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Sala de Inovação em ação: ampliando possibilidades e potencializando

aprendizagens.

Jairo Cardoso da Costa1

Luís 2

INTRODUÇÃO

Este projeto foi desenvolvido com o intuito de transcender as práticas de sala


de aula para as interações e as vivências que proporcionam vínculos com o fazer
científico e a resolução de situações problemas. E a sala de inovação pode ser vista
como uma ampliação dos saberes e práticas do ensino de Ciências.

Diante disso, alguns discentes da Escola de Ensino Fundamental Professor


Anísio Teixeira, situada na Paupina, realizaram um projeto sobre: Sala de inovação:
ampliando possibilidades e potencializando aprendizagens. Realizada entre os
meses de março a junho de 2023, nas turmas do 3° e 4° anos dos Anos Iniciais do
Ensino Fundamental, turma A, dos turnos manhã e da tarde, essa experiência
contou com a participação dos professores, monitores educacionais, crianças e seus
familiares.

A ideia deste projeto “Sala de Inovação” surgiu do desejo de proporcionar aos


discentes o protagonismo, desenvolvendo suas potencialidades e proporcionando
um momento de aprendizagem significativa, no qual, os alunos realizaram
levantamento de hipóteses, questionamento e desenvolveram o fazer científico em
meio às experiências vividas.

Nessa prática educativa buscou romper com o paradigma de uma educação


livresca e de ensino fragmentado (FREIRE, 1982), para proporcionar um ambiente
que desenvolva os saberes de forma interdisciplinar. Abordamos as disciplinas de
Língua Portuguesa, Geografia, Ciências e História (relacionados a sala de
inovação).

1 Graduado em Licenciatura Plena em Pedagogia (UFC), Especialista em (PROEJA-IFCE) e


Professor da Rede Municipal da Prefeitura de Fortaleza.
Na realização das atividades partimos do pressuposto que devemos mediar
as experiências de aprendizagem (OLIVEIRA, 1993). Assim, Vygotsky (1984) aborda
que a linguagem tem um papel primordial para a aprendizagem e o desenvolvimento
das interações estruturando diversas funções psicológicas, como a mente, a
memória e a atenção. Com isso, propomos situações de ensino e aprendizagem
voltadas para as interações por meio de situações de aprendizagem.

A seguir temos o relato das experiências vividas desde o processo de


pesquisa, desde a idealização da proposta de aplicação aos resultados obtidos no
processo de ensino e aprendizagem.

Descrição da Experiência

O projeto desenvolvido intitulado “Sala de Inovação” foi desenvolvido com


base em um tipo de pesquisa denominado pesquisa-ação, que de acordo com Gil
(2008) se configura como o levantamento de dados empírico e a busca da resolução
de problemas de forma cooperativa ou participativa e a análise dos dados foi
qualitativa.

O objetivo geral deste projeto é propor uma proposta de ensino que


desenvolva a autonomia dos estudantes bem como suas consciências cidadãs sobre
a pesquisa científica como proposta de aprendizagem.

Participaram do projeto um total de 66 alunos, das turmas do 3° e 4º anos A,


turnos manhã e tarde da Escola de Ensino Fundamental Anísio Teixeira. A
sequência de ensino foi dividida em três etapas. A primeira etapa foi realizada um
levantamento bibliográfico de forma cooperativa, em que, as turmas que
participaram do projeto foram encaminhadas à sala de multimídias da escola,
acompanhadas pelo professor titular da turma, a partir desta etapa foram decididos
quais as abordagens utilizadas e quais seriam as próximas etapas.

Em nossa segunda etapa, realizamos uma feira de ciências, com a exposição


de trabalhos científicos que foram produzidos, implementados e apresentados pelos
alunos. Nesta etapa, os discentes apresentaram os trabalhos para seus colegas e
trabalhavam de forma cooperativa e autônoma, tomando decisões desde o tipo de
trabalho realizado até a forma que seria apresentado.
Na terceira etapa, discentes e os profissionais da educação realizaram duas
atividades: um seminário para turma apresentando o sistema solar e suas
características e abordagens cientificas para toda turma, como os dois movimentos
da terra: rotação e translação e os dois eclipse da lua e suas fases, a seguir
realizaram a prova da olímpiada da OBA, uma olimpíada a nível nacional que
trabalha os conteúdos de ciências e geografia, a prova tem duração de 2 horas e foi
realizada na escola no dia 19 de maio, ambas as turmas participaram.

Experiências Realizada em Cada Etapa

Tendo em vista a oportunidade que nos foi concedida de propor um momento


de construção de saber, ficou notória que esta experiência marcou não apenas os
discentes, mas todo o grupo que acompanhou e nos auxiliou nessa proposta de
ensino. Na próxima seção vamos expor nossas conclusões acerca do projeto
desenvolvido.

Considerações Finais

Diante do que foi proposto, realizamos uma sequência de ensino que


proponha o desenvolver a autonomia, o fazer científico e a construção cidadã. Para
que isso fosse possível tivemos que realizar um processo de mudança de
paradigmas e reformulação em nossas práticas de ensino e pesquisa. Em cada
etapa de aplicação aprendemos junto e de forma cooperativa. Os discentes se
apropriaram dos conhecimentos à medida que iam tendo interações com os objetos
de estudo.

O desenvolvimento da consciência cidadã de proteção e preservação dos


ambientes naturais veio concomitantemente com as experiências que iam sendo
vivenciadas. A proposta de uma educação mediada que utiliza a resolução de
situações problemas para a aprendizagem tem o potencial de conduzir os alunos a
refletirem suas práticas e usar os recursos disponíveis para produzir ciência,
conhecimento e cultura.
Concluímos que todos os participantes desta pesquisa realizaram momentos
riquíssimos de trocas e que nosso objetivo foi contemplado, pois os discentes
demonstraram ser capazes de sintetizar conhecimentos que pesquisaram, tiveram
autonomia nas tomadas de decisões quanto quais projetos realizar e como seriam
executados. Durante o passeio pela trilha, se mantiveram atentos aos tipos de fauna
e flora existentes no parque, e frequentemente dialogavam sobre suas descobertas.

Ressaltamos que essa proposta de trabalho será futuramente reentrega a


nossa prática docente, por esse motivo, fica o desejo de novos momentos de
aprendizagem com abordagens que trazem a mudança social de forma integrada
nas escolas públicas.

Referência

FENNER, Rose. O desafio da educação ambiental no contexto escolar. Ensino de


Ciências e Tecnologia em Revista, v. 1, n. 1. nov. 2015. Disponível em:
https://rd.uffs.edu.br/bitstream/prefix/2603/1/Fenner.pdf Acessado em: 20 jun. 2023.

GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas,
2008.

VYGOSTKY, L. S. A formação social da mente. São Paulo, Martins Fontes, 1984.


FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. 1982. São Paulo: Autores:
Associados/cortez, 1982.

SILVA, Marco. Sala de aula interativa. Rio de Janeiro: Quartet, 2000.

. “Interatividade: uma mudança no


esquema clássico da comunicação” In:
Boletim Técnico do Senac, v. 26, n.º3, set./dez., 2000.

. “Que é interatividade”. In: Boletim Técnico do Senac, v.


24, n.º2, mai./ago., 1998.
REGISTROS FOTOGRÁFICOS

Etapa 1 - pesquisa bibliográfica Etapa 2 - Produção de cartazes

Etapa 2 - Feira de Ciências


Etapa 3 - Aula de Campo

Etapa 3 - Atividade de pesquisa

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