Leia o trecho a seguir sobre o programa bolsa família:
"[...] a) combater a fome, a pobreza e as desigualdades por meio da transferência de um benefício financeiro associado à garantia do acesso aos direitos sociais básicos - saúde, educação, assistência social e segurança alimentar; b) promover a inclusão social, contribuindo para a emancipação das famílias beneficiárias, construindo meios e condições para que elas possam sair da situação de vulnerabilidade em que se encontram [...]".
SILVA, M. O. da S.; YAZBEK, M. C.; GIOVANNI, G. A política social
brasileira no século XXI: a prevalência dos programas de transferência de renda. São Paulo: Cortez, 2016. p. 142.
Os programas de transferência de renda são de suma importância para a melhoria
do bem-estar social das famílias mais vulneráveis, sendo uma importante política pública que o Estado pode desenvolver, como é o caso brasileiro do programa Bolsa Família. Desse modo, Como deve ser desenvolvido o programa para famílias de baixa renda e pessoas da terceira idade? Qual a importância dos programas para cada um dos grupos? Considere um orçamento de R$ 10 bilhões.
Objetivando garantir o direito à proteção social para todos os indivíduos,
assim como a qualidade das ações executadas através da política de Assistência Social, é que os serviços, programas, projetos e benefícios foram criados e hoje são ofertados no Brasil. O Programa Bolsa Família (BF), criado para integrar a estratégia de acesso a alimentos e geração de renda do Programa Fome Zero, com o objetivo de promover segurança alimentar e nutricional para a população vulnerável à fome, esse programa é pautado em três dimensões, necessárias para a superação da fome e da pobreza. O programa BF busca beneficiar famílias em situação de extrema pobreza, ou seja, com renda mensal por pessoa de no máximo até R$ 85,00, assim como famílias pobres, com renda mensal por pessoa de R$ 85,01 a R$ 170,00. A primeira dimensão diz respeito a promover o alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta da renda para as famílias. A segunda refere-se ao rompimento do ciclo de pobreza entre gerações, visto que existem condicionalidades a serem cumpridas pelos beneficiários no âmbito da saúde e da educação; porexemplo, exame pré-natal, ao acompanhamento nutricional, ao acompanhamento de saúde, à frequência escolar, entre outras que podem ser previstas em regulamento. No entanto, com relação à outros grupos, o da terceira idade é um que merece atenção. A fragilidade presente nas pessoas idosas é um problema de saúde pública, e suas particularidades ainda precisam de maiores investigações, evidenciando a importância de cuidados evidentes em saúde, principalmente em países em desenvolvimento, onde boa parte da população é de baixa renda e não possui condições socioeconômicas para administrar cuidados no próprio domicílio É natural do ser humano ir à busca da saúde, da felicidade, tentar superar obstáculos, viver melhor, entre outras necessidades. A interação em grupos contribui para a qualidade de vida psicossocial. Para os idosos são fundamentais o cuidado e a manutenção da vida. São importantes que sejam desenvolvidos atividades que são relacionadas com movimentos, gestos, socialização e integração social entre os idosos. Tudo isso conduz uma melhoria da saúde na terceira idade, promovendo independência, autonomia, em relação ao contexto em que vivem. É importante incentivar e garantir as práticas de atividades físicas, grupais e de socialização para pessoa idosa, com objetivo de prevenir doenças, ociosidade, aumentar expectativa de vida. Como também resgatar a autoestima e eliminar a exclusão. Ainda existe uma visão negativa da terceira idade, pelo fato do avanço da idade, há a ideia de que os idosos diminuem suas potencialidades, com isso, diminuem sua participação em grupos em sociedade, tornando-se insatisfeitos com a vida. Para muitos envelhecer significa afastar-se de tudo, onde na verdade essas pessoas idosas tem todo o potencial para continuarem ativos e mantendo e aumentando a qualidade de vida. Em seu Art. 3º do Estatuto do Idoso é estabelecido que: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do Poder Público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária” Diante disso consideram que qualquer que seja a política que tenha por objetivo o enfrentamento à pobreza deve ser articulada com a política econômica, com investimento social a médio e em longo prazo. Programas como o BF podem ser considerados como iniciativas de crescimento econômico de curto prazo se focar os efeitos multiplicadores locais destes programas, ou os efeitos deles sobre a demanda, o que traz um impacto econômico positivo, em uma perspectiva de ausência de restrições de oferta. No entanto, é preciso especificar os impactos da mobilização necessária de fundos para financiar estes programas. Esta, entretanto, pode ser uma omissão bastante séria na análise de programas da magnitude do BF, que transfere aproximadamente 0,5% do PIB do Brasil a cada ano, e que requer um esforço fiscal considerável, o que sugere que os efeitos dos programas não podem ser avaliados separadamente de suas fontes de financiamento. Ou seja, onsiderando um PIB de 8,7 trilhões, 10 bilhões de reais seriam suficientes para manter e ainda aprimorar o Programa Bolsa Família.
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