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Saúde Mental Do Idoso
Saúde Mental Do Idoso
Sumário
Saúde mental na atenção básica ................................................................................ 4
Habilidades específicas do enfermeiro ........................................................................ 5
Alterações fisiológicas e as necessidades psicossociais do envelhecimento ............. 5
Necessidade de novos modelos de atenção ao idoso. ............................................... 7
Cuidado na Enfermagem............................................................................................. 8
O idoso e o processo do envelhecimento.................................................................... 9
Qualidade de vida ..................................................................................................... 10
Qualidade de vida na terceira idade .......................................................................... 13
Saúde Mental ............................................................................................................ 14
Saúde mental na terceira idade................................................................................. 15
Qualidade de vida versus saúde mental ................................................................... 17
ALTERAÇÕES SOCIAIS, BIOLÓGICAS E PSICOLOGICAS EM IDOSOS .............. 21
TRANSTORNOS MENTAIS MAIS ACOMETIDOS EM IDOSOS .............................. 23
ATUAÇÃO DO ENFERMEIRO FRENTE AS ALTERAÇÕES BIOPSICOSSOCIAIS . 25
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 28
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Cuidado na Enfermagem
Cuidar é um fenômeno universal que influencia as maneiras pelas quais as
pessoas pensam, sentem e comportam-se com relação umas às outras. Desde
Florence Nightingale os enfermeiros têm estudado o cuidado a partir de uma
variedade de perspectivas filosóficas e éticas.
Alguns estudiosos da Enfermagem desenvolveram teorias sobre o cuidado
devido à sua importância para a prática da enfermagem. Dentre as várias dimensões
nas quais o cuidado pode se manifestar, ressaltamos que para a Enfermagem o
cuidado é uma obrigação moral. Através do cuidado de outros seres humanos, a
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Qualidade de vida
de valores nos quais ele vive e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões
e preocupações.
Para a OMS (1998) a QV é multifatorial, ou seja, depende de seis domínios
que representam domínios determinantes na qualidade de vida. Tais como: saúde
física, saúde psicológica, nível de independência, relações sociais, meio ambiente e
padrão espiritual.
Rabelo e Neri (2005) acreditavam que a QV esteja relacionada com a
satisfação com o que foi possível concretizar os ideais até o momento.
Santos et al. (2002) relatou que o conceito de QV apresenta diversas
definições que foram se modificando ao longo do tempo, baseando-se em três
princípios: capacidade funcional, nível socioeconômico e satisfação.
Segundo Hornquist (1990), a QV está relacionada com a habilidade física do
indivíduo, o seu estado psíquico, a interação social, as atividades intelectuais, a
situação financeira e a autoproteção de saúde.
Também, pode ser definida pelo grau de satisfação em diversos aspectos da
vida, familiar, amorosa, social e ambiental. Trata-se da capacidade de se realizar
uma síntese cultural de todos os elementos que certa sociedade considera como seu
modelo de conforto e bem-estar (WANDERLEY et al., 2012).
Para Nahas (2001), a QV de modo geral está intimamente ligada a fatores
como: estado de saúde, longevidade, satisfação no trabalho, renumeração, lazer,
relações familiares, disposição e espiritualidade, ou seja, é um somatório de
aspectos que fazem parte do cotidiano do indivíduo.
Existe uma variedade de instrumentos que avaliam a QV, de maneira geral
pelas seguintes escalas: Satisfaction with Life Domain Scale (SLDS), Lehman
Quality of Life Interview (QOLI), World Health Organization Quality of Life
(WHOQOL). O conceito de qualidade de vida consiste em um parâmetro importante
aos conceitos tradicionais de saúde (BODUR; DAYANIR CINGIL, 2009).
A avaliação da QV tornou-se extremamente visível em trabalhos científicos
nos últimos anos. Através desses estudos pode-se confirmar que a qualidade de
vida é imprescindível para a promoção da saúde física e mental, possibilitando o
bem-estar social dos indivíduos, logo este tema se tornou alvo de estudos pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) (CARNEIRO et al., 2007). O World Health
Organization Quality of Life Group (THE GROUP WHOQOL, 1998) grupo de estudo
sobre qualidade de vida da OMS, produziu uma escala WHOQOL para avaliar a
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qualidade de vida, sendo possível por meio desta analisar vários aspectos da vida
como: bem-estar físico e material, relacionamentos, atividades sociais, realização
pessoal e recreacionais. Através da avaliação de todos esses contextos, pode-se
chegar a um escore referente a qualidade de vida do indivíduo.
o que infere em risco à saúde, podendo ser comparado ao fumo, à pressão arterial
elevada, à obesidade e ao sedentarismo. Segundo Del Prette e Del Prette (2002), as
relações sociais conturbadas geram dificuldades nas habilidades sociais e estas por
sua vez, estão associadas ao aparecimento de transtornos psicológicos que
contribuem para a redução na qualidade de vida do sujeito, tais como: timidez,
isolamento, depressão, ansiedade e suicídio.
