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Apostila - Homilética
Apostila - Homilética
AULA 1
O QUE É HOMILÉTICA
A HOMILÉTICA é:
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É importante destacar que Deus não se limita a nenhuma regra de retórica. Ele
está acima de todas as coisas e, não raras são as vezes que recebemos uma
palavra que entra como flecha ao nosso coração, vinda de uma pessoa
completamente leiga em relação a qualquer método ou estudo homilético.
Ele faz o que quer, com quem Ele quer, quando bem desejar.
OBJETIVO
Arrependimento
Conversão
Renúncia
Metanóia
Mudança de atitudes
Encorajamento
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ALÉM DO DISCURSO
Pregar não é somente discursar, mas principalmente, entender que todo pregador é,
acima de tudo, um porta-voz divino. Sendo assim, as palavras não devem ser as de
sua boca, mas as da boca de Deus, pois existe uma expectativa do próprio Deus em
relação ao alimento que será dado à Sua igreja.
Por isso, a vida do pregador deve ser condizente com a sua pregação.
Ele precisa passar credibilidade, pois suas ações sempre falarão mais alto que suas
palavras. Portanto, é fundamental sempre oferecer a verdade. Viver aquilo que se
prega torna o discurso respeitável e digno de receber confiança.
HISTÓRIA
Entretanto, homilética como termo designativo (que designa algo) com suas
técnicas, sistematização e adaptação às habilidades humanas, nasceu entre os
gregos com o nome de retórica. Posteriormente foi adaptada no mundo romano com
o nome de oratória, e, finalmente, para o mundo religioso com o nome de homilética.
PANORAMA BÍBLICO
A forma mais antiga de livro que se tem notícia são os rolos de papiro. Por volta de
2.500 a.C. os antigos egípcios desenvolveram a técnica de confecção das folhas de
papiro, usando material proveniente de uma planta abundante das margens do Rio
Nilo, chamada Cyperus Papyrus.
O papiro então, era confeccionado a partir do caule dessa planta, cortado em finas
tiras. Depois disso, essas tiras eram molhadas, sobrepostas e cruzadas para, por
fim, serem prensadas. Prontas as folhas, elas eram coladas uma ao lado da outra,
formando uma longa fita. Dessa forma, eram enroladas e armazenadas.
A palavra grega para papiro era “biblos”, derivada do nome do porto fenício de
Byblos, hoje Jubayl, no Líbano, através do qual o papiro era exportado. O plural de
“biblos” em grego era “ta biblía”, que significava literalmente 'os livros', e que acabou
entrando para o latim eclesiástico na forma singular, para designar o conjunto de
livros sagrados que compõem a Bíblia.
A Bíblia foi escrita por cerca de 40 autores, ao longo de mais de 1600 anos. O
Antigo Testamento foi escrito em Hebraico e Aramaico, enquanto o Novo
Testamento foi escrito em Grego.
PERGAMINHOS – feito de couro de animal curtido até ficar bem macio e era
deixado numa espécie de cal para que ficasse branco, servindo como papel.
Media em torno de 7 metros de comprimento. Quando colados ou costurados,
chegavam a medir até 20 metros. Peles de cabras e ovelhas eram
comumente usados pelos escribas.
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Há muitas discussões acerca desses dois temas, com alguns teólogos defendendo
que um termo sobrepõe o outro, porém, para elucidar melhor a questão, vamos
pensar no seguinte:
Imagine o cadastro de membros da igreja. Nele, todos têm seus dados sem
nenhum tipo de erro formal, com todas as informações preenchidas e nenhum
dado falso. Porém, o pastor, ao visitar alguém, verifica que a pessoa não
mora mais no local cadastrado. O endereço é verdadeiro, mas ela agora está
residindo em outro lugar. Ou seja, essa lista é inerrante, mas falível.
A Bíblia foi escrita por homens, mas Deus é o verdadeiro autor da Bíblia. Foi
Ele quem inspirou os homens na elaboração de cada livro: "Antes de mais nada,
saibam que nenhuma profecia da Escritura provém de interpretação pessoal, pois
jamais a profecia teve origem na vontade humana, mas homens falaram da parte de
Deus, impelidos pelo Espírito Santo" (2 Pedro 1:20-22).
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ORGANIZAÇÃO BÍBLICA
Vamos entender melhor o porquê de cada divisão ter sido feita dessa forma.
