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FEITOS 1979

DA GOVERNAÇÃO
DO PRESIDENTE 2017

JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS


FEITOS DA GOVERNAÇÃO
DO PRESIDENTE
JOSÉ EDUARDO DOS SANTOS
1979 - 2017

Luanda, Agosto
2017
Copyright 2017,
Mikanda Publishing

Título
Feitos da Governação do Presidente
José Eduardo dos Santos – 1979/2017
ÍNDICE
I. Introdução 08
Tomada de posse de José Eduardo dos Santos como Presidente
II. 12
da República Popular de Angola
III. Realizações do Período de 1979 à 2002 (1ª Fase) 18

a) No Domínio Político 20

b) No Domínio Económico e Social 21

c) No Domínio Diplomático 22

d) No Domínio Militar 22

IV. Realizações do Período de 2002 à 2012 (2ª Fase) 24

a) No Domínio Político 26

b) No Domínio Económico e Social 26

c) No Domínio Diplomático 28

d) No Domínio Militar 30

V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017 32

a) No Domínio Político 34

b) No Domínio Económico e Social 35

c) No Domínio Diplomático 37

d) No Domínio Militar 37

VI O Líder por Excelência 40

VII Documentos de Apoio e Fontes Consultadas 50

VIII Memória Fotográfica 54


I.
INTRODUÇÃO
HERÓIS DO 4 DE
FEVEREIRO E O
COMANDANTE-EM-
CHEFE
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 I. Introdução

I. INTRODUÇÃO

O
presente documento constitui um arrola-
mento dos principais factos e realizações
de Sua Excelência Eng.º José Eduardo dos
Santos à frente dos destinos da Nação du-
rante o perído de 1979 à 2017. Inclui na sua
concepção estrutural, uma breve descrição
biográfica do Presidente da República e uma sistema-
tização cronológica da informação disponível sobre
os realizados por ele, com base na metodologia da
compartimentação do documento em três (3) fases,
designadamente:
1ª fase: 1979 à 2002;
2ª fase: 2002 à 2012;
3ª fase: 2012 à 2017.

Cada fase comporta os domínios Político, Económico


e Social, Diplomático e Militar.

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II.
TOMADA DE POSSE
DE JOSÉ EDUARDO
DOS SANTOS COMO
PRESIDENTE DA
REPÚBLICA POPULAR
DE ANGOLA
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 II. Tomada de posse de José Eduardo dos Santos como Presidente da República Popular de Angola

II. TOMADA DE POSSE DE JOSÉ De 1970 à 1974, de regresso ao país, desempenha, su-

1979
cessivamente, as funções de operador do centro princi- José Eduardo dos Santos foi eleito, no
dia 20 de Setembro de 1979, Presiden-
pal de comunicações da Frente Norte, e de responsável te do MPLA-Partido do Trabalho e, no

EDUARDO DOS SANTOS COMO adjunto pelos serviços de telecomunicações na Segun-


da Região Político-Militar do MPLA, em Cabinda.
dia seguinte, investido nos cargos de
Presidente da República Popular de
Angola e de Comandante-em-Chefe
das Forças Armadas Populares de

PRESIDENTE DA REPÚBLICA
De 1974-1975 é designado membro da Comissão Pro- Libertação de Angola (FAPLA – então
visória de Reajustamento da Frente Norte e responsá- exército nacional único).
vel pelas Finanças da Segunda Região Político-Militar

POPULAR DE ANGOLA
do MPLA, em Cabinda.

Em Setembro de 1974, na Conferência Inter-Regional


do MPLA, realizada na Frente Leste (Moxico), José

J
Eduardo dos Santos, foi eleito membro do Comité
osé Eduardo dos Santos nasceu em 28 de

1963
Central e do Bureau Político, assumindo, então, a
Agosto de 1942, em Luanda, filho de Eduar- coordenação da actividade política e diplomática, ao
do Avelino dos Santos, pedreiro, e de Jacinta Durante esse período, foi o principal
nível da Segunda Região.
dirigente da Secção dos Estudantes
José Paulino, doméstica, ambos falecidos. Angolanos na então União das Repú-
Frequentou em Luanda o ensino primário e, blicas Socialistas Soviéticas (URSS). Nesse mesmo ano, assume, novamente, as funções
posteriormente, o ensino secundário, no en- de Representante do MPLA em Brazzaville, que exer-
Tomada de Posse de José Eduardo dos Santos como Presidente da República
tão Liceu Nacional Salvador Correia. ce até Junho de 1975. de Angola.

Nos finais da década de 50 (1956), com o maior pro- Cessando nesse ano as funções em Brazzaville, re-
tagonismo que ganhou o nacionalismo africano, com gressa, finalmente, a Luanda, onde assume as fun- ções de Coordenador do Departamento de Relações
a fundação do MPLA (partido no poder), dos Santos,
Exteriores do MPLA. A par da organização desses
estudante do Liceu Salvador Correia, em Luanda, ini-

1974
serviços, envolve-se na intensa campanha política e
ciou a actividade política em grupos clandestinos nos José dos Santos foi membro da Co-
diplomática que antecedeu a independência e que a
bairros periféricos da capital do país. missão Provisória de Reajustamento
da Frente Norte, responsável das Fi- conduziria a capitais africanas.
nanças da 2ª Região Político-Militar e
Para se inserir no centro da luta, em 7 de Novembro representante do MPLA em Brazzavil-
de 1961, clandestinamente saiu do país para o Congo- JES (à esquerda) com compatriotas angolanos na União Soviética. le, até Junho de 1975.
Em Novembro de 1975, após a proclamação da Inde-
-Léopoldville (actual República Democrática do Con- pendência Nacional é constituído o Primeiro Governo
go), com mais seis jovens, seus camaradas. da República Popular de Angola, onde José Eduardo dos
Santos foi nomeado Ministro das Relações Exteriores.
Aos 20 anos de idade, a Direcção do movimento no- Em Novembro de 1963, beneficiando de uma bolsa de
meia-o para desempenhar as funções de Vice-Pre- estudo parte para a União Soviética ingressando no Nesta função, ele desempenhou um papel fundamen-
sidente da JMPLA, organização juvenil da qual foi Instituto de Petróleos e Gás de Bakú, onde se licen- tal na obtenção de reconhecimento diplomático do
co-fundador e primeiro representante do MPLA na ciou em Engenharia de Petróleos, em Junho de 1969. Governo Angolano e admissão do País como membro
República do Congo-Brazzaville. da ONU, em Dezembro de 1976.
Concluída a licenciatura, frequentou ainda, durante
Com a intensificação da luta contra o colonialismo um ano, um curso militar de telecomunicações, tendo Em Dezembro de 1977, realizou-se o 1º Congresso do
português, Dos Santos integra a ala guerrilheira do sido, ao longo desse período, dirigente da Secção de JES (2º à direita) ouve Agostinho Neto discursar para os camaradas do MPLA MPLA, onde foi reeleito pelo Congresso como mem-
MPLA, o EPLA, em 1962. Estudantes Angolanos na URSS. durante a luta pela Independência.
bro do Comité Central e do Bureau Político.
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José Eduardo dos Santos – 1979-2017 II. Tomada de posse de José Eduardo dos Santos como Presidente da República Popular de Angola

José Eduardo dos Santos, foi depois nomeado para, políticas e para abolição do sistema racial na África

1992
sucessivamente, exercer as funções de Secretário do O Camarada José Eduardo dos San- do Sul.
Comité Central do MPLA para a Educação, Cultura e tos, candidato às presidenciais pelo
MPLA, venceu a primeira volta des- Em 21 de Março de 1995, San Nujoma, presidente da
Desportos; para Reconstrução Nacional; e para o De- sas eleições e o Partido ganhou as le-
senvolvimento e Planificação. gislativas por maioria absoluta (53.74 Namíbia, condecora José Eduardo dos Santos com a
por cento dos votos). Ordem “Welwitchia” de Primeiro Grau e recebe do
No mesmo período, é chamado a exercer novas fun- seu homólogo Omar Bongo a medalha “Grande Cruz
ções governamentais, primeiro como Vice-Primeiro- da Ordem Nacional”, em 10 de Agosto, no Gabão.
-Ministro, até 1978, depois como Ministro do Plano.
A Universidade Federal do Brasil outorgou-lhe, em 18
Em 21 de Setembro de 1979, tendo falecido prema- de Agosto, o título de Doutor “Honoris Causa” e de
turamente o Dr. Agostinho Neto, primeiro Presidente Comenda do Visconde de Maua, em reconhecimento
da República e também Presidente do MPLA, José a ajuda dada para a derrota do regime racista sul-afri-
Eduardo dos Santos sucedeu-o na presidência do cano e o sistema do Apartheid.
MPLA e, por inerência daquele cargo, foi investido
nos cargos de Presidente da República Popular de An- Em 1996 foi distinguido com o prémio “Galax”, dis-
gola e de Comandante-em-Chefe das Forças Armadas tinção atribuída a políticos notáveis, e com o colar da
Populares de Libertação de Angola (FAPLA). ordem de “Santiago de Espanha”, entregue por Mário
Soares, ex. Presidente português.
Em 9 de Novembro de 1980, foi reconduzido em todos
os cargos pelo 1º Congresso Extraordinário do MPLA, Pelo seu contributo na conservação da fauna angola-
José Eduardo dos Santos fal em comício das primeiras eleições gerais de
tendo passado a assumir também o cargo de Presiden- Angola, em 1992. na, recebeu a “Medalha de Ouro do Conselho Interna-
te da Assembleia do Povo, o Parlamento Angolano. cional de Conservação da Vida Selvagem”, em 1997.

