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POP:Procedimento Operacional Padrão |1

Polícia Militar do Tocantins

Manual do Procedimento Operacional Padrão - POP

1ª Edição

Palmas - 2015
2|P olícia Militar do T ocantins

Membros da Comissão de Coordenação


Cel QOPM Abelardo Bezerra Neto
Maj QOPM Márcio Antônio Barbosa de Mendonça
Maj QOPM Lorena Alfonso Cavalcante Fernandes
Maj QOE Rosinei Santana Cremasco
1º Ten QOPM Gildásio da Silva Aires

Revisor Gramatical
1º Ten QOPM Sthefan Bravin Ponche

Biblioteca da Academia Policial Militar Tiradentes

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)


Polícia Militar Do Estado Do Tocantins
P 766m Manual do Procedimento Operacional Padrão. Palmas: [s.n],
2015.

506 f.
Manual do Procedimento Operacional Padrão – Polícia Militar
do Estado do Tocantins.
1. Polícia Militar. 2. Procedimentos Policiais. 3. Técnicas Policiais.
4. Título.

CDD 355.5
Bibliotecário: Manoel Nazareno Negrão Farias
CRB2 1223
TODOS OS DIREITOS RESERVADOS – A reprodução total ou parcial, de qualquer
forma ou por qualquer meio deste documento é autorizado desde que citada da
fonte. A violação dos direitos do autor (Lei n. 9.610/98) é crime estabelecido pelo
artigo 184 do Código Penal.
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PREFÁCIO

A missão normativa conferida às polícias militares impõe aos seus integrantes


alta exigência em relação aos conhecimentos para a tomada de decisões, que em sua
maioria ocorre em tempo exíguo e tem consequências relevantes para a sociedade a que
serve.
As mais conceituadas polícias militares brasileiras passaram a adotar a
regulamentação das principais atividades operacionais de suas corporações, reunindo
em um documento único roteiros padronizados, com o objetivo de amparar a atuação do
policial militar e buscar a excelência nos serviços prestados pela instituição.
Por reconhecer a importância desse instrumento técnico-científico, o Comando
da Polícia Militar do Estado do Tocantins institui no âmbito da Corporação o
Procedimento Operacional Padrão (POP), dentro do Programa de Modernização
Gerencial da PMTO (PMG), adotando medidas para sua disseminação em todos os
cursos e treinamentos ofertados pela Corporação.
O POP, manual doutrinário, constitue a direção a ser definida para o policial
militar, pois a partir dos conhecimentos nele contidos terá subsídios teóricos e práticos
suficientes para o agente de segurança pública adequar as várias situações impostas no
dia-a-dia à necessidade da sociedade e do Estado.
Com a consolidação de doutrinas de policiamento ostensivo e preventivo
voltadas para o constante aprimoramento técnico e o respeito aos direitos humanos,
contidos no POP, busca-se atingir a missão institucional da PMTO, que é “assegurar a
ordem pública no território tocantinense, através do exercício da polícia ostensiva,
buscando a excelência e a parceria com a comunidade.”

Glauber de Oliveira Santos – CEL QOPM


Comandante Geral da Polícia Militar do Estado do Tocantins
4|P olícia Militar do T ocantins

AGRADECIMENTOS

À Secretaria Nacional de Segurança Pública, por incentivar o estabelecimento do


presente Manual em nossa Corporação, por meio do fornecimento de subsídios para
capacitação de policiais militares tocantinenses para elaboração dos procedimentos
operacionais padrão ora apresentados.

À Polícia Militar do Estado de Goiás (PMGO) e à Polícia Militar do Estado de Mato


Grosso (PMMT), por gentilmente fornecerem os manuais vigentes em suas corporações,
que subsidiaram a elaboração deste Manual dada a qualidade técnico-científica dos
manuais produzidos por essas coirmãs.

Ao Cel PM Abelardo Bezerra Neto pela excelência na coordenação dos trabalhos de


elaboração deste valoroso instrumento técnico-científico.

Ao Maj PM Clives Pereira Sanches (PMGO) pela inestimável contribuição e orientação no


planejamento e elaboração deste Manual.

Aos oficiais e praças técnicos do POP/PMTO que, cientes da importância deste trabalho
para a qualidade na prestação do serviço oferecido à sociedade tocantinense e para a
segurança do nosso policial militar, empenharam-se incansavelmente para a
concretização deste trabalho.
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SIGLAS

AET – Autorização Especial de Trânsito;


AIT – Auto de Infração de trânsito;
ANTT – Agência Nacional de Transporte Terrestre;
APF – Auto de Prisão em Flagrante;
APVC – Autorização para Pessoas serem transportadas em Veículos de Carga;
ATE – Autorização de Transporte Escolar;
BA – Boletim de Atendimento;
BAP/PM – Boletim de Atendimento Proativo;
BOAT/PM – Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito;
BP – Bastão Policial;
CLA – Certificado de Licenciamento Anual;
CNH – Carteira Nacional de Habilitação;
CONSEG´s – Conselho Comunitário de Segurança;
CONTRAN – Conselho Nacional de Trânsito;
CPP – Comandante do Policiamento à Pé;
CPU – Comandante do Policiamento Urbano;
CRLV – Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo;
DEC – Dispositivo Eletrônico de Controle;
DP – Delegacia de Polícia;
DPVAT – Danos Pessoais causados por Veículos Automotores de Vias Terrestres;
FUNAI – Fundação Nacional do Índio;
HT – Hand Talk;
LADV – Licença de Aprendizagem de Direção Veicular;
PA – Ponto de Abordagem;
PE – Ponto de Estacionamento;
PPD – Permissão Para Dirigir;
RCS – Rede Comunitária de Segurança;
RP – Rádio Patrulha;
SIOP – Sistema Integrado de Operações;
TCO – Termo Circunstanciado de Ocorrência;
UPM – Unidade Policial Militar;
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SUMÁRIO
MODULO I – USO DA FORÇA POLICIAL ............................................................................................. 11
101 EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL .......................................................... 12
101.01 Montagem do cinto de guarnição ................................................................................ 13
101.02 Aprestamento operacional ........................................................................................... 15
102 USO DE ALGEMAS................................................................................................................. 20
102.01 Ato de algemar ............................................................................................................. 21
102.02 Ato de desalgemar ........................................................................................................ 26
103 USO DO ESPARGIDOR DE AGENTE OC .................................................................................. 28
103.01 Uso do espargidor à base de Oleorresina Capsicum (OC) ............................................ 29
104 USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE .............................................................. 33
104.01 Guarda, manutenção e cautela do DEC ........................................................................ 34
104.02 Cautela e inspeção do DEC ........................................................................................... 37
104.03 Uso do DEC ................................................................................................................... 38
105 USO DO BASTÃO POLICIAL ................................................................................................... 43
105.01 Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com mãos livres ............................... 44
105.02 Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com material(is) contundente(s) ..... 48
105.03 Uso do bastão policial em situações diversas .............................................................. 51
106 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVOLVER CALIBRE .38 ............................................... 52
106.01 Inspeção do revólver .................................................................................................... 53
106.02 Limpeza do revólver ..................................................................................................... 58
106.03 Cautela diária do revólver calibre.38............................................................................ 60
107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA PT100 E 940 ................................................... 61
107.01 Inspeção de pistola ....................................................................................................... 62
107.02 Limpeza de pistola ........................................................................................................ 66
107.03 Cautela diária de PT 100 e munições calibre .40 .......................................................... 71
108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL...................................................................................... 73
108.01 Pessoa em atitude suspeita com as mãos livres e/ou objetos com baixa letalidade ... 74
108.02 Pessoa em atitude suspeita com instrumentos contundentes que representem risco
em potencial para o PM ........................................................................................................... 79
108.03 Pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei empunhando instrumento
cortante/perfurante ................................................................................................................. 81
108.04 Pessoa infratora da lei e/ou em atitude suspeita empunhando arma de fogo ou
simulacro .................................................................................................................................. 84
108.05 Pessoa em atitude suspeita com as mãos escondidas ou de difícil visualização ......... 86
108.06 Pessoa infratora da lei com arma de fogo na mão e de costas para a guarnição ........ 88
108.07 Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo e de costas para a guarnição .......... 89
108.08 Pessoa infratora da lei de frente ou de lado com arma de fogo no intuito ou em
agressão atual ........................................................................................................................... 90
108.09 Ocorrência envolvendo crianças e/ou idosos em situações diversas .......................... 91
108.10 Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo em local com presença de público . 92
108.11 Ocorrência envolvendo policial civil, policial federal, policial militar, militares das
Forças Armadas e outros profissionais ligados à Segurança Pública ou à segurança privada 93
108.12 Pessoa infratora da lei com colete de proteção balística e disparando arma de fogo 95
108.13 Sequestrador (captor) armado ameaçando o sequestrado (refém) ............................ 96
108.14 Veículo em situação de fuga ......................................................................................... 97
108.15 Infratores da lei homiziados em corredores, janelas, esquinas, muros e na parte
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externa de edificações.............................................................................................................. 98

MODULO II – ABORDAGENS POLICIAIS .............................................................................................99


201 ABORDAGEM A PESSOA(S) EM ATITTUDE(S) SUSPEITA(S) ..................................................100
201.01 Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) ................................................ 101
201.02 Abordagem à pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) ..................................................... 104
201.03 Busca pessoal.............................................................................................................. 113
202 ABORDAGEM A PESSOA(S) INFRATORA(S) DA LEI ..............................................................119
202.01 Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei ................................................................. 120
203 ABORDAGEM A MOTOCICLETA OU SIMILAR SOB FUNDADA SUSPEITA .............................124
203.01 Abordagem à motocicleta ou similar sob fundada suspeita ...................................... 125
204 ABORDAGEM A MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI ..........128
204.01 Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por infrator(es) da lei ....................... 129
205 ABORDAGEM A VEÍCULO SO FUNDADA SUSPEITA .............................................................134
205.01 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada suspeita com 2 (dois) policiais
militares .................................................................................................................................. 136
205.02 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada suspeita com 3 (três) policiais
militares .................................................................................................................................. 143
206 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI ........................................148
206.01 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2 (duas) viaturas e 4 (quatro)
policiais militares .................................................................................................................... 149
206.02 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2 (duas) viaturas e 5 (cinco)
policiais militares .................................................................................................................... 156
206.03 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2 (duas) viaturas e 6 (seis)
policiais militares .................................................................................................................... 158
207 ABORDAGEM A VEÍCULO DE PASSAGEIROS SOB FUNDANDA SUSPEITA ............................160
207.01 Abordagem a veículo de passageiros sob fundada suspeita ...................................... 161
208 ABORDAGEM A CAMINHÃO SOB FUNDANDA SUSPEITA ....................................................165
208.01 Abordagem a caminhão sob fundada suspeita .......................................................... 166
209 ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA POR PESSOA(S) EM ATITUDE
SUSPEITA POR VIATURA DE 2 RODAS ....................................................................................... 171
209.01 Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por pessoa(s) em atitude suspeita por
viatura de 2 rodas ................................................................................................................... 172
210 ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA POR INFRATOR(ES) DA LEI POR
VIATURA DE 2 RODAS................................................................................................................ 177
210.01 Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por infrator(es) da lei por viatura de 2
rodas ....................................................................................................................................... 177
211 ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA POR VIATURA 2 RODAS.................... 183
211.01 Abordagem a veículo sob fundada suspeita por viatura 2 rodas ............................... 183
212 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA 2 RODAS. 189
212.01 Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por viatura 2 rodas ................ 189

MODULO III – MODALIDADES DE POLICIAMENTO..........................................................................195


301 PATRULHAMENTO COM VIATURA 4 RODAS ...................................................................... 197
301 01 Procedimentos preliminares ...................................................................................... 197
301 02 Composição da guarnição........................................................................................... 198
301.03 Patrulhamento............................................................................................................ 200
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302 PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS ................................................................. 203


302.01 Procedimentos preliminares ................................................................................. 204
302.02 Composição da guarnição ..................................................................................... 205
302.03 Patrulhamento....................................................................................................... 206
302.04 Parada da guarnição decorrente do fluxo de trânsito ou outras paradas rápidas 207
303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO ........................................................................................... 208
303.01 Manutenção da bicicleta ....................................................................................... 209
303.02 Patrulhamento ciclístico ........................................................................................ 210
303.03 Abordagem com 2 (dois) policiais ......................................................................... 212
303.04 Abordagem a pessoas infratoras da lei ................................................................. 214
303.05 Acompanhamento e cerco com bicicleta .............................................................. 215
304 POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ.................................................................................. 216
304.01 Distribuição do policiamento ................................................................................ 217
304.02 Fiscalização do policiamento ................................................................................. 219
304.03 Patrulhamento a pé ............................................................................................... 220

MODULO IV – PROCEDIMENTOS DIVERSOS.............................................................................. 223


401 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA ................................................................... 224
401.01 Parada e estacionamento de viatura 4 (quatro) rodas ......................................... 225
401.02 Permanência e saída do ponto de estacionamento .............................................. 228
401.03 Parada e estacionamento de viatura 2 (duas) rodas ............................................. 230
402 ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO ..................................................................... 232
402.01 Acompanhamento e cerco a veículo ..................................................................... 233
403 BLOQUEIO POLICIAL EM VIA PÚBLICA ............................................................................. 236
403.01 Planejamento do bloqueio .................................................................................... 237
403.02 Montagem do bloqueio ......................................................................................... 240
403.03 Comando do bloqueio ........................................................................................... 244
404 ABORDAGEM ESTÁTICA ................................................................................................... 249
404.01 Abordagem estática............................................................................................... 250
405 BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR ............................................................................... 253
405.01 Busca veicular ........................................................................................................ 254
405.02 Identificação veicular............................................................................................. 258
405.03 Análise documental ............................................................................................... 265
406 ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190 ............................................................................... 268
406.01 Atendimento das solicitações................................................................................ 269
406.02 Despacho das solicitações ..................................................................................... 272
407 PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO ........................................................................... 278
407.01 Passagem de serviço motorizado .......................................................................... 279
408 AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA .................................................................................. 285
408.01 Monitoramento ..................................................................................................... 286
408.02 Visita cidadã........................................................................................................... 288
408.03 Visita solidária........................................................................................................ 290
408.04 Reunião de segurança comunitária ....................................................................... 292
409 PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME ................................................................................ 295
409.01 Avaliação, isolamento, delimitação e preservação do local de crime................... 296
409.02 Término da preservação do local de crime e registro da ocorrência .................... 301
410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL MILITAR ................................................... 303
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410.01 Verificação das condições gerais da missão e do preso policial militar ..................... 304
410.02 Embarque de preso policial militar ............................................................................ 307
410.03 Transporte e escolta de preso policial militar ............................................................ 309
410.04 Desembarque de preso policial militar ...................................................................... 311
410.05 Apresentação de preso policial militar em audiência ................................................ 314
410.06 Transporte e escolta de preso policial militar para unidade de saúde ...................... 316
410.07 Transporte e escolta de preso policial militar para cerimônia fúnebre ..................... 319
410.08 Transporte e escolta de preso policial militar em aeronave civil ............................... 321
410.09 Transferência de preso policial militar de unidade prisional ..................................... 324

MODULO V – OCORRÊNCIAS POLICIAIS ..........................................................................................326


501 PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE OCORRÊNCIAS POLICIAIS ................. 327
501.01 Conhecimento da ocorrência ..................................................................................... 328
501.02 Deslocamento para o local da ocorrência .................................................................. 329
501.03 Chegada ao local da ocorrência.................................................................................. 331
501.04 Condução à repartição pública competente .............................................................. 333
501.05 Apresentação da ocorrência na repartição pública competente ............................... 336
501.06 Encerramento da ocorrência ...................................................................................... 338
502 FURTO / ROUBO ................................................................................................................. 339
502.01 Atendimento da ocorrência de furto/roubo .............................................................. 340
503 VIAS DE FATO/ RIXA ........................................................................................................... 342
503.01 Atendimento da ocorrência de vias de fato/rixa ....................................................... 343
504 PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO ............................................................................................. 345
504.01 Atendimento da ocorrência de perturbação do sossego ........................................... 346
505 DANO.................................................................................................................................. 349
505.01 Atendimento da ocorrência de dano ......................................................................... 350
506 VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER ................................................. 352
506.01 Atendimento da ocorrência de violência doméstica e familiar contra a mulher ....... 353
507 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE ....................................................................... 356
507.01 Atendimento de ocorrência envolvendo autoridade ................................................. 357
508 VEÍCULO LOCALIZADO ........................................................................................................ 361
508.01 Atendimento de ocorrência de veículo localizado ..................................................... 362
509 INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIA NO HORÁRIO DE FOLGA ................................................ 364
509.01 Ação do policial militar de folga ................................................................................. 365
510 MORTE DE POLICIAL MILITAR ............................................................................................ 367
510.01 Atendimento de ocorrência de morte de policial militar ........................................... 368
511 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO SUBSTÂNCIA SUPOSTAMENTE ILEGAL................................. 369
511.01 Atendimento de ocorrência envolvendo substância supostamente ilegal ................ 370
512 BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR .................................................................................... 372
512.01 Cumprimento de mandado de busca e apreensão domiciliar ................................... 373
513 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENA ............................................................................. 377
513.01 Atendimento de ocorrência envolvendo indígena ..................................................... 378
514 ACIDENTE DE TRÂNSITO ..................................................................................................... 382
514.01 Atendimento de ocorrência de acidente de trânsito ................................................. 383

MODULO VI – EVENTOS CRÍTICOS ..................................................................................................393


601 ALARME ACIONADO EM EDIFICAÇÕES .............................................................................. 394
10 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

601.01 Atendimento de ocorrência de alarme acionado ....................................................... 395


602 ROUBO A BANCO........................................................................................................... 397
602.01 Constatação da ocorrência de roubo a banco ou similar ...................................... 398
603 AÇÕES ANTIBOMBA ...................................................................................................... 401
603.01 Atendimento de ocorrência envolvendo artefatos explosivos ............................. 402
604 REINTEGRAÇÃO DE POSSE............................................................................................. 407
604.01 Apoio ao cumprimento do mandado judicial de reintegração de posse .............. 408
605 MEDIDAS INICIAIS DE GERENCIAMENTO DE CRISES ..................................................... 411
605.01 Medidas iniciais de gerenciamento de crises ........................................................ 412
606 POLICIAMENTO DE MANIFESTAÇÕES EM LOCAIS PÚBLICOS ........................................ 417
606.01 Manifestações em locais públicos envolvendo pessoas em atitude pacífica........ 418
606.02 Manifestações em locais públicos envolvendo pessoas infratoras da lei ............. 420

MODULO VII - OCORRÊNCIAS COM APOIO DE UNIDADE ESPECIALIZADA ................................ 423


701 INFRAÇÕES PENAIS AMBIENTAIS .................................................................................. 424
701.01 Atuação em infrações penais ambientais.............................................................. 425
702 OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO AÉREO ................................................ 427
702.01 Atuação com apoio do policiamento aéreo .......................................................... 428
703 OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM CÃES .......................................... 431
703.01 Acionamento de equipe de policiamento com cães ............................................. 432
POP:Procedimento Operacional Padrão | 11

MODULO I – USO DA FORÇA POLICIAL


12 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 101
NOME DO PROCESSO: EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Colete balístico;
2. Revólver calibre .38 (com duas cargas “jetloaders”) ou pistola calibre .40 (com três
carregadores);
3. Cinto de guarnição preto com passadores e fivela;
4. Porta carregadores ou porta “jetloaders”;
5. Coldre;
6. Cordão retrátil (fiel);
7. Um par de algemas com chaves e seu porta;
8. Espargidor de agente Oleorresina Capsicum (OC) e seu porta;
9. Lanterna pequena e seu porta;
10. Bastão policial (BP – 60, tonfa retrátil, cassetete ou bastão retrátil) e seu porta;
11. Apito;
12. Caneta de tinta azul ou preta;
13. Bloco de anotação;
14. Luvas descartáveis;
15. Canivete multiúso;
16. Protetor lombar, de uso facultativo;
17. Suspensório militar na cor cáqui, de uso facultativo.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Montagem do cinto de guarnição POP 101.01
Aprestamento operacional POP 101.02
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Uso da força pelos agentes Portaria Interministerial n° 4.226, de 31 de
de segurança pública. dezembro de 2010 - Ministério da Justiça e
---
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 13

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 101 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL
PROCEDIMENTO 101.01 Montagem do cinto de guarnição
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Colocação dos acessórios no cinto.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Colocar os acessórios no cinto de guarnição da esquerda para a direita, da
seguinte forma:
a. inserir o porta algemas;
b. inserir o coldre para arma de porte;
c. inserir o cordão retrátil (fiel);
d. inserir o porta canivete multiúso;
e. inserir o porta espargidor de agente OC;
f. inserir o porta bastão policial (BP – 60, tonfa retrátil, cassetete ou bastão retrátil);
g. inserir o porta carregador ou porta “jetloader”;
h. inserir o porta lanterna;
i. inserir a fivela.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a disposição seja ergonômica e de fácil acesso aos equipamentos;
2. Que o cinto de guarnição esteja ajustado ao corpo;
3. Que os equipamentos sejam dispostos da porção frontal até a porção lateral do
corpo, deixando a porção lombar o mais livre possível.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o PM seja canhoto, inserir os acessórios na sequência inversa (Imagem 2);
2. Caso algum acessório ou equipamento esteja com defeito ou em mau estado de
conservação, providenciar a troca o mais rápido possível;
3. Caso a compleição do PM comprometa o porte de todos os equipamentos, poderão
ser suprimidos os portas canivete e lanterna, os quais deverão ser acomodados
nos bolsos;
4. Caso o PM porte o Dispositivo Eletrônico de Controle (DEC), este deverá retirar o
porta lanterna e o porta espargidor, colocando esses equipamentos no bolso,
acrescentando o coldre do DEC entre a fivela e o porta carregador ou o porta
“jetloader”;
5. Caso o PM não porte o bastão policial retrátil, poderá acondicionar o não retrátil na
parte lateral do banco dianteiro da viatura ao alcance das mãos, o qual deverá ser
coldreado no momento do desembarque quando as condições de segurança
permitirem.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Colocar os acessórios do cinto de guarnição na sequência incorreta;
2. Manter o cinto de guarnição sem estar ajustado ao corpo;
3. Utilizar acessórios em desacordo com o previsto.
14 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: montagem do cinto para destro.

Imagem 2: montagem do cinto para canhoto.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 15

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 101 EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO E PORTE INDIVIDUAL
PROCEDIMENTO 101.02 Aprestamento operacional
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Certificação do correto funcionamento e do acondicionamento dos equipamentos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Colocar a lanterna no respectivo porta, fechando-o (Esclarecimento 1);
2. Colocar o espargidor no respectivo porta com a parte da válvula para cima,
fechando-o;
3. Colocar as algemas no respectivo porta, de acordo com o prescrito no POP 102;
4. Colocar o canivete multiúso no respectivo porta, fechando-o;
5. Colocar o cinco de guarnição travando-o pela fivela;
6. Colocar os carregadores ou os “jetloaders” municiados no respectivo porta,
fechando-o, se for o caso;
7. Colocar o bastão policial no respectivo porta;
8. Coldrear a arma devidamente carregada e destravada, após a manutenção de 1º
escalão (POP 106 ou 107), travando o coldre (Ações corretivas 3 e 4);
9. Prender a arma pelo respectivo cordão retrátil (fiel);
10. Acondicionar as luvas descartáveis em um invólucro e colocá-las em bolso
exclusivo;
11. Colocar o apito no bolso;
12. Colocar o bloco de anotações e caneta azul ou preta em um bolso;
13. Colocar o colete com proteção balística.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o posicionamento dos equipamentos e dos armamentos permita utilização
rápida e precisa;
2. Que todos os equipamentos e os armamentos estejam em perfeitas condições de
funcionamento;
3. Que o policial esteja parcialmente protegido contra disparos de arma de fogo, com
o uso do colete com proteção balística.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso constatar irregularidade no acondicionamento de algum equipamento, corrigi-
la prontamente;
2. Caso o policial porte o DEC deverá optar, preferencialmente,pelo bastão retrátil;
3. Caso a pistola não possua o sistema Armador e Desarmador do Cão (ADC), o
policial deverá coldrear a arma somente municiada e alimentada (Pistola Imbel
MD1 sem ADC);
4. Caso a atividade em que o policial seja empregado exija o uso de capa de colete
tático, devidamente regulamentada pelo Comando da Corporação, a disposição dos
equipamentos seguirá a seguinte formatação (Imagem 7 e 8):
a. Deverá utilizar o cinto de guarnição com todos os portas e o coldre;
b. Deverá colocar os carregadores ou os “jetloaders” no respectivo porta, no cinto de
guarnição, fechando-o, se for o caso;
c. Deverá colocar o espargidor no respectivo porta, no cinto de guarnição, com a
parte da válvula para cima, fechando-o;
16 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

d. Deverá colocar o bastão policial no respectivo porta, no cinto de guarnição;


e. Deverá colocar o canivete multiúso e a lanterna no bolso mais centralizado da
capa de colete tático, fechando-o (Imagem 7);
f. Deverá colocar os carregadores para arma longa no respectivo porta, na capa de
colete tático, fechando-o;
g. Deverá colocar as algemas no respectivo porta, na capa de colete tático, de
acordo com o prescrito no POP 102;
h. Deverá coldrear a arma de fogo na parte frontal do colete tático, travando-o
(Sequência das ações nº 10);
i. Deverá o colete tático ser na cor do uniforme e não poderá contrariar o disposto
no Regulamento de Uniformes da PMTO.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar equipamento ou armamento mal-acondicionado ou sem devida proteção;
2. Acondicionar os carregadores sem a preocupação do posicionamento correto (com
a base voltada para cima e a ponta da ogiva voltada para frente);
3. Não observar o fechamento ideal dos portas;
4. Portar armas de fogo ou instrumento de menor potencial ofensivo para o qual não
esteja devidamente habilitado.

ESCLARECIMENTO:

1. Lanterna: cor preta, formato cilíndrico, com acionamento contínuo e/ou intermitente,
dimensões máximas de 16 cm de comprimento e 3 cm de diâmetro.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: composição do cinto para destro.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 17

Imagem 2: composição do cinto com DEC.

Imagem 3: policial utilizando cinto de Imagem 4: policial utilizando cinto de


guarnição – frente. guarnição – costas.
18 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 5: policial portando o DEC – Imagem 6: policial portando o DEC –


frente. costas.

Imagem 7: policial utilizando capa de colete tático – frente.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 19

Imagem 8: policial utilizando capa de colete tático – costas.


20 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 102
NOME DO PROCESSO: USO DE ALGEMAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Ato de algemar POP 102.01
Ato de desalgemar POP 102.02
Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei POP 202.01
Busca pessoal POP 201.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Emprego de força e de armas. Art. 234, caput do Código de Processo Penal
446
Militar (CPPM) - Emprego de força.
Art. 234, § 2° do CPPM - Uso de armas. 446
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 21

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 102 USO DE ALGEMAS
PROCEDIMENTO 102.01 Ato de algemar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar responsável pela busca pessoal.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Posicionamento do infrator da lei;
2. Saque das algemas;
3. Colocação das algemas.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Determinar ao infrator da lei que deite com a frente do corpo voltada para o solo,
com os braços abertos e com as palmas das mãos voltadas para cima (Ação
corretiva 1);
2. Aproximar do infrator da lei pelo lado esquerdo, com a arma no coldre devidamente
travado e sob a segurança do(s) outro(s) policial(is) (Ação corretiva 2);
3. Determinar ao infrator da lei que coloque as mãos na nuca e entrelace os dedos
(Imagem 11);
4. Sacar rapidamente as algemas com o dedo indicador, mantendo-as na mão forte e
com o gancho de fechamento voltado para frente (Imagem 3);
5. Apoiar o joelho direito sobre as costas do infrator, na altura da lombar, observando
a pressão que será colocada, a fim de evitar qualquer reação (Imagem 12);
6. Segurar com a mão fraca, no mínimo dois dedos da mão esquerda do infrator, de
forma que o polegar do policial esteja voltado para baixo (Imagem 4);
7. Algemar o punho direito do infrator trazendo a algema de cima para baixo (Imagem
5);
8. Ajustar o gancho de fechamento ao punho direito do infrator;
9. Girar o corpo da algema para conduzir o braço direito do infrator a região lombar
(Imagem 6);
10. Segurar a algema pelo ponto de conexão (corrente ou dobradiça) com a mão
fechada, estando o gancho de fechamento voltado para frente quando deitado; e,
para cima, quando em pé (Imagens 8 e 15);
11. Manter os dois dedos do infrator seguro, girando o braço esquerdo para a região
lombar;
12. Algemar o punho esquerdo do infrator, mantendo as palmas das mãos para fora
(Imagem 9);
13. Ajustar o gancho de fechamento ao punho esquerdo do infrator;
14. Travar as algemas;
15. Determinar ao infrator para que vire, sente e levante; auxiliando e controlando os
movimentos para em seguida fazer a busca pessoal (Ação corretiva 4);
16. Conduzir o infrator à viatura segurando a algema com a mão fraca pelo ponto de
conexão e com a mão forte na arma e coldre travado (Imagens 10 e 18).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação de algemar seja enérgica minimizando a capacidade de reação do
infrator;
2. Que o policial verifique antes do ato de algemar as possibilidades de reação do
infrator;
3. Que o(s) policial(is) responsável(is) pela segurança controle(m) a linha de tiro;
4. Que os policiais tenham o domínio contínuo do infrator e do ambiente.
22 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o infrator cooperativo seja idoso, gestante ou esteja impossibilitado de se
deitar, após a avaliação do grau de risco pela guarnição, o comandante poderá
decidir por algemar em pé, determinando: “afaste as pernas”, “coloque as mãos
na nuca”, “entrelace os dedos”; e as demais ações definidas neste procedimento,
no que couber (Sequência das ações 2);
2. Caso o PM seja canhoto ou por questões de segurança tenha que se aproximar do
infrator pela direita, inverter os lados das ações (Sequências das ações 2 a 16);
3. Caso perceba a possibilidade das algemas causarem grave lesão, ajustá-las sem
abrir o gancho de fechamento (Possibilidade de erro 1);
4. Caso o infrator, após ser algemado, demonstre uma conduta não cooperativa,
realizar a busca pessoal estando ele ainda deitado, devendo (Sequência das
ações 15):
a. Iniciar a busca pelas costas e pelas laterais do infrator da cabeça aos pés;
b. Virar o infrator para um dos lados e realizar a busca frontal.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Retirar as algemas para corrigir a posição (Ação corretiva 3);
2. Manter as algemas no respectivo porta, com os ganchos de fechamento travados;
3. Não manter, após a conclusão do algemamento, pelo menos uma das fechaduras
voltadas para cima;
4. Colocar as algemas mal-ajustadas, facilitando a fuga ou provocando graves lesões.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: partes da algema. Imagem 2: modo de segurar a algema.

Imagens 3 e 4: início do ato de algemamento, estando o infrator em pé.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 23

Imagens 5 e 6: algemamento do punho direito e condução do braço direito.

Imagens 7 e 8: condução do braço esquerdo e algemamento do punho esquerdo.

Imagens 9 e 10: conclusão do algemamento e condução do infrator.


24 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagens 11 e 12: início do ato de algemamento, estando o infrator deitado.

Imagens 13 e 14: algemamento do punho direito e condução do braço direito.

Imagens 15 e 16: conclusão do algemamento e posição inicial para levantar o


infrator.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 25

Imagens 17 e 18: conclusão do algemamento e condução do infrator.

