção Civil e Bombeiros não possam
ser alcançados pelas delegações de Protec- 2. No que diz respeito à informação pública, os
ção Civil e Bombeiros a nível Distrital ou Serviços de Protecção Civil e Bombeiros devem ter
Regional, atenta a dimensão e a gravidade as seguintes competências:
dos efeitos das ocorrências;
a) Assegurar a pesquisa, análise, selecção, e
e) O princípio da cooperação, que assenta no difusão da documentação com importância
reconhecimento de que o Serviço de Protec- para os serviços;
ção Civil e Bombeiros constitui atribuição
não só do Estado, das Região Autónoma e b) Divulgar junto da população a missão e es-
das Autarquias Locais, mas, um dever dos trutura dos Serviços de Protecção Civil e
cidadãos e de todas as entidades públicas e Bombeiros;
privadas;
360 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

c) Recolher a informação emanada da Comis- a) Levantamento, previsão, avaliação, e pre-


são Regional e Distrital de Protecção Civil e venção dos riscos colectivos a nível nacio-
Bombeiros e dos gabinetes que integrarem nal;
os serviços, com destino à sua divulgação
pública relativamente às medidas preventi- b) Análise permanente das vulnerabilidades
vas ou situações de catástrofe ou calamida- perante situações de risco;
de;
c) d) Informação e formação das populações,
d) Promover e incentivar acções de divulgação visando a sua sensibilização em matéria de
sobre os serviços de Protecção Civil e auto-protecção e de colaboração com as au-
Bombeiros junto do poder local e regional toridades;
com vista à adopção de medidas de auto-
protecção; d) Planeamento de soluções de emergência, vi-
sando a busca, o salvamento, a prestação de
e) Indicar, na iminência de acidentes graves, socorro e de assistência, bem como a eva-
catástrofes, ou calamidades as orientações, cuação, alojamento, e abastecimento das
medidas preventivas e procedimentos a ter populações;
pela população para fazer face à situação;
e) Inventariação dos recursos e meios disponí-
f) Dar seguimento a todos os procedimentos, veis e dos mais facilmente mobilizáveis, ao
por determinação do Comandante e dos nível nacional;
Chefes com competências delegadas.
f) Estudo e divulgação de formas adequadas
3. Nos domínios mais específicos da prevenção e de protecção dos edifícios em geral, e de
segurança compete aos Serviços de Protecção Civil outros bens culturais, de infraestruturas, de
e Bombeiros: instalações de serviços essenciais, bem co-
mo do ambiente e dos recursos naturais
a) Propor medidas de segurança face aos ris- existentes;
cos inventariados;
g) Previsão e planeamento de acções atinentes
b) Colaborar na elaboração e execução de à eventualidade de isolamento de áreas
exercícios de treino e simulacro; afectadas por riscos.

c) Elaborar projectos de regulamentação de Artigo 6.º


prevenção e segurança; Disponibilidade do pessoal

d) Promover campanhas de informação sobre 1. O pessoal que exerce funções nos serviços de
medidas preventivas, dirigidas a segmentos Protecção Civil e Bombeiros têm que ter total dis-
específicos da população alvo, ou sobre ris- ponibilidade, pelo que não podem, salvo motivo
cos específicos em cenários prováveis pre- excepcional devidamente justificado, deixar de
viamente definidos; comparecer ou permanecer nos serviços em caso de
iminência ou ocorrência de acidentes graves ou
e) Realizar acções e campanhas de sensibiliza- catástrofes sob pena de incorrer em responsabilida-
ção para questões de segurança, preparando de disciplinar.
e organizando as populações face aos riscos
e cenários previsíveis. 2. Todos os órgãos de Protecção Civil e Bombei-
ros têm um dever geral de colaboração e cooperação
Artigo 5.º para com o Serviço.
Domínio de actuação

A actividade da Protecção Civil e Bombeiros


exerce-se nos seguintes domínios:
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 361

Artigo 7.º CAPÍTULO II


Plano de emergência Execução da Política de Protecção Civil e
Bombeiros
1. Os Planos de Emergência (PE) serão elabora-
dos em conformidade com a Lei Base Protecção Artigo 8.º
Civil e Bombeiros e contempla designadamente: Órgãos de protecção civil e bombeiros

