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Materiais

 Papel colorido para origami


 1 Pacote de gesso
 Anel de cano de PVC, ou de garrafa PET de 2 litros
 Frasco para misturar
 Glitter dourado
 1 folha papel colorido (para montar mosaico morcego)
 Papéis preto e branco para mosaico do morcego
 Giz escolar
 trena

Legenda

Explorando
Atividade na Atividade
Vamos brincar! Links espaços de
apostila manual
ciências

Versículo de memória
“Como o leão e a leoa eles se abaixam e se
deitam, quem ousará despertá-los? Sejam
abençoados os que os abençoarem, e
amaldiçoados os que os amaldiçoarem!”
Números 24:9

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Objetivos: conhe-
Unidade 3: cer os mamíferos e
compreender as
características ge-
A. MAMÍFEROS rais do grupo.

Os animais conhecidos como mamíferos estão dentro da classe Mammalia. Apresen-


tam sistema nervoso bem desenvolvido e muitas características anatômicas e fisioló-
gicas que os permitem ocupar praticamente todos os ambientes da Terra capazes de
sustentar vida.
Existem cerca de cerca de 5.700 espécies de mamíferos, o que é pouco quando com-
parado com outros grupos dentro do Reino Animalia (mais de 10.000 espécies de
aves, 28.000 espécies de peixes e 1.100.000 espécies de insetos). Porém, classe Mam-
malia está entre os grupos biologicamente mais diferenciados no reino animal.
Os mamíferos são extraordinariamente diversos quanto ao tamanho, forma e função.
Seu tamanho pode variar de apenas 2 g (pequeno morcego Craseonycteris thon-
glongyai da Tailândia), a mais de 170 toneladas, nas baleias-azuis.

Variação de tamanho dentro do grupo dos mamíferos: um musaranho com cerca de 15g, e uma
baleia azul que pode chegar a 180 toneladas.

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CARACTERÍSTICAS COMPARTILHADAS DOS MAMÍFEROS
As fêmeas de todas as espécies apresentam lactação, alimentando seus filhotes pela
produção de leite. Os filhotes se desenvolvem dentro da barriga da mãe até o nasci-
mento, e são amamentados enquanto pequenos.
Os mamíferos apresentam cuidado parental, o que significa que por um longo tempo
os pais cuidam dos filhotes até que eles cresçam e se desenvolvam, ensinando-os as
ferramentas de sobrevivência. Um bebê humano precisa de cuidado parental por mais
tempo que qualquer outro mamífero, exceto pelo elefante.

O nome da classe Mammalia vem do latim mamma, fazendo alusão à amamentação


que ocorre somente neste grupo.

Possuem caixa craniana completamente fechada ao redor do encéfalo.


Apresentam diversos tipos de dentes (heterodontia). E a maioria dos mamíferos pos-
suem dois conjuntos de dentições durante a vida (dentição de leite e dentes perma-
nentes), isso é chamado difiodontia. Os mamíferos são os únicos animais que masti-
gam e engolem um discreto bolo de alimento.

Crânio de um felino, evi-


denciando a diferença en-
tre os dentes—
heterodontia.
Mamíferos possuem den-
tes incisivos, caninos, pré-
molares e molares.

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A maioria dos mamíferos consegue nadar, mas alguns, como as baleias, vivem exclusi-
vamente no ambiente aquático. Esses mamíferos aquáticos possuem uma grossa ca-
mada de gordura abaixo da pele para auxílio da manutenção da temperatura corporal.
Cerca de 1/4 de todas as espécies de mamíferos são morcegos. São os únicos mamífe-
ros com a capacidade de voo verdadeiro, usam asas feitas de pele que o empurram pe-
lo ar. Alguns, como os esquilos voadores, deslizam usando uma trama de pele peluda
entre os pulsos e os tornozelos.

Desenho, à esquerda, retratando um “voo” do esquilo planador. Imagem à direita mos-


trando a pele que vai dos pulsos ao tornozelos.

Mamíferos são endotérmicos (têm a capacidade de manter a temperatura corpórea


constante). E parte dessa habilidade em viver em ambientes inóspitos se deve as pro-
priedades do seu tegumento. A textura dessa superfície varia desde a lisa (em peles
cobertas com pelos, e peles sem pelos como nos cetáceos) até rugosas, secas e enru-
gadas.
A pele é mais fina nas partes em que é bem protegida por pelos, mas, em locais sujei-
tos a muito contato e uso (palma das mãos ou sola dos pés, por exemplo) a camada
mais externa torna-se mais espessa com queratina.
O tegumento dos mamíferos apresenta, além dos pelos, glândulas sebáceas, e estru-
turas derivadas da queratina da epiderme que incluem unhas, garras, cascos e chifres.

