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DESENVOLVIMENTO

SOCIAL
Guia de Políticas
e Programas

Governo e Sociedade
trabalhando juntos
Informe-se. Faça a sua parte.
E ste Guia contém informações sobre os programas e ações do
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS.

O seu objetivo é apoiar o trabalho realizado todos os dias nos


estados, Distrito Federal e municípios, por um Brasil melhor para
todos nós. Boa leitura!


SUMÁRIO
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome...................4
A união com os gestores...........................................................................5
Municípios: parceiros do MDS.................................................................8
Parcerias e ações do Fome Zero.............................................................9
O MDS e as prefeituras............................................................................10
Saiba onde encontrar as informações que você precisa....................12

Bolsa Família............................................................................................15
Cadastro Único - CadÚnico........................................................................20

Assistência Social....................................................................................27
Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social - BPC.............30
Grupos e Centros de Convivência do Idoso...............................................33
Centro de Referência da Assistência Social - CRAS.................................35
Programa de Atenção Integral à Família - PAIF.........................................35
Centro de Referência Especializado da Assistência Social - CREAS.......37
Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI................................39
Serviço de Enfrentamento à Violência, ao Abuso e à Exploração Sexual
contra Crianças e Adolescentes.................................................................40
Proteção Social Básica e Especial à Pessoa Idosa e à Pessoa com
Deficiência.................................................................................................42
Agente Jovem em Desenvolvimento/ProJovem Adolescente....................44
Proteção Social Básica a Crianças de até 6 anos.....................................47

Segurança Alimentar e Nutricional.........................................................49


Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional - SISAN.............................50
Lei Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional - LOSAN.................50
Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar - PAA.........51
Programa do Leite (Leite Fome Zero) Via convênios estaduais com
o MDS - PAA..............................................................................................53
Programa Restaurantes Populares............................................................55
Programa Bancos de Alimentos.................................................................57
Programa de Cozinhas Comunitárias.........................................................59
Programa de Agricultura Urbana................................................................61
Feiras e Mercados Populares.....................................................................62
Consórcio de Segurança Alimentar e Desenvolvimento Local - CONSAD..64
Unidades de Beneficiamento e Processamento Familiar/ Agroalimentar..66
Educação Alimentar e utricional.................................................................67
Distribuição de Cestas a Grupos Específicos............................................69
Programa Cisternas....................................................................................71


MDS 4 ANOS: SUPERANDO A FOME,
REDUZINDO A POBREZA E AS
DESIGUALDADES SOCIAIS

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome foi criado em


janeiro de 2004.

Sua missão é promover o desenvolvimento social, tendo como centralidade a


articulação e a execução do Fome Zero, uma implementação de políticas, progra�­
mas e ações que compõem uma estratégia do Governo Federal de enquadrar o
problema da fome e da exclusão social como uma questão de política nacional,
contemplando segurança alimentar, transferência de renda, assistência social e
programas complementares estruturantes.

Organizado em cinco secretarias, o Ministério desenvolve ações nas áreas


de segurança alimentar e nutricional, renda de cidada­nia, políticas públicas de
assistência social e ações de geração de oportunidades para inclusão produtiva
das famílias atendidas:

• Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN;


• Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC;
• Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS;
• Secretaria de Geração de Oportunidades para Inclusão - SEGOI;
• Secretaria de Articulação e Gestão da Informação - SAGI.

É preocupação do Ministério avaliar constantemente o impacto das políticas


sociais e seus benefícios sobre a realidade socio­econômica da população aten-
dida, como também dar destaque à gestão compartilhada com as unidades fe-
deradas e às associações e parcerias como in­strumentos para ampliar o alcance
dos programas em execução. Para que haja transparência e utilização correta e
produtiva dos recursos públicos.


A UNIÃO COM OS GESTORES

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome saúda fraternal-


mente os gestores brasileiros, de todas as esferas, e se associa a todos na cau-
sa comum de combater a fome, a miséria e a exclusão social. Somente com a
parceria efetiva, reunindo o governo em seus três níveis – municipal, estadual e
nacional – e a sociedade civil, seremos capazes de responder à tarefa de nossa
geração, transformar o Brasil em um país forte e soberano, cujo povo realize
plenamente suas potencialidades.

As prefeituras têm papel fundamental na transformação do país. A Constitui-


ção de 1988 conferiu aos municípios brasileiros espaço e responsabilidade insti-
tucionais como jamais tivemos ao longo da história nacional, uma singularidade
do nosso sistema federativo, que confere aos municípios um grau de autonomia
provavelmente único no mundo. Está no artigo 1º da Constituição a elevação
dos nossos municípios à condição de ente constitutivo da República Federativa
do Brasil.

O respeito ao pacto federativo e o compromisso com o fortalecimento dos mu-


nicípios têm sido uma preocupação e uma ação constante do Governo Federal.
Nossa união poderá consolidar e ampliar parcerias, maximizando o impacto dos
recursos investidos nas políticas sociais. Ao apresentar este “Guia de Políticas
e Programas”, a intenção do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate
à Fome é oferecer amplas possibilidades de ação conjunta com as prefeituras,
para promover o desenvolvimento econômico, social e cultural, abrir possibilida-
des de trabalho, estimular a formação de novos empreendedores e fomentar os
setores produtivos locais.

Em sua apresentação, as ações estão divididas em três políticas: Bolsa Famí-


lia, Assistência Social e Segurança Alimentar. São ações que podem ser com-
binadas de várias maneiras, de modo a atender às necessidades específicas
de cada município. Todos apontam na direção da salvaguarda da família, como
núcleo irradiador da cidadania e da convivência, da garantia ao direito básico à
alimentação, à inclusão social e em projetos de geração de trabalho e renda,
para a emancipação das famílias. A implantação do Sistema Único de Assistên-
cia Social - SUAS contribui para isso.


Acreditamos nesse desafio quando lançamos o Fome Zero, estratégia de
governo que visa a acabar com a fome e a exclusão social por meio de pro-
gramas que criam condições para o desenvolvimento sustentado da nossa
população. As ações desenvolvidas no âmbito do Fome Zero asseguram o
direito às políticas públicas, estabelecidas por leis e normatizadas, que obje-
tivam erradicar a fome no país.

O objetivo dessa política é a universalização dos direitos sociais básicos,


por meio da articulação de políticas emergenciais, para assegurar o direito
à vida e à integridade familiar, com políticas emancipatórias, nas quais os
municípios possam integrar-se cada vez mais, articulando programas de de-
senvolvimento local e regional.

O Fome Zero, que tem o Bolsa Família como seu carro chefe, é o ambiente
mobilizador, o eixo condutor das ações de segurança alimentar e nutricional,
renda de cidadania, assistência social, programas complementares estrutu-
rantes, ações emergenciais e educação cidadã. Juntos, temos de romper o
círculo de perpetuação da miséria e emancipar social e economicamente as
famílias em situação de risco.

O Bolsa Família foi lançado em outubro de 2003, no processo de evolução


das políticas sociais do governo. Ele unificou os programas Bolsa Escola,
Bolsa Alimentação, Cartão Alimentação e Auxílio-Gás, todos de transferên-
cia de renda, com o objetivo de acabar com ações isoladas e com diferentes
cadastros de beneficiários.

As ações do Fome Zero em milhares de municípios brasileiros já provoca-


ram impacto positivo nas economias locais. Com a circulação de mais dinhei-
ro, os benefícios são imediatos para os pequenos produtores e comercian-
tes, com efeitos positivos também sobre a arrecadação dos seus municípios.
Assim, as políticas sociais públicas não devem ser entendidas como meros
corretivos, mas uma verdadeira política econômica de desenvolvimento sus-
tentado.

O combate à pesada herança histórica de exclusão social, entretanto, pre-


cisa levar em conta a dimensão social, humana e territorial do nosso país.
É uma tarefa que só terá sucesso se mais e mais prefeitos e prefeitas, ve-
readores e vereadoras, gestores e gestoras, independentemente de filiação
partidária, somarem-se ao esforço de erradicar a fome e a exclusão em suas
comunidades. Este trabalho começa com a responsabilização conjunta dos
governantes diante da agenda de desenvolvimento do nosso país, promoven-
do, ao mesmo tempo, a inclusão social e a redução das desigualdades, e se
materializa, dentre outros, no correto cadastramento das famílias do muni-


cípio, na garantia das ações e serviços de saúde e educação que permitam
o cumprimento das condicionalidades pelas famílias incluídas no Bolsa Fa-
mília, na incorporação do controle social sobre os programas e no emprego
eficaz dos recursos públicos.

Para que essa parceria avance, o Ministério do Desenvolvimento Social e


Combate à Fome dispõe, como mostramos aqui, de uma série de ações, in-
centivos e recursos. Este é o nosso convite, a nossa convocação para traba-
lharmos juntos e, assim, garantir a emancipação das pessoas pobres, para que
elas sejam protagonistas de seu desenvolvimento e possam exercer o direito da
cidadania.

Patrus Ananias

Ministro do Desenvolvimento Social


e Combate à Fome


MUNICÍPIOS: PARCEIROS DO MDS

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS tem a ta-


refa de estruturar uma sólida rede de proteção social, com o objetivo de incluir
todas as pessoas pobres do país no mundo do trabalho, do direito social e da ci-
dadania. A unificação de programas de assistência social, de segurança alimen-
tar e de transferência de renda em um único ministério tem o claro objetivo de
utilizar melhor a potencialidade de cada um sempre que forem complementares.
Para isto, está implantando o Sistema Único de Assistência Social - SUAS.

E é essa rede de proteção social que o MDS tem a oferecer às prefeituras de


todo o país, principais elos com as comunidades para tornar concreta a ação de
todos os programas. Em torno do Bolsa Família, o principal programa de trans-
ferência de renda do Governo Federal, é possível articular várias ações com o
objetivo de garantir que o dinheiro transferido às famílias resulte na melhoria da
qualidade de vida e de alimentação. É fundamental também somar esforços para
a criação de projetos de geração de trabalho e renda que promovam, de maneira
efetiva, a reintegração produtiva das famílias na comunidade.

Com programas de educação alimentar, a família tem informação para usar


melhor o dinheiro de que dispõe, para comprar mais comida e preparar refei-
ções mais nutritivas e baratas. Uma prefeitura que adotar o Programa de Res-
taurantes Populares, por exemplo, pode lançar mão de ações que estimulem a
produção local de alimentos por meio do Programa de Aquisição de Alimentos
da Agricultura Familiar - PAA ou de hortas e lavouras comunitárias. O Programa
do Leite (Fome Zero) é outro exemplo: deve estar articulado com as demais
ações na área de saúde do município e pode servir para uma ação de educação
alimentar.

Todas essas possibilidades estão à disposição dos prefeitos. O MDS pretende


intensificar, de modo muito concreto, as parcerias com os municípios, aprovei-
tando melhor e intensificando os efeitos dos programas e iniciativas. Este Guia
tem o objetivo de apresentar informações para que os gestores municipais te-
nham a visão completa dos programas e ações estruturados e planejados para
permitir que os municípios ampliem e consolidem essa grande rede de proteção
social no país. Contamos com essa parceria.


PARCERIAS E AÇÕES DO FOME ZERO

O Fome Zero é uma estratégia do Governo Federal para assegurar o direito


à alimentação adequada às pessoas com dificuldades de acesso aos alimentos.
A base da estratégia é a superação das desigualdades econômicas por meio
da integração entre programas e políticas públicas e do desenvolvimento de
ações conjuntas entre os governos federal, estaduais e municipais e a socieda­
de. A atuação integrada permite uma ação planejada e articulada com melhores
possibilidades de assegurar o acesso à alimentação, à expansão da produção
de alimentos, à geração de trabalho e renda, à melhoria na escolarização, na
saúde, no saneamento, no abastecimento de água, na infra-estrutura municipal,
tudo sob a ótica dos direitos de cidadania.

