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SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ


INSTITUTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS BIOLÓGICAS
(UAB/CAPES/UFPA)

MÓDULO: MORFOFISIOLOGIA VEGETAL

UNIDADE I: AULA RAIZ - ESTRUTURA RADICULAR


DEFINIÇÃO, FUNÇÃO, ORIGEM, CARACTERÍSTICAS GERAIS,
CLASSIFICAÇÃO, ADAPTAÇÕES E IMPORTÂNCIA

Profa. Dra. Adriana Paula da Silva Souza


DEFINIÇÃO
RAIZ é órgão do vegetal subterrâneo ou

seja, tipicamente se encontra abaixo da superfície

do solo, responsável pela Fixação, Absorção e

Transporte de água e nutrientes. Com funções de

Estabilidade e Equilíbrio nas plantas aquáticas.


FUNÇÃO Porção subterrânea da planta especializada em:

Fixar a planta ao solo


Absorção e distribuição de nutrientes
Água (H2O) e Minerais.

OUTRAS FUNÇÕES:
➢ Armazenamento de
➢ reservas nutritivas;
➢ Aeração;
Beterraba
➢ Funcionar como órgão de reserva:
Ex: Cenoura, beterraba, batata doce etc..
CARACTERÍSTICAS GERAIS

➢ Órgão não segmentado;

(sem a região de nós e entrenós)

➢ Não apresenta folhas e gemas;

➢ Subterrâneo e aclorofilado (maioria);

➢ Presença de coifa e pelos radiculares;

➢ Geotropismo positivo.
ORIGEM ENDÓGENA (origem embrionária)

Fanerógamas (Gimnospermas e Angiospermas)

As raízes tem origem endógena no embrião


(origem embrionária)

O precursor da raiz no embrião é a radícula, primeira parte


da semente a emergir durante a germinação.
➢ Origem endógena da raiz a Ao germinar da semente, a
partir da radícula do embrião
radícula estende-se por
divisões e alongamentos
celulares formando
RAIZ PRIMÁRIA

Raiz
Semente de Angiosperma
(radícula)
ORIGEM ENDÓGENA DA RAIZ

Semente de Semente de
Monocotiledônea Dicotiledônea
ORIGEM DAS RAÍZES

ORIGEM EXÓGENA DA RAIZ


Quando não se originam da radícula do embrião, mas de outras
partes aéreas das plantas.
CLASSIFICAÇÃO QUANTO A ORIGEM
➢ Raízes Normais (origem endógena - ➢ Raízes Adventícias: (origem
embrionária): exógena - não embrionária)
➢ Se desenvolvem a partir da ➢ Podem formar-se em partes
radícula. aéreas do vegetal.
➢ Raiz principal ➢ Ex: em caules aéreos
ramificações
TIPOS DE SISTEMAS RADICULARES
Raiz Fasciculada Raiz Pivotante
Monocotiledôneas Dicotiledôneas

➢ Sistema radicular; é um conjunto de raízes –


SISTEMA RADICULAR FASCICULADO
Raízes adventícias: são
Monocotiledôneas;
aquelas que não se originam
A raiz primária (atrofia)
da radícula, mas de outro
não tem desenvolvimento órgão, em geral do caule
acentuado, e várias novas
raízes formam-se a
partir do eixo caulinar do
embrião, crescendo rapida
mente, tornando-se
indistintas.
SISTEMA RADICULAR PIVOTANTE OU AXIAL

Dicotiledôneas
A raiz primária originada da
radícula do embrião
forma uma raiz principal, que
penetra perpendicularmente ao
solo, emitindo raízes
secundárias, que são mais finas
que a principal.
CONSTITUIÇÃO (Morfologia externa)

5. Colo ou coleto

4. Zona suberosa ou de ramificação

3. Zona pilífera ou dos pêlos radiculares

2. Zona lisa, distensão ou de crescimento

1. Coifa ou caliptra
MORFOLOGIA EXTERNA 1. COIFA
Formato: de dedo ou dedal
Função: proteção contra o
atrito e transpiração

2. ZONA LISA
Região meristemática: células
em divisão celular promovendo
o crescimento da raiz

2. Zona lisa, distensão


1. Coifa ou caliptra
MORFOLOGIA EXTERNA
3. ZONA PILÍFERA: presença de
pelos, que são prolongamentos
da epiderme, com função de
absorção