Pele recoberta por


pelos. Unhas de um
primata e fortes gar-
ras adaptadas para
cavar, na toupeira.

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Pelagem
Função primária dos pelos é o isolamento térmico, mas também serve para camufla-
gem, comunicação e sensação (vibrissas).

Camuflagem disruptiva. A estratégia é confun-


dir o predador. Imagine essas zebras correndo
juntas, fugindo de um ataque? O predador não
consegue distinguir onde começa e termina
um indivíduo, sem contar que as listras em
movimento podem deixar qualquer um des-
norteado!

Vibrissas crescem sobre o focinho, e ao redor


dos olhos. São pelos sensoriais que proporcio-
nam um sentido tátil. São particularmente lon-
gas nos mamíferos noturnos e fossoriais.

Outro tipo de modificação do pelo são os espi-


nhos, como no porco-espinho, équidnas e ou-
riços. Quando acuado, o porco-espinho norte-
americano (foto inferior) vira de costas para
seu perseguidor e o ataca com sua cauda reco-
berta de espinhos. Os espinhos, que são pre-
sos frouxamente, quebram-se na base quando
penetram na pele e, com a ajuda de ganchos
de pontas viradas para trás, penetram profun-
damente nos tecidos do predador.

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Cornos e chifres

Em algumas famílias podem ocorrer vários tipos de


cornos ou estruturas semelhantes. O corno verdadei-
ro, dos membros da família Bovidae (carneiros e va-
cas), é uma parte central óssea que sai do crânio e re-
cebe um revestimento oco de epiderme queratiniza-
da. Esses cornos verdadeiros não são trocados e nem
ramificados, crescem continuamente e ocorrem nos
dois sexos.
Os chifres dos cervos e veados da família Cervidae
são ramificados e compostos por ossos sólidos quan-
do maduros. Apenas os machos das espécies produ-
zem chifres, que caem logo após a estação reproduti-
va.
O corno dos rinocerontes consiste em um aglomera-
do de pelos que são cimentados uns aos outros; tais
estruturas não se prendem ao crânio.

Glândulas
Os mamíferos são os que têm a maior variedade de glândulas dentre os vertebrados,
são de quatro classes: sudorípara, odorífera, sebácea e mamária.
As glândulas mais características da Classe Mamma-
lia são as que dão nome ao grupo, as glândulas ma-
márias. Elas são constituídas por um sistema de duc-
tos por onde passam o leite. O leite apresenta uma
constituição adequada de proteínas, carboidratos e
vitaminas, fundamental para o desenvolvimento do
filhote.
Na maioria dos mamíferos, o leite é secretado das glândulas mamárias pelo mamilo.
Nos monotremados, por não terem mamilos, o leite é secretado sobre os pelos do
ventre da mãe, onde os filhotes lambem.
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As glândulas sudoríparas não estão presentes em outros vertebrados, e ocorrem em
grande parte da superfície do corpo na maioria dos mamíferos. Elas podem atuar na
regulação da temperatura corporal (écrinas) ou possuírem atividade relacionada com
o ciclo reprodutivo (apócrinas).
As glândulas odoríferas ocorrem em quase todos os mamíferos, possuem localização
e função variadas. São usadas na demarcação de território (se você tiver um cãozinho
de estimação observe como ele se esfrega nas paredes), para comunicação com
membros da mesma espécie, para aviso ou defesa.
A maioria dos mamíferos tem glândulas sebáceas por todo o corpo (nos humanos são
mais numerosas no couro cabeludo e na face), eles normalmente estão associadas
aos folículos pilosos. Essa gordura serve como revestimento para manter a pele e os
pelos flexíveis e brilhantes.

Esquema evidenci-
ando o pelo e a
glândula sebácea
associada ao folí-
culo piloso.

Outras características que podemos citar como peculiares aos mamíferos:


 Presença de dois grandes pulmões, e o músculo diafragma - que possibilita venti-
lação eficiente dos pulmões;
 Um sistema circulatório de alta eficiência (coração com quatro câmaras—dois
átrios e dois ventrículos);
 Conjunto de ossos (bem pequenos) da orelha média para a transmissão de sons
à orelha interna;
 Cérebro grande;
 Adaptações para um sentido de olfato altamente desenvolvido;
 Presença de uma placenta intrauterina vascular para alimentar o embrião.