Para fortalecer essa estratégia, foi criado o Fórum Permanente de Articulação


de Parcerias - Forum Participa, que propicia um espaço de articulação entre
as principais redes de ação social já constituídas e parceiros estratégicos do
Minis­tério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS para construir
víncu­los em torno de ações concretas que possam dar escala à inclusão so-
cial pelo mundo do trabalho. O principal objetivo do Fórum Participa é integrar,
comple­mentar e alinhar ações sociais com as políticas de desenvolvimento e
inclusão social, com o objetivo de gerar oportunidades e renda para as famílias
beneficiadas ou que tenham perfil para os programas sociais do governo. O Fó-
rum conta com os se­guintes instrumentos de gestão das ações: Observatório
Nacional de Trabalho e Renda, Guia de Trabalho e Renda das Ações do Governo
Federal, Cadastro de Projetos de Parceiros do Comitê de Entidades no Combate
à Fome e Pela Vida - COEP, Banco de doadores (ofertas de apoio a projetos e
captação de recursos). As doações feitas ao Fome Zero implicam na isenção do
pagamento do IPI e do ICMS para os produtos doados.

O objetivo é sensibilizar e mobilizar governos e a sociedade para desenvolver


ações de combate à fome e à exclusão social, unindo esforços para potencializar
as iniciativas de interesse comum, ganhando agilidade e eficiência nas ações.
Além da sociedade civil organizada, participam organizações não-governa­
mentais - ONGs, entidades sindicais, assistenciais e filantrópicas, empresas pri­
vadas e estatais, denominações religiosas, governos municipais e estaduais.


O MDS E AS PREFEITURAS

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome conta com a par-


ceria das prefeituras. A atuação de todas elas é fundamental para:

• estimular a participação dos indivíduos das empresas públicas e privadas,


organizações não-governamentais e outras instituições comprometidas com
o combate à fome e procurar articular suas ações com esses parceiros;
• incentivar a criação de fóruns, comissões e outras instâncias de participa­
ção ativa da sociedade civil;
• criar prêmios e outras formas de incentivo e divulgação para dar maior
visibilidade e incentivar as melhores ações desenvolvidas por empresas e
entidades da sociedade civil no combate à fome e erradicação da pobreza;
• reforçar as redes de solidariedade;
• estimular os agentes locais a desenvolver ações conjuntas;
• otimizar esforços e canalizar recursos para potencializar as políticas pú­
blicas sociais, divulgando informações e articulando parcerias com governos
de outros municípios, dos estados e com o Governo Federal.

A legislação que orienta a realização de parcerias é a seguinte:

• Convênio ICMS nº 18/03 (Dispõe sobre isenção de ICMS nas operações


relacionadas ao Fome Zero)
• Ajuste Sinief nº 02/03 (Ajusta o convênio de isenção de ICMS nas opera­
ções relacionadas ao Fome Zero)
• Portaria Interministerial nº 142/03 (Regulamenta Decreto 4.669/03)
• Decreto nº 4.669/03 (Altera alíquota do IPI incidente sobre produtos doa­dos
ao Fome Zero)
• Portaria 283 (regulariza o manual de normatização de gerenciamento de
parcerias)

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QUEM PROCURAR NO MDS

As prefeituras podem procurar as entidades da sociedade civil organiza­da que


já atuam com educação cidadã e mobilização social e são comprometi­das com o
combate à fome. Para mais informações visite o portal: www.fomezero.gov.br.

Entre em contato com a Secretaria de


Geração de Oportunidades para Inclusão

Ministério do Desenvolvimento
Social e Combate à Fome
Esplanada dos Ministérios, Bl. A, sala 442
CEP 70054-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3433-1503/ Fax: (61) 3433-1650

e-mail: parcerias@mds.gov.br
forumparticipa@mds.gov.br

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SAIBA ONDE ENCONTRAR AS
INFORMAÇÕES QUE VOCÊ PRECISA

Ministério do desenvolvim
e Combate à Fom
Gabinete
do Mínistro

Consultoria
Jurídica

Assessoria Assessoria de
do Fome Zero Comunicação Social

Assessoria Assessoria
Parlamentar Internacional

Assessoria Técnica
e Administrativa

Secretaria Nacional de
Secretaria Nacional de Secretaria Nacional de
Segurança Alimentar
Renda de Cidadania Assistência Social
e Nutricional
SENARC SNAS
SESAN

DeptO. de Gestão
Departamento DeptO. de Gestão
do Sistema Único de
de Operações Integrada da Política
Assistência Social

DeptO. de Gestão dos DeptO. de Proteção


DeptO. de Proteção
Programas de de Sistemas
Social Básica
Transf. de Renda Descentralizados

Departamento de Apoio a Diretoria Executiva


Departamento do
Projetos Especiais do Fundo Nacional
Cadastro Único
de Assistência Social

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do desenvolvimento Social
Combate à Fome
Secretaria
Executiva
Conselho Nacional de Assistência Social - CNAS
Conselho Gestor do Programa Bolsa Família - CPBF
Conselho de articulação de Programas Sociais - CAPS
Órgãos Conselho Consultivo e de Acompanhamento do Fundo
Colegiados de Combate e Erradicação da Pobreza - CAFCEP

Gabinete da Secretaria
Secretaria Executiva Executiva Adjunta

Ouvidoria Assessoria
Geral

Subsecretaria de Planejamento
Diretoria de Programas
Orçamento e Administração

CGPA CGRH

CGLA CGOFC

CGI

Secretaria de
Secretaria Nacional de Secretaria de Avaliação
Geração de Oportunidades
Assistência Social e Gestão da Informação
para Inclusão
SNAS SAGI
SEGOI

DeptO. de Formação
DeptO. de Proteção DeptO. de Articulação
de Agentes Públicos
Social Especial Governamental
e Sociais

DeptO. de Benefícios DeptO. de Avaliação DeptO. de Articulação


Assistenciais e Monitoramento e Mobilização Social

DeptO. de Gestão da
Informação e Recursos
Tecnológicos

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1

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1. BOLSA
FAMÍLIA

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BOLSA FAMÍLIA
O QUE É:
Criado em 2003, o Bolsa Família é um programa de
transferência direta de renda com condicionalidades
(veja abaixo o que são as condicionalidades), que beneficia fa-
mílias em situação de pobreza (com renda mensal por pessoa de R$ 60,01 a
R$ 120,00) e extrema pobreza (com renda mensal por pessoa de até R$ 60,00).
O Bolsa Família unificou os programas Bolsa Escola, Bolsa Alimentação, Cartão
Alimentação e Auxílio-Gás e faz parte do conjunto de ações do Fome Zero.

Os benefícios do Bolsa Família são pagos diretamente à família, preferen-


cialmente à mulher, por meio de um cartão magnético, e os valores variam de
R$ 18,00 a R$ 172,00, de acordo com a renda mensal por pessoa da família
e o número de crianças e adolescentes da família. Famílias com renda mensal
por pessoa de até R$ 60,00 recebem um benefício básico de R$ 58,00 mais um
benefício variável de R$ 18,00 por filho de até 15 anos, até o limite de R$ 54,00
e, ainda, até dois benefícios variáveis vinculados aos adolescentes de 16 e 17
anos no valor de R$ 30,00 cada, portanto até o limite de R$ 60,00. As famílias
com renda entre R$ 60,01 a R$ 120,00 recebem apenas o benefício variável, de
acordo com a composição familiar, também com o limite de R$ 54,00.

O benefício vinculado ao adolescente de 16 e 17 anos foi criado no final de


2007. Esse benefício continua sendo pago à família, e como tem um valor dife-
renciado de R$ 30,00 por adolescente, faz com que o valor máximo do benefício
do Bolsa Família passe a ser de R$ 172,00.

O Bolsa Família faz parte de uma rede de proteção social e se integra a


outros programas, como o Programa de Aquisição de Alimentos da Agricultura
Familiar - PAA, Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI e Programa
de Atenção Integral às Famílias - PAIF, que também fazem parte deste Guia.

CONDICIONALIDADES
Ao entrarem no Programa Bolsa Família, as famílias assumem compromissos
nas áreas de Saúde e Educação – as chamadas “condicionalidades” –, cujo
objetivo é ampliar o acesso dos cidadãos aos seus direitos sociais básicos.

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Em relação à Saúde, as famílias devem:

• levar as crianças até 7 anos para vacinação e manter atualizado o calen-


dário de vacinação;
• levar as crianças para pesar, medir e ser examinadas conforme o calendá-
rio do Ministério da Saúde;
• levar as gestantes a participarem do pré-natal;
• garantir o acompanhamento e a participação das nutrizes em atividades
educativas desenvolvidas pelas equipes de saúde sobre aleitamento ma-
terno e alimentação saudável, de acordo com o calendário do Ministério da
Saúde.

Em relação à Educação, as famílias devem:

• matricular as crianças e adolescentes de 6 a 17 anos na escola;


• garantir a freqüência mínima de 85% das crianças de 6 a 15 nas aulas a
cada mês;
• garantir a freqüência mínima de 75% dos adolescentes de 16 e 17 anos
nas aulas a cada mês;
• informar à escola quando o aluno necessitar faltar, e explicar o motivo;
• informar ao gestor do Programa Bolsa Família sempre que algum aluno
mudar de escola para que os técnicos da prefeitura possam continuar acom-
panhando a freqüência escolar desses alunos.

OBJETIVO
O Bolsa Família protege o grupo familiar e contribui para o seu desenvolvi-
mento, além de assegurar o direito humano à alimentação e preservar vínculos
e valores familiares. O Programa tem ainda o objetivo de superar a fome e a
pobreza. Para isso busca articular três dimensões:

• promoção do alívio imediato da pobreza, por meio da transferência direta


de renda à família;
• reforço ao exercício de direitos sociais básicos nas áreas de Saúde e Edu-
cação, por meio do cumprimento das condicionalidades, o que contribui para
que as famílias consigam romper o ciclo da pobreza entre gerações;
• integração com outras ações de governo, os chamados programas com-
plementares, que têm por objetivo o desenvolvimento de capacidades das
famílias, de modo que os beneficiários do Bolsa Família consigam superar a
situação de vulnerabilidade e pobreza. São exemplos de programas comple-
mentares: programas de geração de trabalho e renda, de alfabetização de
adultos, de capacitação profissional, dentre outros.

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PÚBLICO-ALVO

Famílias com renda mensal de até R$ 120,00 por pessoa.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras, por meio dos gestores municipais do Bolsa Família, desempe-
nham função estratégica na identificação das famílias pobres e extremamente
pobres do município. Para integrar o Programa, as prefeituras devem:

• assinar o Termo de Adesão e indicar o gestor municipal do Bolsa Família,


pessoa responsável pela gestão do Programa no município, que deve res-
ponder pelo cadastramento das famílias;
• promover a ação intersetorial, articulando outras políticas públicas como
saúde, educação, assistência social, segurança alimentar e trabalho, quan-
do existentes;
• garantir apoio técnico-institucional para a gestão local do Programa;
• constituir instância de controle social;
• cadastrar as famílias pobres do município no Cadastro Único para Progra-
mas Sociais do Governo Federal, mantendo as informações atualizadas;
• promover a gestão de benefícios e ações de acompanhamento do
Programa;
• estabelecer parcerias para oferta de programas sociais complementares,
como geração de trabalho e renda, cooperativismo, formação profissional,
dentre outros;
• disponibilizar ações e serviços nas áreas de Educação e Saúde que per-
mitam que as famílias cumpram as condicionalidades exigidas pelo Bolsa
Família, em especial a freqüência escolar, o atendimento à gestante e a
vacinação;
• acompanhar, em articulação com os estados e com a União, o cumprimen-
to das condicionalidades das áreas de Saúde e Educação;
• acompanhar as famílias beneficiárias do Programa, promovendo a melho-
ria das condições de vida na perspectiva da inclusão social.

