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KAT A RETORCIDA

Romance Obscuro com a Senhora Submissa e o


Alfa

Por Magenta Perales

© Magenta Perales 2022.


Todos os direitos reservados.
Publicado na Espanha por Magenta Perales.
Primeira Edição.
Dedicado a Rae, Giulia, Kristina e Aurea
Erik Rowe era o Rei
O lider indiscutivel de sua cidade
O Alfa em um tribunal de Betas.
Em uma cidade de Ômegas escravizados.

Eu, Katherine Ashton, era a mesma.


A Rainha de minha cidade. Meu reino.
E aos 29 anos, deveria ser casada.
Erik foi o melhor partido.

Eu o queria desde o momento em que o vi.


E ele tambem me queria.
Além disso, havia algo nele...
...um primata escuro, animal.

Eu sempre fui, sempre no comando.


Ele tambem. Mas não precisava...
Com ele, apenas um de nos
Poderia estar no comando.

Foi um casamento de conveniencia.


Frio. Até dormimos juntos.
Pensei que podeiamos “trocar”...
...mas no final apenas um de nos poderia vencer.

E se eu quisesse que ele ganhasse?


E se quisesse que fosse meu rei?
Meu senhor... meu... mestre?
I
— O mundo pode ser um lugar muito injusto.
— Sabe disso há muito tempo, mas, eu não entendo porque está
pensando nisso agora.
— Acredito que me faz sentir um pouco mal ver aquelas mulheres
trabalhando para nós. Não tem e nunca terão uma qualidade de vida
decente. Elas pensam inutilmente que as cosias vão melhorar e não
vão.
— Soa muito fatalista. Sinto-me incômoda.
— Dizer a verdade não tem que ser algo bonito, mãe.
— Mas é uma herdeira, não é como as outras. Portanto, não é
preciso pensar em uma situação e outra vez. Não tirará proveito
disso, e sabe disso.
— Pode ser mais consciente, mãe. Não faria mal. Isso não seria
ruim. Não acha?
Estava segura que o comentário a estava incomodando, mas tenho
que ser sincera. É algo que achei sempre divertido. Embora não
fosse uma mentira o que eu lhe dizia, achei engraçado como pude
despertar o desconforto de minha mãe tao rapidamente. Adorava.
Levantei-me do colo dela para ir até à janela. Sim, sabia que essas
mulheres estavam condenadas a viver uma vida muito mais dura do
que a minha, sabia que suas esperanças eram fúteis. A razão?
Estavam diante de uma espécie de parede sólida e rígida que
parecia não cair por nenhuma razão.
A verdade é que eu estava ali, olhando para fora, me perguntando
como seria a vida se todos nos fossemos livres por uma vez. Talvez
essas mulheres e eu fossemos amigas, talvez não, mas, no final,
seriamos livres. Não foi melhor assim?
— Ah! minha filha. Levanta-se direito. Tem que provar ser uma Alfa
em todos os momentos. Uma mulher digna de sua linhagem.
Queria responder-lhe, mas não o fiz porque já estava entediado com
sua presença. Acenei com a cabeça, como se não quisesse mais
ouvi-la.
Quando se deu conta que não estava mais disposta a falar com ela,
senti sair da sala. Respirei um suspiro de alívio porque finalmente
estava sozinha. De alguma forma posso dizer que gosto disso. É
uma forma de não ter que lidar com as besteiras de outras pessoas.
Depois de um tempo afastei-me da janela e fui para a cômoda que
não estava longe dali. Antes de sentar-me, percebi que meu quarto
era de fato bastante grande e confortável. Não poderia reclamar, na
verdade, mas lhe digo a verdade? Me parecem muito entendiantes.
Tão bem feito, tao bem conservado, tão perfeito. A própria ideia
disso me deixa doente.
Peguei a cadeira de metal e sentei-me em frente ao espelho, tive
que realizar alguns preparativos porque logo encontraria um
pretendente Alfa. Um homem que deveria ser adequado para mim
em todos os sentidos.
Entretanto, confesso algo, já que tenho um pouco de tempo, vou lhe
dizer que se trata. Espero que possa entender minha falta de
paciência com as pessoas, especialmente quando se vive em uma
sociedade tão caricatural quanto esta.
Nem sempre foi assim, mas as coisas mudaram após a Guerra das
Casas, onde as corporações mais importantes do mundo foram
colocadas umas contra as outras. O engraçado é que, em algum
momento, muitas pessoas pensaram que a Terceira Guerra Mundial
apresentaria um cenário semelhante ao anterior. Quero dizer,
bombardeios, ataques com armas químicas ou algo parecido, mas
ninguém imaginava que o verdadeiro campo de batalha era a bolsa
de valores.
As pessoas foram ignorantes do crescimento daquela bolha que as
fazia pensar que teriam estabilidade econômica. O pior ficou para
trás: China, Estados Unidos, Rússia e Alemanha lutavam pelo
controle do mundo, não apenas politicamente, mas também
economicamente. Foi um desastre, sem nome para o Aquecimento
Global, migrações e movimentos culturais. A humanidade estava
passando por uma prova.
Suponho que o pior erro penso que tudo estava garantido e que
tudo estaria bem, que o bem triunfaria e toda aquela parafernália
que as pessoas da Nova Era consomem. Nada poderia estar mais
longe da realidade.
A cereja do bolo foi a crise dos hidrocarbonetos. Segundo os livros e
os testemunhos dos historiadores, essa foi uma espécie de fusível
que causou o colapso de tudo. Como se fosse um castelo de
cartas?
Tudo o que era conhecido e construído pelo homem caiu uma
questão de tempo. Aquela guerra domestica foi a ocasião perfeita
para que o povo visse a verdadeira face das empresas e
proprietários. O homem comum, o cidadão comum, era apenas um
simples fantoche, indo de um lado para o outro, esforçando ridículo
para não perder o pouco que ele havia conseguido.
A destruição era iminente, a caída do PIB dos países do primeiro
mundo, enquanto os países do terceiro mundo pareciam afundar-se
cada vez mais em um abismo de corrupção e miséria. Foi como o
Juízo Final, mas sem qualquer vislumbre de salvação. Ninguém viria
em socorro da pobre humanidade. Nem por sombras.
Em meio ao conflito e ao desespero, apenas alguns poucos
ousaram a mover suficientemente rápido para evitar a queda e sair
da água. Refiro-me aqueles grupos de investidores e burgueses que
viram a ocasião como a oportunidade perfeita para dar um passo
adiante e tentar fazer ordem… Claro, sua ordem.
Alguns tinham poder politico e outros econômicos, de modo que as
alianças não demoraram muito para se concretizarem. Pouco a
pouco, formou-se um grupo de elite que conseguiu reorganizar a
vida que havia sido fraturada após a guerra. Ironicamente,
conseguiram.
Digo ironicamente porque sempre se supõe serem os diplomatas e
aqueles lideres altruístas que vem a frente, mas não, ele não o
fizeram. De fato, eles fizeram o seu melhor para desaparecer da
face da terra. Mais uma razão para perceber o quão oportunistas
podemos ser como uma raça.
Enfim, por um lado, a ordem foi restaurada e havia a sensação de
que as coisas iriam dar certo. No entanto, havia algo que não podia
ser deixada de lado. O controle que essa elite alcançou impediu que
os demais desastrassem até mesmo dos benefícios que
alcançaram. Isto resultou em uma divisão de classes bastante cruel
e perigosa.
A arrogância dos primeiros era tal que se dominaram “Alfas”.
Pessoas de dinheiro e com poder, controle e domínio sobre os
outros. Atrás deles, e a uma distância marcada, estavam os Betas,
um grupo de indivíduos que apenas se haviam salvado da
catástrofe, mas que não eram merecedores da glória dos Alfas.
Assim eles estavam muito melhor que os Ômegas, representavam o
resto da população. Considerados como os piores, como os mais
vergonhosos em impuros, os Ômegas estariam renegados a
periferia, para lutar entre si pela comida enquanto se afundavam na
loucura da luxúria e outros prazeres de base.
A situação foi sendo consolidada pouco a pouco. Os líderes
reforçaram suas posições na sociedade e isto também ajudou as
nações e assumirem uma nova ordem geopolítica. Os países
deixaram de ser, agora eram cidades-estado.
Claro, isto não quer dizer que não houve alguma resistência.
Ômegas e alguns Betas efetuaram o melhor que puderam para
travar guerras e conflitos civis de modo a reverter a situação. Não
importa quais fossem esmagados como insetos, tratados como
grandes traidores e condenados a morte ou a prisão. Suponho que
morrer era uma melhor opção.
O fato é que os Alfas conseguiram construir aquele lugar só para
eles, A Cidadela, uma espécie de centro onde operariam todas as
indústrias e máquinas possíveis. Além disso, seria também o lar de
milhares de descendentes desta classe, de modo que muitos, a
proposito, não teriam conhecimento da pobreza ou da fome.
Na periferia estariam os Betas que, aliás, atuariam como “corte”
para os Alfas. Esta é uma maneira agradável de dizer que os Alfas
preferiam fazer a bajulação correspondente para não perder o status
que dificilmente poderiam alcançar.
Foi assim que as coisas funcionaram e permaneceram assim por
mais tempo do que as pessoas poderiam imaginar. O mundo seguiu
assim e ficou assim.
Meus bisavós foram os primeiros fundadores da Cidadela, portanto,
como era de se esperar, minha família não tinha necessidade de se
preocupar com riqueza ou bem-estar. O simples fato de sermos
descendentes dos fundadores nos deu o privilégio de viver
confortavelmente até a eternidade.
Sabia haver uma vida além da Cidadela em uma idade muito jovem.
Meu irmão mais velho se juntou as forças de segurança sendo
enviado para a periferia assim que completou 18 anos.
Claro, minha mãe estava a beira de um colapso nervoso e meu pai,
por outro lado, estava orgulhoso que seu filho primogênito estivesse
servindo nas forças de segurança, mesmo correndo risco de vida.
Todos nos alinhamos com o plano para mostrar apoio. A mim tudo
isso me pareceu uma aventura, então realmente não compreendi
muito bem do que se tratava a situação, mas tenho que ser honesta
sobre algo, já que sai de minha casa por alguns minutos, nunca
pensei que veria algo remotamente como o que observei na
periferia.
Recordo de, minha mãe segurando minha mão com força enquanto
meu pai abraçava meu irmão. Ao nosso redor, havia um forte anel
de segurança que nos protegia do que quer que estivesse lá.
No início me pareceu tonto, mas depois pude sentir o nervosismo de
minha mãe e a tensão dos guardas que nos protegiam. Pensei ser
uma forma de jogo e confirmei-o quando me separei dela e sai
correndo.
O rosto de minha mãe caiu quando me viu e os gritos de socorro
logo se seguiram. Sua histeria foi apagada quando um dos homens
de preto me pegou nos braços. Naquele momento, tive a
oportunidade de ver estarem me protegendo. Era algo que jamais
esqueceria.
Havia pessoas com rostos sujos e roupas rasgadas, mulheres com
olhares desdenhosos e crianças como eu sem sapatos, sem
segurança e provavelmente sem família. Por toda parte, um
contexto menos encorajador: ruas sujas cheias de lixo, edifícios
altos, mas desmoronados, vidros quebrados, luzes de néon a gritar
porque mesmo que fosse de dia, por alguma razão, sempre era de
noite. Havia fumaça, vão e aquele vapor vindo talvez de uma
barraca de alimentos.
Agora que sou mais velha, vejo isso tão claramente que me assusta,
que faz minha pele rastejar. A verdade é que eu nunca pensei que
essa imagem me abalasse tanto até agora.
A despedida de meu irmão ficou por lá. Voltamos para A Cidadela e
esquecemos a situação e o susto. Voltei a me concentrar em
brinquedos e jogos, minha mãe em encontros sociais com amigas e
meu pai em continuar a se estabelecer como um dos mais
importantes lideres dos Alfas na cidade.
Não posso mentir: minha infância foi protegida e muito agradável.
Não me lembro de uma época em que não me faltava nada. Tinha
mulheres que cuidavam de mim e me preparavam 24h por dia.
Tinha os brinquedos que queria e era mimada o tempo todo. Não
sabia de limitações.
No entanto, esse período não durou muito. Agora que olho para
trás, penso deixada sozinha, tempo suficiente para me fazer pensar
que as coisas seriam sempre assim… mas era óbvio que não eram.
Comecei a notar uma atenção especial para mim. Por um tempo
não sabia porque, até que notei minhas próprias mudanças.
Já não parecia mais uma garota doce e inocente, percebi ter um
surto de crescimento, de modo que tinha me tornado muito alta.
Outras mudanças pelas quais passei foram: a acentuação da minha
cintura, o alargamento dos meus quadris e a forma oval do meu
rosto que se tornou mais pronunciada. Cresceu meu cabelo, que
parecia como sempre tinha: quase loiro branco, o que acho
engraçado porque contrastava muito bem com meus olhos verdes.
Adotei o nariz reto de meu pai e as maças do rosto pronunciadas de
minha mãe, assim como a pequena boca em forma de coração. A
mudança foi tão chocante que uma vez me disseram ser a Alfa
ideal. Senti-me terrivelmente desconfortável com isso.
Durante minha adolescência, não prestava atenção nos meninos e
acredito que isso tinha a ver com a insistência de minha mãe para
que eu namorasse. Realmente, efetuei todos os esforços para fazer
outras coisas, mesmo matriculados em aulas e cursos de todos os
tipos.
Recordo uma vez de praticar tiro ao alvo e até mesmo macramé.
Olhando para tudo isso, suponho que sou uma espécie de recipiente
inútil de conhecimentos.
Por um tempo o plano funcionou, meu pai até pensou que eu estava
na idade perfeita para explorar opções.
— É uma garota animada e pró-ativa. Deixa que se diverta.
Minha mãe, no entanto, sabia muito bem o que estava acontecendo.
Veja, ela é uma mulher que na maioria das coisas está um pouco
distraída e isso me serviu bem, mas a verdade é que, neste caso
em particular, ela sabia muito bem que estava fazendo isso mais por
desejo de fugir do que qualquer outra coisa.
Chegou o momento da minha apresentação para sociedade Alfa.
Isto é feito especialmente para as mulheres das famílias mais
importantes. Pessoalmente, sempre achei isso uma espécie de culto
estranho, mas que se dane. As coisas eram assim.
Tinha 16 anos e realmente queria fugir. O dia chegara, então passei
a maior parte do meu tempo em frente a um espelho. Meus cabelos
estavam sendo puxados e qualquer quantidade de maquiagem
estava sendo aplicada. Cada vez que via meu reflexo, tentava dar
sentido ao que me parecia ser uma situação absurda. Um ato
retrogrado e tolo, uma forma de alimentar o ego desses poderosos
homens e mulheres. Estava pronta para me rebelar e queria exercer
o mais rápido possível.
Colocaram-me em um vestido longo de cor marfim. Conforme a
costureira, esse tom seria lisonjeador para a minha pele. Assim que
minha mãe me viu, não conseguiu evitar chorar e eu tentei o
máximo possível para acalmá-la. Não consegui lidar com a
vergonha.
A ideia era colocá-los em filas para podermosdançar com alguns
garotos que também estavam se apresentando naquele dia.
Deveríamos nos emparelhar como potenciais sindicatos camuflados
nessa aura de amor adolescente. Sabia que a partir disto nossos
pais teriam materiais suficientes para fazer as conexões certas.
A música começou, tocada por uma banda que já estava no grande
salão do prédio principal do evento A Cidadela. Comecei a me sentir
nervosa porque realmente não queria fazer isso. No entanto, era
uma questão social muito respeitada, uma instituição, quase.
Portanto, eu não tive muita escolha.
O grande salão era revestido de ouro e metal, e era um lugar onde
eram frequentemente realizados eventos importantes na Cidadela.
Um par de escadas longas que terminavam no piso de mármore
branco, onde uma área para cadeiras ou pessoas estava espalhada.
Nessa ocasião, foi criada como uma espécie de pista de dança.
Os corrimões das escadas, contendo desenhos barrocos e
intricados, quase pareciam estar em um Valhala pegajoso.
Como era uma das meninas mais altas, fui colocada no final da fila
de 10. Como meu parceiro, um menino branco com cabelos pretos
grossos. Assim que me viu, pude ver como estava nervoso. Pobre
rapaz, gostaria de poder ter dito que tudo isso era um ato de puro
ridículo.
— “ Katherine Ashton e Luke Owen”.
Chamaram nossos nomes e nós dois saímos. Descemos os passos
lentamente, preservando a elegância do momento, até chegarmos a
pista de dança. Arrumados de frente um para o outro, esperávamos
que a música tocasse novamente para podermos começar a dançar.
Sim, sei ser pouco bobo.
Quando começou, estendi a mão para entrelaçar meus braços com
os dele. Sua mão foi estranhamente para a minha cintura e lá
começamos a nos mover estranhamente.
Fiz o meu melhor para dar a ilusão de que estava me divertindo,
mas não era porque minha mãe, fora das sombras das luzes,
continuava a gesticular para eu sorrir. Eu, entretanto, fingi que não
vira nada.
Justo quando a dança estava prestes a terminar, vi um rosto na
multidão. Era um homem alto, loiro, com um pouco de sorriso no
rosto. Assim que o vi, senti o calor da vergonha em minhas
bochechas. Queria rastejar para baixo do chão.
Ao terminar, a multidão aplaudiu quase exageradamente. Então
passaram para outro evento da noite e foi quando aproveitei a
oportunidade para escapar por um tempo. O resto de meus
companheiros pareciam genuinamente orgulhosos de si mesmos.
Não pude deixar de pensar que eram uns idiotas de primeira linha.
O que ninguém sabia, nem mesmo aquelas mulheres detestáveis
que estavam encarregadas de me vestir, era que tinha um par de
canudinhos e um isqueiro minúsculo escondido. Sim, em uma idade
tão jovem eu já fumava, mas isso fazia sentido. Vivi cercada por
pessoas praticamente o dia todo, fumar me dava aquela sensação
fugaz de liberdade.
Escorreguei em um jardim, chutei meus saltos altos e caminhei até
um banco de concreto enfiado nos arbustos. Sabia que ninguém me
