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Rosa Amélia António Sucane

Licenciatura em Administrações Políticas e Publica

Tema:

Normalização contabilístico em Moçambique e a sua evolução histórica.

Cadeira:
Contabilidade e Financeira

2º Ano

Universidade Alberto Chipande

2023
Rosa Amélia António Sucane

Licenciatura em Administrações Políticas e Publica

Tema:

Normalização contabilístico em Moçambique e a sua evolução histórica.

Cadeira:
Contabilidade e Financeira

2º Ano

Docente: Msc. José Linaula

Universidade Alberto Chipande


2023
Índice
1. Introdução.............................................................................................................. 2
1.1. Objectivo............................................................................................................ 2
1.1.2 Objectivo Geral .................................................................................................... 2
1.1.3 Objectivo Especifico ............................................................................................ 2
1.1.4 Metodologia ......................................................................................................... 2
2. Revisão da literatura .............................................................................................. 3
2.1 Normalização Contabilística .................................................................................... 3
2.2 Reconhecimento de Receitas e Custos ..................................................................... 4
2.3 Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido .................................................................... 4
2.4 Demonstrações Financeiras ..................................................................................... 4
2.5 Divulgações ............................................................................................................ 4
2.6 Consolidação de Demonstrações Financeiras ........................................................... 4
2.7 Instrumentos Financeiros......................................................................................... 4
2.8 Arrendamentos ........................................................................................................ 4
3. Vantagens da Normalização Contabilística............................................................. 4
3.1 Desvantagens da Normalização Contabilística ......................................................... 5
4. Normalização contabilística em mocambique ......................................................... 5
4.1 Evolução histórica da contabilidade em Moçambique .............................................. 6
4.1.1 Período Pré-Colonial ............................................................................................ 8
4.1.2 Colonização Portuguesa ....................................................................................... 8
4.1.3 Independência e Socialismo.................................................................................. 8
4.2 Economia de Mercado e Reformas ......................................................................... 8
4.3 Adoção de Normas Internacionais ........................................................................... 8
4.5 Crescimento Econômico e Desenvolvimento ........................................................... 8
4.6 Desafios e Oportunidades ........................................................................................ 9
4.7 Tecnologia e Digitalização ...................................................................................... 9
5. Conclusão ............................................................................................................ 10
6. Referencia Bibliográfica ...................................................................................... 11
1. Introdução
Neste presente trabalho de pesquisa com tema Normalização Contabilístico em
Moçambique, falando da Normalização Contabilística, também conhecida como
Normas Contabilísticas ou Normas de Contabilidade, refere-se ao conjunto de regras,
princípios e diretrizes estabelecidos para a elaboração e apresentação das demonstrações
financeiras de uma entidade. Essas normas visam a padronização e a transparência das
informações contábeis, de forma a permitir que os stakeholders, como investidores,
credores, acionistas e reguladores, compreendam adequadamente a situação financeira e
o desempenho da empresa.
1.1. Objectivo
1.1.2 Objectivo Geral
 Conhecer a normalização contabilístico em Moçambique e a sua evolução
histórica.
1.1.3 Objectivo Especifico
 Descrever Normalização Contabilística em Moçambique.
 Falar da história e evolução contabilística em Moçambique.
1.1.4 Metodologia
Para o desenvolvimento do presente trabalho, a recolha de informação ou de dados
recorreu á seguida da análise da informação para a sua harmonização e posteriormente a
sua compilação. Ou seja a recolha de informações baseou-se na utilização de
informação já existente em documento anteriormente elaborado com o objectivo de
obter dados relevante para responder as questões de investigação do conteúdo.

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2. Revisão da literatura
2.1 Normalização Contabilística
A Normalização Contabilística, também conhecida como Normas Contabilísticas ou
Normas de Contabilidade, refere-se ao conjunto de regras, princípios e diretrizes
estabelecidos para a elaboração e apresentação das demonstrações financeiras de uma
entidade. Essas normas visam a padronização e a transparência das informações
contábeis, de forma a permitir que os stakeholders, como investidores, credores,
acionistas e reguladores, compreendam adequadamente a situação financeira e o
desempenho da empresa.

A Normalização Contabilística entende se como o relato financeiro visto a uma nova


luz, ou seja pressupõem a total uniformização das regras contabilísticas.

Ela é importante na análise económica e financeira da empresa, tendo em conta o meio


envolvente em que, hoje, as empresas encontram-se inseridas.