a) A tipificação dos riscos; A execução da política de Protecção Civil e


Bombeiros é assegurada pelos seguintes órgãos:
b) As medidas de prevenção a adoptar;
a) Serviço Nacional de Protecção Civil e
c) Identificação dos meios e recursos mobili- Bombeiros (SNPCB);
záveis em situação de acidente grave, catás-
trofe, ou calamidade; b) Delegação de Protecção Civil e Bombeiro
da Região Norte (DPCB/RN);
d) A definição das responsabilidades que in-
cubem aos organismos, serviços, e estrutu- c) Delegação de Protecção Civil e Bombeiro
ras, publicas ou privadas, com competên- da Região Sul (DPCB/RS);
cias no domínio da Protecção Civil e
Bombeiros; d) Delegação de Protecção Civil e Bombeiro
da Região Autónoma do Príncipe
e) Os critérios de mobilização e mecanismos (DPCB/RAP);
de coordenação dos meios e recursos públi-
cos e privados utilizáveis; Artigo 9.º
Estrutura e composição do SNPCB
f) A estrutura operacional que há-de garantir a
unidade de direcção e o controlo permanen- 1. O SNPCB está sediado na cidade de São To-
te da situação. mé, exerce as suas actividades em todo o território
nacional e depende do membro do Governo da área
2. Os Planos de Emergência devem ser sujeito a de Administração Interna e é dirigido por um Co-
uma actualização periódica e devem ser objecto de mandante.
exercícios frequentes com vista a testar a sua opera-
cionalidade. 2. O quadro de pessoal afecto ao SNPCB rege-se
pelo Estatuto de Força e Serviço de Segurança.
3. Além do Plano de Emergência nacional, de-
vem ser elaborados Planos Especiais, tais como o Artigo 10.º
Plano distrital de Prevenção Contra Incêndios, o Atribuições do SNPCB
Plano Operacional Regional e Distrital, os Planos
Especiais de Emergência para os Estabelecimentos São atribuições do SNPCB, orientar e coordenar
de Ensino, hospitais e outros de carácter importante. as actividades de Protecção Civil e Bombeiros no
plano nacional, incumbindo-lhe, designadamente:
4. O Plano de Emergência distrital será elaborado
pela Delegação de Protecção Civil e Bombeiro de a) Submeter a apreciação do Comissão Nacio-
acordo com o distrito que se insere, coadjuvados nal de Protecção Civil e Bombeiros as pro-
pelos Presidentes das Câmaras Distritais e aprovado postas de acções a empreender no domínio
pela Comissão Nacional de Protecção Civil e Bom- dos objectivos fundamentais da protecção
beiros. civil e bombeiros, bem como mecanismo de
colaboração com vista á coordenação ope-
5. Todos os agentes de Protecção Civil e Bombei- racional da actividade de órgãos e serviços
ros devem participar na elaboração e na execução de protecção;
do Plano de Emergência e de todos os Planos Espe-
ciais que existam. b) Promover, a nível nacional, a elaboração de
estudos e planos de protecção e prevenção;
362 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

c) Facultar apoio técnico especializado a ou- tadas para fazer face às respectivas conse-
tras entidades responsáveis pela protecção quências e às conclusões sobre o êxito ou
civil e bombeiros; insucesso das acções empreendidas em cada
caso particular;
d) Desenvolver a cooperação com organiza-
ções internacionais de protecção civil e e) Levantar, organizar, e gerir os centros de
bombeiros; alojamento a accionar em situação de emer-
gência;
e) Promover o levantamento, previsão e avali-
ação dos riscos de acidente grave, catástrofe f) Elaborar planos prévios de intervenção,
ou calamidade; preparar e propor a execução de exercícios
de simulacros que contribuam para uma ac-
f) Inventariar e inspeccionar os serviços, mei- tuação eficaz de todas as entidades interve-
os e recursos disponíveis para fins de pro- nientes nas acções de Protecção Civil e
tecção das pessoas; Bombeiros;

g) Coordenar todos os Serviços de protecção g) Estudar as questões de que vier a ser in-
civil e bombeiros a nível regional e distrital; cumbido, propondo as soluções que consi-
dere mais adequadas, de acordo com as si-
h) Aprovar regulamento interno de funciona- tuações.
mentos das Delegações de Protecção civil e
Bombeiros. Artigo 12.º
Órgãos e serviços do SNPCB
Artigo 11.º
Competência do SNPCB O SNPCB compreende os seguintes órgão e ser-
viços:
Compete ao Serviço Nacional de Protecção Civil
e Bombeiros designadamente: a) Comandante;

a) Garantir a funcionalidade e eficácia do Sis- b) 2º Comandante;


tema de Protecção Civil e Bombeiros a ní-
vel nacional e estabelecer sistemas alterna- c) Conselho de Disciplina e justiça;
tivos de execução das tarefas se necessário,
em situação de crise; d) Serviço Administrativo e Recursos Huma-
nos;
b) Realizar estudos técnicos com vista à identi-
ficação, análise, e consequências dos riscos e) Serviço de Apoio Logístico e Financeiro;
naturais, tecnológicos, e sociais que possam
acontecer em função da magnitude estimada f) Serviço de Apoio material e Meio;
e do local previsível da sua ocorrência,
através da utilização de cartografia, de mo- g) Gabinete de Núcleo de Apoio Técnico;
do a prevenir, quando possível, a sua mani-
festação e a avaliar e minimizar os efeitos h) Departamento de Transporte e Manutenção;
das suas consequências previsíveis;
i) Departamento de Prevenção e Intervenção;
c) Estudar e planear o apoio logístico a prestar
às vítimas e às forças de socorro em situa- j) Centro operacional de Socorros.
ção de emergência;
Artigo 13.º
d) Manter informação actualizada sobre aci- Comandante
dentes graves, catástrofes, ou calamidades
ocorridas no distrito ou na região autónoma, 1. Ao Comandante, compete comandar, dirigir,
bem como sobre elementos relativos às controlar, fiscalizar e organizar as actividades de
condições de ocorrência, às medidas adop-
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 363

todos os órgãos e serviços do Serviço de Protecção sensibilização e de resposta aos incêndios e


