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18/05/2010

Universidade do Oeste de Santa


Catarina DEFINIÇÃO

•Escavam galerias nos troncos, galhos e ponteiros, em


especial, na parte interna da casca ou do lenho ou em
MANEJO INTEGRADO DE mais de um destes locais ao mesmo tempo.

BROQUEADORES DE •Muitos destes broqueadores são especialistas em atacar


apenas árvores estressadas ou já em processo de morte,
MADEIRA VIVA mas outros atacam as árvores em prefeitas condições
de sanidade.

BROCA-DAS-MELIÁCEAS
BROCA-DAS-MELIÁCEAS
•A crisálida é formada no interior dos ramos atacados.
•Broca-das-meliáceas, Broca-do-cedro
•Ataca mudas em viveiro, tornando-as imprestáveis para o
•Hypsipyla grandella (Zeller, 1848) - Lepidoptera: Pyralidae plantio.

•Atraído pelo odor das brotações novas das árvores • A planta reage brotando lateralmente, mas estas brotações
que as emitem logo após as primeiras chuvas também podem ser destruídas pelo inseto, levando a planta
a paralisar o desenvolvimento
•Fêmea oviposita nos brotos ou nos ramos
•Árvores isoladas, normalmente não tem praga
•Frutos e sementes

BROCA-DAS-MELIÁCEAS

Fêmea: 28 a 34 mm de envergadura
BROCA-DAS-MIRTÁCEAS
•Ataque sempre dirigido nos ponteiro •Broca-das-mirtáceas

•Timocratica albella (Zeller, 1877) Lepidoptera: Stenomatidae

•A postura é feita isolada sobre o tronco

•Cabeça da larva é escura e há pêlos longos e esparsos


sobre todo o corpo

•Só a fase de lagarta é daninha às essências

•Rosa/azul: 20 mm florestais.
•ATAQUE: seiva junto
com serragem •Vive no interior ponteiro

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BROCA-DAS-MIRTÁCEAS BROCA-DAS-MIRTÁCEAS

•Casuarina sp. , Platanus orientalis, Erytrina falcata, •Ataque a E. grandis com nove anos de idade em MG
Salix femininas e Eucalyptus sp. observou-se que o surto atingiu 350 ha e em 40 ha a
•Hábito noturno praga causou 69% de mortalidade das árvores.

•Alimenta-se da casca verde •Infestação média foi de 20 lagartas por árvore

•A crisálida é feita na própria planta, prendendo-a na


galeria, de cabeça para baixo.

•Morte: bloqueio do fluxo de água e seiva causado pelas


perfurações no lenho e pela perda da casca especialmente
num período de estiagem prolongada
Timocratica albella

BROCA-GIGANTE-DO-EUCALIPTO CUPIM-DO-CERNE

•Broca-gigante-do-eucalipto, Broca-do-tronco •Cupim-do-tronco; cupim-do-cerne; cupim-de-madeira-verde;


cupim-do-toco; …
•Phassus giganteus (Herrich-Schaeffer, 1853) - Lepidoptera: Hepialidae
•Heterotermes tenuis (Hagen, 1858) (Isoptera: Rhinotermitidae)
•Adulto: castanha-marmoreada/ abdome com pêlos lisos
•Coptotermes testaceus (L. 1758 ) (Isoptera: Rhinotermitidae)
•Fêmea/tronco/dependurada/ ovos no chão

•Larva é, inicialmente, hospede de cipós silvestres


•Lagarta ataca cipó em contato com a árvore

•Árvore quebra pela ação dos ventos

CUPIM-DO-CERNE
CUPIM-DO-CERNE
Coptotermes testaceus
Heterotermes tenuis
•Constroem seus ninhos em raízes de
•Eles não constroem montículos
árvores velhas, enterradas ou em
mas têm uma colônia bastante
madeira que não secam
difundida subterraneamente sob
demasiadamente.
rochas e cupinzeiros de outras
•As fontes de alimentos quando espécies
localizadas longe do ninho central são
exploradas por um sistema de
pequenas câmaras ligadas entre si
por galerias e túneis através do solo.