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HÁBITOS ALIMENTARES
Os mamíferos possuem aparelho digestório complexo, começando pela boca que
apresenta dentição que varia de acordo com o hábito alimentar. Quando se alimen-
tam exclusivamente de plantas são chamados de herbívoros, quando se alimentam
somente de carne são os carnívoros, já os que se alimentam de frutas, vegetais e car-
ne, são os onívoros.

Alguns herbívoros
apresentam prefe-
rência somente por
algumas partes do
vegetal, como frutos,
sementes ou folhas,
outros, porém, são
mais generalistas.

Os carnívoros
possuem dentição
e mandíbulas for-
tes para agarrar e
destrinchar a pre-
sa. São animais
predadores.

Os onívoros se alimen-
tam de tudo, de vegetais
e de outros animais tam-
bém. Incluídos neste gru-
po estão o homem, lobo-
guará, quati, porco, al-
guns primatas, gambá,
mão-pelada, urso, etc.

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Os mamíferos silvestres brasileiros, considerados de maior diversidade do planeta,
dificilmente são vistos na natureza. Isso se deve aos hábitos discretos desses ani-
mais, na maioria crepusculares e noturnos. Porém, eles deixam alguns sinais típicos
no ambiente como rastros, fezes, tocas e restos alimentares. As pegadas são os si-
nais de interpretação mais confiável, podendo chegar ao nível de espécie.

Na região neotropical, diferente das pai-


sagens africanas mostradas em filmes e
documentários, somente um pesquisa-
dor de campo persistente consegue visu-
alizar algum mamífero de médio e gran-
de porte. Entretanto, durante sua ativi-
dade, esses animais deixam sinais típicos
no ambiente, como rastros, fezes, tocas
e restos alimentares. Esses sinais, corre-
tamente interpretados, podem dar uma
informação segura sobre quem os pro-
duziu.
As pegadas são os sinais encontrados
com maior frequência, e de interpreta-
ção mais confiável.
Na primeira foto temos as pegadas de
mão-pelada (Procyon cancrivorous). Na
fotografia do meio temos uma toca com
suas medidas sendo tiradas para posteri-
or identificação da espécie que a cons-
truiu (possivelmente um tatu peba,
Euphractus sexcinctus, ou tatu galinha,
Dasypus novemcinctus). Marcas das gar-
ras de algum espécime na terceira foto,
para uma interpretação correta teria que
se buscar outros indícios para assegurar
a identificação da espécie.

(Fotos: Prado-Cacau, M.R.)

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Dentro da Classe Mammalia são agrupados diferentes ordens e famílias, incluindo:
 Marsupiais, que dão a luz filhotes prematuros.
Os filhotinhos, ainda bem frágeis caminham até
o marsúpio e ali se alimentam e terminam seu
desenvolvimento.
 Insetívoros, pequenos mamíferos que se se ali-
mentam de insetos, aranhas e minhocas.
 Morcegos, os únicos mamíferos que possuem
asas de verdade e são capazes de voar.
 Rodentia, pequenos mamíferos com uma longa
cauda, pés com garras, longos bigodes e dentes
com crescimento contínuo. Existem mais espé-
cies de roedores do que qualquer outra ordem
dentro de Mammalia.
 Cetáceos - baleias, golfinhos e botos. Mamífe-
ros aquáticos que respiram por pulmões.
 Carnívora, animais com longos e afiados dentes
caninos. A maioria alimenta-se de carne, mas
alguns desta ordem também são herbívoros,
como no caso do urso panda.
 Ungulados, mamíferos que apresentam casco,
são conhecidos por sua velocidade e força.
Apresentam focinho comprido, dentes próprios
para triturar o duro material vegetal e corpo em
formato de barril.

Na continuação desta unidade entraremos em mais detalhes sobre alguns grupos de


mamíferos, nos vemos lá!

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Animais domésticos.
Alguns mamíferos são de grande importância para o homem, são os chama-
dos animais domésticos. Foram acostumados com a presença do homem e
são úteis em atividades rurais, como animais de companhia e guarda, como fonte de
alimento e vários tipos de produtos. Você pode citar alguns animais domésticos?
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________

Observe o diagrama abaixo para fazer o origami de uma vaca. Pesquise e responda:
de que formas o homem utiliza o gado?

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Animal de estimação.
Você já observou que quando falamos de animal de estimação geralmente é
um mamífero? E você, possui um ou deseja ter um mamífero de estimação?
Observe as características desse animal, pesquise outras informações e preencha o
questionário abaixo.