Civil e Bombeiros. outras ocorrências, assim como as de disci-
plina e orientar a população para atitudes e
2. Compete ainda ao Comandante: comportamentos a terem no âmbito de au-
toprotecção, segurança em situação de
a) Responsabilizar-se em todas as circunstân- emergência e mitigar os seus efeitos;
cias, pelo seu desempenho no cumprimento
das missões que lhes são cometidas e garan- i) Nomear, em regime de substituição, oficiais
tir a formação técnica e cultural do pessoal; bombeiros e bombeiros para os cargos de
comando, chefia e coordenação;
b) Assegurar, nos termos da lei, a articulação
com as Delegações Distritais de Protecção j) Responder superiormente pela actividade
Civil e Câmaras Distritais e restantes auto- contra incêndio e qualquer ocorrência sobre
ridades e serviços que contribuem para a responsabilidade do SNPCB e representar-
prossecução das actividades de Operações lhe sempre que necessário;
de Socorro e Assistência;
k) Proceder com bases nos registos das ocor-
c) Velar pelas acções de gestão de emergência, rências, a caracterização especial das áreas
sempre que necessário, em estrita colabora- de maior vulnerabilidade, propor medidas
ção com outras Instituições congéneres em para reparação de forças permanentes e au-
diversos eventos de actuação e pelo uso de- xiliares nas técnicas de prevenção e comba-
vido e racional das forças, meios técnicos e te aoincêndios e no âmbito de segurança;
recursos postos a disposição do Serviço;
l) Nomear os instrutores dos processos disci-
d) Garantir a unidade e prontidão operacional plinares que mandar instaurar;
do Corpos de Bombeiros e assumir o co-
mando das operações de socorro, sempre m) Cumprir e fazer cumprir as leis, ordens, di-
que tal se mostre conveniente; rectivas e outras normas emitidas pelo Esta-
do e pelo Ministro de Tutela, que sejam da
e) Zelar na organização e aplicação de méto- sua competência;
dos de trabalho que visa o acompanhamen-
to, estudo e gestão dos meios e equipamen- n) Desempenhar as demais funções afins que
tos disponíveis em função das actividades lhe sejam atribuídas superiormente.
que se desenvolvem;
Artigo 14.º
f) Manter o controlo gráfico e as informações 2.º Comandante
dos incêndios e outros incidentes que ocor-
rem no País, suas causas, danos e outros, 1. O 2.º Comandante substitui o Comandante na
assim como informar ao mais alto nível tu- sua falta ou impedimento, bem como coadjuva-lo
telar, dos acontecimentos mais importantes no exercício das suas funções.
ocorridos, bem como os incumprimentos
das medidas orientadas nas áreas de preven- 2. Compete ao Segundo Comandante, o seguinte:
ção contra incêndios e autoprotecção de
pessoas e bens e as medidas aplicadas; a) Supervisionar e exigir de forma sistemática,
o cumprimento das medidas de prevenção,
g) Controlar todo o trabalho de prevenção, sensibilização e de resposta aos incêndios e
sensibilização e treino que se desenvolve, outras ocorrências, assim como as de disci-
fazendo análises periódicas dos seus logros plina;
e deficiências a fim de melhorar a capaci-
dade do pessoal e garantir a operacionalida- b) Aplicar no limite da sua competência, me-
de dos mesmos; didas disciplinares contra todos aqueles que
infringirem o regulamento ou a norma dis-
h) Supervisionar e exigir de forma sistemática, ciplinar;
o cumprimento das medidas de prevenção,
364 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

c) Cumprir e fazer cumprir todas as ordens e quivo e a Secção de Registo e Organização do Pro-
actividades designadas pelo Comandante do cesso Individual.
SNPCB;
2. Compete ao Serviço Administrativo e Recur-
d) Substituir o Comandante durante a sua au- sos Humanos, designadamente:
sência ou impedimento.
a) Coadjuvar os outros sectores na Planifica-
Artigo 15.º ção, organização e controlo administrativo
Conselho de disciplina e justiça de todos os trabalhos do SNPCB;