As mudanças que ocorreram na economia global levou a que as empresas passassem a


adotar novas formas de elaborar o reporte financeiro como forma de acompanhar essa
evolução.

A Normalização Contabilística posiciona-se num extremo de total igualdade nos


procedimentos contabilísticos, visando a padronização de princípios e normas.

Pode se definir a Normalização como um processo que trata de impor uma


uniformidade nos métodos e práticas contabilísticas de todos países que participam no
processo.

A normalização contabilística pode variar de país para país devido a diferenças nas
práticas contábeis, leis e regulamentações locais. No entanto, muitos países adotam
padrões contábeis internacionais ou adaptam suas normas para alinhar-se com tais
padrões, como as International Financial Reporting Standards (IFRS) emitidas pelo
International Accounting Standards Board (IASB).

As normas contabilísticas podem abordar várias áreas, incluindo:

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2.2 Reconhecimento de Receitas e Custos
Define critérios para quando as receitas e custos devem ser reconhecidos nas
demonstrações financeiras, com base em princípios como a realização da receita e a
correspondência de custos e receitas.
2.3 Ativos, Passivos e Patrimônio Líquido
Estabelece diretrizes para o reconhecimento, mensuração e divulgação de ativos,
passivos e patrimônio líquido, incluindo critérios de avaliação, depreciação e
amortização.
2.4 Demonstrações Financeiras
Define a estrutura e os elementos obrigatórios das demonstrações financeiras, como o
balanço patrimonial, a demonstração do resultado do exercício e a demonstração dos
fluxos de caixa.
2.5 Divulgações
Determina quais informações devem ser divulgadas nas demonstrações financeiras e
nas notas explicativas, a fim de fornecer um contexto completo e compreensível para os
usuários.
2.6 Consolidação de Demonstrações Financeiras
Trata da consolidação de demonstrações financeiras quando uma entidade controla ou
tem influência significativa sobre outras entidades.
2.7 Instrumentos Financeiros
Define como os instrumentos financeiros, como ações, títulos e empréstimos, devem ser
reconhecidos, mensurados e divulgados.
2.8 Arrendamentos
Aborda o tratamento contábil de contratos de arrendamento, tanto do ponto de vista do
arrendatário quanto do arrendador.
É importante observar que as normas contabilísticas estão em constante evolução para
se adequar às mudanças econômicas, financeiras e regulatórias. Empresas e
profissionais contábeis precisam estar atualizados sobre as normas aplicáveis em sua
jurisdição para garantir a conformidade e a apresentação precisa das informações
financeiras.

3. Vantagens da Normalização Contabilística

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Estar relacionado com as empresas multinacionais, já que as empresas subsidiarias
passariam a trabalhar com as normas similares as da empresa mãe o que diminui os
esforços e tempo despendido pelos contabilistas e os auditores dessa mesma empresa;
Facilidade na procura de financiamento em mercados estrangeiros e também;

Facilidade na elaboração das demonstrações consolidadas uma vez que não teria, de
elaborar conforme as normas do País da origem da empresa mãe devido as exigências
do mercado de capitais e contas individuais para casa filial;

Diminui os custos com a preparação das demonstrações financeiras; e

Auxilia as operações de tomada de decisão e a mobilização de staff de um País para


outro País.

3.1 Desvantagens da Normalização Contabilística


Não é aceite por vários autores que até meados da década oitenta eram contra esse
processo. Segundo Rodrigues (e tal autores como Zweigert e Goldman (1995)
argumenta, que as leis harmonizadoras frequentemente são hídricas e com muitas
clausulas tornando o processo de difícil alcance devido a diversidade fiscal e legal dos
diferentes países são aceites isto porque a contabilidade só conserva a sua relevância se
for sensível ao meio em que opera. Uma alteração do métodos contabilísticos pressupõe
também na alteração nos relatórios financeiros e os utilizadores dessa informação
devem ter consciência dos efeitos dessa alteração.
4. Normalização contabilística em mocambique
Até à minha data de corte em setembro de 2021, a normalização contabilística em
Moçambique estava em processo de evolução e harmonização com padrões
internacionais. Moçambique adotou o Plano Geral de Contabilidade (PGC), que é
alinhado com as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), também
conhecidas como International Financial Reporting Standards.
O PGC moçambicano é composto por três partes:

Normas Contabilísticas para o Setor Empresarial (NCSE): Aplicáveis às entidades que


operam no setor empresarial.