Nome: ______________________________________________ idade: _____________


Alimentação: ___________________________________________________________
Local onde vive: _________________________________________________________
Hábitos diurnos: ________________________________________________________
Hábitos noturnos: _______________________________________________________
Sexo: ____________________________ número de filhotes: ____________________
Brincadeiras preferidas: __________________________________________________
Classificação taxonômica: _________________________________________________
Faça um desenho no capricho do seu animal de estimação:

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Atividade externa de observação de mamíferos.
Para esta atividade será necessário uma visita a um zoológico ou museu de
zoologia. Use esta ficha e preencha de acordo com o que foi observado na
visita (ou leve uma prancheta e preencha durante a visita mesmo).

UM MAMÍFERO QUE POSSUI...

PELOS

PINTAS

ESPINHOS

CASCOS

CHIFRE/CORNO

GARRAS

VIBRISSAS

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Imitando os animais.
Se você pudesse escolher, que mamífero seria? Vamos brincar de imitar esse
animal. Faça uma pesquisa rápida sobre os hábitos desse animal. Como ele
se locomove? De que forma ele se comunica, e qual tipo de som ele exibe para isso?
No espaço abaixo cole uma imagem deste animal, ou faça um desenho (use a criativi-
dade!):

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Moldes em gesso.
Um dos métodos para se coletar dados de mamíferos e identificar posterior-
mente é fazendo moldes da pegada em gesso. Procure por uma pegada que
esteja bem marcada (pode ser até mesmo do seu animal de estimação), coloque um
anel de PVC de tamanho adequado, circundando todo o rastro. Essa etapa deve ser
feita com cuidado para não danificar a pegada. O anel precisa ser afundado de manei-
ra superficial.
Proceda com a mistura de gesso e água em um recipiente (se o substrato estiver mui-
to úmido coloque menos água, e caso esteja muito seco e quente, pode-se fazer a
mistura mais mole de forma que ela se distribua melhor no rastro). Ao colocar a mis-
tura do gesso faça com cuidado, nunca sobre a pegada, mas despeje lateralmente, e
certificando que a mistura está cobrindo toda a área.
Agora é só esperar secar, retirar o anel e obter o seu molde da pegada. Lave-o para
eliminar os resíduos do substrato e está pronto, neste momento você pode buscar
pela identificação da espécie, caso ainda não saiba.
Faça uma foto do seu molde e cole no espaço abaixo.

Identificação:
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O que nós aprendemos?

Quais as características típicas dos mamíferos? É um grupo uniforme ou


existe uma grande variação entre eles? Como podemos registrar a pre-
sença deles?
É hora de registrar o que foi aprendido, converse com a criança e anote
aqui suas impressões, ou ela mesma pode anotar caso esteja apta.

Aprofundando!

Vamos pesquisar sobre o cuidado parental dos elefantes?

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Objetivos: conhe-

Unidade 3: cer os eutérios


terrestres (exceto
a ordem Primates)

B. EUTÉRIOS de ocorrência no
Brasil.

CLASSE SUBCLASSE INFRACLASSE

PROTOTHERIA
MAMMALIA
METATHERIA
THERIA

EUTHERIA

Os mamíferos são divididos em duas subclasses e duas infraclasses. Os prototérios


são os conhecidos como monotremados, mamíferos bem peculiares, com pelos, bi-
cos semelhante à patos e colocam ovos. Os marsupiais, cujo representante mais fa-
moso é o canguru, estão dentro dos metatérios. Já os eutérios são os mamíferos pla-
centários, que engloba diversas ordens, nesta seção iremos falar deles em maiores
detalhes.
Todos os Térios possuem placenta, formada por membranas extraembrionárias do
feto. Os eutérios, também conhecidos como placentários, são os que dão à luz filho-
tes. É o grupo mais diversificado dentro dos mamíferos, e são encontrados em todo o
mundo. Todos os filhotes de eutério precisam do período de lactação, essencial para
obtenção de anticorpos vindos da mãe, bem como para nutrição.
Nas próximas páginas iremos estudar algumas ordens de mamíferos dentro da in-
fraclasse Eutheria:
CLASSE MAMMALIA
SUBCLASSE THERIA
INFRACLASSE EUTHERIA
ORDEM...
ORDEM XENARTHRA
Conhecidos como edentados, que significa “sem dentes”, porém somente os taman-
duás não possuem dentes, os demais, preguiças e tatus, tem o padrão dentário sim-
plificado. Alimentam-se de folhas (preguiças), de formigas e/ou cupins (tamanduás e
tatus).

Os tamanduás possuem a mandíbula alongada,


sem dentes e uma língua bem comprida e pega-
josa. Com fortes garras dianteiras, usam para ca-
var em cupinzeiros e formigueiros, e também
para defesa.