Ao Conselho de Disciplina e Justiça, compete: b) Transmitir e informar ao Comandante todos


os assuntos operativos e administrativos que
a) Apoiar o Comandante e outras chefias em desenvolvem no SNPCB;
matéria disciplinar e zelar pelo comporta-
mento sadio do pessoal dentro e fora do c) Garantir o expediente e controlo das forças
serviço; e meios existentes, actualizando sempre a
lista dos efectivos;
b) Apoiar o Conselho Consultivo do Serviço,
fornecendo-lhe os elementos necessários à d) Colaborar para acções de formação a todo
preparação e fundamentação das suas deli- nível, mediante planos de instrução de
berações e pareceres no âmbito das compe- combate aos incêndios e outros exercícios
tências conferidas pelo Serviço; no âmbito de protecção civil e bombeiros,
tanto ao pessoal permanente como auxiliar;
c) Apreciar a submissão ao despacho do Co-
mandante, dos processos relativos as infrac- e) Controlar diariamente os factos ou indícios
ções disciplinares a que correspondam san- de actividades ocorridas durante 24 horas,
ções que excedem a competência de outras nomeadamente dos incêndios e outras ocor-
entidades hierarquicamente inferiores; rências, que sejam informadas pelos distin-
tos departamentos que se desenvolve;
d) Estudar e apresentar propostas relativas a
administração da justiça disciplinar, dentro f) Produzir informações estatísticas mensais,
dos parâmetros, cumprindo e uniformização semestrais e anuais de acordo com o com-
dos procedimentos; portamento das actividades desenvolvidas;

e) Autorizar os processos relativos a conces- g) Emitir e actualizar cartões de identidade


são de recompensas disciplinares cuja atri- profissional;
buição seja da competência do Comandante
ou do Ministro de Tutela; h) Promover o desenvolvimento do sistema e
prestar assistência técnica aos utilizadores
f) Cooperar com outras Unidade e Serviços de meios informáticos;
afetos ao Ministério Tutelar, no âmbito de
matéria disciplinar; i) Assegurar a gestão do pessoal, designamen-
te recrutamento, selecção, promoção, avali-
g) Instaurar processos de averiguação discipli- ação do desempenho e acção disciplinar;
nar, nos termos de regulamento disciplinar
aplicável ao pessoal de Serviço de Protec- j) Proceder o registo de boletins biográficos e
ção Civil e Bombeiros. a organização dos processos individuais;

Artigo 16.º k) Apreciar e submeter ao despacho do Co-


Serviço administrativo e recursos humanos mandante, os expedientes referentes aos
acidentes que eventualmente considerar
1. O Serviço Administrativo e Recursos Huma- como ocorridos em serviço;
nos do Serviço Nacional de Protecção Civil e Bom-
beiros estrutura-se em Secção de Expediente e Ar-
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 365

l) Realizar o controlo sistemático do pessoal para sua manutenção e inventário, nos ter-
afecto ao SNPCB, através de um plano de mos da Lei;
levantamento sobre a situação de cada um e
coadjuvar a capacitação dos mesmos; h) Controlar e executar, no âmbito da sua
competência, o plano de abastecimento e
m) Controlar diariamente a assuidade do pes- bens rudimentar do Serviço e fornecer regu-
soal em relação ao serviço, bem como pro- larmente as refeições diárias ao pessoal de
por a realização de actividades que contri- piquete;
buem para aumentar auto-estima dos
colaboradores; i) Elaborar a proposta de orçamento, gerir o
orçamento atribuído pelo Orçamento Geral
n) Assegurar o apoio jurídico, legislativo e do Estado (OGE), bem como outos fundos
contencioso aos serviços, colaborando na em articulação com a DAF do Ministério
elaboração de proejcto de diplomas ou na tutelar;
emissão de pareceres.
j) Controlar nos termos da lei, as receitas pro-
Artigo 17.º venientes e outros trabalhos prestado e rea-
Serviço de apoio logístico e financeiro lizando as despesas relativos a aquisição de
bens e serviços e elaborar as contas de ge-
Compete ao Serviço de Apoio Logístico e Finan- rência e de exercício;
ceiro, nomeadamente:
k) Tomar medidas para evitar rotura de produ-
a) Dirigir, controlar e executar no âmbito da tos, garantindo a existência de um nível de-
sua competência todas as actividades da terminado de reservas para casos de eventu-
administração financeira, patrimonial e de alidades;
gestão de quadro salarial do pessoal do
SNPCB; l) Confecionar e elevar ao mando superior as
informações que se estabeleçam as regras
b) Articular no trabalho operativo e adminis- de gestão financeira;
trativo das forças e meios e fortalecer ac-
ções de carácter social se recreativo do m) Garantir o abastecimento de víveres, vestuá-
SNPCB; rio e demais artigos que são necessários pa-
ra SNPCB, assim como a sua distribuição e
c) Garantir alimentação, vestuário, assistência controlo, segundo as normas estabelecidas;
médica e medicamentosa, bem como a higi-
ene pessoal dos membros do corpo do n) Coadjuvar no controlo das actividades e o
SNPCB; funcionamento de organização e gestão do
Serviço da Logística do SNPCB;
d) Receber e expedir a correspondência da o) Analisar as causas das deficiências apresen-
área financeira, bem como organizar o ar- tadas nos produtos ou géneros que tenham
quivo de todos os documentos relacionados; sido objecto de reclamação por parte do
consumidor e informar com verdade e ur-
e) Prestar apoio administrativo e logístico aos gência a Direcção;
diversos sectores do SNPCB, e orientar o
apoio social aos colaboradores da corpora- p) Apresentar perante a Direcção todas as jus-
ção; tificações de despesas, bem como o relató-
rio de todas as actividades desenvolvidas
f) Manter actualizado o quadro pessoal das pelo Serviço a fim de ser submetido á DAF
forças existentes e coadjuvar no recruta- do Ministério.
mento e acções de formação;

g) Gerir os edifícios, mobiliários e equipamen-


to afectos ao SNPCB, assegurando o apoio
366 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