O 2º Congresso do MPLA-PT, (Partido do Trabalho) rea- A Assembleia do Povo, na nona sessão e última em A 29 de Agosto de 1998, a Universidade Brasileira de
lizado em 1985 confirmou José Eduardo dos Santos regime monopartidário, em 20 de Março de 1991, Iguaçu atribuiu-lhe o título de Doutor “Honoris Causa”
em todos os seus cargos. distinguiu José Eduardo dos Santos com a máxima e a de Mérito Comendador da Ordem José Bonifácio,
distinção do Estado Angolano, a “Ordem Agostinho da Universidade Estadual do Rio de Janeiro.
Zédu, como é também carinhosamente conhecido, as- Neto”.
cendeu ao grau de General do Exército, a mais alta Durante a realização dos IV, V, VI e VII Congressos do
patente militar em Angola, em 9 de Dezembro de Em 29 de Abril de 1993, em reconhecimento aos seus MPLA, foi confirmado sistematicamente na liderança
1986. esforços em prol de uma “Angola Democrática, Livre do partido.
e Pacífica”, o instituto nacional norte-americano da
DISTINÇÕES liberdade “National Freedom Institute, INC” distin-
gue-o com um certificado.
Em reconhecimento a sua participação na luta armada
e de libertação, a Universidade de Moscovo distingue A Comissão Nacional para a Justiça Racial da Igre-
José Eduardo dos Santos, em 1969, com a medalha ja Unida de Cristo dos Estados Unidos da América
“Patrice Lumumba”. agracia-lhe, em Dezembro de 1991, com a Medalha
“National Racial Justice”, em reconhecimento a sua
A Fundação “Palmares”, uma instituição governamen-
contribuição para a paz na região Austral e África, in-
tal Brasileira atribuiu-lhe a medalha de ouro “Zumbi
dependência da Namíbia e o processo de reformas
dos Palmares”, a 20 de Novembro de 1989.

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III.
REALIZAÇÕES
DO PERÍODO
DE 1979 À 2002
(1ª FASE)
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 III. Realizações do Período de 1979 à 2002 (1ª Fase)

III. REALIZAÇÕES DO PERÍODO DE cia a amnistia e a integração dos militantes 12. Tomada de posse dos membros do GURN em
da UNITA e o exílio para Jonas Savimbi. 11 de Abril de 1997, corporizado por 28 Minis-
tros, 43 Vices e um Secretário de Estado do

1979 À 2002 (1ª FASE)


9. Introdução de reformas democráticas em Café e foi chefiado pelo Dr. França Van-Dúnem.
1991 com a implementação do multipartida-
rismo em Angola, pondo fim ao sistema de 13. Aprovação pelo Órgão Legislativo das seguin-
partido único. tes Leis de Amnistia:
a. Lei n.º 18/94 de 10 de Novembro, que
Durante este período destacaram-se os seguintes

1992
10. Promulgação da Lei Constitucional adoptada amnistia todos os Crimes contra a Segu-
feitos de Sua Excelência José Eduardo dos Santos, José Eduardo dos Santos lançou as em 1992, que institui o multipartidarismo e a rança do Estado, cometidos por cidadãos
Presidente da República: pontes para uma solução negociada,
economia de mercado. nacionais no quadro do conflito militar
dinamizou a abertura do pluralismo
a) No Domínio Político:
político, a economia de mercado e or- pós eleitoral;
ganizou eleições democráticas multi- 11. Realização das primeiras eleições em Ango-
b. Lei n.º 11/96 de 9 de Maio, que amnistia
partidárias. la em Setembro de 1992, que deram a vitória
1. Em 1979 foi indicado pela direcção do MPLA todos os Crimes contra a Segurança Interna
ao MPLA (cerca de 50% dos votos). A UNITA
ao cargo de Presidente do Partido e aos car- do Estado e todos os outros com estes rela-
(cerca de 40% dos votos), por não ter reco-
gos de Presidente da República Popular de cionados cometidos por cidadãos nacionais,
nhecido os resultados eleitorais, reiniciou o
Angola e de Comandante-em-Chefe das For- no quadro do conflito militar angolano;
conflito armado, primeiro em Luanda, e poste-
ças Armadas Populares de Libertação de An- c. Lei n.º 7/2000 de 15 de Dezembro, que vi-
riormente em todo território nacional.
gola (FAPLA). sou a obtenção de uma Paz Douradora e a
Reconciliação de toda Família Angolana;
2. Institucionalização em Novembro de 1980 da d. Lei n.º 4/2002 de 4 de Abril, que amnistia to-
Assembleia do Povo (Parlamento Nacional) e

1988
dos os Crimes Militares e contra a Seguran-
das Assembleias Populares Provinciais. ça do Estado no quadro do conflito armado;
Aplicação da Política de Clemência
em 27 de Fevereiro de 1988 aos cida-
3. Promoção na primeira metade da década oi- dãos então pertencentes às outras 15. Celebração do Protocolo de Lusaka em No-
tenta, das primeiras reformas políticas e eco- forças políticas e que se apresenta- vembro de 1994, na Zâmbia entre a UNITA e
vam às autoridades angolanas.
nómicas, apesar da situação de guerra que o o Governo.
país atravessava. Presidente, ao lado do 1º Ministro de Portugal, Cavaco Silva, assina Acordo
de Bicesse.
16. De 1986 a 1992, criação de condições para
4. Participação nos anos 80 na Reorganização o derrube do regime fascista da África do
da Administração Pública, herdada do colo- Sul, bem como o fim do Apartheid, a pro-
tencentes às outras forças políticas e que se
nialismo e na expansão do sector petrolífero, clamação da independência da Namíbia e a
apresentavam às autoridades angolanas.
na ampliação do sistema do ensino, na for- retirada das tropas estrangeiras do territó-
mação de quadros dentro e fora do país, na 7. Assinatura em Nova Iorque em Dezembro de rio nacional.
criação de um sistema nacional de cobertura 1988 do Acordo Tripartido (Angola, África do
de saúde pública. Sul e Cuba) que preconizou a Independência b) No Domínio Económico e Social
da Namíbia e a retirada das tropas cubanas
5. Início nos anos de 1984-1985, do processo de 17. Aprovação e implementação do Programa de
de Angola.
reintegração dos membros da FNLA (ELNA). Saneamento Económico e Financeiro em 1987
8. Participação em Gbadolite a 22 de Junho de e, outros Programas Anuais de Desenvolvi-
6. Aplicação da Política de Clemência em 27 de Presidente José Eduardo dos Santos e Mário Soares ex-Primeiro-Ministro mento Económico e Social.
1989 para assinatura de um acordo de paz du-
Fevereiro de 1988 aos cidadãos então per- e Presidente de Portugal
radoura para Angola que previa na sua essên-

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José Eduardo dos Santos – 1979-2017 III. Realizações do Período de 1979 à 2002 (1ª Fase)

cimento do Governo de Angola pelos Estados 31. Assinatura em 4 de Abril de 2002, do Me-

1991
O Presidente da República Popular Unidos de América; morando de Entendimento do Luena entre o
de Angola, José Eduardo dos Santos Governo e as forças militares da UNITA, sem
(à esquerda), o Primeiro Ministro de 23. Co-fundador da Comunidade de Países de Lín- qualquer mediação estrangeira.
Portugal, Mário Soares (ao centro), e
o Presidente do Partido UNITA, Jonas gua Portuguesa (CPLP), no Centro Cultural de
Savimbi (à direita), durante o acor- Belém, Portugal, em 15 de Julho de 1996.
do de Bicesse, em Estoril-Portugal.
(AMB)

2002
24. Eleição de Angola a membro não permanen-
te do Conselho de Segurança da Organização Assinatura em 4 de Abril de 2002, do
das Nações Unidas a 27 de Setembro de 2002. Memorando de Entendimento do Lue-
na entre o Governo e as forças mili-
tares da UNITA, sem qualquer media-
d) No Domínio Militar ção estrangeira.

