Neste estudo do MAPA, partindo de um pressuposto de um processo econômico, social e político limitado, propõe-se na referida atividade, formular um modelo de intervenção a nível estadual para que abranja a população deste estado para que assim, possa minimizar a sua fragilidade econômica e social, levando em conta que a pobreza é um dos principais fatores associados à marginalização.
A proposta aqui exposta seria reforçar o emprego e a mobilidade
investindo maiores recursos na educação, igualando assim, oportunidades para todos. A análise proposta foi concebida a partir de interpretações detalhadas de diferentes situações de pobreza no estado.
O núcleo central deste modelo seria a integração de algumas variáveis
básicas, às quais correspondem ações estratégicas como o crescimento, mediante a identificação dos mecanismos pelos quais os mais pobres podem dele se beneficiar.
Através do conhecimento, que por sua vez é representado pelo capital
humano, de que decorre esforço de educação básica e de qualificação da pobreza e do trabalho, esse, considerado como variável-enlace entre o crescimento e o conhecimento, pelo qual se dá a inserção produtiva dos pobres e sua autopromoção social FERNANDES (2017, p. 27).
São consideradas ainda ações complementares para o desenvolver da
proposta da atividade MAPA, a extensão aos pobres das políticas sociais públicas, o planejamento familiar, a intensificação do uso do trabalho como forma de suplementação de renda, a assistência aos pobres considerados mais vulneráveis, e a extensão, a eles, dos direitos da cidadania, assegurados pela presença do Estado nas áreas de concentração de pobreza HUDSON (2019, p. 12).
A atividade de captação de recursos é um dos principais desafios
enfrentados para a execução e/ou efetivação de um projeto com essa extensão, no cenário político atual o Estado não consegue atender satisfatoriamente a crescente demanda social, consecutivamente deixa “gargalos” em seus programas de governo.
Não podemos unicamente esperar que o Governo do Estado forneça os
recursos necessários, visto a situação financeira ao qual o País se encontra reunir fontes de investimentos mediante o governo do estado não seria algo que fosse descartado, mas poderíamos fazer essa junção buscando outras fontes investidoras e tornar a atividade de captação eficiente e dinâmica.
Podemos citar como estratégias de captação de recursos à elaboração
de projetos de financiamento e à promoção de campanhas, com o objetivo de recolher contribuições financeiras junto aos civis, ao Estado, às organizações internacionais e empresas privadas PEREIRA (2011).
Contudo, os projetos de financiamento enfrentam certas barreiras para
sua validação, tais como sua conformidade ou não às exigências da fonte financiadora e a crescente escassez de recursos CARVALHO (2012).
De acordo com VALARELLI (2014), uma estratégia bem elaborada de
captação de recursos que amplie e diversifique as fontes de captação contribui para aumentar a autonomia das organizações.
A marginalização do social, com a ineficiência da educação, da
saúde, e com o enfraquecimento da estrutura familiar, aumenta a insegurança do indivíduo trazendo perigosas consequências para o desenvolvimento econômico, visto que a falta de credibilidade na economia repele investimentos, reduz inovações tecnológicas e atrapalha a competitividade externa (BELTRÃO, 2012, p. 35).
Por sua vez, o Governo do Estado deverá trabalhar encima de
atividades que possam diagnosticar uma maior construção deste cenário de segmentos sociais apresentados orientando assim, as escolhas de políticas públicas e a definição de prioridades do referido governo distrital para a promoção do desenvolvimento sustentável e da inclusão social.
De acordo com VALARELLI (2013), uma estratégia bem elaborada de
captação de recursos que amplie e diversifique as fontes de captação contribui para aumentar a autonomia das famílias dando a elas maior capacidade de manutenção da sua identidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bonelli, Regis & Sedlacek, Guilherme Luís, Distribuiçăo de renda: evolução
no último quarto de século, in Sedlacek, G.L. & Paes de Barros, R. (eds.), Mercado de trabalho e distribuiçăo de renda: Rio de Janeiro, Ipea, 2014, p. 7-24.
FERNANDES, Rubem César. Direitos Sociais. São Paulo: Paz e terra, 2017.
MELO NETO, Francisco Paulo; FROES, César. Responsabilidade Social &
Cidadania Empresarial: a administração do terceiro setor. Rio de Janeiro: Qualitymark, 2019.
FRANCO, Juliana; PEREIRA, Marcelo F. A importância do Governo do
Estado no desenvolvimento de projetos sociais. Anais - Programa de Pós Graduação em Engenharia da Produção, 2013.
IPEA. Ação Social das Empresas. Disponível em:
https://www.ipea.gov.br/portal/ Acesso em: 06 julho de 2021.
TENÓRIO, Fernando G. Gestão de ONGs: Principais Funções Gerenciais. Rio
de Janeiro: Fundação Getúlio Vargas, ed.3, 2014.
VALARELLI, Leandro Lamas. Gestão do Terceiro Setor: uma noção ampliada
de captação de recursos.
BELTRÃO, Leandro. Instrumentos para auxiliar propostas de diminuição
da marginalização: uma estratégia de desenvolvimento com equidade para o Estado. Leandro, 2014.