ESCLARECIMENTO:

1. Critérios para posicionar o infrator (deitado ou em pé):


a) disponibilidade para posicionamento no local da abordagem;
b) estrutura física do infrator;
c) periculosidade do infrator.
26 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 102 USO DE ALGEMAS
PROCEDIMENTO 102.02 Ato de desalgemar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Posicionamento do infrator da lei para a retirada das algemas;
2. Ato da retirada das algemas.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Estar em local seguro (fechado) - dentro de Repartição Pública competente -
fazendo a observação das possíveis vias de fuga (Ação corretiva 2);
2. Observar o fluxo ou a quantidade de pessoas existentes no ambiente, colocando o
infrator em local mais isolado possível;
3. Posicionar o infrator da lei voltado para uma parede ou outro obstáculo, com o
armamento no coldre para retirar as algemas;
4. Adotar posição idêntica ao procedimento de abordagem à pessoa a pé, devendo
ficar os policiais com o armamento no coldre;
5. Pegar as chaves das algemas;
6. Posicionar-se de modo semelhante ao do procedimento de busca pessoal, para o
início da retirada das algemas, atrás do infrator da lei, de modo que sua arma fique
o mais longe possível do alcance do mesmo, segurando com a mão fraca entre as
algemas;
7. Segurar firmemente a dobradiça das algemas com a mão fraca, enquanto a mão
forte segura a chave das algemas, a fim de retirar o primeiro elo das algemas;
8. Determinar: “Permaneça com as mãos para trás, até que eu retire a outra
algema”;
9. Permanecer com a mão fraca segurando firmemente a corrente, enquanto a mão
forte retira o segundo elo;
10. Afastar-se um passo para trás após retirar as algemas, colocando-as, então, no
porta algemas, conforme POP 101, bem como a chave deverá ser guardada no
bolso do lado da mão fraca;
11. Permanecer sempre atento a possíveis reações evasivas ou agressivas por parte
do infrator da lei.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar tenha domínio contínuo do infrator da lei ao longo de todo o
procedimento, minimizando as possibilidades de fuga ou de reação;
2. Que se garanta a integridade física de todos os envolvidos.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o infrator da lei reaja ou tente fugir, o policial deverá impedi-lo com o uso
seletivo da força (POP 108);
2. Caso o infrator da lei esteja agressivo, avisar ou orientar a autoridade competente
sobre o estado emocional do detido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Retirar as algemas antes do término da apresentação do infrator da lei na
repartição pública competente, sem que haja prévia solicitação da autoridade
competente;
2. Iniciar o procedimento sem a devida cautela e/ou inferioridade numérica;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 27

3. Iniciar o procedimento com a arma empunhada;


4. Permitir que o infrator da lei permaneça incorretamente posicionado, dando-lhe
possibilidade de reação;
5. Proceder à retirada das algemas de forma desatenta, displicente ou incorreta.
28 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 103
NOME DO PROCESSO: USO DO ESPARGIDOR DE AGENTE OC
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Auto de resistência à prisão.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Uso do espargidor à base de Oleorresina Capsicum (OC) POP 103.01
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Estado de necessidade. Art. 24 do CP. 437
Exclusão de Ilicitude. Art. 23 do CP. 437
Legítima defesa. Art. 25 do CP. 437
Resistência. Art. 329 do CP. 442
POP:Procedimento Operacional Padrão | 29

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 103 USO DO ESPARGIDOR DE AGENTE OC
PROCEDIMENTO 103.01 Uso do espargidor à base de Oleorresina Capsicum
(OC)
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificar a situação de uso;
2. Dominar o agressor.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Utilizar o agente OC, devidamente fornecido ou autorizado pela PMTO,
preferencialmente, após o esgotamento da verbalização; ou seja, antes do uso de
força física, de bastão policial e de arma de fogo (Esclarecimentos 1);
2. Empregar, preferencialmente, à favor do vento e em ambientes abertos ou arejados
que permitam rápida descontaminação após o uso;
3. Adotar distância mínima de 1 (um) metro entre o policial e o agressor;
4. Sacar o espargidor com a mão fraca;
5. Levar o espargidor na direção do tórax do agressor ou do resistente (Imagem 1);
6. Acionar o espargidor durante um segundo aproximadamente;
7. Algemar o agressor, conforme POP 102, o policial auxiliar, enquanto o policial
comandante acondiciona o espargidor e saca a arma de fogo, mantendo-a na
posição sul e assumindo a função de segurança;
8. Retirar o agressor do local contaminado, o policial auxiliar, levando-o para local
arejado, após dominá-lo (Esclarecimento 2);
9. Confeccionar o auto de resistência à prisão.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que se faça cessar a agressão, diminuindo ao máximo a possibilidade de danos
físicos ao PM, ao agressor ou a terceiros;
2. Que o agressor seja imobilizado em tempo hábil;
3. Que todo o uso do agente OC seja formalmente relatado no auto de resistência à
prisão;
4. Que o PM tenha sempre consciência dos efeitos e das reações fisiológicas
causadas pelo agente OC;
5. Que o PM saiba agir no momento da descontaminação;
6. Que o PM saiba das consequências legais quando do mau uso ou do excesso do
agente OC;
7. Que o PM esteja apto, por meio de treinamento específico, para o uso do agente
OC.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja contaminação acentuada, iniciar o método de descontaminação
(Esclarecimento 2);
2. Caso seja empregado o espargidor de agente OC, não se utilizará o DEC (POP
104);
3. Caso persistam os sintomas de contaminação acentuada, procurar auxílio médico.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Fazer uso do agente OC após ter adotado força física ou letal;
2. Analisar de forma errônea a situação em que se deve usar o espargidor;
30 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

3. Não saber acionar o espargidor;


4. Acionar o espargidor a uma distância muito longa ou muito próxima;
5. Posicionar contra o vento e ser contaminado pelo agente OC;
6. Permanecer em uma situação que possibilite ao agressor atingi-lo fisicamente ou
mesmo dominá-lo;
7. Não dominar o agressor por demorar agir ou por não dominar as técnicas
necessárias para a situação;
8. Deixar de descontaminar o agressor, levando-o para ambiente fechado
(Esclarecimento 2);
9. Deixar de providenciar atendimento médico em casos de reações adversas ao
agente OC sofrida pelo agressor e/ou resistente.

ESCLARECIMENTOS:

1. Uso do espargidor de agente OC:


a) Este armamento deve ser utilizado para segurança, em caso de iminência de
agressão física contra o PM ou a terceiros, possibilitando a prisão do agressor sem
o uso da força física ou utilização de meios que venham a causar lesões no
agressor ou no resistente;
b) O espargidor de agente OC deve ser considerado e tratado como arma de
incapacitação temporária, devendo o PM manter o zelo e o controle de seu uso,
ficando responsável por este equipamento.

2. Método de descontaminação: em caso de contaminação acentuada, providenciar


os primeiros socorros, lavando as partes afetadas com água em abundância, sabão
neutro ou solução de bicarbonato de sódio a 10%.

3. Mecanismos de controle e de fornecimento do espargidor de agente OC:


a) a Polícia Militar deve criar mecanismos de controle e de fornecimento do espargidor
de agente OC, sendo no mínimo de 1 (um) para cada guarnição de serviço;
b) o policial militar deve ser orientado a não adquirir o espargidor de gás pimenta sem
autorização;
c) o policial militar é responsável pelo uso indevido desse armamento, respondendo
administrativa e criminalmente se for o caso.

4. A utilização simultânea do agente OC com o bastão policial: é útil, quando o


agressor, além de oferecer resistência ativa, estiver munido de objetos que possam
ter relevante potencial ofensivo (garrafas, pedaços de ferro ou madeira), podendo o
PM desarmar o agressor aproveitando ainda o efeito do agente OC.

5. Especificação técnica do produto e forma correta de utilização, conforme


orientação do fabricante (Condor S.A. Indústria Química) em sua embalagem e
rótulos:

5.1 Características gerais: o OC é um produto natural extraído de pimentas e em


diversas concentrações forma a solução de agente pimenta. É um agente natural,
irritante, que causa grande desconforto devido à dificuldade de respiração,
impossibilidade de abertura dos olhos e sensação de forte ardência nas áreas
afetadas. O efeito é imediato e pode durar até 40 minutos. É eficaz contra animais
POP:Procedimento Operacional Padrão | 31

e pessoas alcoolizadas ou drogadas. A contaminação de ambientes, utensílios e


roupas é leve e não requer providência especial para a descontaminação.

5.2 Cuidados específicos: o agente pimenta, por ser um produto natural agressivo,
deve ser utilizado em concentrações adequadas, por profissionais treinados. Em
casos excepcionais onde haja a necessidade de desalojar pessoas, o agente
pimenta deverá ser usado preferencialmente ao agente lacrimogêneo CS
(Ortoclorobenzalmalononitrila). É recomendável o uso de máscara contra gases
quando do emprego do agente pimenta. Use sempre a favor do vento.
5.3 Primeiros socorros: o OC atua nos olhos, pele, mucosas e vias respiratórias,
causando grande desconforto. Para alívio e descontaminação das pessoas
afetadas, as seguintes providências devem ser tomadas:
a) remover a pessoa da área contaminada;
b) estimular a pessoa a remover as lentes de contato; solicitar ajuda médica para
remoção das lentes, se necessário;
c) não deixar que a pessoa contaminada esfregue os olhos;
d) submeter a pessoa à ventilação prolongada;
e) lavar as partes afetadas com água em abundância e sabão neutro, ou solução de
bicarbonato de sódio a 10%;
f) troque as roupas da pessoa contaminada;
g) persistindo os sintomas, procure um médico.

5.4 Descontaminação: o OC é de fácil descontaminação. Alguns minutos após a sua


aplicação o ambiente já estará livre dos efeitos do agente pimenta. O calor e a
exposição ao sol potencializam a ação do agente pimenta.

5.5 Atenção: esse produto só pode ser utilizado por pessoas legalmente habilitadas e
treinadas. Se empregado de forma inadequada, pode causar lesão grave ou morte;
e, ainda, provocar danos ao patrimônio e ao meio ambiente.
ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: apontar o espargidor na direção do tórax do agressor ou do resistente.


32 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagens 2 e 3: emprego conjugado com o bastão policial.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 33

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 104
NOME DO PROCESSO: USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Dispositivo Eletrônico de Controle (DEC) com dois cartuchos.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Guarda, manutenção e cautela do DEC POP 104.01
Cautela e inspeção do DEC POP 104.02
Uso do DEC POP 104.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal
444
(CPP).
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Classificação legal do DEC. Legislação de produtos controlados – anexo
---
do R-105, número de ordem: 0290.
Estabelece diretriz sobre o uso Portaria Interministerial n. 4.226, de 31 de
da força pelos agentes de dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
---
segurança pública. Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República.
Excludentes de ilicitude. Art. 23 do Código Penal (CP). 437
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Regula o uso de armas não- Diretriz para o uso de armas não-letais n°
letais pela Polícia Militar do 001/2013-PM/3-EMG. ---
Estado do Tocantins.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
34 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 104 USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE
PROCEDIMENTO 104.01 Guarda, manutenção e cautela do DEC
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar – Dia reserva.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Manusear e acondicionar o armamento e os cartuchos;
2. Preparar o armamento para uso em serviço;
3. Registrar as alterações do armamento;
4. Manter o controle de cautela do DEC;
5. Acondicionar os cartuchos utilizados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Manter um livro de cautela específico para o DEC, constando os números de série
da arma e dos cartuchos;
2. Conferir os componentes de cada kit (Imagem 1);
3. Conferir o nível de carga das pilhas, por meio do teste de centelha
(Esclarecimento 1 e Imagem 2);
4. Manter as pilhas carregadas na bandeja de pilha;
5. Carregar as pilhas que estejam com baixo nível de carga (Esclarecimento 2);
6. Manter a arma limpa e seca, evitando local com alta umidade;
7. Encaminhar o coletor de material infectante lacrado, contendo os cartuchos
utilizados, após atingir o limite de 2/3 de seu volume, aos órgãos da Vigilância
Sanitária (Esclarecimento 3 e Imagem 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o DEC e seus acessórios sejam mantidos em condição operacional;
2. Que o DEC seja encaminhado ao setor competente, quando houver alterações
técnicas, acompanhado de seus acessórios e de relatório específico;
3. Que o livro de alterações do armamento seja mantido atualizado;
4. Que a cautela do DEC seja efetivada em um livro específico.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o DEC esteja com o cartucho inserido, efetuar a retirada deste em local
seguro (Esclarecimento 6);
2. Caso haja papelão ou plástico no polo positivo das pilhas, removê-lo
(Esclarecimento 2, k).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Manusear o DEC com o dedo no gatilho (Esclarecimento 4);
2. Não ter atenção quanto ao direcionamento do cartucho, mesmo que não acoplado
ao DEC (Esclarecimento 5);
3. Passar a mão na frente do cartucho;
4. Manter o cartucho no DEC sem a trava de segurança;
5. Manter o cartucho sem a tampa de identificação;
6. Tentar solucionar os problemas apresentados no armamento quanto ao
funcionamento, quando esse necessitar de solução de manutenção;
7. Utilizar pilhas alcalinas e recarregáveis simultaneamente;
8. Não acondicionar os cartuchos utilizados na caixa de descarte de material
infectante;
9. Não destinar o coletor de material infectante corretamente;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 35

10. Manter o coletor de material infectante em local úmido e de pouca visibilidade.

ESCLARECIMENTOS:

TASER M26 ou TASERX26 CARTUCHO(S) COLDRE


Imagem 1: kit para cautela.

1. Teste de centelha: com o DEC sem cartucho, com o registro de segurança


destravado, a arma direcionada para o alto, pressionar o gatilho e observar a
centelha que salta entre os eletrodos. Deixar que o DEC efetue um ciclo completo de
5 segundos. Este teste é necessário para checar se a arma está operacional (pronta
para uso).

Imagem 2: teste de centelha.

2. Carregar as pilhas (Modelo TASER M26):


a) carregar as pilhas inseridas na bandeja do carregador. É possível carregá-las
diretamente por meio do Dataport, apesar de não ser um procedimento
recomendável;
b) não recarregar as pilhas na bandeja do carregador e por meio do Dataport
simultaneamente;
c) certificar-se de que a trava de segurança está para baixo e o DEC está sem
cartucho, quando carregar as pilhas por meio do Dataport;
d) luz amarela indica energia no carregador;
e) luz vermelha indica pilhas carregando;
f) luz verde indica carregamento completo;
g) recolocar o protetor de borracha da entrada do Dataport após o carregamento;
h) nunca misturar pilhas alcalinas com pilhas recarregáveis;
i) se colocar as pilhas com a polaridade invertida, ocorrerá curto-circuito no sistema;
j) se colocar uma das pilhas com a polaridade invertida, ocorrerá drenagem da carga;
36 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

k) verificar se há papelão ou anel plástico ao redor do contato positivo (+) em cada


uma das pilhas que serão utilizadas. Retirar o papelão ou o anel plástico, caso
haja, para evitar falhas no contato com as outras pilhas (somente para pilhas
recarregáveis);
l) não tentar recarregar pilhas alcalinas, pois essas podem estourar.

3. Coletor de material infectante: são caixas amarelas, geralmente de papelão,


utilizadas para desprezar materiais que cortam ou perfuram, como agulhas, lâminas
de bisturi, ampolas, giletes, cateter, entre outros materiais infecciosos que possam
transmitir moléstia em caso de acidente ocupacional. Seu tamanho pode variar de
1,5 a 20 litros. O coletor geralmente é constituído de caixa amarela, sacolas plásticas
amarelas, papelão para fundo rígido, cinta lateral e bandeja interna. Acondicionar o
coletor em local de fácil visualização e acesso, bem como colocar longe de locais
úmidos. Após atingir 2/3 (dois terços) de seu volume deve ser lacrado e
encaminhado aos órgãos da Vigilância Sanitária.

Imagem 3: coletor de material infectante.

4. Dedo fora do gatilho: princípio exaustivamente ensinado para armas letais, ainda
que o DEC seja uma arma de menor potencial ofensivo, deve ser tratado com os
mesmos cuidados de uma arma letal e seu cartucho como uma munição.
14.
5. Cartucho do DEC: é uma munição que é deflagrada por descarga elétrica. Um
disparo acidental pode ocorrer se o cartucho entrar em contato com eletricidade
estática; neste sentido, recomenda-se manter afastados os cartuchos de rádios
comunicadores e de aparelhos celulares, pois esses podem gerar uma centelha
elétrica e deflagrar acidentalmente o cartucho.

6. Local seguro: é aquele onde o policial militar pode manusear arma letal ou de
menor potencial ofensivo, sem oferecer riscos. Área de retenção balística (caixa de
areia ou similar).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 37

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 104 USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE
PROCEDIMENTO 104.02 Cautela e inspeção do DEC
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Policial militar – Detentor da cautela.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento e inspeção do DEC;
2. Retirada da trava de segurança do cartucho e sua inserção no DEC;
3. Coldreamento do DEC.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Substituir no cinto de guarnição os portas lanterna e espargidor pelo coldre do
DEC;
2. Verificar se o armamento apresenta alguma alteração no funcionamento (Ação
corretiva 1);
3. Efetuar o teste de centelha;
4. Inserir o cartucho no DEC;
5. Colocar o DEC carregado e travado no coldre que deverá estar preso ao cinto, do
lado da mão fraca, com o cabo voltado para frente. Na necessidade do uso, fazer o
saque cruzado com a mão forte (Imagem 1).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o DEC esteja funcionando perfeitamente;
2. Que o DEC seja colocado no cinto de guarnição corretamente.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso o DEC apresente algum defeito, substituí-lo imediatamente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Inverter a polaridade das pilhas;
2. Misturar pilhas comuns com recarregáveis;
3. Inserir cartucho inoperante ou pilhas com carga insuficiente.

ILUSTRAÇÃO:

DISPOSITIVO
ELETRÔNICO DE
CONTROLE (DEC)

Imagem 1: coldre do lado da mão fraca para saque cruzado.


38 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 104 USO DO DISPOSITIVO ELETRÔNICO DE CONTROLE
PROCEDIMENTO 104.03 Uso do DEC
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar – Operador do DEC.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da necessidade e viabilidade do uso do DEC;
2. Transição da arma de fogo para o DEC;
3. Controle do ciclo de descarga do DEC;
4. Utilização da técnica de uso do DEC para o algemamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar a necessidade e a viabilidade para a utilização do DEC, com ou sem
cartucho (POP 108; Ações corretivas 1 e 6; Possibilidade de erro 1);
2. Adotar a distância ideal de disparo conforme a especificação do cartucho
(Esclarecimento 1 e Imagem 1);
3. Sacar ou realizar a transição da arma de fogo para o DEC (Ação corretiva 3,
Esclarecimento 2 e Imagens 2 a 4), bem como observar a distância mínima de
segurança de 5 (cinco) metros ao realizar a transição da arma de fogo para o DEC;
4. Certificar que a luz vermelha indicadora de carga foi acionada, após o
destravamento (Ação corretiva 2 e Imagem 4);
5. Enquadrar a visada na parte lateral do tórax preferencialmente; sempre com o dedo
reto e controlando o direcionamento do laser (Imagem 4);
6. Esgotar a verbalização, emitir o comando: “Choque” (Possibilidade de erro 4);
7. Acionar o gatilho do DEC, para que os dardos sejam deflagrados e gerem um ciclo
de 5 (cinco) segundos de descarga (Ação corretiva 5);
8. Manter a posição; iniciar outro ciclo, se for necessário para dominar o agressor;
9. Algemar o abordado, o policial militar auxiliar (POP 102);
10. Colocar luvas descartáveis, o policial militar responsável pelo algemamento, retirar
cuidadosamente os dardos conectados no agressor e avaliar a necessidade de
cuidados médicos (Possibilidade de erro 10);
11. Colocar os dardos dentro do próprio recipiente do cartucho que foi utilizado, o
policial militar responsável pelo algemamento;
12. Apresentar o cartucho e os dardos na reserva de armamento para fins de
procedimentos administrativos, de acondicionamento e de encaminhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que se faça cessar a agressão, diminuindo ao máximo a possibilidade de danos
físicos ao policial militar, a terceiros e ao próprio agressor;
2. Que seja respeitado o alcance útil e eficaz de cada tipo de cartucho;
3. Que o policial operador utilize o ciclo conforme a necessidade do fato,
independente de usar o DEC com ou sem cartucho;
4. Que todo uso do DEC seja formalmente relatado no auto de resistência;
5. Que o cartucho utilizado seja apresentado na reserva de armamento com os
respectivos dardos recolhidos e acondicionados no próprio recipiente do cartucho;
6. Que nenhum policial militar venha a se ferir ou extrapolar no uso de sua autoridade;
7. Que seja dado cumprimento às normas existentes sobre uso do DEC;
8. Que nunca aponte o DEC para si ou para outra pessoa se não pretende usá-lo;
9. Que o DEC seja mantido fora do alcance de pessoas não habilitadas;
10. Que as mãos sejam mantidas longe da extremidade frontal da arma;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 39

11. Que o DEC seja transportado somente em coldre ou em caixa de transporte


certificado.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o agressor apresente odor ou porte substância altamente inflamável, não
utilizar o DEC, pois a centelha poderá dar início a um incêndio (Sequência das
ações 1);
2. Caso a luz vermelha indicadora de carga não acenda após o destravamento, o
policial militar deverá abortar a utilização do DEC e recorrer a outros meios
previstos no uso seletivo da força (Sequência das ações 4 e POP 108);
3. Caso seja necessária a transição da arma de fogo para o DEC, coldrear a arma de
fogo e sacar o DEC com a mão forte sempre com a cobertura de outro policial
militar portando arma de fogo (Sequência das ações 3);
4. Caso um ou os dois dardos não atinja(m) o agressor, poderá o policial militar utilizar
o DEC como arma de contato, com ou sem o cartucho, ou efetuar a recarga tática
(Possibilidade de erro 3);
5. Caso os dardos atinjam os olhos, a cabeça, a genitália ou o pescoço do agressor,
não tentar retirá-los; mas sim procurar socorro médico (Sequência das ações 7);
6. Caso o agressor esteja em ambiente com água, o policial militar deve retirá-lo
rapidamente daquele meio evitando o afogamento (Sequência das ações 1);
7. Caso o agressor no momento da intervenção policial apresente comportamento
bizarro, frenético, criando distúrbios, incoerente, ofegante, combativo e violento; o
policial deverá, após a utilização do DEC ou de qualquer outro meio de
imobilização, providenciar ao agressor socorro médico;
8. Caso o alvo esteja deitado, incline o DEC direcionando a empunhadura da arma
para os pés do agressor. Nos demais casos nunca incline o DEC.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar o DEC: após o uso do espargidor de agente OC com propelente inflamável
(álcool, butano, propano, etc.), nas proximidades de lagos, piscinas ou similares
(possibilidade de afogamento), locais altos ou escadas (possibilidade de queda),
em pessoas operando veículos ou máquinas (possibilidade do veículo ficar
desgovernado), em gestantes, idosos, enfermos ou em ambientes inflamáveis
(Sequência das ações 1);
2. Disparar o DEC na direção dos olhos, da cabeça, do pescoço e das genitálias do
agressor (Ação corretiva 5);
3. Não acertar os dois dardos ou acertar somente um dardo (Ação corretiva 4);
4. Não emitir o comando: “Choque”, ou emiti-lo quando a situação exigir que o
disparo seja surpresa para o agressor (Sequência das ações 6);
5. Fazer uso do DEC após o agressor estar algemado;
6. Não diferenciar o DEC da arma de fogo no momento da utilização;
7. Permanecer em situação que possibilite o agressor atingi-lo fisicamente ou dominá-
lo, caso não acerte os dardos;
8. Exceder no uso do DEC;
9. Não dominar o agressor, por demorar a agir ou por não utilizar as técnicas
necessárias para a situação;
10. Não providenciar o devido socorro às pessoas que necessitarem;
11. Tocar nos dardos ou entre eles enquanto estiverem energizados;
12. Agir isoladamente, sem uma atuação coordenada e segura, ao utilizar o DEC sem o
apoio da cobertura de policial militar;
13. Usar apenas a mira laser, sem utilizar também a visada com a alça e massa de
mira;
40 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

14. Utilizar o DEC de forma incompatível e desnecessária;


15. Deixar de se ater ao uso seletivo da força (POP 108);
16. Não manter a trava de segurança do DEC na posição travada quando o DEC
estiver carregado e não se pretenda o uso imediato;
17. Inclinar o DEC no momento do disparo, salvo quando o alvo estiver deitado;
18. Não estar o policial militar operador do DEC habilitado e credenciado para utilizá-lo.

ESCLARECIMENTOS:

1. Distância ideal de disparo: é a distância em que o policial militar terá maior


probabilidade de acertar o alvo, boa abertura dos dardos e razoável distância para
reação em caso de falha. Para o cartucho laranja a distância ideal é de 4,0m a 7,5m,
para os demais cartuchos é de 2,5m a 4,5m.

LARANJA – 10,6m VERDE – 7,6 m CINZA – 6,4m AMARELO – 4,5m


Imagem 1: Alcance máximo dos cartuchos.

2. Transição do armamento e saque do DEC com mão forte: avaliada a necessidade


e a viabilidade da utilização do DEC na abordagem policial, haverá transição da arma
de fogo para o DEC (sempre com cobertura de outro policial militar).
a) partindo da posição pronto (terceiro olho), da posição sul ou do pronto retido da
arma de fogo, conforme a situação exigir, fazer o coldreamento com a mão forte e
travar o coldre (Imagem 2);
b) ato contínuo levar a mão forte ao DEC e efetuar o saque cruzado (Imagem 3);
c) seguidamente, acionar o registro de segurança do DEC e trazer para a posição
pronto (terceiro olho); a fim de efetuar o disparo, se necessário (Imagem 4).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 41

Imagem 2 Imagem 3

Sempre que possível


fazer a visada na
lateral direita ou
esquerda do corpo
do suspeito, para
que o segundo dardo
atinja o alvo.

Imagem 4

3. Taser: nome popular da empresa que comercializa o produto. É uma arma que
descarrega energia elétrica (armazenada em bateria), com propósito de paralisar o
corpo. A pistola Taser é um dispositivo eletrônico de contenção. Durante seu
acionamento causa uma incapacitação neuromuscular, que provoca imediata perda
de controle dos músculos, debilitando-os temporariamente, com risco mínimo de
ferimentos.

4. Capacitação para o uso do DEC: o DEC poderá ser utilizado apenas por policiais
que forem aptos no curso de operadores.

5. Locais e situações para utilização do DEC: a arma pode ser utilizada nas ações
ou nas operações policiais que representem riscos, em locais de grande
42 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

concentração de pessoas, como: centro das grandes cidades, estádios de futebol e


desocupações.

6. Risco na utilização do DEC:ainda que evidências médicas afirmem solidamente


que o DEC não causará sequelas permanentes ou óbito, é importante lembrar que a
própria natureza do confronto físico envolve algum grau de risco de que alguém
venha a ser ferido.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 43

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 105
NOME DO PROCESSO: USO DO BASTÃO POLICIAL
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Auto de resistência.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Uso do bastão policial em abordagem à pessoa
POP 105.01
com mãos livres
Uso do bastão policial em abordagem à pessoa
POP 105.02
armada com material(is) contundente(s)
Uso do bastão policial em situações diversas POP 105.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Desobediência. Art. 330 do Código Penal (CP). 442
Estado de necessidade. Art. 24 do CP. 437
Exclusão de ilicitude. Art. 23 do CP. 437
Legítima defesa. Art. 25 do CP. 437
Art. 78 do Código Tributário Nacional
Poder de polícia. 447
(CTN).
Resistência. Art. 329 do CP. 442
44 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 105 USO DO BASTÃO POLICIAL
PROCEDIMENTO 105.01 Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com
mãos livres
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Observância do uso seletivo da força para utilização do bastão policial (POP 108);
3. Aproximação ao(s) agressor(es);
4. Escolha da(s) região(ões) do corpo para utilização do bastão policial;
5. Contenção ou imobilização do(s) agressor(es);
6. Condução do(s) agressor(es).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Portar o bastão policial;
2. Observar a movimentação do(s) indivíduo(s) em atitude(s) suspeita(s), mantendo
distância segura;
3. Verbalizar com o(s) suspeito(s) determinando suas ações, o comandante da
guarnição;
4. Sacar o bastão policial (Imagem 1);
5. Fazer uso do bastão policial de acordo com o grau de agressividade do(s)
infrator(es), conforme POP 108, com um policial na função de segurança e
armamento em pronto baixo, (Ação corretiva 1; Esclarecimento 1; Imagens de 1
a 11);
6. Conter o agressor (Esclarecimento 1);
7. Algemar o infrator da lei (POP 102);
8. Preencher auto de resistência;
9. Conduzir o(s) infrator(es) à repartição pública competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja observado o uso seletivo da força (POP 108);
2. Que a ação seja enérgica e proporcional à força do(s) agressor(es) até o
encerramento da resistência;
3. Que as técnicas de defesa, de ataque ou de imobilização sejam eficientes.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o PM que realize a segurança perceba que o agressor está desarmado,
apoiar o outro PM com meios de menor potencial ofensivo, após coldrear a arma de
fogo e travar o coldre (Sequência das ações 5);
2. Caso seja necessário, providenciar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Usar o bastão policial em abordagem à pessoa com arma de fogo, arma
perfurocortante (faca ou facão), perfurocontundente (punhal ou lanças) ou cortante
(foice);
2. Não observar a distância segura para transição de armamento;
3. Posicionar-se com desequilíbrio;
4. Não travar o coldre durante a transição do armamento;
5. Fazer uso desproporcional do bastão policial;
6. Manusear incorretamente o bastão policial;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 45

7. Agir isoladamente.
46 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ESCLARECIMENTO:

1. Utilização do bastão policial: a distância mínima recomendada para transição da


arma de fogo para o bastão policial é de 5 (cinco) metros do abordado. A distância
recomendada para utilização do bastão policial é de aproximadamente 1 (um) metro
do abordado. Esse armamento não deverá ser utilizado sem o segurança armado,
observando o uso seletivo da força. A utilização do bastão policial será,
preferencialmente, nas regiões dos membros superiores e inferiores.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 2: ação de defesa.


Imagem 1: sacar o
bastão policial.

Imagem 3: defesa de Imagens 4 e 5: defesa de ataque superior.


ataque lateral.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 47

Imagens 6 e 7: defesa de chutes.

Imagens 8 e 9: sequência de imobilização de braço frontal.

Imagens 10 e 11: sequência de imobilização de braço dorsal.


48 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 105 USO DO BASTÃO POLICIAL
Uso do bastão policial em abordagem à pessoa com
PROCEDIMENTO 105.02
material(is) contundente(s)
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Observância do uso seletivo da força para utilização do bastão policial (POP 108);
3. Aproximação ao(s) agressor(es);
4. Escolha da(s) região(ões) do corpo para a utilização do bastão policial;
5. Contenção ou imobilização do(s) agressor(es);
6. Condução do(s) agressor(es).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Portar o bastão policial;
2. Observar a movimentação do(s) indivíduo(s) em atitude(s) suspeita(s), mantendo
distância segura (Esclarecimento 1);
3. Verbalizar com o(s) suspeito(s) determinando suas ações, o comandante da
guarnição;
4. Sacar o bastão policial;
5. Sacar o espargidor de agente OC com a mão fraca e acioná-lo (POP 103);
6. Fazer uso do bastão policial logo após o uso do espargidor de agente OC, de
acordo com o grau de agressividade do(s) infrator(es), com um policial na função
de segurança e armamento em pronto baixo (Ação corretiva 1);
7. Conter o agressor;
8. Algemar o infrator da lei (POP 102);
9. Preencher auto de resistência;
10. Conduzir o(s) infrator(es) à repartição competente.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja observado o uso seletivo da força (POP 108);
2. Que a ação seja enérgica e proporcional à força do(s) agressor(es) até o
encerramento da resistência;
3. Que as técnicas de defesa, de ataque ou de imobilização sejam eficientes
(Imagens de 1 a 8).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o PM que realize a segurança perceba que o agressor está apenas portando
instrumento contundente, apoiar o outro PM com meios de menor potencial
ofensivo, após coldrear a arma de fogo e travar o coldre (Sequência das ações 6);
2. Caso seja necessário, providenciar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Usar o bastão policial em ocorrência de abordagem à pessoa com arma
perfurocortante (faca ou facão), perfurocontundente (punhal ou lanças) ou cortante
(foice);
2. Não observar a distância segura para transição de armamento;
3. Inverter a sequência de utilização do bastão policial com o espargidor de agente
OC;
4. Não fazer o uso do bastão policial logo após o uso do espargidor de agente OC;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 49

5. Posicionar-se com desequilíbrio;


6. Não travar o coldre durante a transição do armamento;
7. Fazer uso desproporcional do bastão policial;
8. Manusear de forma incorreta o bastão policial;
9. Não observar a distância de alcance do bastão policial;
10. Agir isoladamente.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: defesa alta. Imagem 2: defesa média.

Imagem 3: defesa baixa. Imagem 4: estocada curta.


50 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 5: estocada longa. Imagem 6: golpe superior.

Imagem 7: golpe lateral. Imagem 8: golpe inferior.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 51

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 105 USO DO BASTÃO POLICIAL
PROCEDIMENTO 105.03 Uso do bastão policial em situações diversas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Quebrar vidros de veículos ou de residências;
2. Utilizar como meio de arraste de vítimas;
3. Formar cordão de isolamento em eventos;
4. Tala de imobilização nos primeiros socorros;
5. Instrumento de escalada de muros.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Empunhar o bastão policial como se fosse um martelo, a fim de quebrar vidro de
veículo ou de residência em ocorrências que seja necessário tal intervenção (Ação
corretiva 1 e Imagens 3 e 4);
2. Encaixar o bastão policial no vestuário, ou entre a axila e o tórax da vítima, para
fazer o arraste a um local seguro (Ação corretiva 2 e Imagem 2);
3. Abrir os braços segurando os bastões para formar um cordão (Imagem 1);
4. Imobilizar o membro inferior ou superior lesionado sem alterar a posição
encontrada, envolvendo-o com o material disponível (tecido, fita de isolamento de
local de crime, entre outros);
5. Utilizar o bastão policial (tonfa) como escada colocando a parte da empunhadura
paralela ao solo ou como um gancho na parte superior do obstáculo.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja superado o obstáculo, quando necessário;
2. Que a vítima seja arrastada para um local seguro, onde possa receber os primeiros
socorros sem comprometer a segurança do policial;
3. Que as pessoas sejam contidas ou separadas isolando o local desejado.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a ocorrência envolva fogo, proteger o braço com um pano molhado no
momento de atingir o vidro (Sequência das ações 1 e Possibilidade de erro 2);
2. Caso haja contato da vítima com eletricidade, proceder com cautela, evitando tocá-
la para não sofrer descarga elétrica (Sequência das ações 2).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Ferir-se pela falta de cuidado ao quebrar o vidro de veículo ou de vidraça;
2. Ficar na frente da vidraça que vai ser quebrada, em caso de incêndio;
3. Não solicitar apoio do Corpo de Bombeiros Militar, quando necessário e possível;
4. Lançar o bastão policial.
52 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: formação de cordão de Imagem 2: arraste de vítima pela axila.


isolamento.