incomodaria lá.
Acendi meu cigarro e dei um longo sopro que me fez sentir quase
revitalizada. Exalei a fumaça e mexi com a grama até ouvir um
barulho. Afiei meus sentidos e fiquei em completo silêncio até vê-lo
emergir da escuridão. Estava tão bonito que quase me sentia como
se estivesse ficado sem ar.
Uma espécie de luz iluminava seu rosto e pude detalhar melhor
suas características. Tinha um queixo quadrado, um nariz reto e
olhos grandes e azuis muito escuros. O traje enfatizava seu tom de
pele branca e sua forte construção. Não vi ninguém assim, ninguém
que pudesse me agarrar do jeito que ele me agarrou.
— Posso contigo? Este parece ser um lugar muito mais divertido do
que o salão…
Mal consegui acenar com a cabeça quando abafava parte da
fumaça do cigarro. Por um momento ele teve medo de me acusar
aos meus pais e isso era o mínimo que eu queria.
Entretanto, ele sorriu gentilmente para mim e, por alguma razão, eu
me senti um pouco mais calmo.
— Não se preocupe, não direi nada e mais, eu também vim aqui
pela mesma razão.
Puxou um cigarro e o acendeu com um isqueiro metálico brilhante.
Colocou imediatamente no bolso mais próximo e depois tirou um
longo sorteio. Adotou um olhar e um gesto tao sensual que eu o
encarei como uma tola.
— Como se sente? Eu não a vi muito nervosa ali dentro.
— Bem, eu estava. As multidões me deixam um pouco ansiosa.
— Lidou muito bem com isso. Quando eu estava dentro, uma
garota continuava pisando em meus pés, então penso que eu não
ficava muito ocupada pensando em nervosismo e outras coisas.
Seguiu essas palavras com um piscar de olhos. Por dentro, senti
que o mundo estava se movendo, mas como queria parecer uma
garota bonita e interessante, eu apenas acenei com a cabeça após
ter soprado um pouco da fumaça que havia acumulado.
Ficamos em silêncio por um longo tempo. Ao contrário daqueles
momentos em que me sentia constrangida por falta de palavras,
sentia-me muito confortável naquele momento, como se não
estivesse realizando essa comunicação.
— A propósito, meu nome é Mark. E o cara nervoso com quem
dançou é meu irmão.
— Prazer em conhecê-lo, Mark. Meu nome é Kat. Portanto, penso
que toda essa coisa de coincidência é uma loucura. Não teria
adivinhado.
— Sim, posso entender isso. Somos muito diferentes. Na verdade,
toda vez que dizemos que somos irmãos, as pessoas simplesmente
não acreditam em nos. Isso já nem nos incomoda mais.
Voltou a sorrir e com isso a sensação de que o tempo parou morto
em seus rastros. Fiquei fascinada por suas covinhas e por aqueles
olhos azuis que pareciam tão brilhantes e risonhos.
— Tentei ajudá-lo o máximo que pude por ter a mesma coisa há
dois anos. É realmente uma tolice, mas o que posso dizer? É assim
que as crianças são. A propósito, quer caminhar comigo? Há um
parque nas proximidades. Prometo que a levarei de volta a seus
pais o mais rápido possível.
— Esta bem.
Ambos terminamos de fumar, eu peguei meu par de saltos chatos e
começamos a andar pelas áreas verdes daquele grande e extenso
jardim. Falamos de tudo, não consigo lembrar o que. Talvez coisas
de menino. Aposto que ele fez seu melhor para parecer mais
charmoso e eu fiz o mesmo.
O que mais me impressionou naquele dia foi a constatação de que
era possível ser fascinado por alguém de verdade. Sempre via
meus colegas de classe idolatrando seus namorados e isso era tao
estranho para mim. Naquele momento, tudo parecia tao claro, tão
óbvio.
— Que tal nos encontrarmos amanhã? Ou um dia em que não tenha
que lidar com saltos altos?
— Esta bem, eu adoraria. Pode ser na praça principal.
— Muito bem! Encontramos às quatro.
Estava prestes a sair quando ele o pegou gentilmente pelo braço.
Olhou-me fixamente e me deu um beijo lento na bochecha. Fechei
os olhos e juro que pude ver estrelas. Parecia a coisa mais nobre e
bela do mundo.
— Não se esqueça.
Deixou-me ir, mas não se mexeu por um momento. Na verdade, ele
ficou ali no meio da grama iluminada pela lua até que estivesse fora
de vista. Depois encontrei meu pai que me parabenizou. Não lhe
prestei atenção, ainda andava sobre as nuvens.
A viagem de volta para casa foi muito mais feliz do que eu pensava.
Sabia que meus pais estavam falando de algo e a verdade é que eu
não sei, só conseguia pensar em como ele era lindo com aquela
galanteria que me havia esmagado totalmente. Fechei meus olhos e
quase consegui recriar seus gestos. Fui um pouco boba, para dizer
a verdade.
Naquela noite dormi feliz porque algo grandioso havia me
acontecido e fora da rotina que sempre me foi imposta.
No dia seguinte, levantei-me muito cedo porque não conseguia
dormir porque estava muito animada. Embora eu soubesse que em
algumas horas encontrarei Mark novamente, eu tinha que inventar
desculpa. Sim, sei que parece bobagem e ainda mais para um Alfa,
mas não queria que meus pais tirassem conclusões precipitadas e,
além disso, queria guarda-lo com todo o zelo do mundo. Era meu,
finalmente meu e de mais ninguém.
Vesti-me e desci para o café da manha. Naquele dia, meu irmão
havia voltado para casa para visitá-lo. Os olhos da minha mãe
brilhavam de emoção, ela estava acariciando o cabelo dele e meu
pai continuava a falar sobre a aventura que ele estava tendo nos
subúrbios. Achei estar na hora de afastá-los do cheiro o melhor
possível
— Ei, mamãe, esta tarde as menias da escola e eu vamos nos
encontrar na praça. Ficaremos por lá por um tempo, passeando e
coisas.
— Ah, sim. Retorna rápido.
Acredito que meu rosto desconfortável mostrou demais porque meu
pai agarrou meu ombro e olhou-me com um sorriso.
— Tenha cuidado e embrulhe quente. Está ficando mais fresco, mas
sabe que às vezes uma brisa pode nos incomodar.
Respondi com um sorriso e subi as escadas apressadamente.
Naquele momento, percebi faltavam apenas algumas horas para
nos encontrarmos, então pulei rapidamente para o chuveiro.
Nessa época, meu cabelo já estava um pouco comprido, penso que
devido à ânsia que as jovens têm de parecer princesas ou algo
assim. Penteei pacientemente meus cabelos para ficarem sedosos e
brilhantes. Quando terminei, com meu braço quase adormecido,
comecei a olhar o que tinha no meu guarda-roupa para escolher o
melhor dos melhores.
Optei por um vestido branco com o comprimento dos joelhos, um
converse vermelho e uma jaqueta de manga preta desgastada.
Minha mãe odiava até a morte, mas era a minha favorita, para dizer
a verdade.
Todo esse tempo em que estive trancada no meu quarto me fez
perceber que não demoraria muito até meu encontro com Mark. Eu
disse “encontro”? Bem, sim, foi algo assim, também não penso que
seja muito útil para escondê-lo.
A questão era que desci as escadas e olhei para fora para ver se
conseguiria vislumbrar a linha costeira. Foi um negócio como
sempre, por isso aproveitei a oportunidade para escapar em meio
ao riso de meus pais.
Sai sem fazer muito barulho, como se isso pudesse ser um
problema maior. Entao corri algumas ruas, apenas mais algumas, e
naqueles momentos me senti mais livre do que nunca. Não havia
ninguém cuidando de mim e estava sozinha, sabia que o sentimento
não seria uma constante em minha vida.
Caminhei por não sei quanto tempo. Ao dar um passo após o outro,
lembrei-me dessas conversas escolares. A excitação das meninas
falando sobre seus namorados ou encontros, para mim tudo parecia
tao insípido, tao ilógico, mas naquele momento tudo mudou. Eu
estava muito perto disso, muito perto.
Estava um pouco adiantada devido a minha ansiedade, então
estava olhando ao redor das lojas próximas até que me sentei perto
do monumento central, um enorme obelisco de pedra que também
parecia um relógio de sol. Talvez tenha sido alguma celebração dos
antepassados, não sei.
Sentei-me em um dos degraus que estavam lá. Olhei para a hora
em meu celular e meu coração saltou uma batida quando descobri
que já era quatro horas. Não conseguia entender como o tempo
havia passado tão rapidamente.
Olhei para cima e la estava ele, sorrindo para mim. O sol parecia
brilhar sobre ele como se fosse uma figura gloriosa e perfeita.
Estava usando um par de jeans leves, uma camisa xadrez vermelha
e tênis de creme. O vento desbotou seus cabelos loiros, quase
brancos, e aqueles olhos azuis estavam sobre mim. Podia sentir que
ele havia morrido e voltado a vida.
Juro que naquele momento eu queria me levantar, mas não
conseguia, era como se minhas pernas estivessem presas ao
chão.Penso que a única coisa que eu conseguia mover era meu
pescoço e minha cabeça, só para vê-lo. Senti que talvez fosse esse
o proposito da minha vida, de olhar para ele até que meus olhos
gastos.
— Cheguei tarde demais? Desculpe, não queria deixá-la esperando.
Olhou-me novamente e me derreteu com os olhos. Senti-me taã
boba e extasiada.
— Não… não… Não faz mal. Sai de casa cedo porque queria
caminhar por um tempo. Às vezes me sinto um pouco, bem, fora do
lugar. Eu não sei se estou me fazendo entender.
— Perfeitamente. Vamos — Estendeu a mão. — Caminharemos por
um tempo. Está um belo dia e penso que deveríamos aproveitá-lo
ao máximo.
Sorri-lhe e então laço meus dedos com o dele. Andamos por tantos
lugares que conheci alguns deles e me lembrei de outros que eu
não via desde criança. Durante todo esse tempo, conversamos
muito. Soube que ele estava de férias na Cidadela, esperando para
voltar a faculdade, que ele tinha duas irmas mais velhas e pensava
às vezes em fugir de todas as formalidades da vida alfa.
Claro que, como qualquer adolescente, fiquei mais do que
impressionada com suas palavras. Achei um cara muito
interessante, além de bonito, pensei que ele era a combinação
perfeita.
Ficou um pouco escuro e foi aí que propôs a ideia de ir para um
ponto de vigia que não fosse muito longe. Nunca havia estado lá
antes, portanto era a oportunidade perfeita para passar algum
tempo sozinho.
Subimos uma pequena colina e depois algumas escadas de pedra.
Enquanto isso, Mark tomou a iniciativa de falar comigo sobre fatos
interessantes sobre A Cidadela. Havia coisas que eu não sabia
achar inacreditáveis. Mais uma vez, estava no mesmo lugar, envolta
no mesmo pequeno discurso de fascínio.
Finalmente chegamos e fui confrontada com uma das mais belas
vistas que já havia visto. O verde, as flores, os edifícios altos e
modernos e, ao fundo, o céu claro e avermelhado graças ao pôr-do-
sol. Não pude deixar de sorrir, estava admirada.
Ele pegou minha mão e nos dois continuamos a olhar para o que
estava a nossa frente. Depois de um momento, porém, ele virou a
cabeça e eu também. O calor de nossas mãos se espalhou pelo
resto do meu corpo. Meu coração começou a galopar com força e
meu sangue correu para minhas bochechas. Era como se meu
instinto estivesse me dizendo que algo importante estava prestes a
acontecer… E aconteceu.
Minha natureza me fez aproximar de Mark, devagar, suavemente.
Não conseguia lidar com os nervos e houve até mesmo um
momento em que pensei que iria fugir, mas isso não aconteceu,
fiquei lá até que meus lábios escovaram os dele.
No início não sabia bem o que fazer, até me sentia uma tola, mas
decidi relaxar um pouco e ir com calma, então me deixei ir e foi a
melhor sensação de sempre. Você é jovem e este apaixonado por
uma pessoa por quem se sente muito atraída, existe algo melhor do
que isso? Penso que não.
Nossos lábios se encontraram e brincaram um com o outro, logo
senti depois o calor de sua respiração e sua língua em busca da
minha. Nesse momento, me aproximei dele para chegar mais perto.
Suas mãos foram direto para a minha cintura, segurando com força.
Me sentia a garota mais poderosa do mundo.
Não me lembro mais, realmente, exceto pela sensação depois. A
partir dai, voltamos a caminhar e a falar de tudo.
— Acredito que devemos continuar nos vendo depois de hoje, não
acha?
— Claro que sim. — Respondi com todo o entusiasmo do mundo.
Com todo a sinceridade do mundo.
Mark me pegou pela cintura e me beijou com mais paixão do que na
primeira vez. O céu, o calor do dia, o verde da grama e a beleza da
praça foram deixados para trás. Era dele a partir daquele momento
e tinha certeza disso. Não o neguei e foi algo que me fez sentir mais
seguro da situação, mais do que eu havia pensado.
— Não vejo a hora de vê-lo. Mal posso esperar para vê-lo. —
Respondeu isso como se quisesse acabar comigo. Embora pense
que ele o fez de certa forma.
Escorreguei de suas mãos e beijei e corri para casa. Sabia que
enfrentaria uma série de palestras de minha mãe, mas penso que
isso não importava porque tive um dia incrível com ele e nada mais
importava.
Cheguei em casa tarde da noite. Na verdade, levava todo o tempo
do mundo enquanto caminhava, tinha um sorriso largo no rosto e
ninguém ia tirá-lo de mim.
Assim que empurrei a porta, descobri que tudo estava escuro.
Apalpei ao redor da cozinha até encontrar uma pequena nota na
geladeira:
— “Esperamos por você por um tempo, mas não veio. Fomos jantar.
Encomende o que quiser para o jantar. Mamãe”
Assim que li que imediatamente pensei que poderia ter ficado mais
tempo com ele, mas foi melhor não tentar o destino. Algumas cosias
podem ser jogadas e outras nem tanto. Senti um pouco de alívio
porque aquela notícia me ajudou a ficar nas nuvens como queria.
Tirei meus chinelos e os segurei com um par de dedos, enquanto
andava descalça pela casa. Dancei, me mexi, fiz careta e continuei
com as estranhas danças de felicidade. Queria mais disso.
Subi as escadas e fui para o meu quarto. Joguei-me na cama e
fechei os olhos para me concentrar na felicidade que estava
experimentando. Mal podia esperar para vê-lo.
Pensaria que se tratava de amor adolescente puro e perfeito, mas
não era. A relação era muito mais intensa e muito mais profunda do
que isso.
Logo depois, Mark partiu para a universidade e eu fiquei no A
Cidadela ainda estudando e desejando por ele. Foram dois anos,
muito longos e desesperados. Pensei que não conseguiria ir… até
vê-lo.
Recordo que naquela época, meu pai já havia alcançado um papel
muito importante, tornou-se primeiro-ministro, meu irmão foi
promovido a general-chefe, minha mãe tornou-se a imagem da
mulher perfeita e me tornei a ideal de uma mulher Alfa: inteligente,
bela e tenaz.
Tinha ganho uma bolsa de estudos para uma escola de
Administração e Negócios, embora tivesse a sensação de que meu
futuro tomaria uma direção diferente.
Acaba de completar 18 anos e estava ansiosa para saber mais
sobre a faculdade. A ideia era emocionante, mas não pude deixar
de pensar nele. Já não nos víamos há muito tempo.
Quando achei de tudo por perdido, Mark apareceu um dia quando
estava andando como de costume. Não podia dizer nada a ele e
penso que não podia me dizer nada, mas olhamos um para o outro
por muito tempo, como se estivéssemos lentamente definhando.
Suponho que ele tenha notado a mudança em meu corpo. Era mais
alto e mais magro, cortou o cabelo curto e estava vestido
completamente de preto, então minha pele parecia mais branca.
— Não pensei que fosse possível você ficar mais bonita, mas é mais
que isso, também está linda… muito bonita.
Notei que sua voz era mais grossa e seu rosto parecia mais
másculo. Além disso, suas costas eram mais largas e quadradas,
mas sem deixar de lado a beleza de seus olhos azuis. O cabelo era
um pouco mais comprido, então quase parecia um modelo. No
entanto, senti sua presença me bater de frente e sem perdão.
Arrastou-me para dentro e me puxou para um ponto sem retorno.
Revivi esse sentimento adolescente. Mark seria a minha perdição.
— Que tal uma bebida? Sei que tenho uma grande dívida com você,
por isso quero falar confortavelmente.
— Esta bem. — consegui dizer quase indiferente, quando eu não
estava realmente indiferente.
Ambos andamos pela rua novamente, como um casal de estranhos
que decidiram dar um ao outro a chance de se conhecerem. A dada
altura, até demos as mãos e sorrimos. Sentia que o tempo não
passou.
Embora pensasse que tinha amadurecido, engoli todas as
desculpas esfarrapadas de Mark. Devo dizer que estar às vezes em
negação é uma arma extremamente perigosa e eu estava lá, mas
seja o que for, a verdade é que a visão dele me fez sentir revigorado
e ansioso para saber o que aconteceria em seguida.
Foi aí que começou nosso romance de verão. Bem, mais sexo do
que qualquer outra coisa, embora eu tenha percebido isso muitos
anos depois.
Seus beijos e caricias eram divinos, emocionantes e eu sabia que
eles estavam me puxando para um desejo quase desenfreado. Todo
o autocontrole que eu pensava ter me revelado uma fachada idiota.
Estava desesperada para estar com ele e queria estar com ele o
mais rápido possível.
Por um tempo, nossos encontros se tornaram curtos, mas com a
variante de que estávamos nos tornando cada vez mais incapazes
de controlar nossos hormônios, ou pelo menos no meu caso eu não
conseguia. Ele era um homem alto e forte com mãos que me
deixavam louca, com uma boca que me fazia estremecer.
— Não aguento mais, preciso ter você — Me disse uma vez.
— Venha para minha casa. Não haverá ninguém hoje a noite.
— Tem certeza?
— Sim.
Desliguei o telefone e fiquei chocado com a resposta que lhe dei.
Depois pensei e olhei para o relógio na sala de estar. Ele estaria em
casa dentro de algumas horas.
Meus pais decidiram partir e a casa estava completamente sozinha.
Estava tão nervosa que me esqueci quantas vezes limpei meu
quarto. Parecia uma folha.
— Estou chegando. — Escreveu-me.
Respirei fundo e continuei a mudar. Um vestido um pouco curto para