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CUPIM-DO-CERNE

•Danifica seringueira, eucalipto e coqueiro BESOUROS-DE-AMBRÓSIA


•Penetra nas árvores através do sistema radicular ou
diretamente no tronco/local onde houve morte de tecido •Besouro-de-ambrósia; besouro-alfinete; carga-de-
•Presença não é observável/continua viva sem lesão chumbo

•Abertura do tronco ou derrubada da árvore /infestação é


detectada pelo aparecimento de árvores quebradas pelo vento
•Xyleborus spp. (Col.: Scolytidae)
•Seringueiras: inicia o dano na extremidade superior morta
do porta-enxerto •Platypus spp. (Col.: Platypodidae)
•Produção de látex é drasticamente afetada

BESOUROS-DE-AMBRÓSIA BESOUROS-DE-AMBRÓSIA

Xyleborus sp.
•Hospedeiro: pinus, folhosas e palmáceas
Platypus sp.
•Erva-mate, Araucaria angustifolia e Pinus
spp. eucalipto, seringueira •O corpo é alongado, cilíndrico

•insetos são micetófagos e os fungos são •Tórax


cultivados nas paredes das galerias construídos
•Larva em galeria
no tronco.
•Micetófagos
•Perfuração para galerias/fungos/mancha

•Porta de entrada para agentes degradadores

BROCA-AUSTRALIANA-DO-EUCALIPTO
BROCA-AUSTRALIANA-DO-
EUCALIPTO
•Broca-do-eucalipto, Broca-australiana
•Destruição das camadas periféricas do lenho/interrupção
•Phoracantha recurva Fab. (Col.: Cerambycidae) do fluxo de seiva e conseqüentemente a sua morte

•Phoracantha semipunctata Fab. (Col.: C.)


•Formas de detectar a presença da broca-do-eucalipto é
P. semipunctata
•Atacam exclusivamente espécies de eucaliptos debilitados verificar-se se a casca foi esburacada por pica-paus,

•Postura sobre a casca freqüentemente nas fendas,


cicatrizes de quedas de ramos e outras irregularidade
da casca

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Cydia araucariae; C. trifascicolana e


C. curitibana
•Broca-do–pinhão; Broca-do–estróbilo e broca-da-gema

•Oviposição: base ou gema da pinha/isoladamente

•Larva/cor/alimentação

•Galerias/pinhão

Serragem

Pupa:
pinhão/madeira
Cydia araucaria/atividade diurna

VESPA-DA-MADEIRA
VESPA-DA-MADEIRA
•Maior debilitação com injeção de um muco fitotóxico e
•Sirex noctilio (Hymenoptera: Siricidae) esporos de fungo no alburno durante a oviposição.

•Hospedeiro: Pinus sp. •Fonte de nutrientes para as larvas da praga, seca e causa a

podridão da madeira
•Europa, Ásia e norte da África
•Qualidade da madeira: galerias (larvas) e madeira escura

•Problema de manejo (fungo)

•Suscetíveis geralmente possuem entre 10 e 25 anos de •Meses: novembro a dezembro

idade e estão sob estresse

Larva/pó compactado

VESPA-DA-MADEIRA MOSCA-DA-MADEIRA
•Mosca-da-madeira; mosca-da-casuarina
•Sintomas externos: amarelecimento da copa que depois se
•Raphiorhynchus pictus (Wiedemann,1821) (Diptera: Pantophthalmidae).
torna marrom avermelhada a perda das acículas, os

respingos de resina na casca (em função das perfurações •Adulto: maiores moscas que se conhece (70 a 81 mm,fêmea)
orifícios de emergência de adultos.
para oviposição) e os

• Sintomas internos:
internos: manchas marrons ao longo do câmbio

(embaixo da casca) devido ao fungo e galerias feitas pelas

larvas, que comprometem a qualidade da madeira.


Macho
Fêmea

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MOSCA-DA-MADEIRA MOSCA-DA-MADEIRA

•Larvas perfuram o tronco vivo de angico (Piptadenia rígida: •Larva: orifícios de 2 mm de diâmetro e canais no sentido
Leguminosae); Bracatinga (Mimosa scabrella.: Leguminosae); radial normalmente ramificados
Canela sassafrás (Ocotea indecora: Lauraceae); Canela (Nectandra
spp.: Lauraceae); Carvalho-americano (Quercus sp: Fagaceae);
•Orifícios escorre intensa exsudação viscosa resultante do
Casuarinas (Casuarina cunninghami; C. equisetifolia; C. tenuissima corte dos vasos lenhosos que mistura à serragem e as fezes
e C. torulosa: Casuarinaceae); guapuruvu (Schizolobium excelsum:
•Árvores: quebram-se facilmente pela ação dos ventos ou
Leguminosae); Massaranduba (Mimusops sp.: Sapotaceae); Pinheiro-
do-paraná (Araucaria angustifolia: Coniferae); Plátano (Platanus secam pelo bloqueio do fluxo de seiva resultante de
orientalis: Platanaceae) e Tajuba (Clorophora tinctoria: Moraceae). ataques múltiplos no mesmo tronco.

MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA


MANEJO DOS BROQUEADORES DE
MADEIRA VIVA BROCA--DAS-
BROCA DAS-MIRTÁCEAS

BROCA--DAS
BROCA DAS--MELIÁCEAS • Fazer o corte imediato das árvores infestadas

•Eliminar as plantas atacadas no viveiro ou efetuando a poda e • Secagem mesmo natural de madeiras causa a mortalidade
destruição dos ramos atacados.
dos insetos /carvão
•Meliáceas resistentes à broca ( Toona ciliata var. Australis)
BROCA--GIGANTE-
BROCA GIGANTE-DOS–
DOS–EUCALIPTOS
•Combate biológico aplicados antes da penetração das lagartas nos
ramos (Trichograma spp./para ovos e Hypomicrogaster hypsipylae para adulto) • Manter os troncos das árvores sempre livres de cipós
•Armadilha luminosa • Inseticida na galeria limpa/ seringa/ fechar a abertura com
•Combate químico pode funcionar muito bem em ambientes de viveiro barro ou cera/ataque em árvores isoladas.

MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA


MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA
BESOUROS--DE-
BESOUROS DE-AMBRÓSIA
CUPIM--DO-
CUPIM DO-CERNE
•Espécies adequadas ao clima e ao solo para evitar o estressamento
•Melhoria das técnicas de cultivo das essências florestais
•Plantio enfraquecidos (fogo, geadas e secas prolongadas)/colhidas
(fisiologicamente enfraquecidas) imediatamente para evitar a instalação e proliferação dos insetos
•Seringueiras, deve-se proteger a extremidade do toco porta-enxerto •Árvores intensamente infestada: destruir imediatamente no local para
com uma pasta protetora e de grande efeito residual nas condição de evitar o transporte e liberação dos insetos.
campo
•Ataques isolados: cortar e queimar no próprio local/enfraquecidas por
•Ao implantar um seringal, deve tratar as covas das mudas com um doenças ou danos mecânicos nas raízes.
cupinicida adequado em termos de eficiência e poder residual. •Serrarias/secagem com casca/atraente: descascamento aplicação de

inseticidas (repelir)

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MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA

BROCA--AUSTRALIANA
BROCA AUSTRALIANA--DO-
DO-EUCALIPTO VESPA--DA-
VESPA DA-MADEIRA
•Madeira cortada, evita-se a postura de ovos do inseto descascando- •Medidas silviculturais adequadas- desbaste seletivo (não
se os troncos imediatamente após a derrubada das árvores antecedendo revoada)

•Espécies resistente •Não realizar desbaste em períodos que antecedam à época de

CYDIA ARAUCARIAE
ARAUCARIAE;; C. TRIFASCICOLANA E C. revoada dos insetos adultos (novembro a dezembro)
CURITIBANA •Evitar a implantação de povoamentos em terrenos íngremes, o que
•Expurgo da semente dificulta a realização das práticas culturais;

•Feromônio sexual/ Inimigo natural •Minimizar as lesões às árvores durante a realização das práticas
silviculturais
•Parasitas da broca: Leskiella sp. e Gymnocarcelia (moscas)

MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA MANEJO DOS BROQUEADORES DE MADEIRA VIVA

•Ibalia leucospoides (Hymenoptera: Ibalidae) parasitóide de ovos e larvas

•Nematóide Deladenus siricidicola (Nematoda: Neotylenchidae), que age MOSCA--DA-


MOSCA DA-MADEIRA
esterilizando as fêmeas da Vespa-da-madeira/ inoculação entre 7 e
•Espécies conhecidamente resistentes
20ºC e não proceder a aplicação em dias chuvosos
•Há evidências de que as obstruções das galerias por algum meio e a
•Árvores-armadilhas (estressamento) para a detecção precoce de S.
injeção de inseticidas nas entradas das mesmas podem surtir efeitos
noctilio/ pontos para a liberação de inimigos naturais.
se usados na época de empupação.
•Essas árvores deverão ser instaladas entre os meses de agosto e
outubro, ou seja, dois meses antes do pico populacional dos adultos
da vespa-da-madeira,

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