Imagem 3: quebra de vidraça. Imagem 4: quebra de vidro de veículos.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 53

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 106
NOME DO PROCESSO: MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO EM REVÓLVER CALIBRE
.38
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Escova tubular confeccionada em aço com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
2. Escova tubular confeccionada em crina com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
3. Escova tubular confeccionada em algodão com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
4. Escova em cabo de madeira com cerdas de aço inoxidável;
5. Pincel ou trincha de aproximadamente 25 mm;
6. Flanela ou pano de algodão, que não solte fiapos;
7. Produtos de limpeza e de lubrificação de armamentos;
8. Material para formar uma plataforma de limpeza (jornal, saco plástico, bandeja,
entre outros);
9. Caixa de areia para inspeção, carregamento e descarregamento do armamento
com dimensões mínimas de: comprimento = 1,20 m; largura = 0,60 m; profundidade
= 0,40 m;
10. Mesa de madeira, de preferência com bordas de 1,5 cm, com altura mínima de
50cm; comprimento mínimo de 100 cm e largura mínima de 60 cm;
11. Vasilhame de plástico para lavagem das peças;
12. Munição inerte de manejo no calibre .38;
13. Óculos de proteção.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Inspeção do revólver POP 106.01
Limpeza do revólver POP 106.02
Cautela diária do revólver POP 106.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
54 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 106 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NO REVÓLVER CALIBRE
.38
PROCEDIMENTO 106.01 Inspeção do revólver
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:---
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Utilização de local seguro;
2. Retirada total das munições antes do início da inspeção;
3. Manuseio do armamento;
4. Controle de cano e de dedo fora do gatilho.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Retirar, em local seguro e na caixa de areia, todas as munições do tambor do
revólver (Esclarecimento 1 e Imagem 1);
2. Verificar a integridade das munições, observando se existem amassamentos,
coloração diferente, projétil solto ou afundado e/ou espoleta irregular (Imagem 2);
3. Verificar possíveis irregularidades na integridade do armamento, como: falta de
peças, danos provenientes do mau uso ou do desgaste natural;
4. Certificar se há sinais de disparo anterior no armamento a ser utilizado;
5. Verificar os seguintes pontos no armamento:
a. o interior do cano, procurando detritos, rachaduras ou intumescimento (Imagem
3);
b. as câmaras do tambor, em cada movimentação;
c. a integridade da ponta do percutor ou percussor e o giro do tambor, em cada
movimentação do cão e do gatilho (Imagem 4);
d. o correto funcionamento ao armar/desarmar do cão e do gatilho (Imagem 5);
e. o suave movimento de abertura e de fechamento do tambor, observando se a
vareta do extrator está solta ou se falta o dedal serrilhado (Imagem 6);
f. o suave deslize do dedal serrilhado;
g. o funcionamento da vareta do extrator nos movimentos de extração;
h. deformações no aparelho de pontaria – alça e massa de mira (Imagem 7);
i. placas da coronha (direita e/ou esquerda) solta(s), trincada(s), deformada(s) ou
danificada(s);
j. argola do zarelho solta (Imagem 8).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial execute com segurança a inspeção do armamento;
2. Que o policial consiga detectar eventuais danos, falhas ou falta de peças no
revólver ou nas munições;
3. Que sejam removidos os resíduos incompatíveis com o bom funcionamento do
armamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso as munições apresentem alguma irregularidade, substituir e encaminhar à
seção competente;
2. Caso o revólver apresente irregularidade(s) quanto ao funcionamento ou às
condições gerais de uso, substituí-lo, desde que não possa ser solucionada com a
manutenção de 1º escalão.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 55

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de descarregar totalmente o revólver antes de inspecioná-lo;
2. Não verificar atentamente os pontos importantes do armamento e das munições;
3. Deixar de comunicar e de encaminhar à seção competente o armamento no qual
problemas foram detectados durante a inspeção;
4. Tentar solucionar problemas de funcionamento no armamento quando houver
necessidade de manutenção de 2º escalão em diante.

ESCLARECIMENTOS:

1. Local seguro: é aquele onde o policial militar possa manusear a sua arma sem
oferecer risco a qualquer pessoa; normalmente dotado de anteparo frontal à área de
manuseio, ausente de obstáculos que possibilitem o ricochete e com controle de
circulação de pessoas.

2. Ato inseguro: é a conduta inadequada do usuário do armamento quando por


imprudência, por imperícia ou por negligência deixa de agir preventivamente e de
utilizar as normas de segurança relativo à conduta com o armamento.

3. Condição insegura: é proveniente da falta de condições técnicas de uso do


armamento ou da munição, no qual o usuário desconsidera tal situação, assumindo
os riscos de acidentes ou outro sinistro relativo ao uso indevido.

4. Finalidade de manutenção de 1º escalão: aumentar a vida útil do armamento e


garantir o bom funcionamento no emprego operacional.

5. Responsabilidades e finalidades dos escalões de manutenção:


a) manutenção de 1º escalão: preventiva, destinada ao usuário do armamento;
b) manutenção de 2º escalão: preventiva e de responsabilidade da seção competente
pela guarda e pela conservação (seção de armamento e/ou reserva de armas);
c) manutenção de 3º e 4º escalões: de correção e de reparação, havendo a
necessidade de inspeção de um técnico especializado. Deve ser encaminhado o
armamento a seção de manutenção com o devido relatório para as providências
necessárias.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: inspeção do revólver.


56 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: tipos de defeitos na munição.

Imagem 1: intumescimento ou estufamento.

Imagem 4: verificação do giro do tambor, ponta do percutor ou do percussor e gatilho.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 57

Imagem 5: “armar/desarmar” do cão do gatilho.

Imagem 6: vareta do extrator. Imagem 7: alça e massa de mira com


amassamento.

Imagem 8: argola do zarelho.


58 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NO REVÓLVER
PROCESSO 106
CALIBRE .38
PROCEDIMENTO 106.02 Limpeza do revólver
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:---
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Retirada de todos os resíduos do revólver e sua secagem.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Forrar o local com o material necessário para a plataforma de limpeza;
2. Aplicar a quantidade que julgar necessária, mediante as condições apresentadas,
do produto que auxiliará na remoção de resíduos, deixando-o agir por alguns
minutos;
3. Limpar com a escova em crina, cuja finalidade é a remoção de resíduos
superficiais, procedendo à limpeza interna do cano e das câmaras do tambor
(Ações corretivas de 1 a 3; Possibilidade de erro 1);
4. Utilizar o pincel (trincha) para a remoção de partículas em todas as regiões de difícil
acesso, evitando danos e riscos no armamento;
5. Reaplicar o produto para a remoção dos resíduos restantes;
6. Utilizar a escova em algodão para secar completamente o interior do cano e as
câmaras do tambor;
7. Secar o armamento com a flanela ou com o pano de algodão que não solte fiapos,
retirando o excesso de produto e deixar uma fina película de proteção;
8. Observar em relação às munições:
a. se há munições danificadas ou que apresentem eficácia duvidosa (munições
manuseadas);
b. se foram expostas ao sol, ao calor ou limpas com produtos químicos;
c. se as partículas não foram removidas a seco;
d. se estão acondicionadas e conservadas de forma a proporcionar maior prazo de
validade.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o revólver fique em perfeitas condições de uso;
2. Que seja mantido um bom estado de conservação do revólver;
3. Que a vida útil do armamento seja garantida, bem como o seu bom funcionamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o revólver apresente sinais de disparo, deixar o produto limpador e
lubrificante, por no máximo 10 (dez) minutos, pois a remoção efetiva de resíduos de
pólvora e de chumbo dar-se-ão mecanicamente (Sequência das ações 3 e
Possibilidade de erro 1);
2. Caso o revólver tenha sido disparado, utilizar a escova tubular em aço, inserindo-a
pela boca do cano e girando-a no sentido do raiamento, a fim de não o riscar,
repetindo tal operação quantas vezes forem necessárias para bem limpá-lo. Utilizar
a mesma escova nas câmaras do tambor, contudo, sem efetuar o movimento
giratório, para evitar a formação de rebarbas (Sequência das ações 3 e
Possibilidade de erro 1);
3. Caso o revólver tenha sido disparado, utilizar a escova em cabo de madeira com
cerdas de aço inoxidável na face anterior do tambor e na antecâmara do cano
POP:Procedimento Operacional Padrão | 59

(Sequência das ações 3 e Possibilidade de erro 1);


4. Caso haja excessos de produtos químicos de limpeza e lubrificação, removê-los.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar escovas em aço, caso o armamento não tenha sido disparado (Sequência
das ações 3; Ações corretivas de 1 a 3);
2. Utilizar graxa, vaselina ou outro produto não indicado (óleos de cozinha, azeite,
banha, manteiga, margarina, entre outros) que venham ocasionar o acúmulo de
partículas, que empenem e deteriorem antecipadamente o armamento.

ESCLARECIMENTO:

1. Produtos de limpeza e de lubrificação: os produtos limpador e lubrificante auxiliam


na remoção de resíduos de pólvora e de chumbo; contudo, o que realmente importa
é a ação mecânica de escovação. Os produtos a serem utilizados na limpeza e na
lubrificação devem ser de origem mineral, preferencialmente isentos de
hidrocarboneto (encontrados nos derivados de petróleo como: querosene, óleo
diesel, gasolina e solventes), cuja composição química provoca diminuição da vida
útil da arma de fogo, em razão de possuir partes confeccionadas em alumínio
revestido com anodização, processo para o qual se recomenda a utilização de
produtos de origem mineral.

Imagem 1: material para limpeza.


60 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NO REVÓLVER CALIBRE
PROCESSO 106
.38
PROCEDIMENTO 106.03 Cautela diária do revólver calibre.38
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:---
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Recebimento do revólver calibre.38 e de munições junto à reserva de armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber o revólver com 3 (três) cargas de munições, no mínimo;
2. Receber a arma aberta, descarregada e manutenida pelo Dia Reserva;
3. Conferir o número da arma;
4. Conferir a quantidade de munições e suas condições de uso (POP 106.01);
5. Assinar a cautela no livro de controle da reserva de armamento;
6. Dirigir-se a um local seguro (caixa de areia) para realização da inspeção do revólver
(POP 106.01), municiar e carregar;
7. Coldrear o revólver e travar o coldre.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o livro da cautela do armamento e de munições esteja preenchido corretamente;
2. Que o policial militar receba a arma e as munições conforme especificado no livro de
cautela.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso a numeração da arma ou a quantidade de munições estejam em desacordo
com o livro da cautela, deverá ser corrigido;
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Receber a arma de fogo fechada;
2. Preencher incorretamente a numeração do armamento e/ou a quantidade de
munições no livro de cautela;
3. Receber a arma e/ou as munições com defeito;
4. Não identificar os defeitos na arma e/ou nas munições;
5. Não travar o coldre.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 61

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 107
NOME DO PROCESSO: MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA PT 100 e 940
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Escova tubular confeccionada em aço, com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
2. Escova tubular confeccionada em crina, com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
3. Escova tubular confeccionada em algodão, com proteções na haste e na ponta,
específica para o calibre do armamento;
4. Escova em cabo de madeira com cerdas de aço inoxidável;
5. Pincel ou trincha de aproximadamente 25 mm;
6. Flanela ou pano de algodão, que não solte fiapos;
7. Produtos de limpeza e de lubrificação de armamentos;
8. Material para formar uma plataforma de limpeza (jornal, saco plástico, bandeja,
entre outros);
9. Caixa de areia para inspeção, carregamento e descarregamento do armamento
com dimensões mínimas de: comprimento = 1,20 m; largura = 0,60 m; profundidade
= 0,40 m;
10. Mesa de madeira, de preferência com bordas de 1,5 cm, com altura mínima de 50
cm; comprimento mínimo de 100 cm e largura mínima de 60 cm;
11. Vasilhame de plástico para lavagem das peças;
12. Munição inerte de manejo no calibre do armamento;
13. Óculos de proteção.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Inspeção de pistola POP 107.01
Limpeza de pistola POP 107.02
Cautela diária de PT 100 e munições calibre .40 POP 107.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do CTN (Código Tributário Nacional). 447
62 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NAPISTOLA PT 100 e
940
PROCEDIMENTO 107.01 Inspeção de pistola
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:---
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Utilização de local seguro;
2. Retirada total das munições antes do início da inspeção;
3. Manuseio do armamento;
4. Controle de cano e de dedo fora do gatilho.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Retirar o carregador do armamento em local seguro apontando o cano da arma
para caixa de areia (Imagem 1);
2. Puxar o ferrolho para trás, certificando-se do esvaziamento da câmara (Ação
corretiva 1 e Imagem 2);
3. Verificar o nível de integridade das munições, por meio da existência de
amassamentos, coloração diferente, projétil solto ou afundado, espoleta irregular
(Ação corretiva 2 e Imagem 3);
4. Certificar se há sinais de disparo anterior no armamento;
5. Verificar possíveis irregularidades na integridade do armamento, avaliando se
falta(m) peça(s), se existe(m) dano(s) proveniente(s) de mau uso ou de desgaste
natural (Ação corretiva 3);
6. Verificar no armamento:
a. a integridade do cano, procurando detritos, rachaduras ou intumescimento
(Imagem 4);
b. o correto funcionamento do armar do cão e do gatilho, do mecanismo de
segurança e do desarmador do cão (Imagem 5);
c. a integridade da ponta do percussor, pressionando e segurando a trava do
percussor e em seguida o percussor na sua parte posterior (Imagem 6);
d. a integridade do aparelho de pontaria: alça e massa de mira (Imagem 7);
e. a igualdade de numeração entre o cano, o ferrolho e a armação da pistola, se
houver, constando no livro de cautela quaisquer alterações;
f. deformações nas bordas superiores e amassamentos no fundo do carregador
(Imagem 8);
g. a livre movimentação do transportador nas bordas superiores do carregador, bem
como as condições da mola do transportador (Imagem 9).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial execute com segurança a inspeção do armamento;
2. Que o policial consiga detectar eventuais danos, falhas ou falta de peças no seu
carregador e/ou munições;
3. Que sejam removidos os resíduos incompatíveis com o bom funcionamento do
armamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a pistola tenha munição na câmara, após a retirada do carregador, esvaziá-la
com segurança (Sequência das ações 2);
2. Caso as munições apresentem alguma irregularidade, substituir, comunicar e
POP:Procedimento Operacional Padrão | 63

encaminhar à seção competente (Sequência das ações 3);


3. Caso a pistola e/ou seu respectivo carregador apresente(m) irregularidade(s), que
não possa ser solucionada com a manutenção de 1º escalão, substituir, comunicar
e encaminhar à seção competente (Sequência das ações 5).
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Deixar de descarregar totalmente a pistola antes de inspecioná-la;
2. Tentar solucionar problemas de funcionamento no armamento, quando houver
necessidade de manutenção acima de 1º escalão.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: retirada do carregador. Imagem 2: verificação da câmara.

Imagem 2: checagem das munições.

Imagem 4: intumescimento (expansão) do cano.


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Imagem 5: armar do cão do gatilho.

Imagem 6: verificação da ponta do percussor.

Imagem 7: alça e massa de mira com amassamento.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 65

Imagem 8: deformação do carregador.

Imagem 9: movimentação do transportador.


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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA PT 100 e
940
PROCEDIMENTO 107.02 Limpeza de pistola
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Desmontagem da pistola;
2. Retirada de todos os resíduos da pistola e de sua secagem;
3. Remontagem da pistola.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Forrar o local e conferir o material necessário (Imagem 1);
2. Proceder à desmontagem do armamento da seguinte maneira:
a. pressionar o retém da alavanca de desmontagem (Imagem 2);
b. girar a alavanca de desmontagem para baixo (Imagem 3);
c. separar o ferrolho da armação, puxando-o para frente, tendo cuidado para que a
mola recuperadora e sua guia não sejam projetadas (Imagem04);
d. retirar em seguida, cuidadosamente, a mola recuperadora e sua guia (Imagem 5);
e. retirar o cano do ferrolho (Imagem 6);
f. retirar o bloco de trancamento suavemente, a fim de que não trave em seu
alojamento (Imagem 7).
3. Aplicar, com a pistola desmontada, uma quantidade que julgar necessária,
mediante as condições apresentadas, do produto limpador e do lubrificante que
auxiliará na remoção de resíduos, deixando-o agir por alguns minutos (Ações
corretivas 3 e 4; Possibilidade de erro 1);
4. Limpar com a escova tubular em crina, cuja finalidade é a remoção de resíduos
superficiais, a parte interna do cano e do alojamento do carregador na armação;
5. Utilizar o pincel (trincha) para a remoção de partículas em todas as regiões de difícil
acesso, evitando causar danos e riscos no armamento;
6. Reaplicar o produto para a remoção dos resíduos restantes;
7. Utilizar a escova tubular em algodão para secar completamente o interior do cano;
8. Efetuar com flanela ou com pano de algodão que não solte fiapos, a secagem do
armamento, retirando excesso de produto e deixando uma fina película de proteção
no metal;
9. Atentar em relação às munições:
a. se existem munições danificadas ou que apresentem eficácia duvidosa (munições
manuseadas);
b. se foram expostas ao sol, ao calor ou limpas com produtos químicos;
c. se as partículas não foram removidas a seco;
d. se estão acondicionadas e conservadas de forma a garantir o prazo de validade.
10. Proceder, após a limpeza geral da pistola, à montagem da pistola da seguinte
forma:
a. recolocar suavemente o bloco de trancamento junto ao cano;
b. encaixar o cano no ferrolho;
c. colocar a mola recuperadora com a guia em seu alojamento;
d. pela frente da armação, deslizar o ferrolho até metade de seu curso de montagem
para, em seguida, pressionar para baixo o impulsor da trava do percussor a fim de
que o ferrolho passe livremente até o fim de seu curso (Imagem 8);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 67

e. simultaneamente, empurrar o ferrolho e girar a alavanca de desmontagem para


sua posição inicial;
f. recolocar o carregador vazio no armamento.
11. Verificar o funcionamento geral da pistola, puxando bruscamente o ferrolho para
trás e a armação para frente, de forma que o armamento fique aberto;
12. Retirar o carregador e pressionar o retém do ferrolho, fechando-o;
13. Acionar a tecla do registro de segurança para baixo, desarmando o cão;
14. Levantar a tecla do registro de segurança para cima, travando o armamento.
RESULTADOS ESPERADOS
4. Que a pistola fique em perfeitas condições de uso;
5. Que seja mantido um bom estado de conservação da pistola;
6. Que a vida útil do armamento seja garantida, bem como o seu bom funcionamento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja emperramento do bloco de trancamento, exercer movimentos suaves
para desemperrá-lo e não forçar em demasia;
2. Caso a pistola não esteja bem montada, verificar o encaixe total do ferrolho e
certificar o correto posicionamento do cano, mola recuperadora e sua guia, bem
como, se o impulsor da trava do percussor está para baixo (Imagem 8);
3. Caso a pistola apresente sinais de disparo, deixar o produto limpador e lubrificante
por no máximo 10 (dez) minutos, pois a remoção efetiva de resíduos de pólvora e
de chumbo se dá mecanicamente (Sequência das ações 3);
4. Caso a pistola tenha sido disparada, utilizar a escova tubular em aço, inserindo-a
no cano, girando-a no sentido do raiamento e repetindo até limpá-lo. Na sequência,
utilizar a escova em cabo de madeira com cerdas de aço inoxidável para fazer a
limpeza mecânica da parte interna do ferrolho, onde se localiza o percussor; bem
como a do transportador do carregador (Sequência das ações 3);
5. Caso haja excessos de produtos químicos de limpeza e de lubrificação, removê-los.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar escovas em aço, caso o armamento não tenha sido disparado (Sequência
das ações 3);
2. Utilizar graxa, vaselina ou outro produto não indicado (óleos de cozinha, azeite,
banha, manteiga, margarina, entre outros) que venham ocasionar o acúmulo de
partículas, que emperrem e deteriorem antecipadamente o armamento;
3. Fazer a montagem incorreta de forma que o funcionamento do mecanismo seja
prejudicado.
68 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: material para limpeza.

Imagem 2: retém da alavanca de desmontagem.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 69

Imagem 3: giro da alavanca de desmontagem.

Imagem 4: ferrolho da armação.

Imagem 5: mola recuperadora e guia.


70 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 6: cano do ferrolho.

Imagem 7: bloco de trancamento.

Imagem 8: impulsor da trava do percussor.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 71

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 107 MANUTENÇÃO DE 1º ESCALÃO NA PISTOLA PT 100 e
940
PROCEDIMENTO 107.03 Cautela diária de PT 100 e munições calibre .40
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Recebimento da PT 100, carregadores e munições calibre .40 junto à reserva de
armamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a PT 100 com 03 (três) carregadores, no mínimo, e munições suficientes
para municiá-los com a carga máxima do carregador;
2. Receber a arma aberta, descarregada e manutenida pelo Dia Reserva;
3. Receber os carregadores desmuniciados e em condições de uso (POP 107.01);
4. Conferir o número da arma no livro de cautela;
5. Conferira numeração do cano, da armação e do ferrolho e verificar se esses são
correspondentes entre si;
6. Conferir a quantidade de munições e suas condições de uso (POP 107.01);
7. Assinar a cautela no livro de controle da reserva de armamento;
8. Dirigir-se a um local seguro (caixa de areia) para realização da inspeção do
armamento (POP 107.01), municiar (Possibilidade de erro 5), alimentar e carregar
(Esclarecimento 1);
9. Pressionar o desarmador do cão para baixo, coldrear a pistola destravada e travar
o coldre.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o livro da cautela do armamento e das munições esteja preenchido
corretamente;
2. Que o policial militar receba a arma, os carregadores e as munições conforme
especificado no livro de cautela.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso a numeração da arma ou a quantidade de munições esteja em desacordo
com o livro da cautela, deverá ser corrigido.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Receber a arma de fogo fechada;
2. Deixar de verificar o preenchimento da numeração do armamento, da quantidade
de munições e de carregadores no livro de cautela;
3. Receber a arma, os carregadores e as munições com defeito;
4. Não identificar os defeitos na arma, nos carregadores e nas munições;
5. Inserir a munição no carregador de forma incorreta (Sequência das ações 8).

ESCLARECIMENTO:

1. MAC (Municiar, Alimentar e Carregar a pistola):


a) Municiar: inserção das munições nos carregadores;
b) Alimentar: inserção do carregador municiado na pistola;
c) Carregar: inserção da munição na câmara.
72 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 108
NOME DO PROCESSO: USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Dispositivo Eletrônico de Controle (DEC) (POP 104).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Abordagem à pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) POP 201
Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei POP 203
Abordagem a veículo de passageiros sob fundada suspeita POP 207
Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei POP 206
Acompanhamento e cerco a veículo POP 402
Uso de algemas POP 102
Uso do espargidor de agente OC POP 103
Uso do bastão policial POP 105
Medidas iniciais de gerenciamento de crise e de negociação POP 605
Pessoa em atitude suspeita com as mãos livres e/ou
POP 108.01
objetos com baixa letalidade
Pessoa em atitude suspeita com instrumentos
contundentes que representem risco em potencial para o POP 108.02
PM
Pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei
POP 108.03
empunhando instrumento cortante/perfurante
Pessoa infratora da lei e/ou em atitude suspeita
POP 108.04
empunhando arma de fogo ou simulacro
Pessoa em atitude suspeita com as mãos escondidas ou
POP 108.05
de difícil visualização
Pessoa infratora da lei com arma de fogo na mão e de
POP 108.06
costas para guarnição
Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo e de
POP 108.07
costas para guarnição
Pessoa infratora da lei - de frente ou de lado - com arma
POP 108.08
de fogo no intuito de agredir ou em agressão atual
Ocorrência envolvendo crianças e/ou idosos em
POP 108.09
situações diversas
Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo em local
POP 108.10
com presença de público
Ocorrência envolvendo policial civil, policial federal,
policial militar, militares das Forças Armadas e outros
POP 108.11
profissionais ligados à Segurança Pública ou à segurança
privada
Pessoa infratora da lei com colete de proteção balística e
POP 108.12
disparando arma de fogo
Sequestrador (captor) armado ameaçando o sequestrado
POP 108.13
(refém)
Veículo em situação de fuga POP 108.14
Infratores da lei homiziados em corredores, janelas, POP 108.15
POP:Procedimento Operacional Padrão | 73

esquinas, muros e na parte externa de edificações

FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Desobediência. Art. 330 do Código Penal (CP). 442
Excludente de ilicitude. Art. 23 do CP. 437
Legítima defesa. Art. 25 do CP. 437
Art. 78 do Código Tributário Nacional
Poder de polícia. 447
(CTN).
Resistência. Art. 329 do CP. 442
74 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
Pessoa em atitude suspeita com as mãos livres e/ou
PROCEDIMENTO 108.01
objetos com baixa letalidade
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Percepção da pessoa em atitude suspeita com as mãos livres na altura da cintura,
ou acima da cabeça ou, ainda, portando nas mãos objetos que não representem
risco em potencial para o PM do tipo: máquina fotográfica, microfone, celular, bolsa,
entre outros.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em posição sul;
2. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa em atitude suspeita;
3. Identificar o objeto e as mãos da pessoa em atitude suspeita e determinar a
colocação do objeto com baixo ou nenhum potencial ofensivo ao solo;
4. Coldrear a arma de fogo após a colocação do objeto ao solo, o PM auxiliar; travar o
coldre e iniciar o procedimento de busca pessoal (Ações corretivas de 2 a 4);
5. Manter o armamento na posição sul durante a busca pessoal.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, promova a lei, trabalhando
estritamente dentro de seus limites;
5. Que a equipe em posse dos equipamentos: DEC (POP 104), espargidor de agente
OC (POP 103) e bastão policial (POP 105), faça uso de forma adequada e com isso
traga um resultado menos ofensivo à integridade física da pessoa em atitude
suspeita.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar a ação pertinente;
2. Caso a pessoa em atitude suspeita não seja cooperativa (resistência passiva),
manter a visualização e insistir na verbalização (Sequência das ações 4);
3. Caso a pessoa em atitude suspeita não cooperativa possua: compleição física bem
maior, habilidade em práticas de lutas, estado mental alterado (sob efeito de
tóxicos, alcoolizado e/ou alienado mental) ou, ainda, apresentar agressividade
contra os policiais militares, deverá o PM reavaliar o uso seletivo da força, podendo
utilizar outros meios de menor potencial ofensivo, como: DEC (POP 104),
espargidor OC (POP 103), bastão policial (POP 105) e, posteriormente, algemá-lo
(Sequência das ações 4);
4. Caso persista a não cooperação (resistência passiva) por parte da pessoa em
atitude suspeita, utilizar meios de menor potencial ofensivo e, posteriormente,
algemá-lo (Sequência das ações 4);
5. Caso haja coldreamento, travar o coldre, antes da mudança do uso da força.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 75

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal padrão;
3. Efetuar tiro de advertência ou de intimidação;
4. Não manter a distância de segurança recomendada para utilização dos meios de
menor potencial ofensivo.

ESCLARECIMENTO:

1. Posições do uso da arma de fogo:

1.1. Arma no coldre travado: permite a liberação das


mãos do policial para que faça a busca pessoal e o uso
de algemas com maior segurança em caso de luta
corporal; evitando, assim, a perda ou arrebatamento da
arma.

Imagem 1

1.2 Posição sul velada: posição similar à posição sul,


diferenciando apenas na cobertura da arma com a mão
fraca, com o intuito de torná-la menos ostensiva. Ideal
para ocorrências envolvendo crianças e idosos.

Imagem 2
76 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

1.3 Posição sul: posição considerada intermediária


entre a arma no coldre e uma posição mais
ostensiva, como a do pronto ou do pronto baixo.
Recomendada para abordagens cujo nível de
alerta é baixo. Caso o quadro da ocorrência
encaminhe para cooperação, ou evolua para não
cooperação, a posição sul propicia rápida
transição para as demais posições previstas.

Imagem 3

1.4 Posição pronto retido: posição ostensiva ideal


para adentramento em locais de edificação
externa e interna, cujos ambientes sejam curtos
e/ou estreitos e que necessite da retenção da
arma para evitar seu arrebatamento por parte do
agressor. Propicia o controle do cano em direção
ao risco. Evolui com muita facilidade para as
posições pronto, pronto baixo ou para o
recoldreamento.

Imagem 4
POP:Procedimento Operacional Padrão | 77

1.5 Posição pronto baixo: posição ostensiva


indicada para a visualização das mãos e a linha
de cintura da pessoa abordada. Proporciona
melhor percepção periférica do ambiente.
Utilizado também para progressão no terreno.

Imagem 5

1.6 Posição pronto (terceiro olho): posição


ostensiva ideal para resposta imediata à
agressão letal, iminente ou atual; ilegal e injusta
contra o policial.

Imagem 6
78 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

1.7 Barricada: todo anteparo que seja capaz de


proteger o policial contra disparos de armas de
fogo e outras situações de perigo, como: árvores,
postes, muros, meio fio, entre outros. Utilizá-la
mantendo a visualização e, simultaneamente, o
enquadramento terceiro olho com a mínima
exposição do policial.

Imagem 7
POP:Procedimento Operacional Padrão | 79

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.02 Pessoa em atitude suspeita com instrumentos
contundentes que representem risco em potencial para
o PM
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa em atitude suspeita portando instrumentos contundentes;
2. Visualização no ambiente de baixa luminosidade;
3. Manutenção da distância de segurança.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto baixo, abrigando e/ou reduzindo a silhueta;
2. Manter, o PM, a distância segura em relação ao suspeito;
3. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa em atitude suspeita;
4. Identificar o objeto em posse da pessoa em atitude suspeita e, em caso de
cooperação, determinar a colocação do objeto ao solo (Ações corretivas 3);
5. Coldrear a arma de fogo após a colocação do objeto ao solo, o PM auxiliar; travar o
coldre e iniciar o procedimento de busca pessoal (Ações corretivas 2 a 4);
6. Manter o armamento na posição pronto baixo durante a busca pessoal.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, promova a lei, trabalhando
estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração no quadro inicialmente apresentado, adotar a ação pertinente;
2. Caso a pessoa em atitude suspeita não seja cooperativa (resistência passiva),
manter a visualização e insistir na verbalização (Sequência das ações 5);
3. Caso a pessoa em atitude suspeita não cooperativa possua: compleição física bem
maior, habilidade em práticas de lutas, estado mental alterado (sob efeito de
tóxicos, alcoolizado e/ou alienado mental) ou, ainda, apresentar agressividade
contra os policiais militares, deverá o PM reavaliar o uso seletivo da força, podendo
utilizar outros meios de menor potencial ofensivo, como: DEC (POP 104),
espargidor OC (POP 103), bastão policial (POP 105) e, posteriormente, algemá-lo
(Sequência das ações 4 e 5);
4. Caso persista a não cooperação (resistência passiva) por parte da pessoa em
atitude suspeita, utilizar meios de menor potencial ofensivo e, posteriormente,
algemá-lo (Sequência das ações 5);
5. Caso haja coldreamento, travar o coldre, antes da mudança do uso da força.
80 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal;
3. Deixar de manter a distância de segurança do suspeito durante a abordagem;
4. Utilizar o espargidor OC antes do DEC, o que pode gerar queimaduras ao suspeito;
5. Efetuar disparo de advertência ou de intimidação.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 81

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.03 Pessoa em fundada suspeita ou infratora da lei
empunhando instrumento cortante/perfurante
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa infratora da lei, portando instrumento perfurante ou cortante
nas mãos ou na cintura;
2. Manutenção da distância de segurança;
3. Visualização no ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar a arma em pronto baixo;
2. Barricar sempre que possível para o início da abordagem;
3. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa infratora da lei;
4. Manter, o PM, distância segura em relação ao infrator;
5. Identificar o objeto e as mãos do infrator (Ação corretiva 2);
6. Agir contra a resistência passiva do infrator (Ação corretiva 3);
7. Agir contra a resistência ativa do infrator;
7.1 A guarnição equipada com DEC procederá conforme o POP 104 (Ação corretiva
4);
7.2 A guarnição não equipada com DEC:
a. priorizar o uso do espargidor de agente OC, quando o PM estiver barricado e a
uma distância segura em relação ao agressor (Esclarecimento 2 d);
b. recuar e verbalizar com o agressor para soltar o objeto quando o PM estiver
exposto e a uma distância segura; caso o infrator não cesse a prática, priorizar
alvejar os membros inferiores;
c. priorizar alvejar a região do tórax quando o PM estiver sem barricada e sem a
devida distância de segurança do agressor;
d. realizar conferência visual, após disparos (Esclarecimento 2 b).
8. Manter o apoio com o armamento em condições de defesa (arma em posição de
pronto ou pronto baixo), o PM responsável pela segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, promova a lei, trabalhando
estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar a ação pertinente;
2. Caso o infrator coopere, determinar a colocação do objeto ao solo, algemá-lo e
efetuar a busca pessoal (Sequência das ações 5);
3. Caso o infrator se mantenha com resistência passiva, insistir na visualização e na
verbalização (Sequência das ações 6);
4. Caso o DEC não tenha sido eficaz e o agressor continue no intento de agressão,
82 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

efetuar disparo com arma de fogo (Sequência das ações 7.1 e Possibilidade de
erro 6);
5. Caso a ocorrência seja em local com público, havendo necessidade de disparos
para contenção do infrator, tomar as devidas cautelas para preservar a integridade
de terceiros.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal;
3. Deixar de barricar ou reduzir silhueta, em situação de resistência ativa;
4. Efetuar disparo indevido quando houver resistência passiva, ou rendição com as
mãos para cima ou para baixo;
5. Deixar de disparar a arma de fogo havendo esboço de agressão letal, injusta e
iminente do infrator a curta distância;
6. Efetuar disparo com arma letal, simultaneamente, com o disparo do DEC (Ação
corretiva 4);
7. Efetuar tiro de advertência ou de intimidação;
8. Exceder nos disparos, uma vez contida a agressão do infrator;
9. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos.