mostrar minhas pernas longas e meus cabelos soltos e caindo para
o lado. Quando eu estava pronta, senti que meu corpo e minha
mente estavam mais que prontos. No final, apliquei um batom rosa,
fiz alguns retoques no rosto e desci as escadas lentamente. Meu
instinto me disse que ele estava por perto, então pensei que não
queria deixa-lo esperando muito tempo.
— A porta esta aberta. Entre — respondi.
Pude ver uma sombra de um par de pés debaixo da porta. Senti
meu coração bater, com tanta força que pensei que ia estourar do
meu peito. A porta rangia um pouco e vi seu cabelo e sua testa
espreitando para fora. Pouco a pouco se descobriu até que
finalmente o vi em sua totalidade. Tinha essa mesma expressão
serena e essa mesma beleza quase gloriosa.
Fechou a porta atrás dele e então olhamos um para o outro. Não sei
como expressá-lo, mas penso que uma espécie de aura se formou
entre nos dois. Como se tudo mais tivesse sido deixado para trás e
adoraria isso.
Efetuou o gesto como se quisesse me dizer algo, mas não deixei,
naquele momento me virei e comecei a subir as escadas
lentamente. Fiz lentamente com a intenção de garantir que não
perdesse um momento para me ver. Queria que seus olhos
vagueassem sobre meu corpo, que detalhassem cada espaço, cada
parte de mim, como se estivesse me acariciando.
Esperei e peguei sua mão, caminhamos juntos para entrar na sala.
Tudo era escuro, mas sem nenhuma intenção, mas tenho que
admitir que isto ajudou muito a fazer a atmosfera se sentir tão
particular e intensa.
Assim que entramos, Mark me agarrou pela cintura e me virou de
modo que estávamos de frente um para o outro. Eu, por outro lado,
apoiei-me em seus ombros e começamos a nos beijar com grande
força e desespero.
Aquela doce memória adolescente daquele primeiro beijo que
tivemos anos atrás era como nenhuma outra. A língua dele e a
minha eram uma só, os lábios dele e os meus pareciam ter sidos
feitos um para o outro e perder o controle.
A medida que sentia cada vez mais comigo, seus dedos enterraram
em minha pele com mais e mais força. Incluindo, quase me fez
gemer de dor.
— Estou pronta… estou pronta para você.
— Sim? Desde quando?
— Desde sempre. Desde a primeira vez que saímos… Sabia, sabia
o tempo todo.
Senti sorrir um pouco e a intensidade se tornou mais perceptível
quando confessei isso. Penso que não tinha muito controle sobre eu
mesma naquele momento. Depois de um tempo, escorreguei de
seus braços e puxei um pouco para trás. Mark usou uma expressão
confusa ate que ele parecia entender quais seriam minhas
intenções.
Puxei meu cabelo para trás e procedi a remover lentamente meu
vestido, primeiro as alças e depois tudo mais.Caiu no chão e eu
estava completamente nua na sua frente. Nunca havia me sentido
tão nervosa.
O rosto de Mark parecia se contrair e pensei que efetuou algo muito
arriscado. Mais uma vez, senti aquela vontade de fugir, mas não
consegui. Não queria.
Ele não esperou muito, na verdade, assim que tirei meu vestido,
veio até mim para me levar novamente. Senti que estava perdendo
a força em minhas pernas e penso que ele também percebeu isso,
então me pegou em seus braços e me deitou na cama.
Mark se inclinou para trás por um momento como se fosse para me
observar. Durante aquele momento me senti adorada como uma
deusa. Gostei tanto que minha bichana estava encharcada e
latejava muito agressivamente.
Não demorou muito para que o tivesse nos braços. Continuamos
nos beijando e tocando um no outro. Ele sabia muito bem o que
estava fazendo, enquanto eu me deixava levar pela excitação e por
aquela morbidez que parecia crescer em mim a uma velocidade
impressionante. Foi algo que consumiu todos os traços de raciocínio
ou julgamento.
Agarrei seu cabelo com força para força-lo a ser mais áspero.
Percebi que uma parte de minha natureza estava saindo que eu não
sabia existir. Mark respondeu da maneira que eu queria, então sua
boca começou a descer pelo meu corpo até chegar a minha xoxota.
Experimentei o calor de sua respiração em meu clítoris e
imediatamente abri minhas pernas, só conseguia pensar que queria
sentir o molhado de sua língua em mim. Parou como se quisesse
arranjar tempo para o que tinha que acontecer, estava cheia de
nervosismo e desespero, então olhei-lhe com um pouco de
ansiedade.
Sorriu com aquele sorriso malicioso e perverso que sabia que me
deixava louca, e justamente quando pensei que teria que implorar,
sua boca foi direto para minha buceta. Fechei meus olhos e meu
espirito flutuava ao redor da sala. Foi tão poderoso que pensei
quase que ia me desligar e ser suspensa naquelas sensações
gloriosas.
Mark não parou por um momento, continuou lamber minha xoxota
como se a vida dependesse disso. Quanto a mim, bem, tinha uma
mão em seu cabelo grosso, e a outra estava segurando um dos
meus seios com força. Ele continuou a me comer com cuidado, e
finalmente olhei-lhe e o fiz entender que estava pronta para recebê-
lo.
Ele se levantou e procedeu para tirar a roupa rapidamente. Lá
confirmei como seu corpo estava esculpido e como sua pele estava
branca. Continuei a admira-lo até que meus olhos caíram sobre seu
pênis. Era grande, espesso e com veias. Na verdade, tinha bastante
grosso que percorria todo o corpo até a base.
Fui tentada a lambê-lo e assim o fiz. Quando me preparei para fazer
isso, soube haver mudado completamente meus planos. Entretanto,
não me impediu em nenhum momento, na verdade, me deixou fazer
o que queria.
Deixei-me de cara na cama e coloquei minha cabeça até o galo de
Mark. Estava de frente para aquela glande grande, úmida e grossa.
Senti-me um pouco hesitante sobre o que fazer a seguir, então
decidi querer deixar a natureza agir por conta própria.
Enfiei minha língua de fora para lamber um pouco suavemente.
Senti uma espécie de gemido ou arfar, não consigo me lembrar
bem, mas Mark estava quase perdendo-se cada vez mais e estava
ficando viciada nisso.
Lentamente, e com algum esforço, consegui colocar tudo na minha
boca. Ocasionalmente eu amordaçava um pouco devido à
espessura que sentia pela garganta abaixo. Foi um pouco difícil,
mas naquele momento descobri que poderia fazer isso se tivesse
um pouco de paciência. Eu mesma não esperava isso… E me senti
incrivelmente bem.
Tendo tudo isso na boca, comecei a me mover lentamente, para
frente e para trás. Quando me senti um pouco mais confiante, olhei
para cima e notei a expressão de Mark. Foi uma que nunca havia
visto antes, e me fez perceber que o sexo mudaria minha vida
completamente.
Não demorou muito para que alguns fios de saliva começassem a
escorregar pelo meu pescoço e sobre os meus seios. Aumentei o
ritmo e a ansiedade. O pobre Mark ficou pálido, penso que não
imaginava que uma virgem conseguisse fazer com que sentisse
tudo isso.
Parei de repente para voltar para a cama, eu o queria em cima de
mim, queria que procurasse meu corpo com desespero, o mesmo
desespero que eu queria que ele tivesse.
Coloquei minhas costas na cama e abri minhas pernas para recebê-
lo, mordi a boca e espalhei meus cabelos sobre os lençóis. Me senti
como a garota mais sensual e ousada.
Logo depois, ele se posicionou em cima de mim em cima de mim e
imediatamente senti o calor de seu pau na minha xoxota. Senti-me
nervosa novamente, mas será que fez sentido em um momento
como esse? Me resumia ao fato de que ainda era uma garota
inexperiente.
Ele me encheu o rosto com às duas mãos e ficou ao meu lado,
olhando fixamente para mim. Sorriu-me e eu o senti lentamente se
acalmar em mim. O calor se tornou mais intenso e tudo o que fiz
abriu mais as pernas, enquanto fechava os olhos, como se isso me
permitisse experimentar melhor o que estava acontecendo. E assim
foi.
Primeiro senti uma espécie de pressão intensa, uma pressão que
ainda hoje não consigo explicar. Minha carne foi rasgada pela
passagem de seu galo, empurrada para dentro de mim com todo o
desejo do mundo.
Minhas mãos descansaram sobre os lençóis e segurei o máximo
que pude, tentando manter um pouco de consciência o tempo todo.
Devo confessar que houve um momento em que eu quase me perdi,
mas agora fazia todo o sentido, pois significou uma mudança total
em minha personalidade.
Ele, depois de muita paciência e cuidado, estava finalmente dentro
de mim, completamente. Olhamos um para o outro novamente e
então Mark começou a se mover lentamente, eu assim que os
impulsos estavam chegando. Não pensei que essa pequena
variação quase me fizesse perder a cabeça.
Abri a boca e soltei um gemido tão alto que senti quase que sacudi
as paredes da sala. Mesmo assim, não me importei muito porque só
queria que continuasse e seguisse. Amava cada vez mais seu pau
dentro de mim e aquela cara estupida que fez quando me viu gemer.
Ficou em cima de mim por um tempo, depois eu o puxei de volta
com meus braços para ele poder tomar posição em que eu estava
há algum tempo. Ele ficou surpreso porque obviamente não
esperava uma jogada como essa.
Depois me posicionei em cima de seu corpo em cima de seu corpo
para que nossas pélvis fossem unidas como deveriam ser. Ao tomar
essa posição, senti-me mais forte e poderosa do que nunca, como,
se pudesse fazer qualquer coisa. O engraçado desta vez foi o fato
de ter passado tanto da minha vida indo com o fluxo, para frente e
para trás, mas desta vez eu senti poder fazer as coisas da minha
maneira.
Levantei um pouco as pernas para que minha bichana pudesse
receber o pinto de Mark. Lembro-me dele apenas segurando minha
cintura com força. Isso, é claro, me deixou ainda mais
entusiasmada. Podia sentir o latejar e a umidade correndo pelos
meus lábios e clítoris. Depois de alguns segundos, fomos
novamente unidos em nossa carne, mas com a diferença de que o
realizaríamos mais rápido e áspero.
Pensando bem, existe uma espécie de idealização sobre a
virgindade das mulheres, especialmente se elas são jovens.
Pessoalmente, é ridículo. Este conceito de que deve haver amor ou
um romance perfeito é um absurdo. Também somos animais, por
isso é normal que um homem ou uma menina sejam levados por
isso, mais por um desejo de validação emocional.
Porém, esse argumento não parecer ser muito convincente ou muito
aceito, então tento não vomitar quando o assunto vem a tona.
Bem, não nos desviemos, vamos nos concentrar no que é
importante, estando em cima de Mark, eu pulei para cima e para
baixo, quase num frenesi. Nós dois paramos de gemer e de ofegar.
Estando nessa posição, senti seu pau muito mais, foi como se
estivesse passando pelo meu corpo. Foi inacreditável.
Continuei fazendo isso repetidas vezes até experimentar o que
presumi ser o orgasmo. Havia um fogo dentro de mim que se
espalhava por toda parte do meu corpo. Estava perdendo cada vez
mais controle até que me agarrei firmemente a seus braços, penso
que até cravei minhas unhas em sua pele.
No final, me deitei em cima dele, meu cabelo escorregou para trás e
meu peito se agitou violentamente. Minhas pernas pararam de
tencionar e, enquanto ainda estava em transe, cai na cama, para
cair em um de seus braços.
Ele pegou rapidamente e depois ouvi suas risadas, penso que
aquela cena foi engraçada. Entretanto, também estava ciente do
fato de que ainda não teve um orgasmo, por isso meti a cabeça que
tinha que ajudá-lalo a ejacular, caso contrário não estaria a vontade.
O melhor que pude, sentei-me em cima dele e comecei a beijá-lo
lentamente. De sua boca ao pescoço. Parei em seu peito para
deixar algumas marcas e depois continuei até chegar ao seu pau.
Queria que ficasse assim, deitado ali e apenas aproveitasse o que
estava fazendo.
Primeiro chupei sua glande gentilmente, mas depois parei sem
convicção, então levei tudo na minha boca. Naquele momento e ali,
ouvi seus gemidos. Seu peito estava se levantando e queria que
ficasse mais rápido porque adorava a ideia de ter algum controle da
situação.
Tendo tudo isso na hora, olhei para cima para encontrar seu olhar.
Seus olhos azuis grandes e brilhantes eram agora estreitos, o que
combinava com aquela expressão pateta que ele teve por um
tempo.
Continuei a chupá-lo não só porque queria que viesse, mas também
porque o achava tao prazeroso e delicioso. Meus lábios pareciam se
envolver muito bem com seu pau. Jamais esquecerei esse
momento.
Após mordê-lo um pouco, senti-o cada vez mais agitado. Estava
perdendo a capacidades de controlar seu corpo, então tomei isso
como um sinal para intensificar os movimentos e o ritmo.
Segundos depois, Mark estremeceu ainda mais. Seu sêmen
começou a jorrar profundamente de seu pai e levei tudo isso na
boca. Senti-me quente e grosso, e embora ninguém me dissesse
como fazê-lo, senti ter que confiar em meus instintos, talvez um
muito diferente dos outros.
Acabei engolindo tudo e depois olhei fixamente para Mark. Seu peito
estava inchado, rosado e tinha esta expressão de prazer
indescritível. Sentei-me o melhor que pude e depois me deitei na
cama ao seu lado. Por um momento até esqueci que ainda
estávamos na casa de meus pais, por um momento até me esqueci
de mim mesma.
II
Adormecemos por um tempo até que, de repente, acordei e
observei o tempo. Meus pais estariam aqui a qualquer minuto, então
empurrei Mark para ele poder acordar, vestir-se e depois sair.
Felizmente, a janela do meu quarto olhava para o quintal, um
espaço bastante grande, de modo que ele podia escapar
rapidamente para qualquer lugar sem que ninguém notasse.
— Nos vemos mais tarde?
— Claro que sim. — Beijei-o nos lábios em resposta.
Dissemos um rápido adeus, e saiu pela janela e fugiu quase
desajeitadamente. Tenho que assumir que foi porque ainda estava
cansada.
Depois fui ao banheiro para tomar um banho. Assim que acendi a
luz, me vi em todo meu esplendor. Detalhei algumas coisas que
tinha na pele: marcas de dedos na cintura, o que parecia um par de
mordidas nos meus seios e até mesmo a mão de Mark estampada
em uma das minhas nádegas. Francamente, não me lembro como
isso chegou lá.
Rodei algumas vezes em frente ao espelho, brinquei com meu
cabelo e também com a sensação de segurança que senti sobre o
que havia acabado de acontecer. Pensei em toda a conversa sobre
perder minha virgindade e senti ter sorte de não ter tido o mesmo
destino, a razão? Era tudo muito diferente.
Liguei as torneiras e esperei que a água quente saísse. Entrei no
chuveiro grande e deixei que aquela sensação agradável passasse
por cima de mim.
Enquanto estava ali, percebi que talvez a paixão que eu tinha por
Mark fosse apenas uma atração muito forte. O sexo me ajudou a
confirmar que eu precisava experimentar cada vez mais, conhecer
meus limites e romper os limites um do outro. Seria uma aventura
interessante de se realizar e eu estava ansiosa por isso.
Sai de lá e me deixei nua na cama, me deixei cair sobre aqueles
lençóis que haviam testemunhado um ato tao forte e intenso. Sorri
novamente. Perdi todos os vestígios de inocência e credulidade e
não poderia estar mais feliz com isso.
O resto dos dias foi mais interessante do que eu pensava. Mark e eu
combinamos de nos encontrar em muitos lugares. Em sua casa, em
minha casa, no mirante da praça — sim, naquele mesmo lugar onde
nos encontramos em nosso primeiro encontro — em restaurantes, e
até mesmo no campus de uma universidade não muito distante.
Nós nos entregamos ao sexo, a selvageria e a experimentação.
Gostei muito da maneira como ele me levou e da maneira como ele
se tornou mais confiante, então deixou sair aspectos muito
interessantes de sua personalidade. Era uma pessoa muito diferente
e gostava disso, penso que comigo era a mesma coisa.
Entretanto, não queria me concentrar muito nele. Tive o início da
universidade logo ao virar da esquina e algo me disse que as cosias
iriam se tornar muito diferentes em questão de tempo.
Eventualmente, chegou o momento em que ambos tivemos que nos
despedis. Ele teve que iniciar um novo ciclo e tive que iniciar uma
etapa muito importante para mim, especialmente devido ao legado
familiar que tinha que continuar.
Não acreditava que ele fosse do tipo sentimental, mas me lembro
dele ser bastante calado e taciturno durante a última vez que
estivemos juntos. Minha intenção de brincar com cordas e chicotes
não correu muito bem. Assim, passamos o resto da noite falando
sobre tudo e qualquer coisa.
— Acredito que sentirei sua falta… E muito mais do que eu
pensava. — Disse ele ao meu interromper enquanto lhe dizia algo
sem importância.
—... É assim. Não pensei que nos conectássemos dessa forma. Eu
não pensei que mulher você é e quão profundo foi em mim. Eu nem
me sinto capaz de expressar tudo isso. Será que faz sentido?
— Não sei. — Respondi. A verdade é que eu não sentia o mesmo.
Mark era lindo, lindo, mas nada mais.
Ficamos em silêncio, embora tenha tentado amenizar a situação
abraçando-me ao seu lado. Me aconcheguei o mais perto que pude
e depois senti seu braço ao meu redor de meus ombros. Suspirei de
alívio porque também não queria que o momento se tornasse
incômodo. Era desnecessário.
Estive em seu quarto por algumas horas até fugir, como ele efetuou
quando estava no meu. Segurei seu rosto com às duas mãos e
menti. Eu lhe disse que nos veríamos novamente, mas sabia que
não o faríamos. Por quê?
Corri a noite até perceber estar segura, então caminhei para casa o
mais lentamente que pude. Em poucos dias, seria minha vez de
partir e seguir por um novo caminho.
Dias antes de minha partida, meu pai veio ao meu quarto para
conversar comigo. Seu rosto era indecifrável para mim. Queria