25. Ascensão ao grau de General do Exército, a


mais alta patente militar em Angola, em 9 de
Dezembro de 1986.

26. Esforços entre 1986 e 1992, para o processo


de pacificação com à retirada das tropas in-
vasoras sul-africanas do território angolano e
o repatriamento do contingente auxiliar cuba-
no.

18. Institucionalização do Salário Mínimo Nacio- 27. Liderança nas operações militares de Cui-
nal em 1991. to Cuanavale e Mavinga em finais de 1988
e 1989, que asseguraram a vitória das
19. Adopção de Economia de Mercado como mo-
FAPLA sobre as forças da UNITA e Sul-
delo de desenvolvimento do país, em substi-
-Africanas;
tuição da Economia Centralizada.
28. Expulsão das tropas militares da UNITA dos
20. Aprovação de vários instrumentos jurídico-le-
gais para sustentar as reformas económicas e principais bastiões que ocupavam no país,
sociais então iniciadas. bem como das zonas de produção de diaman-
tes onde controlava entre 1992 a 1994, 90%
c) No Domínio Diplomático da produção de diamantes;

21. Desenvolvimento de uma política activa de 29. Contribuição valiosa para que as Forças Ar-
solidariedade com os movimentos de liberta- madas se tornassem um baluarte e garante
ção nacional, em particular com os da Namí- da segurança do Estado Democrático.
bia, Zimbabwe e África do Sul.
30. Liderança no combate derradeiro que culmi-
22. Realização de uma intensa actividade diplo- nou com a morte, em combate, do líder da
mática em 1993 que culminou com o reconhe- UNITA, aos 22 de Fevereiro de 2002.
22 23
IV.
REALIZAÇÕES
DO PERÍODO
DE 2002 À 2012
(2ª FASE)
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 IV. Realizações do Período de 2002 à 2012 (2ª Fase)

IV. REALIZAÇÕES DO PERÍODO 40. Desenvolvimento e modernização do sector 47. Concepção da estratégia de reabilitação e de-
petrolífero, bem como a formação dos jovens senvolvimento de médio e longo prazo atra-
em áreas técnicas de engenharia de petró- vés da execução do Programa Intercalar para

DE 2002 À 2012 (2ª FASE) leos, tornando o país na terceira maior econo- 2005-2006.
mia de África Subsariana, depois da África do
48. Adopção da estratégia de construção de Pó-
Sul e Nigéria e o segundo maior produtor de
los de Desenvolvimento Industrial no sentido
petróleo em África.
de acelerar o crescimento económico tais
Durante este período destaca-se o seguinte:

2006
41. Aprovação da Estratégia de Combate à como os de Fútila (Cabinda), Viana (Luanda),
Por iniciativa do Presidente angolano, Catumbela (Benguela), Lucala (Kuanza-Norte)
a) No Domínio Político: José Eduardo dos Santos, foi, final- Fome e Redução da Pobreza em Janeiro de
mente, alcançado um entendimento 2004, no âmbito do Programa de Reabilita- e Caála (Huambo) e a elaboração de estudos
33. Conclusão, a 1 de Agosto de 2006, do Memo- entre as chefias militares do Governo com vista à construção dos Pólos de Desen-
e a das forças rebeldes, que levaram
ção e Reconstrução pós Conflito, que per-
rando de Entendimento para a Paz e Recon- volvimento Industrial da Matala e Kassinga
ao fim definitivo da guerra em Angola. mitiu com a sua implementação executar
ciliação na província de Cabinda, formalmen- (Huíla), Bom Jesus (Luanda), Kunge (Bié), Don-
vários projectos que têm trazido melhorias
te assinado na província do Namibe entre o do (Kuanza-Norte), Soyo (Zaire), Uíge (Uíge) e
às condições de vida das famílias e das co-
Governo e o Fórum Cabindês para o Diálogo Saurimo (Lunda-Sul).
munidades rurais.
(FCD), com vista a pôr ao conflito militar na-
49. Desencadeamento de um conjunto de acções
quela província. 42. No quadro do Programa Geral de Governação no intuito de uniformização, desburocratiza-
2005-2006, foram aprovadas as Leis das Insti- ção, simplificação e modernização do Siste-
34. Por sua iniciativa levou à consideração e tuições Financeiras e dos valores mobiliários
aprovação do Órgão Legislativo (Assembleia
e o Estatuto Orgânico da Comissão do Merca-
Nacional) da Lei de Amnistia, Lei n.º 11/06,

2005
do de Capitais.
de 29 de Novembro, que amnistia todos os No quadro do Programa Geral de Go-
crimes contra a Segurança do Estado e todos 43. Levantamento do universo das empresas pú-
vernação 2005-2006, foram aprovadas
as Leis das Instituições Financeiras e
outros crimes com estes relacionados, come- blicas e diagnóstico das empresas estatais, dos valores mobiliários e o Estatuto
tidos por cidadãos nacionais, no quadro do com o objectivo de definir que empresas de- Orgânico da Comissão do Mercado
conflito interno na Província de Cabinda. veriam passar para o sector privado.
de Capitais.
Presidente José Eduardo dos Santos abraça o General Geraldo Abreu Muen-
go Ukwachitembo “Kamorteiro”, selando a paz definitiva em Angola.
35. Início do Processo de Reforma da Justiça em
44. Aprovação de processos de redimensiona-
2004 com o objectivo de melhorar a prestação
mento empresarial que arrecadaram o equi-
de serviços aos cidadãos e instituições. 39. Aprovação em 2002, do Programa de Recons- valente a USD 9.651.258,61.
36. Vencedor das eleições de 5 e 6 de Setembro trução Nacional, com a finalidade de repor as
infra-estrutura destruídas durante o conflito 45. Aprovação dos Códigos Gerais Tributários, do
de 2008 onde o MPLA obteve uma maioria de
armado, tais como a construção de vias ro- processo Tributário e do Código das Execu-
votos com 80%.
doviárias, construção e reabilitação das prin- ções Fiscais.
37. Promulgação a 5 de Fevereiro de 2010 da cipais unidades hospitalares e escolares do
Constituição da República. 46. Co-fundador em Novembro de 2006 da As-
país, das principais estações de tratamento
sociação dos Países Africanos Produtores de
de água, etc. permitindo desta forma a circu- Diamantes (ADPA) com o objectivo de pro-
38. Vencedor das eleições de 31 de Agosto de
2012. lação de pessoas e bens o regresso dos deslo- mover a cooperação no mercado e investi- Presidente da República, sua Excelência Enginheiro José Eduardos dos
cados às suas zonas de origens, e a melhoria mento estrangeiro na indústria diamantífera Santos, preside reunião do conselho de Ministros.
b) No Domínio Económico e Social das condições sociais das populações. Africana.
26 27
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 IV. Realizações do Período de 2002 à 2012 (2ª Fase)

ma de Licenciamento Comercial, bem como Cabinda, Bengo, Benguela, Huambo, Bié, Huí-

2007
Chefes de Estado e de Governo a 23 de Julho
a garantia de expansão da Rede Comercial la, e Namibe. de 2010.
em Angola e da criação de ambiente propício Em 18 de Junho de 2007 foi eleita
para a realização de investimentos privados. 53. Aprovação do Plano Estratégico de Acção de como Membro do Conselho de Segu- 64. Vice-presidência do Comité de Sanções sobre
Minas 2006-2011 com a finalidade de recons- rança da ONU. a Libéria; Presidência dos Países Africanos de
50. A construção de grandes fazendas agrícolas trução nacional e desenvolvimento do país, Língua Oficial Portuguesa a 23 de Julho de
em diversas regiões do País para alavancar bem como permitir a livre circulação de pes- 2010.
a actividade agro-pecuária e agro-industrial, soas e bens.
tais como: as Fazendas de Desenvolvimento 65. Presidência da SADC a 17 de Agosto de 2011.
Agrícola de Sanza Pombo e Negage (Uíge), 54. Aprovação de uma Estratégia de Desenvol-
Camaiangala (Moxico), Manquete (Cunene), vimento das Alfândegas a longo prazo 2007- 66. Criação e Presidência da Conferencia Interna-
Camacupa (Bié), Luena (Moxico), Nzeto (Zai- 2012. cional dos Grandes Lagos em 2014.
re), Capanda, Pedras Negra (Malange), dentre
outros. 55. Apresentação da Conta Geral do Estado 2010 67. Segundo maior contribuinte financeiro da
e a elaboração do diploma regulador de acti- SADC, depois da África do Sul, com uma
51. Recuperação e conclusão de empreendi- vidade dos Seguros de Angola. quota que perfaz o valor monetário de USD
mentos hidroeléctricos de Kapanda, Ngove e 4.800.000,00 anuais.
Cambambe. 56. Aprovação do Programa de Extensão e De-
senvolvimento Rural integrado por três eixos 68. Enquanto Presidente do Órgão de Cooperação
52. Construção de centralidades habitacionais fundamentais nomeadamente, o Programa de Política, Defesa e Segurança da SADC, desta-
nas províncias de Luanda, Lunda-Norte, Uíge, Apoio à Mulher Rural e da Periferia, o Projec- cou-se pelas seguintes realizações:
to Integrado de Caxicane e o Projecto de De- a. Lançamento da Força de Alerta da SADC;