Normas Contabilísticas para o Setor Público (NCSP): Aplicáveis às entidades do setor


público, incluindo órgãos governamentais e instituições sem fins lucrativos.

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Normas de Relato Financeiro (NRF): Fornecem orientações específicas sobre a
apresentação e divulgação de informações financeiras.

É importante ressaltar que as informações podem ter evoluído após setembro de 2021.
Portanto, recomendo verificar as fontes mais recentes, como os órgãos reguladores e
associações contabilísticas em Moçambique, para obter as informações mais atualizadas
sobre a normalização contabilística no país.

4.1 Evolução histórica da contabilidade em Moçambique


A evolução da contabilidade em Moçambique conheceu três fases diferentes. Sendo
assim, verifica-se que a primeira surgiu nove anos após a declaração da independência
nacional em 1975. Isto é, após a independência, o País viveu uma era de reestruturação
económica e administrativa, caracterizada pela nacionalização de infraestruturas físicas
e económicas. E, existindo empresas privadas, em 1984, ainda República Popular de
Moçambique, foi aprovada a Resolução nº 13/ 84 de 14 Dezembro, cujo objectivo era
de introduzir um Sistema de Contabilidade para Sector Empresarial de Moçambique.
Com está resolução, Moçambique passou a apoiar-se para regulamentar as actividades
do sector privado, permitindo deste modo dar maior informe ao governo de modo a
regular a actividade económica bem como definir as políticas fiscais e tributárias. Desta
forma, importa referir que as políticas fiscais constituem o processo de administração
das receitas e despesas públicas e as tributárias são mecanismos usados por este orgão
que permitem obter as receitas necessárias para fazer face as despesas públicas.

A segunda era, inicia em 2006, quando Moçambique aprova o Decreto nº 36/ 2006, de
25 de Julho. Este novo normativo, é antecedido de evolução tecnológica mundial e da
crescente utilização das novas tecnologias de informação e comunicação nas empresas
e, pela incapacidade da contabilidade em registar determinados bens, ou seja os
imobliários incorpóreos (marcas, patentes, software). Assim, o Decreto nº 36/ 2006,
veio solucionar os problemas em torno das dificuldades do tratamento contabilístico das
imobilizações incorpóreas, pois através deste as empresas passaram de modo uniforme a
contabilizar estes elementos do património.

Durante os anos 2006 à 2009, o mundo já estava em processo de harmonização


contabilística, devido a unificação das fronteiras internacionais, a globalização, a
necessidade da expansão de negócios internacionais e de financiamentes através do
Mercado de capital. Esta harmonização, consistiu em integração das normas

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internacionais de relato financeiro nos sistemas de contabilidades dos Países Europeus e
Americanos.

Coincidentemente, Moçambique ao longo da mesma época iniciou com as descobertas


de recursos minerais e entradas de investimentos estrangeiros. E, mais uma vez o
sistema de contabilidade utilizado nesta altura (2006 -2009) começa a mostrar
fragilidades no registo de determinadas operações realizadas por estas grandes empresas
e ainda pelas dificuldades apresentadas na comparação com as operações dos
empreendimentos do grupo localizados fora das fronteiras nacionais. Pois, estas
multinacionais eram obrigadas a elaborarem duas DF’s, os primeiros para fins locais e o
segundo para fins de gestão interna da empresa, comparação e submissão ao Mercado
de Capital Internacional.

Desta forma, Moçambique passa a viver a terceira e actual fase do seu Sistema de
contabilidade do Sector Empresarial (SCE). Com interesse de desenvolver o Mercado
de Capital em Moçambique bem como integrar as empresas nas bolsas de valores
estrangeiras foi aprovado o Decreto nº 70/ 2009 de 22 de Dezembro, que está baseado
em Normas Internacionais de Relato Financeiro (NIRF’s). E, com a criação da Ordem
dos Contabilistas e Auditores (OCAM) este interesse foi alargado, pois esta organização
tem uma visão mais ampla em relação a aprovação deste normativo contabilístico à
medida que vai certificar a qualidade das Df’s elaboradas no terrítório nacional e ainda
vai permitir o profissional desta àrea a melhorar a qualidade dos seus serviços e abrir
novos horizontes internacionais de oportunidade de trabalho.