entender o que estava acontecendo, mas não consegui entender em
nenhum lugar.
— O que aconteceu?
— Queria ver você e também saber como está. Já não nos vemos
há vários dias, sinto sua falta.
Procedeu para sentar-se na cama. Ali ele juntou as mãos e as
colocou entre as pernas. Ele ficou em silêncio por um tempo, então
imitei o gesto até estar ao seu lado.
— O que aconteceu?
— Veja, seu irmão seguirá uma carreira militar. Não é nada que
goste muito, especialmente por sua segurança. A periferia pode ser
um lugar muito perigoso, especialmente para nós, mas ele é um
homem e mostrou que tem sabedoria. No entanto, isto colocará um
enorme fardo sobre mim e você. — Pausou.
Eu pessoalmente sabia o que queria dizer, eu não era tola. Meu pai
era primeiro-ministro e isso significava que ele tinha uma posição
importante na política dos pais. Essa sensação que eu tinha há dias
parecia fazer algum sentido.
—É possível que ele assuma uma posição mais importante. Como
presidente. Muitas pessoas estão me apoiando devido ao trabalho
que estou conduzindo, mas isso também quer arrasta-la como
herdeira direto para esta posição. Pode recusar, é claro, mas isso
me deixaria infinitamente orgulhoso, minha filha. Vi como cresceu
em seus estudos e em sua preparação como profissional. É
perspicaz, inteligente e conciso. Uma líder natural que não tem
medo de conta-la como ela é. Estas são qualidades que não vê
diariamente e eu aprendi isso praticamente desde que era criança.
Estava em silêncio. A verdade é que não sabia como aceitar tudo o
que ele me dizia e ainda mais devido ao assunto de assumir uma
posição tao importante. Respirei fundo e o olhei nos olhos.
— Não tem que se preocupar, pai. Sabia que este dia viria por uma
razão. Se estiver destinada a ser, será.
Ele sorriu amplamente e me deu um longo abraço. Eu respondi em
espécie e senti naquele dia que já estava me preparando para algo
muito importante.
Decidi suspender essa questão para me concentrar no que estava a
minha frente: a universidade. Assim, passei parte do tempo me
familiarizando com os assuntos, créditos e assim por diante. Minha
mãe, para variar, estava mais ansiosa do que eu, meu pai estava
me ajudando a efetuar as malas e meu irmão estava me enviando o
melhor incentivo de longe.
O momento chegou e concordamos que meu pai me acompanharia.
Ele estava feliz e eu também, precisava de sua calma e sabedoria
em todos os momentos. Entramos em um carro oficial e dirigimos
um caminho longo, a universidade era um pouco difícil de se
alcançar.
Entretanto, as estradas eram agradáveis. Não havia trânsito e o
outono deixou um belo topete de folhas secas de todas as cores.
Embora estivesse um pouco frio, o céu estava claro e sol brilhava
intensamente. De repente, senti um pouco de saudades de casa,
não sei porquê.
Olhei para cima e percebi estávamos chegando. Meu pai apertou
minha mão quando percebeu que estava realmente ansiosa.
— Ficará tudo bem. Lembre-se disso.
O carro parou em uma das entradas principais. O campus estava
cheio de pessoas iam e vinham. O motorista apressou-se para abrir
a bota e começar a descarregar as coisas. Eu, por outro lado, ainda
estava admirando tudo isso. Este lugar seria minha casa durante os
próximos cinco anos.
Apesar de minha insistência, meu pai alugou-me um pequeno
apartamento estudantil. Me disse que esta era a maneira de
entender a vida de um adulto e todas as responsabilidades que ela
implicava. Não tive outra escolha senão aceitar.
Após encontrar o lugar e algumas instruções adicionais, me tomou
em seus braços e me beijou na testa.
— Dê o seu melhor. Sei que pode.
Eu o vi partir e percebi que eu havia assumido uma grande tarefa.
Eu não poderia desapontá-lo, nem por um momento. Fechou a porta
atrás dele e eu fiquei sozinha, completamente sozinha. Qual seria
probabilidade disso acontecer? Não tinha ideia.
Dei um suspiro e pensei que seria uma boa ideia comprar algumas
cervejas para celebrar que eu tinha oficialmente começado minha
vida adulta. Eu devia isso a mim mesmo.
É verdade o que dizem sobre a universidade, o começo de
experiências interessantes e fascinantes. É claro que, como eu
estava com bolsa de estudos, tive que manter minhas notas o mais
alto possível para não perder meu caminho, mas isso não
significava que eu não tivesse tempo para me divertir. Há apenas
uma vida, não?
Fui a festas e reuniões de todos os tipos. Conheci pessoas que
gostavam de xadrez e outros jogos de tabuleiro, e também
aproveitei para passar tempo com aqueles que eram tao esnobes
que só se encontravam em bares para ouvir a Joy Division.
Também por volta da mesma época conheci caras que gostavam de
BDSM. A primeira vez que ouvi esse conjunto de palavras, não tinha
ideia do que significava, mas depois descobri mais sobre isso.
Um em particular me convidou para o que seria uma espécie de
convenção. Não tinha muita certeza disso, mas havia aprendido ter
que pegar a aventura de fazer coisas novas para aprender, além
disso, pelo que ele havia me explicado, não parecia uma má ideia.
Me preparei o melhor que pude e, naquela época, já havia adotado
a imagem que ainda hoje tenho, cabelos curtos, mais por rebelião
do que qualquer outra coisa.
Meu companheiro esperou por mim até tarde. Não sabia bem por
que tinha que ser naquela hora, mas suponho ter a ver com o grau
de cuidado tomado para garantir que as coisas não desse errado.
Andamos até seu carro por um tempo, ele me abriu a porta como
um cavalheiro e quando ele se juntou a mim, começamos a nos
beijar quase freneticamente. Foi tão intenso, que por um momento
esqueci a emoção de ir a esta convenção. Entretanto, ele se afastou
de mim para me dizer que tínhamos que ir.
Ligou o carro e nós dirigimos pela estrada por um tempo. O céu
noturno estava limpo, podia-se até ver algumas estrelas. Fiquei
olhando por um tempo, como se estivesse perdido no pensamento.
Depois de um tempo, senti que estavamos desacelerando até que
ele estacionou em um lugar aberto e bastante solitário. Por um
momento, fiquei preocupado, mas me acalmei quando vi algumas
pessoas que pareciam estar indo em direção a um galpão no meio
do nada.
Ele me pegou pela mão e me puxou junto. Caminhamos por um
tempo, também até aquele galpão. Quando nos aproximamos,
percebi que a iluminação era fraca e que as pessoas realmente
pareciam muito diferente do que pensava que seriam.
Alguns estavam usando roupas muito apertadas, couro ou látex,
outros estava até semi-nus. Mulheres de saltos altos, homens com
chicotes nas mãos e até mesmo um grupo em trajes de animais
peludos. Isto o atraiu e até lhe causou um pouco de diversão.
Chegaram a entrada onde havia uma mesa com dois meninos que
os cumprimentavam. Reconheceram e, como era de se esperar, nos
deixaram entrar. O que vi a seguir me deixou com a boca aberta.
Passamos por um portão de metal e nos encontramos diante de um
grande espaço, com luzes muito fracas e 1979 brincando em
segundo plano. Olhei-lhe com um pouco de dúvida e ele me
tranquilizou um pouco.
— Não se preocupe, estamos juntos.
Acenei com a cabeça e ambos nos propusemos a entrar neste lugar
carregados de uma energia que ainda hoje não consigo definir
claramente. A verdade é que perambulamos por muitas paisagens e
muitas pessoas.
Vimos todas as suspensões, embora tenha sido pessoalmente
comovido por aquelas feitas com cordas. Meu companheiro me
levou a uma sessão com um trio: duas garotas e um rapaz bastante
pesado. Embora ambos fossem submissos, um deles estava
particularmente sujeito as punições e torturas infligidas pelos outros
dois.
Me senti particularmente atraído pelas expressões de dor e prazer
que a garota torturada estava fazendo. Quase pude sentir a mistura
destas emoções se tornando uma só.
Podia admirar sua pele quebrando cada vez mais com o chicote,
podia ouvir as palavras de humilhação que ela recebia, o puxão em
seus longos cabelos perdidos no que ela estava experimentando.
Foi uma sensação muito poderosa para mim. Entendi tudo.
No final, pedi-lhe que saísse e começasse a jogar dessa maneira.
Queria sentir esse sentimento de rendição e desejo de finalmente
ser eu mesmo com alguém que não me julgasse completamente.
Assim, dei rédea solta a um estilo de vida que poderia ser
condenado pelo resto dos Alfas e mais ainda por meus pais, mas
não me importava, não me importava porque era o que mais queria
no mundo, queria parar de fingir ser uma pessoa que não era.
Ficamos juntos por um tempo. O sexo durante aquele tempo foi
incrível porque conseguimos fazer cada vez mais coisas arriscadas.
As algemas foram apenas o começo, por exemplo, também
escolhemos fazer uma cruz de Santo André e um suporte de
madeira para termos opções, quando se tratasse das sessões.
Isso também se traduziu em algo interessante, cada vez que
estavamos juntos, naqueles momentos de intenso prazer, eu sentia
estar no lugar certo. Ou seja, que este mundo agora era meu e
queria abraça-lo completamente. Não podia mais me ver em uma
situação em que não podia mais ser assim, me fazia de dificil.
Depois de um tempo, decidi terminar a relação porque não pensei
que valesse mais a pena. O cara estava se tornando uma bagunça
para mim e eu estava, na verdade, bastante viciado em minha
liberdade sexual e pessoal. Não a trocaria por ninguém, pelo menos
não nesse momento.
Passei o resto da faculdade entre livros e pênis. Posso assegurar-
lhes que em ambos os aspectos me dediquei de todo o coração.
Durante esse tempo dei rédea solta a minha sexualidade porque
sabia que o que me esperava mais tarde seria completamente
diferente, por isso aproveitei ao máximo meus anos de juventude.
Após graduar-se com honras da escola de Administração e
Negócios, meu pai me pegou pela mão para me abraçar e me dizer
que era seu momento de maior orgulho. A verdade era que não
esperava que dissesse algo assim.
Chorei quando ele disse isso. Sim, uma tia pratica chorou com isso,
mas o que posso lhe dizer, suponho que faz sentido quando você
sabe que tem tal responsabilidade chegando.
— Sei que tem em suas mãos as melhores ferramentas para ser
uma líder que os Alfas precisam. Quero que trabalhe comigo, quero
que esteja comigo para saber como é lidar com as coisas com as
quais lidará. Eu lhe direi que haverá dias diferencieis e pode sentir
que não pode continuar, mas são momentos necessários que
precisará tomar a força para continuar. Sei que Katherine Ashton
tem capacidade para isso, sei que minha filha pode fazer isso.
Olhei para seus olhos acenar com a cabeça e prometer que lhe
daria o meu melhor. Não podia escapar do meu destino.
III
Renunciar da vida que eu tinha me custado mais do que eu
pensava, especialmente para alguém como eu, uma mulher
submissa que gostava de receber quase ao extremo. Ali estava eu,
rodeada de homens de poder e mulheres ambiciosas, em um círculo
onde tudo parecia mover-se com rigidez e delicadeza. Às vezes, era
insuportável.
Comecei a trabalhar no fundo, a intenção de meu pai era me ensinar
que as coisas nem sempre eram fáceis e tinham que ser alcançadas
com muito trabalho. Isto também serviu para me conscientizar sobre
o tráfico de influência e a extrema necessidade de manter a
separação de classes. Em caso alguns Alfas quiseram perder seus
privilégios.
Meu pai foi equilibrado. Digo isto com a maior responsabilidade que
tenho. Não era um homem par manipular, ele não era um fantoche.
Tinha convicções de ferro e um norte claro. Suas ações serviram de
guia para quando era a minha vez.
Minha inclusão em seu gabinete governamental tinha o propósito de
perpetuar alguns de seus projetos inacabados. Até me disse uma
vez só confiava em mim.
— Sei que isso implica demasiada responsabilidade, filha, mas esse
é um luxo que tenho que me dar, ninguém entende melhor que você
o que está ao redor.
Claro que sabia o que queria dizer. Passou-se um tempo antes que
os rumores começassem a circular sobre quem seria o sucessor de
meu pai. Meu irmão já havia sido descartado, por isso surgiram
alguns nomes, inclusive o meu.
Permaneci calma e quase indiferente. Meu pai poderia me nomear,
mas o fato era que o conselho teria que aceitar minha candidatura
ou não. Portanto, a situação era insegura de certa forma.
Graças a influência e outras coisas, fui eleita como a nova líder Alfa.
A Cidadela praticamente deu uma festa devido às notícias,
enquanto eu estava lidando com muitas coisas.
Tinha uma enorme responsabilidade na minha frente, sem
mencionar que eu estava em conflito comigo mesma, especialmente
como mulher. Queria estar com um homem, eu desejava o calor de
um corpo no meu, mas era quase impossível querer isso. Tinha que
ter mais cuidado com minhas costas.
Teria o poder da mão de meu pai. A inauguração aconteceu na A
Citadela, em frente a um grande número de Alfas. Minha mãe e meu
irmão, que havia se tornado General-em-chefe, estavam ao lado do
meu pai. Pouco tempo depois, recebi dele a fita do presidente
absoluto. No final, dirigi-me as pessoas com algumas palavras
breves, não querendo dizer muito também.
A residência presidencial era pessoal e exclusiva. Ocasionalmente,
minha mãe me visitava para conversar comigo, mas a verdade era
que naqueles tempos eu não queria vê-la. Me lembrava
constantemente que meu 29.º aniversário estava chegando e que
deveria estar ciente que tinha de encontrar um marido segundo as
exigências de Alfas.
— Tem que encontrar alguém que o trate da maneira que merece
ser tratado e que também seja um líder como você é. As pessoas
estão felizes em ter, minha filha. Ah! Seu pai e seu irmão também
enviam seus cumprimentos, dizem estar orgulhosos de você.
Contra minha vontade, a celebração do 29.º aniversario foi
praticamente um feriado bancário. Por dentro eu continuava
pensando ter que compartilhar o poder de minha família e de mim
mesmo com um estranho, só porque as leis eram assim.
— É a única maneira de evitar conflitos. Já deve saber disso. —
Dizia um dos meus conselheiros. Estava prestes a explodir.
Lembro que quando a data chegou, estava em meu quarto com um
vestido dourado brilhante que estava justo ao meu corpo. Meu
cabelo estava liso para trás e tinha uma maquiagem dramática.
Tinha uma expressão severa.
A única coisa que me impediu de explodir naquele momento foi o
copo de uísque que estava segurando em uma de minhas mãos.
Apertei-o com tanta força que ouvi o vidro quase quebrar.
Olhei para minha reflexão e fiquei com raiva de mim mesma e das
circunstâncias. Era uma mulher poderosa, talvez mais poderosa do
que qualquer mulher antes de mim. Minhas ordens foram cumpridas
sem questionar, as pessoas me obedeceram e isso só serviu para
alimentar aquela fome de poder e controle dentro de mim. Muito
curioso para uma submissa como eu, certo?
— Presidente… chegou a hora. — me disse um dos criados.
Terminei minha bebida em um gole e me levantei da cadeira.
Estiquei um pouco meu vestido e lamentei novamente sobre o meu
destino. Estava ficando cansada do convencionalismo.
Deixei a sala com toda a seriedade, as pessoas do protocolo
estavam me esperando para me acompanhar até a varanda
principal, onde eu deveria fazer minha aparição e dar uma saudação
de boas-vindas ao povo.
A cada passo que dava, podia observar as câmeras cintilantes e
ouvir o murmúrio das pessoas que me esperavam. Assim que olhei
para fora, transformei meu rosto de um rosto de miséria para
completa felicidade. O truque que tem que praticar para se tornar
um bom político.
Não sendo um para discursos, só disse obrigada e olhei para cada
um dos rostos. Vi minha família e varias pessoas que eu conhecia
do círculo. Sorri e acenei o mais calorosamente que pude… Até vê-
lo.
Um dos holofotes brilhou sobre um cara com um casaco preto e
uma gravata de laço. Um cara alto e forte com cabelo preto
perfeitamente penteado. Aquele pequeno momento foi suficiente
para vê-lo em sua totalidade e para registrar aquele rosto
impactante.
Vê-lo foi como se eu tivesse sido atingido com força no estômago,
senti que perdera o fôlego, então tentei me recuperar o mais rápido
possível. Terminei meu discurso de forma um pouco estranha e me
despedi e depois fui para a celebração.
Tranquei-me por dentro para me encostar em uma das paredes que
estavam lá. Fiquei tonta e quase perdi a força em minhas pernas.
Escutei alguém falando comigo, me perguntando como eu estava.
Mal acenei com a cabeça como se fosse para deixar sozinha. De
onde vem? Foi um fruto da minha imaginação? Não tinha ideia.
Sentei-me o melhor que pude e sai pela porta da frente para
conhecer a festa. Imediatamente o trabalho da diplomacia começou,
saudando alguns mandachuvas e Betas que faziam parte da corte.
Pessoas insuportáveis no final de tudo.
O melhor que pude, consegui me livrar dessas pessoas para me
concentrar no que era realmente importante, o cara misterioso.
Tinha certeza de que era real, precisava confirmar que ele era, caso
contrário iria enlouquecer.
Continuei a insistir em passar por todas as salas possíveis até
encontrá-lo. Apesar de todo o tempo que investi, não consegui
atingir meu objetivo. Entao me resignei a aceitar que talvez tudo isso
tivesse sido um produto de minha imaginação.
— Senhora presidente, está na hora de cantar a canção de
aniversário.
— Ok, obrigada.
Meu pai estava ao meu lado, segurando minha mão enquanto as
luzes se apagavam e apenas meu rosto era iluminado pelas velas
na minha frente. Sorri para fingir estar feliz. Assim que a canção