Foi realizado um estudo comparativo de avaliação da QV entre idosos
institucionalizados e não institucionalizados da região metropolitana de Vitória (ES),
com a aplicação do instrumento WOQOL-Bref. O resultado apresentado foi que os
idosos não institucionalizados apresentaram os maiores escores em todos os
domínios do instrumento, assim pôde-se concluir neste estudo que os idosos não
institucionalizados apresentaram melhor QV. A ordem de maior satisfação entre as
facetas foi: relações sociais, psicológico, global, físico e meio ambiente (OLIVEIRA
et al., 2011).
Saúde Mental
também acaba sofrendo a perda de status e com isso o seu papel social. E devido
todo esse processo nessa fase da vida, ele corre o risco de desenvolver outros
quadros, que são desencadeados pelas mesmas causas, como por exemplo, as
demências degenerativas que são incuráveis e pioram com o passar do tempo, os
transtornos mentais e as dependências de bebidas alcoólicas e fármacos.
E é diante de alguns desses transtornos mentais na população idosa, que se
inicia a atuação dos profissionais de saúde, e dentre eles está incluso o enfermeiro,
que atua não só nos cuidados, mas também em uma atuação mais ampla que é a
proteção, prevenção, reabilitação e a recuperação da saúde, e o principal foco do
profissional de enfermagem é no bem-estar do ser humano.
estes idosos, que tem diversas vezes suas necessidades e problemas pouco
conhecidos tanto pela sociedade em geral quanto pelos profissionais de saúde. E na
formação do profissional de enfermagem deve-se investir amplamente no preparo
para a assistência aos idosos, já que são geralmente portadores de diversos
distúrbios psicosócio-econômicos, constituindo-se pacientes mais complexos, que
exigem do enfermeiro mais tempo para a prestação dos cuidados, pois os idosos
costumam ser portadores de múltiplas enfermidades (MONTEIRO, 1989).
Seguindo a mesma ideia acima, almejamos que a formação acadêmica de
profissionais enfermeiros seja baseada no desenvolvimento de atividades, que
possa capacitar melhor esse futuro enfermeiro em relação ao processo de
envelhecimento, pois a realidade de hoje é que apenas nos informam sobre esse
processo. Pois nessa fase da vida, os idosos necessitam de profissionais sensíveis
aos limites e peculiaridades presentes em cada indivíduo, a fim de compreender as
modificações físicas, emocionais e sociais desta faixa etária.
Baseando-se nos aspectos abordados, percebe-se o quanto é essencial que o
enfermeiro desenvolva suas respectivas atividades junto à pessoa idosa, por meio
de um processo de cuidar, que consiste em olhá-lo como um todo, considerando
tanto suas necessidades físicas e biológicas como os aspectos biopsicossociais e
espirituais. Essa concepção de cuidar prevê a interação do viver da pessoa idosa e
com isso consegui promover um viver saudável e ativo, por meio da utilização das
capacidades e condições de saúde do idoso, visando o seu contínuo
desenvolvimento pessoal de forma a estimular sua autonomia. Mesmo com a
enfermagem desenvolvendo esse papel tão determinante na execução e
cumprimento das leis direcionadas aos idosos, promovendo a inclusão social, e
respeitando as capacidades e limitações dos idosos, ainda há muito a conquistar
nessa área de conhecimento sobre o processo de envelhecimento.
Dentre os diversos profissionais de saúde que atuam em saúde mental, o
enfermeiro e sua equipe são quem mais mantêm contato com os usuários. No
entanto, o enfermeiro muitas vezes apresenta uma atuação com o paciente de forma
autoritária de controlar, vigiar e reprimir o mesmo, no qual a melhor forma de agir é
com atitudes terapêuticas diante do cliente em sofrimento psíquico, como, por
exemplo, o acolhimento e empatia (SOARES; RUZZON; BORTOLETTO, 2014).
A atenção ao idoso até um passado bem próximo não era valorizada ou
considerada uma especialidade da área da enfermagem. O panorama no Brasil, vem
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