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08/09/2020

Distribuição geográfica e Áreas de


endemismo

Distribuição geográfica
• O que é?
Área de ocorrência total de um táxon

Outra definições (região ocupada por um grupo


monofilético; extensão espacial de um táxon
em uma determinada época)

Localidade = Registro da ocorrência geográfica


de um táxon.
• Importância: base da história da evolução
tempo-espacial de um táxon

• Como representar?
Pontos, países/estados, linhas, quadrantes
(método cartográfico), traços, métodos
aerográficos (distância média, distância
máxima, estimativa por modelagem).

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Distribuição geográfica
Eles correspondem a distribuição total na
natureza?
Origem dos dados de distribuição: literatura,
museus, observações em campo.
Oque delimita uma distribuição? Temperatura,
umidade, altitude, salinidade, velocidade da
água, marés, tipo de solo, competição intra –
interespecífica, barreiras
Tipos de distribuição
Endêmico x Amplilocado (=widespread,
largamente distribuído).

Distribuição contínua x Disjunta

Distribuição geográfica
Distribuição contínua X disjunta

Georychus capensis – Rato-toupeira do Cabo.

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Biogeografia
• História comum = Congruência = Padrão
• Congruência no espaço e no TEMPO
• O que delimitar primeiro, táxon ou área?

Panbiogeografia
“Vida é última camada geológica” (Croizat
1964)
• Traços individuais, traços gerais e nós.
• União de pontos pela mínima distância
entre os mais próximos (tracks – traços)
• Fazer isto para vários grupos (para buscar
uma história comum)
• Confecção de traços generalizados
(sobreposição de dois ou mais tracks
individuais)

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Panbiogeografia
• Identificação dos nós onde dois
traços generalizados diferentes se
sobrepõe (vicariância). Indica uma
biota ancestral que se fragmentou
(geologia, evento tectônico). Área
composta.
• Quantos tracks devem coincidir?
Quão boa deve ser a
coincidência?
...Continuação com o Silvio

Área de endemismo
• Não confundir com centro de origem (Dispersionismo)
• É ponto central na biogeografia cladística
• Agustin de Candolle (1838) reconheceu pela distribuição
coincidente de plantas
• Superposição das distribuições de dois ou mais táxons
(diferente da área de distribuição do táxon superior). “Vida
e Terra evoluíram juntas” - Croizat.
• Tem que abranger toda área de distribuição do táxon
analisado
• Várias definições:...

• CRÍTICAS - Hovenkamp (1997) critica o uso e a existência de


áreas de endemismo e prefere o uso dos eventos
vicariantes. Filogeografia também.

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Várias definições
• Nelson & Platnick (1981) áreas um tanto pequenas que possuem um
significativo número de espécies, que não ocorrem em nenhum outro
lugar
• Platnick (1991) distribuição congruente entre duas ou mais espécies
• Harold & Mooi (1994) região geográfica que compreende a
distribuição de dois ou mais grupos monofiléticos que possuem
congruência filogenética e distribucional e tem seus parentes mais
próximos em outras áreas
• Morrone (1994) áreas de distribuição não-randômica entre táxons
diferentes
• Humphries & Parenti (1999) áreas definidas pela distribuição de
táxons endêmicos
• Linder (2001) áreas delimitadas pela distribuição congruente de pelo
menos duas espécies de distribuição recente.
• Szumik (2002) Áreas onde ocorrem diferentes grupos que não vivem
em outro lugares
• Spp x Taxa; vicariância explícita

Como identificar?
• Sobreposição das áreas de distribuição = área de endemismo (Müller 1973,
dispersialista). Coincidência na distribuição de vários taxa que ocorrem em áreas
menores que o táxon superior.
• Linder (2001).
Critérios: 1) pelo menos 2 spp endêmicas;
2) ocorrência maximamente congruente;
3) ocorrência menor que do táxon superior;
4) áreas mutuamente exclusivas.

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PAE
• PAE (criado por Rosen 1988, definido por
Morrone 1994) – Análise de Parcimônia de
Endemicidade. Quadrados para identificar áreas
de endemismo. Matriz: quadrados x espécies
(caracteres). Análise de parcimônia (porque?)
• Classificação de localidades, unidades
geográficas, políticas (ruins?) ou mesmo áreas.
• Sinapomorfias = Eventos vicariantes;
Paralelismos = dispersão;
Reversão = extinção.

E o relacionamento hierárquico
entre as áreas?

Análise de Endemicidade
• NDM-VNDM (Szumik et al. 2002) método que leva em consideração a
posição espacial da espécie para identificar um conjunto de células que
representam uma área de endemismo “ótima” baseada na pontuação

Critérios:
1) uma espécie deve se ajustar perfeitamente à área para contribuir com
pontuação máxima
2) uma espécie pode contribuir mesmo se tiver registro fora da área
3) nem todas as células do grid precisam
obrigatoriamente possuir a mesma
composição de espécies para
contribuir para pontuação
4) Uma espécie pode estar ausente em
uma célula mas contribuir
(adjacente)

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Análise de Endemicidade

Análise de Endemicidade
• Coloque as localidades em um grid
• Assinale os valores de endemicidade para todas as
combinações possíveis de conjuntos de células
• Escolha os grids com maiores pontuações
• Desenhe no mapa os conjuntos de células que
formam as áreas de endemismo (pense na
geomorfologia da região)
• Importante: não contempla área em uma única
célula

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Problemas na delimitação
• Falta de informação
• Amostragens com tendência (localidades muito
visitadas x pouco)
• Congruência entre as distribuições
• Tamanho (continentes ? Até poucas localidades)
• Temporal

* *
* *
* *
* *

Critérios (DaSilva, Pinto-da-Rocha & Medeiros 2016):


• C1 – Congruência de pelo menos 2 spp.
• C2 – Máxima Região de endemismo (spp. amplilocadas ou spp. dentro e fora do CC, que não ocorrem em outra área)
• C3 – Spp. amplilocadas não agregam informação, somente distribuições mais restritas
• C4 – Áreas de endemismo são mutuamente exclusivas
• C5 – Reconhecimento mesmo sem total congruência
• C6 – Evidência geográfica independente (spp. presentes na mesma unidade topográfica).

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Critérios:
C1 – Congruência de pelo menos 2 spp.
C2 – Máxima Região de endemismo (spp. amplilocadas
ou spp. dentro e fora do CC)
C3 – Spp. amplilocadas não agregam informação,
somente distribuições mais restritas
C4 – Áreas de endemismo são mutuamente exclusivas
C5 – Reconhecimento mesmo sem total congruência
C6 – Evidência geográfica independente (spp.
presentes na mesma unidade topográfica.

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