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UNIVERSIDADE DO EXTREMO SUL CATARINENSE

CURSO DE FARMÁCIA
DISCIPLINA DE FARMACOBOTÂNICA

NOÇÕES DE ANTOMIA E
MORFOLOGIA DO CAULE
Prof. Dr. Guilherme Alves Elias
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
CARACTERÍSTICAS GERAIS FUNÇÕES
▪ Normalmente aéreos (exceção: ▪ Produção e sustentação das
bulbos, rizomas, tubérculos) folhas, flores e frutos.
▪ Geralmente aclorofilados ▪ Condução e distribuição de água
(Exceção: caules herbáceos - e nutrientes.
fototropismo positivo).
▪ Armazenamento de reserva (as
▪ Geotropismo negativo. vezes).
▪ Propagação vegetativa (as vezes).
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Divisão do Caule

Caule de um esporófito jovem


divide-se em:
▪ hipocótilo - porção entre os
cotilédones e a radícula
▪ epicótilo – porção acima dos
cotilédones e abaixo das folhas
seguintes (= primeiro entrenó).
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Divisão do Caule
Gema terminal
▪ Corpo dividido em nós (saída
▪ situada no ápice, constituída por
das folhas) e entrenós (entre meristema e primórdios foliares;
dois nós consecutivos). ▪ promove o crescimento.
Gema lateral ou axilar
▪ Presença de folhas e gemas (=
▪ situada na axila de folhas;
botões vegetativos). ▪ originam ramos laterais, folhas e flores;
▪ muitas vezes, permanece dormente.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Divisão do Caule
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto à ramificação

1. Indivisos: caules que não se 2.1 Mopodial

ramificam (ex. Zea mays). ▪ Gema terminal persistente.

2. Ramificados: ▪ Predomínio de um eixo principal


sobre os ramos laterais que surgem
abaixo da extremidade.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto à ramificação

2.2 Simpodial

▪ A gema terminal é de curta duração, ▪ O eixo da planta é formado por


substituída por uma gema lateral que passa a tecido originado das diversas
ser a principal; gemas que se substituíram.

▪ Logo, a gema lateral é substituída por outra


lateral, e assim por diante;
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto à ramificação
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto à ramificação
▪ Geralmente nas plantas inferiores.
2.3 Dicásio

▪ Duas gemas laterais do caule principal


crescem mais o que a gema terminal,
formando ramos;

▪ Depois, duas gemas em cada um desses


ramos crescem mais, e assim por diante;
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat

1. Aéreos

1.1 Eretos: desenvolvimento quase na vertical;

a) Tronco: Lenhoso, resistente, cilíndrico ou cônico e ramificado;

b) Haste: Herbáceo ou fracamente lignificado e pouco resistente;


MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat
a b
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat

1.1 Eretos:

c) Estipe: d) Colmo:

▪ Lenhoso e resistente, cilíndrico longo; ▪ Silicoso, cilíndrico;

▪ Em geral, não ramificado, com capitel ▪ Com nós sólidos, bem marcantes e
de folhas na extremidade; entrenós geralmente ocos;
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
c Quanto ao habitat c
d
1.1 Eretos:

c) Estipe:

▪ Lenhoso e resistente, cilíndrico longo;

▪ Em geral, não ramificado, com capitel


de folhas na extremidade;
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat

1.2 Rastejantes: caules apoiados e paralelos ao solo,


com ou sem raízes de trechos em trechos
(abóbora);
a) Estolão
▪ caules alongados, crescendo ao longo da superfície
do solo;
▪ desenvolvem raízes e parte aérea nos nós.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat
a) Trepadores volúveis
1.3 Trepadores: caules que
▪ quando entram em contato com um
sobem ou se enroscam num suporte, fazem movimentos em
suporte por meio de espiral, enrolando-se no mesmo;
elementos de fixação
▪ crescimento no sentido horário/anti-
(gavinhas – chuchu). horário.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat
2.2 Tubérculos:
2. Subterrâneos
▪ Caule ovoide, com gemas
2.1 Rizomas:
ou olhos nas axilas de
▪ Caule geralmente horizontal, emitindo de
escamas ou suas cicatrizes.
espaços em espaços brotos aéreos folhosos.
▪ Dotado de reservas
▪ Dotados de nós e entrenós, gemas e
nutritivas como amido.
escamas, podendo emitir raízes.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat

2.1 2.2
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat

2.3 Bulbo:

▪ Formado por um eixo cônico que constitui o Bulbilho:

prato (caule), dotado de gema e rodeado ▪ Apresenta um grande


por folhas modificadas, em geral com número de pequenos
acúmulo de reservas. bulbos.