ESCLARECIMENTOS:

1. Quadros do uso escalonado da força policial


a) Uso seletivo da força:

Fonte: Secretaria Nacional de Segurança Pública.

b) O uso seletivo da força também pode ser analisado da seguinte forma:


Percepção do policial quanto ao agressor Grau Ações de resposta do policial
Intimidação 01 Presença visual
Submissão 02 Controle verbal
Resistência passiva 03 Controle de contato
Resistência ativa 04 Controle físico
Agressão física menos que letal 05 Tática defensiva menos letal
Agressão física letal 06 Uso da força letal
Fonte: Universidad de Illinois, Federal Bureau of Investigation - FBI, United States of America - USA. Referência: Manual
Tiro defensivo na preservação da vida Método Giraldi M-19 PMESP e Uso escalonado da força policial FBI - USA.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 83

2. Outros esclarecimentos:
a) tiro duplo: consiste em dois disparos defensivos em curto espaço de tempo
realizado pelo policial em situação de legítima defesa própria ou de terceiros. Sob o
aspecto de poder de parada dos projéteis, o efeito dos dois disparos realizados
num curto espaço de tempo e a uma distância aproximada entre ambos,
potencializa substancialmente a capacidade de defesa do calibre utilizado, agindo
em benefício da atividade policial. Também, ao realizar dois disparos, aumenta-se
a possibilidade de acerto em relação a apenas um disparo;
b) conferência visual após os disparos: procedimento considerado fundamental a
ser realizado pelo policial que, na necessidade da realização dos disparos, deverá
imediatamente manter a arma em posição pronto baixo, no intuito de visualizar o
agressor, pois além de estar em estado de alerta, poderá existir a necessidade de
realizar outros disparos por motivos diversos, tais como: ter errado os tiros;
alvejado local de baixa eficiência; estar o agressor sob efeito de substâncias
tóxicas, aumentado sua resistência aos disparos e o intuito de agressão; estar o
agressor utilizando colete de proteção balística no local em que fora atingido entre
outros;
c) controle do cano e dedo fora do gatilho: em todas as posições previstas para o
uso do armamento (posição sul velada, posição sul, pronto retido, pronto baixo e
pronto), o policial deverá ter o controle do direcionamento do cano e dedo fora do
gatilho, pois não sendo o momento do disparo, não se justificará disparos
precipitados ou acidentais durante uma ocorrência;
d) varredura: consiste em promover a conferência de todos os ambientes suspeitos e
de risco, tornando-os seguros para a progressão;
e) angulação: é o ato de realizar a visualização paulatina (angulada) com o
armamento em condições de pronta resposta à agressão letal, evitando-se a
exposição desnecessária do corpo;
f) fatiamento: é o ato de promover varredura do ambiente suspeito e de risco,
utilizando-se da técnica de angulação e de fragmentação progressiva, realizando a
visualização completa do local;
g) progressão: é o ato avançar taticamente com segurança em ambiente hostil,
observando a necessidade de se aplicar a disciplina de luz e som, assim como o
tempo de deslocamento, o posicionamento e a distribuição dos policiais na área;
h) redução de silhueta: consiste na diminuição da exposição da silhueta do policial
mantendo uma postura diminuída em relação à posição habitual e deixando-o
menos vulnerável a uma agressão, bem como em condições de evoluir para uma
progressão tática;
i) verbalização policial: consiste em realizar a comunicação verbal do policial para
com o abordado, sempre que for possível e seguro, para o controle da situação;
j) visualização policial: consiste no PM realizar a identificação visual durante a
abordagem em ambiente de suspeição e de risco, bem como averiguar e identificar
o abordado, dando atenção especial à visualização e ao controle das mãos;
k) simulacro: objeto que tenha característica e aparência com uma arma de fogo.
84 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.04 Pessoa infratora da lei e/ou em atitude suspeita
empunhando arma de fogo ou simulacro
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa infratora da lei ou em atitude suspeita, de frente ou de lado
com as mãos acima ou abaixo da linha da cintura, empunhando arma de fogo ou
simulacro e na iminência de agressão;
2. Percepção de um indivíduo em estado de legítima defesa;
3. Visualização no ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar com a arma em pronto, independente de o infrator portar a arma acima
ou abaixo da linha da cintura;
2. Barricar e/ou reduzir silhueta, sempre que possível, para o início da abordagem;
3. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa infratora da lei ou em atitude
suspeita;
4. Constatar se o objeto se trata de arma de fogo ou não;
5. Determinar ao infrator que coloque a arma ao solo com o devido controle do cano
para fora da linha tiro do PM que o aborda;
6. Iniciar os procedimentos de imobilização com algema (POP 102) e a busca pessoal
(Ação corretiva 2) havendo colaboração;
7. Responder o PM, imediatamente, com disparos duplos, no caso de resistência;
8. Realizar conferência visual, após disparos, certificando-se que cessou a agressão;
9. Manter o PM responsável pela segurança, o apoio com o armamento em condições
de defesa (arma na posição pronto).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar a ação pertinente;
2. Caso o infrator coopere, o PM deverá manter seu armamento em posição de pronto
baixo (Sequência das ações 6);
3. Caso constate simulacro de arma de fogo em posse do infrator, utilizar a força
compatível com os meios de menor potencial ofensivo;
4. Caso o PM coloque a arma no coldre, deverá travá-lo antes da transição do uso da
força.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal;
3. Deixar de barricar ou de reduzir silhueta em situação de resistência;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 85

4. Realizar disparo quando houver rendição com as mãos para cima ou para baixo;
5. Deixar de disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal, injusta e
iminente por parte do infrator;
6. Não algemar e não fazer a busca pessoal no infrator, quando da rendição
cooperativa;
7. Exceder nos disparos, uma vez contida a agressão do infrator;
8. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos.
86 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO Pessoa em atitude suspeita com as mãos escondidas ou
108.05 de difícil visualização
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa em atitude suspeita com as mãos escondidas ou de difícil
visualização: dentro dos bolsos, atrás de balcão, dentro de bolsas, entre outros;
2. Visualização no ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto baixo, barricar ou reduzir silhueta;
2. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa em atitude suspeita;
3. Determinar mãos a mostra e a saída do local de baixa visibilidade em caso de
cooperação da pessoa suspeita; em seguida, iniciar o procedimento de busca
pessoal (POP 201.03);
4. Manter a arma na posição pronto baixo, barricado ou com redução de silhueta,
quando houver resistência por parte do suspeito;
5. Angular e posicionar em segurança para a visualização das mãos (Ações
corretivas 3 e 4);
6. Manter o armamento em posição de pronto, o PM responsável pela segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso mantenha a resistência passiva (não cooperativo) manter a visualização e
insistir verbalização com a pessoa infratora da lei;
3. Caso o suspeito esteja homiziado ou ainda a ocorrência evolua para uma crise,
solicitar apoio policial (Sequência das ações 5);
4. Caso seja inseguro o processo de angulação para visualização das mãos, solicitar
apoio para promover o cerco policial (Sequência das ações 5).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal;
3. Deixar de barricar ou de reduzir silhueta, em situação de resistência;
4. Deixar de angular e de posicionar a uma distância segura, para a visualização das
mãos;
5. Realizar disparo quando houver resistência passiva ou em caso de rendição com
as mãos para cima ou para baixo;
6. Deixar de disparar arma de fogo havendo esboço de agressão letal, injusta e
iminente por parte do infrator;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 87

7. Não verificar as mãos da pessoa em atitude suspeita antes da aproximação;


8. Exceder nos disparos, uma vez contida a agressão do infrator;
9. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos.
88 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.06 Pessoa infratora da lei com arma de fogo na mão e de
costas para a guarnição
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção da pessoa infratora da lei estando em local público com transeuntes;
2. Impossibilidade de utilização de barricadas ou ausência das mesmas;
3. Visualização do infrator estando este em fuga.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto, barricado e/ou redução de silhueta;
2. Manter a visualização e verbalizar com a pessoa infratora da lei;
3. Certificar que o infrator esteja parado e determinar a colocação da arma ao solo,
com o devido controle do cano para fora da linha tiro dos policiais e determinar que
se deite no chão distante da arma de fogo;
4. Aguardar que o infrator da lei coloque a arma de fogo ao solo e se deite, em
seguida o PM auxiliar deverá coldrear sua arma e travar o coldre a fim de proceder
ao algemamento e efetuar a busca pessoal (POP 202 e Ação corretiva 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso o infrator não coopere, manter a proteção por barricada e a verbalização;
3. Caso haja situação de fuga, determinar que o infrator pare, coloque a arma ao solo
e se deite no chão. Manter a visualização do infrator e não atirar pelas costas.
Informar ao SIOP/ COPOM as características do indivíduo que fugiu, solicitando
apoio e promovendo o cerco policial (Sequência das ações 4);
4. Caso o infrator esboce agressão letal contra a guarnição ou terceiros, estando ou
não de costas, será dada resposta imediata com arma de fogo, devendo o policial
continuar barricado e/ou com redução de silhueta;
5. Caso se tratar de constatação de simulacro de arma de fogo utilizar a força
compatível com meios de menor potencial ofensivo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem, à busca pessoal e ao algemamento;
3. Deixar de barricar ou de reduzir silhueta em situação de resistência ativa;
4. Deixar de disparar arma de fogo, havendo esboço de agressão letal do infrator;
5. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos;
6. Deixar de solicitar apoio e cerco policial em caso de fuga;
7. Efetuar tiro de advertência ou de intimidação.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 89

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.07 Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo e de
costas para a guarnição
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Disparo de arma de fogo pelo infrator contra os policiais e/ou transeuntes;
2. Visualização do infrator estando este em fuga;
3. Impossibilidade de utilização de barricadas ou ausência das mesmas;
4. Visualização no ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto, barricado ou com redução de silhueta;
2. Manter a visualização, respondendo imediatamente com disparo de arma de fogo
em tiro duplo contra o infrator;
3. Realizar conferência visual após os disparos, certificando-se que a agressão
cessou.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso, na presença de público, haja situação de fuga com agressão armada, não
atirar; barricar e determinar que o infrator pare e coloque a arma ao solo. Insistir na
visualização e verbalização; solicitar apoio, repassando as características do
infrator.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial;
2. Deixar de proceder à abordagem e à busca pessoal;
3. Efetuar disparo de arma de fogo contra o infrator, colocando em risco a vida dos
transeuntes.
90 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.08 Pessoa infratora da lei de frente ou de lado com arma
de fogo no intuito ou em agressão atual
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Disparo de arma de fogo pelo infrator contra os policiais e/ou transeuntes;
2. Visualização do infrator estando este em fuga;
3. Impossibilidade de utilização de barricadas ou ausência das mesmas;
4. Visualização no ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto, barricado e/ou redução de silhueta;
2. Manter a visualização, com resposta imediata com arma de fogo, priorizando a
região do tórax no caso de agressão iminente ou atual;
3. Realizar conferência visual após disparos, certificando-se que cessou a agressão;
4. Providenciar socorro, se necessário.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
2. Deixar de disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal, injusta e
iminente do infrator;
3. Deixar de utilizar força letal em legítima defesa;
4. Exceder nos disparos, uma vez contida a agressão do infrator.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 91

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.09 Ocorrência envolvendo crianças e/ou idosos em
situações diversas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Percepção de crianças ou de idosos envolvidos em infrações penais;
2. Abordagem segura respeitando os princípios legais específicos às crianças e aos
idosos;
3. Observância da opinião pública quanto ao trato policial diante de crianças e de
idosos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em posição sul velada;
2. Manter a visualização e verbalizar;
3. Abordar com segurança, observando as exigências de cada situação, inclusive com
a realização da busca pessoal.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar o PM de realizar a verbalização ou proceder de forma inadequada;
2. Deixar o PM de usar os meios moderados para contenção da agressão injusta e
iminente;
3. Negligenciar na segurança durante a abordagem e, especificamente, na busca
pessoal;
4. Não insistir na verbalização.
92 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.10 Pessoa infratora da lei disparando arma de fogo em
local com presença de público
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Disparo de arma de fogo pelo infrator contra os policiais militares e/ou transeuntes;
2. Visualização do infrator estando esse em fuga;
3. Tentativa de suicídio por parte do infrator;
4. Impossibilidade de utilização de barricadas ou de ausência das mesmas;
5. Tomada de refém pelo infrator.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar com o armamento em pronto baixo;
2. Barricar ou reduzir a silhueta;
3. Manter a visualização e verbalizar com o infrator;
4. Determinar ao infrator que coloque a arma ao solo, com o devido controle do cano
para fora da linha de tiro do PM e se deite no chão distante da arma de fogo;
5. Aguardar que o infrator da lei coloque a arma de fogo ao solo e se deite, em
seguida o PM auxiliar deverá coldrear sua arma e travar o coldre a fim de proceder
ao algemamento e efetuar a busca pessoal (POP 202).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites;
5. Que se evite disparar arma de fogo em público, para segurança dos transeuntes.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso uma pessoa seja alvejada, providenciar socorro.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Alvejar pessoas inocentes;
2. Deixar o PM de realizar a verbalização ou proceder de forma inadequada.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 93

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.11 Ocorrência envolvendo policial civil, policial federal,
policial militar, militares das Forças Armadas e outros
profissionais ligados à Segurança Pública ou à
segurança privada
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Abordagem do profissional;
2. Identificação do profissional;
3. Constatação de conflito e de intransigência por parte do profissional abordado;
4. Confirmação de se tratar de falso profissional de segurança;
5. Confirmação de se tratar de profissional de segurança em atitude ilícita.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar com o armamento em posição sul, barricado e/ou redução de silhueta;
2. Manter a visualização e verbalizar com o profissional;
3. Determinar a arma no coldre, na cintura ou no chão, conforme a situação
apresentada (Ação corretiva 2);
4. Identificar o profissional, valendo-se das características pessoais e da instituição a
que pertence;
5. Buscar informações a respeito da ocorrência em andamento, por meio do
profissional e/ou SIOP/COPOM; assim como tomar providências, manter o nível de
alerta elevado e priorizar a segurança; realizando busca pessoal caso necessário;
6. Informar ao superior imediato, solicitando sua presença se necessário.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que se priorize a preservação da vida e, em seguida, a aplicação da lei,
trabalhando estritamente dentro de seus limites;
4. Que ocorra a identificação, abordagem correta e segura do profissional na
ocorrência;
5. Que o tratamento seja ético e respeitoso com o profissional envolvido na
ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso se trate de falso policial ou de profissional em conduta criminosa, determinar
ao infrator que coloque a arma ao solo, com o devido controle de cano para fora da
linha de tiro do PM e se deite no chão distante da arma de fogo. Realizada a
determinação, o PM auxiliar deverá coldrear sua arma e travar o coldre a fim de
proceder ao algemamento e efetuar a busca pessoal (POP 202 e Sequência das
ações 3);
3. Caso haja dúvidas quanto à identificação do agente de Segurança Pública ou de
militar das Forças Armadas, entrar em contato com os órgãos competentes para
confirmar os dados fornecidos.
94 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não proceder à devida visualização e à identificação do envolvido;
2. Envolver conflitos institucionais durante a abordagem;
3. Não executar corretamente o uso seletivo da força policial.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 95

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.12 Pessoa infratora da lei com colete de proteção balística
e disparando arma de fogo
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha da região a ser alvejada pelos disparos com arma de fogo;
2. Conferência da eficácia dos disparos;
3. Impossibilidade de utilização de barricadas ou ausência das mesmas;
4. Visualização em ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o armamento em pronto, barricado e/ou redução de silhueta;
2. Priorizar os disparos na região exposta (Ação corretiva 2);
3. Realizar conferência visual, após disparos (Ação corretiva 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de transeuntes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que haja resposta eficiente do PM, mesmo quando o agressor estiver utilizando o
colete balístico.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso o agressor esteja utilizando colete não perceptível, priorizar a região do tórax
(Sequência das ações 2);
3. Caso o PM não tenha sucesso nos disparos, efetuar novos disparos em outra
região exposta do infrator (Sequência das ações 3).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar o PM de disparar a arma de fogo, havendo esboço de agressão letal, injusta
e iminente por parte do infrator;
2. Exceder nos disparos, uma vez contida a agressão do infrator;
3. Deixar de realizar a conferência visual após os disparos.
96 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.13 Sequestrador (captor) armado ameaçando o
sequestrado (refém)
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Medidas iniciais de gerenciamento de crise e negociação (POP 605);
2. Contenção da crise no ambiente específico;
3. Liberação do refém ou da vítima;
4. Infrator realizando disparos contra o refém, contra a vítima ou contra o policial
militar.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar, após barricado e/ou reduzindo a silhueta, o armamento em posição sul;
2. Manter a visualização e verbalizar;
3. Determinar a colocação da arma ao solo, com o devido controle do cano para fora
da linha de tiro do PM, quando se tratar de arma de fogo;
4. Priorizar a libertação do refém com sua saída do local de risco; saída do infrator
com as mãos para cima; realizar algemamento e busca pessoal no infrator e
demais envolvidos, bem como varredura no local (Ações corretivas 2 e 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de transeuntes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso haja resistência, manter a visualização e a verbalização, aplicando o POP
605 (Sequência das ações 4);
3. Caso a vítima seja libertada ou escape e o infrator atente contra a vida dos policiais
e/ou de terceiros, poderão ser efetuados disparos contra o agressor (Sequência
das ações 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar o PM de realizar a visualização e a verbalização ou procedê-las de forma
inadequada;
2. Precipitar no uso da força letal;
3. Aumentar o estresse do infrator, levando-o a aumentar o grau de violência;
4. Não observar o processo de medidas iniciais de gerenciamento de crise e
negociação (POP 605), assumindo para si os riscos sem, contudo, ter condições
técnicas de pessoal ou material para o sucesso do intento.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 97

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.14 Veículo em situação de fuga
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Fuga de veículo;
2. Trânsito intenso de veículos e de pedestres;
3. Visualização em ambiente de baixa luminosidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Embarcar na viatura e posicionar o armamento em pronto baixo;
2. Manter a visualização no veículo em fuga e acionar luz intermitente e sinais
sonoros;
3. Acionar o SIOP/COPOM, passando informações das características do veículo e do
condutor, bem como da localidade e da natureza da suspeição, iniciando o
acompanhamento e o cerco policial conforme POP 402 (Ação corretiva 2);
4. Sinalizar para o condutor parar o veículo (Ação corretiva 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de transeuntes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora;
4. Que se evitem acidentes e infrações de trânsito previstos no Código de Trânsito
Brasileiro (CTB) durante a abordagem aos ocupantes do veículo em fuga;
5. Que se evitem danos pessoais e materiais durante o acompanhamento da
ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso haja resistência ativa, como agressões com disparos de arma de fogo, adotar
medidas prudentes e eficazes de preservação da integridade física própria e de
terceiros, priorizando e valendo-se ainda do uso seletivo da força e se for o caso,
abortar a ação (Sequência das ações 3);
3. Caso ocorra resistência ativa de agressão com disparos de arma de fogo, abrigar-
se, e, havendo segurança aos transeuntes, evoluir a força e os meios necessários
para a contenção da agressão de acordo com os princípios do uso seletivo da força
(Sequência das ações 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Precipitar-se no uso da força letal, principalmente, em locais com concentração de
veículos e de pessoas;
2. Deixar de realizar o acompanhamento e o cerco policial;
3. Efetuar tiro de advertência ou de intimidação;
4. Perder contato visual com o veículo suspeito.
98 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO I USO DA FORÇA POLICIAL
PROCESSO 108 USO SELETIVO DA FORÇA POLICIAL
PROCEDIMENTO 108.15 Infratores da lei homiziados em corredores, janelas,
esquinas, muros e na parte externa de edificações
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Manutenção da segurança durante a verificação dos ambientes;
2. Presença de riscos alheios à ocorrência;
3. Inferioridade de efetivo e de meios em relação aos infratores da lei;
4. Impossibilidade de utilização de barricadas ou ausência das mesmas;
5. Tempo de resposta do apoio;
6. Visualização em ambiente de difícil acesso, baixa luminosidade ou visibilidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Deslocar com a arma em pronto baixo, pronto retido ou em pronto, de acordo com
cada situação;
2. Progredir com cobertura policial e demais procedimentos de segurança;
3. Realizar angulação ao fazer a varredura em janelas, em muros, em esquinas e em
cantos de parede, reduzindo-se ao máximo a silhueta;
4. Determinar aos infratores que saiam com mãos para cima, caso estejam no interior
da edificação. O PM não deverá entrar, mas se proteger e verbalizar (Ações
corretivas 2 e 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a conduta do policial seja segura e legal, a fim de resguardar sua integridade;
2. Que se garanta a vida, a integridade física e moral das vítimas e de pessoas
inocentes;
3. Que garanta, sempre que possível, a vida do agressor, usando a força estritamente
necessária para a contenção da ação agressora.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, adotar ação pertinente;
2. Caso não ocorra cooperação dos infratores da lei, solicitar apoio policial
(Sequência das ações 4);
3. Caso haja necessidade de adentrar aos ambientes edificados, solicitar apoio
policial (Sequência das ações 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar o PM de realizar a verbalização ou proceder de forma inadequada;
2. Deixar de se abrigar ou de reduzir silhueta;
3. Precipitar no adentramento nas edificações;
4. Efetuar tiro de advertência ou de intimidação;
5. Deixar de solicitar apoio policial.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 99

MODULO II – ABORDAGENS POLICIAIS


100 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 201
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À PESSOA(S) EM ATITUDE(S) SUSPEITA(S)
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte Individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s)
POP 201.01
suspeita(s)
Abordagem à pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) POP 201.02
Busca pessoal POP 201.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Desacato. Art. 331 do Código Penal. -
442
Deslocamento para o local da Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito
448
ocorrência. Brasileiro (CTB).
Desobediência. Art. 330 do CP. -
442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Recusa de dados sobre a própria Art. 68 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
466
identidade ou qualificação. Contravenções Penais (LCP).
Resistência. Art. 329 do CP. -
442
POP:Procedimento Operacional Padrão | 101

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MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 201 ABORDAGEM À PESSOA(S) EM ATITUDE(S)
SUSPEITA(S)
PROCEDIMENTO 201.01 Localização da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s)
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s);
2. Análise das condições de segurança do local.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar visualmente a(s) pessoa(s) que se encontre(m) em atitude(s) suspeita(s)
ou em local que desperte suspeição sob o aspecto da segurança pública,
observando os princípios da abordagem (Esclarecimentos 1 e 2);
2. Observar se o local possui grande circulação de pessoas, para que não haja riscos
a terceiros;
3. Verificar se a iluminação do local é adequada;
4. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam
acompanhando a(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) ou dando-lhe(s) cobertura
a distância.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja procedida à identificação da(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s);
2. Que seja feita a análise adequada do ambiente, a fim de que a abordagem seja
realizada no melhor domínio possível dos fatores de risco, próprios da atividade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o local não seja adequado para a abordagem, evitar fazê-la, até que seja
possível uma ação com segurança;
2. Caso seja constatada superioridade numérica, solicitar apoio.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar a(s) pessoa(s) que esteja(m) em atitude(s) suspeita(s);
2. Escolher local impróprio para a abordagem.

ESCLARECIMENTOS:

1. Atitude suspeita: todo comportamento anormal para o horário e o ambiente


considerado, praticado por pessoa com a finalidade de encobrir ação ou intenção de
prática delituosa. Alguns exemplos:
a) transeuntes:
 mudar repentinamente de comportamento e/ou de direção; parar em casas batendo
palmas ou fingir chamar alguém; adentrar ao primeiro portão aberto que
encontrarem;
 uso inadequado de vestimentas para determinados ambientes e temperaturas;
 casais abraçados com comportamento suspeito;
 homens portando bolsas de mulher;
 tatuagens típicas de cadeias e outros aspectos físicos (sangramentos, marcas de
tiro, roupas sujas, lesões que possam indicar escaladas em muros ou
rastejamentos);
102 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

 volumes na cintura, nos tornozelos e nos objetos que portem (pochete, jornal,
revista, embrulho);
 pessoas que olhem a viatura por trás após a passagem dela ou evadem ao avistá-
la;
 pessoas que ajeitam algo na cintura;
 pequenos volumes dispensados quando a viatura está se aproximando;
 pessoas reunidas em pontos comerciais próximo ao horário de fechamento;

Observação: sempre observar as mãos dos suspeitos, principalmente, quando a


guarnição estiver se aproximando, pois é com as mãos que eles podem reagir ou
dispensar algum objeto ou instrumento de crime.

b) veículos:
 placas velhas em veículos novos;
 veículos sem placas, sem lacre ou este violado;
 veículos novos em péssimo estado de conservação;
 arrancadas bruscas;
 excesso de velocidade e outras infrações de natureza grave ou gravíssima;
 faróis apagados à noite;
 casal no banco traseiro do veículo e o banco do passageiro vazio, não sendo táxi;
 homem conduzindo e um ou mais homens no banco de traseiro;
 condutores que sinalizem com os faróis altos ao cruzar com a viatura;
 táxi com passageiro e luminoso acesso;
 táxi com casal de passageiros em que a mulher vai ao banco de passageiros
dianteiro e o homem atrás;
 veículos à frente da viatura que fazem uso constante de freios (luz de freio), sem
necessidade aparente;
 veículo com um passageiro apenas o qual está sentado atrás do motorista;
 pessoa com dificuldade de conduzir o veículo;
 em ônibus, atitudes suspeitas de pessoas próximas ao cobrador e ao motorista;
 condutor ou ocupantes de um veículo que olha(m) firmemente para frente na
condição de rigidez, evitando olhar para os lados, para o policial ou para a viatura.
c) estabelecimentos comerciais e bancários:
 veículos mal estacionados, com as portas abertas; indivíduo montado em
motocicleta estacionada; pessoas paradas à entrada do estabelecimento ou do
outro lado da via pública; pessoas que saem correndo de dentro do
estabelecimento, gritos e estampidos vindos do interior do local;
 condutor que mantém seu veículo parado e em funcionamento defronte a
estabelecimentos, demonstrando agitação, nervosismo, ansiedade;
 estabelecimentos vazios (especialmente à noite), quando ainda em funcionamento;
 portas abaixadas parcial ou totalmente em horário comercial;
 pessoas carregando objetos, principalmente de madrugada;
 pessoas no caixa e outras aguardando em veículos;
 pessoas próximas ao vigia do estabelecimento;
 os vigias do banco com os coldres vazios ou todos juntos em um dos cantos do
local;
Observação: em caso de averiguação, nunca parar a viatura em frente ao
estabelecimento, pois se deve evitar deixar a guarnição sem abrigo. Parar à distância
de uma quadra, anterior ou posterior ao local, para averiguações. E ao passar pelo
POP:Procedimento Operacional Padrão | 103

estabelecimento, observar o local onde fica o caixa e o fundo do estabelecimento


(balcões, portas, entradas), atentando para atitudes e para expressões das pessoas.

d) caixas eletrônicos:
 número excessivo de pessoas em seu interior;
 os mesmos procedimentos referentes aos estabelecimentos.
e) residências:
 veículos parados de forma suspeita (mal estacionados, com portas abertas,
condutor aguardando no volante);
 portões e portas abertas;
 pessoas carregando objetos para dentro e para fora de casa em direção a veículos
nas proximidades;
 gritos e outros sons suspeitos vindos de dentro da casa;
 pessoas paradas na entrada da casa ou próximas a ela.

2. Princípios da abordagem (SSRAU):


a) Segurança – é o conjunto de medidas de precaução adotadas com a finalidade de
diminuir os riscos da ação policial;
b) Surpresa – é a ação de surpreender determinada(s) pessoa(s) no intuito de diminuir
ou impossibilitar sua reação;
c) Rapidez – é a agilidade com que a ação policial é desencadeada e executada de
acordo com a necessidade da ocorrência;
d) Ação vigorosa – é a atitude firme, clara e objetiva com que os policiais militares
desenvolvem a ação policial;
e) Unidade de comando – princípio que determina que os subordinados de uma ação
policial se reportem apenas a um superior, o qual é diretamente responsável pelo
comando da ação e ordens emitidas.
104 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 201 ABORDAGEM À PESSOA(S) EM ATITUDE(S)
SUSPEITA(S)
PROCEDIMENTO 201.02 Abordagem à pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s)
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Verbalização;
2. Aproximação à(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar de forma adequada, com no mínimo dois policiais, sendo um na posição
de segurança e verbalização (comandante da guarnição) e outro na posição de
aproximação e busca pessoal (Ação corretiva 1);
2. Verificar as condições de segurança do ambiente antes de aproximar da(s)
pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s);
3. Manter uma distância de segurança, não devendo exceder 5 (cinco) metros;
4. Empunhar as armas em posição sul;
5. Verbalizar por meio de comando de voz firme, alto e claro: “Polícia! Parado(s)!”
(Ações corretivas 3 a 5; Esclarecimento 1);
6. Adotar o uso seletivo da força, tendo como referência inicial a continuidade da
posição sul (Ação corretiva 2 e POP 108);
7. Determinar de forma simples e clara que o(s) abordado(s) se dirija(m) à área de
segurança, onde será realizada a busca pessoal, reduzindo ao máximo o potencial
de reação ofensiva (Ação corretiva 5);
8. Posicionar a um ângulo aproximado de 90° (noventa) graus em relação ao policial
responsável pela busca pessoal, quando houver apenas 1 (um) abordado. Caso a
guarnição aborde mais de 1 (uma) pessoa, o comandante posicionar-se-á
aproximadamente 45° (quarenta e cinco) graus;
9. Manter distância de aproximadamente 2 (dois) metros, evitando ter o outro
componente da guarnição em sua linha de tiro, observando atentamente as
pessoas envolvidas durante toda abordagem;
10. Determinar ao(s) abordado(s): “Mãos na cabeça, fique(m) de costas para mim,
entrelace(m) os dedos, afaste(m) as pernas e olhe(m) para frente”;
11. Realizar a busca pessoal, o policial responsável (Ação corretiva 7 e POP 201.3);
12. Durante a busca, somente a guarnição se movimenta para permitir melhor
angulação da segurança da equipe;
13. Olhar para a(s) pessoa(s) abordada(s), chamando sempre a atenção, quando
desviar(em) seu(s) olhar(es), não perdendo a vigilância sobre as mãos e a linha
da cintura do(s) abordado(s), bem como, das imediações da área de segurança.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ação policial seja respeitosa, segura e eficaz;
2. Que toda(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s), seja(m) abordada(s) sob os
parâmetros da segurança pública.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja o terceiro componente na guarnição (auxiliar), a busca pessoal caberá a
esse, ficando o comandante na segurança e o motorista na segurança geral
(Imagens 6 e 7);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 105

2. Caso haja alteração do quadro inicialmente apresentado, o policial deve adotar o


uso seletivo da força (Sequência das ações 6);
3. Caso a(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) demore(em) a responder ou acatar
as determinações, mas não estiver(em) esboçando resistência, considerar a
possibilidade de ter(em) necessidade(s) especial(is). Tão logo venha a constatação,
permanecer atento, não descuidando da segurança, respeitando as limitações
observadas e sinalizar com as mãos a intenção da determinação (Sequência das
ações 5 e Esclarecimento 1);
4. Caso o(s) abordado(s) tenha(m) necessidade especial auditiva, o policial
responsável pela busca pessoal deverá coldrear sua arma, para que suas mãos
fiquem livres no intuito de gesticular e de estabelecer uma comunicação; mantendo
o policial comandante da guarnição como segurança (Sequência das ações 5 e
Esclarecimento 1);
5. Caso haja desobediência na verbalização por parte da(s) pessoa(s) abordada(s),
insistir na determinação (Sequências das ações 5 e 7);
6. Caso haja parede (ou similar) em que o abordado possa ser submetido à busca
pessoal, a determinação será: “Fique(m) de costas para mim, coloque(m) as
mãos na parede, abra(m) os braços, afaste(m) as pernas e olhe(m) para
frente”;
7. Caso o policial, durante a busca pessoal, entrar na linha de tiro do policial
segurança, este deve se reposicionar, corrigindo a angulação (Sequência das
ações 11);
8. Caso algum abordado empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo do outro
abordado determina que ele se deite no chão, procedendo de acordo POP 108;
enquanto o outro policial faz a segurança e informa ao SIOP/COPOM, passando as
características do indivíduo que fugiu, para que as guarnições mais próximas façam
a aproximação do local, a fim de patrulhar a área na intenção de localizá-lo;
9. Caso a abordagem seja a homossexual, a travesti ou a transexual, evitar ler o
nome de registro na carteira de identidade em voz alta. Tratar a pessoa pelo nome
por ela escolhido, tomando nota do seu nome de registro e nome apresentado.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte do outro
policial;
2. Deixar de cumprir as regras de segurança nas ações (linha de tiro);
3. Utilizar desnecessariamente a força, agredindo verbal e/ou fisicamente as pessoas
abordadas;
4. Não perceber que o(s) abordado(s) não cumpre(m) as determinações por ter(em)
necessidade especial auditiva (Esclarecimento 1);
5. Realizar ação policial de forma descoordenada;
6. Apontar a arma indevidamente para a pessoa a ser abordada;
7. Não proceder conforme ao uso seletivo da força (POP 108).

ESCLARECIMENTO:

1. Métodos para comunicação com a pessoa surda: para as determinações


proferidas durante a abordagem, é essencial que o policial tenha noções de
comunicação pela linguagem visual-gestual, para transmitir sua mensagem ao
deficiente auditivo.
106 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Passos a serem seguidos na verbalização utilizando sinais, classificadores e


configurações:

Você é surdo?

Configuração em “d”, apontar do ouvido em


direção à boca, sempre com expressão
interrogativa.

Polícia! Parado(s)!

Polícia!: Mão simulando uma medalha ao


lado esquerdo do peito.
Parado!: Mão aberta à frente com a palma
da mão virada para o abordado.

Solicitar que o abordado fique calmo, pois neste momento será realizada uma
busca pessoal no mesmo:
Mantenha calma:

Com as duas mãos abertas, espalmadas


para baixo, juntas, fará gestos de abertura de
forma bem lenta.

Agora:

As duas mãos abertas, espalmadas para


cima, fará gestos como se estivesse
fechando e abrindo.

Será realizado busca pessoal:

Configuração em “v” saindo dos olhos do


policial em direção ao abordado,
gesticulando de cima para baixo, como se
estivesse passando pelo corpo do abordado.

Solicitar que o abordado faça os mesmos gestos que o policial fizer, para se
posicionar na abordagem.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 107

Faz:

As duas mãos fechadas, tocando as unhas


dos dedos polegares.

Igual:

As duas mãos em configuração em “u”,


movimentando os dedos indicadores e
médios.