ANTIGO TESTAMENTO
Este período remete ao que não foi escrito. É justamente o espaço de tempo em que
nada foi profetizado entre o Antigo e o Novo Testamento. Os "anos de silêncio"
duraram aproximadamente 400 anos. É a página em branco entre os testamentos.
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NOVO TESTAMENTO
Originalmente, os textos não eram divididos dessa forma. Prova disso é que, o
próprio Jesus, quando citava as Escrituras, fazia uso da expressão “está escrito”,
pois não havia forma de referenciar a localização exata do texto como fazemos hoje.
A divisão em capítulos, foi feita pelo arcebispo inglês Stephen Langton, no século
XIII, no ano 1227. A organização foi feita a partir da Vulgata (versão latina da Bíblia)
e posteriormente Lagnton capitulou as versões da Bíblia em hebraico e grego.
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Já a divisão dos versículos se deu séculos depois. Santi Pagnini foi o primeiro a
tentar organizar a Bíblia em versículos numerados, no ano 1527.
CANÔN BÍBLICO
Cânone bíblico ou cânone das Escrituras é a lista de textos (ou "livros") religiosos
que uma determinada comunidade aceita como sendo inspirados por Deus.
No caso da Bíblia cristã, a escolha de quais livros a compõem não foi feita de
maneira aleatória. Eles foram submetidos à canonização, que é o processo pelo qual
receberam aprovação e aceitação dos líderes da igreja.
A palavra Cânon significa regra, régua, vara de medir, padrão. Ou seja, para que um
livro tivesse lugar no cânon deveria ser submetido a regras muito exigentes e
consistentes e estar em concordância de alguns parâmetros para sua legitimidade.
Tudo começou por volta dos anos 300 a 400 d.C., quando os líderes cristãos
começaram a debater o que era e o que não era a palavra de Deus e o que deveria
e não deveria fazer parte das escrituras sagradas, como hoje a conhecemos.
A discussão durou séculos e vários concílios foram realizados, até que então, em 13
de dezembro de 1545, na cidade de Trento, Itália, o Papa Paulo III realizou 19º
concílio ecumênico da Igreja Católica, chamado de Concílio de Trento, que durou 18
anos, encerrando-se em 4 de dezembro de 1563.
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Nesse encontro foi definida a lista de livros que compõe a Bíblia sagrada, bem
como, a diferença entre a versão protestante e a católica, esta última, ficando com 7
livros a mais, conhecidos por nós como apócrifos ou deuterocanônicos, por
acreditarmos não possuírem inspiração divina.
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AULA 2
Entender que cada pessoa carrega dentro de si uma identidade única em Deus, faz
com que a barreira da comparação seja vencida e possamos fluir em nosso
ministério com ousadia e graça.
SERMÃO TEMÁTICO
Certamente, entre os três tipos de sermão, este é o mais fácil de ser produzido,
sendo o recomendado para quem está iniciando na arte da pregação.
Contudo, mesmo diante da facilidade que ele proporciona, existe uma forma correta
de elaborar um esboço de sermão temático, e é por isso que aprenderemos a
seguir, tudo que é necessário para construí-lo acertadamente.
Entretanto, apesar de ser um dos mais fáceis a desenvolver, sem dúvidas, também
é um dos mais fáceis de errar. É preciso ter cuidado para que os textos escolhidos
não tragam outros assuntos que quebrem a unidade necessária para o bom
desenvolvimento da mensagem.
SERMÃO EXPOSITIVO
Neste sentido, é correto afirmar que é o sermão que ajuda os ouvintes a entenderem
o significado do texto bíblico e o que Deus quer que façam à luz do que ele ensina.
Por isso, o pregador deve se esforçar para apresentar com pureza e clareza o
verdadeiro sentido da passagem escolhida.
E, apesar de ser o mais difícil de preparar e que exige mais habilidade exegética que
os outros, este sermão é o que penetra na alma com mais poder.
1. Ler – o texto.
2. Explicar – o contexto.
3. Aplicar – na vida do ouvinte.
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Trabalha o texto, dando ênfase a ele - Pode até haver alguma referência a
outra passagem, mas apenas para ilustrar ou reforçar o texto base escolhido.