Entretanto, este normativo veio evolucionar a realidade contabilística moçambicana,


pois vários elementos novos foram introduzidos, destacando -se a DFC e a
demonstração de alterações de capital próprio, o que veio a melhorar a qualidade das
DF’s. Face a esta situação, de modo a seguir a exigência deste novo normativo, as
empresas abrangidas por este têm envergado esforço de modo a integrar-se nesta nova
era da contabilidade moçambicana, através de capacitação dos seus trabalhadores e
contratação de empresas de renome que trabalham a muito com estas normas para
efeitos de reclassificação e requalificação do seu património.

A evolução histórica da Contabilidade em Moçambique reflete o desenvolvimento do


país ao longo do tempo, desde os períodos pré-coloniais até os dias atuais. Aqui estão os
principais marcos da evolução da Contabilidade em Moçambique:

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4.1.1 Período Pré-Colonial
Antes da colonização europeia, as comunidades locais em Moçambique praticavam
formas rudimentares de contabilidade para registrar transações comerciais, trocas e
produção agrícola. No entanto, esses sistemas não eram formalizados nem
padronizados.
4.1.2 Colonização Portuguesa
Durante a colonização portuguesa, que começou no final do século XV e durou até a
independência de Moçambique em 1975, os portugueses introduziram sistemas
contábeis ocidentais para fins de administração colonial e controle das atividades
comerciais. Esses sistemas eram voltados principalmente para os interesses coloniais e
não promoviam o desenvolvimento local.
4.1.3 Independência e Socialismo
Após a independência em 1975, Moçambique adotou uma política socialista sob o
governo do partido FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). Durante esse
período, houve nacionalização de empresas e a contabilidade era centralizada e
orientada para o planejamento econômico central do governo.

4.2 Economia de Mercado e Reformas


Na década de 1980, Moçambique adotou políticas de liberalização econômica,
abandonando o sistema socialista e abrindo espaço para a economia de mercado. Isso
trouxe mudanças significativas na contabilidade, com a necessidade de adotar padrões
contábeis internacionais para atrair investidores estrangeiros e promover o
desenvolvimento econômico.
4.3 Adoção de Normas Internacionais
A partir da década de 1990, Moçambique começou a adotar padrões contábeis
internacionais, como as Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), para
aumentar a transparência, a comparabilidade e a credibilidade das demonstrações
financeiras das empresas.
4.5 Crescimento Econômico e Desenvolvimento
Nas décadas seguintes, Moçambique experimentou um crescimento económico gradual,
impulsionado principalmente pela exploração de recursos naturais, como gás natural e
minerais. Isso levou a um aumento na complexidade das transações comerciais e à
necessidade de contabilidade mais avançada e precisa.

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4.6 Desafios e Oportunidades
Apesar do crescimento econômico, Moçambique enfrentou desafios como corrupção,
falta de infraestrutura e desigualdade. A contabilidade desempenha um papel crucial na
abordagem desses problemas, por meio do monitoramento financeiro, da transparência e
do controle de recursos.
4.7 Tecnologia e Digitalização
Nos últimos anos, a adoção de tecnologia tem transformado a forma como a
contabilidade é realizada em Moçambique, assim como em todo o mundo. Sistemas de
contabilidade informatizados, software de gestão financeira e a digitalização de
processos contábeis têm se tornado mais comuns.
Em resumo, a evolução da Contabilidade em Moçambique reflete as transformações
históricas, políticas e econômicas do país, desde sistemas tradicionais até a adoção de
padrões internacionais e tecnologias modernas para atender às necessidades em
constante mudança da sociedade e da economia.

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5. Conclusão
Ao finalizar com presente trabalho de pesquisa conclui que a partir da década de
1990, Moçambique começou a adotar padrões contábeis internacionais, como as
Normas Internacionais de Relato Financeiro (IFRS), para aumentar a transparência, a
comparabilidade e a credibilidade das demonstrações financeiras das empresas.

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6. Referencia Bibliográfica
IUDÍCIBUS, S. (1989), Teoria da Contabilidade, 2ª Edição, 2ª tiragem, Atlas, São
Paulo. 2. INSTITUTO DE AUDITORES INDEPENDENTES DO BRASIL –
IBRACON. NPC nº 20. Disponível em . Acesso em 26 Setembro de 2009; 3.
BELKAOUI, A. R. (1992), Accounting Theory, 3rd Edition, The Dryden Press,
Londres. Disponível em . Acesso em 26 Setembro de 2009; 4.

NOBES, Christopher (1996b), International Guide to Interpreting Company Accounts


1996-97, FT Financial Publishing, Pearson Professional Limited, Londres Disponivel
em.

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