“Mãos na nuca, fique de costas para mim, entrelace os dedos, afaste as pernas e
olhe para frente”.
Entrelace os dedos e coloque as mãos na nuca:
Entrelaçar os dedos com as mãos voltadas para o abordado e, em seguida, colocá-las
na nuca, demonstrando o ato.
Afastar as pernas:
Afastar as pernas demonstrando o ato a ser seguido.
Virar-se:
Configuração em “d” para baixo fazendo apenas um giro.
Quando o abordado cumprir as determinações repassadas pelo policial,
possivelmente tentará continuar mantendo contato visual; olhando levemente
para trás. Neste caso, o policial deve se manter a retaguarda e em seu campo
visual, com os dedos configurados em “v” apontando para os próprios olhos e
depois apontando com dedo indicador para frente (determinação de olhar para
frente), para em seguida iniciar a busca pessoal.
Após a busca pessoal, o policial deve dar leves toques nas costas do abordado
solicitando que ele fique de frente (virar-se).
Virar-se:
Configuração em “d” para baixo fazendo apenas um giro.
Solicitar a documentação pessoal:

Posicionar uma mão com a palma aberta e a


outra com o polegar pressionando.

Após entregar a documentação pessoal, solicitar ao abordado para que faça


igual, novamente, mostrando que o mesmo deve ficar com as mãos para trás.
Mãos para trás:
Coloque as mãos fechadas para trás demonstrando o ato.
Entregar a documentação e agradecer.
Obrigado!:
Mãos na cabeça, sendo uma no centro da testa e a outra no queixo, gesticulando-as
para baixo.
108 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Pode ir!:
Configuração em “d” gesticulando de baixo
para cima.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 109

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: abordagem com dois policiais (desembarque).

Imagem 2: abordagem com dois policiais (desembarque).


110 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: posição dos abordados com as mãos na cabeça e dedos entrelaçados.

Imagem 4: posicionamento do motorista.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 111

Imagem 5: busca pessoal.

Imagem 6: abordagem com três policiais.


112 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 7: busca pessoal com três policiais.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 113

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
ABORDAGEM À PESSOA(S) EM ATITUDE(S)
PROCESSO 201
SUSPEITA(S)
PROCEDIMENTO 201.03 Busca pessoal
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Motorista/auxiliar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Realização da busca pessoal;
2. Conferência da documentação.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Posicionar o abordado (POP 201.02);
2. Confirmar visualmente o posicionamento correto do policial responsável pela
segurança;
3. Coldrear a arma, travar o coldre, aproximar do abordado e realizar a busca pessoal
(Ações corretivas 1 a 3 e 11);
4. Segurar, firmemente, durante toda busca pessoal, os dedos centrais entrelaçados
do abordado (Ação corretiva 4);
5. Posicionar lateralmente de forma que o lado da arma sempre esteja o mais distante
da pessoa revistada, somente trocando a mão que segura as mãos do revistado a
fim de proceder à busca pessoal;
6. Iniciar a busca pessoal pelo lado direito, deslizando a mão sobre o abordado
visando localizar objetos. (Ações corretivas 5 a 9; Possibilidade de erro 1;
Esclarecimento 1);
7. Solicitar, o comandante, a documentação pessoal;
8. Recolher a documentação e entregá-la ao comandante para que possa conferir as
informações (Ação corretiva 11);
9. Entregar, o comandante, a documentação ao policial militar responsável pela busca
pessoal, para realizar as consultas junto ao SIOP/COPOM (Ação corretiva 11);
10. Preencher a planilha de abordagem, o policial militar responsável pela busca
pessoal (Ação corretiva 11);
11. Entregar a documentação ao comandante, o policial militar responsável pela busca
pessoal, quando nada constatado (Ações corretivas 11 e 12);
12. Devolver a documentação e liberar os abordados, o comandante da guarnição,
utilizando a seguinte frase: “Senhor(es), este é um procedimento operacional
padrão da Polícia Militar. Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom
(dia/tarde/noite)!”;
13. Aguardar o retorno da(s) atividade(s) do(s) abordado(s) para o reinício do
patrulhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os direitos e a integridade física dos envolvidos na abordagem sejam
preservados;
2. Que tão logo seja constatada situação de flagrante delito, em relação ao(s)
abordado(s), seja(m) algemado(s) e preso(s);
3. Que existindo objeto ilegal, esse seja detectado e apreendido;
4. Que o(s) abordado(s) seja(m) identificado(s) e seus antecedentes criminais
pesquisados, bem como seus documentos conferidos quanto à veracidade;
5. Que pessoas foragidas da justiça sejam presas.
114 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja resistência passiva, o policial encarregado da busca deve se afastar e
reiniciar a verbalização (Sequência das ações 3);
2. Caso haja resistência ativa, o policial responsável pela segurança deve estar pronto
para agir rapidamente, observando o uso seletivo da força (Sequência das ações
3 e POP 108);
3. Caso haja perigo de contaminação, o policial militar encarregado pela busca
pessoal deverá utilizar luvas descartáveis antes do contato com o abordado
(Sequência das ações 3);
4. Caso haja parede (ou similar) próximo ao local da abordagem, o abordado deverá
se posicionar com pernas e braços afastados, encostado na parede, e o policial
deverá colocar a mão nas costas do abordado, na altura da linha da cintura
(Sequência das ações 4);
5. Caso o policial encarregado da busca verifique que o policial responsável pela
segurança está desatento, chamar a atenção dele para a tarefa, dizendo:
“Cobertura” (Sequência das ações 6);
6. Caso seja detectado algum objeto ilícito durante a busca pessoal ou constatado
flagrante delito, determinar imediatamente que o(s) abordado(s) se posicione(m)
deitado(s) no chão, a fim de que seja(m) algemado(s), conforme POP 102
(Sequência das ações 6);
7. Caso algum objeto que coloque em risco a segurança da guarnição seja localizado
durante a busca, o policial responsável por ela deverá retirá-lo (Sequência das
ações 6);
8. Caso o abordado seja algemado, o policial militar responsável pela busca pessoal
deverá realizar uma busca mais detalhada, podendo inclusive extrair os objetos dos
bolsos com cautela (Sequência das ações 6);
9. Caso seja(m) extraído(s) objeto(s) ou valor(es) das roupas, esses deverão ser
apresentados ao(s) abordado(s) e ou testemunha(s) (Sequência das ações 6);
10. Caso seja encontrado objeto ilícito, relacioná-lo no BA/PM;
11. Caso haja auxiliar (terceiro componente), esse será responsável pela busca
pessoal - ficando o comandante na segurança e o motorista na segurança geral -
bem como deverá recolher a documentação e entregá-la ao comandante da
guarnição (Sequência das ações 8);
12. Caso haja auxiliar (terceiro componente), esse deverá realizar a consulta junto ao
SIOP/COPOM e às anotações na planilha de abordagem (Sequência das ações 9
a 11; Imagens 1 a 8);
13. Caso haja a constatação de flagrante delito, arrolar e qualificar testemunhas, o
policial auxiliar;
14. Caso o revistado não queira se identificar ou responder alguma pergunta
pertinente, durante o ato de identificação, alertá-lo acerca dos aspectos legais da
recusa (Art. 68 da Lei das Contravenções Penais); persistindo a recusa, conduzi-lo
à DP;
15. Caso o abordado esteja portando mochilas ou similares, após a busca pessoal, o
policial militar responsável por essa deverá fazer a revista nos pertences na
presença do abordado e/ou testemunhas (Possibilidade de erro 6).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 115

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Introduzir a mão no bolso do revistado durante a busca pessoal, pois nele pode
conter agulhas ou objetos cortantes contaminados (Sequência das ações 6);
2. Deixar de observar a linha de tiro;
3. Não se posicionar corretamente para fazer a segurança da busca;
4. Não esclarecer ao(s) abordado(s) o(s) motivo(s) que ensejou(aram) tal abordagem;
5. Realizar com pressa e com desatenção a busca pessoal;
6. Permitir que o abordado manuseie mochilas e similares durante a busca (Ação
corretiva 15).

ESCLARECIMENTO:

1. Sequência para executar a busca pessoal:


a) Lado direito:
Cintura (toda circunferência);
Tórax (ventral e dorsal);
Membros superiores;
Membros inferiores.

b) Lado esquerdo:
Cintura (toda circunferência);
Tórax (ventral e dorsal);
Membros superiores;
Membros inferiores.

Observação: A região da cintura


abdominal deve ser sempre priorizada,
pois dá fácil acesso ao armamento
possivelmente portado pela pessoa.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: abordagem com dois policiais; recolhimento e consulta de documentação.


116 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: entrega da documentação ao comandante.

Imagem 3: verificação da documentação pelo comandante.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 117

Imagem 4: consulta da documentação pelo motorista/auxiliar.

Imagem 5: abordagem com três policiais; recolhimento e consulta da documentação.


118 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 6: entrega da documentação ao comandante.

Imagem 7: verificação da documentação pelo comandante.

Imagem 8: consulta da documentação pelo auxiliar.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 119

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 202
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À PESSOA(S) INFRATORA(S) DA LEI
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamento de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei POP 202.01
Busca pessoal POP 201.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Deslocamento para o local da Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito
448
ocorrência. Brasileiro (CTB).
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Recusa de dados sobre a própria Art. 68 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
466
identidade ou qualificação. Contravenções Penais.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
120 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 202 ABORDAGEM À PESSOA(S) INFRATORA(S) DA LEI
PROCEDIMENTO 202.01 Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento das pessoas infratoras da lei;
2. Análise das condições de segurança do local;
3. Verbalização para que as pessoas infratoras da lei se submetam à abordagem;
4. Procedimento de busca pessoal nas pessoas infratoras da lei;
5. Prisão das pessoas infratoras da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar visualmente as pessoas infratoras da lei;
2. Observar as condições de segurança do ambiente, antes de se aproximar das
pessoas infratoras da lei;
3. Verificar se existe a possibilidade de reação de terceiros que estejam
acompanhando as pessoas infratoras da lei ou dando-lhes cobertura a distância;
4. Observar distância aproximada de 5 (cinco) metros para a abordagem;
5. Buscar, durante a progressão, barricar ou reduzir silhueta para o início da
abordagem;
6. Iniciar a verbalização, reduzindo ao máximo a possibilidade de reação do abordado;
7. Manter as armas empunhadas em posição pronto baixo, sendo que o comandante
da guarnição desempenhará a função de segurança, enquanto o outro executará a
aproximação e fará o uso de algemas e a busca pessoal (Ações corretivas 1; POP
102 e POP 201.03);
8. Determinar, o comandante da guarnição, por meio de um comando de voz firme,
alto e claro, as seguintes palavras: “Polícia! Parado! No chão!” (Ações
corretivas 2 e 3; Imagens 1 a 4);
9. Iniciar a aproximação após o cumprimento das determinações pelos infratores da
lei, (Ações corretivas 4 a 6);
10. Colocar a arma no coldre, o militar responsável pela busca, devendo travá-lo antes
de iniciar a aproximação às pessoas infratoras da lei, no intuito de algemá-las e de
realizar a busca pessoal;
11. Manter especial atenção às mãos dos abordados;
12. Posicionar aproximadamente 90º (noventa graus) em relação ao encarregado do
algemamento, o comandante da guarnição, preocupando-se com a linha de tiro;
13. Algemar as pessoas infratoras da lei, conforme POP 102, o policial militar
responsável pelo algemamento;
14. Auxiliar o abordado a ficar em pé e proceder à busca pessoal, o policial
encarregado pelo algemamento. Em seguida, repetir as ações com o segundo
abordado, devendo priorizar a procura de armas e, posteriormente, algum objeto
relacionado com práticas delituosas tais como: entorpecentes, documentos não
pertencentes ao revistado e o que achar suspeito;
15. Colocar os infratores da lei nas viaturas após a realização da busca pessoal;
16. Reunir os elementos necessários (autor, vítima, testemunhas e objetos, se houver)
para condução (Ação corretiva 9);
17. Conduzir as partes envolvidas para a repartição pública competente (POP 501.04).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 121

RESULTADOS ESPERADOS
1. Que todas as pessoas infratoras da lei sejam abordadas, algemadas, submetidas à
busca pessoal e, devidamente, conduzidas;
2. Que a ação policial seja coordenada, segura e eficaz;
3. Que seja observada a proporcionalidade do uso seletivo da força em relação ao
risco apresentado pelas pessoas infratoras da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a viatura seja composta por três policiais militares, cabe ao auxiliar a
aproximação, o uso de algemas e a busca pessoal, ficando o comandante na
segurança e o motorista na segurança geral (Sequência das ações 7 e Imagem
4);
2. Caso a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei empunhe(m) uma arma, o policial militar
deverá adotar a posição pronto (3º olho) e ordenar: “Polícia, coloque a arma no
chão!”, visualizando as mãos, determinando o devido direcionamento do cano, se
arma de fogo (Sequência das ações 8, Esclarecimento 1 e Imagem 1);
3. Caso haja agressão letal, iminente ou atual, por parte do infrator, o PM responderá
imediatamente, com disparos duplos (Sequência das ações 8 e POP 108);
4. Caso o(s) abordado(s) coloque(m) a(s) arma(s) no chão, o PM deverá determinar
que ele(s) se afaste(m) da(s) arma(s) e em seguida deite(m) no chão. Para recolher
a arma, o PM deve observar os critérios de segurança e, posteriormente, acomodá-
la em um local seguro (Sequência das ações 9 e Imagem 2);
5. Caso a arma esteja engatilhada, evitar acomodá-la junto ao corpo (Sequência das
ações 9);
6. Caso haja reação passiva ou ativa, deve-se proceder de acordo com o uso seletivo
da força (Sequência das ações 9);
7. Caso se verifique a possibilidade de reação dos abordados ou se constate o
surgimento de um novo fator de risco, a guarnição deverá adotar medidas de
contenção e de controle e/ou buscar abrigos, ou coberturas mais adequadas;
8. Caso haja vítimas, providenciar socorro rapidamente;
9. Caso haja testemunhas e/ou vítimas, solicitar apoio para conduzi-las (Sequência
das ações 16; Possibilidades de erro 5 e 6).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Faltar com as regras de segurança na ação;
2. Agir de forma descoordenada;
3. Deixar de observar o uso seletivo da força;
4. Algemar os infratores em peças ou em equipamentos da viatura;
5. Permitir que os infratores estabeleçam contato (verbal ou não) entre si ou com
terceiros;
6. Permitir que outras pessoas se aproximem dos infratores.
122 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: abordagem a infratores da lei com dois policiais.

Imagem 2: recolhimento da arma pelo motorista/auxiliar.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 123

3
Imagem 3: motorista/auxiliar algemando o infrator da lei.

Imagem 4: abordagem a infratores da lei com três policiais.


124 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 203
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR SOB
FUNDADA SUSPEITA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à motocicleta ou similar sob fundada
POP 203.01
suspeita
Busca pessoal POP 201.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
POP:Procedimento Operacional Padrão | 125

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 203 ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILIAR SOB
FUNDADA SUSPEITA
PROCEDIMENTO 203.01 Abordagem à motocicleta ou similar sob fundada
suspeita
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do(s) abordado(s).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar a(s) pessoa(s) a ser(em) abordada(s), com atenção às mãos do(s)
abordado(s);
2. Informar ao SIOP/COPOM o início e o local da abordagem;
3. Determinar ao condutor que pare, por meio de sinais sonoros e luminosos;
4. Posicionar a viatura aproximadamente 5 (cinco) metros, alinhando o farol dianteiro
direito da viatura com a placa da motocicleta a ser abordada;
5. Desembarcar os policiais militares, rápida e seguramente, com o armamento na
posição sul, permanecendo com as portas abertas e o motor em funcionamento, luz
intermitente e pisca-alerta ligados (Imagem 1);
6. Determinar, o comandante da guarnição, ao(s) abordado(s): “Polícia! Desligue a
moto! Coloque(m) as mãos na cabeça e não retire(m) o capacete!”;
7. Determinar, o comandante da guarnição, ao(s) abordado(s) que desça(m) da
motocicleta e se posicione(m) na calçada com as mãos na parede; na falta dessa,
determinar que permaneça(m) com as mãos na cabeça;
8. Fechar a porta e realizar a busca pessoal, o policial motorista/auxiliar, tendo o
comandante como segurança;
9. Determinar a retirada dos capacetes, um por vez, o policial motorista/auxiliar,
realizar a verificação interna do capacete e acomodá-los nos retrovisores da
motocicleta (Imagem 3);
10. Determinar ao(s) abordado(s) que volte(m) sua frente para a via com as mãos para
trás;
11. Posicionar, o comandante, do lado direito do(s) abordado(s) e solicitar as
documentações pessoais e do veículo;
12. Recolher as documentações, o policial motorista/auxiliar, as quais serão
repassadas ao comandante para questionamentos e para verificações iniciais,
mantendo, em seguida, os abordado(s) entre a guarnição;
13. Entregar as documentações, o comandante, ao policial motorista/auxiliar e
determinar que proceda à busca e à identificação veicular, assim como às
consultas junto ao SIOP/COPOM;
14. Preencher a planilha de abordagem, o policial motorista/auxiliar;
15. Entregar as documentações, quando nada constatado, ao comandante, que irá
proceder à devolução;
16. Liberar os abordados, o comandante da guarnição, utilizando a seguinte frase:
“Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia Militar.
Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
126 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Aguardar a saída dos abordados, se for o caso.


RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime sempre pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação;
5. Que os policiais militares sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o veículo abordado venha a evadir do local, iniciar acompanhamento e cerco
(POP 402);
2. Caso a viatura seja composta por três policiais militares, cabe ao auxiliar a
aproximação, o uso de algemas e a busca pessoal, ficando o comandante na
segurança e o motorista na segurança geral;
3. Caso a motocicleta não possua retrovisor(es) acomodar o(s) capacete(s) na viatura.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro
policial;
3. Deixar de proceder à busca e à identificação veicular (POP 405), bem como, não
conferir a documentação do(s) abordado(s) e do veículo junto ao SIOP/COPOM;
4. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
5. Colocar o(s) capacete(s) no chão ou deixá-los cair;

ESCLARECIMENTO:
1. Viatura com 3 (três) policiais: no caso de viatura composta por 3 (três) policiais, o
auxiliar adotará a mesma postura e conduta operacional do motorista/auxiliar; nessa
formação, o motorista encarregar-se-á da segurança externa da abordagem e só
desembarcará da viatura quando o(s) ocupante(s) da motocicleta abordada
estiver(em) desembarcado(s).

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento da guarnição após desembarque.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 127

Imagem 2: posicionamento dos abordados para a busca pessoal.

Imagem 3: retirada dos capacetes dos suspeitos pelo policial motorista/auxiliar.


128 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 204
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA
POR INFRATOR(ES) DA LEI
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à motocicleta ou similar ocupada
POP 204.01
por infrator(es) da lei
Busca pessoal POP 201.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB); 447
Fiscalização do veículo e do
condutor. Decreto-Lei nº 667/69, art. 3º, alínea a. 467
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
POP:Procedimento Operacional Padrão | 129

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILIAR OCUPADA
PROCESSO 204
POR INFRATOR(ES) DA LEI
Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por
PROCEDIMENTO 204.01
infrator(es) da lei
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada para a abordagem;
2. Verbalização;
3. Desembarque do(s) abordado(s);
4. Detenção do(s) infrator(es) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar e identificar a motocicleta ocupada por infrator(es) da lei;
2. Solicitar apoio ao SIOP/COPOM e prioridade de comunicação via rádio, quando
necessário;
3. Realizar acompanhamento e cerco do veículo, se necessário (POP 402);
4. Transmitir ao SIOP/COPOM as sucessivas posições ocupadas pela motocicleta, o
sentido de sua trajetória, suas características e placa de identificação;
5. Confirmar o apoio, quando solicitado; verificar o local adequado para a
interceptação;
6. Realizar a aproximação pela retaguarda da motocicleta dando ordem de parada,
por meio dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta;
7. Posicionar a primeira viatura a uma distância aproximada de 5 (cinco) metros,
alinhando o farol dianteiro direito da viatura com a placa da motocicleta a ser
abordada;
8. Posicionar a viatura de apoio à retaguarda e na diagonal em relação à primeira,
bloqueando fluxo de pedestres e de veículos no local da abordagem (Imagem 1);
9. Manter o armamento na posição pronto baixo, sendo que as equipes desembarcam
rápida e seguramente (Imagem 2);
10. Formar o leque, tendo o comandante da primeira viatura à direita, o motorista da
primeira viatura ao centro e o comandante da segunda viatura à esquerda (Imagem
3);
11. Deslocar o policial motorista da segunda viatura para a parte traseira esquerda da
mesma, empunhando uma arma longa na posição sul e assumindo a função de
segurança da retaguarda das guarnições (Imagem 4);
12. Manter atenção às mãos do(s) abordado(s);
13. Verbalizar, o comandante da primeira guarnição: “Polícia! Desligue a moto!
Coloque(m) as mãos na cabeça e não retire(m) o capacete! Desça(m) com as
mãos na cabeça! Venha(m) devagar na minha direção, olhando para mim”; se
necessário, determine novamente: “Olhando para mim!”;
14. Determinar o comandante da primeira guarnição: “Deite(m) no chão. Braços
estendidos e palmas das mãos para cima!”; assim que o(s) infrator(es) da lei
atingir(em) a metade da distância entre a motocicleta abordada e a primeira viatura
(Imagem 5);
15. Observar se o(s) infrator(es) está(ão) na posição determinada;
16. Certificar que todos os policiais estejam em posições de segurança;
17. Colocar, o policial motorista da primeira viatura, a sua arma no coldre, devendo
130 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

travá-lo, antes de iniciar a aproximação às pessoas infratoras da lei, no intuito de


algemá-las. Aproximar do abordado e determinar: “mãos na nuca, entrelace os
dedos”. Proceder ao algemamento e à busca pessoal (POP 102 e POP 201.03);
18. Posicionar, um policial segurança, à frente do infrator que não está sendo
algemado (Imagem 6);
19. Posicionar, o outro policial segurança, a 90º (noventa graus) em relação ao infrator
que está sendo algemado (Imagem 6);
20. Movimentar as posições ao algemar outros infratores;
21. Adotar a posição sul para o armamento, os demais policiais militares, após o
algemamento do(s) infrator(es);
22. Auxiliar um abordado a ficar em pé e proceder à busca pessoal, o policial motorista
da primeira viatura; em seguida, repetir as ações com segundo abordado;
23. Colocar o(s) infrator(es) da lei na(s) viatura(s) após a realização da busca pessoal,
ficando o comandante da segunda viatura responsável pela guarda destes;
24. Proceder, o motorista da primeira viatura, à busca, à identificação veicular e, em
seguida, às consultas no SIOP/COPOM (POP 405).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição aja com segurança em todo o perímetro, observando os princípios
de superioridade numérica, de armamento e demais condutas operacionais;
2. Que o(s) infrator(es) da lei seja(m) preso(s) pelas guarnições;
3. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro e adequado para a guarnição,
os transeuntes e os abordados;
4. Que numa possível reação dos infratores, a guarnição esteja em plena condição de
reagir e de controlar a situação;
5. Que todos os policiais militares se exponham o mínimo possível;
6. Que a ação desencadeada seja eficaz, a fim de que o(s) infrator(es) da lei não
tenha(m) possibilidades de reação durante a abordagem, inibindo também ação de
comparsas;
7. Que os policiais militares ajam dentro dos princípios da legalidade e sejam
respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o policial verifique a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei
ou ao constatar o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar seus
companheiros, de forma que lhes permitam a adoção de uma medida de contenção
e controle ou busca de abrigos ou coberturas mais adequadas;
2. Caso haja dúvida sobre a real condição dos abordados, se vítima ou infrator da lei,
efetivar as consultas necessárias após a busca pessoal;
3. Caso algum dos abordados empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo do
outro abordado determina que ele se deite no chão enquanto o outro policial faz a
segurança e informa ao SIOP/COPOM; passando as características do indivíduo
que fugiu para que as guarnições mais próximas façam a aproximação do local, a
fim de patrulhar a área na intenção de localizá-lo;
4. Caso não haja o cumprimento das determinações e esgotados os meios de
resposta disponíveis pela guarnição, realizar o cerco e a contenção do(s)
infrator(es), solicitando apoio das unidades especializadas, se necessário.
POSSIBILIDADES DE ERRO
6. Não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada;
7. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte de outro
policial;
8. Deixar de proceder à busca e à identificação veicular, bem como, não conferir a
POP:Procedimento Operacional Padrão | 131

documentação do(s) abordado(s) e do veículo junto ao SIOP/COPOM;


9. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
10. Não realizar o bloqueio do fluxo de veículos e de pedestres no local da abordagem,
bem como, não realizar a segurança da retaguarda.

ESCLARECIMENTO:

1. Viatura composta por 3 (três) ou 2 (dois) policiais: a abordagem à motocicleta ou


similar ocupada por infrator(es) da lei, deverá ser realizada por 2 (duas) viaturas e 4
(quatro) policiais ou mais; ou por 1 (uma) viatura com 3 (três) e, excepcionalmente,
por 1 (uma) viatura com 2 (dois) policiais, mantendo a mesma verbalização. Quando
a abordagem for realizada por apenas 1 (uma) viatura deverá ser adotada a seguinte
postura e conduta operacional:
1.1 Com 3 (três) componentes:
a) Com o armamento na posição pronto baixo, o comandante e o auxiliar
desembarcam rápida e seguramente; o comandante reduz sua silhueta e se
posiciona à direita da viatura e o auxiliar também reduz sua silhueta e se posiciona
à esquerda da viatura;
b) Assim que os ocupantes do veículo alvo desembarcarem, o motorista desembarca
e se posiciona à esquerda da viatura, mais à retaguarda, e faz a segurança
periférica da abordagem, inclusive bloqueando o trânsito de veículos na via.
1.2 Com 2 (dois) componentes:
a) Com o armamento na posição pronto baixo, o comandante e o motorista/auxiliar
desembarcam rápida e seguramente; o comandante reduz sua silhueta e se
posiciona à direita da viatura e o motorista/auxiliar também reduz sua silhueta e se
posiciona à esquerda da viatura.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das viaturas.


132 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: desembarque e posicionamento das guarnições.

Imagem 3: desembarque dos infratores.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 133

Imagem 4: posicionamento do motorista/auxiliar da viatura de apoio.

Imagem 5: posição dos infratores.


134 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 6: algemamento dos infratores.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 135

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 205
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a automóvel ou similar sob fundada
POP 205.01
suspeita com 02 (dois) policiais militares
Abordagem a automóvel ou similar sob fundada
POP 205.02
suspeita com 03 (três) policiais militares
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
136 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 205 ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA
PROCEDIMENTO 205.01 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada
suspeita com 2 (dois) policiais militares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Verbalização;
3. Desembarque do veículo pelos abordados;
4. Busca e identificação veicular;
5. Busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar as pessoas no interior do veículo e solicitar apoio se houver
superioridade numérica evidente dos suspeitos (Ação corretiva 1);
2. Informar ao SIOP/COPOM o início e local da abordagem;
3. Determinar ao condutor que pare por meio de toque de sirene seguido de sinal de
farol;
4. Parar a viatura a distância aproximada de 5 (cinco) metros, alinhando o farol direito
da viatura entre a placa traseira e o farolete esquerdo do veículo abordado
(Imagem 1);
5. Desembarcar rápida e seguramente, permanecendo a guarnição ao lado da parte
frontal da viatura, com o armamento na posição sul, ficando a porta do comandante
aberta, o motor em funcionamento, luz intermitente e pisca-alerta ligados (Imagem
2);
6. Verbalizar, o comandante: “Polícia! Desligue o veículo! Desçam com as mãos
na cabeça!” (Ações corretivas 2 e 3 e Imagem 2);
7. Determinar aos abordados: “Venham para trás do veículo e coloquem as mãos
sobre a traseira do veículo, afastem as pernas e olhem para frente” (Imagem
3);
8. Posicionar, o policial motorista, à frente da viatura e ligeiramente à retaguarda dos
abordados (Imagem 3);
9. Proceder ao fatiamento, o comandante, de forma a visualizar se existe ou não
algum indivíduo no interior do veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém no
veículo?” (Ações corretivas 4 e 5; Imagem 4);
10. Proceder à busca pessoal, o policial motorista, enquanto o comandante ficará
responsável pela segurança geral. Durante a busca, somente a guarnição se
movimenta (Imagem 5);
11. Determinar, o comandante, aos abordados que se posicionem no lado direito do
veículo abordado (calçada);
12. Determinar ao condutor do veículo que proceda lentamente ao destravamento e à
abertura do porta-malas, posicionando o motorista 45º à direita e à distância de 3
(três) metros do porta-malas na posição de pronto, ficando o comandante na
segurança dos abordados (Imagem 6);
13. Posicionar do lado direito dos abordados, o comandante, e solicitar as
documentações pessoais e do veículo, após o condutor se posicionar ao lado dos
demais abordados;
14. Recolher a documentação, o policial motorista, que a repassará ao comandante
POP:Procedimento Operacional Padrão | 137

para questionamentos e verificações iniciais, ficando os abordados entre os


policiais militares (Imagem 7);
15. Entregar a documentação ao policial motorista e determinar que proceda à busca e
à identificação veicular (POP 405) e às consultas junto ao SIOP/COPOM;
16. Preencher a planilha de abordagem, o policial motorista (Esclarecimento 1);
17. Entregar toda a documentação, quando nada constatado, ao comandante, que irá
proceder à devolução;
18. Liberar os abordados, o comandante da guarnição, utilizando a seguinte frase:
“Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia Militar.
Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
Aguardar a saída dos abordados, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação;
5. Que os policiais militares sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica, a abordagem deverá ser executada com apoio,
conforme o POP 206.01, porém o posicionamento das armas e a conduta com os
abordados serão conforme o previsto para o estado de suspeição (Sequência das
ações 1);
2. Caso o veículo seja de 2 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida, determinar a um passageiro: “Levante o encosto do banco, deixe
a porta aberta e vá para a traseira do veículo” (Sequência das ações 6);
3. Caso o veículo seja de 4 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida, verbalizar: “Motorista, feche sua porta!” e a um passageiro: “Deixe
sua porta aberta, abra a porta traseira e vá para a traseira do veículo”
(Sequência das ações 6);
4. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá
recorrer às técnicas de progressão, à tomada de barricada, à redução de silhueta e
à olhada rápida (Sequência das ações 9);
5. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo,
quando do fatiamento ou da averiguação, o comandante deverá determinar:
“Desça(m) com as mãos na cabeça, entrelace os dedos e se posicione(m) ao
lado dos demais” (Sequência das ações 9);
6. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado se comporte de maneira não
cooperativa (resistência), adotar o uso seletivo da força (POP 108);
7. Caso o veículo abordado venha a evadir do local, iniciar acompanhamento e cerco
(POP 402).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro
policial;
3. Deixar de proceder à busca e à identificação veicular, bem como, não conferir as
documentações do(s) abordado(s) e do veículo junto ao SIOP/COPOM;
4. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada.
138 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ESCLARECIMENTO:

1. Modelo de planilha de abordagem:

ESTADO DO TOCANTINS
POLÍCIA MILITAR
___ BPM

Data :_____/_____/_______
Policiais militares responsáveis pela abordagem:

Funções Posto/Grad R.G. Nome

Abordado:
Filiação (Mãe): Data de nascimento:
Local: Horário:
Observações:
Ex: Marca/modelo do veículo, placa do veículo, situação (condutor, passageiro ou pedestre),

CNH, nº do Auto de Infração de Trânsito, comprovante de recolhimento (CR) do CRLV , auto de

prisão em flagrante, TCO, remoção do veículo, retenção do veículo ou recolhimento da CNH.

Abordado:
Filiação (Mãe): Data de nascimento:
Local: Horário:
Observações:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 139

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento da viatura antes do desembarque.

Imagem 2: posicionamento da guarnição após o desembarque.


140 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: posicionamento dos abordados para busca pessoal.

Imagem 4: fatiamento feito pelo comandante da guarnição.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 141

Imagem 5: busca pessoal feita pelo motorista da guarnição.

Imagem 6: abertura do porta-malas.