2007
senvolvimento Rural Integrado do Ludi. b. Realização do exercício “Golfinho”;
Aprovação de uma Estratégia de De- 59. Em 2002 o país organizou pela 1ª vez a Ci- c. Criação da Unidade de Mediação, Gestão
senvolvimento das Alfândegas a lon- 57. Início do processo de Reforma da Justiça em meira dos Chefes de Estado e de Governo da e Prevenção de Conflitos na Região;
go prazo 2007-2012. 2004, tendo-se elaborado vários projectos de SADC, num momento em que tinha acabado d. Participou no esforço de estabilização e
diplomas legais com destaque para o Código de alcançar a Paz e Estabilidade, depois de 30 paz do governo da República Democrática
Aduaneiro, a Lei que cria a Sala do Conten- anos de conflito armado. do Congo (RDC), em conjunto com a Na-
cioso Fiscal e Aduaneiro, a Lei de Revisão das míbia e o Zimbabwe;
Custas Judiciais, a Lei das Sociedades de Ad- 60. Em Setembro de 2004 assumiu a Presidência e. Liderou a mediação da crise política que
vogados, a Lei de Criação dos Centros de Ar- da VI Reunião Ministerial dos Estados Mem- assolava a Região dos Grandes Lagos, so-
bitragem, a Lei sobre a Regularização Jurídica bros da Zona de Paz e Cooperação do Atlân- bretudo no Leste da RDC;
dos Imóveis, a Lei Orgânica dos Tribunais e a tico Sul. f. Forte empenho na resolução das crises
Lei Orgânica da Procuradoria-Geral da Repú- políticas e pós eleitorais ocorridas nas Re-
61. Em 18 de Junho de 2007 foi eleita como
blica etc. públicas do Zimbabwe, Madagáscar, Ma-
Membro do Conselho de Segurança da ONU.
lawi e no Reino do Lesoto, aconselhando
c) No Domínio Diplomático as partes políticas em conflito a recorrerem
62. Presidência da Comissão do Golfo da Guiné
em 25 de Novembro de 2008, na II Cimeira de ao diálogo e à negociação pacífica;
58. Eleição de Angola como membro do Conselho
Chefes de Estado e de Governo. g. Criação do Secretariado de Política, Defe-
dos Direitos Humanos tendo sido reconduzido
sa e Segurança, com o objectivo de acom-
para um segundo mandato na Presidência da
63. Presidência da Comunidade de Países de panhar e harmonizar os diversos dossiers
SADC à 2 de Outubro de 2002.
Língua Portuguesa (CPLP) na VIII Cimeira de sobre a matéria.
28 29
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 IV. Realizações do Período de 2002 à 2012 (2ª Fase)

70. Contribuição na elaboração, acompanhamen- Guerra) para equipá-los com meios modernos
to e monitorização dos seguintes projectos: e um efectivo com eficiente formação, visan- No desporto Benguela: Estádio Nacional de Ombaka - capa-
cidade para 35.000 pessoas.
a. Projecto UNIVISA;
b. Conselho Executivo Eleitoral;
do os desafios do futuro.
Construção de está-
73. Elaboração da estratégia para melhorar a
c. Combate ao Tráfico Ilegal de Seres Huma-
nos e Migração Ilegal; selecção de novos efectivos a incorporar no dios de futebol
d. Estratégia Regional de Combate à Pirata- Exército Nacional, trazendo para as suas filei-
ria Marítima; ras o melhor da juventude. O CAN (Campeonato Africano das Nações) realiza-
e. Livre Circulação de Pessoas na Região da do em Angola no ano de 2010, fez o país ganhar
74. Implementação da Estratégias de requalifica- magníficos espaços multiusos como os estádios de
SADC.
ção e apetrechamento das unidades militares. futebol.
71. Para o período de 2011-2012 a República de
75. Emissão de várias directivas enquanto Co- Luanda: Estádio Nacional 11 de Novembro - ca-
Angola, identificou como objectivos prioritá-
mandante-em-Chefe das Forças Armadas pacidade para 50.000 pessoas. Huíla: Estádio Nacional da Tundavala - capaci-
rios: i) a Revisão do Plano Indicativo Estratégi-
Angolanas para torna-las mais eficientes e dade para 25 000 pessoas
co de Desenvolvimento Regional (RISDP); ii) a
operativas.
Avaliação do Processo de Integração Regional
e suas Estruturas, bem como; iii) a Manuten-
ção e Estabilidade da Paz na Região.

d) No Domínio Militar

72. Implementação da Estratégia para o Processo


de Reedificação e Apetrechamento das For-
ças Armadas Angolanas (FAA) nos três ramos
militares (Exército, Força Aérea e Marinha de
Cabinda: Estádio Nacional do Chiazi - capacida-
de para 20.000 pessoas.

30 31
V.
TOMADA DE POSSE
COMO PRESIDENTE
DA 3.ª REPÚBLICA DE
ANGOLA - 2012 À 2017
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

V. TOMADA DE POSSA COMO


79. Aprovação da Nova Lei da Nacionalidade e dos Rios Cubango e Cuanavale.
sua regulamentação visando salvaguardar um
conjunto de requisitos e procedimentos relati- 87. Aprovação em Janeiro de 2016 da Estratégia

PRESIDENTE DA 3.ª REPÚBLICA DE


vo à protecção do cidadão nacional. do Governo para a Saída da Crise derivada da
Queda do Preço do Petróleo no Mercado Inter-
80. Elaboração da proposta de Política Nacional nacional, que contém um conjunto de medidas

ANGOLA - 2012 À 2017


do Antigo Combatente e Veteranos da Pátria. a serem adoptadas nos domínios monetário,
fiscal, cambial, da comercialização externa e
b) No Domínio Económico e Social do sector real da economia com a finalidade
dentre outros, reduzir o impacto da escassez
81. Execução do Programa Angola Investe, a ins-
de divisas na economia nacional.
talação de Pólos Agro-industriais de Kapan-
Neste âmbito, Eng.º José Eduardo dos Santos, en-

2013
da, Cubal, Longa, Quizenga, Pedras Negras 88. Revisão dos Códigos do Imposto Industrial
quanto Presidente da República e Titular do Poder
Definição da estratégia para a mate- e Camabatela, a construção do Matadouro e Imposto sobre o Rendimento do Trabalho,
Executivo desencadeou e liderou as seguintes acções: rialização dos seis (6) grandes objec-
Industrial em Camabatela, 5 Entrepostos Fri- os Códigos do Imposto de Selo, conclusão
tivos nacionais com a implementação
a) No Domínio Político de políticas de desenvolvimento pre- goríficos (Caxito, Dombe Grande, Namibe, da reabilitação dos Caminhos de Ferro de
vistas no PND 2013-2017. Chibia, e Dondo), loteamento dos Polos de Benguela, de Luanda e de Moçâmedes, bem
76. Realização do Censo Geral da População e Desenvolvimento Industrial de Negage, Luca- como dos Portos do Lobito e Namibe, Regula-
Habitação em 2014 que proporcionou dados la, Malanje, Porto Amboim, Caala, e Kunje, a mento do Imposto de Consumo e o Código do
essenciais para a definição da política da po- construção de infra-estruturas do Pólo de De- Imposto sobre a Aplicação de Capitais.
pulação, a instituição do Conselho Nacional senvolvimento Industrial do Fútila, a recons-
da População, etc.. trução das unidades têxteis Testang II, África

2016
Têxtil e Satec.
77. Definição da estratégia para a materialização Aprovação em Janeiro de 2016 da Es-
dos seis (6) grandes objectivos nacionais com 82. Actualização do cadastro mineiro nas 18 pro- tratégia do Governo para a Saída da
a implementação de políticas de desenvolvi- víncias no âmbito do PLANAGEO. Crise derivada da Queda do Preço do
Petróleo no Mercado Internacional.
mento previstas no PND 2013-2017, designa-
damente: (i) política de população; (ii) políti- 83. Implementação do Programa de Industrializa-
ca de modernização do sistema de defesa e ção do País e o fomento da pequena industria
segurança nacional; (iii) política de Apoio à Rural.
reintegração socioeconómica de ex-milita-
Vista parcial da centralidade do Kilamba, Luanda - Angola (ZM), a maior 84. Criação do Instituto Nacional de Apoio e Pro-
res; (iv) política de estabilidade e regulação centralidade do país.
moção das Exportações, do Laboratório Na-
macroeconómica; (v) política de reforma tri-
cional do Controlo de Qualidade e do Centro
butária e das finanças públicas; (vi) política
Logístico de Distribuição.
de promoção do crescimento económico, do (xi) política de reforço do posicionamento de
aumento do emprego e de diversificação eco- Angola no contexto internacional e regional, 85. Execução do Plano de Desenvolvimento Inte-
nómica; (vii) política de repartição equitativa na União Africana e na SADC. grado no âmbito do projecto Okavango-Zam-
do rendimento nacional e de protecção social; beze.
(viii) política de modernização da administra- 78. Em 2016, no interesse supremo de ver Angola e
ção e gestão pública; (ix) política integrada os Angolanos verdadeiramente reconciliados, 86. Aquisição de 5 catamarãs e a construção de
pra a juventude; (x) política de promoção do aprovou a Lei de Amnistia para todos os crimes 124 estações ferroviárias, bem como a imple- Presindente da República de Angola, preside reunião do conselho de Minis-
desenvolvimento equilibrado do território; e comuns puníveis com prisão até 12 anos. mentação do projecto de Navegação Fluvial tros, no palácio presidencial.