Artigo 18.º d) Atingir os objectivos definidos, em caso de


Serviço de apoio material e meios necessidade a fiscalização poder-se-á socor-
rer dos pareceres de entidades públicas es-
Compete ao Serviço de Apoio Material e Meios o pecializadas, mediante prévia autorização
seguinte: da Direcção para efeito desejado;

a) Assegurar o levantamento dos meios e re- e) Fiscalizar a equipa, não vedando o acesso as
cursos, bem como colaborar na gestão e instalações, equipamentos e documentos re-
manutenção; lacionados, excepto documentos classifica-
dos, por este carecer da autorização prévia
b) Estudar e assegurar o planeamento e apoio do mandatário;
logístico em situação de emergência;
f) Proceder as suas actividades, integrando os
c) Assegurar os registos dos meios e recursos, sectores funcionais e equipas técnicas che-
em conformidade com as normas técnicas fiadas por oficiais bombeiros ou pessoal
definidas; técnico, com conhecimentos na matéria e
normas de funcionamento, conforme planos
d) Garantir a articulação e apoio aos meios e de actividade a desenvolver e aprovado pelo
forças especiais, nas situações previstas nos Comandante.
planos e ordens de operações, nacionais e
distritais; Artigo 20.º
Departamento de transporte e manutenção
e) Pronunciar sobre o plano de aquisição de
transporte e técnicas de combate aos incên- Compete ao Departamento de Transporte e Ma-
dios, fardamentos e outros equipamentos nutenção, designadamente:
destinados ao SNPCB.
a) Dirigir e participar na elaboração nos planos
Artigo 19.º de manutenção e controlar a utilização de
Gabinete de núcleo de apoio técnico transportes a cargo dos Departamentos,
Secções e outros na dependência do
Compete Gabinete de Núcleo de Apoio Técnico, SNPCB;
o seguinte;
b) Estabelecer normas e metodologias de utili-
a) Realizar as actividades de fiscalização que zação de combustíveis e lubrificantes, bem
versem sobre questões de segurança ou que como diferentes tipos de produtos de acordo
impliquem riscos normalmente abrangidos a com o plano estabelecido e proporcionando
todo nível e realizar as acções de fiscaliza- a utilização mais racional dos mesmos;
ção que lhes forem determinadas pela Di-
recção do SNPCB, para mudança de atitu- c) Propor tipos de produtos de manutenção
des e comportamentos preventivos e mais convenientes a adquirir e proceder
segurança das pessoas e bens; manutenção, reparação e reposição de mei-
os técnicos a disposição do Serviço Nacio-
b) Apresentar periodicamente os planos e os nal de Protecção Civil e Bombeiros para
relatórios das acções de fiscalização e pres- operações de socorros;
tar os esclarecimentos necessários;
d) Manter um controlo rigoroso sobre a exis-
c) Dar parecer técnico aos documentos que tência por tipo, seu estado técnico e situação
lhes forem solicitados e no âmbito de levan- de transporte, peças e demais meios existen-
tamento e análise dos riscos colectivos, de tes nos transportes do SNPCB;
origem natural ou tecnológica, que concor-
rem para ocorrência de desastres na Repú- e) Fornecer informações técnicas para aquisi-
blica Democrática de S. Tomé e Príncipe; ção de transporte e outras técnicas de com-
bate aos incêndios e equipamentos de viatu-
ras necessários para SNPCB;
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 367

f) Zelar pela reparação, conservação, classifi- g) Colaborar e propor medidas para o levan-
cação de todos os transportes que constitu- tamento e análise dos riscos colectivos, de
em o património do SNPCB; origem natural ou tecnológicos, que concor-
rem para ocorrência de desastres no país,
g) Assessorar à Direcção sob o ponto de vista bem como contribuir para sua redução;
técnico prestando todas as informações ver-
bais ou escritas, sobre os problemas das via- h) Realizar estudos no âmbito de segurança, e
turas e deficiência registadas durante quais- evacuação dos sinistrados bem como articu-
quer operações a sua consideração. lar nas acções de planeamento e execuções
de exercícios e treinos;
Artigo 21.º
Departamento de prevenção e intervenção i) Assegurar no âmbito das atribuições do de-
partamento, os contactos necessários com
Compete ao Departamento de Prevenção e Inter- os outros serviços em termos operacionais;
venção, o seguinte:
j) Analisar os problemas que concorrem para
a) Desenvolver actividades sobre problemática o surgimento de incêndios e propor as solu-
de protecção civil e bombeiros, nomeada- ções que entenda como mias convenientes;
mente através dos Planos Operacionais de
Emergência e Contingência, bem como ga- k) Contribuir na preparação do plano de emer-
rantir a sua actualização consoante o perío- gência nacional e respectivos planos secto-
do de vigência; riais, bem como garantir o seu constante de-
senvolvimento e actualização;
b) Recensear e dinamizar as capacidades exis-
tentes em termos de meios e recursos, hu- l) Dinamizar articulação e participação das
manos e materiais, com vista ao desenvol- entidades que concorrem para fins de
vimento das acções de salvaguarda de Emergência, nomeadamente no âmbito Dis-
pessoas e bens colectivos; trital e Regional;