terminou, olhei para cima sem nenhum interesse particular até vê-lo
novamente.
Estava na multidão, como se quisesse se esconder. Porque o
mistério? Porque este jogo que achei tao enfurecido? Não sei, mas
não consegui esconder que ele me deixava tão intrigada. Estava
viciada nele.
— Filha, está na hora de apagar as velas. — Meu pai me disse em
vista de minha distração perceptível.
— Sim, sim…
Tomei fôlego e explodi com todas as minhas forças. Quando me
sentei novamente com o desejo de vê-lo, não consegui encontrá-lo,
ele desapareceu de repente. Não pude deixar de me sentir
indignada e também irritada. Não entendia nada, então tive que
esforçar para esconder minhas emoções.
A festa durou mais do que eu gostaria, sendo a principal razão a
introdução de homens potenciais para um casamento arranjado.
Embora não fosse uma prática muito comum, isso costumava ser
realizado em casos como o meu. Tudo isso me fez sentir como se
eu fosse a protagonista de alguma anedota de um conjunto de livros
da Idade Média.
Minha mãe estava mais entusiasmada que eu, não parava de dizer
as muitas opções que eu tinha, na longa lista de caras ideais para
mim.
— Há um que creio que é perfeito para você.
— Oh, sim?
— Sim, é um rei como você, um homem poderoso, e também é
solteiro. Seus pais são adoráveis. Me disseram hoje que seria
perfeito para vocês se encontrarem.
Naquele momento, já estava no meio de tudo o que eu tinha que
assumir. Assim, decidi ir com o fluxo para evitar confrontos bobos.
— Pode ser tão cedo quanto esta semana. Farei com que
verifiquem nossos horários para podermos marcar um almoço ou
algo assim. O que acha?
— Essa é uma ideia maravilhosa, filha.
Na verdade, esqueci tudo isso no dia seguinte, exceto quando
minha mãe se encarregou de me chamar para me lembrar. Quando
estava prestes à cortá-la porque estava realmente ocupada, me
interrompeu:
— Filha, esqueci de lhe dizer que este menino de quem lhe falo
apareceu na imprensa desta manha. Foi um dos convidados em sua
festa de aniversário.
Não achei estranho que não soubesse que se tratava.
— Ok, passe-me a foto para poder vê-lo.
Alguns segundos depois, fui recebida com uma surpresa que quase
me fez tremer. Era o mesmo cara lindo que havia pego na festa.
Nem acreditava nisso. Foi um choque tão grande que por um
momento esqueci o que deveria ter dito. Dei uma boa olhada na foto
e procurei cuidadosamente o nome.
— Erik Rowe…
— Sim, sim. É ele. Não parece um verdadeiro encantador? Se
parece com um cara legal.
— Ah! Sim, sim. Sem dúvida, mamãe. Uh! Olha, tenho que ir porque
estou ocupada. Falarei mais tarde.
Desliguei muito rápido para poder observá-lo com cuidado. O cara
era famoso Erik Rowe, um dos mais poderosos Alfas das cidades-
estado. De fato, veio de uma família muito poderosa, que teve que
enfrentar uma série de revoltas de betas e ômegas até que eles
conseguiram consolidar seu poder.
Rapidamente peguei o telefone para entrar em contato com meu
assistente. Queria que um almoço não-oficial fosse arranjado. Assim
que tudo parecia estar arranjado como combinado, eu desliguei
novamente.
Tive que levantar da cadeira para andar pelo escritório. Ainda
estava chocada com as notícias, não podia acreditar nas
coincidências das coisas e na situação.
— Então você é Erik Rowe… Bem, bem.
Disse enquanto olhava pela janela para A Cidadela. No horizonte,
pude observar o que havia a outra cidade-estado onde ele deveria
estar. A imagem dele estava na minha mente. A ansiedade ia me
matar.
IV
Devido aos nossos horários, concordamos em nos reunir em uma
tarde de quinta-feira. Foi perfeito-me porque os dias estavam
praticamente cheios, mas também era uma espada de dois gumes.
Estava mais desesperada do que nunca.
Sabia que nossa reunião seria importante porque nosso sindicato
poderia significar. Duas das mais poderosas cidades-estado do
mundo se uniram para formar uma só. Poderia significar um passo
vital… mas eu não estava pensando nisso.
O dia finalmente chegou e os preparativos foram feitos, foi acordado
que ele viria e que nos encontraríamos em um restaurante longe do
tumulto. Queríamos que tudo fosse tratado da maneira mais discreta
possível. Fiquei encantada por ele concordar com isso.
Até aquele momento, não tivemos nenhuma comunicação, exceto a
oficial. De minha parte, posso ter quebrado essas barreiras, mas eu
sabia ter que pisar com cuidado. Misturar politica e relações
pessoais era perigoso.
Para aquele dia, escolhi usar um vestido azul profundo, meu cabelo
escorregou para trás porque gostei do visual austero que ele deu ao
meu rosto. Salto alto e uma postura reta, como minha mãe me
ensinou. Esperei por Erik no heliporto para que eu fosse a primeira
coisa que ele visse quando chegasse.
Mesmo tendo passado minha vida com homens em situações
formais de todo tipo, não podia negar que estivesse mais nervosa
do que nunca. Meu coração estava prestes a explodir do meu peito.
Senti-me mais criança do que nunca.
Fiquei em frente ao meu anel de segurança, apesar das restrições
que eles queriam me impor.
— Este é um líder estadual. É obvio que esta deve ser uma boa
recepção para ele pensar o melhor de nos. Pare com a paranoia.
Virei imediatamente minha cabeça quando ouvi o som do
helicóptero se aproximando. Novamente meus nervos se
apoderaram de mim. Respirei calmamente e relaxar um pouco.
Estava se aproximando cada vez mais e eu estava cada vez mais
ansiosa para tê-lo a minha frente a mim.
O vento produzido pelos chifres não foi suficiente para me fazer
recuar, fiquei ali, esperando por ele. Quase consegui vê-lo atrás da
janela.
Saiu imediatamente da pequena porta. Estava usando um terno
cinza-chumbo e com o mesmo cabelo preto, penteado com cuidado.
Graças a luz do dia, notei que ele era escuro e muito mais alto do
que eu pensava, talvez um pouco mais de 1,80 m de altura.
Atrás dele, os detalhes de segurança habituais seguiram de perto.
Parou em seu caminho e pareceu pedir-lhes que o deixassem se
aproximar de mim. Eu, por outro lado, realizei o mesmo, querendo
mostrar-lhe que eu era tao forte quanto ele. Então nos dois
caminhamos até nos encontrarmos e apertamos as mãos.
Ficamos frente a frente. Quase senti a pele do meu pescoço rastejar
por todo o lado, o calor da mão dele enrolado ao redor da minha e
quase desfeita entre seus dedos, mas eu tinha que me manter a
mais inteira possível.
— É um prazer, Erik. Muito obrigada por aceitarem meu convite e
por virem até aqui.
Ele soltou minha mão e subiu para me beijar na bochecha. Senti
imediatamente a suavidade de seus lábios em minha bochecha, o
cheiro de seu perfume intoxicante, sua postura e a maneira como se
movia. Me deixou atordoada da maneira mais absurda possível.
— Para mim o prazer é meu, Katherine. Mais prazer em estar aqui.
É um lugar precioso sem dúvida.
Sua voz de cascalho me fez estremecer e aquele sorriso me
esmagou completamente. Poderia tê-lo observado incansavelmente
durante o máximo possível.
— Venha, venha comigo. Podemos falar mais sobre isso se
estivermos a caminho do restaurante.
— Perfeito, muito obrigado.
Estava andando na frente dele e não sei realmente como. Não sei
como pude andar com segurança, especialmente porque fiquei
atordoada. Sabia dentro de mim que ele fez isso para esse fim,
então tive que fazer o meu melhor par mostrar-lhe que eu também
era uma mulher inteligente e não tão fácil de lidar.
Chegamos ao restaurante em questão de minutos porque estava no
mesmo prédio do heliporto. Entramos em um elevador cercado por
agentes de segurança e com esta estranha tensão no ar.
Enquanto estivemos lá, eu e o conhecia ainda melhor. Parecia ser
uma pessoa muito amigável e confiante. Falou com tanta facilidade
que fiquei impressionada com o quanto ele me fez sentir relaxada.
Naturalmente, é isso que é ser politico, saber lidar com outras
pessoas.
As portas do elevador se abriram. Naquele momento, o restaurante
parecia se mostrar apenas para nos. Eles o limparam para
podermos comer a vontade e sem interrupção.
— Oh! Este lugar tem uma vista incrível e invejável. Deve vir aqui
com frequência.
— Queria ter vindo, mas às vezes, o trabalho é muito exigente.
Bem, sabe muito bem do que estou falando.
— Obviamente, está certo. O mau de tudo isso é que às vezes tem
que se privar dos prazeres que quer experimentar. É uma
verdadeira vergonha.
Disse essas palavras olhando nos meus olhos. Senti vontade de
morrer. A verdade é que eu nunca experimentei essa força. Nunca.
Combinamos de pegar uma mesa perto de uma janela e ele
procedeu para me ajudar com a cadeira. Eu lhe agradeci e depois
se sentou em frente a mim. Finalmente, pudemos nos ver sem
pertubações.
— Obrigada por me ajudar. Então, diga-me, o que acha?
— Bem, é certamente impressionante, mas a verdade é que tenho
muito mais prazer com a empresa, penso que ela é inigualável.
Francamente! Estava sem palavras, e isso é dizer demais. Aquele
homem seguiu e sem nenhum desvio. Adorei esse movimento, mas
queria que as coisas se arrastassem um pouco para torná-lo um
pouco mais divertido.
— É mesmo? Uau, isso é mais um elogio. Parece ótimo.
— Isto é, acredite-me. — Respondeu com aquela sua voz profunda
e suja.
Queria dizer mais um comentário, mas um garçom de repente nos
interrompeu. Em outro momento, isso teria me causado um
profundo aborrecimento, mas pensei que poderia ser uma boa
oportunidade para tomar alguns minutos para dar uma resposta
inteligente.
Pedimos um par de pratos opulentos e aproveitamos a oportunidade
para pedir alguns copos de vinho para melhor apreciar a noite.
— Sei que este almoço será ótimo, mas quero ir em frente e pagar-
lhe o jantar depois. Sei que estamos ambos muito ocupados, mas
sinto não haver tempo a perder. O que diz?
— Estaria muito satisfeita, muito obrigada.
Tomei um gole do vinho branco para acalmar o calor que eu estava
sentindo naquele momento. Despertou em mim a necessidade
imperativa de tê-lo entre minhas pernas, mas, é claro, não poderia
me permitir que, pelo menos não de uma forma tão arriscada e
pouco profissional.
Ficamos conversando até a chegada dos alimentos. A verdade é
que esqueci completamente do casamento e de tudo mais.
Entretanto, Erik trouxe o assunto para a mesa.
— O que acha dos casamentos arranjados? Não pensa ser um
pouco retrógrado?
— Hm, bem, para ser honesta, acho estranho. Vejo isso como algo
bobo, como um dispositivo antiquado que eles insistem em trazer de
volta. É uma época diferente, mas não parece ser.
— Entendo seu desconforto. Meus pais estão me pressionando
como se não fizesse ideia. Suspeito que também esteja.
— Sim. Têm sido assim desde antes da festa de aniversário.
Ignorei-o por muito tempo porque não o achei relevante e, porque
imaginei que o iriam revogar com o tempo, mas é suposto ser uma
tradição, quase uma instituição.
Estava irritada com isso, ainda conseguia me lembrar das
discussões com minha mãe, devido àquele pequeno problema, mas
eu não suspeitava que o cara que eles estavam me propondo era
alguém que me tirou o folego desde o primeiro momento em que o
vi.
Comemos e conversamos às vezes. Acontece que, Erik era um
homem altamente educado e de fala agradável, mas tive a
sensação de que não estava muito interessado em banalidades,
mas parecia estar interessados em nos aprofundarmos em outros
assuntos.
Após provar um pouco de lagosta e beber um pouco de vinho,
colocou o copo sobre a mesa e me olhou fixamente. Ficou em
silêncio por um tempo, depois estendeu a mão para tocar minha
mãe. Assim que efetuamos um pequeno contato, tive a sensação de
ter recebido uma espécie de choque elétrico.
Seus dedos pareciam tão macios e, em simultâneo, tão fortes. Seus
olhos escuros permaneceram sobre os meus e foi como se eu
estivesse excitada por dentro. Estava pronta para dar o próximo
passo.
—Realmente espero que tenhamos uma chance de ficar a sós por
um momento. Penso que deve conversamos mais confortavelmente.
Depois que ele disse isso, se inclinou para beijar minha mão. Seus
lábios se sentiram tao macios que tremia quase por todos os lados.
Embora quisesse ter tempo de parar por ali mesmo para que
pudéssemos continuar conversando, não podia porque todos tinham
que voltar para suas próprias coisas. Quando chegou a hora de
dizer adeus, Erik decidiu ser uma boa ideia quebrar o protocolo,
então ele me pegou pela cintura e me deu um beijo lento na
bochecha.
Eu fiquei chocada e aposto que o resto do meu anel de segurança
também estava. Senti tanto calor por dentro que penso que ele foi
capaz de sentir isso. Por que digo isso? Porque assim que ele se
afastou de mim, olhou-me com uma certa malícia.
— Saberei que em breve estaremos conversando. Pode apostar
nisso.
Se virou e entrou em seu helicóptero deixando-me a mim com a
boca aberta e a sensação de fogo na minha vagina. Então este cara
gostava de jogar assim, ele tinha que se preparar para a próxima
coisa.
Aquele almoço serviu como uma bolha para me afastar de todos os
problemas ao meu redor. Voltei ao trabalho, as pressões e as
necessidades do povo. Aos problemas e também as insistentes
ligações de minha mãe me perguntando como eu estava indo. Não
tinha vontade de lidar com ela ou com os outros, eu ainda queria
flutuar naquela nuvem que me deixou extasiada ao pensar nele.
Depois daquele dia quase interminável, voltei para casa com a
mente cheia de muitas coisas. Naquele momento eu queria mais do
que nunca te-lo por perto para vê-lo e falar com ele, pronto para
ouvir aquelas palavras que eu estava certa que ele não me diria
com as pessoas ao redor, palavras que só estariam prontas para
mim.
Estava em meu quarto, tirando minha maquiagem, sentada em
frente ao espelho, finalmente despido de minha roupa de dama de
honra. Naquele momento, meu celular tocou, peguei-o em minhas
mãos e notei um número de telefone que não reconheci.
Pensei em falar com um guarda, mas algo me parou, algo me disse
ser melhor eu ficar quieta. Apenas um simples “olá”. Esperei por
mais.
Pousei meu celular novamente e me levantei para começar a me
despir lentamente, deixei cair minha roupa e me senti aliviada, mas
também com um desejo desenfreado. Não conseguia para de
pensar naquele homem. Parecia um castigo que tinha que suportar.
O móvel tocou novamente e acabou sendo ele. Nenhum outro além
do Rei Erik.
— Tirei seu número as escondidas. Acredito que isto me faz parecer
uma espécie de adolescente hormonal, mas se estou sendo
honesto, não quero saber. Aproveitei a oportunidade para falar com
você e estou esperando por isso há algum tempo. Não pode
imaginar a alegria que me deu saber que você queria me ver, eu
não pensei que fosse possível, por isso pensei em mandar o
protocolo para o inferno e ser franco com você. Quero ver você,
quero ver você o mais rápido possível.
A tentação estava lá, na minha frente, mas não queria tornar as
coisas muito fáceis para ele. Por quê? Porque não provocá-lo mais?
Embora eu fosse uma submissa dentro de mim, eu também gostava
de controles e domínio, além disso, talvez eu tivesse uma chance de
domar aquela besta que parecia se esconder atrás daqueles olhos
escuros e chocantes.
— Temos que esperar. Sabe muito bem que não podemos elaborar
as coisas como nos apraz. Devemos manter nossos modos, fomos
educados dessa maneira. — respondi.
Queria saber se este tratamento a frio teria algum efeito. Queria
saber se ele estava disposto a alinhar mesmo que não conseguisse
mais me aguentar.
Esperei por um tempo e mais um pouco. Não houve resposta da
parte dele. Por um lado pensava que tudo poderia ter acontecido,
mas a verdade é que fiquei em suspense. A situação se tornou mais
interessante do que pensava.
Algum tempo depois, ouvi o telefone celular:
— Realmente quer isto? Bem, então vai tê-lo.
— Bem, Erik… veremos até onde isto irá. — disse a mim mesma.
Caminhei nua até a cama e me estiquei completamente. Fechei os
olhos e me veio a mente a lembrança de quando estávamos
almoçando juntos. No exterior, parecia uma reunião como qualquer
outra entre duas pessoas poderosas, mas qualquer um que fosse
realmente observador perceberia haver algo mais, poderia até sentir
a tensão no ar, uma tensão que poderia crescer mais e mais.
Me lembrei de seu rosto, do aperto de seu terno, da largura de suas
costas e de sua altura. Seu cabelo preto, grosso e bem penteado,
seus olhos intensos e o fogo que exalava de sua pele. Podia até
mesmo senti o cheiro de seu perfume. Erik foi uma espécie de
tortura e eu tive que admiti-lo.
A verdade era que eu estava ficando cada vez mais entusiasmado.
Até pensei que perderia o contro de mim mesmo… de alguma
forma perdi.
Senti minha vagina latejando de uma maneira que nunca havia
sentido antes. Embora tentasse controlar meus impulsos, a verdade
era que não conseguia, quase impossível. Estava ficando cada vez
mais molhado a medida que minhas lembranças se tornavam mais
presentes.
Instintivamente abri minhas pernas e trouxe meus dedos para minha
xoxota. Fiquei chocada como estava, meus fluidos pareciam estar
se infiltrando entre meu clítoris e meus lábios. Peguei alguns dedos
e acariciei gentilmente e me senti tremer com o nome de Erik.
Massageie lentamente até aumentar o ritmo, enquanto continuava
pensando nele. Cada vez mais difícil em seu nome, eu não
conseguia parar mesmo que quisesse. Isso me deixou muito mais
molhada do que eu era, eu não pensava que fosse possível.
Comecei imediatamente a fantasiar com ele, a imaginar que o tinha
para mim. Fantasio em vê-lo nu, em saber como ele seria em meu