3. Zona pilífera
MORFOLOGIA EXTERNA
5. COLO OU COLETO

5. COLO: região de transição


entre a raiz e o caule

4. Zona suberosa

4. ZONA SUBEROSA
Região suberificada
Função: formar as raízes
secundárias
MORFOLOGIA EXTERNA
CLASSIFICAÇÃO

Quanto ao Habitat:

➢ Aéreas
➢ Aquáticas
➢ Subterrâneas
RAÍZES AÉREAS: TIPO SUPORTE
Ex: Sumaúma - Ceiba pentandra (L.) Gaertn
➢ Raízes tabulares:
São raízes que oferecem equilíbrio
à planta, pois a planta cresce em
solo pantanoso/úmido ou
apresenta uma base muito
pequena em relação a sua altura

➢ Adaptação para estabilidade da planta


RAÍZES AÉREAS: TIPO SUPORTE
• Raízes escoras:
Partem do caule p/ sustentação da planta no solo
úmido.

Euterpe oleraceae Cecropia sp Rizhophora mangle

• Adaptação para sustentação da planta


RAÍZES AÉREAS Pneumatóforos
➢ Raízes respiratórias
Avicennia tomentosa
Surgem de raízes que
crescem horizontalmente ao
solo, sendo geotropicamente
negativas. Possuem poros que
permitem a absorção do
oxigênio atmosférico.

➢ Adaptação para Respiração


RAÍZES AÉREAS
➢ Raiz sulgadora (haustório)
Ex: erva de passarinho
RAÍZES AQUÁTICAS

Aguapé - Eichhornia crassipes

Victoria amazonica
• Função: proporcionar
Estabilidade e Equilíbrio
RAÍZES SUBTERRÂNEAS

Raiz fasciculada: Raiz axial ou


Pivotante:
RAÍZES SUBTERRÂNEAS
Raízes tuberosas:
São raízes intumescidas,
especializadas como órgãos de
reserva. As reservas podem ficar
acumuladas na raiz principal
(Ex: cenoura, beterraba ou nabo), ou
nas laterais (Ex: batata doce e
mandioca).
RAÍZES SUBTERRÂNEAS
➢ Raízes tuberosas

Rabanete

Cenoura (Daucus carota)

Nabo (Brassica napus)


➢ Adaptação para armazenar substância de reserva
EXTENSÃO DO SISTEMA RADICULAR
A profundidade A distância que se
que penetra no solo espalha lateralmente

Umidade
Temperatura
Composição do solo

➢ Raízes de Reserva: ocorrem nos primeiros 15 cm do


solo, rico em matéria orgânica.
IMPORTÂNCIA ALIMENTAR
➢ Alimentar: Fontes de Nutrientes

Beterraba (Beta vulgaris)

Cenoura (Daucus carota)

➢ Substância de reserva
Nabo
IMPORTÂNCIA MEDICINAL

➢ Espécie: Panax ginseng C. A. Meyer


➢ Nome Vulgar: Gigeng
➢ Parte utilizada: Raiz de Cor amarelo-acinzentada
➢ Formato: fusiforme ou cilíndrico/retorcida
Após secagem e pulverização: pó amarelo-claro.
➢ Indicações: ação anti-inflamatória, antioxidante e
anticancerígena, melhoria das funções psicológicas,
imunológicas e outras associadas ao diabetes
IMPORTÂNCIA MEDICINAL

➢ Nome Científico: Beta vulgaris L.


➢ Família botânica: Quenopodiaceae
➢ Nome Vulgar: Beterraba
➢ Parte Utilizada: Raízes, folhas e talos

➢ Indicações: Afecção do fígado,


anemia, artrite, auxiliar a digestão, e
anticancerígeno.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

➢ CARNEIRO, Danilo Maciel. Essência da saúde: plantas medicinais e alimentação.


1ª edição. Goiânia, Ciência da saúde editora de livraria ltda, 2014.
➢ PATRO, Raquel. Beterraba -Beta vulgaris esculenta. Jardineiro.net.2013.
Disponível em: < http://www.jardineiro.net/plantas/beterraba-beta-
vulgarisesculenta. html>. Acesso em: 13fev.2017.
➢ VIDAL, W.N. & VIDAL, M.R.R. Botânica-Organografia: quadros sinóticos
ilustrados de fanerógamos. Uni-versidade Federal de Viçosa. 124p. 2005.

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