c) Zelar pelo uso devido de meios a disposição m) Promover e prevenção, segurança e gestão
das Operações de qualquer ocorrência, em de risco de desastre ao nível nacional com
função de suas actividades e conhecer todas vista a informar, sensibilizar e orientar a
as fontes de abastecimento de água e equi- população em situação de emergência e mi-
pamentos necessários no âmbito das opera- tigar os seus efeitos;
ções;
n) Promover o levantamento e sistematização
d) Incentivar para protocolos de parcerias com dos meios e recursos de emergência existen-
entidades que fazem parte dos agentes de tes, bem como proceder a sua permanente
protecção civil e bombeiros outra que direc- actualização;
tas ou indiretamente contribuem nos pro-
cessos relacionados com actividades de ges- o) Promover a investigação e análise dos di-
tão de riscos e desastres em S. Tomé e versos acidentes que concorrem para emer-
Príncipe; gência na área de Protecção Civil e Bom-
beiros;
e) Promover a intervenção nas áreas afectadas,
minimizando os efeitos dos acidentes gra- p) Coadjuvar no processo de reabilitação soci-
ves, catástrofes ou calamidades sobre a vi- al de populações afectadas pelos acidentes;
da, economia, património e o ambiente;
q) Articular com outras instituições que parti-
f) Colaborar na proposta e métodos de acordos cipam e detém alojamento e equipamentos
de cooperação, visando os fins próprios de de emergência e apoio humanitário face a
protecção civil e bombeiros; determinada situação;
368 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

r) Garantir a funcionalidade e eficácia do sec- h) Trabalhar directamente com os órgãos esta-


tor na resposta as situações de emergência; tais e privados, nas tarefas de planificação a
qual se beneficia na elaboração do plano in-
s) Assegurar, no âmbito das atribuições do terno e no pleno funcionamento das comu-
Departamento, os contactos necessários nicações;
com outros serviços;
i) Articular com outros departamentos, na or-
t) Estudar os problemas que sejam incumbi- ganização e planificação de todo o trabalho
dos e propor as soluções que entenda como de capacitação preparação do pessoal para
mais convenientes; uso correcto de meios de comunicação e
linguagem na transmissão de informação;
u) Garantir a existência e controlo dos medi-
camentos e outros materiais e equipamentos j) Elaborar planos concretos de comunicação
de uso para emergência pré-hospitalar bem e contacto envolvendo brigadas de apoio ao
como correcto método de evacuação. combate aos incêndios, localização e con-
tactos das forças auxiliares, centros de tra-
Artigo 22.º balho e outros serviços de interesse público;
Centro operacional de socorros
k) Conhecer e cumprir todas as ordens e de-
Ao Centro Operacional de Socorros, compete o mais disposições emitidas superiormente.
seguinte:
Artigo 23.º
a) Coordenar todas as actividades relacionadas Delegações de protecção civil e bombeiros
com a transmissão de informações em mis-
são de ocorrências que envolve a interven- 1. Compete as Delegações de protecção civil e
ção do SNPCB; Bombeiros o seguinte:

b) Propor planos de divulgação a aprovar pelo a) Assegurar o apoio administrativo as estrutu-


Comandante, difundir o mesmo para todos ra das Delegações;
os intervenientes, bem como, a população
através do meio de comunicação social, ca- b) Executar as tarefas inerentes à recepção,
so seja necessário; classificação, e organização do arquivo dos
documentos enviados aos serviços;
c) Garantir a monitorização da situação, de
resposta às ocorrências e acompanhamento c) Assegurar uma adequada circulação dos do-
de meios e recursos, bem como o registo cumentos pelos diversos serviços e entida-
cronológico das alertas, contingências e ca- des envolvidas, diligenciando em tempo
lamidades e assegurar o funcionamento útil, a divulgação das normas e orientações
permanente das operações; definidas;

d) Organizar e articular com os serviços com- d) Promover a aquisição de equipamentos e


petentes na matéria relativa à rede de co- materiais necessários ao funcionamento efi-
municações e informática bem como asse- caz dos serviços procedendo à sua distribui-
gurar o seu pleno funcionamento; ção, garantido a sua correcta utilização, ma-
nutenção, e controlo;
e) Elaborar e manter actualizado as normas,
planos de ordens de operações; e) Organizar e manter actualizado o inventário
de bens móveis, de acordo com as regras
f) Elaborar estudos e propostas de âmbito ope- definidas;
racional;
f) Assegurar em permanência o funcionamen-
g) Garantir a articulação com os comandos to de um Centro de Transmissões que asse-
operacionais nacional e distrital; gure as ligações rádio, telefónicas, e outras
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 369

com os vários intervenientes da Protecção i) Elaborar planos e acções de sensibilização