corpo, em ter sua cabeça entre minhas pernas para que ele me
comesse como quisesse, em assumir o controle de seus
movimentos agarrando-o pelos cabelos. Quase conseguia sentir
meus dedos cavando nos fios de cabelo, eu ia explodir.
Também me perguntei naquele momento como seria seu galo,
aposto que seria um certamente um garanhão, um macho com um
galo grande e grosso, parecendo um conquistador total. Ansiava por
tê-lo dentro de mim.
Lá estava então, naquela sala, sozinho e tentando controlar meus
gemidos de todas as maneiras possíveis para evitar que entrassem
no meu quarto para me interromper naquele momento em que eu
estava tao fora de mim. Na verdade, penso que meu corpo e minha
alma conseguiram se separar, de modo que estava flutuando,
voando e girando.
Chegou um momento em que eu estava tao entusiasmado que
minhas mãos pareciam estar se movendo a toda velocidade. A dor
que senti em meu clítoris inchado foi tal que comecei a chorar. As
lágrimas correram por todas as partes das minhas bochechas para
confirmar novamente meu gosto por produzir e dar dor. Era minha
própria máquina de tortura.
Continuei porque não tinha muito longe para ir. Um pouco mais
tarde, explodi naqueles lençóis luxuosos. Deitei todos os meus
fluidos fluírem com força enquanto minhas pernas estavam
tremendo o tempo todo.
Peguei minhas mãos para o lado e me deitei de lado, banhado em
suor e fluxo. Fiquei ali deitada por um tempo e não podia acreditar
que tive uma ejaculação tão grande de um homem que mal
conhecia. Parecia uma adolescente incapaz de me conter.
Quando me acalmei um pouco, prometi a mim mesma que este
homem seria meu, que eu assumiria o controle da situação, que ele
seria meu escravo. Era uma mulher que podia realizar qualquer
coisa e era assim que teria que ser.
V
Após a reunião que tivemos, era natural arranjados para que ambos
entrássemos em um casamento arranjado. Não consigo nem
descrever a alegria de minha mãe porque, segundo ela, Erik Rowe
era o macho Alfa perfeito para mim.
—É um menino de uma família muito rica e poderosa. Além disso,
seus avós eram como os seus, pilares exemplares da sociedade.
Este casamento será um símbolo de prosperidade e boa sorte.
A verdade é que isso realmente não me importava. A única coisa
que realmente me excitava era a ideia de brincar com este homem.
A última vez que ouvi falar dele foi aquela mensagem que me
enviou. Na verdade, não conseguimos organizar o jantar,
especialmente porque os rumores de nossa aliança se tornaram tao
fortes, então não valia a pena arrasta-lo, acho.
Os preparativos para o casamento foram imediatos. Lembro que
minha cabeça estava muito ocupada pensando em como seriam as
operações ao unir às duas cidades-estrado. Enquanto isso, minha
mãe parecia feliz por cuidar de tudo, até mesmo a mãe de Erik.
Ambas agiram como as mulheres mais sortudas do mundo porque
estariam testemunhando um evento importante.
Pela minha parte, entre assuntos políticos, eu também estava
pensando nele. Não o vi, muito menos falado com ele. Só tinha
informações porque as ouvi de sua mãe ou de alguém que o
mencionou, caso contrario, nada. Assim passei o resto dos meus
dias de solteira desejando um homem com um fervor incrível.
Estava sozinha na sala alguns dias antes da cerimônia. Havia um
acordo de que isso seria feito na outra cidade e que Erik se mudaria
mais tarde para A Cidadela para que ambos pudéssemos governar
juntos.
Olhei para fora e vi novamente aquelas mulheres Ômegas correndo,
arrumando e limpando quase em um frenesi. Eu me perguntava
novamente se aquelas tias já haviam assumido seu destino ou se
elas estavam tendo esperança de que as coisas iriam melhorar em
algum momento.
Afastei-me da janela e me deitei na cama a vontade. Estava ciente
que seria a última vez e que tinha que aproveitar ao máximo até o
último mento. Olhei para o teto e a sensação de me submeter a um
casamento arranjado não me deixou um mau gosto na boca como
eu suspeitava uma vez.
Não me importava, talvez porque era um destino para o qual eu
estava preparado ou, porque o homem que se juntaria a mim me
atraia até ele como um Imã. Imaginei mulheres na Idade Média a
espera do casamento que seus pais organizaram para que não
ficassem solteiras e para que os reinos pudessem unir-se e
consolidar o poder. Ironicamente, a mesma coisa estava
acontecendo cem anos mais tarde. A história do homem é cíclica.
Alguns dias depois, meu quarto deixou de se ser meu e se tornou
uma espécie de sala de maquiagem, camarim e recepção. Tudo ao
mesmo tempo.
As Ômegas estavam limpando, pegando e cuidando, caso contrario
meu rosto e meu corpo estavam sendo atendidos para o outro grupo
de mulheres Alfas para cuidar de mim. Primeiro tomei um banho de
cera e mel de abelha com leite e óleo de rosas. Segundo, para
tornar minha pele irresistível para ele. Em seguida, ele deu a si
mesmo um tratamento para meu rosto e meu cabelo. Enquanto eles
faziam isso, eu ficava em completo silêncio, olhando fixamente para
o meu reflexo e querendo desaparecer.
Não demoraram muito para me consertar, na verdade, eu estava
quase pronto quando me levantei para ser ajudada com meu
vestido. Um casal de escravos Ômegas me ajudou. No final, usei
aquele vestido de cor marfim com mangas de renda e costas
mergulhadas. Por sorte, não foi muito pomposo, tive que
reconhecer.
Alguns toques finais, de modo que, quando terminei, minha mãe
colocou uma espécie de coroa de prata na minha cabeça.
— Filha, não sabe quanto tempo esperei por este dia. Estou tão feliz
que não consigo nem mesmo expressar em palavras o orgulho que
sinto.
Só acenei com a cabeça e pedi que a viagem começasse com Erik.
Se sou honesta, não me lembro bem daquele lugar, sei que, por
extensão, acabou sendo um lugar muito menor em comparação.
Caso contrario, a estrutura era a mesma: prédios altos, avenidas
impecáveis e todo aquele ar de luxo e modernidade.
Fui deixada nos degraus de um grande salão. Havia alguém atrás
de mim, arranjando minha cauda para ela parecer imponente
quando eu entrasse. Naquele momento, respirei fundo e ganhei
impulso para entrar.
As postas se abriram e senti pessoas olhando para mim, todas elas
incluindo ele. Estava no final da estrada, como se fosse alguma
recompensa. Caminhei lentamente pelo meio, meus olhos fixos em
Erik.
Quando me aproximei dele, pude ver seu terno preto, impecável e
perfeito, observei a impecabilidade de seu penteado e o porte de um
homem todo-poderoso. Por um momento pensei que ele estava
nervoso, mas não estava, sua expressão era calma e relaxada,
como se não estivesse acontecendo. Seria o mesmo dentro de seu
corpo?Teria gostado de saber que era.
A cerimônia foi muito mais rápida do que pensava, saímos do salão
de braço dado e com nossos meios sorrisos em exposição. As
pessoas jogaram arroz ou pétalas de rosa em nós. Penso que a
excitação de ambos termos sucessos no sindicato estava entre as
expectativas das pessoas.
Após cumprimentar e conversar com as pessoas por um tempo,
entrarmos em um carro para ir à recepção. Eventualmente, fomos
salvos pelo motorista que nos conduzia. Erik e eu ficamos em
silêncio por um tempo.
Parecia uma eternidade, mas mesmo assim não se sentia
desconfortável, muito pelo contrário, era como se algo estivesse
prestes a se manifestar, mas não sabia exatamente o que. No
entanto, tudo ficou ali, na frieza e na cerimônia da ocasião.
Queria que as coisas terminassem o mais rápido possível. Nunca foi
uma grande fã das formalidades. Na verdade, odiava, mas estava
no meio e não podia escapar por mais que quisesse. Enquanto isso,
estava procurando Erik com meus olhos, indo de mesa em mesa,
conversando com as pessoas. O ambiente geral era festivo, por
isso tivemos que mantê-lo até o final. Era o que fomos educados a
fazer.
Com o amanhecer, chegou o final da celebração. Estava tão
cansada de que pensei que seria difícil ficar de pé. Minhas pernas
estavam me matando. O fato é que fomos a Cidadela para pernoitar
no que seria o início de um governo espetacular.
De todas às vezes que tivemos juntos, Erik preferiu a distância e me
ignorava completamente. Não negarei que isto feriu meu orgulho,
especialmente porque estava acostumada a que as pessoas
simplesmente me obedecessem, realizando isso sem reclamar.
No entanto, naquele carro que ele agora dirigia, as coisas deram
uma volta de 180.º. Erik puxou o Porshe para a beira da estrada.
Olhei-lhe com surpresa e quando estava prestes a dizer algo a ele,
simplesmente não consegui. Agarrou meu rosto com às duas mãos
e disse bem perto do meu rosto.
—É minha finalmente. Legalmente e diante de todos os olhos do
povo. É minha.
Não sabia o que responder porque estava sujeita a esta surpresa da
qual não conseguia sair imediatamente. Senti meu peito levantar
rapidamente, o calor do constrangimento e da excitação correndo
para minhas bochechas e então percebi que os lábios de Erik foram
diretamente para o meu.
O calor do primeiro pincel no almoço que tivemos foi de longe
compensado por este momento. Senti como se o chão tivesse se
deslocado completamente e tivesse sido enfraquecido pela força e
presença deste homem.
Fiquei parada, calma, porque a parte submissa de mim, saiu.
Entretanto, havia também uma espécie de necessidade de querer
assumir de algum controle, por isso não pensei muito sobre isso, e
levei minhas mãos as lapelas de seu casaco para puxá-lo até mim.
Beijei-o com a força e o desespero de ter me feito esperar mais do
que necessário, com a intensidade que lhe dei para entender que o
queria, mas que também estava disposta a mostrar-lhe que eu era
um vulcão como ele era. Éramos um par de forças iguais que
estavam dispostos a lutar uma contra a outra. Não daria um passo
atrás. Sob nenhuma circunstância.
Estávamos nos beijando e tocando um no outro por um tempo, no
meio da escuridão e do nada. Chamou-me a atenção que o habitual
anel de segurança que esteve sempre conosco não estava lá.
Penso que foi obra do Erik, o cara acabou sendo muito mais do que
havia pensado.
Conseguimos continuar, mas se afastou e olhou para o meu rosto.
Acariciou minhas bochechas e meus lábios. Não pude deixar de
sorrir com imprudência e também com fascínio. Era um homem
quente e estava morrendo de vontade de queimar nele.
— Por que não vamos a um lugar mais confortável?
— Sim… acredito que seria mais conveniente. — Disse ele
calmamente.
Pegou o volante com às duas mãos e pisou no acelerador.
Enquanto isso, eu estava no assento ao seu lado, ainda sentindo a
sensação na minha pele. Respirei fundo e pensei em manter a
calma, mas queria responder com algo tão vigoroso quanto que ele
havia feito anteriormente.
Deixei passar alguns minutos para eu pensar que tinha tudo sob
controle, mas é claro que ele não o fez. Aproximei-me lentamente
dele. Procedi para beijá-lo no pescoço. Lentamente no início e
depois com mais força, tanto que o marquei com meus dentes.
Uma das minhas mãos percorreu às duas coxas para cima e para
baixo. Senti fortes e musculosos. A fricção lenta de meus dedos foi
para provocá-lo ainda mais, ao que teve o efeito que eu queria
desde o início. Assim, continuei a fazer a minha parte até chegar a
sua protuberância. Seu pau estava tão duro que parecia rasgar suas
calças.
Erik manteve a calma, mas ocasionalmente perdia o controle da
pista. Suas mãos giravam de um lado para o outro, era como se
estivesse que lidar com duas sensações: a necessidade de atenção
que a condução exigia, ou se entregar completamente as carícias
que eu lhe dava.
Para ser honesta, achei isso extremamente engraçado. Adorei vê-lo
assim, diluído em minhas mãos. Então continuei, mas desta vez
com mais força e contundência. Podia dizer que em questão de
minutos era tão firme, tão delicioso.
Fui tentada a abrir o zíper, tira-lo e colocar tudo na minha boca. Por
que não? Há muito tempo eu já fantasiava a ideia, mas a verdade é
que gosto de brincar e de empurrar os limites o máximo possível.
O ofegar de Erik estava se tornando cada vez mais perceptível, não
podia negar que isso também me excitava. Com ele eu estava
explorando novamente aquele terreno que permaneceu estranho
para mim por muito tempo e que eu sentia tanta falta.
Pensei haver mais para vir, mas não havia, Erik atingiu o local sem
dificuldade. Como nosso sindicato acabou sendo um evento desse
tipo, era lógico que nos foi dado as melhores acomodações
possíveis. Neste caso, uma enorme casa na periferia da Cidadela.
Era uma das poucas coisas que eu realmente achava agradável.
Assim que chegamos, Erik desligou o carro e saiu rapidamente.
Nem sequer me deixou sair em silêncio, me tomou em seus braços
com força. Envolvi meus braços em torno dele e ficamos juntos,
beijando com toda a paixão do mundo. Sua língua estava dentro da
minha boca, procurando a minha, agitando dentro de mim e me
provocando cada vez mais. Senti-me quente, sem restrições e
ansiosa por mais.
… porém este não era o lugar, se íamos comer um ao outro, tinha
que ser em um lugar adequado e propicio para isso, então peguei
sua mão e começamos a caminhar em direção a grande porta de
madeira.
Erik tirou um pequeno cartão e o passou através de um pequeno
leitor. Houve um leve “clique” e nos dois entramos no que seria
nossa nova casa. Era uma casa bastante grande e espaçosa. Na
verdade, estávamos absorvidos na grande janela da sala de estar,
que era tao alta quanto o teto. Devido ao brilho da noite, a luz da lua
entrava e repousava no chão escuro do parque.
Ele me deixou passar primeiro, então dei alguns passos até que
estivesse no meio da sala. Como não aguentava mais, tirei os
calcanhares e fiquei descalça. O alívio que eu sentia era bom
demais para ser verdade. Finalmente fiquei mais confortável.
Suas mãos descansaram sobre minha cintura para me acariciar
lentamente. Tínhamos deixado os negócios inacabados do carro,
então tivemos que continuar.
Me virou de modo que estávamos de frente um para o outro, depois
sorrimos quase ao mesmo tempo. Nos aproximamos do beijo, mas
com a excitação de não haver ninguém para nos interromper.
Lentamente senti Erik tirando minhas roupas rapidamente, embora
também não fosse muito difícil, era apenas um vestido. Assim que
ele o descompactou, a roupa caiu no chão e eu estava em minha
roupa íntima na sua frente.
Um sutiã rendado e calcinha a condizer. Me afastei um pouco para
ele poder olhar para mim, na verdade, ele costumava olhar-me com
aquele seu rosto tolo e esbugalhado. Adorava.
Tirei-lhe o casaco, o laço e a camisa branca. Enquanto procedia a
remover seus botões, pude sentir a textura de seu peito firme. No
final, vi seus grandes peitorais e aquele abdômen definido e bem
torneado. Foi quase como olhar para uma escultura perfeita e bem
esculpida.
Tentei não ficar muito surpresa porque não queria que ele
percebesse o quanto eu queria tê-lo comigo. Entao peguei sua mão
e começamos a caminhar em direção ao quarto.
Fiz lentamente, talvez porque eu quisesse tentar o máximo possível.
Subimos alguns degraus e nos encontramos em um longo corredor.
Por um momento eu estava hesitante, mas encontramos a sala
rapidamente.
Empurrei a porta lentamente e encontramos um lugar espaçoso e
bem decorado. Os moveis eram minimalistas e sóbrios, por isso não
me senti nada desconfortável. Tive que deixar qualquer pensamento
de decoração porque não era realmente importante. Na verdade, eu
estava de mãos dadas com o homem que fora o protagonista de
minhas fantasias nos últimos dias, então eu tinha coisas a fazer.
Assim que nos deitamos na cama, o beijou continuou. Senti-me livre
para toca-lo como eu quisesse, embora ele tenha efetuado o mesmo
comigo. Na verdade, era muito mais dominante do que da primeira
vez. Percebi que isto ia ser uma espécie de batalha de vontades.
Tive que mostrar-lhe que era errado me manter em pé de guerra
durante o período antes do casamento. Estava mergulhada na
incerteza e na dúvida de que algo poderia ter acontecido. Entao, eu
estava sempre planejando sobre o que aconteceria em seguida.
Ele estava em cima de mim, exercendo força com seu corpo e com
sua cabeça enterrada em meu pescoço. Senti que poderia
facilmente ficar lá o tempo que quisesse, no entanto, porque as
carícias que seus lábios estavam fazendo na minha pele pareciam
incríveis.
Entretanto, a vontade de ter mais controle foi muito mais forte, por
isso o afastei um pouco e me movi em cima dele em um movimento
rápido e vigoroso. Erik ainda estava meio vestido e eu estava
praticamente no auge.
Assim, aproveitei a posição para ficar mais confortável. Coloquei
minhas pernas em cada lado do corpo dele, enquanto minha boca
se movia pelo pescoço dele e pelo peito. Beijava e mordi, pincelei
com minha língua e lhe dei o prazer que ele me restringiu.
Comecei a me mexer um pouco para estimular minha xoxota contra
sua protuberância. Lentamente pude sentir seu pau endurecendo.
Enquanto eu balançava, podia ouvir os gemidos e arfadas, a
aceleração de sua respiração e a necessidade de controle. É claro
que não o permitiria.
Coloquei minhas mãos em seus pulsos e os segurei com força.
Continuei andando por um tempo para avisá-lo que eu estava
assumindo a liderança. Sentei-me um pouco e olhei nos olhos dele,
quase me perdi na escuridão que eles me deram.
Naquele momento percebi que, embora estivesse dominando a
situação, não seria por muito tempo. A razão? Tive a sensação de
que ele era algum monstro, algum animal selvagem que não podia