O sermão tem aplicação - Pregação sem aplicação não é expositiva. Por isso
é preciso que os eventos do passado se reflitam nas coisas que acontecem
hoje, no dia-a-dia dos ouvintes. O que a pregação resolve na vida do ouvinte?
2. Honra a Bíblia - Pelo fato de tratar a Bíblia como foi escrita, a pregação
expositiva caracteriza-se por respeitar o texto e seu sentido original. Além
disso, coloca a Bíblia acima de qualquer outra fonte.
Uma das técnicas para um bom sermão expositivo é, sem dúvidas, fazer perguntas
ao texto. O método jornalístico usa 6 perguntas chaves, sendo elas:
Outras perguntas mais abrangentes podem ser feitas e que devem ser respondidas
no sermão expositivo, como por exemplo:
SERMÃO TEXTUAL
A últimas das três divisões, é o tipo de sermão elaborado a partir de um texto bíblico
menor, onde o tema e as divisões são tirados apenas do texto base. Ou seja, a
estrutura do sermão é construída a partir da passagem bíblica escolhida.
ATIVIDADE M1
AULA 3
Ao contrário do que possa parecer, a arte da pregação não é tão fácil e simples
assim. Ela é um conjunto de fatores que se comunicam entre si, dando forma ao
resultado final, que é a ministração da mensagem em público.
Cumpre relembrar que Deus não se prende a regras teológicas e pode usar até
mesmo alguém que se converteu hoje para uma pregação de grande impacto, mas
geralmente não é assim que acontece.
Por isso, uma pregação feita com preparação terá muito mais chances de
transformar vidas do que aquela feita sem nenhuma organização, pois Deus age,
inclusive, conforme aquilo que nos capacitamos a realizar.
COMECE ORANDO
Nem sempre a mensagem que queremos pregar é a mensagem que Deus quer
entregar à igreja, e sempre que Deus dá um direcionamento, precisamos deixar
nossa opinião de lado e seguir fielmente aquilo que nos foi solicitado por Ele, afinal,
Ele é onisciente e sabe exatamente o motivo do que está nos pedindo.
E é através da oração que pedimos ajuda ao Espírito Santo acerca do que pregar.
Preparar uma pregação sob o poder da oração vai nos proporcionar:
Público alvo são as pessoas que irão ouvir a sua pregação. E ele pode ser
segmentado por faixa etária (crianças, adolescentes, jovens), gênero (homens,
mulheres), familiar (mães, pais, filhos), estado civil (solteiros, casados, divorciados),
ou até mesmo segmento religioso (novos convertidos, líderes, ateus), entre outras.
Conseguir identificar quem será o público alvo é uma ferramenta tão importante
quanto a escolha do tema, pois, imagine preparar uma mensagem sobre solteiros e
prega-la para famílias.
Pode ser pregada? Até pode. Mas ela não fará tanto sentido nesse momento de vida
deles e, consequentemente, não gerará interesse e tampouco transformação.
Isso não significa, de maneira alguma, que uma mensagem preparada para crianças
não possa ser ministrada num culto de domingo a noite, pois o que muda não é a
essência da mensagem, mas sim a forma como ela será pregada e a linguagem que
será utilizada de acordo com cada público.
Nem sempre será possível descobrir com antecedência a quem iremos pregar, e
nesses casos, uma mensagem com linguagem mais genérica e que possa ser
entendida pela maioria das pessoas é a melhor opção.
ESCOLHENDO O TEMA
O tema da mensagem é o que dará sentido e norte a tudo que o pregador falará ao
público, por isso, deve ser escolhido de maneira consciente e sob uma direção
espiritual. Essa escolha pode ser feita de várias formas, e nenhuma delas, de certo
modo, está errada.
Por exemplo, o tema pode ser escolhido com base em algum acontecimento
relevante recente, ou um assunto que o pregador considera importante e deseja
ensinar à igreja, e ainda, certamente, conforme Deus lhe pedir para que seja
ministrado.
Há uma frase de Karl Barth que diz que: “o cristão deve segurar numa das suas
mãos o jornal e na outra a Bíblia”, e ela reflete bem a importância de o pregador
estar atento aos acontecimentos globais para ter uma mensagem contemporânea.
O mais importante é ter certeza que, independente do tema proposto, ele está de
acordo com a vontade de Deus.