Além disso, as prefeituras que possuem programas de transferência de renda


podem integrá-los ao Bolsa Família ou, ainda, promover parcerias para priorizar
o atendimento dos beneficiários do Programa nas ações sociais complementa-
res do município.

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APOIO À GESTÃO DESCENTRALIZADA
Para apoiar os municípios nas ações de gestão do Programa Bolsa Família e do Ca-
dastro Único, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS criou
o Índice de Gestão Descentralizada (IGD), um indicador que mede a qualidade
da gestão do Programa e garante o repasse mensal de recursos financeiros, de
forma regular e automática, aos municípios que apresentam bom desempenho.

O IGD é calculado com base em 4 variáveis que representam, cada uma, 25%
do seu valor total. São elas:

• qualidade e integridade das informações constantes no Cadastro Único;


• atualização da base de dados do Cadastro Único;
• Informações sobre o cumprimento das condicionalidades da área de Edu­cação;
• informações sobre o cumprimento das condicionalidades da área de Saú­de.

O repasse dos recursos do IGD aos municípios é feito mensalmente, sendo o va-
lor o resultado da multiplicação do seu IGD pelo valor de referência de R$ 2,50 e da
multiplicação desse primeiro produto pelo número de beneficiários do Programa
Bolsa Família no município, desde que não ultrapasse a estimativa de famílias
pobres (IBGE 2004). Quanto maior o valor do IGD, maior será o valor do recurso
transferido para o município.

Os municípios podem utilizar o recurso do IGD para apoio à gestão do Bolsa


Família e para o desenvolvimento de atividades com as famílias beneficiárias.
Dentre elas:

• gestão de condicionalidades;
• acompanhamento das famílias beneficiárias, especialmente das mais vul­neráveis;
• cadastramento de novas famílias, atualização e revisão de dados;
• implementação de programas complementares.

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CADASTRO ÚNICO
O QUE É:
O Cadastro Único - CadÚnico para Programas Sociais
do Governo Federal é a base de dados utilizada para o re-
gistro de informações sobre as famílias com renda mensal
de até meio salário mínimo por pessoa. É a partir dele que é feita a seleção de
beneficiários de alguns programas do Governo Federal, como o Programa Bolsa
Família. O objetivo é que as informações sobre as famílias cadastradas sirvam
como ferramenta de planejamento das políticas públicas em todas as esferas de
governo, bem como contribuam para que a comunidade exerça o controle social
sobre as políticas públicas e em especial sobre o Programa Bolsa Família.

Os prefeitos têm um papel muito importante no aprimoramento do cadastro,


seja na identificação e cadastramento das famílias mais excluídas, na coleta de
informações sobre as famílias pobres de seu município, seja na atualização e cor-
reção de eventuais distorções do cadastro. O mapeamento geográfico das áreas
mais pobres nos municípios e dos domicílios onde residem as famílias mais po-
bres facilita a identificação de possíveis beneficiários de programas sociais.

Além de permitir a correta concessão de benefícios pelo Governo Federal,


o cadastro também disponibiliza informações que podem contribuir para que
o município aperfeiçoe seus próprios instrumentos de gestão. Características
socioeconômicas, como escolaridade, situação no mercado de trabalho, faixa
etária, podem ser utilizadas para a formulação de estratégias para o enfrenta-
mento da pobreza.

O cadastramento não significa a inclusão automática da família nos progra-


mas sociais: a seleção e o atendimento da família por esses programas ocorrem
de acordo com os critérios e procedimentos de cada um deles.

LEGISLAÇÃO
LEIS
• Lei n° 10.836, de 09 de janeiro de 2004, cria o Programa Bolsa Família e
dá outras providências;
• Medida Provisória n° 132, de 20 de outubro de 2003, cria o Programa
Bolsa Família e dá outras providências (convertida na Lei n° 10.836, de 09
de janeiro de 2004);
• Medida Provisória n° 411, de 28 de dezembro de 2007, amplia a faixa etária
para 17 anos.
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DECRETOS

• Decreto n° 6.157, de 16 de julho de 2007, dá nova redação ao art. 19


do Decreto n° 5.209, de 17 de setembro de 2004, que regulamenta a Lei
n° 10.836, de 09 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família;
• Decreto n° 6.135, de 26 de junho de 2007, dispõe sobre o Cadastro Único
para Programas Sociais do Governo Federal e dá outras providências;
• Decreto n° 5.749, de 11 de abril de 2006, atualiza os valores referenciais
para caracterização das situações de pobreza e extrema pobreza, no âmbito
do Programa Bolsa Família;
• Decreto n° 5.209, de 17 de setembro de 2004, regulamenta a Lei n° 10.836,
de 09 de janeiro de 2004, que cria o Programa Bolsa Família, e dá outras
providências;
• Decreto n° 3.877, de 24 de julho de 2001, que institui o Cadastramento
Único para Programas Sociais do Governo Federal.

PORTARIAS

• Portaria n° 287, de 07 de agosto de 2007, altera prazo fixado na Portaria


GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005;
• Portaria n° 176, de 18 de maio de 2007, altera a Portaria n° 532, de 3 de
novembro de 2005, para definir novas regras de fixação do calendário de
pagamento dos benefícios financeiros do Programa Bolsa Família;
• Portaria n° 40, de 25 de janeiro de 2007, altera a Portaria n° 148, de 27 de
abril de 2006;
• Portaria n° 380, de 12 de dezembro de 2006, altera prazo fixado na Portaria
GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005;

• Portaria n° 256, de 18 de julho de 2006, altera dispositivos da Portaria n°


148, de 27 de abril de 2006;
• Portaria GM/MDS n° 232, de 29 de junho de 2006, altera prazo fixado na
Portaria GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005;
• Portaria GM/MDS n° 148, de 27 de abril de 2006, estabelece normas, crité-
rios e procedimentos para o apoio à gestão do Programa Bolsa Família e do
Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal no âmbito dos
municípios, e cria o Índice de Gestão Descentralizada do Programa;

• Portaria GM/MDS n° 68, de 08 de março de 2006, altera prazos fixados nas


portarias GM/MDS n° 246, de 20 de maio de 2005, GM/MDS n° 360, de 12
de julho de 2005 e GM/MDS n° 555, de 11 de novembro de 2005;

21
• Portaria GM/MDS n° 672, de 29 de dezembro de 2005, altera prazos fixa-
dos nas portarias GM/MDS n° 246, de 20 de maio de 2005, GM/MDS n° 360,
de 12 de julho de 2005 e GM/MDS n° 555, de 11 de novembro de 2005, e
estabelece critérios para remuneração no Cadastro Único das famílias bene-
ficiárias do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI;
• Portaria GM/MDS n° 666, de 28 de dezembro de 2005, disciplina a inte-
gração entre o Programa Bolsa Família e o Programa de Erradicação do
Trabalho Infantil;
• Portaria GM/MDS n° 555, de 11 de novembro de 2005, estabelece normas
e procedimentos para a gestão de benefícios do Programa Bolsa Família,
criado pela Lei n° 10.836, de 9 de janeiro de 2004;
• Portaria GM/MDS n° 551, de 09 de novembro de 2005, regulamenta a ges-
tão das condicionalidades do Programa Bolsa Família;
• Portaria GM/MDS n° 532, de 03 de novembro de 2005, define regras de
fixação do calendário de pagamento dos benefícios financeiros do Programa
Bolsa Família e dos Programas Remanescentes;
• Portaria GM/MDS n° 454, de 06 de setembro de 2005, altera os artigos 6°,
7° e 8°, modifica o Anexo I e cria os Anexos II e III da Portaria GM/MDS n°
360, de 12 de julho de 2005;
• Portaria GM/MDS n° 360, de 12 de julho de 2005, estabelece critérios e pro-
cedimentos relativos à transferência de recursos financeiros aos municípios,
estados e Distrito Federal, destinados à implementação e desenvolvimento
do Programa Bolsa Família e à manutenção e aprimoramento do Cadastro
Único para Programas Sociais;
• Portaria GM/MDS n° 246, de 20 de maio de 2005, aprova os instrumentos
necessários à formalização da adesão dos municípios ao Programa Bolsa
Família, à designação dos gestores municipais do Programa e à informação
sobre sua instância local de controle social, e define o procedimento de ade-
são dos entes locais ao referido Programa;
• Portaria GM/MDS n° 737, de 15 de dezembro de 2004, regulamenta o Be-
nefício Variável de Caráter Extraordinário do Programa Bolsa Família;
• Portaria GM/MDS n° 660, de 11 de novembro de 2004, autoriza, em cará-
ter provisório, os Comitês Gestores do Cartão Alimentação e os Conselhos
Municipais de Assistência Social a realizar o controle social do Programa
Bolsa Família;
• Portaria GM/MS n° 2.246, de 18 de outubro de 2004, institui e divulga orien-
tações básicas para Ações de Vigilância Alimentar e Nutricional, no âmbito
das ações básicas de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS), em todo
território nacional;
• Portaria SENARC/MDS n° 01, de 03 de setembro de 2004, disciplina as
ações voltadas ao desenvolvimento, aplicação e aprimoramento da meto-
dologia-padrão construída para instrumentalizar as atividades de fiscaliza-
22
ção, acompanhamento e controle da execução e gestão local de programas
municipais e estaduais, apoiados financeiramente pela União, do Programa
Bolsa Família;
• Portaria Interministerial MS/MDS n° 2.509, de 18 de novembro de 2004,
dispõe sobre as atribuições e normas para a oferta e o monitoramento das
ações de saúde relativas às condicionalidades das famílias beneficiárias do
Programa Bolsa Família;
• Portaria Interministerial MEC/MDS n° 3.789, de 17 de novembro de 2004,
dispõe sobre atribuições e normas para a oferta e o monitoramento das
ações de educação relativas às condicionalidades das famílias beneficiárias
do Programa Bolsa Família;

23
PARA SABER MAIS
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Renda de Cidadania - SENARC
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 453
CEP: 70046-900 – Brasília – DF
0800 707 2003
www.mds.gov.br/bolsafamilia

Fome Zero
0800-707-2003 / 0800-574-0101
Atendimento aos beneficiários do Programa Bolsa Família

Suporte Técnico Operacional para Prefeituras


0800-573-0104

Central de Atendimento
de Gestores do Programa Bolsa Família
(61) 3433-1500 – Fax: (61) 3411- 4633 / 4638
e-mail: cadastrounico@mds.gov.br

24
25
2

26
2. ASSISTÊNCIA
SOCIAL
ASSISTÊNCIA SOCIAL
A Assistência Social, a partir da Constituição Fede-
ral de 1988, passou a integrar o Sistema de Seguridade
Social, como política pública não contributiva, pautada
pela universalidade da cobertura e do atendimento. Isso
significa que a Assistência Social é um dever do Estado
e um direito de quem dela necessitar.

Esse direito é regulamentado pela Lei Orgânica da Assistência Social - LOAS,


o Sistema Único de Assistência Social - SUAS reorganizou os serviços, progra-
mas, projetos e benefícios por níveis de proteção social (básica e especial), de
acordo com as funções que desempenham, o universo de pessoas que deles
necessitam e a sua complexidade.

Sistema Único de
Assistência Social - SUAS
O SUAS foi implantado em 2005 no país com o objetivo de normatizar e cons-
truir, junto com estados, Distrito Federal e municípios, uma rede de proteção
que integra serviços continuados e benefícios.

ADESÃO AO SUAS
O Sistema Único de Assistência Social - SUAS integra uma política pactuada
nacionalmente, que prevê uma organização participativa e descentralizada da
assistência social, envolvendo participação ativa de estados e municípios, com
ações voltadas para o fortalecimento da família. Os requisitos e responsabili-
dades de cada participante – União, Estados e municípios – estão definidos na
Norma Operacional Básica do SUAS - NOB/SUAS.