34 35
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

ZEE e Polos de Desenvolvimento Industriais.

2016
de Mediatecas no Uíge, Malanje, Bié, Cabin- Huambo e Malanje, que constituem o exem-
da, Luanda e Lunda Sul. plo de grande envergadura.
Aprovação de novos diplomas legais 93. Elaboração e instalação do Sistema de Inscri-
da ZEE Luanda-Bengo, e o modelo de ção e Contribuição (SIS), assim como a ope- 99. Construção do Centro de recuperação Física 101. Funcionamento do Centro de Resolução de
importação da ZEE e Polos de Desen-
volvimento Industriais. racionalização do Regime do Trabalhador por para Atletas de Alta Competição e do Cen- Conflitos em Arbitragem e Mediação e im-
Conta Própria (TCP)”. tro Comunitário do Songo; a continuação das plementação do processo de massificação e
obras de reabilitação do Centro de Medicina simplificação do registo civil e atribuição de
94. No âmbito da Política de Modernização da do Desporto e aquisição dos seus equipamen- bilhetes de identidade (emissão de 5.418.570
Administração e Gestão Pública destaca-se a tos médicos; dos Centros Comunitários da bilhetes de identidade e de 2.791.769 registo
aprovação dos diplomas legais que visam a or- Juventude do Cazenga (Luanda), Ambriz (Ben- criminais, em 2016).
ganização e o funcionamento dos serviços da go), Cacuso (Malange), Cuchi (Cuando Cuban-
função pública, a realização de acções forma- go); a inauguração dos Centros Comunitários 102. Criação da Associação Angolana dos Inven-
tivas na utilização da ferramenta do Sistema dos Ramiros (Luanda) e da Cahama (Cunene). tores e Inovadores, bem como a instituição do
de Informação do Programa de Investimento Prémio de Inovação.
Público (SIPIP) e difusão das metodologias de 100. Implementação dos Programas de Cuidados
acompanhamento e avaliação dos instrumen- Primários de Saúde, construção de hospitais 103. O Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca
tos do Sistema Nacional de Planeamento. de referência na Lunda Norte, Lunda Sul, constitui um dos principais projectos do Plano
Cuanza Norte, Uíge, Zaire e melhoria dos hos- Nacional de Desenvolvimento para o Sector
95. Construção em Outubro de 2014 do primeiro- pitais regionais de Cabinda, Benguela, Huila, de Energia. Construído no Rio Kwanza com o
O Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, corta a fita -cabo submarino de fibra óptica do Hemisfé- fim de tornar o país auto-suficiente em maté-
na inauguração da fábrica, na Zona Económica Especial, Município de Viana, rio Sul visando conectar as cidades de Luanda ria de energia. A referida obra ‘monstruosa’
Luanda - Angola.
(Angola) e Fortaleza (Brasil), permitindo assim

2017
começou a ser erguida em 2012 e a sua con-
uma ligação mais directa entre os dois conti- A histórica cidade do Mbanza Congo, clusão está prevista para 2018.
89. Início de implementação do Programa de Mo- nentes e melhorar a qualidade das ligações actual capital da província do Zaire
de Internet a nível nacional e internacional. e antiga capital do Reino do Congo,
dernização Informática das Alfândegas, com desde 8 de Julho, foi declarada pela
104. A histórica cidade do Mbanza Congo, ac-
vista a garantir a informatização de todas UNESCO como Património Mundial tual capital da província do Zaire e anti-
as instâncias e postos aduaneiros, bem com 96. Implementação do programa de construção da Humanidade. ga capital do Reino do Congo, desde 8 de
prosseguiu-se com o projecto Guichet Único do primeiro satélite angolano, AngoSat-1 que
Julho, foi declarada pela UNESCO como
do Importador e a figura do Operador Econo- permitirá assegurar as telecomunicações em
Património Mundial da Humanidade.
mico Autorizado. todo o território nacional e disponibilizar ser-
viços de telecomunicações, televisão, inter-
A prestigiante classificação internacional do
90. Aprovação do Regulamento sobre o Regime net e governo electrónico.
primeiro sítio em território angolano foi feita
Jurídico da Rede Nacional de Plataformas durante a 41.ª sessão do Comité do Património
Logísticas e a sua interligação com a Rede 97. Construção das Infra-estruturas integradas
do Uíge, Negage, Menongue e Saurimo; do Mundial da Organização das Nações Unidas
Nacional de Transportes. para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO),
projecto Nova Vida em Luanda 2ª fase e das
91. Elaboração do primeiro estudo do observa- infra-estruturas básicas das reservas fundiá- que decorreu em Cracóvia, no sul da Polónia.
tório económico “Empreender, Diversificar e rias da zona sul de Benguela, Mungo (Huam- O projecto “Mbanza Kongo, cidade a desen-
Competir”. bo) Chitato (Lunda Norte), Catapa (Uíge), terrar para preservar”, que tinha como prin-
Quissama (Luanda), Mabubas (Bengo) e Mis- cipal propósito a inscrição da capital do anti-
92. Aprovação de novos diplomas legais da ZEE sombo (Cuando Cubango). go Reino do Congo na lista do património da
A cidade de Mbanza Congo possui toda uma conjuntura e requisitos para ser
Luanda-Bengo, e o modelo de importação da elevada a património da humanidade, Zaire - Angola.
UNESCO, foi oficialmente lançado em 2007.
98. Implementação do Programa de Construção
36 37
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

Mbanza Congo é património cultural na- do Estado Maior General das FAA;
cional desde 10 de Junho de 2013. Este foi
um pressuposto indispensável para a sua 108. Aprovação do Regulamento de Carreira Espe-
inscrição na lista de património mundial. cifica do Serviço Nacional de Protecção Civil e
Bombeiros e do Serviço de Migração e Estran-
O ponto mais alto deste estudo foi a fase das geiros, bem como os Regulamentos de Uni-
escavações arqueológicas realizadas na zona forme e Distintivos do Efectivo dos Serviços
classificada da cidade. Angola é membro do Prisionais; do Serviço Nacional de Protecção
Comité do Património Mundial da UNESCO Civil e Bombeiros; do Serviço de Migração e
para um mandato de quatro (4) anos desde Estrangeiros e do Regulamento do Registo de
Novembro de 2015, cuja eleição ocorreu du- Infracções de Condutores.
rante a 20ª Assembleia Geral dos Estados
Partes à Convenção do Património Mundial 109. Apoio na formação dos ex-militares em vá-
realizada em Paris (França). Para além da Ci- rias especialidades.
dade de Mbanza Congo, foi também inscrita
pela UNESCO como Património Mundial, a
cidade histórica de Hebron, na Palestina.