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3. Prefira textos de sentido claro para pregar – A roda já foi inventada, a Bíblia já
foi escrita, não precisamos tentar reinventar o evangelho. Exemplo: uma
pregação sobre genealogia ou leis levíticas pode até ser interessante, mas
muito pesada e exige um nível de conhecimento muito maior.
4. Prefira textos com foco positivo – Isso não é uma regra, tudo vai depender do
contexto do momento, mas geralmente, textos com enfoque positivo são mais
atraentes ao público.
REALIZANDO AS PESQUISAS
O pregador deve ter como principal instrumento de pesquisas não o Google, mas a
sua Bíblia. Ela contém maior fonte de conhecimento do que toda a internet jamais
conseguirá dispor, pois é o único livro em que o próprio autor se faz presente a cada
palavra: Deus.
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Dito isso, ter uma Bíblia com linguagem atualizada e que possibilite ao pregador,
antes do que o público, entender a mensagem e a si próprio ser ministrado, é
fundamental e inegociável.
Além dela, o pregador também pode usar outras fontes de pesquisas acessórias,
como a internet, os livros, dicionários bíblicos, etc. Tudo é comunicável e pode ser
consultado e utilizado, desde que não afronte as verdades bíblicas, sob pena de
estar incorrendo em heresia.
É isso que dará sentido à pregação e trará objetividade ao sermão: onde ele deve
chegar. Qual a finalidade da mensagem que o pregador está trazendo. Se não tiver
destino, facilmente se perderá no meio do caminho e não chegará a lugar nenhum.
Para definir o tempo de cada uma dessas divisões, considerando uma mensagem
de 40 minutos, a organização mais indicada para que a pregação alcance melhor o
seu objetivo é a seguinte:
Obviamente isso não é uma regra, cabendo suas adaptações a cada realidade e
sempre obedecendo o que o Espírito Santo está direcionando.
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Importante destacar que nem sempre a introdução precisa começar com a leitura do
texto bíblico. Pode-se tranquilamente iniciar com uma abordagem diversa, desde
que esta faça o plano de fundo para a leitura bíblica que virá a seguir.
Isso porque, na nobre arte de ministrar a Palavra, cada parágrafo do sermão deve
estar linkado entre si de maneira a construir um pensamento retilíneo e unificado,
dando sentido à mensagem como um todo. Coisas que fogem do contexto devem
ser evitadas a todo custo.
Dito isso, utilizar a introdução para demonstrar a importância do que será falado é
fundamental para criar o primeiro vínculo com o ouvinte. Não de maneira arrogante
ou egocêntrica, mas sempre com humildade e, principalmente, tirando de si mesmo
qualquer expectativa do agir de Deus e transferindo a quem é o único que realmente
tem poder para transformar realidades.
Quem transforma é Deus. Quem liberta é Deus. Quem cura é Deus. O pregador é
apenas o comunicador do Evangelho e não o próprio agente de transformação.
Todavia, deve-se tomar muito cuidado para que, na ânsia de tentar explicar demais,
não acabe saturando a mensagem com excesso de tópicos e confundindo mais do
que esclarecendo.
Como diz o ditado, menos é mais. Afinal, uma boa pregação (a dita eficaz) não é
aquela que explica tudo, mas aquela que explica bem o pouco que explica.
Por fim, é na CONCLUSÃO onde tudo se resolve, a costura de ideias termina de ser
feita e a mensagem converge ao seu objetivo final: transformação de vidas.
Por isso, ela é o clímax do sermão! Uma boa conclusão pode, inclusive, suprir as
deficiências de outras partes da pregação ou servir para aumentar seu impacto,
sendo sem dúvidas, o elemento mais poderoso de todo o discurso e não deve ser
feita de qualquer maneira.
Alguns pregadores tem a errônea ideia de que, ao chegar aqui, a mensagem já foi
pregada e agora não há mais nada que precise ser feito a não ser se despedir.
4) Motivação – Nem sempre é preciso impor uma obrigação moral aos ouvintes.
É possível também, finalizar a mensagem proporcionando incentivo para que
respondam pessoalmente ao desafio abordado com ânimo e encorajamento.
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Por fim, alguns princípios devem ser observados para uma boa conclusão:
Ser breve – conclusão não é pregar novamente, mas finalizar com a “cereja
do bolo” aquilo que já foi ministrado.
DEFININDO O TÍTULO
Escolher o título que o sermão receberá não é tão importante quanto a escolha do
tema e o conteúdo da mensagem. Todavia, isso não significa que ele não tenha
importância alguma.