ser domado em nenhuma circunstância.
Continuei beijando-o e me movendo para baixo até parar em sua
virilha. Continuava escovando meus dedos sobre sua protuberância
como se quisesse lembra-lo que estava ansioso para levá-lo o mais
rápido possível. Depois de um tempo, decidi descompactar sua
mosca para poder ver aquele galo que me deixava tao desesperada.
Fiz lentamente, talvez para aumentar sua curiosidade mórbida ou a
minha, a verdade é que assim que o senti em uma de minhas mãos,
ele quase me queimou com sua pele. Meus olhos se abriram mais
quando o tinha na minha frente, não podia acreditar.
Era um pênis comprido e grosso, com uma glande grande e uma cor
mais clara do que o resto de sua pele. Desde a ponta até a base,
havia uma veia grossa e, a parir dela, algumas menores. Na minha
excitação, acabei puxando suas calças para baixo para ele ficar
completamente nu.
Tinha essas pernas divinas, fortes e definidas. Era uma imagem tão
clara e divina, que me fez querer beijar e morder suas coxas para
marcá-lo.
Comecei a masturbá-lo com força e olhei para cima para ver como
ele estava se saindo. Seu rosto estava queimando e sua testa
estava perolada, parecia estar a ponto de perder a cabeça. Não
posso negar que essa imagem extremamente estimulante.
Continuei a demonstrar meu desejo de controle agarrando-o pelo
pescoço com alguma firmeza. Olhou para cima para encontrar o
meu, pude observar a intensidade por trás daqueles olhos escuros,
sem dúvida querendo afundar cada vez mais fundo em meu desejo
por sua carne.
Quando não aguentava mais e quando soube que o tinha sob meu
controle, movi minha boca para o pênis dele. Primeiro lambi essa
sedutora veia grossa. Fiz lentamente, suavemente, quis faze-lo
formigar o máximo possível porque não suportava a ideia de deixar
aquele negócio pendente.
Depois disso, deixei que meu gosto particular pelo sexo oral se
tornasse mais manifesto a medida que tomava um impulso muito
mais perceptível e queria ter seu pinto dentro de minha boca. Como
era um membro bastante grosso, tive que tomar meu tempo até que
finalmente pudesse saboreá-lo até o fundo da garganta.
Erik, por outro lado, tinha suas grandes mãos sobre os lençóis,
respirando com força e querendo algo mais comigo. Ao suga-lo
incansavelmente, notei que parecia controlar certos impulsos, como
se estivesse dominando uma fera dentro de si mesmo… Ainda
assim, permaneceu imóvel, medindo minuciosamente meu
comportamento.
Fios de saliva escaparam dos meus lábios enquanto empurrava seu
pinto cada vez mais fundo dentro de mim. Sim, estava engasgada,
mas também gostei da maneira como isso me fez sentir. Estava
quente e, por acaso, me abriu completamente. Estava desesperada
para tê-lo dentro de mim.
Então parei, fiquei ereta em cima dele, minhas pernas se
espalharam ao redor de seu corpo como se fosse uma terra abaixo
da minha conquista. Procedi para retirar meu sutiã e minha calcinha
de renda, tirando o último do meu corpo para oferecer-lhe em sua
totalidade.
Uma espécie de frieza invadiu meu estomago. A verdade era que
não podia esconder que me sentia bastante nervosa, mas esforcei
para não mostrá-lo em demasia, a razão? Tinha que provar até o
último momento que eu era uma mulher forte que não recuaria.
Ao me ver assim, notei que estendeu suas mãos para tocar meus
seios e vaguear pela minha cintura. Ele o fez de uma maneira tao
suave e delicada que pensei que ia me desfazer entre seus dedos.
Suas carícias fizeram minha pele engatinhar de arrepios.
Suas mãos, no entanto, vieram para descansar no meu rabo,
apertando-o com tanta força que me fez gemer imediatamente.
Senti aquela faísca, aquela necessidade de pertencer-lhe e servi-lo,
de ajoelhar-me e dizer adeus ao meu autocontrole auto-imposto.
Naquele instante me lembrei que ainda tinha seu pinto esfregado na
minha xoxota e que minhas pernas sentiram o calor de seu corpo.
Tomei então a decisão de monta-lo como ninguém no mundo.
Instalei-me lentamente para facilitar a penetração. Estava
desesperada para senti-lo. Minhas coxas tremeram um pouco, não
sei se foi a excitação ou o medo deste monstro latente, mas
continuei porque sua carne estava me chamando e eu estava
morrendo de vontade de me juntar a ele.
Senti toda a espessura e calor de seu pênis dentro de mim. Agarrei-
me a seus peitorais, minhas unhas enterradas em sua pele. Escutei
um leve gemido de dor, sorri porque me fez sentir mais poderosa do
que nunca.
Depois de tê-lo dentro de mim, Erik parou de se conter e decidiu
agarrar minha cintura com um brilho incrível. Até senti que suas
mãos estavam prestes a perfurar minha pele.
Abriu os olhos e pode ver que estava a ponto de sair, já não havia
mais controle ou tentativa, agora estava pronto para rasgar minha
pele em pedaços.
Segui sobre ele e imediatamente estava pronta para me mover
como possuía. Era inevitável não o realizar porque era um instinto
que prevalecia sobre a minha carne. Pulei graças ao impulso que
minhas pernas me deram e movi minha cintura e meus quadris.
Alternei movimentos para experimentar a maneira como seu pênis
empurrava seu caminho dentro de mim. Abri minha boca e deixei
sair qualquer número de obscenidades. Já nem me lembro mais.
A dada altura, estendi a mão e agarrei seu pescoço com firmeza. No
entanto, notei um sorriso malicioso no rosto de Erik, quase
zombando.
As coisas mudaram repentinamente, ele terminou de me levar com
firmeza e começou a me colocar sobre a cama de quarto. Meus
braços e pernas ainda estavam tremulas devido à força daquela
primeira transa que acabamos de ter.
Separou minhas pernas um pouco afastadas e eu quase pude sentir
minha xoxota ficando muito mais molhada do que eu pensava. Além
disso, estava latejando demais, e foi a primeira vez que senti algo
assim.
Estando assim na cama, estava ciente que havia adotado uma
postura submissa, mas era nossa primeira noite, então foi
necessário esperar pela mudança do outro. No meio da minha
espera, senti suas mãos, novamente, sobre minhas nádegas.
Apertando, pressionando e espancando-os um pouco.
Como notou que estava gemendo em particular com as palmadas,
então se meteu mais nisso. No início, parecia faze-lo com alguma
reserva, mas depois notei que se afrouxava cada vez mais. Os
impactos se tornaram mais intensos, ao ponto de poder sentir
aquela dor, aquela queimadura que atravessava todo o meu corpo.
Minhas mãos agarram alguns lençóis, apertando-os como se fosse
a última coisa no mundo que me ajudar8ia a ter um pouco de
sanidade… mas claro, foi uma ilusão.
O galo do Erik parecia ter essa qualidade de levar qualquer uma
beira da insanidade. A verdade é que o subestimei porque não
imaginava que ele provocaria algo assim e muito menos na posição
em que eu estava. Imediatamente após o espancamento, ele me
fodeu em um único movimento, provocando os gemidos e gritos
mais desenfreados. Meu ser parecia estar dividido em tantas partes,
tantas que eu ate duvidava de minha própria existência.
Os impulsos que ele fez foram selvagens, determinados,
desenfreados e descontrolados. Suas mãos estavam sobre meus
quadris, segurando-os com determinação. Aquele espaço escuro e
desconhecido para nós dois, era aquele ponto de encontro onde
podíamos ser e pertencer um ao outro como quiséssemos.
Nos intervalos em que eu não gemia porque estava privada de
prazer, as paredes ecoavam o choque de sua pélvis contra a minha.
Adorei esse som, sem mencionar a sensação que sentia dentro de
mim.
Embora tenha conseguido permanecer na mesma posição, efetuei
um movimento rápido que o impediu de assumir o controle. Desta
vez eu queria pegar de onde parei, então me posicionei na cama e
comecei a masturba-lo com força.
Posicionei-me de modo que meu rosto estivesse ao lado do dele.
Graças a essa fricção, olhei atentamente para seu queixo quadrado
e aquele fogo atrás de seus olhos escuros. Sua boca escovou
contra a minha testa ou uma das minhas bochechas enquanto
ambos arfávamos e gemiamos.
Continuava esfregando-o com força até notar que ele estava
gemendo cada vez mais, ele até tinha alguns espasmos que acho
terem a ver com que ele estava perto, muito perto de se vir.
Naquele momento, olhei para cima para detalhá-lo, notei que o
desespero e a intenção de conter um pouco, mas não, não havia
como. Estava estimulando com determinação e a continuaria a fazê-
lo.
— É assim que queria ter você… não vê? É meu. Somente meu.
Estava fazendo isso e lhe dizendo porque me senti mais poderosa
do que nunca. Não podia negar que este era um papel que eu
gostava de desempenhar. No entanto, ele aproveitou um momento
para me surpreender.
Veio em minha direção rapidamente e nos fechamos os olhos. Um
de seus braços aparentemente sem vida agarrou meu pescoço e o
apertou com força. Senti minha respiração prender e uma das veias
da minha testa começaram a palpitar.
Erik efetuou uma careta que me fez sentir assustada e mórbida ao
mesmo tempo.Ficou em silêncio enquanto eu continuava a
masturbá-lo com força.
— Veremos sobre isso…
Parou de me apertar quando finalmente cedeu ao seu orgasmo. Seu
esperma quente acabou ficando entre meus dedos e em parte da
cama. Fiquei acariciando-o gentilmente por um tempo, até perceber
que tinha se acalmado o suficiente. Naquele momento, optei por me
levantar para me limpar, no entanto, Erik me fez pagar essa mesma
mão para provar alguns de seus fluidos.
Olhava-lhe e enfiava minha língua para passar por cima de parte
dos meus dedos. Lambi devagar e com dedicação, gostei de
degustá-lo. Depois acariciou meu rosto um pouco e deu alguns
tapinhas no traseiro de uma das minhas nádegas.
— Muito bem!.. muito bem garota.
Tropecei na cama, cheguei ao banheiro e me olhei no espelho. A
noite estava tao brilhante que eu não precisava acender a luz.
Estava suada, desgrenhada e com a mão molhada de um marido
que havia acabado de conhecer.
Lavei minha mão pacientemente enquanto, ao mesmo tempo
pensava que Erik era sem dúvida um dominante embora, talvez pelo
destino, se tivesse permitido ser controlado por mim. Queria saber o
motivo, o motivo dessa decisão. Em meio a este turbilhão de
pensamentos, imaginei um cenário interessante: aquela situação em
que ele assumiria o controle total sobre mim de uma forma que nem
mesmo eu conseguiria entender.
A luz da janela do banheiro, a mesma luz que parecia descansar no
balcão do banheiro, me permitiu sair do meu devaneio e percebi ser
hora de sair.
Olhei para fora por um momento e percebi que Erik estava dormindo
na cama com os olhos fechados. Notei que seu peito estava subindo
e descendo lentamente, em um movimento suave e tranquilo. Senti
uma sensação nervosa em meu estomago e em minha coluna
vertebral. Pensei estar exagerando, mas não estava, tive a
sensação de que nosso relacionamento seria uma espécie de luta
de vontades.
VI
Não me lembro bem como sai do banheiro apesar do meu medo no
meu peito. Tudo o que sei é que sai do meu covil para me juntar a
ele, caminhando devagar até chegar ao seu lado. Me movi
lentamente para não interrompe-lo ou pertubá-lo, enquanto notei
que estava realmente dormindo, embora eu não saiba se isso foi
mais um esforço mental que realizei para me convencer disso.
A verdade é que eu me deitei na cama e tomei um momento par
olhar o espaço ao meu redor. A cor das paredes, a textura dos
móveis e a decoração em geral. Nem ele, nem eu tivemos nenhuma
contribuição com isso.
Me convenci de que a melhor coisa a fazer era dormir, e assim o fiz.
Até a manha seguinte.
O chilrear dos pássaros foi suficiente para me fazer abrir os olhos.
No início foi um pouco difícil porque meu corpo doeu, mas quando
me lembrei do que havia acontecido, lembrei que foi devido ao sexo
na noite anterior. Sorri um pouco e me preparei para sentar na
cama, pensando que acordaria ao seu lado. No entanto, não o fiz.
O lado da cama do Erik estava vazio e frio. Presumi que estivesse
acordado há algum tempo e que estivesse sozinha há algum tempo.
Não sabia como reagir a isto. De repente pensei que tinha mais a
ver com que tanto ele quanto eu eramos Alfas com
responsabilidades muito importantes. Naquele momento eu me
lembrei do meu.
Levantei-me nua e continuei a me esticar um pouco para me
aquecer um pouco. Caminhei até o banheiro e notei uma pequena
nota no balcão. Foi redigida a mão.
— “Tive que sair cedo, espero vê-la hoje a noite. E”.
Sabia que era ele e, inconscientemente, sorri. Eu me olhei no
espelho como um ato de reflexo e notei que tinha algumas marcas
em meu corpo. Teria que exibir minhas habilidades de maquiagem
para torná-las tão discretas quanto possíveis.
Passei o dia entre recados, reuniões e até reclamações. Embora o
clima na Cidadela fosse o melhor, também era óbvio que havia uma
atmosfera de incerteza sobre como as coisas seriam tratadas entre
às duas cidades. Foi decidido que ambos compartilharíamos certas
responsabilidades, mas que assumiríamos uma certa separação de
funções para que ambos os locais mantivessem sua independência.
Entretanto, isso não foi desculpa para uma certa desconfiança entre
as pessoas, o que também significou mais trabalho. De tempos em
tempos, quando tinha a oportunidade de fazer uma pausa de tudo o
que tinha que ser feito, não podia deixar de pensar nele. Erik estava
em minhas células cerebrais, dançando nelas sem meias-palavras,
como se ele não tivesse nada melhor para fazer.
Sentada à mesa, pensando nas coisas que eu queria fazer, não
pude deixar de pensar que ambos estávamos dispostos a lutar para
determinar quem poderia fazer mais.
Naquele momento, decidi que lhe daria uma surpresa que talvez
elevasse um pouco mais a situação. Comecei a pensar no que eu
poderia usar para nossa reunião, teria que ser algo interessante e
intenso.
Escureceu e quando finalmente consegui sair do escritório, decidi ir
às compras em uma loja de departamentos. O surpreendente exigir
que eles me deixassem fazer isso sozinha e que eu não precisava
ter um bando de homens por perto para me proteger.
Após parecer suficientemente convincente, fui a uma mercenaria
próxima, uma canção dos Bee Gees tocada ao fundo enquanto
caminhava pelos corredores, tentando encontrar o que eu tinha em
mente. Em seguida, deparei-me com o departamento de materiais
de construção. Caminhei alguns metros e me curvei para pegar
algumas cordas pretas. Sorri.
Depois de caminhar algumas vezes, decidi por um lenço de tecido
leve que tinha visto na seção feminina e aquelas cordas. Assim que
paguei, sai dali com pressa porque mal podia esperar para usar isso
no Erik.
Cheguei em casa e encontrei o silêncio. No início pensava que
ninguém estava lá, exceto por uma luz que vinha da cozinha. Sai do
carro e subi cuidadosamente pela entrada, como se eu fosse uma
espécie de espiã.
Abri a porta e notei que não havia ninguém na cozinha, então subi
as escadas lentamente porque estava ansiosa para conhecê-lo.
Quando cheguei, Erik estava lá, tirando seu terno cuidadosamente.
Eu fiquei de pé na porta por alguns segundos, olhando para ele.
Olhei para seus peitorais, os músculos e aquele brilho que parecia
emanar de sua pele. Seu cabelo preto, grosso e peludo, seu jeito, a
maneira como se movia.
De repente, ele virou sua cabeça porque percebeu que eu estava
olhando para ele. Sorriu-me e prosseguiu com seus negócios. Em
minhas mãos segurava a bolsa com que havia comprado na loja.
Depois fui para dentro, coloquei meu casaco e bolsa em uma
cadeira e tirei o que tinha dentro e coloquei-os na cama.
Então caminhei em direção a ele com muito cuidado até ficar de pé
na sua frente e lhe dar uma xícara de café com ambas as mãos.
Meus dedos podiam sentir levemente os pelos faciais emergindo de
seu rosto. Eu o acariciei um pouco, lentamente, até beijá-lo com
toda a gentileza do mundo.
Senti-o parar o que estava fazendo para colocar suas mãos em
mim. Enquanto meus lábios continuavam a se encontrar com os
dele, podia dizer que ele estava acelerando. Após alguns segundos,
Erik estava em cima de mim, enrolando meu corpo e seus braços ao
meu redor.
Permanecemos unidos, juntos na luxúria até que eu o fiz sentar na
beira da cama. Quando o realizou, me posicionei em cima dele e me
segurei em seus ombros fortes e sólidos.
Houve um momento em que Erik me agarrou com força, envolveu
um de seus braços em torno do meu tronco e me puxou até ele com
a máxima determinação. Seus olhos escuros pareciam querer
consumir minha alma e meu corpo, e foi nesse instante que soube
que era sua. Mais que sua..
Continuamos nos beijando até que começou a tirar minhas roupas
selvagemente. Nem me lembro em que momento ele tirou todas as
minhas roupas, mas depois de muito pouco tempo, estava nua na
sua frente.
Embora tenha sentido novamente essa vontade de me dobrar
completamente, não o fiz. Olhei para as cordas e aquele pedaço de
pano leve, então escorreguei de seus braços e peguei as coisas
para fazer o que havia planejado.
Fui até ele para fazê-lo entender que o queria deitado na cama. Erik
me entendeu e brincou com um certo grau de expectativa. Entao,
primeiro puxei o pano sobre seus olhos e peguei seus braços e os
coloquei acima de sua cabeça, amarrei seus pulsos com bastante
firmeza — ou assim pensei — e quando fiquei satisfeita, beijei-o nos
lábios.
Erik parecia gostar de tudo o que estava acontecendo, então
aproveitei essa vontade de me divertir mais com ele. Beijei seu
pescoço e fiquei um pouco sobre seu peito, sobre aquele peito forte
e firme. Depois continuei minha descida até parar apenas no botão