142 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 7: recolhimento da documentação feita pelo motorista.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 143

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 205 ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA
PROCEDIMENTO 205.02 Abordagem a automóvel ou similar sob fundada
suspeita com 3 (três) policiais militares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pelos abordados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar as pessoas no interior do veículo, solicitar apoio se houver superioridade
numérica dos suspeitos (Ação corretiva 1);
2. Informar ao SIOP/COPOM o início e local da abordagem;
3. Determinar ao condutor que pare por meio de toque de sirene seguido de sinal de
farol;
4. Parar a viatura a distância aproximada de 5 (cinco) metros, alinhando o farol direito
da viatura entre a placa traseira e o farolete esquerdo do veículo abordado;
5. Desembarcar rápida e seguramente, com o armamento na posição sul, o
comandante e o auxiliar; ficando a porta do comandante aberta, permanecendo o
motorista ao volante da viatura com motor em funcionamento, luz intermitente e
pisca-alerta ligados. O auxiliar irá se posicionar junto à roda dianteira e o
comandante abrirá seu campo de visão ao lado direito da viatura;
6. Verbalizar, o comandante: “Polícia! Desligue o veículo! Desçam com as mãos
na cabeça!” (Ações corretivas 2 e 3; Imagem 1);
7. Determinar aos abordados: “Venham para trás do veículo e coloquem as mãos
sobre a traseira do veículo, afastem as pernas e olhem para frente”;
8. Posicionar à lateral esquerda e próximo à parte dianteira da viatura, o policial
motorista; tão logo os abordados desçam do veículo para a busca pessoal
(Imagem 2);
9. Proceder ao fatiamento, o comandante, de forma a visualizar se existe ou não
algum indivíduo no interior do veículo, perguntando antes: “Existe mais alguém no
veículo?” (Ações corretivas 4 e 5; Imagem 3);
10. Proceder à busca pessoal, o auxiliar, enquanto o comandante ficará responsável
pela segurança e o motorista na segurança geral. Durante a busca pessoal,
somente a guarnição se movimenta (Imagem 4);
11. Determinar, o comandante, aos abordados que se posicionem no lado direito do
veículo abordado (calçada);
12. Determinar ao condutor do veículo que proceda lentamente ao destravamento e à
abertura do porta-malas, posicionando o auxiliar 45º à direita e a uma distância
aproximada de 3 (três) metros do porta-malas na posição de pronto, ficando o
comandante na segurança dos abordados e o motorista voltará sua atenção para o
porta-malas com a arma na posição de pronto;
13. Posicionar, o comandante, do lado direito dos abordados e o motorista do lado
esquerdo;
14. Solicitar as documentações pessoais e do veículo, o policial comandante;
15. Recolher as documentações, o policial auxiliar, que repassará ao comandante para
144 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

questionamentos e verificações iniciais (Imagem 5);


16. Permanecer, o policial auxiliar, à direita do comandante, na função de segurança;
17. Entregar, o comandante, a documentação ao policial auxiliar e determinar que
proceda à busca, à identificação veicular e às consultas junto ao SIOP/COPOM;
18. Preencher a planilha de abordagem, o policial auxiliar;
19. Entregar toda documentação, quando nada constatado, ao comandante, que irá
proceder à devolução;
20. Liberar os abordados, o comandante da guarnição, utilizando a seguinte frase:
“Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia Militar.
Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
Aguardar a saída dos abordados, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação;
5. Que os policiais militares sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja superioridade numérica, a abordagem deverá ser executada com apoio,
conforme o POP 206.01, porém o posicionamento das armas e a conduta com os
abordados serão conforme o previsto para o estado de suspeição. (Sequência das
ações 1);
2. Caso o veículo seja de 2 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida, determinar a um passageiro: “Levante o encosto do banco, deixe
a porta aberta e vá para a traseira do veículo” (Sequência das ações 6);
3. Caso o veículo seja de 4 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida, verbalizar: “Motorista, feche sua porta!” e a um passageiro: “Deixe
sua porta aberta, abra a porta traseira e vá para a traseira do veículo”
(Sequência das ações 6);
4. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá
recorrer às técnicas de progressão, de tomada de barricada ou redução de silhueta
e à olhada rápida (Sequência das ações 9);
5. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo,
quando do fatiamento ou da averiguação, o comandante deverá determinar:
“Desça(m) com as mãos na cabeça, entrelace os dedos e se posicione(m) ao
lado dos demais” (Sequência das ações 9);
6. Caso o abordado se comporte de maneira não cooperativa (resistente), adotar o
uso seletivo da força (POP 108);
7. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar o acompanhamento e o cerco
(POP 402).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro
policial;
3. Deixar de proceder à vistoria veicular, bem como, não conferir as documentações
do(s) abordado(s) e do veículo junto ao SIOP/COPOM;
4. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 145

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: desembarque dos abordados e do motorista.

Imagem 2: posicionamento dos abordados para busca pessoal.


146 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: fatiamento feito pelo comandante da guarnição.

Imagem 4: busca pessoal feita pelo auxiliar.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 147

Imagem 5: recolhimento da documentação pelo auxiliar.


148 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 206
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATORES
DA LEI
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2
POP 206.01
(duas) viaturas e 4 (quatro) policiais militares
Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2
POP 206.02
(duas) viaturas e 5 (cinco) policiais militares
Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com 2
POP 206.03
(duas) viaturas e 6 (seis) policiais militares
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Fiscalização do veículo e do
Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 447
condutor.
Flagrante delito. Art. 5º, inc. LXI da Constituição Federal (CF). 435
Art. 301 a 310 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 149

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 206 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATORES
DA LEI
PROCEDIMENTO 206.01 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com
2 (duas) viaturas e 4 (quatro) policiais militares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Cumprimento dos princípios da abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pelos abordados;
5. Colocação das algemas;
6. Busca e identificação veicular;
7. Busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o veículo ocupado por infratores da lei;
2. Solicitar apoio e prioridade de comunicação via rádio ao SIOP/COPOM;
3. Realizar o acompanhamento e, se necessário, o cerco e a interceptação do veículo,
conforme POP 402;
4. Atentar para possibilidade de refém ou de vítima no interior do veículo (Ação
corretiva 1);
5. Transmitir, via rádio ao SIOP/COPOM, as sucessivas posições ocupadas pelo
veículo, o sentido de sua trajetória, suas características e placas de identificação;
6. Confirmar o apoio solicitado e verificar o local adequado para a interceptação;
7. Realizar a aproximação pela retaguarda do veículo, dando ordem de parada por
meio dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta;
8. Posicionar a primeira viatura a distância aproximada de 5 (cinco) metros, alinhando
o farol direito da viatura entre a placa traseira e o farolete esquerdo do veículo
abordado (Imagem 1);
9. Posicionar a viatura de apoio à retaguarda e na diagonal em relação à primeira
viatura, bloqueando fluxo de pedestres e de veículos no local da abordagem
(Imagem 1);
10. Manter o armamento na posição pronto baixo, desembarcando as guarnições de
forma rápida e segura (Imagem 2);
11. Formar o leque, posicionando-se o comandante da primeira viatura à direita, o
motorista da primeira viatura junto à roda dianteira esquerda e o comandante da
segunda viatura à esquerda do motorista da primeira viatura;
12. Deslocar, o policial motorista da segunda viatura, para a parte traseira esquerda,
empunhando uma arma longa na posição sul e assumindo a função de segurança
da retaguarda (Imagem 3);
13. Manter atenção às mãos dos abordados;
14. Verbalizar, o comandante da primeira guarnição: “Polícia! Desligue o veículo!
Desçam do veículo com as mãos na cabeça! Venham devagar na minha
direção, olhando para mim”. Se necessário, determine novamente: “Olhando
para mim!” (Imagem 4);
15. Determinar, o comandante da primeira viatura: “Deitem no chão com os braços
estendidos e com as palmas das mãos para cima!”, assim que os infratores da
150 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

lei atingirem a metade da distância entre o veículo abordado e a primeira viatura;


16. Observar se os infratores estão na posição determinada (Imagem 5);
17. Proceder ao fatiamento, o comandante da primeira viatura, de forma a visualizar se
existe ou não algum indivíduo no interior do veículo, perguntando antes: “Existe
mais alguém no veículo?” (Ações corretivas 2 e 3; Imagem 6);
18. Colocar, o policial motorista da primeira viatura, a sua arma no coldre, devendo
travá-lo, antes de iniciar a aproximação às pessoas infratoras da lei, no intuito de
algemá-las;
19. Posicionar, os comandantes das viaturas, um à frente do infrator que não está
sendo algemado e o outro 90º (noventa graus) em relação ao infrator que está
sendo algemado (Imagem 7);
20. Movimentar as posições ao algemar outros infratores;
21. Adotar a posição sul para o armamento, os demais policiais militares, após o
algemamento dos infratores;
22. Auxiliar o abordado a ficar em pé e proceder à busca pessoal, o motorista da
primeira viatura, em seguida repetir as ações com o outro abordado, se houver
(Imagem 8);
23. Colocar os infratores da lei nas viaturas, após a realização da busca pessoal,
ficando o comandante da segunda viatura, responsável pela guarda destes;
24. Proceder, o comandante da primeira viatura, ao destravamento do porta-malas,
pelo lado direito do veículo, posicionando o motorista da primeira 45º à direita e à
distância de 3 (três) metros do porta-malas na posição de pronto (Imagem 9);
25. Proceder, o motorista da primeira guarnição, à busca e à identificação veicular, em
seguida às consultas no SIOP/COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja suspeita da presença de refém ou de vítima no interior do veículo, iniciar
os procedimentos do POP 605 (Sequência das ações 4);
2. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá
recorrer às técnicas de progressão, à tomada de barricada, à redução de silhueta e
à olhada rápida (Sequência das ações 17);
3. Caso se constate a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, durante o
fatiamento, o comandante deverá determinar: “Desça(m) com as mãos na cabeça
e deite(m) ao lado dos demais” (Sequência das ações 17);
4. Caso não haja o cumprimento das determinações e esgotando os meios de
resposta disponíveis pela guarnição na gradação do uso seletivo de força, realizar o
cerco, conter os infratores e solicitar apoio às unidades especializadas;
5. Caso haja dúvida sobre a real condição dos abordados, se vítima ou infrator da lei,
efetivar as consultas necessárias, após a busca pessoal;
6. Caso algum dos abordados empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo do
outro abordado determina que ele se deite no chão, algemando-o em seguida;
enquanto o outro policial faz a segurança e informa ao SIOP/COPOM as
características do indivíduo que fugiu a fim de que as guarnições o detenham;
7. Caso o veículo abordado seja um utilitário, com capota marítima ou lona na
carroceria, utilizar o procedimento previsto na Sequência das ações 24.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 151

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir isoladamente;
2. Deixar de observar os princípios da abordagem;
3. Agir de forma desordenada;
4. Não impedir o fluxo de veículos e de pedestres no local da abordagem;
5. Não realizar a segurança do perímetro.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das viaturas para abordagem.

Imagem 2: posicionamento dos policiais desembarcados.


152 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: posicionamento do motorista segunda guarnição.

Imagem 4: desembarque dos abordados.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 153

Imagem 5: posicionamento dos abordados para serem algemados.

Imagem 6: fatiamento pelo comandante da primeira guarnição.


154 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 7: posicionamento dos policiais militares durante a colocação das algemas.

Imagem 8: busca pessoal nos abordados.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 155

Imagem 9: abertura do porta-malas.


156 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 206 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATORES
DA LEI
PROCEDIMENTO 206.02 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com
2 (duas) viaturas e 5 (cinco) policiais militares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Cumprimento dos princípios da abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pelos abordados;
5. Colocação das algemas;
6. Busca e identificação veicular;
7. Busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Proceder conforme Sequência das ações 1 a 10 do POP 206.01;
2. Formar o leque, posicionando-se o comandante da primeira viatura à direita; o
motorista da primeira viatura próximo à roda dianteira esquerda; o auxiliar, à
esquerda do motorista da primeira; e o comandante da segunda viatura à esquerda
do auxiliar (Imagem 1);
3. Proceder conforme Sequência das ações 12 a 18 do POP 206.01;
4. Colocar, o auxiliar, a arma no coldre, devendo travá-lo, antes de iniciar a
aproximação das pessoas infratoras da lei, no intuito de algemá-las;
5. Proceder conforme Sequência das ações 20 a 24 do POP 206.01, considerando
que o auxiliar exercerá as funções do motorista da primeira viatura;
6. Proceder, o motorista da primeira viatura, à identificação veicular, em seguida às
consultas junto ao SIOP/COPOM, enquanto o auxiliar realizará a busca e a
identificação veicular.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso o auxiliar seja da segunda viatura, o desembarque prosseguirá entre as
viaturas, posicionando-se entre o comandante da segunda e o motorista da
primeira viatura.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir isoladamente;
2. Deixar de observar os princípios da abordagem;
3. Agir de forma desordenada;
4. Não impedir o fluxo de veículos e de pedestres no local da abordagem;
5. Não realizar a segurança do perímetro.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 157

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das guarnições para proceder à abordagem.


158 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 206 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATORES
DA LEI
PROCEDIMENTO 206.03 Abordagem a veículo ocupado por infratores da lei com
2 (duas) viaturas e 6 (seis) policiais militares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Cumprimento dos princípios da abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pelos abordados;
5. Colocação das algemas;
6. Busca e identificação veicular;
7. Busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Proceder conforme Sequência das ações 01 a 10 do POP 206.01;
2. Formar o leque, posicionando-se o comandante da primeira viatura à direita; o
motorista da primeira viatura junto à roda dianteira esquerda; o auxiliar da primeira
viatura à esquerda do motorista; e o comandante da segundo viatura à esquerda do
auxiliar da primeira viatura (Imagem 1);
3. Deslocar, o auxiliar da segunda viatura, para o lado direito da mesma, junto à
calçada, empunhando arma na posição sul, assumindo a segurança geral;
4. Deslocar, o policial motorista da segunda viatura, para a parte traseira esquerda,
empunhando uma arma longa na posição sul e assumindo a função de segurança
da retaguarda;
5. Proceder conforme Sequência das ações 13 a 17 do POP 206.01;
6. Colocar, o auxiliar da primeira viatura, a arma no coldre, devendo travá-lo, antes de
iniciar a aproximação das pessoas infratoras da lei, no intuito de algemá-las;
7. Proceder conforme Sequência das ações 20 a 24 do POP 206.01, considerando
que o auxiliar exercerá as funções do motorista da primeira viatura (Ação corretiva
1);
8. Proceder, o motorista da primeira viatura, à identificação veicular, em seguida às
consultas junto ao SIOP/COPOM, enquanto que o auxiliar da primeira viatura
realizará a busca e a identificação veicular.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que a guarnição prime pela segurança;
4. Que a guarnição esteja preparada, caso ocorra reação.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso haja mais de dois infratores da lei, o motorista da primeira viatura, deverá
colocar a arma no coldre e travá-lo, a fim de colocar os infratores da lei nas
viaturas, após a realização da busca pessoal pelo auxiliar.
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Agir isoladamente;
2. Deixar de observar os princípios da abordagem;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 159

3. Agir de forma desordenada;


4. Não impedir o fluxo de veículos e pedestres no local da abordagem;
5. Não realizar a segurança do perímetro.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento com 2 (duas) guarnições compostas por 3 (três) policiais.


160 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 207
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A VEÍCULO DE PASSAGEIROS SOB
FUNDADA SUSPEITA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a veículo de passageiros sob fundada
POP 207.01
suspeita
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
POP:Procedimento Operacional Padrão | 161
POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS
MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 207 ABORDAGEM A VEÍCULO DE PASSAGEIROS SOB
FUNDADA SUSPEITA
PROCEDIMENTO 207.01 Abordagem a veículo de passageiros sob fundada
suspeita
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: --
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca
pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar e identificar o veículo a ser abordado;
2. Solicitar apoio e prioridade de comunicação via rádio ao SIOP/COPOM;
3. Realizar o acompanhamento do veículo;
4. Atentar para possibilidade de refém no interior do veículo (Ação corretiva 1);
5. Transmitir via rádio ao SIOP/COPOM as sucessivas posições ocupadas pelo
veículo, o sentido de sua trajetória, suas características e placas de identificação;
6. Confirmar o apoio solicitado e verificar o local adequado para a abordagem;
7. Verificar possibilidade de veículo estar fazendo segurança do veículo a ser
abordado;
8. Realizar aproximação pela retaguarda do veículo dando ordem de parada por meio
de dispositivos sonoros e luminosos de alerta;
9. Posicionar a primeira viatura a distância aproximada de 5 (cinco) metros, alinhando
o centro do para-choque dianteiro da viatura com a lanterna esquerda traseira do
veículo abordado;
10. Posicionar a viatura de apoio à retaguarda e na diagonal em relação à primeira,
alinhando a luz indicadora de direção frontal direita da segunda viatura com a
lanterna traseira esquerda da primeira viatura;
11. Manter o armamento na posição sul, sendo que as equipes desembarcam rápida e
seguramente (Imagem 1);
12. Proceder, o comandante da primeira viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado, passando pela frente da
viatura;
b. deslocar com a silhueta reduzida em direção ao motorista pelo lado direito do
veículo;
c. determinar ao motorista que abra a porta dianteira direita do veículo;
d. determinar aos ocupantes da parte anterior da catraca: “Desça(m) devagar!
Coloque(m) as mãos na lataria do veículo! Afaste(m) as pernas e os braços!
Olhe(m) para frente!”.
e. entrar pela parte da frente do veículo e determinar aos homens que estão após a
catraca que desçam pela porta traseira, ficando na parte esquerda do veículo as
crianças e os adultos restantes (mulheres, idosos e pessoas com necessidades
especiais); sendo que os adultos ficarão com as mãos sobre o encosto dos
bancos (Ação corretiva 2);
162 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

f. descer pela porta dianteira e se posicionar aproximadamente 5 (cinco) metros do


veículo, de modo que possibilite melhor visualização do interior e dos abordados;
13. Proceder, o motorista da primeira viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado, passando pela frente da
viatura;
b. deslocar com a silhueta reduzida em direção ao lado direito do veículo;
c. posicionar-se a uma distância de segurança, alinhado à parte traseira direita do
veículo, de modo que possibilite melhor visualização do interior.
14. Proceder, o comandante da segunda viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado;
b. deslocar com a silhueta reduzida em direção ao lado direito do veículo;
c. posicionar-se aproximadamente 5 (cinco) metros, próximo à traseira do veículo,
de modo que possibilite melhor visualização do interior do mesmo, ficando à
esquerda do motorista da primeira viatura;
d. verbalizar na medida em que os ocupantes estejam desembarcando do veículo:
“Desça(m) devagar! Coloque(m) as mãos na lataria do veículo! Afaste(m) as
pernas e os braços! Olhe(m) para frente!”.
15. Proceder, o motorista da segunda viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção à retaguarda das viaturas;
b. deslocar com a silhueta reduzida;
c. posicionar com a arma longa em posição sul e fazer a segurança de perímetro.
16. Posicionar em “V” a equipe para o início da busca pessoal (Imagens 2 e 3);
17. Realizar a busca pessoal, o motorista da primeira viatura;
18. Determinar, o comandante da primeira viatura, que o(s) abordado(s) se
posicione(m) ao lado direito do veículo (calçada), ficando entre os comandantes da
primeira viatura e da segunda viatura;
19. Solicitar, o comandante da primeira viatura, a documentação pessoal dos
abordados;
20. Recolher a documentação, o policial motorista da primeira viatura, que a repassará
ao comandante da primeira viatura para questionamentos e verificações iniciais;
21. Entregar a documentação ao policial motorista da primeira viatura e determinar
que proceda à busca e à identificação veicular (POP 405);
22. Pesquisar antecedentes criminais e situação do veículo junto ao SIOP/COPOM, o
policial motorista da primeira viatura, por meio da documentação após a vistoria no
veículo;
23. Entregar toda a documentação ao comandante da primeira viatura, que irá
proceder à devolução;
24. Liberar os abordados, o comandante da primeira viatura, utilizando a seguinte
frase: “Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia
Militar. Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
Aguardar que embarque(m) no veículo e que esse retorne sua trajetória.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que escolham local seguro para abordagem, evitando riscos à equipe, à
população e ao(s) abordado(s);
2. Que os policiais militares se exponham o mínimo possível aos riscos inerentes à
abordagem;
3. Que impossibilitem a reação das pessoas em atitudes suspeitas durante a
abordagem.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja suspeita da presença de refém no interior do veículo e esse seja usado
POP:Procedimento Operacional Padrão | 163

como garantia de vida do(s) abordado(s), adotar as medidas previstas no POP 605
(Sequência das ações 4);
2. Caso o veículo seja de uma só porta, o comandante da primeira viatura procederá
da seguinte forma (Sequência das ações 12, e):
a. determinar que o motorista do veículo abra a porta;
b. entrar e determinar que os homens desçam três a três com as mãos na cabeça;
c. aguardar que todos os homens desçam e se posicionem na lataria do veículo;
d. determinar que fiquem na parte esquerda do veículo as crianças e os adultos
restantes (mulheres, idosos e pessoas com necessidades especiais), sendo que
os adultos ficarão com as mãos sobre o encosto dos bancos.
3. Caso uma das guarnições seja composta por 3 (três) policiais militares, o auxiliar
desembarcará e posicionar-se-á entre o motorista da primeira viatura e o
comandante da segunda, devendo auxiliar o motorista nas buscas pessoais e será
o responsável pelas vistorias no veículo;
4. Caso as duas guarnições sejam compostas por 3 (três) policiais militares, o
motorista da segunda viatura deslocará para a parte traseira esquerda da viatura
dele, enquanto o auxiliar da segunda viatura deslocará para o lado direito da sua
viatura, junto à calçada, empunhando arma na posição sul e assumindo a
segurança geral;
5. Caso algum dos abordados empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo
do outro abordado determina que ele se deite no chão, algemando-o em seguida;
enquanto o outro policial faz a segurança e informa ao SIOP/COPOM as
características do indivíduo que fugiu, a fim de que as guarnições o detenham.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Abordar o veículo em aclive, declive, curvas ou outros locais inadequados;
2. Deixar de observar os princípios para a abordagem;
3. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
4. Deixar de inspecionar o veículo de forma segura;
5. Não realizar a segurança do perímetro.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento da guarnição após desembarque.


164 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: busca pessoal feita pelo motorista da primeira guarnição.

Imagem 3: movimentação do motorista da primeira guarnição durante a busca


pessoal.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 165

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 208
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A CAMINHÃO SOB FUNDADA SUSPEITA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a caminhão sob fundada suspeita POP 208.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
166 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 208 ABORDAGEM A CAMINHÃO SOB FUNDADA SUSPEITA
PROCEDIMENTO 208.01 Abordagem a caminhão sob fundada suspeita
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque do veículo pela(s) pessoa(s) a ser(em) submetida(s) à busca
pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar e identificar o veículo a ser abordado;
2. Solicitar apoio e prioridade de comunicação via rádio ao SIOP/COPOM;
3. Realizar o acompanhamento e cerco do veículo (POP 402);
4. Atentar para possibilidade de refém no interior do veículo (Ação corretiva 1);
5. Transmitir via rádio ao SIOP/COPOM as sucessivas posições ocupadas pelo
veículo, o sentido de sua trajetória, suas características e placas de identificação;
6. Confirmar o apoio solicitado e verificar o local adequado para a interceptação;
7. Verificar possibilidade de veículo estar fazendo segurança do veículo a ser
abordado;
8. Realizar a aproximação pela retaguarda do veículo dando ordem de parada, por
meio dos dispositivos sonoros e luminosos de alerta;
9. Posicionar a primeira viatura aproximadamente 5 (cinco) metros alinhando o centro
do para-choque dianteiro da viatura com a lanterna esquerda traseira do veículo
abordado;
10. Posicionar a viatura de apoio à retaguarda e na diagonal em relação à primeira,
alinhando a luz indicadora de direção frontal direita da segunda viatura com a
lanterna traseira esquerda da primeira viatura (Imagem 1);
11. Manter o armamento na posição sul, sendo que as equipes desembarcam rápida e
seguramente;
12. Proceder, o comandante da primeira viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado, passando pela frente da
viatura;
b. conferir o fechamento do baú do veículo de carga;
c. deslocar em direção à boleia, pelo lado esquerdo do veículo, com a silhueta
reduzida;
d. posicionar aproximadamente 5 (cinco) metros da boleia do veículo, de modo que
possibilite melhor visualização do interior;
e. verbalizar: “Polícia! Desligue o veículo. Desça(m) do veículo pela porta do
passageiro com as mãos na cabeça e mantenha(m) a porta aberta!”.
13. Proceder, o motorista da primeira viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado, passando pela frente da
viatura;
b. deslocar com a silhueta reduzida em direção ao lado direito do veículo;
c. posicionar aproximadamente 5 (cinco) metros da boleia do veículo, de modo que
possibilite melhor visualização do interior;
d. realizar a busca pessoal após o desembarque e o posicionamento dos ocupantes
POP:Procedimento Operacional Padrão | 167

do veículo.
14. Proceder, o comandante da segunda viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção ao veículo a ser abordado;
b. deslocar com a silhueta reduzida em direção ao lado direito do veículo;
c. posicionar aproximadamente 5 (cinco) metros da boleia do veículo, de modo que
possibilite melhor visualização do interior, ficando à esquerda do motorista da
primeira viatura;
d. verbalizar na medida em que os ocupantes estejam desembarcando do veículo:
“Desça(m) devagar! Coloque(m) as mãos na lataria do veículo! Afaste(m) as
pernas e os braços! Olhe(m) para frente!”;
e. fazer segurança para busca pessoal.
15. Proceder, o motorista da segunda viatura, à seguinte sequência:
a. desembarcar em direção à retaguarda das viaturas;
b. deslocar com a silhueta reduzida;
c. posicionar-se com a arma longa em posição sul e fazer a segurança de perímetro.
16. Passar pela frente do veículo de carga, o comandante da primeira viatura, após o
desembarque e posicionamento do(s) ocupante(s);
17. Alinhar próximo (antes) da porta do passageiro, o comandante da primeira viatura,
e verbalizar: “Existe mais alguém no veículo?”;
18. Visualizar o interior da boleia (Ações corretivas 4 e 5);
19. Posicionar a equipe para o início da busca pessoal (Ação corretiva 6; Imagens 2 e
3);
20. Realizar a busca pessoal, o motorista da primeira viatura;
21. Proceder à abertura do baú do caminhão, caso haja (Ações corretivas 8 e 9);
22. Determinar, o comandante da primeira viatura, que o(s) abordado(s) se
posicione(m) ao lado direito do caminhão (calçada), ficando entre os comandantes
da primeira e da segunda viatura;
23. Solicitar, o comandante da primeira viatura, a documentação pessoal e a do
veículo;
24. Recolher a documentação, o policial motorista da primeira viatura, que a repassará
ao comandante primeira viatura para questionamentos e verificações iniciais;
25. Entregar a documentação ao policial motorista da primeira viatura e determinar que
proceda à busca e à identificação veicular (POP 405);
26. Pesquisar antecedentes criminais e situação do veículo junto ao SIOP/COPOM, o
policial motorista da primeira viatura, por meio da documentação;
27. Entregar toda a documentação ao comandante da primeira viatura, que irá proceder
à devolução;
28. Liberar os abordados, o comandante da primeira viatura, utilizando a seguinte
frase: “Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia
Militar. Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
Aguardar a saída do(s) mesmo(s) do local, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que escolham local seguro para abordagem evitando riscos para a equipe,
população e ao(s) abordado(s);
2. Que os policiais militares se exponham o mínimo possível aos riscos inerentes à
abordagem;
3. Que dificulte a reação das pessoas em atitudes suspeitas durante a abordagem.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja suspeita da presença de refém no interior do veículo e esse seja usado
como garantia de vida do(s) abordado(s), adotar as medidas previstas no POP 605
168 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

(Sequência das ações 4);


2. Caso uma das guarnições seja composta por 3 (três) policiais militares, o auxiliar
desembarcará e posicionar-se-á entre o motorista da primeira viatura e o
comandante da segunda, devendo assessorar o motorista nas buscas pessoais e
será o responsável pela busca no veículo;
3. Caso as duas guarnições sejam compostas por 3 (três) policiais militares, o
motorista da segunda viatura deslocará para a parte traseira esquerda da sua
viatura, enquanto o auxiliar da segunda deslocará para o lado direito da sua viatura,
junto à calçada, empunhando arma na posição sul e assumindo a segurança geral;
4. Caso o veículo de carga possua cortinas, o comandante da primeira viatura irá
determinar ao motorista que abra as cortinas e retorne a posição de abordagem,
para posteriormente executar a visualização (Sequência das ações 18);
5. Caso seja constatada a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo,
quando do fatiamento ou da averiguação, o comandante deverá determinar:
“Desça(m) com as mãos para cima! Coloque(m) as mãos na lataria do veículo!
Afaste(m) as pernas e os braços! Olhe(m) para frente!” (Sequência das ações
18);
6. Caso existam mais de dois abordados, os seguranças posicionar-se-ão em “V”
acompanhando a sequência da busca pessoal (Sequência das ações 19;
Imagens 2 e 3);
7. Caso algum dos abordados empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo do
outro abordado determina que ele se deite no chão, algemando-o em seguida;
enquanto o outro policial faz a segurança e informa ao SIOP/COPOM as
características do indivíduo que fugiu a fim de que as guarnições o detenham;
8. Caso o caminhão possua baú, após a busca pessoal, o comandante determinará
ao condutor do caminhão que abra o baú. No momento da abertura, o motorista da
primeira viatura posicionar-se-á atrás do baú, 45º à direita, enquanto o comandante
da segunda viatura se posicionará atrás do baú, 45º à esquerda. Após abertura, os
policiais fatiarão em direção ao centro até que possam visualizar o fundo do baú;
9. Caso uma ou as duas guarnições possuam auxiliar, os responsáveis pelo
posicionamento atrás do baú quando de sua abertura serão o motorista da primeira
viatura e o auxiliar, sendo que o motorista se posicionará 45º à direita e o auxiliar,
45º à esquerda em relação ao baú. Havendo dois auxiliares, o auxiliar da primeira
viatura deverá realizar esse procedimento.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Abordar o veículo de carga em aclive, declive, curvas ou outros locais inadequados;
2. Deixar de observar os princípios da abordagem;
3. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
4. Deixar de inspecionar visualmente o veículo de forma segura, para a constatação
da existência ou não de outra(s) pessoa(s) em seu interior;
5. Não realizar a segurança do perímetro.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 169

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das viaturas antes do desembarque.

Imagem 2: busca pessoal feita pelo motorista da primeira guarnição.


170 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: movimentação do motorista da primeira guarnição durante a busca pessoal.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 171

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 209
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR SOB
FUNDADA SUSPEITA POR VIATURA DE 2 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e de porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por
POP 209.01
pessoa(s) em atitude suspeita por viatura de 2 rodas
Busca pessoal POP 201.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal
444
(CPP).
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro
448
condutor. (CTB).
Decreto-Lei nº 667/69, art. 3º, alínea a. 467
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional
447
(CTN).
172 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 209 ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR SOB
FUNDADA SUSPEITA POR VIATURA DE 2 RODAS
PROCEDIMENTO 209.01 Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por
pessoa(s) em atitude suspeita por viatura de 2 rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ------
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
5. Escolha do local da abordagem;
6. Chegada para a abordagem;
7. Verbalização;
8. Desembarque dos abordados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar as pessoas a serem abordadas com atenção às mãos dos abordados;
2. Posicionar, o terceiro homem, montado levemente à direita, de forma a ampliar o
ângulo de visualização; a arma deve estar na posição pronto baixo lateral ou na
parte lateral da coxa com o dedo fora do gatilho e controle de cano;
3. Aproximar do veículo abordado a motocicleta do segundo homem (piloto do
garupa), pela diagonal, 45º à esquerda e aproximadamente 5 (cinco) metros à
retaguarda;
4. Aproximar do veículo abordado a motocicleta do primeiro homem (comandante),
pela diagonal, 45º à direita e aproximadamente 5 (cinco) metros à retaguarda;
5. Sinalizar, o segundo homem, com um toque na sirene, luz intermitente e uma troca
de luz alta e baixa;
6. Verbalizar o terceiro homem (garupa): “Polícia, pare a moto!”;
7. Desligar as motocicletas engrenadas, por meio do botão de interrupção do
funcionamento do motor;
8. Verbalizar o terceiro homem: “Desligue a moto! Coloquem as mãos na cabeça e
não retirem os capacetes”;
9. Desmontar, o primeiro homem, simultaneamente à verbalização do terceiro homem,
com o armamento na posição sul e posicionar à direita de sua motocicleta;
10. Desmontar, com o armamento na posição sul, o terceiro homem e se posicionar à
esquerda de sua motocicleta (Ação corretiva 1);
11. Desmontar, com o armamento na posição sul, o segundo homem e se posicionar
entre as motocicletas (Imagem 1);
12. Verbalizar o primeiro homem: “Desçam com as mãos na cabeça! Venham para
trás da moto e virem de costas para mim”;
13. Movimentar a guarnição (primeiro homem e terceiro homem) para o início da busca
pessoal;
14. Proceder busca pessoal, o segundo homem (Imagem 3);
15. Posicionar os abordados sobre a calçada;
16. Determinar ao(s) abordado(s), após a busca pessoal, a retirada do(s) capacete(s) e
a entrega um por vez; realizando a verificação interna e a acomodação do(s)
capacete(s) no(s) retrovisor(es) da motocicleta (Ação corretiva 2; Possibilidades
de erro de 3 a 5);
17. Determinar ao(s) abordado(s) que volte(m) sua(s) frente(s) para a via com as mãos
para trás;
18. Coldrear o armamento, toda a guarnição, após a busca pessoal;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 173

19. Posicionar ao lado direito do(s) abordado(s), o primeiro homem;


20. Posicionar ao lado esquerdo do(s) abordado(s) ficando responsável pela segurança
geral, o terceiro homem (Imagem 4);
21. Retirar seu capacete, o segundo homem; acomodá-lo no retrovisor direito de sua
motocicleta e colocar sua cobertura;
22. Recolher, o segundo homem, os capacetes do primeiro e do terceiro homem,
sequencialmente;
23. Colocar imediatamente, o primeiro homem e o terceiro homem, suas coberturas;
24. Acomodar, o segundo homem, os capacetes do primeiro homem e do terceiro
homem em suas respectivas motocicletas;
25. Solicitar aos abordados a documentação pessoal e do veículo, o primeiro homem;
26. Recolher a documentação, o segundo homem, que a repassará ao comandante
para questionamentos e verificações iniciais;
27. Devolver a documentação ao segundo homem e determinar que proceda à busca e
identificação veicular, bem como consulta(s) junto ao SIOP/COPOM;
28. Devolver toda documentação ao primeiro homem, quando nada constatado, que
procederá à devolução ao(s) respectivo(s) proprietário(s);
29. Liberar os abordados, o comandante da primeira viatura, utilizando a seguinte
frase: “Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia
Militar. Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
Aguardar a saída do(s) mesmo(s), se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local da abordagem seja seguro para a guarnição, os transeuntes e os
abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda, o terceiro homem deve
se posicionar na frente de sua motocicleta, quando desmontar (Sequência das
ações 10 e Imagem 2);
2. Caso a motocicleta abordada não possua retrovisor(es), acomodar o(s) capacete(s)
em um local seguro ( Sequência das ações 16; Possibilidades de erro 3 e 4);
3. Caso no transcorrer da abordagem o abordado se comporte de maneira não
cooperativa (resistência), adotar o uso seletivo da força (POP 108);
4. Caso terceiro homem (garupa) não tenha a possibilidade de anotar os dados em
deslocamento, a guarnição deve parar as motocicletas, uma ao lado da outra,
paralelas ao meio fio, desmontando o garupa, para assumir a função de segurança
geral, sendo a anotação executada pelo segundo homem;
5. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e cerco (POP
402).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada da motocicleta a ser abordada;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro
policial;
3. Acomodar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) no chão (Sequência das ações 16 e
Ação corretiva 2);
174 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Deixar o(s) capacete(s) do(s) abordado(s) cair(em) (Sequência das ações 16 e


Ação corretiva 2);
5. Permitir que os abordados retirem os capacetes de frente para os policiais
(Sequência das ações 16);
6. Confundir as atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
7. Realizar a abordagem em local inadequado.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posição da guarnição após o desembarque.