Conhecidos como preguiça, ou bicho-preguiça, alimen-


tam-se de galhos macios e folhas. Por causa do hábito
alimentar possuem um estômago grande e com várias
divisões, associados à bactérias que auxiliam na digestão
da celulose. Possuem hábito arborícola e movimentam-
se lentamente. Nas épocas úmidas do ano podem apre-
sentar a pelagem esverdeada, por causa das algas que se
desenvolvem entre os pelos.

A característica marcante dos tatus é a presença


da carapaça, com poucos pelos distribuídos pelo
corpo. Além de se alimentarem de formigas e cu-
pins, podem ingerir outros invertebrados, pe-
quenos vertebrados, material vegetal e até carni-
ça. São animais terrestres a fossoriais (são adap-
tados para cavar e constroem tocas debaixo do
nível do solo).

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Pinte, na figura abaixo, somente o representante da ordem XENARTHRA.

Você sabia que existiram preguiças gigantes? São animais que já foram extin-
tos, e viviam, inclusive aqui no nosso país. Clique e leia mais: Preguiças Gi-
gantescas

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ORDEM CARNIVORA
Estão incluídos nesta ordem os predadores de grande porte, excetuando-se o urso-
panda, que apresenta uma dieta essencialmente herbívora.
Os representantes dessa ordem estão distribuídos por diferentes formações vegetais,
em distintas condições climáticas. Ocorrem, naturalmente, no mundo todo
(excetuando a Austrália).
Possuem crânios, músculos e dentes adaptados para a predação. A dentição é variada
entre as espécies, os dentes caninos e o par carniceiro, especializado para o corte, são
característicos da ordem.
Muitos exercem o papel de predador de topo de cadeia, controlando o tamanho da
população de suas presas, auxiliando, assim, no equilíbrio do ecossistema.
A ordem é dividida em duas subordens: Feliformia e Caniformia.
Subordem Feliformia

São grandes predadores de vertebrados, a maioria apre-


senta pinta, rosetas e/ou listras no corpo, apresentando
uma coloração mais chamativa que os representantes da
outra subordem.
São animais solitários, a maioria apresenta hábitos notur-
nos, e precisam de uma grande área para sobreviverem.
Corpo musculoso, ágil, com membros robustos e fortes.
Apresentam garras afiadas e retráteis, que auxiliam na
captura da presa.
Alguns representantes dessa subordem: gato-doméstico,
lince, jaguatirica, gato-do-mato, onça pintada, suçuarana,
gato mourisco, leopardo, leao, tigre, guepardo.

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Vamos pesquisar sobre o maior felino existente!

Nome científico:
Nome vulgar:
Peso (média):
Área de ocorroência:
Expectativa de vida:
Ameaças:
Quantidade de indivíduos pelo mundo:

Sabia que os padrões de listras desse animal não se repetem? É como se fosse a
“impressão digital” de cada indivíduo.
Agora, você é o artista!

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Subordem Caniformia
Apresentam adaptações para a predação de vertebrados, porém possuem caninos
menores do que os Feliformia e apresentam hábito alimentar variado, muitos são oní-
voros.
Família Canidae. Espécies de médio a grande porte, cauda volumosa, focinho alonga-
do e orelhas eretas. A dieta é onívora e varia de acordo com a estação do ano. Na foto
temos o logo guará, um belo representante do cerrado e pantanal brasileiro, o maior
canídeo silvestre da América do Sul. O representante à direita é cachorro do mato vi-
nagre, uma animal raro e pouco observado na natureza. É o único canídeo silvestre
brasileiro que possui comportamento social, em grupos de 3 a 10 indivíduos.

Família Otariidae. Leões e lobos marinhos, o peso pode


variar de 60kg a uma tonelada. Apesar de serem adapta-
dos para a vida aquática, também usam o ambiente ter-
restre para reprodução e descanso. Os membros são mo-
dificados em forma de remo, olhos grandes e com boa
visão no ambiente aquático (em terra são míopes). Ma-
chos de lobo marinho formam haréns de até 15 fêmeas.

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Família Mustelidae. Possuem representantes no mundo todo, menos Antártica e Aus-
trália. Possuem corpo alongado, cabeça pequena, pelagem densa, cauda longa. Po-
dem ser terrestres, arborícolas ou aquáticos. São plantígrados, apoiam sobre as mãos
ao caminhar (diferente dos felinos e carnívoros que são digitígrados - apoiam sobre os
dedos). Apresentam um forte odor (glândula anal), utilizado para comunicação e de-
fesa. São as doninhas, iraras, furões, lontras, ariranhas.

