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1- Angus

A raça Aberdeen Angus é uma das mais conhecidas do Brasil, tendo grande destaque nos
mercados de carne bovina nacional e internacional. A qualidade da carne é a principal
responsável por esse reconhecimento, já que ela apresenta excelente habilidade para o
marmoreio, além de uma cobertura de gordura espessa e uniforme.

Contudo, existem outros fatores que justificam o sucesso da raça na pecuária de corte. A
alta fertilidade, a precocidade e a facilidade de parto asseguram um ótimo retorno financeiro
aos produtores além de atender outros nichos de clientes nas prateleiras de supermercados.

A precocidade não se refere somente ao fato de as fêmeas iniciarem o ciclo reprodutivo


entre os 14 e os 18 meses, mas também ao seu rápido crescimento e terminação.

A raça, originária da Escócia, é rústica, tendo se adaptado muito bem ao clima do pampa
gaúcho, mas respondendo de maneira igualmente produtiva em regiões mais quentes do
país, sua cor predominante é originalmente preta.

Como se não bastasse, esses animais são mochos e dóceis, o que facilita o manejo dentro da
porteira. Para muitos especialistas, Angus é uma raça completa de gado de corte

2- Nelore
O Nelore é uma raça bovina originária da Índia. Esses animais foram trazidos para o Brasil
com o objetivo de melhorar o gado nativo e constituem a raça que mais recebe seleção,
resultando em ótimos índices produtivos.

Calcula-se que cerca de 80% do rebanho nacional de corte é composto por bovinos Nelore
ou anelorados, sendo a raça predominante nas fazendas da região central do país. São
animais grandes, que alcançam bom desenvolvimento, e são direcionados exclusivamente à
produção de carne.

O apreço dos pecuaristas se deve à rusticidade da raça que, por apresentar muitas glândulas
sudoríparas, adapta-se bem às regiões quentes do Brasil. Além disso, a pelagem é espessa, o
que confere boa proteção ao ataque de parasitas — isso significa que o produtor pode ter
menos gastos com medicamentos.

As fêmeas têm partos fáceis, além de serem protetoras com seus bezerros. Estes, por sua
vez, nascem fortes e sadios, o que faz com que a perda de bezerros seja mínima. Ademais,
as carcaças do Nelore podem alcançar 16,5 arrobas aos 26 meses, com rendimento de 50 a
55% em uma dieta de pastagens. Para completar, também toleram bem as restrições
alimentares.
3- Brahman
O Brahman teve origem nos EUA e é resultado de cruzamentos entre importantes raças
zebuínas, que tiveram início com um gado brasileiro predominantemente Guzerá, com
participação de Gir e de Nelore. As seleções visavam ao desenvolvimento de animais
tolerantes à umidade, ao calor, aos endo e ectoparasitas e a determinadas doenças.

Os cruzamentos das linhagens resultaram em uma raça que herdou a qualidade da carne, a
precocidade dos bezerros e a fácil adaptação ao clima tropical brasileiro, suportando bem as
pastagens mais grosseiras. São animais que costumam dar ótimos rendimentos aos
produtores, tanto na produção de carne quanto na reprodução.

Ou seja, os pecuaristas podem usar os touros para fortalecerem seus rebanhos. As fêmeas
são bastante utilizadas em programas de inseminação artificial, em transferência de
embriões e em fertilização in vitro.

4- Brangus
O Brangus é uma raça fruto dos cruzamentos entre Brahman e Aberdeen Angus,
aprimorados simultaneamente nos EUA, no Brasil, na Austrália e na Argentina. As seleções
tinham como objetivo aumentar a rusticidade das raças europeias e diminuir a
vulnerabilidade a parasitas, com a contribuição das raças zebuínas.