334
c) No Domínio Diplomático Barragem de Laúca, com capacidade
de gerar 334 megawotes e produzir
energia eléctrica, que se destina as
105. Participação no reforço do posicionamento de populações de Malange, Cuanza-
Angola no contexto internacional e regional, -Norte, Cuanza-Sul, Uíge e Zaire.
em particular na União Africana e na SADC,
nos Grandes Lagos e no Golfe da Guiné. Barragem de Laúca
d) No Domínio Militar O gigante da energia angolana
106. Contribuição no Processo de Modernização
Produção Mão de obra
do Sistema de Defesa e Segurança Nacional,
com destaque para aprovação de vários diplo-
mas legais para os Órgãos de Defesa, de Se- • Capacidade de produção/final: 2.067 MW Efectivo Total 3.688:
gurança, bem como para a formação e capa- • Início de Produção de Energia: 2017. Nacionais - 93% e Expatriados - 7%.
citação de militares no país e no estrangeiro.
Engenharia aplicada Trabalhadores das 18 províncias no Laúca:
107. Aprovação da Lei de Defesa Nacional e das
Forças Armadas; revisão e conformação dos Malanje com 944; Luanda com 396; Kwanza Norte
• 6 Milhões m3 de escavações a céu aberto
seguintes diplomas: Estatuto Orgânico do com 336; Huambo com 121; Kwanza Sul com 78;
• 1,6 Milhões m3 de escavações subterrâ-
Ministério da Defesa Nacional, Lei Geral do Uíge com 68; Benguela com 51; Bengo com 44; Lun-
neas
Serviço Militar, Lei de Carreira do Militar, Lei da Norte com 37; Huíla com 32; Zaire com 22; Bié
• 2,6 Milhões m3 de betão compactado com
do Postos e Distintivos Militares, Lei da Hie- Malange- Inauguração da 1ª fase da barragem de Laúca. O Titular do
cilindro com 12; Cabinda com 7; Namibe com 4; Cunene com
rarquia das FAA, Lei Penal Militar, Lei-Quadro Poder Executivo Angolano, José Eduardo dos Santos, pronto para accionar o

da Programação Militar e Estatuto Orgânico


botão para o arranque da Barragem de Laúca, em Malange-Angola • 500 Mil m3 de betão convencional. 3; Lunda Sul com 3 e Kuando-Kubango com 1.

38 39
VI.
O LÍDER POR
EXCELÊNCIA
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

VI. O LÍDER POR EXCELÊNCIA


116. No âmbito da Política Integrada para a Ju-

2,7
ventude os diferentes programas e projectos
Definição da estratégia para a mate-
do Executivo ao longo dos anos consubstan- rialização dos seis (6) grandes objec-
ciaram-se na melhoria da vida dos jovens tivos nacionais com a implementação
através da criação de condições condignas de de políticas de desenvolvimento pre-
vistas no PND 2013-2017.
Com base nos factos e realizações da governação do habitabilidade, emprego e acesso às institui-

675
Presidente José Eduardo dos Santos foram elencados Provisão de água a 571.197 habitan- ções de ensino em vários níveis; os esforços
algumas das mais relevantes consequências positi- tes em resultado da construção de desencadeados nestes anos apontam por
675 pontos de água e 275 pequenos
vas de tais medidas na vida socioeconómica, política sistemas de abastecimento de agua
exemplo, a realização da Feira do Auto-em-
e militar do País conforme abaixo vem exemplificado: e o alcance da taxa de 66,14% para a prego e Empreendedorismo e do 1º Encontro
cobertura da população rural. ou Fórum Nacional da Juventude; a alocação
de 7.800 habitações sociais; o acesso ao Pro-
113. Muito receptivo aos contributos diversos grama Nacional de Habitação com uma quo-
para a resolução prática dos diversos proble- ta de 30% em cada projecto; a promoção de
mas de interesse nacional, mesmo provenien- acções para o desenvolvimento do associati-
tes de quadros que não militam nas fileiras vismo juvenil e estudantil; o reforço da sua
do MPLA e que preservam a sua condição capacidade organizativa, intervenção política
independente. e social.
114. O país conheceu desde o alcance da paz em 117. Outros exemplos a destacar estão relaciona- Presidente da República, José Eduardo dos Santos, inaugura Zona Especial
2002 um aumento considerável de infra-es- dos com número de alunos matriculados no Económica Luanda-Bengo.

truturas económicas e sociais que ajudam a sistema de ensino, que na altura ultrapassou
melhorar a cada dia que passa a vida das po- os 7 milhões. Adopção de uma estratégia con-
pulações, quer no domínio das águas, trans- sistente que permitiu formar até 2005, 9.418 e Lunda-Norte contribuiu sobre maneira para
porte, educação, saúde, indústrias, energia e quadros superiores, dos quais 6.536 interna- expansão da aprendizagem, com a construção
outros. Os dados indicam que em 15 anos de mente e 2.282 no exterior e mais de 20 mil de 53.592 salas de aulas e 6.168.454 alunos
Paz o país construiu mais escolas e hospitais técnicos médios. Em 2005 o país já dispu- matriculados em 2010 e a adopção do Plano
e habitações sociais do que os 500 anos de nha no sector público 4.880.350 alunos, dos Anual de Ciência e Tecnologia e Inovação.
colonização. Continua a crescer o número de 115. No fim do primeiro semestre de 2005, possi- quais 4.707.900 no ensino de base, 131.230
usuários das novas tecnologias de informação bilitou-se a reintegração social dos efectivos 118.No sector da saúde houve ganhos extraordiná-
no ensino médio e o enquadramento de mais
e comunicação, assim como o número de pas- rios, por exemplo a esperança de vida de acordo
das ex-forças militares da UNITA e respecti- de 87.861 estudantes nas novas instituições
sageiros nos diversos meios de transportes com dados definitivos do senso geral da popula-
vas famílias, num total de 400 mil pessoas. superiores de ensino e com a participação do
existentes no país. A realização de 319.385 ção de 2014 aumentou para 60,2 anos de idade,
Reinstalação até Maio de 2005 de mais de sector privado que conta com muitas Universi-
novas ligações no âmbito do Programa de Ex- a taxa de mortalidade de crianças de 0-59 me-
98% de deslocados resultantes do conflito dades e Instituições Superiores, em conjunto
pansão da Capacidade de Produção e Trans- ses é de 68/1.000 nados-vivos; 61% das mulhe-
armado. Reinserção de quase 4,5 milhões de absorvem mais de 220.377 estudantes, 8.897
porte de Energia eléctrica; e a instalação dos res grávidas tiveram quatro ou mais consultas
docentes e 2.218 salas de aulas e a formação
533 MW em diversas províncias. Provisão de habitantes representando na altura um terço pré-natais e 82% das mesmas foram atendidas
de 12.116 professores. A construção de novas
água a 571.197 habitantes em resultado da da população. Com o término do processo de nestas consultas por pessoal de saúde qualifi-
Universidades e Institutos Superiores no pe-
construção de 675 pontos de água e 275 pe- reassentamento da população deslocada nas cado e 50% assistidas no parto por pessoal de
ríodo de 2002-2012 já atrás referenciada, em
quenos sistemas de abastecimento de agua e suas áreas de origem/destino no ano de 2006, saúde qualificado; a taxa de fecundidade das
Cabinda, Uíge, Luanda, Benguela, Huambo,
o alcance da taxa de 66,14% para a cobertura foi possível a reintegração de 4.249.888 cida- mulheres ainda é elevada, situando-se em 6,2
Bié, Huíla, Bengo, Kuanza-Sul, Kuanza-Norte
da população rural servida com agua potável. filhos por mulher e a prevalência contracepti-
dãos deslocados.
42 43
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

va entre as mulheres casadas ou em união de imagem externa do País junto das mais impor- 126. Outras realizações de impacto social no pe-

2014
facto é muita baixa, apenas 14%; a taxa de No sector da saúde houve ganhos tantes instituições financeiras e económicas ríodo 2013-2017 são:
crescimento natural é de 2,7% assistindo-se o extraordinários, por exemplo a espe- internacionais.
rança de vida de acordo com dados a) Execução do Programa Angola Investe, a
aumento da população angolana em 25 milhões, definitivos do senso geral da popula-
789 mil e 24 habitantes, dos quais, 12 milhões, ção de 2014 aumentou para 60,2 anos
123. O sector petrolífero, cresceu de tal maneira instalação dos pólos agro-industriais já refe-
499 mil e 41 são homens, o que corresponde a de idade. que passou a constituir-se no pilar de desen- ridos, de Capanda, Cubal, Longa, Quizenga,
48% e 13 milhões, 289 mil e 983 são do sexo volvimento número um da economia nacional Pedras Negras e Camabatela, a construção do
feminino o que corresponde a 52%. com uma carteira de negócios constituída por matadouro industrial em Camabatela (Cuanza
21 blocos, dos quais 5 operados ou explora- Norte), de 5 entrepostos frigoríficos (Caxito,
119. Construção de Novas Centralidades e mui- dos, 16 blocos associados e 3 em desenvol- Dombe Grande, Namibe, Chibia e Dondo), a
tos projectos habitacionais que tem permiti- vimento e uma força de trabalho muito acen- aprovação de 16 Programas Dirigidos para os
do aos angolanos beneficiar de casa própria tuada, permitindo em 2013 a produção de 626 sectores da Agricultura, Pescas e Industria,
e condigna. A título de exemplo e no âmbito milhões, em 2014 de 610 milhões, em 2015 de bem como a elaboração do Plano Operacional
do subprograma dos 200 fogos por Municí- 649 milhões e no II trimestre de 2016 de 159,2 de Supervisão da Zona Económica Especial
pio, foram construídos, até ao I trimestre de milhões de barris de petróleo. O país ainda Luanda-Bengo, em conformidade com o artigo
2014, um total de 5.893 casas, em todas as desenvolve um dos maiores projectos de pro- 15 do Decreto;
províncias do país. Neste particular, desta- dução de gás natural em África denominado
ca-se a construção das centralidades do Ki- Angola LNG. b) A construção das infraestruturas integra-
lamba (Luanda), Sequele (Luanda) ambas com da do Uíge, Negaje, Menongue e Saurimo, do
mais de 50 mil apartamentos, de Cabinda com 124. O sector da indústria transformadora durante
1.002 apartamentos, do Dundo (Lunda Norte), o período de 2002 à 2011, registou um cresci-
mento médio anual na ordem de 12,2%, tendo

