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NO BRASIL
RESUMO
1. INTRODUÇÃO
Pensando nisso, este estudo, através de uma análise bibliográfica, tem como
objetivo explanar brevemente sobre o surgimento dos Programas de Transferência
de Renda no Brasil, no intuito de aprofundar a compreensão do impacto dessas
políticas no cenário brasileiro e examinando como elas podem cooperar para a
redução da pobreza e das desigualdades socioeconômicas - levando em conta não
apenas para os resultados imediatos, mas também como esses programas podem
ser válidos para o empoderamento das pessoas ao longo do tempo. Além disso, a
presente pesquisa busca compreender os desafios e as complexidades inerentes à
avaliação do impacto, bem como identificar as melhores práticas e lições aprendidas
com base em experiências e nos contextos regionais do país.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A partir dos anos 80, houve um aumento significativo nos movimentos sociais
que desafiavam o regime autoritário no Brasil, abrindo espaço para o surgimento de
novos outros movimentos, agora, inseridos no contexto de uma sociedade brasileira
que sofria um processo de rearticulação política. Esses movimentos tinham como
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Condicionantes e focalização
É notável que o Plano Brasil sem Fome tenha sido elaborado a partir das
lições aprendidas com os programas anteriores, pois esses foram fundamentais no
processo que retirou o Brasil “do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas
(ONU) em 2014” (Guedes, 2022), além de tornarem o país uma referência global em
políticas públicas externas - com foco na erradicação da fome e da miséria. Desse
modo, a aposta na reativação de políticas públicas comprovadamente eficazes
reitera o compromisso de enfrentar os desafios atuais, possibilitando garantir que
uma população mais vulnerável tenha acesso à alimentação e às condições básicas
necessárias para uma vida digna através dos Programas de Transferência de
Renda.
Para a senadora Zenaide Maia (Pros-RN), nada é mais preocupante e
urgente do que acabar com a fome de milhões de brasileiros. Na avaliação
dela, o governo federal [2019 – 2022] desmontou um importante arcabouço
de proteção social, tornando necessária a reconstrução das políticas
públicas para essa área. Além de um projeto de geração de emprego e
renda, Zenaide pondera no sentido de que o país precisa de mais
investimento público e de ações para a valorização do salário-mínimo como
formas de diminuir os números da fome no Brasil. (Guedes, 2022)
Dito isso, após as dificuldades enfrentadas nos últimos anos, o atual Governo
Federal implementou o novo Bolsa Família, retirando 18,5 milhões de famílias da
pobreza em junho de 2023. Desde a sua recriação, o programa retirou 43,5 milhões
de pessoas da linha da pobreza, garantindo uma renda per capita acima de R$ 218.
Nesse aspecto, o representante da FAO1, Rafael Zavala, apontou que a fome global
continua sendo um desafio, especialmente devido à pandemia e à desigualdade na
distribuição de alimentos. Ele destacou que, apesar dos desafios, o Brasil, com suas
políticas recentes e de produção alimentar, tem a capacidade de sair novamente do
Mapa da Fome (Brasil, 2023), indicando que há um impacto positivo na redução da
pobreza no Brasil, o que não desmonta o cenário de miséria e desigualdade na
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A FAO, ou Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura, é uma agência
especializada das Nações Unidas, cujo objetivo é de combater a fome, promover a segurança
alimentar e nutricional, além de melhorar as condições de vida das populações rurais em todo o
mundo.
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3. MATERIAIS E MÉTODOS
Fonte: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2023/06/bolsa-familia-de-junho-tem-maior-
valor-medio-da-historia-r-705-40.
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4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
5. CONCLUSÃO
6. REFERÊNCIAS
SILVA, Maria Ozanira da Silva e; LIMA, Valéria Ferreira Santos de Almada (Coord.).
Avaliando o Bolsa Família: unificação, focalização e impactos. São Paulo:
Cortez, 2010.
7. CRÔNICAS
Família (PBF), foi se realizou a unificação dos benefícios até então existentes,
produzindo dados mais confiáveis para uma análise consistente.
Sozinha, a região nordeste detém quase metade das famílias beneficiárias
do PBF, mesmo possuindo menos de 27% do total da população brasileira. Sua
ocupação se inicia ainda no século XVI, por volta de 1530, com a introdução da
cana-de-açúcar. Direcionada à exportação, a cana era produzida por grandes
latifúndios, ocupando extensas faixas de terras próximas ao litoral. Já no século
XIX, e após a crise nos engenhos de açúcar, a recorrente procura europeia por
algodão, devido ao desenvolvimento da indústria têxtil, se voltou para o Brasil,
dessa vez para o interior do nordeste, mantendo a região com predominância na
produção rural e centralizando o poder econômico e político nas mãos das
oligarquias locais, responsáveis pelo histórico subdesenvolvimento da região.
Curiosamente, a região sudeste tem o seu processo de colonização
intensificado mais de cem anos após o nordestino. A descoberta de ouro e pedras
preciosas, no final do século XVII, proporcionou o surgimento de atividades
agrícolas e comerciais que visavam suprir as necessidades dos povoados próximos
às áreas de mineração, e ao longo dos caminhos utilizados para o escoamento da
produção, esses fatores deram grande impulso à colonização de Minas Gerais e
Rio de Janeiro, chegando ao ponto de a Coroa portuguesa transferir a capital da
colônia de Salvador para o Rio, ainda no séc. XVIII.
Já no século XIX, a cultura do café leva grande desenvolvimento econômico
a São Paulo. O grande acúmulo de capital vindo do café, juntamente com a
imigração europeia e asiática, pós abolição da escravidão, criaram o ambiente
social favorável à industrialização no Sudeste. O desenvolvimento econômico e
social nessas duas regiões se desenrolou em meio a fatos históricos distintos. Hoje,
a região sudeste é a mais rica do país e, consequentemente, a mais populosa, fruto
de migrações internas, que movimentaram grandes massas advindas,
principalmente, do Norte e do Nordeste.
É possível constatar que nem os estados mais ricos do Brasil conseguem
adsorver toda a mão de obra disponível em sua região. Um termômetro dessa
conjuntura dramática é o índice nacional de famílias contempladas com o PBF, o
Sudeste ocupa a segunda colocação com quase um terço de todo o programa,
sendo o estado de São Paulo o segundo com mais famílias assistidas, perdendo
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