de suas calças.
Acariciei sua protuberância com minha mão, suavemente,
lentamente, e pude sentir imediatamente seu pinto ficando cada vez
mais duro. Olhei para cima e ele continuava mordendo os lábios.
Desabotoei, soltei e retirei suas calças quase em um único
movimento. Finalmente, suas divinas pernas largas foram expostas
a mim… Todo o seu ser, de fato.
Estava nu e eu estava com fome, então comecei a devorar seu pau
com todo o desespero que eu tinha amassado. Não houve lambidas
suaves, desta vez descarreguei tudo nele. Penso que tudo isso foi
um produto de ansiedade e bagagem emocional devido ao trabalho
e ao casamento. Tudo se uniu e se resumiu naquele ponto, naquela
sala com ele.
Colocou seu galo inteiro dentro da minha boca, eu até estava
sentindo violentamente porque o comprimento e a espessura do seu
galo quase me cobria a garganta. No entanto, ali permaneci,
constante e também ansiosa para devorar sua carne porque,
francamente, já não aguentava mais.
Cada vez que me sentia mais e mais confortável, comecei a me
mover mais e mais rápido. Minha cabeça estava balançando para
cima e para baixo a uma velocidade que influenciou diretamente os
gemidos e os suspiros de Erik. Podia até ver suas pernas tremendo
de excitação. Gostava de tê-lo assim, sob meu controle.
Como chupava quase violentamente, minha buceta se sentia cada
vez mais molhada e quente e cada vez mais quente. Estava
latejando de tal maneira que eu não conseguia aguentar um minuto
mais, então parei e antes de chegar em cima dele, coloquei uma
das minhas mãos no pescoço dele, segurando-o, sufocando-o um
pouco. Com minha outra mão livre, tomei a mim mesma a tarefa de
masturba-lo com força e firmeza. Voltou a gemer, proferiu
novamente uma série de palavras incompreensíveis.
Agora, depois de um tempo, contornei seu corpo com minhas
pernas nuas. Imediatamente senti seu pinto se esfregando na minha
xoxota para que eu me movesse um pouco mais para ele poder
entrar em mim. Imediatamente, senti sua carne me empalar e como
minha voz se quebrou em um dos três.
Juro que foi como voar pelo espaço.Seu galo me transportou para
um lugar desconhecido e fascinante ao mesmo tempo. Tão longo
que parecia ser de outro mundo. Não consegui explicar e talvez a
melhor coisa que pude fazer foi não procurar, apenas sentir.
Imediatamente encontrei o impulso em minhas coxas para subir e
descer. No início eu estava um pouco lenta porque queria ter tudo
dentro de mim, depois o efetuei mais rápido, então tive que segurar
meus seios, apertando-os no meio da euforia.
Devo confessar que acredito que nunca gritei tanto em minha vida
como naquele momento. Nem mesmo a primeira vez que tive
relações sexuais.
Continuei pulando em cima dele até que chegou um momento em
que não senti mais nada além de seu pinto na minha bichana. Na
verdade, o mundo poderia ter caído em mil pedaços e eu nem teria
notado. Foi quando isso aconteceu.
Não sei como, Erik conseguiu desatar as codas que o amaravam e
remover aquele pedaço de pano que lhe servia de venda para os
olhos. Quando abri seus olhos em um momento em que tive um
momento para me afastar do êxtase, percebi que ele estava me
olhando com um olhar como eu nunca havia visto antes. Uma força,
uma intensidade, uma forma que me sacudiu até o osso.
Sei que tudo aconteceu em questão de segundos, mas eu o vi em
câmera lenta. Erik estendeu a mão e agarrou minha cintura com
tanta força que também me fez saltar com força. Naquele momento,
minhas coxas doíam e meus bezerros doíam, pensei que a qualquer
momento eu não poderia continuar, mas ele mostrou aquela besta
que vivia dentro dele… a libertou para poder me dominar
completamente.
Fiz o meu melhor para lutar, para lutar com a ideia de quem poderia
fazer mais. Enquanto todos tentavam trocar de papel, para ser uma
troca, sabia que não ia funcionar muito bem. Na primeira noite
houve dúvida e isto foi a confirmação. Sim, eu gosto mais de
controle, mas gosto mais de ser submissa e o olfato de Erik era
afiado, ele o conhecia bem.
Entretanto, devo dar-lhe crédito por ousar e fazer reverencia a uma
mulher. Não era rude ou hostil, muito pelo contrário. Foi receptivo e
caiu nas minhas redes como queria… apesar disso, sabia que seria
apenas uma questão de tempo até que ele se mostrasse pelo que
realmente era.
Ele se sentou na cama e nos dois olhamos um para o outro. Ele me
segurou com força e moveu sua bacia tao rápido que eu não
conseguia parar de gritar o tempo todo que eu estava na colco dele.
Seu pau se sentia duro, forte e eu quase perdi a noção de mim
mesma.
Depois mudou minha posição para me deitar na cama de quatro. Ao
contrário da primeira vez, desta vez me rendi completamente, me
deixei ir porque estava ansiosa por seu controle e sua carne.
Então senti suas mãos sobre minhas nádegas, segurando-as
firmemente e agarrando-as como se sua vida dependesse disso.
Então se apertou mais perto de mim e se inclinou ligeiramente para
trás até agarrar meu pescoço… com às duas mãos.
A pressão de seus dedos me fez sentir mais viva do que nunca o
toque de seu pau contra minha buceta também. Estava queimando
com sua pele e esperava o momento em que ele me desfrutaria
completamente.
O calor de seu hálito me escovou o ouvido como uma carícia.
Primeiro me beijou e depois lambeu um pouco, suavemente e
devagar.
— Eu lhe avisei… eu lhe disse… Agora será minha. Agora verá
quem esta realmente no comando.
Apertou um pouco mais de força até que senti falta de ar, A verdade
é que gostava da maneira como ele me dominava, me controla. Eu
me sentia intensa, quase eufórica. Estava ciente que era apenas o
começo.
Então ficou o mais confortável que pode e me fodeu por trás, com
uma força impressionante. Seu pênis entrou em mim de tal maneira
que eu nem tive a anche de gemer, nem mesmo remotamente. Nem
mesmo remotamente. A razão? Era muito reservada, concentrada
neste mar de sensações que invadia todo o meu corpo.
Agarrei-me as folhas com determinação, como se estivesse
esforçando para não ma desfazer muito rapidamente. Portanto, ele
não parou de me bater em nenhum momento. Naquele momento
não havia escapatória, era a única dele.
O ritmo era muito intenso até que ele parou momentaneamente. Na
verdade, foi tão rápido que me fez pensar no que havia acontecido.
Tive que me acostumar ao fato de que ele era um cara imprevisível
e enquanto eu queria me tornar sua prostituta, sua escrava, tive que
aceitar plenamente suas decisões.
Olhou para cima e olhou para as cordas e o pedaço de pano. Tinha
certeza que usaria isso no meu corpo, então me deitou na cama
com força e me fez estender meus braços e pernas sobre a
superfície. Eu ainda estava tremendo e com espasmos porque
aquele resquício do galo na minha xoxota permaneceu em mim.
Usei esses momentos para recuperar o folego e a quietude no meu
peito. Eu sabia estar suada e agitada, mas estava quase no céu,
flutuando no teto e além dele.
As mãos de Erik cuidaram de me amarrar até as extremidades da
cama, com ose fosse com a intenção de que cada canto agisse
como sentinela para que não pudesse me mover muito.
Ao terminar com meu tornozelo esquerdo, ele pegou delicadamente
o tecido entre os dedos. A acariciou como se fosse um tesouro, de
modo que, no final, olhou-me com uma expressão hesitante, não
sabendo muito bem o que fazer com ele, mas Erik não demorou
muito, na verdade, era um cara que gosta daquelas pequenas
coisas, os momentos de indecisão.
Então escolheu colocá-lo na minha boca, bonito, apertado e duro.
Naquele momento, percebi que as coisas iriam atingir um novo
nível.
Afastou de mim por um momento, de modo que fiquei isolada na
escuridão da sala e da noite. Não havia mais luar para o menos
imaginar o que eu estava fazendo. Estava sujeita a incertezas.
Senti seus passos no chão e senti que estava perto de mim. Quase
consegui ouvir seu batimento cardíaco. De repente, surgiu das
sombras e pude vê-lo claramente. Seus olhos escuros pareciam
brilhar com a mesma intensidade que seu sorriso.
Senti uma espécie de arrepio na espinha e me senti pronta para a
próxima coisa, embora não tivesse ideia do que era. Erik levantou o
braço e me mostrou um cinto de couro, talvez um dos muitos que
tinha. Estava preparado para usá-lo como um chicote opcional.
Brincou um pouco com ela até colocá-lo na minha pele.
Imediatamente eu me senti tremer da cabeça aos pés. Minha pele
estava toda sedosa e meu peito estava correndo como nunca.
Esse cinto de couro agiu como se fosse uma extensão de seu
corpo. Então ele acariciou minhas coxas, minhas bichanas, meus
quadris, minha cintura e meus seios. Fechei os olhos e elevei meu
espirito a um nível tão alto de concentração que pude novamente
ignorar tudo ao meu redor.
No momento menos esperado, senti o primeiro impacto em uma das
minhas pernas. Havia aquele intenso ardor e dor misturados com
prazer, mas, é claro, isso foi apenas o começo. Erik esperou alguns
momentos e depois continuou com outro… e depois outro, e assim
por diante.
Minhas pernas brancas se tornaram a lona para seu domínio, para
aquela circunferência perfure minha alma. Estava muito absorta nas
sensações que estava tendo, embora às vezes eu recuperasse um
pouco a consciência do que estava acontecendo a minha frente.
Minha pele estava ligeiramente aberta em certos pontos, podia até
ver algumas gotículas de sangue saindo, nada de mais. Talvez
alguém tivesse ficado seriamente preocupado ou pelo menos
assustado, mas não eu, eu era uma amante da dor, gostava de
recebê-la e também de dá-la, embora mais a primeira. Então não
pude deixar de sorrir ao perceber o que ele havia me causado, era
como se estivesse me mostrando que era sua, mesmo naquelas
coisas.
Parou de me chicotear no momento em que deixou cair o cinto no
chão. Estendeu a mão e segurou meu pescoço novamente, com
força.
— Cada parte sua me pertence. Lembre-se disso.
Só consegui um pequeno aceno de cabeça, apenas o suficiente
para responder-lhe. Não disse mais porque minha garganta havia
sido dominada por seus dedos e pela força de seu braço.
Depois de um momento, ele subiu na cama e avançou lentamente
sobre ela, até colocar sua pélvis perto do meu rosto. Tirou a venda
da minha boca e agarrou meus cabelos e me fez olhar para cima
para ele. Naquele momento, abri minha boca para receber aquele
pedaço de carne que parecia me chamar interminavelmente.
Estava quente, com a ponta molhada e palpitante. Minha língua
enrolada em torno de seu pau, meus lábios fizeram o mesmo. Se
moveu lentamente para o conseguir tudo isso e foi então que ele
começou a se mover para me foder como ele queria.
Estando amarrada e praticamente imobilizada, eu só podia aceitar
estar sob seu domínio, sob seu controle.
Os fios de saliva começaram a sair pelos cantos da boca, meus
olhos ficaram lacrimejantes e minhas bochechas ficaram vermelhas
devido ao grau de excitação que estava experimentando naquele
momento. Só queria mais e mais de seu pau.
Quando senti que tudo estava em um ponto imbatível, ele se moveu
em um pouco para colocar sua mão na minha xoxota. Colocou lá e
junto um par de dedos para acariciar lentamente meu clítoris. Foi
quase como sentir uma corrente elétrica no meio dos meus lombos.
Não podia gritar ou gemer, não podia implorar para parar porque
minha boca estava ocupada por seu pau. Meus olhos se
concentraram em seus olhos como se implorassem para que ele me
desse uma chance de tirar um momento, mas ele não o fez.
Naquele momento ele era Erik, o monstro, e eu era uma garota
retorcida pronta para dar-lhe todo o prazer de que precisava.
Entreguei-me ao meu destino sem nenhum problema porque era
quem eu era, não podia mais negar ou esconder aquela natureza
que era tao minha, tao pessoal. Sempre fui assim e, finalmente,
estava com uma pessoa que me permitia ser assim sem nenhum
problema.
Depois de tantos anos de controle deslocamento, pressões e
deveres a cama era o único lugar onde eu podia dar rédea solta a
quem eu era sem ser julgada. Devo dizer que tive a sorte de
conhecer alguém que era igual a mim, que compreendeu
completamente meus sentimentos porque eramos iguais. Erik e eu,
comungamos em perversão, em hedonismo e dor.
A verdade era que estava me masturbando tanto oque minha alma
foi quebrada em pedaços diferentes. Era como meu corpo, marcado
por ele, a cada espaço, cada canto.
Erik empurrou seu pau cada vez com mais força até que o tinha pela
garganta abaixo, quando pensei estar prestes a perder
completamente o folego, recuou um pouco para me dar algum
espaço par respirar. Lá tomei o máximo de ar que pude, mas se
inclinou para trás novamente e segurou meu rosto em sua mão.
—Já se deu conta que é minha? — disse ele com um sorriso
perverso, quase cruel. Uma que despertou em mim uma curiosidade
mais mórbida.
— Sim, sou sua, mestre.
A resposta veio de algum lugar que não imaginei. Eu, que havia sido
calculista e cuidadosa com as palavras, percebi que estava em um
ponto sem retorno.
— Sei, eu sei. Ótima garota… boa garota.
Depois de dizer isso, enfiou alguns dedos em minha boca e depois
de brincar com meus lábios, se acalmou de volta para minha
bichana. Sua pélvis e a minha estavam tao próximas, tão próximas.
Separou minhas pernas um pouco separadas para que seu pinto
pudesse entrar sem problemas. Minha bichana estava mais que
pronta par recebe-la, eu sabia porque a observei no rosto dele.
Assim como em outras ocasiões, não havia tempo para gentilezas
ou entalhes doces; enfiou seu pau em mim em um único golpe,
fazendo-me gritar praticamente no topo de meus pulmões.
Conseguiu tudo isso e depois começou a se mover quase como um
louco. Era tão intenso que a cama continuava realizando um barulho
estanho, tenho certeza de que a qualquer momento ela quebraria
devido à investida que estava me dando.
Houve um momento em que nós dois fechamos os olhos. Ficamos
ali por um longo momento. Quase senti iria me perder aos olhos
dele e penso que o fiz de certa forma.
Depois de estar assim por um tempo, não sei realmente por quanto
tempo, senti um incêndio começar a passar por mim, tinha certeza
de que iria me vir a qualquer momento, então esperei um pouco
para que ele me desse luz verde para fazê-lo. Tinha certeza de que
viria a qualquer momento, então esperei um pouco para que ele me
desse à luz verde para fazê-lo. Por quê? Bem, só queria que ele
dissesse sim, penso que porque já estava tão disposto, tão pronto,
que meu corpo não era só meu, mas também dele.
Erik sorriu novamente com aquela maldade que o caracterizou para
me dizer, muito perto do meu ouvido. O calor de sua respiração me
envolveu e eu respirei fundo, esperando o sinal.
— Vejo que minha vagabunda esta prestes a se vir. Vou deixá-la
fazer isso porque você provou que tem sido ótima, como deveria ser
feito.
Fiz um gemido de alívio e me soltei completamente, libertei todo o
meu corpo e me senti tão liberada que o calor se tornou mais
intenso. Depois de percorrer meu corpo, correndo no meu sangue,
ele se concentrou novamente no centro do meu corpo para que
finalmente se manifestasse na explosão de fluidos. Me ejaculo com
o pênis do Erik dentro de mim e foi uma das sensações mais
deliciosas que eu já experimentei em minha vida.
Embora acabasse exausta, sabia que tinha que agradar ao meu
mestre, meu dono, então eu reuni a pouca energia que meu corpo
tinha para permanecer consciente e me preparar para quando ele
quisesse se vir.
Quando recuperei um pouco mais de compostura, Erik procedeu
para remover rapidamente minhas amarras. Suponho que não o
tinha visto mover-se tão rápido desde que nos conhecíamos.
A verdade é que, depois que eu estava livre, ele agarrou meu
colarinho e me puxou até os joelhos no chão. Efetuei o mais
cuidadosamente possível porque ainda estava cambaleando da
intensidade que havia acabado de experimentar.
Quando eu estava no chão, estava pronto para masturbá-lo com
força e também para beijá-lo, mas Erik não me permitiu fazer isso
por muito tempo, apenas me disse para olhar-lhe e assim o fiz,
fiquei parada e olhei-lhe enquanto ele se tocava no meu rosto todo.
A partir dessa posição, percebi que este homem era meu e eu era
dele. Que ambos pertencíamos um ao outro de uma forma incrível e
que eu sabia que o futuro parecia mais do que bom.
Abri minha boca, enfiei minha língua para fora e me preparei para
receber seu esperma em mim. Eu o fiz porque podia dizer que ele
estava perto de se vir. Muito perto.
Começou a tremer e foi quando senti as primeiras gotas quentes na
minha língua e no meu rosto, depois veio o jorro de esperma pelo
resto da minha humanidade. Todo do tempo mantive meus olhos
abertos para faze-lo perceber que minha prioridade era ele.
Gemeu, ofegou e gemeu e, ao terminar, lambi minha boca. Entao
ele passou os dedos por cima do meu rosto para me dar mais de
seus fluidos. Foi o melhor prêmio que eu poderia ter recebido.
Quando terminou, me agarrou pelo pescoço e me beijou com força.
Senti que perderia a força em meus joelhos e no resto do meu
corpo.
— Que isto te sirva que é minha desde a primeira vez que nos
encontramos. Que me pertence tanto quanto eu lhe pertenço,
porque assim como é minha escrava, minha submissa, também lhe
devo devoção… Como não tem ideia.
Não disse mais nada apenas derretemos em um abraço e nos
abraçamos novamente. Sabia que, a partir daquele momento, nossa
aventura estava prestes a começar.

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