Imagem 2: posicionamento do terceiro homem com fluxo intenso de veículos na faixa


da esquerda.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 175

Imagem 3: movimentação da guarnição para a busca pessoal.

Imagem 4: posicionamento dos abordados e da guarnição sobre a calçada.


176 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 210
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA
POR INFRATORES DA LEI POR VIATURA DE 2 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à motocicleta ou similar ocupada
POP 210.01
por infrator(es) da lei por viatura de 2 rodas
Busca pessoal POP 203.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Fiscalização do veículo e do Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
condutor. 447
Decreto-Lei nº 667/69, art. 3º, alínea a. 467
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
POP:Procedimento Operacional Padrão | 177

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 210 ABORDAGEM À MOTOCICLETA OU SIMILAR OCUPADA
POR INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA DE 2 RODAS
PROCEDIMENTO 210.01 Abordagem à motocicleta ou similar ocupada por
infrator(es) da lei por viatura de 2 rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -------
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada para a abordagem;
2. Verbalização;
3. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado;
4. Detenção do(s) infrator(s) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar e identificar o veículo ocupado por infratores da lei;
2. Transmitir via rádio ao SIOP/COPOM as sucessivas posições ocupadas pelo
veículo, o sentido de sua trajetória, suas características e placa de identificação;
3. Posicionar, o terceiro homem, montado levemente à direita, de forma a ampliar o
ângulo de visualização com a arma na posição pronto baixo lateral;
4. Aproximar do veículo abordado a motocicleta do segundo homem (piloto do
garupa), pela diagonal, 45º à esquerda e aproximadamente 5 (cinco) metros à
retaguarda;
5. Aproximar do veículo abordado a motocicleta do primeiro homem (comandante),
pela diagonal, 45º à direita e aproximadamente 5 (cinco) metros à retaguarda;
6. Sinalizar, o segundo homem, com um toque na sirene, luz intermitente e uma troca
de luz alta e baixa;
7. Verbalizar o terceiro homem: “Polícia! Pare a moto”;
8. Desligar as motocicletas engrenadas, por meio do botão de interrupção do
funcionamento do motor;
9. Verbalizar, o terceiro homem: “Desligue a moto! Coloquem as mãos na cabeça e
não retirem o capacete!”;
10. Desmontar, o primeiro homem, simultaneamente à verbalização do terceiro homem,
com o armamento na posição pronto baixo e posicionar à direita de sua motocicleta
(Imagem 1);
11. Desmontar, o terceiro homem, com o armamento na posição pronto baixo, e se
posicionar à esquerda de sua motocicleta (Ação corretiva 2 e Imagem 2);
12. Desmontar, com o armamento na posição pronto baixo, o segundo homem e
posicionar entre as motocicletas (Imagem 1);
13. Verbalizar o primeiro homem: “Desça(m) com as mãos na cabeça! Venha(m)
devagar, na minha direção, olhando para mim”. Se necessário, determinar
novamente: “Olhando para mim!”;
14. Determinar, o comandante: “Deitem-se no chão com os braços estendidos e as
palmas das mãos para cima!”; assim que os infratores atingirem a metade da
distância entre a moto abordada e as viaturas (Imagem 3);
15. Certificar que todos os policiais estejam em posições de segurança;
16. Posicionar, o primeiro e o terceiro homem na segurança, um à frente do infrator que
não esteja sendo algemado e o outro 90º em relação ao infrator que esteja sendo
algemado (Imagem 5);
17. Prosseguir, o segundo homem, com a arma no coldre devendo travá-lo, antes de
178 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

iniciar a aproximação às pessoas infratoras da lei, no intuito de algemá-las.


Aproximar-se do(s) abordado(s) e determinar: “Mãos na nuca, entrelacem os
dedos”. Então proceder ao algemamento (Imagem 5);
18. Auxiliar o(s) abordado(s) a ficar(em) em pé e proceder à busca pessoal, o segundo
homem;
19. Coldrear o armamento toda a guarnição, após a busca pessoal;
20. Posicionar o(s) infrator(s), após ser(em) revistado(s), em pé na calçada ao lado do
primeiro homem, enquanto o segundo homem faz retirada do(s) capacete(s) e
identificação veicular, em seguida as consultas no SIOP/COPOM (Imagem 7);
21. Embarcar os infratores da lei na viatura de apoio, ficando o comandante dessa
viatura responsável pela guarda desses.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro e adequado para guarnição,
transeuntes e abordado(s);
2. Que os infratores da lei sejam presos pela guarnição;
3. Que a guarnição aja com segurança em todo o perímetro, observando os princípios
da abordagem;
4. Que os policiais atuem dentro dos princípios da legalidade e sejam respeitosos
durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o policial verifique a possibilidade de reação da(s) pessoa(s) infratora(s) da lei
ou constate o surgimento de um novo fator de risco, deverá alertar os demais
componentes, de forma que lhes permitam a adoção de uma medida de contenção
e de controle; assim como busca de abrigos ou de coberturas mais adequadas;
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda, o garupa deve se
posicionar entre as motocicletas à esquerda do segundo homem, após desmontar
(Sequência das ações 11);
3. Caso algum dos abordados empreenda fuga, o policial que estiver mais próximo do
outro abordado determina que ele se deite no chão, algemando-o em seguida;
enquanto o outro policial faz a segurança e informa ao SIOP/COPOM as
características do indivíduo que fugiu a fim de que as guarnições o detenham;
4. Caso o veículo abordado venha a evadir do local, iniciar acompanhamento e cerco
(POP 402).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Confundir suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
3. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte de outro
policial;
4. Deixar de proceder à busca e à identificação veicular, bem como, não conferir a
documentação do(s) abordado(s) e do veículo junto ao SIOP/COPOM.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 179

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: desembarque e posicionamento do primeiro homem, assumindo a


verbalização e a segurança da guarnição para desembarque do terceiro e segundo
homem.

Imagem 2: desembarque e posicionamento do terceiro homem à esquerda de sua


moto.
180 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: posicionamento dos infratores de frente para a guarnição.

Imagem 4: posicionamento dos infratores, deitados no chão para o algemamento.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 181

Imagem 5: algemamento dos infratores pelo segundo homem.

Imagem 6: posicionamento da guarnição e infratores para a busca pessoal.


182 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 211
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA POR
VIATURA 2 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a veículo sob fundada suspeita por
POP 211.01
viatura 2 rodas
Busca pessoal POP 201.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Deslocamento para o local de Art. 29, incisos VII e VIII do Código de
448
ocorrência. Trânsito Brasileiro (CTB).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 183

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 211 ABORDAGEM A VEÍCULO SOB FUNDADA SUSPEITA POR
VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO Abordagem a veículo sob fundada suspeita por viatura 2
211.01 rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque dos abordados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar as pessoas no interior do veículo, solicitar apoio se houver superioridade
numérica evidente (Ação corretiva 1);
2. Aproximar a motocicleta, o primeiro homem, alinhando o retrovisor esquerdo dessa
com o retrovisor direito do veículo a ser abordado;
3. Aproximar a motocicleta, o segundo homem, alinhando o retrovisor direito dessa
com o retrovisor esquerdo do veículo a ser abordado;
4. Sinalizar, o segundo homem, com um toque na sirene, luz intermitente e uma troca
de luz alta e baixa;
5. Posicionar a motocicleta, o segundo homem, aproximadamente 5 (cinco) metros do
veículo abordado; em seguida, o terceiro homem determina: “Polícia! Pare o
veículo.”;
6. Desligar as motocicletas engrenadas pelo botão de interrupção do funcionamento
do motor;
7. Desmontar com o armamento na posição sul, o primeiro homem, posicionando-se à
direita de sua motocicleta;
8. Desmontar,o terceiro homem, posicionando-se à esquerda de sua motocicleta e,
em seguida, o segundo homem posiciona-se entre as motocicletas (Ação corretiva
2 e Imagem 1);
9. Assumir a verbalização, o primeiro homem, e determinar aos abordados(s):
“Desligue o veículo! Desça(m) com as mãos na cabeça! Venham para trás do
veículo e coloquem as mãos sobre a traseira do veículo, afastem as pernas e
olhem para frente.” (Ações corretivas 3 e 4);
10. Perguntar aos abordados, o primeiro homem: “Existe mais alguém no veículo?”;
em seguida, proceder ao fatiamento pelo lado direito do veículo, a fim de verificar a
existência de mais pessoas no interior do veículo;
11. Posicionar, o primeiro homem e o terceiro homem, para o início da busca pessoal
(Imagens 4 e 5);
12. Proceder, o segundo homem, à busca pessoal;
13. Coldrear o armamento, toda guarnição, após busca pessoal;
14. Posicionar o(s) abordado(s) na calçada, ao lado direito de seu veículo (Imagem 6);
15. Posicionar o(s) abordado(s) à esquerda do primeiro homem e à direita do terceiro
homem, ficando este responsável pela segurança geral (Imagem 6);
16. Retirar o capacete, o segundo homem, acomodá-lo no retrovisor direito de sua
motocicleta e colocar sua cobertura;
17. Recolher, o segundo homem, os capacetes do terceiro e do primeiro homem,
184 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

sequencialmente, e colocá-los em suas respectivas motocicletas;


18. Colocar, imediatamente, o primeiro e o terceiro homem, suas coberturas;
19. Solicitar ao(s) abordado(s) a documentação pessoal e do veículo;
20. Recolher a documentação, o segundo homem, que a repassará ao primeiro homem
para questionamentos e verificações iniciais;
21. Devolver a documentação ao segundo homem que fará a busca e identificação
veicular e a consulta(s) junto ao SIOP/COPOM;
22. Devolver a documentação, quando nada constatado, ao primeiro homem, que a
entregará a seu(s) respectivo(s) proprietário(s);
23. Liberar os abordados, o primeiro homem, utilizando a seguinte frase: “Senhor(es),
este é um procedimento operacional padrão da Polícia Militar. Agradecemos a
colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”. Aguardar a saída dos
abordados, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as pessoas em atitudes suspeitas sejam identificadas;
2. Que o local da abordagem seja seguro para a guarnição, transeuntes e abordados;
3. Que a guarnição esteja preparada para uma possível reação dos abordados;
4. Que cada policial se exponha o mínimo possível;
5. Que os policiais sejam respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível a visualização solicitar apoio (Sequência das ações 1);
2. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda, o terceiro homem deve
se posicionar na frente de sua motocicleta, à esquerda do segundo homem
(Sequência das ações 8 e Imagem 3);
3. Caso o veículo seja de 2 (duas) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida, a um dos ocupantes será determinado: “Levante o encosto do
banco, deixe a porta aberta e vá para a traseira do veículo” (Sequência das
ações 9);
4. Caso o veículo seja de 4 (quatro) portas e tenha sua visibilidade interna
comprometida determinar: “Motorista, feche sua porta” e a um dos ocupantes:
“Deixe sua porta aberta, abra a porta traseira e venha para trás do veículo”
(Sequência das ações 9);
5. Caso no transcorrer da abordagem, o abordado comporte-se de maneira não
cooperativa (resistente), adotar o uso seletivo da força (POP 108);
6. Caso o terceiro homem não tenha a possibilidade de anotar os dados em
deslocamento, a guarnição deve parar as motocicletas, uma ao lado da outra,
paralelas ao meio fio, desmontando o terceiro homem para assumir a função de
segurança geral, sendo a anotação executada pelo segundo homem;
7. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e cerco (POP
402).
POSSIBILIDADES DE ERROS
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Agir isoladamente sem a ação complementar de segurança por parte de outro
policial;
3. Deixar de observar os princípios da abordagem e posicionar incorretamente as
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
4. Confundir suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
5. Deixar de proceder à busca e à identificação veicular, bem como, não conferir a
documentação do(s) abordado(s) junto ao SIOP/COPOM.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 185

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: desembarque da guarnição para abordagem.

Imagem 2: desembarque com fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda.


186 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 3: busca pessoal e posicionamento da guarnição.

Imagem 4: busca pessoal e posicionamento da guarnição.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 187

Imagem 5: posição dos abordados para técnica de entrevista e de identificação.


188 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 212
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR INFRATOR(ES)
DA LEI POR VIATURA 2 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei
POP 212.01
por viatura 2 rodas
Busca pessoal POP 201.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Deslocamento para o local de Art. 29, VII e VIII do Código de Trânsito
448
ocorrência. Brasileiro (CTB).
Art. 23 do CTB. 447
Fiscalização do veículo e do
condutor. Decreto Lei 667/69, art. 3º, a. 467

Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447


POP:Procedimento Operacional Padrão | 189

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO II ABORDAGENS POLICIAIS
PROCESSO 212 ABORDAGEM A VEÍCULO OCUPADO POR
INFRATOR(ES) DA LEI POR VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO 212.01 Abordagem a veículo ocupado por infrator(es) da lei por
viatura 2 rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do local da abordagem;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Desembarque dos ocupantes do veículo abordado;
5. Detenção do(s) infrator(s) da lei.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar e identificar o veículo ocupado por infratores da lei;
2. Solicitar apoio ao SIOP/COPOM e prioridade de comunicação via rádio;
3. Transmitir via rádio ao SIOP/COPOM as sucessivas posições ocupadas pelo
veículo, o sentido de sua trajetória, suas características e placas de identificação;
4. Confirmar e aguardar o apoio solicitado, bem como verificar o local adequado para
a interceptação;
5. Posicionar, o terceiro homem, ainda montado e inclinado levemente à direita, de
forma a ampliar o ângulo de visualização com a arma na posição pronto baixo;
6. Aproximar a motocicleta, o primeiro homem, alinhando o retrovisor esquerdo dessa,
com o retrovisor direito do veículo a ser abordado;
7. Aproximar a motocicleta, o segundo homem, alinhando o retrovisor direito dessa,
com o retrovisor esquerdo do veículo a ser abordado;
8. Sinalizar, o segundo homem, com um toque na sirene, luz intermitente e uma troca
de luz alta e baixa;
9. Posicionar, o segundo homem, a motocicleta aproximadamente 5 (cinco) metros do
veículo abordado; em seguida, o terceiro homem determina: “Polícia! Pare o
veículo”;
10. Desligar as motocicletas engrenadas pelo botão de interrupção do funcionamento
do motor;
11. Posicionar a viatura de apoio à retaguarda e na diagonal em relação às
motocicletas, bloqueando fluxo de pedestres e de veículos no local da abordagem
(Imagem 1);
12. Desmontar, com o armamento na posição pronto baixo, o primeiro homem,
posicionando-se à direita de sua motocicleta;
13. Desmontar o terceiro homem, posicionando-se à esquerda de sua motocicleta e em
seguida, o segundo homem, posiciona-se entre as motocicletas;
14. Deslocar, o comandante da viatura de apoio, para a esquerda do primeiro homem,
auxiliando a equipe na segurança dos procedimentos da abordagem;
15. Deslocar, o motorista da viatura de apoio, para a parte traseira esquerda,
empunhando uma arma longa na posição sul, assumindo a função de segurança
geral;
16. Assumir a verbalização, o primeiro homem, e determinar aos abordados(s):
“Desligue o veículo! Desçam com as mãos na cabeça. Venham devagar na
minha direção, olhando para mim”. Se necessário, determine novamente:
190 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

“Olhando para mim!”;


17. Determinar, o primeiro homem: “Deitem no chão com os braços estendidos e
com as palmas das mãos para cima!”, assim que os infratores da lei atingirem a
metade da distância entre o veículo abordado e as motocicletas;
18. Perguntar aos abordados, o primeiro homem: “Existe mais alguém no veículo?”;
em seguida, proceder ao fatiamento pelo lado direito do veículo, a fim de verificar a
existência de mais pessoas no interior do veículo (Ação corretiva 2);
19. Posicionar a guarnição para o início da busca pessoal (Imagens 3 e 4);
20. Realizar a segurança o primeiro homem, o terceiro homem e o comandante da
viatura de apoio. Quando o primeiro homem estiver na frente do infrator a ser
algemado, o terceiro homem e o comandante da viatura estarão a 90º (noventa
graus). Quando mudar o posicionamento do segundo homem, inverte-se o
posicionamento do primeiro homem, terceiro homem e o comandante da viatura de
apoio;
21. Coldrear a arma de fogo, o segundo homem, devendo travá-lo antes de iniciar a
aproximação às pessoas infratoras da lei, no intuito de algemá-las. Aproxima-se
do(s) abordado(s) e determina: “Mãos na nuca, entrelacem os dedos”,
procedendo ao algemamento (Imagem 4);
22. Auxiliar o(s) abordado(s) a ficar(em) em pé e proceder à busca pessoal (Imagem
6);
23. Embarcar os infratores da lei na viatura de apoio, após a realização da busca
pessoal, ficando o comandante da viatura responsável pela guarda;
24. Posicionar a guarnição para a abertura do porta-malas do veículo procedendo da
seguinte forma: o primeiro homem posicionar-se-á na segurança geral, enquanto o
segundo homem abrirá o porta-malas, posicionando-se do lado direito próximo ao
porta-malas e; o terceiro homem, posicionar-se-á aproximadamente 3 (três) metros
à retaguarda do porta-malas num ângulo de 45º graus à direita, com a arma na
posição pronto;
25. Coldrear o armamento toda guarnição;
26. Proceder, o segundo homem, à busca e à identificação veicular; em seguida, às
consultas junto ao SIOP/COPOM;
27. Encaminhar o(s) infrator(es) para a repartição competente (POP 501.04).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição aja com segurança em todo o perímetro, observando os princípios
de superioridade numérica, de armamento e demais condutas operacionais;
2. Que os infratores da lei sejam presos;
3. Que o local utilizado para a abordagem seja seguro e adequado para a guarnição,
transeuntes e abordados;
4. Que numa possível reação dos infratores, a guarnição esteja em plena condição de
reagir e controlar a situação;
5. Que os policiais militares ajam dentro dos princípios da legalidade e sejam
respeitosos durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja fluxo intenso de veículos na faixa da esquerda, o terceiro homem deve
se posicionar na frente de sua motocicleta, à esquerda do segundo homem;
2. Caso se constate a presença de outra(s) pessoa(s) no interior do veículo, durante o
fatiamento, o primeiro homem determinará: “Desça(m) com as mãos na cabeça e
deite(m) ao lado dos demais” (Sequência das ações 18);
3. Caso perceba a falta de segurança para a execução do fatiamento, o PM deverá
recorrer às técnicas de progressão, à tomada de barricada, à redução de silhueta e
POP:Procedimento Operacional Padrão | 191

à olhada rápida;
4. Caso o veículo abordado venha a evadir, iniciar acompanhamento e cerco (POP
402).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não sinalizar corretamente para a parada do veículo a ser abordado;
2. Deixar de observar os princípios da abordagem e posicionar incorretamente a(s)
pessoa(s) a ser(em) abordada(s);
3. Confundir suas atribuições durante a abordagem, agindo de forma desordenada;
4. Agir isoladamente sem a ação complementar de cobertura por parte do outro
policial;
5. Não realizar o bloqueio do fluxo de veículos e de pedestres no local da abordagem,
bem como, não realizar a segurança da retaguarda.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das guarnições para a abordagem e desembarque do


primeiro homem.
192 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: desembarque e posicionamento do terceiro homem.

Imagem 3: desembarque dos infratores.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 193

Imagem 4: posicionamento dos infratores para serem algemados.

Imagem 5: algemamento do(s) infrator(es) pelos segundo e terceiro homem.


194 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 6: posicionamento para busca pessoal.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 195

MODULO III – MODALIDADES DE POLICIAMENTO


196 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 301
NOME DO PROCESSO: PATRULHAMENTO COM VIATURA 4 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Procedimentos preliminares POP 301.01
Composição da guarnição POP 301.02
Patrulhamento POP 301.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Deslocamento. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 448
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Velocidade máxima. Art. 61 do CTB. 448
Velocidade mínima. Art. 62 e 219 do CTB. 449
POP:Procedimento Operacional Padrão | 197

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 301 Patrulhamento com viaturas 4 rodas
PROCEDIMENTO 301.01 Procedimentos preliminares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Motorista da viatura.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Adequação da viatura para o serviço.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
17. Embarcar na viatura;
18. Ajustar o banco;
19. Ajustar os espelhos retrovisores;
20. Verificar se o freio de estacionamento está acionado;
21. Verificar se o câmbio se encontra em ponto neutro;
22. Ligar o motor da viatura (Esclarecimento 1);
23. Acionar o botão interruptor da luz baixa;
24. Acionar o botão interruptor dos sinais luminosos de emergência da viatura, ligando
as luzes intermitentes (giroflex);
25. Acionar o rádio comunicador, sintonizar na respectiva faixa e verificar a qualidade
do sinal;
26. Deslocar para o patrulhamento após o embarque dos demais ocupantes.
RESULTADO ESPERADO
6. Que a viatura esteja em perfeitas condições de emprego para o patrulhamento.
AÇÃO CORRETIVA
4. Caso sejam constatados defeitos na viatura, proceder conforme POP 407.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não acionar o sistema de iluminação (faróis e lanternas);
2. Não comunicar as avarias encontradas;
3. Não manter o dispositivo luminoso intermitente acionado (giroflex);
4. Não acionar e não sintonizar na respectiva faixa o rádio comunicador;
5. Iniciar o patrulhamento com a viatura sem a higienização adequada.

ESCLARECIMENTO:

1. Acionamento do motor da viatura: o motor deve ser acionado antes de ser ligado o
sistema de iluminação para evitar desgastes na bateria da viatura.
198 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE TOCANTINS


MODULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 301 Patrulhamento com viatura 4 rodas
PROCEDIMENTO 301.02 Composição da guarnição
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: -------- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante da unidade ou subunidade.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Definição da função de cada componente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor a guarnição com 3 (três) integrantes ou, excepcionalmente, com 2 (dois);
2. Providenciar para que o comandante seja graduado;
3. Providenciar para que, na medida do possível, o comandante não acumule a
função de motorista;
4. Estabelecer as funções dos componentes da guarnição (Esclarecimento 1).
RESULTADO ESPERADO
1. Que cada integrante da guarnição conheça sua função.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso a guarnição seja composta por 4 (quatro) policiais militares, as ações serão
pautadas em doutrina específica, tendo em vista que irá se formar uma equipe
tática.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não ser definida e conhecida a função de cada integrante da guarnição
(Esclarecimento 1);
2. Compor guarnição com comandante não graduado.

ESCLARECIMENTOS:

1. Funções dos componentes da guarnição:


a) Comandante da guarnição: responsável pela coordenação e controle, cabendo a
ele toda iniciativa para resolução das ocorrências, bem como a escrituração da
documentação, sendo assessorado pelo motorista e, quando houver, pelo auxiliar.
Sua área de patrulhamento é à frente, lado direito e retaguarda da viatura pelo
espelho retrovisor direito, responsável também pela comunicação via rádio, pelo
telefone celular funcional e com terceiros, quando nas abordagens;
b) Motorista da guarnição: responsável pelo equipamento e armamento de uso
coletivo (quando não houver auxiliar), bem como pela viatura, sua manutenção,
limpeza e condução. Sua área de patrulhamento é à frente, lado esquerdo e
retaguarda da viatura pelo espelho retrovisor esquerdo;
c) Auxiliar da guarnição: na guarnição composta por 3 (três) militares, este será o
responsável pela segurança do motorista quando em patrulhamento e pela
segurança do comandante da guarnição, quando desembarcado. Assumirá ainda
as funções do motorista no que se refere à responsabilidade pelo equipamento e
armamento de uso coletivo da viatura. A sua área de patrulhamento será à
esquerda e à retaguarda da viatura. Quando embarcado se posiciona atrás do
motorista e, uma vez desembarcado, orienta a manobra de estacionamento. O
auxiliar deverá priorizar a visualização externa com o rosto voltado para o lado
esquerdo.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 199

2. Armamento de uso coletivo da viatura: é o armamento longo (portátil) que poderá


ser utilizado por qualquer componente da guarnição; será cautelado pelo auxiliar e,
na ausência deste, pelo motorista da viatura.
200 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE TOCANTINS


MODULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 301 Patrulhamento com viatura 4 rodas
PROCEDIMENTO 301.03 Patrulhamento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ------- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento em segurança;
2. Manutenção da atenção;
3. Deslocamento em velocidade compatível com a via;
4. Identificação de indivíduos em atitudes suspeitas.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Iniciar o deslocamento dirigindo defensivamente (Esclarecimento 1; Imagens 1 e
2);
2. Patrulhar na velocidade mínima estabelecida para a via, com os vidros dianteiros e
traseiros abertos para melhor visualização e portas destravadas (Ações corretivas
1 a 3; Esclarecimento 2);
3. Manter, o comandante da guarnição e o auxiliar, a arma na mão forte, o dedo fora
do gatilho e o cano voltado para o assoalho, permanecendo o motorista com a
arma no coldre;
4. Manter a viatura na faixa da direita e a uma distância segura do veículo
imediatamente à frente (Resultado esperado 2; Esclarecimento 1; Imagens 1 e
2).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o deslocamento transcorra sem acidentes e desgastes desnecessários da
viatura;
2. Que sejam respeitadas as normas de circulação e conduta, bem como seja dada a
devida atenção ao fluxo de pedestres e de veículos que ultrapassem a viatura;
3. Que o campo visual seja o adequado ao local do patrulhamento;
4. Que a população perceba positivamente a presença ostensiva da guarnição.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não haja auxiliar, manter as portas traseiras travadas com os vidros fechados
(Sequência das ações 2);
2. Caso a via a ser patrulhada possua mais de uma faixa de circulação no mesmo
sentido, a viatura poderá trafegar em uma velocidade inferior à mínima estabelecida
(Sequência das ações 2);
3. Caso a via apresente condições desfavoráveis de tráfego, meteorológicas ou
operacionais de trânsito, a viatura poderá trafegar em uma velocidade inferior à
mínima estabelecida (Sequência das ações 2);
4. Caso se observe uma situação anormal durante uma parada momentânea,
desembarcar o comandante e o auxiliar, para a manutenção da amplitude visual e
da segurança da guarnição, mantendo as portas abertas e o armamento na posição
sul;
5. Caso a distância do veículo à frente da viatura não seja segura, reduzir a
velocidade;
6. Caso esteja chovendo intensamente e seja necessário manter o patrulhamento, a
guarnição poderá fechar os vidros;
7. Caso a velocidade precise ser aumentada, condicioná-la à fluidez do tráfego, à
POP:Procedimento Operacional Padrão | 201

circulação de pedestres, às condições climáticas e às condições da pista;


8. Caso o deslocamento se faça imediatamente atrás de veículos grandes, como, entre
outros, carretas, caminhões-baú, ônibus e vans; providenciar a devida adequação
para uma melhor e maior amplitude visual, tanto por parte da guarnição quanto por
parte da população.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não manter a velocidade dentro dos limites estabelecidos;
2. Não voltar o cano da arma para o assoalho e manter o dedo no gatilho;
3. Não manter a viatura na faixa da direita;
4. Não se atentar ao fluxo de veículos e de pedestres;
5. Não respeitar a legislação de trânsito;
6. Não manter distância de segurança do veículo à frente;
7. Não ter o cuidado necessário para evitar possíveis acidentes de trânsito;
8. Permitir, o comandante, que o motorista utilize celular ou o auxilie na tarefa de
comunicação via rádio durante o patrulhamento.

ESCLARECIMENTOS:

1. Dirigir defensivamente: é deslocar de forma segura, dirigindo de modo a evitar


acidentes e danos no veículo, observadas as condições adversas da via, do tráfego
local, dos motoristas e demais usuários, bem como cumprir o que preconiza a
legislação de trânsito em vigor.

2. Distância segura para patrulhamento e parada momentânea: é a aquela que o


motorista consegue visualizar os pneus traseiros do veículo à frente em um plano
com o capô da viatura, garantindo, inclusive, manobras evasivas (Imagens 1 e 2).

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: manutenção de distância segura para patrulhamento e suficiente para


visualizar os pneus traseiros do veículo à frente.
202 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 2: visualização dos pneus traseiros do veículo à frente.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 203

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 302
NOME DO PROCESSO: PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Procedimentos preliminares POP 302.01
Composição da guarnição POP 302.02
Patrulhamento POP 302.03
Parada da guarnição decorrente de fluxo de trânsito ou
POP 302.04
outras paradas rápidas
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Deslocamento. Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 448
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Velocidade máxima. Art. 61 do CTB. 448
Velocidade mínima. Art. 62 e 219 do CTB. 449
204 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADE DE POLICIAMENTO
PROCESSO 302 PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO 302.01 Procedimentos preliminares
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Adequação da viatura para o serviço.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Ajustar os espelhos retrovisores do veículo;
2. Verificar se o veículo está no ponto neutro da transmissão;
3. Ligar o motor da motocicleta;
4. Acionar o botão interruptor do farol na posição de baixo;
5. Acionar o botão interruptor dos sinais luminosos da motocicleta, ligando as luzes
intermitentes (giroflex);
6. Acionar o rádio HT (Hand-Talk = rádio de mão) sintonizar na respectiva faixa e
verificar a qualidade do sinal.
RESULTADO ESPERADO
1. Que a viatura esteja em perfeitas condições de emprego para o patrulhamento.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso sejam constatados defeitos na viatura, proceder conforme POP 407.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não acionar o sistema de iluminação (faróis e lanternas);
2. Não comunicar as avarias encontradas;
3. Não manter o dispositivo luminoso intermitente acionado (giroflex);
4. Não acionar e sintonizar na respectiva faixa o rádio HT;
5. Iniciar o patrulhamento com viatura sem a higienização adequada.

ESCLARECIMENTO:

1. Acionamento do motor: deve ser acionado antes de ser ligado o sistema de


iluminação para evitar desgaste da carga na bateria da motocicleta.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 205

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADE DE POLICIAMENTO
PROCESSO 302 PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO 302.02 Composição da guarnição
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Comandante da unidade ou subunidade.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Definição da função de cada componente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor a guarnição com 3 (três) policiais militares em 2 (duas) viaturas;
2. Providenciar para que o primeiro homem seja graduado;
3. Estabelecer as funções dos componentes da guarnição (Esclarecimento 1).
RESULTADO ESPERADO
2. Que cada integrante da guarnição conheça sua função.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso a guarnição seja composta por 4 (quatro) ou mais policiais militares, as ações
serão pautadas em doutrina específica tendo em vista que irá se formar uma
equipe tática.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não ser claramente definida e conhecida à função de cada integrante da guarnição
(Esclarecimento 1);
2. Compor guarnição com comandante não graduado.