Família Mephitidae. Representada por somente 13 espécies, de hábitos noturnos e


onívoros. Todos possuem uma glândula anal bem desenvolvida, que em situações de
ameaça, podem ejetar sua secreção com forte odor a quase 6 metros. Zorrilho, can-
gambá, jaratataca, jaritataca são os nomes comuns pelo qual esse representante bra-
sileiro da família é conhecido. Possui cauda volumosa, coloração do preto ao marrom
escuro, com uma listra branca saindo da cabeça e que se divide em duas, patas com
garras negras e longas

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Família Procyonidae. São 14 espécies distribuídas pelo continente americano. São ma-
míferos de médio porte (de 1,1 a 7,7 kg), adaptados a uma grande variedade de habi-
tats. De hábitos noturnos e solitários, com hábitos alimentares variados: néctar, inse-
tos, caranguejos e pequenos vertebrados. Têm a capacidade de escalar arvores e faze-
rem ninhos no alto para criarem os filhotes.
Guaxinim (ou mão-pelada) possui as mãos sem pelos, e quando deixam pegadas essas
se assemelham as mãos de uma criança.

Quati é uma espécie amplamente distribuída e comum no brasil. São diurnos e podem
viver em grupos de até 30 indivíduos.

Jupará (ou macaco-da-noite) ocorre em florestas densas, possui uma característica di-
ferenciada dos outros membros da família - uma cauda preênsil. A espécie passa a
maior parte do tempo em árvores, possui grande habilidade em manusear objetos
com os membros dianteiros.

61
Ligue os animais e depois, na parte inferior da página, registre o nome de ca-
da um.

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UNGULADOS
Este nome representa os mamíferos com cascos, uma formação córnea (como unha)
que reveste a extremidade do dedo. São dividido em duas ordens: Perissodactyla e Ar-
tiodactyla.

ORDEM PERISSODACTYLA
Os animais dessa ordem apoiam-se por um número ímpar de dedos nas patas (o dedo
médio é o predominante), cada um provido de um casco. Possuem crânio alongado na
parte anterior.
Família Tapiridae. Família das antas, que é constituída por apenas um gênero e quatro
espécies, presentes na Ásia e nas Américas. Na foto à esquerda temos a anta de ocor-
rência no Brasil, à direita, anta da Malásia.

Família Equidae. Representado pelos cavalos, asnos e zebras. As raças de cavalos atu-
ais vieram de tipos selvagens que existiam na Ásia, África e Europa.

Família Rhinocerotidae. Mamíferos de grande porte (com mais de uma tonelada),


com um ou dois chifres, de pele grossa, patas grossas e curtas.

63
ORDEM ARTIODACTYLA
Animais que pisam sobre dedos pares, apenas o terceiro e quarto dedo tocam o solo,
o primeiro dedo é ausente, e os demais são reduzidos. Possuem ampla distribuição
por todos biomas do planeta. A dentição é adaptada ao hábito alimentar, com redu-
ção do número de incisivos e caninos. Maioria é terrestre, constituído por caminhado-
res ou corredores. Existem espécies onívoras e herbívoros. Devido ao hábito alimentar
alguns possuem estômago simples ou composto por três ou quatro câmaras
(ruminantes). Podem apresentar cornos ou chifres. Nesta ordem estão presentes ani-
mais de grande importância econômica para o homem, como boi, porco, cabra, came-
lo. Girafa, cervos e veados, hipopótamo também estão presentes nesta ordem.

Família Tayassuidae. No Brasil temos duas espécies, o cateto (Pecari tajacu) e o quei-
xada (Tayassu pecari). Com pelagem longa e dura, focinho alongado e móvel, que ter-
mina nas narinas. São onívoros, vivem em grupo, dentro de florestas ou nos campos.

Cateto, caititu ou porco-do-mato. Apresenta uma


crina de longos pelos da cabeça até as ancas e um
colar branco sobre o pescoço. Formam grupos de
até 50 indivíduos. Como os queixadas, quando
ameaçados, batem os dentes caninos, dando im-
pressão que estão batendo os queixo.