Para estados e o Distrito Federal, a NOB define requisitos, responsabilida-


des e incentivos para adesão ao SUAS e também define condições para firmar
pactos para aprimoramento da gestão. Os municípios, além dos requisitos, res-
ponsabilidades e incentivos, precisam atender às condições para a habilitação
em níveis de gestão inicial, básica e plena do SUAS, apresentando a documen-
tação necessária para as Comissões Intergestoras Bipartites - CIB dos estados
correspondentes. Os estados, Distrito Federal e municípios devem consultar a
NOB para verificar os procedimentos de adesão ao sistema e a documentação
necessária.

28
Entenda como se organizam os serviços
e programas da proteção social

PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA

Programa de Atenção Integral às Famílias


Centro de Referência da Assistência Social - CRAS

Agente Jovem de Desenvolvimento/ProJovem Adolescente

Proteção Social Básica a Crianças de até 6 anos

Benefício de Prestação Continuada da


Assistência Social - BPC

PROTEÇÃO SOCIAL ESPECIAL

Centro de Referência Especializado da


Assistência Social - CREAS

Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI

Serviço de Enfrentamento à Violência, Abuso e


Exploração Sexual contra Crianças e Adolescentes

Proteção Social Básica e Especial à Pessoa Idosa


e à Pessoa com Deficiência

29
BENEFÍCIO DE PRESTAÇÃO
CONTINUADA DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL - BPC
O QUE É:
O BPC é um benefício da política de assistência social, não contributivo, pre-
visto na Constituição Federal de 1988 e regulamentado pela Lei Orgânica de
Assistência Social nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993. A Lei nº 10.741/03
- Estatuto do Idoso - trouxe alterações no BPC, ampliando o atendimento: além
de reduzir a idade de acesso das pessoas idosas de 67 para 65 anos, determina
que a renda de um benefício, concedido a um idoso da mesma família, não seja
computada para fins de cálculo da renda familiar per capita, o que permite que
outro idoso da mesma família tenha acesso ao benefício. Com o BPC, melhora
a qualidade de vida das pessoas e a renda ainda movimenta o comércio e a
economia local.

QUEM OPERACIONALIZA,
QUEM FINANCIA, QUEM PAGA
• o BPC é operacionalizado pelo Instituto Nacional do Seguro Social - INSS
por meio de suas agências;
• o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, por meio do
Fundo Nacional de Assistência Social - FNAS, financia e coordena o BPC;
• o pagamento do BPC é realizado diretamente ao beneficiário, por
intermédio de bancos credenciados pelo INSS;
• a LOAS prevê que o BPC seja revisto a cada dois anos para avaliação da
continuidade das condições que lhe deram origem.

OBJETIVO

Garantir um salário mínimo mensal às pessoas idosas e pessoas com defici-


ência que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção nem
tê-la provida por sua família.

30
PÚBLICO-ALVO
Pessoas com deficiência, incapacitadas para o trabalho e para a vida inde-
pendente e idosos com 65 anos ou mais. Em ambos os casos, a renda familiar
por pessoa dos beneficiários tem de ser inferior a 1/4 do salário mínimo.

COMO PARTICIPAR

As pessoas com deficiência e pessoas idosas, de acordo com os critérios es-


tabelecidos na Lei Orgânica da Assistência Social, podem dirigir-se diretamente
às agências da Previdência Social para requerer o Benefício de Prestação Con-
tinuada - BPC.

Contudo, as Secretarias Municipais de Assistência Social ou congêneres po-


dem participar dos processos relativos à operacionalização e gestão do BPC,
da seguinte forma:

• identificando idosos acima de 65 anos e pessoas com deficiência, cuja


renda mensal por pessoa seja inferior a ¼ do salário mínimo. Orientá-los e
encaminhá-los à agência do INSS mais próxima;
• acompanhando os beneficiários pelos Centros de Referência de Assistên-
cia Social - CRAS, de modo a inseri-los nas demais políticas públicas, de
acordo com suas necessidades;
• monitorando e avaliando a prestação do benefício e seus impactos na famí-
lia, promovendo inclusão e cidadania;
• informando e orientando quanto aos critérios, objetivos e dinâmica do be-
nefício;
• oferecendo serviços que facilitem o acesso a documentos e formulários
necessários ao requerimento do benefício;
• apoiar a readaptação dos beneficiários articulando parcerias com outras
esferas de governo.

31
LEGISLAÇÃO

• �����������������������������
Constituição Federal de 1988;
• �����������������������
LOAS – Lei nº 8.742/93;
• �������������������������������������
Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso�;
• ����������������������������������������������������
Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004);
• ����������������������������������������������������������������
Norma Operacional Básica da Assistência Social (NOB/SUAS/ 2005);
• ��������������������
Decreto nº 6.214/07.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Benefícios Assistenciais
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3433-1324
e-mail: bpc@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

32
GRUPOS E CENTROS DE
CONVIVÊNCIA DO IDOSO
O QUE É:
Os Centros de Convivência de Idosos constituem em
espaços específicos para encontro e convívio de idosos
e seus familiares onde são realizadas atividades plane-
jadas e sistematizadas de atenção à pessoa idosa no âmbito da proteção social
básica. Já os Grupos de Convivência de Idosos são atividades socioeducativas
para idosos que podem ser realizadas em espaços físicos disponíveis na comu-
nidade, em espaço público da rede socioassistencial, nos Centros de Referência
de Assistência Social - CRAS ou no território de sua abrangência.

OBJETIVO

Os Grupos e Centros de Convivência de Idosos visam promover a sociabilidade


entre seus membros, o envelhecimento ativo e saudável das pessoas idosas,
fortalecendo os vínculos familiares e comunitários, prevenindo, dessa forma, ris-
cos sociais relacionados com o ciclo de vida como o isolamento e o asilamento.
Além disso, eles ampliam a defesa de direitos, o exercício da cidadania, a parti-
cipação social, a autonomia e o protagonismo das pessoas idosas.

PÚBLICO-ALVO

Poderão participar dos Grupos e Centros de Convivência de Idosos pessoas


acima de 60 anos e seus familiares.

COMO PARTICIPAR

Os serviços socioassistenciais voltados para o atendimento à pessoa idosa


em centros e grupos de convivência são co-financiados por meio do Piso Básico
de Transição (PBT), conforme estabelece a Portaria Nº 442/2005.

Em 19 de dezembro de 2007, a Portaria nº 460/2007 estabeleceu que os


Municípios que transferirem a rede de educação infantil para suas respectivas
Secretarias de Educação poderão, mediante autorização do Conselho Municipal
de Assistência Social, destinar recursos do PBT para atendimento de idosos em
Grupos e Centros de Convivência de Idosos.

33
LEGISLAÇÃO

• Constituição Federal de 1988;


• LOAS – Lei n.º 8.742/93;
• Lei n.º 8.842, de 4 de janeiro de 1994 - dispõe sobre a política nacional do
idoso, cria o Conselho Nacional do Idoso e dá outras providências.
• Política Nacional de Assistência Social (PNAS, 2004);
• Norma Operacional Básica (NOB/SUAS, 2005);
• Estatuto do Idoso – Lei n.º 10.741/2003;
• Portaria n.º 460/2007;
• Portaria MDS/GM n.º 442/2005;
• Portaria SEAS/MPAS n.º 2854/2000.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Benefícios Assistenciais
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3433-1324
e-mail: protecaosocialbasica@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

34
CENTRO DE REFERÊNCIA DA
ASSISTÊNCIA SOCIAL - CRAS
PROGRAMA DE ATENÇÃO
INTEGRAL À FAMÍLIA - PAIF

O QUE É:
O Programa de Atenção Integral à Família - PAIF é um serviço continuado de
proteção social básica, que deve ser desenvolvido nos Centros de Referência da
Assistência Social - CRAS, também conhecidos por Casas das Famílias. Para
implantar o PAIF numa determinada região, a prefeitura tem de providenciar a
construção e implantação do CRAS. Esses Centros são espaços físicos localiza-
dos estrategicamente em áreas de pobreza, com maior índice de vulnerabilidade
e risco social e pessoal. Prestam atendimento socioassistencial, articulam os
serviços disponíveis em cada localidade, potencializando, coordenando e or-
ganizando a rede de proteção social básica intersetorialmente com políticas de
qualificação profissional, inclusão produtiva, cooperativismo e demais políticas
públicas e sociais em busca de melhores condições para as famílias.

OBJETIVO

• promover o acompanhamento socioassistencial de famílias em um


determinado território;
• potencializar a família como unidade de referência, fortalecendo vínculos
internos e externos de solidariedade;
• contribuir para o processo de autonomia e emancipação social das
famílias;
• desenvolver ações que envolvam diversos setores, voltadas para romper
o ciclo de reprodução da pobreza entre gerações;
• atuar de forma preventiva, evitando que essas famílias tenham seus direi-
tos violados, recaindo em situações de risco.

PÚBLICO-ALVO
Famílias que, em decorrência de situações de vulnerabilidade e riscos sociais e
pessoais , estão vulneráveis, privadas de renda e do acesso a serviços públicos,
com vínculos afetivos frágeis, discriminadas por questões de gênero, etnia, defici-
ência, idade, entre outras, e prioritariamente as beneficiárias do Programa Bolsa
Família e do Benefício de Prestação Continuada - BPC.

35
COMO PARTICIPAR

• o município deverá estar habilitado no nível de gestão básica ou plena;


• comprovar a implantação, pela legislação, do Conselho e do Fundo Munici-
pal de Assistência Social;
• comprovar a existência do Plano Municipal de Assistência Social, aprovado
pelo Conselho;
• comprovar a alocação de recursos do tesouro municipal no Fundo Munici-
pal de Assistência Social;
• disponibilizar o espaço físico e o mobiliário
• fazer a manutenção do centro;
• acessar o portal do MDS www.mds.gov.br, clicar no quadro do SUAS e cli-
car na opção Rede Suas, para ter acesso ao link SUAS/WEB e preencher o
Plano de Ação do município, conforme pactuado na comissão intergestores
bipartite do seu estado.

LEGISLAÇÃO

• LOAS – Lei nº 8.742/93;


• Política Nacional de Assistência Social (PNAS/2004);
• Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS
(NOB-RH/SUAS);
• Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB/SUAS);
• Decreto nº 5.085, de 19/5/04;
• Portaria nº 78/04 MDS;
• Portaria n° 442/05 MDS;

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília - DF
Tel.: (61) 3433-1357
e-mail: protecaosocialbasica@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

36
CENTRO DE REFERÊNCIA ESPECIALIZADO
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL - CREAS

O QUE É:
O Centro de Referência Especializado de Assistência
Social - CREAS, integrante do Sistema Único de Assis-
tência Social - SUAS, é um espaço físico estruturado para
ofertar orientação e serviço especializados e continuados
a indivíduos e famílias com direitos violados, direcionando o foco das ações para a
família, na perspectiva de potencializar e fortalecer sua função protetiva.

Nos CREAS são ofertados os seguintes serviços:

• proteção a crianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e explo-


ração sexual;
• proteção especial a adolescentes em cumprimento de medidas socioe-
ducativas em meio aberto (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à
Comunidade);
• proteção social a indivíduos e famílias com seus direitos violados (atenção
às demandas próprias da violação de direitos das pessoas idosas, pessoas
com deficiência e mulheres).

OBJETIVO
Contribuir para erradicar o trabalho infantil no País. Para isso, o Programa de
Erradicação do Trabalho Infantil - PETI concede uma bolsa às famílias dessas
crianças e adolescentes em substituição à renda que traziam para casa. Em
contrapartida, as famílias têm de matricular seus filhos na escola e fazê-los fre-
qüentar a jornada ampliada.

PÚBLICO-ALVO
Famílias com crianças e adolescentes até os 16 anos em situação de trabalho.