▪ Possui raízes fasciculadas na base.


MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao habitat
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao desenvolvimento

1. Erva: caule pouco desenvolvido e de pequena


consistências.

2. Subarbusto: arbusto pequeno, de até 1 m de


altura, com base lenhosa e o restante herbáceo.

3. Arbusto: Tamanho médio inferior a 5 m, resistente


e lenhoso inferiormente e tenro superiormente.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Classificação
Quanto ao desenvolvimento

4. Árvore: tamanho grande, superior a 5 m,


geralmente com tronco nítido e despido de ramos
na parte inferior.

5. Liana: cipó trepador sarmentoso (= um único ponto


de fixação), as vezes atingindo muitos metros de
comprimento.
MORFOLOGIA EXTERNA DO CAULE
Modificação dos caules

Gavinhas, Espinhos, Rastejantes, Trepadores, Subterrâneos;

Cladódios ou filocládios

▪ Caules carnudos, verdes, achatados e até laminares.

▪ Assumem a função assimilatória, substituindo as


folhas.
ANATOMIA DO CAULE
Meristemas

Tecidos vegetais
Tecidos definitivos

Primários -Tem origem embrionária e mantêm a capacidade de divisão,


podem ser divididos em protoderme, meristema
fundamental e procâmbio. São estes que, por diferenciação
Meristemas originam tecidos definitivos primários.

Secundários -Tem origem em células de tecidos definitivos primários que


readquirem a capacidade de se dividir. As células são
geralmente mais alongadas que as do primário. São
responsáveis pelo engrossamento dos órgãos vegetativos.
Parênquimas

Tecidos de revestimento
Tecidos definitivos
Tecidos vasculares

Tecidos de suporte

1. Estrutura primária do caule


O caule consiste de três sistemas de tecidos:
▪ Dérmico (Epiderme).
Transporte da seiva bruta
▪ Fundamental (córtex e medula). (sais minerais água)
Transporte da seiva elaborada
▪ Vascular (xilema e floema). (substância aquosa rica em substâncias orgânicas)
Xilema Floema
ESTRUTURA PRIMÁRIA
Caule de dicotiledônea
ESTRUTURA PRIMÁRIA
Caule de monocotiledônea

O caule das monocotiledôneas não é dividido em casca e cilindro


central e os feixes condutores são encontrados tanto na periferia
como na parte central do caule e colaterais fechados pois entre o
xilema e o floema não existe câmbio (não possui crescimento
secundário).

Exemplos de monocotiledôneas: bambu; cana-de-açúcar; grama;


milho; arroz; cebola; gengibre; coco; palmeiras.
ESTRUTURA SECUNDÁRIA
Caule de dicotiledônea
ESTRUTURA SECUNDÁRIA DO CAULE
Câmbio vascular
Crescimento em espessura Floema Xilema
devido à atividade do câmbio
vascular (= meristema situado
no interior do caule, entre o
xilema e o floema.

Feixe vascular Floema


INÍCIO DO CRESCIMENTO SECUNDÁRIO
1. Formação do câmbio fascicular

2. Formação do câmbio interfascicular


Formação de xilema e floema secundário e da periderme

Câmbio interfascicular
Câmbio fascicular
Fibras
Líber duro
Líber mole

Córtex
Periderme
Pau D’alho Quina
•Auxiliar no tratamento da malária;
•Melhorar a digestão;
Afrodisíaco, antibacteriano, antisséptico, antifúngico, anti- •Ajudar a desintoxicar o fígado e o organismo;
inflamatório, antimicrobiano, aromático, descongestionante, •Ação antisséptica e anti-inflamatória;
desodorante e emoliente, entre outras propriedades, o chá das •Combater a febre;
folhas de Pau D'Alho é utilizado no combate à gripe e o •Reduzir dores no corpo;
cozimento das folhas e raspas da madeira é usado para banhar •Auxiliar no tratamento de angina e taquicardia.
tumores
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