Civil e Bombeiros; da população para as causas e efeitos dos
incêndios.
g) Executar outras funções que sejam superi-
ormente cometidas em matéria de Protecção Artigo 25.º
Civil e Bombeiros. Funcionamento

2. As delegações de Protecção Civil e Bombeiros Cada Corpo de Bombeiro funciona de acordo


são responsáveis pela prossecução das actividades com a correspondente área de actuação, e da Região
de Protecção Civil e Bombeiros a nível distrital e onde se encerre, e se for o único existente será defi-
regional. nida pelo SNPCB, através de Inspecção e proposta
ao Ministério tutelar.
3. As delegações de Protecção Civil e Bombeiros
são dirigidas por chefes, coadjuvados com o Presi- 1. Havendo na mesma Região um Corpo de
dente da Câmara Distrital ou o Governo Regional. Bombeiros Distritais e um ou mais Corpos de bom-
beiros Voluntário, cabe aquele a responsabilidade
4. Cada Delegação tem a sua Sede em um dos prioritária de actuação e Comando das operações,
Distritos e na Região onde se encerre e as suas sem prejuízo de eventual primeira intervenção des-
competências definidas no presente regulamento. tes, em benefício da rapidez e protecção no socorro.

Artigo 24.º 2. A existência de vários Corpos de Bombeiros


Corpos de bombeiros voluntários no mesmo Distrito ou na Região signifi-
ca a definição para cada um deles de área de actua-
Compete aos corpos de Bombeiros juntamente ção própria, correspondente a uma parcela geográfi-
com os serviços o seguinte: ca do mesmo, abrangendo uma ou mais localidades.

a) Elaborar e actualizar os Planos contra in- Artigo 26.º


cêndios; Acção tutelar

b) Difundir informações de prevenção relativa O SNPCB exerce acção tutelar dos corpos de
a incêndios; Bombeiros, nos seguintes termos:

c) Cooperar com as entidades públicas e pri- a) Homologação da sua criação e das respecti-
vadas no âmbito de prevenção dos Incên- vas secções;
dios;
b) Definição das áreas de actuação;
d) Supervisionar e controlar as obras distritais
e das subcontratadas relativas a cumprimen- c) Elaboração de modelos de regulamentos in-
tos de regras de segurança; ternos e respectiva aprovação;

e) Elaborar relatório de actividades relativo d) Homologação dos quadros do pessoal;


aos programas de acções realizadas;
e) Inspecção e coordenação técnica de veícu-
f) Elaborar informações e levantamento das los no âmbito de tipificação;
ocorrências de incêndio ocorridas a nível
nacional; f) Caracterização técnica de veículo e equi-
pamentos;
g) Elaborar informações especiais em caso de
incêndios de grandes dimensões; g) Definição dos programas de instrução.

h) Participar em acções de formação princi-


palmente as promovidas pelo SNPCB;
370 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

Artigo 27.º te acordo entre as respectivas associações e Autar-


Tipos de corpos de bombeiros quias.

1. Nos termos do presente regulamento, são clas- 4. Nos casos previstos nos números anteriores, os
sificados os seguintes tipos de Corpos de Bombei- elementos em causa estarão submetidos aos regimes
ros: de Comando e disciplina aplicáveis no regulamento
próprio homologado por Serviço Nacional de Pro-
a) Bombeiros Sapadores (Profissional); tecção Civil e Bombeiros.

b) Bombeiros Distritais/Voluntários; 5. As associações que detenham Corpos de Bom-