COMO PARTICIPAR
• comprovar a implantação, pela legislação, do Conselho e do Fundo Munici-
pal de Assistência Social;
•��������������������������������������������������������������������������
comprovar a existência de Plano Municipal de Assistência Social aprovado
pelo Conselho;
•�������������������������������������������������������������������
comprovar a alocação de recursos do tesouro municipal no Fundo Mu-
nicipal de Assistência Social;
•������������������������������������������������������������������������
acessar o portal do MDS www.mds.gov.br, clicar no quadro do SUAS e cli-
car na opção Rede Suas, para ter acesso ao link SUAS/WEB e preencher o

37
Plano de Ação do município, conforme pactuado na comissão intergestores
bipartite do seu estado;
• �����������������������������������������������������������������������
inserir as famílias no Cadastro Único dos Programas Sociais do Governo
Federal - CadÚnico informando no campo 270, ou campo correspondente do
formulário, a atividade exercida pelas crianças e adolescentes, dentre outros
dados, e inserir ou reinserir as crianças e adolescentes na escola;
•���������������������������������������������������������������������
selecionar, capacitar e contratar os monitores que trabalharão nos
serviços socioeducativos (jornada ampliada);
•�����������������������������������������
viabilizar a documentação das famílias;
•����������������������������������������������������������������������������
estruturar espaços físicos para execução dos serviços socioeducativos (jor-
nada ampliada);
•���������������������������������������������������������������������������
disponibilizar transporte para as crianças e adolescentes, principalmente
as que se encontrarem em área rural;
•�������������������������������������������������������������������������
enviar declaração emitida pela Comissão Municipal de Erradicação do Tra-
balho Infantil, sobre o cumprimento de todas as etapas e atestando o efetivo
funcionamento do programa;
• informar
���������������������������������������������������������������������
mensalmente os dados de freqüência das crianças e adolescen-
tes nos serviços socioeducativos no Sistema de Controle da Freqüência e
Acompanhamento dos Serviços Socioeducativos do PETI - SISPETI.

LEGISLAÇÃO
• Lei nº 8.069/1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA/1990);
• Lei nº 10.741/03 – Estatuto do Idoso;
• Lei nº 11.340/06 - Lei Maria da Penha;
• Plano Nacional de Promoção, Proteção e Defesa do Direito de Crianças
e Adolescentes à Convivência Familiar e Comunitária (Resolução Conjunta
nº 1/2006 (CONANDA/CNAS);
• Plano Nacional de Enfrentamento ao Abuso e à Exploração Sexual
contra Crianças e Adolescentes (CONANDA/2000);
• Plano de Ação para o Enfrentamento da Violência contra a Pessoa Idosa (2005);
• Política Nacional de Integração da Pessoa com Deficiência (Decreto nº 914/93).

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Especial
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3433-1342
e-mail: protecaosocialespecial@mds.gov.br
0800 707 2003 www.mds.gov.br

38
PROGRAMA DE ERRADICAÇÃO
DO TRABALHO INFANTIL - PETI
O QUE É:
É um programa de transferência direta de renda do
Governo Federal para famílias de crianças e/ou adoles-
centes envolvidos em qualquer situação de trabalho. Por
esse programa, o governo também repassa aos municípios recursos para que
implantem a Jornada Ampliada, oferecendo atividades para a família e para a
criança e adolescente por meio de atividades socioeducativas, recreação, es-
portes e reforço escolar para as crianças no turno complementar ao da escola.

LEGISLAÇÃO
• Constituição
�����������������������������
Federal de 1988;
• LOAS
�����������������������
– Lei nº 8.742/93;
• Política
����������������������������������������������������
Nacional de Assistência Social (PNAS/2004);
• Norma
����������������������������������������������������������������
Operacional Básica da Assistência Social (NOB/SUAS/ 2005);
• Norma
�������������������������������������������������������������������
Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS);
• ��������������������������������������������������������������������������
Portaria nº 458/2001 da Secretaria de Assistência Social do Ministério da
Previdência e Assistência Social;
• �����������������������������������������������������������������������
Portaria n° 666/2006 do MDS – Integração Peti e Programa Bolsa Família
Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA-Lei nº 8.069/1990), Conven-
ção nº 138, da Organização Internacional do Trabalho (OIT/1976), e Con-
venção nº 182, da Organização Internacional do Trabalho (OIT/1999), que
tratam respectivamente sobre a idade mínima para admissão ao emprego
e sobre as piores formas de trabalho infantil.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Especial
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tel.: (61) 3433-1342
e-mail: protecaosocialespecial@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

39
SERVIÇO DE ENFRENTAMENTO À
VIOLÊNCIA, ABUSO E EXPLORAÇÃO
SEXUAL CONTRA CRIANÇAS
E ADOLESCENTES

O QUE É:
O Serviço de Enfrentamento à Violência, Abuso e Exploração Sexual Contra
Crianças e Adolescentes caracteriza-se por um conjunto de ações sociais es-
pecializadas e multiprofissionais para proteger crianças e adolescentes e suas
famílias da violência sexual. O serviço é operacionalizado nos Centros de Re-
ferência Especializados da Assistência Social - CREAS, que são bases físicas
implantadas nos municípios. Nesses espaços são ofertados atendimento multi-
profissional especializado, com apoio psicossocial e jurídico, e encaminhamen-
to com acompanhamento ao sistema de garantia de direitos.

OBJETIVO
•�������������������������������������������������������������������������
garantir os direitos fundamentais de crianças e adolescentes vítimas de
violência, abuso ou exploração sexual;
•�����������������������������������������������������������������������������
restabelecer e fortalecer o direito à convivência familiar e comunitária em
condições dignas de vida.

PÚBLICO-ALVO

C������������������������������������������������������������������������
rianças e adolescentes vítimas de violência, abuso e exploração sexual,
bem como suas famílias.

COMO PARTICIPAR
• comprovar a implantação, pela legislação, do Conselho e do Fundo Muni-
cipal de Assistência Social;
• comprovar a existência do Plano Municipal de Assistência Social aprovado
pelo Conselho;
• comprovar alocação de recursos do tesouro municipal no fundo municipal
de Assistência Social;
• acessar o portal do MDS www.mds.gov.br, clicar no quadro do SUAS e cli-
car na opção Rede Suas, para ter acesso ao link SUAS/WEB e preencher o
Plano de Ação do município, conforme pactuado na comissão intergestores
bipartite do seu estado;

40
• realizar diagnóstico sobre a situação de violência contra crianças, adoles-
centes e suas famílias;
• implantar e manter em funcionamento o Conselho Tutelar e o Conselho
Municipal de Direito da Criança e do Adolescente.

LEGISLAÇÃO

•������������������������������
Constituição Federal de 1988;
•������������������������
LOAS – Lei nº 8.742/93;
•������������������������������������������������
Política Nacional de Assistência Social (PNAS);
•�����������������������������������������������������������
Norma Operacional Básica da Assistência Social (NOB/SUAS);
• Norma
�������������������������������������������������������������������
Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS);
•�������������������������
Portaria nº 440/05. MDS;
•��������������������������������������������������������������������������
Guia do Centro de Referência Especializado de Assistência Social - CREAS.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Especial
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tels.: (61) 3433-1342 / 3433-1343
e-mail: protecaosocialespecial@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

41
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA E
ESPECIAL À PESSOA IDOSA E
À PESSOA COM DEFICIÊNCIA
O QUE É:
O BPC, dos serviços de natureza básica e especial
prestados pelos Centros de Referência de Assistência Social - CRAS e Centros
de Referência Especializados da Assistência Social - CREAS. Essa oferta pode
ser direta e/ou em parceria com entidades de assistência social, destinados às
pessoas idosas e pessoas com deficiência e suas famílias, que se encontram
em situação de vulnerabilidade ou risco pessoal e/ou social.

A proteção social às pessoas idosas e pessoas com deficiência efetiva-se


na oferta integrada de benefícios e serviços da política de assistência social e
destes com as de outras políticas sociais na perspectiva da proteção integral e
prevenção à ameaça e violação de direitos.

Os serviços de proteção às pessoas idosas e pessoas com deficiência visam


informação e orientação sobre os direitos e serviços de proteção social e de
defesa de direitos, apoio psicossocial, acesso à renda, às atividades socioedu-
cativas, de convivência e abrigamento.

OBJETIVO

A�������������������������������������������������������������������������������
ssegurar os direitos sociais da pessoa idosa e pessoa com deficiência, criando
condições para promover sua autonomia e participação efetiva na sociedade e em
sua comunidade, bem como o fortalecimento dos vínculos familiares.

PÚBLICO-ALVO

P���������������������������������������������������������������������
essoas idosas com 60 anos ou mais e pessoas com deficiência em situa-
ção de vulnerabilidade e risco social e pessoal e suas famílias.

COMO PARTICIPAR
•������������������������������������������������������������������
comprovar a implantação, pela legislação, do Conselho e do Fundo
Municipal de Assistência Social;
•������������������������������������������������������������������
comprovar a existência do Plano Municipal de���������������������
��������������������
Assistência Social,
aprovado pelo Conselho Municipal de Assistência Social;

42
•�����������������������������������������������������������������
comprovar a alocação de recursos do tesouro municipal no Fundo
Municipal de Assistência Social;
•������������������������������������������������������������������������
acessar o portal do MDS www.mds.gov.br, clicar no quadro do SUAS e cli-
car na opção Rede Suas, para ter acesso ao link SUAS/WEB e preencher o
Plano de Ação do município, conforme pactuado na comissão intergestores
bipartite do seu estado.

LEGISLAÇÃO PERTINENTE

•������������������������������
Constituição Federal de 1988;
•������������������������
LOAS – Lei nº 8.742/93;
• Política
����������������������������������������������������
Nacional de Assistência Social (PNAS/2004);
• Norma
����������������������������������������������������������������
Operacional Básica da Assistência Social (NOB/SUAS /2005);
Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS);
•�����������������������������
Lei n° 7.853, de 24/10/1989;
•���������������������������������
Decreto n° 3.298, de 20/12/1999;
•���������������������������������
Decreto n° 5.296, de 02/12/2004;
•�����������������������������������������������������
Política Nacional do Idoso (PNI) – Lei nº 8.842/94;
•��������������������������������������������������
Estatuto do Idoso – Lei nº 10.741, de 1º/10/2003;
•������������������������
Portaria n° 442/05 MDS;
•���������������������
Decreto nº 6.214/07.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tels.: (61) 3433-1355 / 1354 / 1356
e-mail: protecaosocialbasica@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

43
AGENTE JOVEM EM
DESENVOLVIMENTO/
PROJOVEM ADOLESCENTE

O QUE É:
Trata-se de um programa de assistência social destinado a jovens entre 15
e 17 anos, objetivando o seu desenvolvimento pessoal, social e comunitário de
acordo com as diretrizes do Sistema Único de Assistência Social - SUAS e da
política para juventude. Proporciona capacitação teórica e prática, por meio de
atividades que não configuram trabalho, mas que possibilitam a permanência
do jovem no sistema de ensino e o fortalecimento dos vínculos familiares e co-
munitários, preparando-o para futuras inserções no mundo do trabalho. O MDS
concede também, diretamente ao jovem, uma bolsa durante o período em que
ele estiver inserido no programa e atuando em sua comunidade.

O processo de transição do Projeto Agente Jovem para o ProJovem Adoles-


cente já começou e, em 2009, todos os núcleos do Agente Jovem serão trans-
formados em ProJovem Adolescente.

O ProJovem unifica seis programas dirigidos à juventude: Agente Jovem, Sa-


beres da Terra, ProJovem, Consórcio Nacional da Juventude, Juventude Cidadã
e Escola de Fábrica. Assim, o ProJovem Adolescente é a modalidade do ProJovem
desenvolvida a partir da reformulação do Agente Jovem.

O ProJovem Adolescente – Serviço Socioeducativo é uma modalidade do


Programa Nacional de Inclusão de Jovens – ProJovem destinada a jovens de
15 a 17 anos que visa complementar a proteção social básica à família, na
pessoa do jovem, criando mecanismos para garantir o direito à convivência
familiar e comunitária.