Família Cervidae. São cervos, veados, renas, corças,


amplamente distribuídos pela Europa, Ásia, norte da
África e toda América. Herbívoros ruminantes com es-
tômago dividido em quatro câmaras. Maioria das espé-
cies com chifres recobertos por pele, que caem e se re-
novam com frequência variável. Filhotes de algumas
espécies nascem manchados de branco, padrão que
some ao crescerem. No Brasil existem espécies que
possuem chifres ramificados (galhadas), e os sem rami-
ficações. Como representantes do primeiro grupo te-
mos o cervo-do-pantanal, veado-campeiro e o veado-
da-cauda-branca. Veado mateiro, veado bororo, veado
catingueiro, veado campeiro possuem chifres sem ra-
mificações.
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Família Suidae. Porco doméstico, porco monteiro (porco asselvejado) e javali. Javalis
são originais dos bosques da Ásia, África e Europa, e foram introduzidos no mundo to-
do. Alguns possuem o canino crescendo exteriormente, são onívoros e habitam em
bosques e estepes. Jovens nascem manchados. Muitos tem uma crina na nuca. Os ja-
valis podem destruir plantações quando formam pequenos grupos.

Família Bovidae. São ruminantes, representados por ovelhas, cabras, bois e búfalos.
Búfalo tem origem no sul da Ásia, mas hoje encontra-se presente em todos os conti-
nentes, exceto nas regiões muito frias. Existe o búfalo asselvajado e o domesticado,
várias raças tem sido selecionadas na forma domesticada, sendo usadas para tração,
produção de carne e leite.

Carneiro é o nome para o macho da ovelha, seus filhotes são chamados cordeiros.
Bode é o macho da cabra, e produzem cabritos.

65
Encontre as 10 diferenças entre as duas imagens. Depois pinte o único repre-
sentante dos ungulados, da ordem Artiodactyla.

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Resposta do exercício anterior:

67
Ligue cada animal a sua sombra e depois circule o único animal que não é um
ungulado, e complete as lacunas no final da página.

O _____________________________ é um ___________________________________

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ORDEM LAGOMORPHA
Coelhos, lebres. Possuem longos dentes incisivos, de
crescimento contínuo, semelhante aos roedores. O que
diferencia é que possuem um par desses dentes cres-
cendo logo atrás do primeiro par. Precisam gastar os
dentes para mantê-los em tamanho adequado. Apre-
sentam uma ranhura em forma de Y no lábio superior.
A velocidade e agilidade é o principal mecanismo de
defesa desses animais. Herbívoros, se alimentam principalmente de gramíneas. Fa-
zem coprofagia (ingerem as fezes) para poderem fazer absorção de vitamina B. Exis-
te somente um representante de ocorrência natural no Brasil, o tapiti (Sylvilagus bra-
siliensis). Existe uma espécie europeia, o lebrão (Lepus europaeus), que foi introduzi-
da na América do Sul ,e hoje, também ocorre no nosso país.
Os coelhos cavam buracos, e fazem seus ninhos no subsolo (as lebres não apresen-
tam esse comportamento). Ajude-os no labirinto abaixo a encontrarem a toca:

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ORDEM RODENTIA
Grupo com um cerca de 2000 espécies, só no Brasil
são 235 registradas. São muito diversos, sendo a ca-
racterística da dentição um ponto em comum bem
evidente: possuem um par de forte dentes incisivos
que apresentam crescimento contínuo.
A maioria dos representantes é de pequeno porte (até 200g), e são encontrados em
todos continentes, exceto Antártida.

O esquilo é um roedor ágil, conhecido no Brasil por


vários nomes, sendo caxinguelê o mais comum.
Possui uma cauda exuberante, e quando incomoda-
dos balançam-na vigorosamente.

Os pequenos roedores são conhecidos como rato-do-


mato e camundongo. Podem se alimentar de insetos,
sementes, raízes, frutos. Maioria é crepuscular, notur-
na e solitária. Existem espécies que são terrestres, ou-
tras arborícolas, e existem as que possuem hábito se-
miaquático.
Duas espécie (Rattus rattus e Mus musculus) foram in-
troduzidas no Brasil, e hoje podem ser consideradas
pragas em algumas localidades. Vivem em habitações
humanas, frequentando bibliotecas, quartos e despen-
sas. Com grande capacidade de escalar, frequentam
forros das casas e escalam paredes. Sua ocorrência já
foi registrada em todos os Estados.

Preás e porquinhos-da-índia são de médio porte e possu-


em cauda atrofiada. No Brasil ocorre naturalmente os
preás, já os porquinhos-da-índia são utilizados como ani-
mais de estimação e são provenientes da América do
Sul, Peru. Vale lembrar que não são suínos, e sim roedo-
res, e muito menos proveniente da Índia. Esse é um belo
exemplo de como os nomes vulgares não são confiáveis.
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Capivara é o maior roedor vivente, podendo
chegar a 50 cm na altura da cernelha. Possuem
orelhas curtas e cauda bastante reduzida. Pela-
gem longa e grossa; de hábitos semiaquáticos,
se alimentam de vegetação aquática. Vivem em
bandos, sempre próximos a rios e lagos, mergu-
lham na água e nadam muito bem. Reproduzem
-se e proliferam rapidamente e se tornam abun-
dantes em locais que estejam protegidas.