Os Brangus também apresentam precocidade sexual, habilidades maternas e excelente


acabamento de carcaça e marmorização da carne. São animais muito utilizados em
confinamento por se adaptarem bem e terem um elevado ganho de peso.
5- Senepol
O Senepol tem uma história recente no Brasil, já que chegou aqui nos anos 2000. Mesmo
assim, o país já é referência no melhoramento genético da raça, e a carne tem sido cada vez
mais encontrada nos frigoríficos nacionais.

Esses animais têm um crescimento acelerado e um ciclo de engorda curto, o que os torna
prontos para o abate mais precocemente. Além disso, têm uma excelente conversão
alimentar, e seus bezerros têm maior peso ao desmame, sendo vendidos por valores acima
da média do mercado de reposição.

São altamente adaptáveis a qualquer dieta e tolerantes ao calor, à umidade e aos parasitas.
Também são longevos e têm alto desempenho reprodutivo. Essas características fazem com
que eles sejam mais utilizados em cruzamentos industriais e para aumentar o número de
sobreviventes ao parto nas fazendas.

6- Hereford
A raça tem origem na Inglaterra, mas os primeiros exemplares chegaram ao Brasil pela
Argentina e pelo Uruguai. A sua performance, combinada à praticidade no manejo, torna
esses animais muito populares em várias regiões do mundo, reconhecidos como raça básica.
São bovinos de grande porte e notável estrutura muscular. No entanto, são mochos e
bastante dóceis no campo. Têm elevada fertilidade, longevidade e eficiência alimentar, além
de serem rústicos e apresentarem ótima adaptabilidade a diversos sistemas de produção.

Os Hereford têm excelente capacidade de engorda e de acabamento de carcaça, chegando


ao peso ideal para o abate entre os 20 e os 26 meses, em média. A gordura da carcaça é bem
distribuída, o que dá à carne o aspecto marmorizado e uma elevada qualidade que garante
destaque no mercado.

7- Tabapuã
O Tabapuã surgiu do cruzamento entre as raças Guzerá, Nelore e Gir e é conhecido como o
“zebu brasileiro”. O nome faz referência ao local de origem da raça, no interior do estado de
São Paulo. Entre características mais marcantes do Tabapuã estão a precocidade, a fácil
fertilização e a docilidade.

É a primeira raça zebuína mocha, e o seu melhoramento genético tem critério econômico, já
que animais mochos apresentam vantagens na estabulação e no transporte. Os criadores
buscam desenvolver o rendimento da carcaça, o ganho de peso e a precocidade, em
detrimento das características raciais, que são supervalorizadas em outros animais.

Como gado de corte, o Tabapuã já demonstrou seu potencial em provas de ganho de peso e,
na produção leiteira, tem respondido de modo surpreendente aos estímulos de seleção
zootécnica.

Mas não para por aí, devido ao cruzamento entre raças e vinda de matrizes de outros países
novas raças estão entrando no mercado brasileiro visto como um dos mais promissores do
mundo.

Conhecer suas terras e suas capacidades e qualidades é imprescindível para a escolha de


qual raça criar, tais fatores como clima e alimentação tem que ser bem observado.

8- Canchim
O Caracu tem procedência direta de antigas raças ibéricas e portuguesas e está no Brasil
desde o período colonial. Após quatro séculos sendo criados sob condições adversas, como
clima forte, alimentação escassa e parasitas diversos, a seleção natural moldou animais
rústicos. Assim, suas características revertem boa rentabilidade para os criadores.

É seguramente a raça europeia mais bem-adaptada ao clima tropical brasileiro,


apresentando resistência ao calor e a endo e a ectoparasitas. Seus cascos também resistem
bem, tanto a solos duros como a encharcados, e as fêmeas têm facilidade no parto.

O Caracu apresenta menor exigência alimentar, tem aptidão dupla e tem sido aproveitado
em cruzamentos para aumentar a rusticidade de outras raças. Os machos cobrem em campo,
o que facilita o manejo reprodutivo.

Como vimos, o sucesso da pecuária de corte passa pela escolha e a


criação correta da raça de gado de corte. A engorda é outro processo
fundamental e para isso, a pastagem correta é fundamental.

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