Desta maneira, o ProJovem Adolescente integra a Política Nacional de Ju-


ventude e a Política Nacional de Assistência Social no contexto da proteção so-
cial básica do Sistema Único de Assistência Social - SUAS. É coordenado pelo
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome em parceria com os
órgãos executores das outras modalidades do ProJovem: Ministérios da Educa-
ção, do Trabalho e Emprego, Secretaria Nacional da Juventude e com a colabo-
ração de outros ministérios parceiros: da Saúde, do Meio Ambiente, do Esporte,
da Cultura e da Secretaria Especial de Direitos Humanos.

44
OBJETIVO
O ProJovem Adolescente promove o desenvolvimento social e humano de
jovens entre 15 e 17 anos, favorecendo sua integração social e familiar, sua in-
clusão na comunidade, participação na vida pública e a superação das situações
de vulnerabilidade e risco social. Além disso, o Programa também:

• contribui para a ampliação da noção de cidadania, estimulando a convivên-


cia, a autonomia e o protagonismo do jovem;
• estimula o desenvolvimento de projetos de interesse coletivo pelos jovens,
qualificando e valorizando a sua participação social;
• estimula a descoberta do potencial dos jovens e do território;
• desenvolve a auto-estima dos jovens e contribuir para a construção de pro-
jetos de vida, pessoais e coletivos;
• favorece a reinserção ou permanência dos jovens no sistema de ensino,
com vistas a elevar sua escolaridade;
• desenvolve noções gerais sobre o mundo do trabalho;
• facilita a inclusão digital dos jovens;
• desenvolve ações de cultura, esporte e lazer como forma de garantir a in-
clusão social e a ampliação do universo cultural dos jovens.

PÚBLICO-ALVO
O ProJovem Adolescente - Serviço Socioeducativo destina-se aos jovens de
15 a 17 anos:

• pertencentes a famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família;


• egressos de medida socioeducativa de internação e egressos ou em cum-
primento de outras medidas socioeducativas, conforme disposto na Lei n°
8.069 de 13 de julho de 1990 – Estatuto da Criança e do
Adolescente - ECA;
• egressos ou sob medida de proteção, conforme disposto no Estatuto da
Criança e do Adolescente - ECA;
• egressos do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - PETI;
• egressos ou vinculados a programas e serviços de enfrentamento ao
abuso e à exploração sexual.

Os jovens egressos deverão ser encaminhados ao ProJovem Adolescente pelos


programas e serviços especializados de assistência social do município, do Distrito Fe-

45
deral, ou pelo gestor de assistência social, quando demandado oficialmente pelo Con-
selho Tutelar, pela Defensoria Pública, pelo Ministério Público ou pelo Poder Judiciário.

COMO PARTICIPAR
Para implantar o ProJovem Adolescente, o município deverá atender aos se-
guintes critérios:

• estar habilitado nos níveis de gestão básica ou plena do SUAS;


• ter Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) em funcionamento,
independentemente da fonte de financiamento, e ter preenchido a Ficha de
Monitoramento do CRAS;
• ter a demanda mínima de 40 jovens de 15 a 17 anos, de famílias do Programa
Bolsa Família, residindo no município, de acordo com os dados do CadÚnico.

Além disso, o município deverá assinar um termo de adesão eletrônico, que


estará disponível no portal do MDS www.mds.gov.br/suas, comprometendo-se
com as responsabilidades exigidas para receber o co-financiamento do Governo
Federal para execução do ProJovem Adolescente – Serviço Socioeducativo.

LEGISLAÇÃO

• Constituição Federal de 1988;


• LOAS – Lei n.º 8.742/93;
• Política Nacional de Assistência Social;
• Norma Operacional Básica (NOB/SUAS/2005);
• Medida Provisória nº 411/2007, que dispõe sobre o Programa Nacional de
Inclusão de Jovens - ProJovem, instituído pela Lei nº 11.129, de 30 de junho de
2005, altera a Lei nº 10.836, de 9 de janeiro de 2004, e dá outras providências.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria de Assistência Social (SNAS)
Departamento de Proteção Social Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília - DF
e-mail: juventude@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

46
PROTEÇÃO SOCIAL BÁSICA A
CRIANÇAS DE ATÉ 6 ANOS
O QUE É:
Os serviços voltados para o atendimento à criança de até 6 anos no âmbi-
to da Assistência Social eram historicamente desenvolvidos em creches e pré-
escolas. No entanto, este serviço encontra-se em processo de transição para a
área educacional que, de acordo com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação
(LDB 9394/96), é responsável pela supervisão, orientação e regulamentação da
Educação Infantil. A partir do ano de 2009, o Fundo Nacional de Assistência So-
cial - FNAS não mais financiará creches e pré-escolas, que serão integralmente
financiadas pelo FUNDEB. O ano de 2008 será de transição e de formulação dos
serviços de Assistência Social para as crianças de até 6 anos e suas famílias.

LEGISLAÇÃO

• Constituição Federal de 1988;


• LOAS – Lei nº 8.742/93;
• Política Nacional de Assistência Social (PNAS);
• Norma Operacional Básica da Assistência Social (NOB/SUAS/ 2005);
Norma Operacional Básica de Recursos Humanos do SUAS (NOB-RH/SUAS);
• Portaria 460/07;

PARA SABER MAIS


Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS
Departamento de Proteção Social Básica
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 6º andar
CEP 70046-900 – Brasília – DF
Tels.: (61) 3433-1355 / 1354 / 1356
e-mail: protecaosocialbasica@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

47
3

48
3. SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL

49
SEGURANÇA ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
A segurança alimentar e nutricional consiste na
realização do direito de todos ao acesso regular e per-
manente a alimentos de qualidade, em quantidade e
regularidade suficientes, sem comprometer o acesso a
outras necessidades essenciais. Deve ter como base práticas alimentares pro-
motoras de saúde que respeitem a diversidade cultural e que sejam ambiental,
cultural, econômica e socialmente sustentáveis.

Hoje, este direito está assegurado na Lei Orgânica da Segurança Alimentar e


Nutricional - LOSAN - Lei nº 11.346/06), que também institui o Sistema Nacional
de Segurança Alimentar e Nutricional - SISAN com o objetivo de assegurar de
forma sustentável o direito humano à alimentação adequada para toda a popu-
lação.

O SISAN é o instrumento organizativo pelo qual o Poder Público, de forma


articulada com a sociedade civil organizada, formulará e implementará políticas,
planos, programas e ações com vistas a assegurar o direito humano à alimen-
tação adequada.

50
PROGRAMA DE AQUISIÇÃO DE ALIMENTOS
DA AGRICULTURA FAMILIAR – PAA

O QUE É:
O PAA instituiu parâmetros específicos para
a compra de alimentos oriundos da agricultu-
ra familiar para serem destinados ao atendi-
mento da demanda das famílias carentes e a
recomposição dos estoques estratégicos do Governo Federal. O programa
prevê a dispensa de licitação para compra direta do pequeno agricultor, res-
peitando um limite anual por agricultor, atualmente fixado em R$ 3.500,00.
Para implementá-lo, é necessário formalizar um convênio específico com
o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A Companhia
Nacional de Abastecimento - CONAB, do Ministério da Agricultura, Pecuá-
ria e Abastecimento, governos de estados e prefeituras, desde 2003, vêm
contribuindo como parceiros do PAA.

OBJETIVO
• estimular a produção agropecuária proveniente dos agricultores familia-
res pelo apoio à comercialização da safra por meio de aquisições de ali-
mentos para doação às famílias em situação de insegurança alimentar;
• promover a recomposição dos estoques estratégicos de segurança
alimentar e venda em época oportuna, visando ao desenvolvimento da
economia local, a geração de emprego e renda e o combate à pobreza
e à fome.

PÚBLICO-ALVO

• agricultores familiares, assentados da reforma agrária, segmentos da popu-


lação com consumo alimentar insuficiente (crianças, gestantes, idosos, de-
ficientes, doentes, famílias e pessoas com insuficiência de renda) e demais
grupos populacionais em situação de vulnerabilidade social e de inseguran-
ça alimentar e nutricional (quilombolas, indígenas, atingidos por barragem,
acampados da reforma agrária, atingidos por calamidade).
• Produtores: Agricultores familiares, beneficiados pelo Programa Nacional
de Agricultura Familiar - Pronaf, bem como aqüicultores, pescadores artesa-
nais, silvicultores, extrativistas, indígenas, membros de comunidades rema-
nescentes de quilombos e agricultores assentados e acampados.
• Consumidores: Pessoas em situação de vulnerabilidade social e/ou inse-
gurança alimentar e nutricional e atendidas por programas sociais executa-
dos na Rede de Proteção e Promoção Social.

51
COMO PARTICIPAR

As prefeituras são importantes agentes operadores do PAA. Sua participação


inclui desde o apoio institucional, como a criação de conselhos locais, a exemplo
do Conselho de Segurança Alimentar - Consea, à organização dos produtores,
identificação dos beneficiários finais, planejamento da compra e da distribuição,
conservação e preparo de alimentos, educação alimentar e nutricional e outras.

As ações locais desse tipo devem ser informadas ao Governo Federal, por
ocasião da apresentação da proposta de projeto e respectivo plano de trabalho
para a implementação do PAA na localidade.

PAA Modalidade Municipal - Participe por meio do edital publicado no Diário


Oficial da União e disponibilizado no portal do MDS www.mds.gov.br.

LEGISLAÇÃO

• Lei nº 10.696, de 2 de julho de 2003;


• Decreto nº 5.873, de 15 de agosto de 2006;
• Portaria MDS nº 312, de 25 de setembro de 2006;
• Portaria MDS nº 167, de 10 de maio de 2007;
• Portaria MDS nº 401, de 07 de novembro de 2007.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar - SESAN
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar
CEP 70-046-900
Tel.: (61) 3433-1195
e-mail: paamunicipal@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

52
PROGRAMA DO LEITE - LEITE FOME ZERO
MODALIDADE DO PAA PARA O INCENTIVO À
PRODUÇÃO E AO CONSUMO DE LEITE - VIA
CONVÊNIOS ESTADUAIS COM O MDS

O QUE É:
O Programa do Leite é uma das modalidades do Progra-
ma de Aquisição de Alimentos da Agricultura Familiar - PAA,
cujo objetivo é propiciar o consumo do leite às famílias
que se encontram em estado de insegurança alimentar e nutricional e incentivar a
produção familiar. Também conhecido como Leite Fome Zero, o programa é desen-
volvido na Região Nordeste (9 estados) e no norte do estado de Minas Gerais.

OBJETIVO

O Programa do Leite é voltado para os segmentos populacionais vulnerá-


veis, que têm direito a receber o leite gratuitamente, e também para os pe-
quenos produtores familiares. Dessa forma, o Programa compra a produção
de agricultores familiares, e o leite é beneficiado em laticínios contratados e
entregue às famílias carentes.

PÚBLICO-ALVO
• produtores: agricultores familiares (Programa Nacional de Agricultura Fa-
miliar - Pronaf) que produzam até 100 litros de leite por dia até o limite de
R$ 3.500,00 (três mil e quinhentos reais) por semestre por produtor.
• consumidores: famílias com renda mensal até ½ salário mínimo por pes-
soa que tenha como membro:
• crianças de 06 meses a 06 anos;
• gestantes;
• lactantes;
• Idosos;
• outros, desde que aprovados pelo Conselho de Segurança Alimentar estadual.

COMO PARTICIPAR
Os municípios participantes devem ser aprovados pelo Conselho de Seguran-
ça Alimentar - Consea estadual, bem como a secretaria responsável pelo pro-
grama no estado. A participação da prefeitura inclui desde o apoio institucional,
como a criação de conselhos locais - a exemplo do Conselho de Segurança Ali-
mentar - Consea -, até a organização dos produtores, identificação dos benefici-
ários finais, da distribuição, educação alimentar e nutricional e outras. As ações
53
locais desse tipo devem ser informadas ao Governo estadual, responsável pela
execução do programa Leite Fome Zero para a implementação do programa na
localidade. Assim, apesar de não ser operacionalizado diretamente por convê-
nios junto aos municípios, o programa conta com a participação desses, que é
fundamental no âmbito das parcerias locais junto aos beneficiários e produtores,
bem como no controle social do Programa.