As espécies de cutia (Dasyprocta sp.) têm tama-


nho grande e patas longas e afiladas. Pelos do
dorso são grandes e eriçam em situações de
alarme ou estresse. São animais terrestres, que
se alimentam de frutas, sementes, raízes e plan-
tas suculentas. Acumulam sementes em diver-
sos locais dentro do seu território, atuando co-
mo importantes dispersores de sementes.

Existem oito espécies de ouriços no Brasil, são


conhecidos como ouriço-caixeiro (Coendou
nycthemera e Coendou prehensilis), ouriço-preto
(Chaetomys subspinosus) e ouriço-peludo
(Sphigurus spp.) . Em geral são grandes roedo-
res, que possuem pelos mais rígidos e afilados,
como espinhos, por todo o corpo, e sempre de
hábitos arborícolas.
O verdadeiro porco espinho não ocorre na Amé-
rica, mas em determinadas áreas da África, Ásia
e sudeste da Europa. Seus espinhos podem che-
gar a 30 cm e são facilmente arrancados, e não
podem ser lançados contra inimigos como mui-
tos pensam. Contudo, ele assume uma atitude
de defesa quando se sente ameaçado, eriça os
espinhos e começa a vibrá-los.

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Ratão-do-banhado (Myocastor coypus) é uma espécie brasileira que era restrita ao Rio
Grande do Sul, hoje já é encontrado também no estado de São Paulo. É um roedor
grande, de cauda curta, com pelagem densa e
macia, adaptado a vida aquática. As patas poste-
riores possuem uma ampla membrana interdigi-
tal. Vivem próximos a cursos d’água, em grupos
familiares ou em colônias com hierarquias. Ali-
mentam-se de plantas aquáticas, mas podem co-
mer gastrópodes e mexilhões.

Outros roedores conhecidos, mas que não são exemplares que


ocorrem no nosso território:
Castor, um grande roedor aquático. Possui cauda longa e achata-
da, alimentam-se de cascas de árvores e plantas aquáticas. Cons-
trói represas de galhos e pedras, unidos com lama.

Hamster, um pequeno roedor peludo, utilizado como animal de esti-


mação e de laboratório. Em cativeiro, pode ser criado em gaiola de
arame, com lascas de madeira e papel rasgado.

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O que nós aprendemos?

Quais ordens de mamíferos, seus representantes e características?


É hora de registrar o que foi aprendido, converse com a criança e anote
aqui suas impressões, ou ela mesma pode anotar caso esteja apta.

Aprofundando — Para crianças maiores!

Leia o texto sobre o odor das girafas: http://chc.org.br/por-que-as-girafas-fedem/


Depois da leitura e discussão do texto, pesquise e produza um texto sobre o animal
mais alto do mundo, registre as características da espécie, a distribuição geográfica, a
expectativa de vida e curiosidades. Se desejar essa produção pode ser feita em for-
mato de lapbook.
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CRONOGRAMA EXPLORANDO A VIDA II

É uma sugestão de como o conteúdo pode ser trabalhado ao longo de


30 semanas. Deve-se considerar o ritmo da criança e ir ajustando de
acordo com o ritmo pessoal de cada um.

SEMANA UNIDADE ASSUNTO


1 1 O MUNDO DOS ANIMAIS
2 2 VERTEBRADOS
3 3 MAMÍFEROS caracterização geral
4 MAMÍFEROS PLACENTÁRIOS
5 PRIMATAS
6 MAMÍFEROS AQUÁTICOS E VOADORES
7 PROTOTÉRIOS E METATÉRIOS (marsupiais)
8 4 AVES caracterização geral
9 AVES adaptações
10 AVES classificação
11 5 PEIXES caracterização geral
12 PEIXES ÓSSEOS
13 PEIXES CARTILAGINOSOS
14 6 ANFÍBIOS
15 ANFÍBIOS classificação e metamorfose
16 7 RÉPTEIS
17 SERPENTES E LAGARTOS
18 TARTARUGAS E CROCODILOS
19 DINOSSAUROS
20 8 INVERTEBRADOS
21 9 ARTRÓPODES
22 INSETOS
23 ARACNÍDEOS
24 CRUSTÁCEOS
25 MIRIÁPODES
26 10 MOLUSCOS
27 CNIDÁRIOS
28 EQUINODERMOS
29 ESPONJAS
30 ANELÍDEOS
Anotações
Anotações

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