21
com 5.004, do Quilamoço (Uíge) com 1.026,
do Sumbe (Cuanza Sul) com 2.062, do Cuíto para tal concorrido os subsectores da indús- O sector petrolífero, cresceu de tal
(Bié) com 830, da Caála (Huambo) com 3.235, 2004. tria alimentar com 12%, bebidas com 15%, maneira que passou a constituir-se
no pilar de desenvolvimento número
do Lossambo (Huambo) com 2.039, do Bailun- papel e embalagem de papel com 6%, quími- um da economia nacional com uma
121. As informações estatísticas disponíveis per- ca com 11%, plásticos com 4%, minerais não carteira de negócios constituída por
do (Huambo) com 2.591, do Andulo (Bié) com
mitem confirmar que depois de 2002, o cres- metálicos com 7%, produtos de metal com 21 blocos
172, do Luena (Moxico) com 316, do Cazenga
cimento económico tem sido intenso, acen- 10%, máquinas e aparelhos eléctricos com
(Luanda) com 128 e a Centralidade do Sambi-
tuando-se o ritmo de variação do PIB à partir 3%, bem como foram criados 603 estabeleci-
zanga (Luanda) com 480 fogos.
de 2005. A variação real acumulada do Produ- mentos industriais privados, o que represen-
120. Um grande exemplo do esforço do Execu- to Interno Bruto entre 2002 e 2006 foi de 89,6 tou um investimento significativo na ordem
tivo na estabilização macroeconómica vem porcento, ou seja, quase que foi multiplicado dos US$ 3.594.239.470,65.
de 2002 quando, tão logo o país alcançou a por dois, em apenas cinco anos.
paz empenhou-se até 2004 na estabilização 125.Adopção de uma estratégia de desenvolvimento
122. Os efeitos positivos de tudo quanto acima se para o sector mineiro que permitiu a exploração,
monetária e financeira, onde a taxa de cres-
referiu, são expressos na estabilidade cam- desde 2002 à 2011, de 76 milhões de quilates,
cimento do PIB foi de 10% e a taxa de infla-
bial, então verificada, na reposição da con- sendo que 67,7 milhões de quilates provenien-
ção passou de 100% em 2002 para 31% em
fiança a moeda nacional – de que resultou tes da produção industrial e 8,3 milhões da
2004, e a taxa de câmbio estabilizou desde
um aumento significativo dos depósitos em produção artesanal e uma força de trabalho até
2003 face ao dólar. O Défice fiscal passou de
Kwanzas – no controlo do défice orçamental, 2010 de aproximadamente 9,2 mil trabalhado-
7,8% em 2003 para um superavit de 0,6 em
no abaixamento da inflação, na maior trans- res, dos quais cerca de 94%, nacionais.
2004. As reservas líquidas passaram de 1 mês
parência das contas públicas e na melhoria da
de importações em 2003 para 2,4 meses em
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José Eduardo dos Santos – 1979-2017 V. Tomada de posse como Presidente da 3.ª República de Angola - 2012 à 2017

de 403 pontes, sendo 123 definitivas (em betão

2002
são e inauguração do Laboratório Nacional de 128. A aprovação do Programa Executivo para
Controlo de Qualidade (LANCOQ); a conclusão armado) e 280 provisórias (metálicas). Aceleração da Economia, registou o desem-
O sector da indústria transformado- da construção da 1ª face do Centro Logístico de bolso de financiamento a cerca de 29.363
ra durante o período de 2002 à 2011, f) No âmbito das Telecomunicações e Tecno-
registou um crescimento médio anual Distribuição (CLOD) de Luanda em Viana (com micros empreendedores (dos quais 2.740
na ordem de 12,2%, execução financeira de 100%); a construção logias de Informação, a conclusão do projecto ex-militares e 26.623 civis), no valor aproxi-
do CLOD da Caála (com execução financeira de da Rede E-Government de Angola (para 4 capi- mado em Kz 128.745 milhões; 2.409 acções
66,83%) a criação de 20 Centros de Apoio ao tais de províncias); a instalação de 2 estações de formação, compreendendo um total de
Empreendedorismo Comercial e a emissão de meteorológicas automáticas (no Dundo e no 71.636 formados, assim como, a formação
65.798 alvarás comerciais, no âmbito do SILAC; Saurimo); a continuação das obras de constru- de 308 micros empreendedores, no âmbito
a aprovação do Programa Executivo de Expan- ção das Mediatecas do Uíge (43%), Malanje do protocolo de cooperação INAPEM/INE-
são da Rede Comercial (PRECOM); e a conclu- (88%), Bié (91%) e Cabinda (18%) e do projecto FOP, que contribuíram sobre maneira para a
são dos Centros de Recolha, Lavagem e calibra- ANGOSAT; a aprovação da criação da Televisão distribuição da rede nacional.
gem do Bié (Chinguar e Chitembo), do Huambo Digital de Angola (TVDA), para gerir as infra-es-
(Caála) e de Luanda. truturas de rede da Televisão Digital; e a cria- 129. O nível de execução das metas sectoriais
ção de 8.019 contas de correios electrónicos do PND 2013-2017, no período 2013-2016,
d) Execução de 717.280 novas ligações; no institucionais para Organismos da Administra- foi de 78,96%.
âmbito do Programa de Expansão da Capacida- ção Pública.
de de Produção e Transporte de Energia Eléc- 130. No período de 2013-2016, foram criados
trica, a instalação dos 533 MW em diversas g) Criação dos Centros Integrados de Empre- 894.805 novos postos de trabalho, dos
provinciais; a continuação da construção do go e Formação Profissional nas províncias da quais 832.597 (93,05%), no sector real da
Aproveitamento Hidroeléctrico de Laúca, com Lunda-Sul (com uma capacidade formativa de economia.
um grau de execução física na ordem dos 78% 700 formandos) e do Cuanza-Norte (com uma
capacidade formativa de 300 jovens) e matrí- 131. Em termos nominais, o crédito à econo-
e execução financeira de 35%; da Segunda
Projecto Nova Vida (Luanda) – 2ª fase e das cula, pelos Serviços Municipais de Empreen- mia registou uma tendência crescente ao
Central do Aproveitamento Hidroeléctricos de
infraestruturas básicas das reservas fundiárias dedorismo e Emprego, de 505 candidatos (dos situar-se em Kz 3.462,3 milhões, em 2016.
Cambambe (4x175 MW), com uma execução
da Zona Sul de Benguela, Mungo (Huambo), física de 99,5%, na construção civil, de 96%, quais, 439 concluíram com êxito); a formação,
Chitato (Lunda Norte), Catapa (Uíge), Quissama nos equipamentos electromecânicos e de 98%, pelo CINFOTEC, de 801 jovens nos cursos de
(Luanda), Mabubas (Bengo) e Missombo (Cuan- no alteamento da barragem (com uma execução TIC, Meteorologia, Mecânica, Produção, Elec-
do Cubango), aprovação e execução dos Planos financeira acumulada de 91%); da Central de tricidade e Mecatrónica e Pedagogia; o registo,
de Desenvolvimento Provincial 2013-2017 de Ciclo Combinado do Soyo – Fase 1 e Sistema pelos Centros de Emprego, de 7.094 admissões
todas as províncias e a elaboração de 11 Planos de Transporte Associado (com execução física directas efectuadas por empresas, destacando-
de Requalificação Urbana, 53 Planos Directores de 50%), da Mini-Hídrica de Chiumbe – Dala -se o sector da construção civil como o maior
Municipais (em 15 províncias), 73 Planos de Ur- de 12 MW (com execução financeira acumula- empregador nesse período (405).
banização, 6 Planos de Requalificação e a rea- da de cerca de 85%) e a conclusão da Linha de
bilitação ou construção de 3.013 km de estrada 127. Foram igualmente registados ganhos enor-
Transmissão de 400 KV Cambambe/Catete;
a rede fundamental, 1.476 km da rede secundá- mes no alargamento da base de incidência
ria e 3.098 km da rede terciária e 403 pontes, e) Execução do Programa de Recuperação e das contribuições dos trabalhadores por
sendo 123 definitivas (em betão armado) e 200 Conservação da Rede Terciária de Estradas, conta de outrem e um aumento do número
provisórias (metálicas); numa extensão de 17.500 km (com execução fi- de contribuintes segurados e pensionistas,
nanceira, até ao ano de 2016, de 76,48% do va- resultando num total de 123.557, 1.656.681
c) A criação do Instituto Nacional de Apoio e lor programado); a conservação e manutenção e 117.195, respectivamente, em decorrên-
Promoção das exportações (INAPEX); a conclu- de 1.224 km da rede fundamental; a construção cia do processo de reorganização do INSS.