LEGISLAÇÃO
• Lei nº. 10.696, de 2 de julho de 2003;
• Decreto nº. 4.772, de 2 de julho de 2003;
• Resolução nº. 16, de 14 de novembro de 2005, do Grupo Gestor do Progra-
ma de Aquisição de Alimentos;
• Resolução n º. 17, de 4 de abril, de 2006 do Grupo Gestor do Programa de
Aquisição de Alimentos;
• Resolução nº. 19, de 19 de julho de 2006, do Grupo Gestor do Programa
de Aquisição de Alimentos;
• Resolução nº. 24, de 26 de junho de 2007, do Grupo Gestor do Programa
de Aquisição de Alimentos.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Gestão Integrada da Política
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar
CEP 70-046-900 - Brasília-DF
Tel.: (61) 3433-1179
e-mail: leitefomezero@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

54
PROGRAMA RESTAURANTES
POPULARES
O QUE É:
Os Restaurantes Populares implantados nos municí-
pios por meio da cooperação entre o Governo Federal, o
Distrito Federal e os governos locais têm prestado impor-
tante serviço público para promoção do direito humano à alimentação adequada
dos trabalhadores que fazem suas refeições fora do seu domicílio nos grandes
centros urbanos do país. Estes equipamentos públicos têm cumprido papel im-
portante nas ações de políticas públicas de segurança alimentar e nutricional
nos municípios com mais de 100 mil habitantes, pois torna acessível o direi-
to humano à alimentação saudável para milhares de pessoas em situação de
exclusão deste direito fundamental para a cidadania. Restaurantes Populares,
Cozinhas Comunitárias e Banco de Alimentos são programas que funcionam
interligados.

OBJETIVO

Apoiar a implantação de novas unidades - que serão administradas e manti-


das pelos proponentes - e a modernização de unidades apoiadas pelo MDS
que já estejam em funcionamento, com o objetivo de ampliar a oferta de
refeições nutricionalmente adequadas, a preços acessíveis, à população de
baixa renda, contribuindo assim para a redução do número de pessoas em
situação de insegurança alimentar e nutricional.

PÚBLICO-ALVO
Os Restaurantes Populares são direcionados para municípios com popula-
ção superior a 100 mil habitantes e procuram atender, prioritariamente, a tra-
balhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estudantes,
idosos e populações em risco social dos centros e periferias urbanas.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras devem atender aos critérios técnicos apresentados no Edital
de Seleção e elaborar os projetos conforme o Manual de Implantação do
Programa, ambos disponíveis no portal do MDS www.mds.gov.br.

55
O MDS apóia:

• construção, ampliação, reforma e conclusão de instalações prediais;


• aquisição de equipamentos, móveis e utensílios novos;
• suporte técnico para implantação;
• contratação de serviços técnicos para apoio e acompanhamento da
qualidade dos serviços prestados.

LEGISLAÇÃO
Não há uma legislação específica do Programa, mas suas diretrizes estão
baseadas nas seguintes normas e resoluções:

• RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004 (ANVISA), dispõe sobre Regula-


mento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação;
• RDC nº 275, de 21 de outubro de 2002 (ANVISA), dispõe sobre o Regula-
mento Técnico de Procedimentos Operacionais Padronizados aplicados aos
Estabelecimentos Produtores / Industrializadores de Alimentos e a Lista de
Verificação das Boas Práticas de Fabricação em Estabelecimentos Produto-
res / Industrializadores de Alimentos;
• Portaria nº 326 - SVS / MS, de 30 de julho de 1997 (Secretaria de Vigilância
Sanitária), estabelece os requisitos gerais (essenciais) de higiene e de boas
práticas para alimentos produzidos / fabricados para o consumo humano;
• Código Sanitário Nacional - Parte V, dispõe sobre normas gerais para es-
tabelecimentos ou locais destinados à produção, fabricação, preparo, be-
neficiamento, manipulação, acondicionamento, armazenamento, depósito
ou venda de alimentos, bem como todos os demais de interesse da Saúde
Pública Municipal.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria de Segurança Alimentar - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bl. C, 4o andar
CEP 70046-900 - Brasília-DF
Tels.: (61) 3433-1177 / 1395 / 1377 - Fax: (61) 3433-1118
e-mail: restaurantes.populares@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

56
PROGRAMA BANCOS DE
ALIMENTOS
O QUE É:
Os Bancos de Alimentos constituem-se em importantes
equipamentos públicos urbanos de combate ao desperdí-
cio e de promoção de segurança alimentar e nutricional
dos gestores municipais das políticas de Segurança Ali-
mentar e Nutricional. Arrecadam alimentos provenientes de doações, por meio
da articulação com a rede convencional de comercialização, armazenagem e
processamento de alimentos. Os Bancos de Alimentos contribuem para o abas-
tecimento alimentar de entidades que compõem a rede de promoção e proteção
social municipal, além de combater o desperdício de alimentos nos sistemas
agroalimentares urbanos e metropolitanos. Banco de Alimentos, Restaurantes
Populares e Cozinhas Comunitárias são programas que funcionam interligados.

OBJETIVO
• promover e incentivar a instalação de Bancos de Alimentos Municipais.
• estimular e promover a educação alimentar, valorizando o aproveitamento
de alimentos e o reconhecimento de seu valor nutritivo.

PÚBLICO-ALVO

Entidades de assistência social e programas de alimentação e nutrição da


rede municipal. O projeto dirige-se preferencialmente aos municípios com
população acima de 100 mil habitantes que possuem uma ampla rede de
abastecimento e de entidades de assistência social.

COMO PARTICIPAR
O MDS apóia a realização de obras (construção, ampliação, reforma e
conclusão de instalações prediais) e a aquisição de equipamentos, móveis
e utensílios novos. Os projetos de implantação são escolhidos por meio de
licitação pública. As prefeituras e governos estaduais interessados devem
participar por meio da inscrição no Edital de Seleção em atendimento aos
critérios técnicos apresentados e elaboração de projeto, conforme o Manual
de Implantação do Programa, documentos disponíveis no portal do MDS
www.mds.gov.br.

57
LEGISLAÇÃO

• Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993 (Lei das Licitações);


• Portaria SVC/MS nº 1.428, de 26 de novembro de 1993;
• Instrução Normativa da STN/MF nº 1, de 15 de janeiro de 1997, e suas
alterações;
• Portaria nº 326/MS, de 30 de junho de 1997;
• Portaria SVC nº 6/SP, de março de 1999;
• Lei Complementar nº 101, de 4 de maio de 2000
(Lei de Responsabilidade Fiscal);
• Resolução RDC nº 216, de 15 de setembro de 2004.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome


Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 - Brasília - DF
Tel.: (61) 3433-1176
e-mail: bancodealimentos@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

58
PROGRAMA DE
COZINHA COMUNITÁRIA
O QUE É:
As Cozinhas Comunitárias são equipamentos públi-
cos implantados pelo MDS em parceria com prefeituras,
visando ao fornecimento de refeições saudáveis e com
preço acessível às famílias pobres urbanas. Juntamente
com os Bancos de Alimentos e os Restaurantes Populares, compõem a rede de
equipamentos públicos urbanos para a execução das políticas públicas de Se-
gurança Alimentar e Nutricional locais. As instalações apoiadas têm capacidade
mínima de produção de 200 refeições diárias, com funcionamento de, no míni-
mo, 5 dias por semana. O MDS estimula a multifuncionalidade das Cozinhas
Comunitárias, como, por exemplo, a promoção da educação alimentar dos seus
usuários e grupos sociais como crianças, adolescentes, gestantes e nutrizes.
São direcionadas para municípios com população superior a 50 mil habitantes.

OBJETIVO
Apoiar a implantação de novas unidades - que serão administradas e manti-
das pelos proponentes - e a modernização de unidades apoiadas pelo MDS
que já estejam em funcionamento, com o objetivo de ampliar a oferta de re-
feições nutricionalmente adequadas à população de baixa renda, contribuin-
do assim para a redução do número de pessoas em situação de insegurança
alimentar e nutricional. A distribuição de refeições deve ser, preferencialmen-
te, gratuita, podendo ser comercializada a preço acessível.

PÚBLICO-ALVO
Trabalhadores formais e informais de baixa renda, desempregados, estu-
dantes, idosos, mães com seus filhos e populações em risco social nas pe-
riferias urbanas.

COMO PARTICIPAR
• O MDS financia os projetos de implantação de Cozinhas Comunitárias,
que são escolhidos por meio de licitação pública, e apóia a construção, am-
pliação, reforma e conclusão de instalações prediais, além da aquisição de
equipamentos móveis e utensílios novos;

• Os projetos podem ser propostos por governos estaduais ou municipais


interessados na instalação do equipamento;
59
• estado e município devem atender aos critérios técnicos apresentados no
Edital de Seleção, quando de sua publicação, e elaborar os projetos confor-
me o Manual de Implantação do Programa, ambos disponíveis no portal do
MDS www.mds.gov.br.

LEGISLAÇÃO
Segue a mesma normatização dos Restaurantes Populares.

PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome


Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 - Brasília - DF
Tels.: (61) 3433-1399 / 1203 / 1316
e-mail: bancodealimentos@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

60
PROGRAMA DE
AGRICULTURA URBANA
O QUE É:
As ações municipais de Agricultura Urbana promovem a
produção familiar de alimentos de forma comunitária, com
uso de tecnologias de bases agroecológicas em espaços
urbanos e periurbanos. Com a mobilização comunitária, em
especial com atuação da prefeitura, são implementados hortas, lavouras, viveiros, po-
mares, canteiros de ervas medicinais, criação de pequenos animais, unidades de pro-
cessamento e beneficiamento agroalimentar e feiras e mercados públicos populares.
As feiras são um importante equipamento apoiado por esta ação. Os alimentos produ-
zidos são destinados tanto para autoconsumo das famílias quanto para a comerciali-
zação com a finalidade de gerar renda. Seu duplo efeito é melhoria na dieta alimentar
da família e renda complementar, com trabalho parcial de membros de toda a família.

OBJETIVO
• consolidar no Brasil a cultura da agricultura urbana e periurbana, para melhorar
o auto-abastecimento alimentar das famílias e comunidades engajadas;
• ampliar a oferta urbana de hortaliças, promovendo a segurança alimentar e
nutricional, com inclusão social produtiva e consciência agroecológica.

PÚBLICO-ALVO
Famílias beneficiárias dos Programas Sociais do MDS, moradoras dos perí-
metros urbanos e periurbanas das cidades.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras devem apresentar propostas nos termos dos editais publica-
dos pelo MDS no Diário Oficial da União e disponibilizados no portal do MDS
www.mds.gov.br.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 – Brasília-DF – Tels.: (61) 3433-1420 / 3433-1417
e-mail: hortascomunitarias@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br
61
FEIRAS E MERCADOS
POPULARES
O QUE SÃO:
São equipamentos urbanos para comercialização de
produtos da agropecuária, agroindústria e artesanato
dos agricultores familiares, assentados e acampados da
reforma agrária. Ampliam os sistemas locais de abaste-
cimento em face da crescente procura de produtos agropecuários saudáveis,
ecológicos e que se refiram também à valorização das culturas e tradições fami-
liares, padrões e costumes da população local. Induz à criação de marcas locais
e atraem o turismo.

A consolidação comercial em feiras livres e mercados populares estimula a


diversificação da produção conforme indicativos de demanda de produtos agro-
ecológicos; promove a inclusão eqüitativa das famílias expositoras e pode atuar
como equipamento de controle e redução de preços de alimentos básicos.