beiros Voluntários poderão acordar com os elemen-
c) Bombeiros Aeroportuário. tos do seu quadro activos, regime especial de per-
manência.
Artigo 28.º
Bombeiros sapadores 6. O regime jurídico aplicável aos Bombeiros de-
finidos no número anterior é desenvolvido no di-
1. Os Corpos de Bombeiros Sapadores estão na ploma próprio.
dependência directa do SNPCB, sendo exclusiva-
mente constituídos por elementos profissionais Artigo 30.º
abrangidos pelo Estatuto das Forças e Serviços de Bombeiros aeroportuário
Segurança e especializados, podendo ser postos a
disposição das Delegações Distritais ou Regional, O Corpo de Bombeiros Aeroportuário está na de-
ou de outros corpos quando solicitados. pendência directa da Empresa Nacional de Seguran-
ça Aérea, sendo exclusivamente constituídos por
2. Os Bombeiros Sapadores, são caracterizados elementos da Empresa e não abrangidos pelo Esta-
por elementos uniformizados e inseridos no estatuto tuto das Forças e Serviços de Segurança e especiali-
das Forças e Serviços de Segurança, com uma estru- zados para fins de acidentes e incêndios das aerona-
tura que compreende a existência de Companhias, ves, podendo ser postos a disposição deste uma
Batalhões e Pelotões, cuja implementação de uma equipa de Bombeiros profissionais do SNPCB ou de
dessas unidades estruturais, será aconselhada de outros corpos quando solicitados, e se as necessida-
acordo a necessidade nos termos de política do Go- des assim exigirem.
verno a serem fixadas por despacho do Ministro de
Tutela. CAPÍTULO III
Autoridade Regional e Distrital de Protecção
Artigo 29.º Civil e Bombeiros
Bombeiros distritais/voluntários
Artigo 31.º
1. Os Corpos de Bombeiros Distritais são criados Competência da autoridade regional e distrital
e organizados pelas Câmaras Distritais e funcionam
na dependência e sob hierarquia destas, podendo O Presidente do Governo Regional e da Câmara
integrar no seu seio elementos no regime do volun- Distrital, ou o Vereador com a competência delega-
tariado, que ficarão sujeitos às normas legais e regu- da é a Autoridade Regional e Distrital de Protecção
lamentares aplicáveis e esse regime. Civil e Bombeiros nos termos da lei, coadjuva os
chefes de Delegações de Protecção Civil e dos cor-
2. Os Corpos de Bombeiros Voluntários, podem pos de Bombeiros na região e nos distritos e compe-
ser criados por uma associação humanitária inte- te designadamente:
grando em permanência, pessoas que estejam aptas
para prestar serviços integrados nas atribuições dos a) Desencadear, na eminência ou ocorrência
Bombeiros, e que de forma voluntária se ofereçam de acidente grave, catástrofe, ou calamidade
para tal. as acções de prevenção, socorro, assistência
e reabilitação adequadas a cada caso;
3. Podem ainda ser integrados neste serviço, ele-
mentos de Corpos de Bombeiros Distritais, median- b) Declarar a situação de alerta de âmbito re-
gional e distrital;
N.º 28 – 15 de Março de 2018 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA 371

c) Pronunciar-se, junto ao SNPCB, sobre a de- ração institucional, no sentido de aumentar


claração de alerta de âmbito Distrital, quan- a eficácia e efectividade das medidas toma-
do estiver em causa a área do respectivo das;
distrito;
b) A articulação ou colaboração não deve pôr
d) Colaborar de forma efectiva e permanente em causa a responsabilidade última do Co-
com as Delegações de Protecção civil e mandante do SNPCB, devendo ser articula-
Bombeiros, tendo em vista o cumprimento das com as competências que, nesta maté-
dos planos e programas estabelecidos e a ria, cabem à Delegação de Protecção Civil;
coordenação das actividades a desenvolver
no domínio da Protecção Civil e Bombei- c) A coordenação institucional é assegurada, a
ros, designadamente em operações de so- nível Distrital, pela Delegação Protecção
corro e assistência, com especial relevo em Civil, que integra representantes das entida-
situações de alerta, contingência, catástrofe des cuja intervenção se justifica em função
e calamidade pública; de cada ocorrência em concreto;

e) Participar nos encontros da Comissão Regi- d) No âmbito da coordenação institucional, o


onal e Distrital de protecção Civil e bom- SNPCB é responsável pela gestão da parti-
beiros; cipação operacional de cada força ou servi-
ço nas operações de socorro a desencadear
f) Coordenar com o Chefe das Delegações em ou a mesma pode ser delegada a uma das
caso de emergência accionar o Plano regio- Delegações de Protecção Civil.
nal e distrital de Emergência, ou outros;
O Ministro, Arlindo Ramos.
g) Consultar os elementos de Protecção Civil e
Bombeiros nomeadamente, Comandante
nacional, Chefes das Delegações e dos
Bombeiros.

CAPITULO IV
Disposições Finais

Artigo 32.º
Operações de protecção civil e bombeiros

Em situações de acidente grave, catástrofe, ou ca-


lamidade, e no caso de perigo de ocorrência destes
fenómenos, são desencadeadas Operações de Pro-
tecção Civil e dos Bombeiros, de harmonia com o
Plano de Emergência, previamente elaborado, com
vista a possibilitar a unidade de direcção das acções
a desenvolver, a coordenação técnica e operacional
dos meios a empenhar, e a adequação das medidas
de carácter excepcional a adoptar.

Artigo 33.º
Coordenação e colaboração institucional

Em termos de coordenação e colaboração institu-


cional deve ficar definido o seguinte:

a) Os diversos organismos que integram o


Serviço de Proteção Civil e Bombeiros de-
vem estabelecer entre si relações de colabo-
372 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 28 – 15 de Março de 2018

DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
trção Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir@cstome.net
São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.

Você também pode gostar