Importante destacar que não é o título que dará sentido à construção da mensagem,
mas a mensagem que dará sentido ao título. Portanto, o recomendado é, primeiro,
preparar todo o sermão e então, por último, definir o título que ele terá.
Não é à toa que os grandes pastores hoje ministram suas mensagens levando em
torno de 20 a 25 minutos. E isso, sem comprometer o conteúdo ou a eficácia do
sermão, afinal, o impacto de uma pregação não está relacionado ao tempo que ela
dura, mas à profundidade do que é falado.
Claro que há exceções, mas essa recomendação serve para - se é que podemos
chamar assim – um “culto normal” de uma igreja evangélica brasileira.
Cumpre observar ainda, que o tempo da pregação deve respeitar o solicitado pela
igreja que fez o convite. Por exemplo, se o pastor disse haver 30 minutos para a
ministração, não cabe uma pregação de 15 minutos e tampouco uma de 50.
Ou seja, não se deve falar de menos e nem falar demais. Equilíbrio é fundamental.
ATIVIDADE M1
Chegou a hora de colocar em prática tudo que você aprendeu até aqui. Assim,
elabore um sermão completo, utilizando as orientações da apostila e tirando dúvidas
com o professor, quando necessário. O sermão deve conter obrigatoriamente:
Título
Texto base
Introdução
Desenvolvimento
Conclusão
O tema é livre, por isso, a dica é escolher um que já tenha afinidade e consiga
desenvolver um esboço com conteúdo e coerência. A atividade poderá ser finalizada
em casa, caso não haja tempo hábil em sala, devendo ser enviada ao e-mail do
professor até o dia 06/07, às 18:00h, para leitura e correções que forem necessárias.
Atividades enviadas após esse horário não serão aceitas e o aluno precisará fazer
reposição da nota em outra oportunidade.
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AULA 4
FINALIDADES DA PREGAÇÃO
Em geral, toda pregação bíblica tem por objetivo a persuasão para a vida da fé e
transformação do caráter à semelhança do caráter de Cristo Jesus. Esse alvo só é
alcançado com a exposição das verdades bíblicas acerca do ser humano e da sua
fragilidade longe de Deus.
Essa resposta pode se dar de várias formas, e a depender do tipo de sermão que
será pregado. Exemplos:
Cumpre destacar que, a missão do pregador não é propriamente dar uma solução a
um problema da igreja, mas iluminar essa situação a partir das Escrituras e da
vivência de Jesus. Quem tem a solução dos problemas não somos nós, é Deus.
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Sobre a finalidade da pregação, o Pastor Carlito Paes muito bem abordou o assunto
quando disse:
Então, onde está o problema? Vamos por uma simples eliminação: Não está em Deus,
porque Ele é o Ser perfeito. Também não está na Sua Palavra, porque ela é a perfeita
Palavra de Deus. Então, se existem problemas, estão relacionados diretamente com o
agente da pregação, isto é, nós! Os pregadores! E não poucas vezes, isto passa pelo
fato de o pregador não refletir sobre o alvo da pregação. Se não sabemos para quem
pregar e porque pregar, podemos cair na tentação de pregar sem propósito.
Cada pregador precisa estar sempre atento para o propósito da pregação, não estou
falando do objetivo geral ou específico da mensagem, e sim de algo maior, da razão de
ser de uma mensagem pregada para o homem! Toda pregação precisa ser a
transformação de vidas, uma mensagem que não muda a vida das pessoas não é uma
pregação bíblica! A pregação, embora que parecida, jamais pode ser comparada a um
discurso, uma apresentação de tese ou uma aula acadêmica.
Uma mensagem Bíblica não deve focar os planos dos homens e sim os propósitos de
Deus, porque estes vão prevalecer. O propósito da obra da pregação é transformar a
vida das pessoas.
Se você está pregando anos a fio a Palavra em sua igreja e as pessoas continuam do
mesmo jeito; crentes não crescem, continuando com atitudes mais cheias de
religiosidade do que de vida cristã; o problema não está com Deus e nem com a Bíblia,
está com o pregador. Cada um deve reavaliar sua vida e o propósito da mensagem que
tens pregado.