OBJETIVO

Converter as feiras e os mercados públicos e populares em locais atrativos


à população urbana e turística, como estratégia para dinamizar a comerciali-
zação de produtos da agricultura familiar rural, urbana e periurbana.

PÚBLICO-ALVO
Agricultores familiares (rurais, urbanos e periurbanos), assentados e acam-
pados da reforma agrária e suas organizações (associações comunitárias e
cooperativas) e famílias beneficiárias do Bolsa Família.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras devem elaborar projetos técnicos e planos de trabalho, confor-
me formulários disponíveis no portal do Fome Zero www.fomezero.gov.br. Para
acessar os formulários, clicar na opção Publicações e, em seguida, na opção
Cartilhas. Depois de preenchidos, os formulários devem ser encaminhados
para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS.

62
PARA SABER MAIS

Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS


Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 - Brasília-DF
Tels.: (61) 3433-1197/1198
e-mail: feirapopular@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

63
CONSAD
O QUE É:
Garantir que o direito à alimentação seja assegurado
para todos significa reunir esforços e estabelecer um pla-
no de trabalho cooperado. Os Consórcios de Segurança
Alimentar e Desenvolvimento Local são uma proposta de
intervenção na realidade dos grupos de municípios que
se articulam e buscam soluções para enfrentar os desafios locais no âmbito da
segurança alimentar e nutricional.

OBJETIVO
• O CONSAD tem como objetivo a promoção da segurança alimentar e nutri-
cional associada ao desenvolvimento local. Para tanto, é formado um fórum
de discussão permanente, constituído de representantes das instituições
afetas ao tema da segurança alimentar existentes no território;
• a partir das discussões, o Plano de Desenvolvimento Territorial é elabora-
do, do qual é escolhida a vocação do território e são eleitas as prioridades
para a atuação do CONSAD;
• fomentar o processo de discussão e articulação permanente dentro do
fórum de entidades participantes do Consórcio com vista à promoção do
Desenvolvimento Local e a Segurança Alimentar e Nutricional são objetivos
do CONSAD.

PÚBLICO ALVO
Pessoas em situação de insegurança alimentar, moradoras dos territórios
participantes do CONSAD.

COMO PARTICIPAR
• municípios pertencentes ao território de CONSAD - podem participar
do fórum qualquer instituição (pública ou privada) que tenha sede em muni-
cípios do CONSAD e que possam contribuir com o processo de desenvol-
vimento local. Para tanto, devem buscar os representantes do CONSAD na
prefeitura e candidatar a sua participação em uma reunião do fórum.

• municípios que ainda não pertencem ao território de CONSAD - a ação


de constituição do CONSAD é uma iniciativa do MDS. A seleção dos municí-
pios que compõem o CONSAD é realizada a partir de estudo técnico basea-
do em um conjunto de indicadores que apontem uma identidade territorial.
64
PARA SABER MAIS
Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Apoio a Projetos Especiais
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 416
CEP 70046-900 – Brasília-DF
Tels.: (61) 3433-1167 / 3433-1166
e-mail: consad@mds.gov.br
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65
UNIDADES DE BENEFICIAMENTO
E PROCESSAMENTO
FAMILIAR AGROALIMENTAR

O QUE SÃO:
As Unidades de Beneficiamento e Processamento Fami-
liar Agroalimentar são empreendimentos que agregam valor
aos produtos agrícolas, pecuários, pesqueiros, aqüícolas, ex-
trativistas, florestais e artesanais e incluem operações físicas,
químicas ou biológicas, a exemplo de extração de óleos, ca-
ramelização e fermentação. Essas unidades abrangem comunidades rurais, urbanas
e periurbanas carentes, em especial, as famílias beneficiárias do Programa Bolsa Fa-
mília. A produção destina-se à melhoria da alimentação e nutrição familiar e ao abas-
tecimento alimentar local com maior qualidade. A dinâmica dessas unidades promove
ampla inclusão social, gera trabalho e amplia a renda familiar e local.

OBJETIVO
Implantar rede de processamento, beneficiamento e agregação de valor à
produção da agricultura familiar rural e urbana e dos assentados e acampa-
dos da reforma agrária localizados no entorno geoeconômico das cidades.

PÚBLICO-ALVO
Produtores familiares rurais e urbanos e periurbanos, assentados e acam-
pados da reforma agrária, desempregados e famílias beneficiadas pelo Pro-
grama Bolsa Família.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras devem elaborar projetos técnicos e planos de trabalho, confor-
me formulários disponíveis no portal do Fome Zero www.fomezero.gov.br. Para
acessar os formulários dentro do portal, clicar na opção “Publicações” e, em
seguida, na opção “Cartilhas”. Depois de preenchidos, os formulários devem
ser encaminhados para o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à
Fome – Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 - Brasília-DF - Tels.: (61) 3433-1197/1198
e-mail: agroindustria@mds.gov.br
0800 707 2003 - www.mds.gov.br
66
EDUCAÇÃO ALIMENTAR E
NUTRICIONAL
O QUE É:
As ações de Educação Alimentar e Nutricional afirmam
conhecimentos e habilidades que permitam às pessoas
selecionar e consumir alimentos saudáveis e nutritivos,
valorizando a diversidade dos produtos regionais e o apro-
veitamento integral dos alimentos. Isso permite resgatar tradições alimentares
saudáveis, sensibilizar a população para a necessidade de uma alimentação
saudável em todo o ciclo de vida, combater o desperdício e os preconceitos que
prejudicam a adoção de hábitos alimentares saudáveis.

OBJETIVO
• estimular a sociedade, por meio de ações educativas e de comunicação, a
combater a fome e a adotar hábitos alimentares saudáveis;
• contribuir para a prevenção e o combate a uma série de problemas relacionados
à alimentação inadequada, como a desnutrição, obesidade, diabetes e hiperten-
são, dentre outros, de modo a promover a segurança alimentar e nutricional.

PÚBLICO-ALVO
Mulheres que exercem papel fundamental de provimento da alimentação em
seus domicílios, além de crianças e jovens, pois os hábitos alimentares se
estabelecem, fundamentalmente, na infância e na juventude.

COMO PARTICIPAR
• o MDS possui diversos projetos de educação alimentar, como a produ-
ção de materiais educativos diversos, incluindo vídeos educativos, cha-
madas de rádio, radionovelas, impressos e outros. Tais materiais podem
ser solicitados pela prefeitura junto ao MDS, para o desenvolvimento de
capacitações de multiplicadores em Segurança Alimentar e Nutricional
no município, abrangendo diversos setores como saúde, educação, as-
sistência social e outros.
• também há a produção de cartilhas educativas e Cadernos do Profes-
sor com temas de alimentação e nutrição, que são anualmente distri-
buídos nas escolas públicas de 1ª a 4ª séries, em todos os municípios
brasileiros. O objetivo é que professores e alunos possam desenvolver
atividades em sala de aula, utilizando a linguagem simples das histó-
rias em quadrinhos, para promover hábitos alimentares saudáveis na
infância.

67
LEGISLAÇÃO
• Lei n.º 11.346, de 15 de setembro de 2006 - LOSAN;
• Conselho Nacional de Segurança Alimentar. 3ª Conferência Nacional de
Segurança Alimentar. Documento Base: Por um Desenvolvimento Susten-
tável com Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional, 2007.

PARA SABER MAIS

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Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
Departamento de Promoção de Sistemas Descentralizados
Esplanada dos Ministérios, Bloco C, 4º andar, sala 433
CEP 70046-900 – Brasília-DF
Tels.: (61) 3433-1159 / 3433-1125
e-mail: educacaoalimentar@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

68
DISTRIBUIÇÃO DE CESTAS
A GRUPOS ESPECÍFICOS
O QUE É:
O Programa de Distribuição de Cestas de Alimentos é
uma ação emergencial para assistir grupos específicos:
quilombolas, comunidades indígenas, acampados da re-
forma agrária, atingidos por barragem e/ou que se encontram em situação de
insegurança alimentar e nutricional.

OBJETIVO
Atender emergencialmente grupos populacionais específicos em situação
de insegurança alimentar e nutricional.

PÚBLICO-ALVO
Famílias acampadas que aguardam o programa de reforma agrária, re-
manescentes de quilombos, comunidades de terreiros e indígenas, atingidos
por barragens, e famílias vítimas de calamidades públicas, cujos municípios
estejam em situação de emergência, de acordo com as orientações do Mi-
nistério da Integração Nacional.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras devem fazer contato com os parceiros descritos para indicação
de inclusão de grupos de acordo com as suas especificidades abaixo.

Os beneficiários são indicados pelos seguintes parceiros:

• Fundação Cultural Palmares e Secretaria Especial de Políticas de Promo-


ção da Igualdade Racial indicam os remanescentes de quilombos e comu-
nidades de terreiro;
• Movimento Nacional de Atingidos por Barragens indica os atingidos por
barragens;
• Ouvidoria Agrária do Ministério do Desenvolvimento Agrário indica os
acampados;
• FUNAI e FUNASA indicam os povos indígenas.
• Secretaria Nacional de Defesa Civil (Ministério da Integração Nacional)
indica os municípios que se encontram em situação de emergência.

69
LEGISLAÇÃO
• Lei n.º 11.346, de 15/09/06 (Lei de Segurança Alimentar e Nutricional).

PARA SABER MAIS

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Tels.: (61) 3433-1153/11-52/11-60
e-mail: gruposvulneraveis@mds.gov.br
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70
PROGRAMA
CISTERNAS
O QUE É:
A cisterna é uma tecnologia popular para a captação e
armazenamento de água da chuva e representa uma solu-
ção de acesso a recursos hídricos para a população rural
do Semi-Árido brasileiro, que sofre com os efeitos das secas prolongadas. O
periodo da seca chega a durar oito meses do ano.

A cisterna é construída junto ao domicílio da família e armazena cerca de 16


mil litros de água, que escoa do telhado pelas calhas. As famílias colaboram na
construção das cisternas, recebem capacitação sobre manejo da água e cui-
dados com a cisterna e são selecionadas e mobilizadas por meio de Comissão
Municipal formada por entidades da sociedade civil.

OBJETIVO
Apoiar estados, municípios, órgãos federais e entidades da sociedade civil
atuantes na região semi-árida na implementação de programas voltados para
garantir o acesso à água potável, como componente fundamental da garantia da
segurança alimentar para as famílias de baixa renda do sertão nordestino.

PÚBLICO-ALVO
Famílias de baixa renda, que atendem aos critérios de elegibilidade do pro-
grama Bolsa Família e que não têm acesso a água potável na zona rural do
Semi-Árido brasileiro.

COMO PARTICIPAR
As prefeituras podem exercer um papel fundamental na execução do pro-
grama, colaborando com as Comissões Municipais, formadas pela Articula-
ção do Semi-Árido - ASA, fornecendo apoio logístico no cadastramento das
famílias, no recebimento dos materiais de construção e no abastecimento
inicial da cisterna.

71
LEGISLAÇÃO
• Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO;
• Instrução Normativa STN 01/97;
• Lei Orgânica de Segurança Alimentar.

PARA SABER MAIS


Ministério do Desenvolvimeno Social e Combate à Fome - MDS
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional - SESAN
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CEP 70046900 – Brasília-DF
Tels.: (61) 3433-1180 / 3433-1181
e-mail: cisternas@mds.gov.br
0800 707 2003
www.mds.gov.br

72
73
Para saber mais
Conheça melhor os programas e políticas do
Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome - MDS.

Ter acesso à informação correta e de utilidade pública é


uma das formas de ajudar a promover os direitos sociais
de todos os brasileiros. Entre em contato com a gente.

74
Publicação disponível na internet.
Acesse:

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75
As imagens deste guia mostram beneficiários dos programas sociais do MDS
Ministério do Desenvolvimento Social
e Combate à Fome

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março / 2008

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