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VII. • Relatórios Anuais de Balanço das Actividades do
DOCUMENTOS DE Governo.
• Relatórios Anuais de Balanço dos Programas de
APOIO E FONTES Investimentos Públicos.
• Memorandos sobre o Acompanhamento da Exe-
CONSULTADAS cução Física e Financeira de Projectos Estruturan-
tes.
• Programas de Inaugurações de Projectos.
• Relatório de Indicadores Múltiplos e de Saúde.
• Discurso do Camarada Presidente por ocasião do
30º Aniversário da Independência de Angola.
• Mensagens do Camarada Presidente da Repúbli-
ca à Nação.
• Principal Legislação aprovada durante o período
1979 -2017, sobre a Matéria do Trabalho do Gru-
po.
• www.angop.ao
• Livro e Memorando Angola 2002 – 2012 – 10
Anos Depois Aqui Há Progresso.
VIII.
MEMÓRIA
FOTOGRÁFICA
José Eduardo dos Santos – 1979-2017 VIII. Memória Fotográfica

O Presidente do MPLA, António Agostinho Neto, proclama a independência da Repúbli- Investidura: O Presidente da República Popular de Angola, José Eduardo do Santos,
ca Popular de Angola, depois de 500 anos de domínio Português, no Largo do 1º de Maio, discursa na investidura em que toma posse, na presença dos membros do Bureau Político
em Luanda-Angola, 11 de Novembro de 1975. do Comité Central e do governo do MPLA, em Luanda-Angola, 16 de Setembro de 1979.

Encontro de militantes do MPLA: O major, Bento Ribeiro, orienta o encontro com militantes do Partido destacando a presença do camarada Presidente do MPLA, José Eduardo dos Santos,
em Luanda-Angola, 6 de Agosto de 1979.

Eleições: José Eduardo dos Santos, deposita nas Urnas o seu boletim de voto nas eleições
Legislativas e Presidenciais de 1992, em Luanda-Angola, a 29 de Setembro.
Eleições Legislativa 1992: José Eduardo dos Santos e a Ana Paula dos Santos perante a
mesa de voto.

Presidente da República e o presidente da UNTA, Pascoal Luvualu, na marcha alusiva ao Visita à França: Presidente José Eduardo dos Santos e seu homólogo francês, aos 13 de
dia do trabalhador,1 de Maio de 1988, Luanda-Angola. Abril de 1991. II Cimeira dos chefes de Estados Africanos de Língua Portuguesa: perfilados da esquerda à direita, de São-Tomé e Príncipe, Manuel Pinto da Costa, Moçambique, Samora Machel,
Cabo-Verde, Aristides Maria Pereira e de Angola, José Eduardo dos Santos, na cimeira de 29 à 30 Março de 1980.

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José Eduardo dos Santos – 1979-2017 VIII. Memória Fotográfica

Camarada José Eduardo dos Santos, recebe em audiência dirigente politico durante visita
à Europa em 7 de Setembro de 1987.

As delegações da Rússia e Angola, posam para à fotografia de família, na primeira visita oficial de José Eduardo dos Santos, à Rússia, em Moscovo, 24 de Dezembro de 1979.

Presidente da República Popular de Angola recebe o seu homólogo de Moçambique,


Samora Machel, no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro para participar na cimeira dos
países da linha da frente em Luanda – Angola, 8 de Abril de 1986.

Visita do Presidente da República Popular de Angola ao Congo Brazzaville e fala


à imprensa ao lado do seu homólogo Denis Sassou Nguesso, em Brazzaville, 5 de Maio
de 1989.

José Eduardo dos Santos recebido pelo Secretário Geral do MPLA, Lúcio Lara, após regres- Visita oficial à Bulgária: José Eduardo dos Santos condecorado pelo presidente da
República da Bulgária, Todor Jivkov, aquando da sua visita na Cidade de Sófia, 2 de Cunene: Comandante-em-Chefe durante a visita da trincheira das Forças Armadas Angola- O Comandante-em-Chefe em momentos de observação e reflexão.
sar da província de Malanje para capital do país em 17 Junho de 1981.
Outubro de 1981. na, após a invasão do país pelas forças Sul africanas, aos 13 de Junho de 1984.

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José Eduardo dos Santos – 1979-2017 VIII. Memória Fotográfica

Foto de família: Chefe de Estado angolano e Membros do Governo.

Foto de Família: Presidente da República e Secretários de Estado. Foto de Família. O Presidente da República e Altos Funcionários do seu Gabinete.

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“Reconhecemos
aqui e agora que
todos, colectiva e
individualmente, foram
fundamentais para
atingirmos os objectivos
plasmados nos
diferentes programas”
Na íntegra mia, através do aumento da produção interna, da redução das importações,
do fortalecimento do tecido empresarial nacional, da promoção e criação
Discurso de ‘adeus’ do Presidente da de emprego e da diversificação das fontes de receitas fiscais e de divisas.

República José Eduardo dos Santos Esta capacidade de encontrarmos rapidamente soluções para superarmos
os problemas mais prementes e de nos adaptarmos às contingências objec-
tivas dos contextos internos e externos foi um dos traços fundamentais que
caracterizaram o mandato do actual Governo.
EXCELENTÍSSIMO SENHOR
Contudo, nada teria sido possível se não tivéssemos contado com a vossa
VICE-PRESIDENTE DA REPÚBLICA, inestimável colaboração. Se superámos e vencemos os múltiplos obstácu-
SENHOR MINISTRO DE ESTADO, los, foi porque vocês souberam colocar à disposição do país as vossas ca-
pacidades, aptidões, conhecimentos e vontade de triunfar, assumindo com
DISTINTOS MINISTROS, responsabilidade e sentido de Estado os deveres de que estão incumbidos
SENHORES GOVERNADORES PROVINCIAIS, pela Lei e pela Constituição da República.

MINHAS SENHORAS E MEUS SENHORES, Reconhecemos aqui e agora que todos, colectiva e individualmente, foram
fundamentais para atingirmos os objectivos plasmados nos diferentes pro-
gramas e planos sectoriais e multisectoriais.
Terminámos a última reunião do Conselho de Ministros do actual Governo, for- Juntos fomos sempre mais fortes e decisivos para manter o rumo do país no
mado na sequência do pleito eleitoral de 31 de Agosto de 2012, tendo o Titular caminho certo da unidade nacional, da paz, da justiça social, do desenvolvi-
do Poder Executivo tomado posse no dia 26 de Setembro desse mesmo ano. mento e da consolidação da democracia.
Este mandato governamental foi caracterizado por uma grande estabilidade O processo eleitoral que vai ter lugar dentro de dias constitui a prova de que
política e social, apesar da situação económica e financeira difícil que o as sementes lançadas à terra estão a germinar e de que o povo angolano vai
país viveu, sobretudo a partir de 2013, com a baixa assinalável do preço do de certeza colher bons frutos a médio prazo.
petróleo no mercado internacional.
Agradeço penhoradamente a todos os que tornam possível esta grandiosa
Isso obrigou-nos a reajustar o nosso Programa de Governo e, por conse- obra de edificação de um país que pretendemos que seja moderno, próspero
guinte, a redefinir as despesas públicas para que fosse possível assegurar a e forte.
sustentabilidade da nossa agenda de desenvolvimento.
Uma palavra particular de apreço aos técnicos e a todo o pessoal que asse-
Nesse sentido, tivemos de adoptar em tempo oportuno uma estratégia para gura a realização das sessões do Conselho de Ministros e das suas Comis-
fazer face à crise, com vista a iniciarmos um novo ciclo económico de esta- sões de Trabalho.
bilidade, não dependente do petróleo como principal fonte de receita fiscal
Neste agradecimento não posso deixar de incluir os jornalistas que cobrem
e de exportações do país.
e divulgam o conteúdo das suas sessões.
De facto, foi importante termos encarado a crise económica e financeira
Bem hajam!
como uma oportunidade para nos libertarmos da dependência excessiva
desse produto e para acelerarmos o processo de diversificação da econo- Muito Obrigado!
Agosto, 2017

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