Deus não entregou a você a Sua Palavra simplesmente para pregar o que desejar e
quando desejar. Ele nos pôs como pregadores dela com o fim de que alcancemos
maturidade para transformar nossas vidas e para os que nos ouvem. Isto é, que
aconteça transformação de vidas. Ela não foi dada apenas para ampliar o nosso
conhecimento religioso ou acadêmico.
“A finalidade desse conselho é aumentar [em todos os crentes] o amor que vem de um
coração puro, de uma consciência limpa e de uma fé verdadeira. Algumas pessoas se
desviaram dessas coisas e se perderam em discussões tolas.” I Tm 1.5,6 (NBLH)
“Assim nós anunciamos Cristo a todos. Aconselhamos e ensinamos a cada um, com
toda a sabedoria possível, para trazer todos à presença de Deus, como pessoas
espiritualmente adultas e unidas com Cristo.” Cl 1.28 (BLH)
Você pode observar claramente nos dois textos acima, que o propósito da Bíblia é o
mesmo da pregação, é que a vida das pessoas seja transformada e não simplesmente
que aconteça conhecimento Bíblico.
Você então pode me perguntar: Como acontece esta transformação de vida? Através
da Aplicação, veja:
“Assim será a Palavra que sair da minha boca; ela não voltará para mim vazia.” Is 55.11
“Se as pessoas não estão compartilhando sua fé em sua igreja, se elas não estão tendo
um momento diário à sós com Deus, se elas não estão vivendo vidas em comunhão
com Deus, então você precisa mudar o seu estilo de pregação. Você obviamente não
está vendo vidas transformadas através da Palavra de Deus. Portanto, qual é o
problema? O problema não é com a Palavra. O problema é o seu estilo de pregação!”1
PREPARANDO O PREGADOR
Uma das mais valiosas lições que todo ministro do Evangelho deve carregar consigo
é que: mais importante do que preparar a pregação, é preparar o pregador.
Uma mensagem pode ter sido impecavelmente escrita. O pregador pode ter
dezenas de cursos e dominar como nenhum outro a arte da homilética, porém, se o
fator espiritual estiver fragilizado, o que era pra ser um sermão bíblico, acabará
sendo apenas um mero discurso.
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https://www.gospelprime.com.br/o-proposito-de-deus-para-a-pregacao/
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Aliado a isso, além do fator espiritual, outros aspectos formais fazem parte do
conjunto da preparação do pregador, com tanta importância quanto o primeiro.
Vejamos:
Não copie o jeito de outros pregadores, seja você mesmo – Um dos principais
erros de todo aquele que está começando na arte da pregação é tentar copiar
o estilo de alguém que admira. Deus deseja nos usar da nossa maneira, com
nosso próprio estilo de pregação. Ele sabe exatamente quem Ele escolheu
para usar e o porquê dessa escolha. Então, acredite nisso: seja você mesmo
pois Ele quer te usar exatamente do jeito do que você é.
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Lance toda sua expectativa sobre Deus e não sobre suas habilidades –
Nossas habilidades não impressionam a Deus e capacidade nunca foi um
requisito Dele para usar alguém. Quando nos apoiamos sobre nossa teologia,
tiramos da mão de Deus o poder de fazer algo e o transferimos para nós,
deixando-o sem espaço para o seu agir. Os que criam expectativas em si
mesmos só receberão frustração.
Alguns pregadores tem a falsa ideia de que o Espírito Santo é responsável por suprir
a sua falta de preparação e zelo com a vida ministerial. Isso é um enorme engano.
De fato, o Espírito Santo é nosso auxiliador, mas ele agirá é na nossa incapacidade,
não no nosso despreparo. O poder de Deus se aperfeiçoa na nossa fraqueza, não
na nossa negligência.
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AULA 5
Utilize todas as lições ensinadas até aqui para se preparar e, em caso de dúvidas,
procure o professor para lhe auxiliar.
AULA 6
ELEMENTOS DA ORATÓRIA
COMPORTAMENTAL
Como subir
Como segurar o microfone
Posicionamento de palco
Como se concentrar
Como manter a calma
RETÓRICA
Técnicas de empostamento da voz
Português correto
Gírias
EXPRESSÃO CORPORAL
Postura
Gesticulação com os braços e mãos
Caminhar no altar
EXPRESSÃO FACIAL
Caretas
Se lamber
Utilização das sobrancelhas
AULA 7