ESCLARECIMENTO:

1. Funções dos componentes da guarnição:


a) Primeiro homem: é o comandante, responsável pela coordenação e controle de
sua guarnição, cabendo a ele toda iniciativa para resolução de ocorrências. Sua
área de patrulhamento é a parte frontal, lateral direita e retaguarda pelo espelho
retrovisor direito; é o encarregado das comunicações via rádio e com terceiros
durante as abordagens;
b) Segundo homem: é o piloto do terceiro homem da guarnição, bem como é o
responsável pela escrituração da documentação, anotações e relatório. Sua área
de patrulhamento é a parte frontal, lateral esquerda e retaguarda pelo espelho
retrovisor esquerdo;
c) Terceiro homem: é o responsável pela segurança da equipe, bem como pela
comunicação via rádio e por tomar notas das ocorrências e outras informações
pertinentes durante o patrulhamento. Quando não estiver de arma longa (portátil), a
arma de porte deve estar sempre empunhada e apoiada na coxa, atento a todas as
direções.
206 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADE DE POLICIAMENTO
PROCESSO 302 PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO 302.03 Patrulhamento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento em segurança;
2. Manutenção da atenção durante todo o deslocamento;
3. Deslocamento em alta velocidade.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Iniciar o deslocamento dirigindo defensivamente;
2. Manter velocidade entre 20 e 30 Km/h durante o patrulhamento;
3. Manter, a guarnição, as armas coldreadas, exceto o terceiro homem;
4. Manter, a guarnição, as viseiras abaixadas, exceto o terceiro homem, que estará
com a viseira levantada e utilizando óculos de proteção;
5. Permanecer na faixa da direita;
6. Conservar distância segura do veículo imediatamente à frente da guarnição, atento
ao fluxo de veículo e de pedestres;
7. Dar preferência a outros veículos, sempre que possível;
8. Atentar-se aos veículos que ultrapassem a guarnição;
9. Respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista;
10. Acionar os sinais luminosos emergenciais, bem como, farol alto, pisca-alerta e os
sinais sonoros do veículo após a constatação de ocorrência emergencial;
11. Adequar a velocidade da motocicleta à fluidez do tráfego, à circulação de
transeuntes, às condições climáticas e às condições da pista;
12. Avaliar, sempre, o grau de risco assumido em relação ao propósito da ação;
13. Manter, sempre, o campo visual adequado ao local por onde se passa.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que todo deslocamento transcorra sem acidente;
2. Que todo deslocamento transcorra sem desgastes desnecessários à motocicleta;
3. Que o policial militar esteja atento ao fluxo do trânsito.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso chova, deve-se dar preferência ao Ponto de Estacionamento (PE) em
detrimento do patrulhamento conforme POP 401;
2. Caso o patrulhamento seja atrás de veículos grandes, como: carretas, caminhões-
baú, ônibus, vans, entre outros; posicionar-se possibilitando melhor amplitude
visual (ver e ser visto).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não se manter na faixa da direita no patrulhamento;
2. Não atentar para o fluxo do trânsito e dos pedestres;
3. Não ter atenção aos veículos que ultrapassam a guarnição;
4. Não respeitar a sinalização horizontal e vertical da pista (salvo quando em
deslocamento de emergência e comprovadamente necessário);
5. Não manter distância de segurança do veículo à frente;
6. Ultrapassar sinal semafórico fechado, exceto durante atendimento emergencial
quando houver certeza de que tal ação não ofereça riscos à guarnição, aos outros
veículos e a pedestres.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 207

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADE DE POLICIAMENTO
PROCESSO 302 PATRULHAMENTO COM VIATURA 2 RODAS
PROCEDIMENTO 302.04 Parada da guarnição decorrente do fluxo de trânsito ou
outras paradas rápidas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: ---
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Observação do fluxo do trânsito;
2. Acionamento do sistema de frenagem da motocicleta.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar o fluxo do trânsito, em especial os sinais semafóricos;
2. Reduzir a velocidade utilizando o sistema de frenagem e/ou freio motor quando
observar que irá efetuar cruzamento de vias;
3. Descer, o terceiro homem, e realizar a segurança periférica da equipe, quando a
guarnição realizar parada em semáforo, atendimentos rápidos ao público, busca de
informações, dentre outras;
4. Deixar um espaço de aproximadamente 2 (dois) metros do veículo à frente, nas
paradas, a fim de facilitar a saída imediata em alguma direção.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as motocicletas parem a uma distância segura do veículo da frente;
2. Que o(s) PM(s) fique(m) atento(s) ao fluxo de trânsito, em especial o terceiro
homem.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso a distância do veículo da frente seja pequena, reduzir a velocidade.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não ter atenção ao realizar a parada;
2. Deixar, o terceiro homem, de realizar a segurança da guarnição.
208 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 303
NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO CICLÍSTICO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Capacete ciclístico;
3. Luvas;
4. Óculos de proteção;
5. Protetor solar.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Manutenção da bicicleta POP 303.01
Policiamento ciclístico POP 303.02
Abordagem com 2 (dois) policiais POP 303.03
Abordagem a pessoas infratoras da lei POP 303.04
Acompanhamento e cerco com bicicleta POP 303.05
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Fiscalização do veículo e do
Art. 23 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 447
condutor.
Art. 5º, inciso LXI da Constituição Federal (CF). 435
Flagrante delito.
Art. 301 a 310 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 209

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MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO
PROCEDIMENTO 303.01 Manutenção da bicicleta
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Identificação de anormalidade ou de necessidade de manutenção à bicicleta.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Limpar a bicicleta quando estiver com pó acumulado e sinais de graxa em pontos
onde a lubrificação não é necessária, após determinado período de tempo sem
utilização, ou após utilização em tempo chuvoso;
2. Providenciar a lubrificação da bicicleta periodicamente;
3. Calibrar os pneus periodicamente, atentando-se para possíveis vazamentos ou
danos aos mesmos;
4. Verificar o funcionamento dos freios, atentando-se aos desgastes dos
componentes;
5. Observar o funcionamento das marchas e possíveis desgastes nos cabos dessas;
6. Ajustar a altura e posicionamento ideais do assento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a manutenção garanta a confiabilidade e a durabilidade da bicicleta;
2. Que a bicicleta e todos os equipamentos estejam em perfeitas condições de
funcionamento para o policiamento ciclístico.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso constate qualquer irregularidade do funcionamento da bicicleta, providenciar
correção prontamente.
POSSIBILIDADE DE ERRO
1. Deixar a bicicleta e seus equipamentos mal acondicionados ou sem a devida
proteção contra sol e chuva.

ESCLARECIMENTOS:

1. Especificações mínimas para a bicicleta de uso policial: 21 marchas, tipo


“Mountain Bike”, com quadro de alumínio polido, garfo dianteiro com sistema de
suspensão proporcionando conforto ao ciclista e resistência ao conjunto; rodas
montadas com aros de alumínio de parede dupla com no mínimo 26 polegadas;
câmbio de marchas traseiro e dianteiro com sistema de alavancas de marcha tipo
“rapidfire” ou similar; freio modelo Vbreak, a disco ou similar; selim anatômico e
confortável; clipe de apoio para descanso do ciclista em subidas; guidão de alumínio,
tipo “mountain bike”, com manoplas na cor preta; tripé (descanso lateral).

2. Equipamentos: devem ser utilizados estritamente aqueles estabelecidos como de


uso obrigatório pelo CTB e outras normas em vigor.
210 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO
PROCEDIMENTO 303.02 Patrulhamento ciclístico
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Desenvolvimento do policiamento;
2. Período de permanência no local quando em ponto base.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Conferir se a bicicleta está em condições de uso e adequada ao seu corpo, antes
de iniciar o patrulhamento;
2. Coletar dados de ações ilícitas ou criminosas efetivadas no turno de serviço
anterior;
3. Deslocar para a região de atuação para a realização do patrulhamento;
4. Posicionar, o auxiliar da guarnição, à esquerda do comandante quando em
deslocamento (Esclarecimentos 1 e 2);
5. Manter a postura condizente ao patrulhamento ciclístico (Esclarecimento 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a postura e compostura sejam mantidas durante o patrulhamento a fim de
reduzir desgaste físico;
2. Que o policiamento não exceda o período de 6 horas corridas;
3. Que a população perceba positivamente a presença ostensiva da guarnição;
4. Que o grau de risco assumido em relação ao propósito de qualquer ação seja
previamente avaliado;
5. Que a(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) seja(m) identificada(s) e abordada(s);
6. Que o policiamento ciclístico transcorra dentro da normalidade e que seja
preservada a ordem pública.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso sentir desconforto físico ao realizar o patrulhamento ciclístico, realizar os
devidos ajustes na bicicleta (Esclarecimento 5);
2. Caso persista o desconforto ao pedalar, faça uma limpeza geral em todo o
mecanismo de transmissão de forças, para melhorar o desempenho;
3. Caso esteja chovendo, a guarnição deverá ficar em local visível, seguro e coberto;
4. Caso encontre alguém em atitude suspeita, realizar a abordagem (POP 201);
5. Caso encontre algum infrator da lei, realizar abordagem, prisão e informar o
SIOP/COPOM (POP 202);
6. Caso a guarnição julgue necessário, pedir reforço; se possível não agir até que o
tenha disponível.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Realizar o patrulhamento sem os devidos cuidados à postura e à compostura;
2. Realizar manobras não condizentes com patrulhamento ciclístico;
3. Manter-se desatento ao patrulhamento.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 211

ESCLARECIMENTOS:

1. Composição do policiamento: o efetivo mínimo para a realização do policiamento


será 3 (três) policiais militares. Sendo as guarnições preferencialmente compostas
por duplas.
2. Composição da guarnição: será composta por 2 (dois) ou 3 (três) policiais, sendo o
comandante responsável pela escrituração e o(s) auxiliar(es) responsável pelas
anotações relativas a dados de abordagem.

3. Deslocamento da guarnição: o deslocamento no patrulhamento poderá ocorrer


tanto na ciclovia/ciclofaixa quanto na via; nesse último, deverá ser obedecido o
sentido do tráfego.

Imagem 1: posicionamento do comandante e do auxiliar.

Imagem 2: posicionamento da guarnição com três componentes.

4. Postura adequada ao patrulhamento ciclístico: manter o olhar na horizontal e a


coluna ereta, admitindo-se pequena curvatura.

5. Ajustes na bicicleta:
a) dores nos punhos: realizar a correção da distância entre o guidão e o selim, para
que o seu corpo fique mais na vertical;
b) dores na região perineal: abaixar a parte da frente do selim.
212 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO
PROCEDIMENTO 303.03 Abordagem com 2 (dois) policiais
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada para a abordagem;
2. Verbalização;
3. Realização da busca pessoal;
4. Conferência da documentação.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o suspeito;
2. Manter os olhos fixos no suspeito durante a aproximação;
3. Descer da bicicleta, os policiais, sem desviar a atenção do suspeito;
4. Estabelecer distância segura para estacionar a bicicleta, mantendo-a como barreira
entre os policiais e o suspeito, evitando uma possível fuga;
5. Estacionar as respectivas bicicletas, os policiais, acionando o descanso com o pé,
sem olhar para o mesmo, sempre com a atenção voltada para o suspeito devendo
ser respeitados os seguintes procedimentos:
a. posicionar-se à frente do suspeito, o comandante; mantendo-se o auxiliar à
retaguarda do suspeito tomando o cuidado de ficar fora da linha de tiro (Imagem
1);
b. iniciar o contato verbal, o comandante, mantendo-se o auxiliar na cobertura;
c. manter sempre o olhar fixo no suspeito durante toda a abordagem e ficar atento a
qualquer reação;
d. assegurar-se de que a bicicleta está no raio da visão periférica;
6. Proceder à abordagem a transeuntes e outros ciclistas, de acordo com o POP 201
e 202 (Ação corretiva 4 e Possibilidade de erro 4).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que sejam identificadas as pessoas abordadas;
2. Que o local escolhido para abordagem seja seguro;
3. Que o policial militar prime pela segurança;
4. Que o policial militar esteja preparado, caso ocorra reação;
5. Que o policial militar seja respeitoso durante todo o procedimento.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o abordado comporte-se de maneira não cooperativa, adotar o uso seletivo
da força;
2. Caso a bicicleta caia, ignorar o fato, mantendo a atenção no suspeito;
3. Caso a pessoa abordada reaja, poderá o policial lançar a bicicleta de encontro ao
agressor, permanecendo o outro policial na cobertura, efetuando a imobilização do
agressor logo em seguida, de acordo com o POP 108;
4. Caso haja necessidade de realizar abordagem diversa da prevista, solicitar apoio
(Sequência das ações 6).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Perder contato visual, o policial, com o abordado;
2. Desequilibrar-se, o policial, no momento da abordagem;
3. Deixar de formar uma barreira entre os policiais e o suspeito, facilitando a
POP:Procedimento Operacional Padrão | 213

possibilidade de reação;
4. Não solicitar apoio nas abordagens quando necessário (Sequência das ações 6).

ILUSTRAÇÃO:

Imagem 1: posicionamento da guarnição na abordagem.


214 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO
PROCEDIMENTO 303.04 Abordagem a pessoas infratoras da lei
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Visualização da pessoa infratora da lei;
2. Chegada para a abordagem;
3. Verbalização;
4. Colocação das algemas e busca pessoal.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Visualizar o infrator da lei, se possível sem ser notado;
2. Aproximar-se pela direita, procedendo à verbalização;
3. Iniciar o deslocamento em alta velocidade pela esquerda, o auxiliar, evitando fazer
ruídos e mudança de marchas durante a aproximação;
4. Iniciar a descida da bicicleta, equilibrando-se apenas com o pé esquerdo no pedal;
5. Acionar os dois freios e descer da bicicleta soltando-a de modo que não caia
imediatamente para não alertar o suspeito;
6. Proceder à abordagem, de acordo com o POP 203.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os infratores da lei sejam identificados e presos;
2. Que o local da abordagem seja seguro para os policiais, transeuntes e abordados;
3. Que o policial militar esteja preparado, caso ocorra reação.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja dúvida sobre a real condição dos abordados, se vítima ou infrator da lei,
efetivar as consultas necessárias após a busca pessoal;
2. Caso a abordagem seja realizada por 3 (três) policiais, o terceiro ciclista é
responsável pela segurança geral;
3. Caso a abordagem seja realizada com o apoio de outra guarnição ciclística, o
comandante desta é responsável pela segurança geral e o auxiliar pela busca
pessoal.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Agir isoladamente;
2. Agir desordenadamente.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 215

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO 303 POLICIAMENTO CICLÍSTICO
PROCEDIMENTO 303.05 Acompanhamento e cerco com bicicleta
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Visualização do suspeito/infrator da lei;
2. Transposição de obstáculos com a bicicleta;
3. Efetuar a detenção e/ou a prisão.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avisar ao SIOP/COPOM sua localização, informando sobre o acompanhamento e
o cerco e solicitar apoio, se necessário;
2. Desestimular a fuga por meio de apito ou verbalmente;
3. Usar o apito ou campainha para alertar os transeuntes;
4. Efetuar a detenção e/ou prisão do suspeito/infrator da lei, conforme POP 102;
5. Solicitar apoio de uma viatura motorizada para registro da ocorrência e condução
do infrator da lei;
6. Percorrer o trajeto do acompanhamento no sentido contrário, em busca de
possíveis objetos dispensados pelo suspeito/infrator da lei.
RESULTADO ESPERADO
1. Que sejam identificados e detidos os suspeitos/infratores da lei a serem
abordados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o suspeito/infrator da lei não cesse a fuga com a aproximação, utilizar os
meios disponíveis e necessários para cessar a fuga;
2. Caso haja mais de um suspeito/infrator da lei que empreenda fuga em direções
distintas, havendo apenas uma guarnição, escolher somente um para o
acompanhamento e cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Realizar ação desordenada, os policiais, sem previamente planejar o cerco e o
acompanhamento do suspeito ou do infrator;
2. Agir isoladamente.
216 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 304
NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Viatura quatro rodas (POP 407), destinada ao Comandante do Policiamento a Pé
(CPP);
3. Rádio portátil e telefone celular funcional;
4. Coletes refletivos.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Distribuição do policiamento POP 304.01
Fiscalização do policiamento POP 304.02
Patrulhamento a pé POP 304.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). ---
POP:Procedimento Operacional Padrão | 217

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ
PROCEDIMENTO 304.01 Distribuição do policiamento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Comandante do Policiamento a Pé (CPP).
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento do policiamento;
2. Distribuição dos grupamentos e das funções;
3. Fiscalização e apoio ao policiamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber o policiamento e realizar preleção, esclarecendo os objetivos do serviço
(Esclarecimento 1);
2. Separar o efetivo em grupos de patrulhas de 2 (dois) ou mais policiais militares,
conforme necessidade do serviço (Esclarecimento 2);
3. Distribuir o policiamento na região (Esclarecimento 3);
4. Definir local de atuação e as funções com o comandante de cada patrulha (Ação
corretiva 1);
5. Definir o horário de intervalo para cada patrulha (Esclarecimento 4);
6. Informar ao CPU e ao SIOP/COPOM sobre o efetivo que atuará na região
(Possibilidade de erro 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o CPP tenha controle de todo efetivo empregado;
2. Que o CPP distribua o policiamento conforme necessidade da região.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso algum PM tenha dúvida quanto ao local de atuação e sua função, o CPP
deverá explicar novamente e, se necessário, deslocar até o referido local com esse
grupo de patrulha (Sequência das ações 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não observar a necessidade da região ao distribuir o policiamento;
2. Exercer atribuições diversas ao policiamento ostensivo a pé;
3. Deixar de prestar informações pertinentes do policiamento ao CPU e/ou
SIOP/COPOM (Sequência das ações 6).

ESCLARECIMENTOS:

1. Comandante do Policiamento a Pé (CPP): deverá ser um oficial subalterno ou um


graduado.
2. Grupos de patrulha a pé: poderão ser distribuídos com no mínimo 2 (dois) policiais
militares, conforme o efetivo e a necessidade da região. Sempre que possível, um
graduado deverá comandar uma patrulha.
3. Distribuição do policiamento: deverá ser empregado buscando os locais e horários
de maior incidência criminal, vulnerabilidade social e/ou necessidades específicas da
comunidade, a fim de otimizar o emprego dos recursos humanos e materiais,
pautando-se nas informações disponibilizadas pela seção competente.
218 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Horário de intervalo: deverá ser definido entre a terceira e quarta hora dentro do
período de 6 (seis) horas de policiamento a pé. A duração do intervalo será de
aproximadamente 30 (trinta) minutos, em local determinado pelo CPP permanecendo
os grupos em condições de pronto emprego.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 219

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ
PROCEDIMENTO 304.02 Fiscalização do policiamento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Comandante do Policiamento a Pé (CPP).
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do itinerário para a fiscalização e o apoio;
2. Deslocamento de viatura para a região policiada.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o local de fiscalização, utilizando o guia da cidade e o mapa de
distribuição do policiamento;
2. Traçar itinerário para fiscalização e para apoio ao policiamento;
3. Realizar a atividade de patrulhamento enquanto se desloca aos locais em que
estão distribuídos os grupos de patrulhas (Ação corretiva 1);
4. Realizar fiscalização do policiamento e dar o apoio necessário às patrulhas (Ações
corretivas 2 e 3; Esclarecimento 1).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição patrulhe e chegue ao local de fiscalização com segurança;
2. Que a atividade de fiscalização e de apoio se desenvolva em itinerários diversos,
que evitem a previsibilidade da conduta do CPP;
3. Que o policiamento seja fiscalizado e apoiado.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o grupo de patrulha não esteja utilizando um rádio portátil e sejam repassadas
pela rede de rádio informações relativas às ações ilícitas ou criminosas efetivadas
naquele turno de serviço, essas deverão ser difundidas por celular funcional ou por
outros meios de comunicação (Sequência das ações 3);
2. Caso não encontre alguma patrulha, fazer uso do rádio portátil, celular funcional
e/ou outros meios de comunicação para verificar sua localização (Sequência das
ações 4);
3. Caso alguma patrulha esteja em conduta de não conformidade operacional ou
administrativa, tomar as providências cabíveis (Sequência das ações 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Manter o mesmo itinerário durante a fiscalização;
2. Deixar de observar o policiamento e não dar o devido apoio aos grupos de patrulha.

ESCLARECIMENTO:

1. Apoio às patrulhas: o Comandante do Policiamento a Pé (CPP) deverá apoiar as


patrulhas no sentido de orientá-las acerca de possível ocorrência, bem como na
condução e na apresentação de infrator da lei à repartição pública competente.
220 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO III MODALIDADES DE POLICIAMENTO
PROCESSO POLICIAMENTO OSTENSIVO A PÉ
PROCEDIMENTO 304.03 Patrulhamento a pé
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Cautela dos equipamentos necessários ao policiamento (Esclarecimento 3);
2. Recebimento das ordens do policiamento;
3. Desenvolvimento do policiamento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber as ordens do CPP;
2. Coletar, o comandante da patrulha, dados de ações ilícitas ou criminosas
efetivadas no turno de serviço anterior;
3. Deslocar para a região de atuação;
4. Realizar o policiamento a pé com postura e compostura (Ações corretivas 1 a 4;
Possibilidades de erro 2 a 6; Esclarecimento 1);
5. Solicitar, o comandante da patrulha, autorização ao CPP para deslocar à base, a
fim de finalizar o serviço;
6. Finalizar o serviço devolvendo o material cautelado.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policiamento a pé seja realizado em condições ideais de segurança e que
a(s) pessoa(s) em atitude(s) suspeita(s) seja(m) identificada(s) e abordada(s);
2. Que a patrulha consiga ser ostensiva aos olhos do cidadão e dos agressores da
sociedade;
3. Que a patrulha exerça suas atividades de polícia ostensiva e esteja apta para uma
pronta resposta a alguma solicitação ou situação de perigo;
4. Que os cidadãos sejam tratados com educação, urbanidade e serenidade;
5. Que o policiamento transcorra nos limites da legalidade e que seja preservada a
ordem pública.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a patrulha esteja em fila e um cidadão acione o policial militar da retaguarda
ou do centro, este deverá imediatamente alertar o que segue à frente para em
seguida proceder ao atendimento (Sequência das ações 4);
2. Caso a patrulha esteja em fila e o policial militar da retaguarda ou do centro
identifique um estado de suspeição, esse deverá imediatamente alertar o que
segue à frente para em seguida proceder ao atendimento (Sequência das ações
4);
3. Caso a patrulha composta por 2 (dois) policiais militares realize parada em local
desprovido de edificação para proteção da retaguarda, esses deverão estar
posicionados lado a lado, com as frentes opostas (Sequência das ações 4);
4. Caso a patrulha composta por 3 (três) policiais militares realize parada em local
desprovido de edificação para proteção da retaguarda, esses deverão estar
posicionados em linha estando um PM com sua frente oposta aos demais
(Sequência das ações 4);
5. Caso a patrulha realize alguma parada, ficar em local visível e seguro
(Esclarecimento 2);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 221

6. Caso chova, a patrulha deverá ficar em local visível, seguro e coberto;


7. Caso encontre alguém em atitude suspeita, realizar a devida abordagem (POP
202);
8. Caso encontre algum infrator da lei realizar a abordagem, a prisão e solicitar o
apoio do CPP (POP 203);
9. Caso a patrulha julgue necessário, pedir reforço; não agir, se possível, até que o
tenha disponível;
10. Caso haja alteração, repassá-la ao CPP.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Patrulhar de forma ineficiente;
2. Fumar durante o policiamento, exceto durante o horário de intervalo em locais
apropriados (Sequência das ações 4);
3. Encostar ou debruçar sobre os veículos ou as edificações (Sequência das ações
4);
4. Manter os braços cruzados (Sequência das ações 4);
5. Manter a(s) mão(s) no(s) bolso(s) (Sequência das ações 4);
6. Realizar brincadeiras físicas (Sequência das ações 4);
7. Permanecer desnecessariamente em locais internos (toda área compreendida em
ambientes fechados limitados por paredes e por coberturas, exemplos: comércios,
residências, escritórios, órgãos públicos, entre outros);
8. Tratar de assuntos que não sejam de interesse do serviço;
9. Manter-se desatento durante o horário do intervalo;
10. Aceitar qualquer tipo de retribuição material ou pecuniária ofertada em virtude da
função;
11. Utilizar de forma desnecessária e/ou demasiada o telefone celular e outros
aparelhos eletrônicos;
12. Desconsiderar as vulnerabilidades da região de patrulha.

ESCLARECIMENTOS:

1. Posturas adequadas durante o policiamento:


1.1. Do policial militar:
a) em deslocamento: manter a postura ereta, podendo colocar as mãos para trás ou
para frente, envolvendo com uma delas o outro punho ou manter os braços
dispostos naturalmente ao longo do corpo;
b) parado: manter a postura ereta, distribuir de forma igual o peso entre as pernas,
podendo colocar as mãos para trás ou para frente, envolvendo com uma delas o
outro punho ou manter os braços dispostos naturalmente ao longo do corpo;
c) em locais com aglomeração de pessoas ou em áreas de risco: manter a mão
empunhando a arma coldreada e a outra mão livre ou manter o bastão policial
empunhado ao longo do antebraço e a outra mão livre.
1.2. Da patrulha:
a) em deslocamento: manter lado a lado e, quando necessário, em fila única, neste
caso manter uma distância que possibilite um contato imediato com o policial militar
que segue a frente;
b) parada: manter a frente voltada para a via e a retaguarda protegida.
1.3. Durante o horário de intervalo: é previsto que o policial militar descanse,
alimente-se e realize necessidades fisiológicas. No entanto, deverá:
a) manter-se em sua área de responsabilidade e, não havendo lugar adequado,
utilizar-se de local mais próximo e seguro;
222 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

b) manter-se atento quanto à sua segurança;


c) alimentar-se numa disposição em que pelo menos um dos policiais militares
verifique o acesso das pessoas ao local onde estão;
d) manter-se em pé quando se alimentar em local aberto e externo.

2. Local visível e seguro: é aquele visível a todos e que propicie retirada rápida da
patrulha.

3. O uso do colete refletivo: deverá ser utilizado em policiamentos ostensivos a pé


realizados durante o período noturno ou em locais de grande aglomeração de
pessoas, nos demais casos ficará a critério do CPP.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 223

MODULO IV – PROCEDIMENTOS DIVERSOS


224 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 401
NOME DO PROCESSO: PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407)
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Parada e estacionamento de viatura 4 (quatro) rodas POP 401.01
Permanência e saída do ponto de estacionamento POP 401.02
Parada e estacionamento de viatura 2 (duas) rodas POP 401.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Parada e estacionamento de Art. 29, incisos V, VII e VIII do Código de
448
viaturas. Trânsito Brasileiro (CTB).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 225

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 401 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA
PROCEDIMENTO 401.01 Parada e estacionamento de viatura 4 (quatro) rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM:
RESPONSÁVEL: Motorista. Nº DA REVISÃO: ---
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição do Ponto de Estacionamento (PE);
2. Observação do fluxo de trânsito;
3. Orientação na manobra para estacionamento;
4. Observação de obstáculos (pessoas, veículos, buracos, árvores, postes, entre
outros);
5. Posição da viatura no PE.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Aproximar do PE em velocidade baixa, observando o movimento de pessoas;
2. Verificar se o local é seguro e se há espaço para o estacionamento da viatura no
PE (Ação corretiva 2);
3. Observar pedestres, veículos estacionados e obstáculos fixos próximos ao local em
que a viatura será estacionada;
4. Manobrar a viatura para estacioná-la a um ângulo entre 30º e 90º com a via, sendo
que a parte frontal da mesma estará voltada para via e no sentido dessa (Imagens
1 a 3);
5. Descer da viatura, o comandante, e realizar a segurança da guarnição;
6. Descer, o auxiliar, simultaneamente ao comandante da guarnição, a fim de realizar
o balizamento para o estacionamento da viatura (Ação corretiva 1);
7. Estacionar a viatura respeitando o passeio (Ação corretiva 3 e Esclarecimentos
2);
8. Manter o motor em funcionamento e com o freio de mão acionado, enquanto o(s)
outro(s) observa(m) rapidamente as condições de segurança no local, como:
pessoa(s) em fundada(s) suspeita(s), estabelecimentos comerciais, financeiros,
escolas, entre outros;
9. Desligar o motor, deixando a chave na ignição, após se certificar junto ao
comandante das condições favoráveis para o desembarque;
10. Acionar o dispositivo luminoso intermitente (giroflex) da viatura;
11. Manter o volume do rádio de modo que possa ser audível pelos policiais
desembarcados;
12. Desembarcar da viatura.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o ponto de estacionamento seja estrategicamente escolhido, a fim de que a
presença dos policiais seja percebida pela população (Esclarecimento 1);
2. Que a viatura e seus componentes estejam posicionados de forma segura,
estratégica e ostensiva no PE;
3. Que a manobra para estacionamento seja rápida e não provoque acidentes;
4. Que a viatura não atrapalhe o fluxo seguro de pedestres nem constitua fator de
risco a esses e ao trânsito local.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não haja auxiliar, o comandante será o responsável pelo balizamento para
que o motorista estacione a viatura (Sequência das ações 6);
226 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

2. Caso a viatura seja estacionada em um PE e, posteriormente, verifique-se que o


local não dispõe de condições de segurança adequadas, dar ciência ao
SIOP/COPOM e reposicionar a viatura em um PE que atenda tais condições
(Sequência das ações 2);
3. Caso a viatura prejudique o fluxo de pedestres pela calçada, providenciar a
desobstrução do passeio (Sequência das ações 7 e Imagem 4).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não escolher corretamente o local para estacionar a viatura;
2. Não manter o freio de mão acionado após o encerramento da manobra;
3. Não proceder à manobra de forma rápida, precisa e segura;
4. Não estacionar a viatura com a parte frontal no sentido da via;
5. Não deixar espaço suficiente para que haja a livre circulação de pedestres pelo
passeio;
6. Não manter o dispositivo luminoso intermitente da viatura acionado e o rádio ligado;
7. Não desembarcar, o auxiliar e o comandante da guarnição, no momento da
manobra de estacionamento.

ESCLARECIMENTOS:

1. Ponto de estacionamento estrategicamente escolhido: escolher a região com


maior incidência criminal, com intensa circulação de pessoas, onde estejam
ocorrendo eventos públicos.

2. Passeio: parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso, separada por
pintura ou por elemento físico separador, livre de interferências, destinada à
circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de ciclistas.

3. Desembarque: deverá ser realizado deixando a mão forte desimpedida a fim de que
se possibilite fácil resposta a uma possível ameaça. Em seguida, verificada as
condições de segurança, o policial deverá coldrear a arma de fogo (Imagem 5).

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: PE local descoberto - 2 PMs. Imagem 2: PE local descoberto - 3 PMs.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 227

Imagem 3: PE em local coberto. Imagem 4: passeio desimpedido.

Imagem 5: mão forte desimpedida durante o embarque e o desembarque.


228 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 401 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA
PROCEDIMENTO 401.02 Permanência e saída do ponto de estacionamento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Permanência do(s) policial(is) desembarcado(s);
2. Manutenção da atenção ao ambiente;
3. Comunicação com SIOP/COPOM;
4. Saída da viatura do PE.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Verificar atentamente as condições de segurança no local;
2. Comunicar ao SIOP/COPOM o início da permanência no PE (Ação corretiva 1);
3. Permanecer, os componentes da guarnição, sempre desembarcados mantendo
postura e compostura, posicionando-se à retaguarda da viatura, que ficará apenas
com a porta dianteira direita aberta (Ação corretiva 2 e Imagem 2);
4. Iniciar a sequência para deslocamento da viatura:
a. embarcar na viatura, o motorista;
b. apoiar, o auxiliar, o motorista para que ele posicione a viatura na via de forma
segura (Ação corretiva 3);
c. embarcar na viatura;
d. aguardar que o auxiliar também embarque;
e. determinar o início do deslocamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os policiais militares exerçam suas atividades de polícia ostensiva e estejam
aptos para uma pronta resposta a alguma solicitação ou situação de perigo;
2. Que o SIOP/COPOM seja cientificado do estacionamento da viatura no PE e de
suas condições de emprego.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível comunicar com o SIOP/COPOM, solicitar que outra viatura
faça a retransmissão, aguardando o retorno para confirmar o recebimento da
mensagem (Sequência das ações 2);
2. Caso os integrantes da guarnição permaneçam na mesma posição de
patrulhamento, as respectivas portas deverão ficar abertas e cada policial ficará
responsável por uma área de visualização, definida pelo comandante da guarnição
(Sequência das ações 3; Imagens 1 e 2 do POP 401.01);
3. Caso não haja terceiro homem, o comandante apoiará o motorista para o
posicionamento seguro da viatura na via (Sequência das ações 4.a).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Embarcar antes do posicionamento da viatura na via para iniciar o deslocamento;
2. Embarcar, o auxiliar, antes do posicionamento da viatura na via para iniciar o
deslocamento ou antes do embarque do comandante;
3. Não primar pela segurança da guarnição;
4. Não manter a postura e compostura durante o procedimento;
5. Iniciar, o motorista, o deslocamento da viatura antes do embarque do comandante
da guarnição e do auxiliar, após o posicionamento na via.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 229

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: manutenção das condições de segurança e orientação ao motorista


durante a manobra de estacionamento.

Imagem 2: posição após o desembarque.


230 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 401 PONTO DE ESTACIONAMENTO DE VIATURA
PROCEDIMENTO 401.03 Parada e estacionamento de viatura 2 (duas) rodas
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição do PE;
2. Observação do fluxo de trânsito;
3. Observação de obstáculos (pessoas, veículos, buracos, árvores);
4. Posição das viaturas no PE;
5. Saída da viatura do PE.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar o espaço que será utilizado para estacionar as viaturas;
2. Observar o movimento de pessoas e aproximar-se do PE em velocidade baixa;
3. Desembarcar, o terceiro homem, realizar a segurança periférica e, se necessário,
fazer o balizamento para que os demais possam estacionar as viaturas (Imagem
1);
4. Estacionar as viaturas com a frente voltada para o fluxo corrente do tráfego, uma ao
lado da outra, com os guidões voltados à direita;
5. Retirar os capacetes e desembarcar, sendo que os capacetes do primeiro e
segundo homem serão colocados sobre o retrovisor direito das respectivas viaturas
e o terceiro homem colocará o seu sobre o retrovisor esquerdo da viatura
conduzido pelo segundo homem (Ação corretiva 1);
6. Deixar as chaves nas viaturas, porém, na posição de desligada;
7. Informar o SIOP/COPOM quando do início e do encerramento do PE;
8. Permanecer desembarcados e perfilados à retaguarda das viaturas durante o PE
(Imagem 2);
9. Iniciar a sequência para deslocamento das viaturas:
a. colocar, o terceiro homem, o capacete e realizar a segurança da guarnição (Ação
corretiva 2);
b. colocar, o primeiro e segundo homens, os capacetes e embarcar;
c. posicionar, o primeiro e segundo homens, as viaturas na via;
d. embarcar, o terceiro homem.
10. Retornar em segurança para o patrulhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição possa estacionar com segurança;
2. Que as posições adotadas possibilitem melhor segurança aos componentes e às
viaturas;
3. Que a guarnição mantenha postura e compostura no PE;
4. Que o PE seja estrategicamente escolhido, a fim de que a presença dos policiais
seja percebida pela população.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o tempo esteja ensolarado, a guarnição poderá posicionar os capacetes
sobre os bancos das viaturas, a critério do comandante (Sequência das ações 5);
2. Caso a guarnição seja acionada para atendimento urgente, o terceiro homem
poderá obstruir o fluxo da via, total ou parcialmente, para a saída das viaturas
(Sequência das ações 9.a).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 231

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não tomar o devido posicionamento no PE;
2. Não zelar pela segurança da equipe quando perfilados à retaguarda das viaturas;
3. Posicionar as viaturas em desacordo com a forma especificada;
4. Deixar de descer, o terceiro homem, para controlar o trânsito quando necessário;
5. Deixar de posicionar os capacetes no local correto ou carregá-los no braço.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: parada do trânsito para estacionamento.

Imagem 2: posicionamento da guarnição no PE.


232 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 402

NOME DO PROCESSO: ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO


MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Acompanhamento e cerco a veículo POP 402.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Condução das partes. Art. 5º, inc. LXI da Constituição Federal (CF). 435
Art. 178 da Lei 8.069/1990 – Estatuto da Criança
459
e do Adolescente (ECA).
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Deslocamento para o local de Art. 29, inc. VII do Código de Trânsito Brasileiro
448
ocorrência. (CTB).
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Diretrizes sobre o uso da Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
força pelos agentes de dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
---
Segurança Pública. Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
da República.
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Preservação da ordem
Art. 144, inc. V, §5º da CF. 435
pública.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 233

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 402 ACOMPANHAMENTO E CERCO A VEÍCULO
PROCEDIMENTO 402.01 Acompanhamento e cerco a veículo
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição em acompanhamento.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento da viatura mantendo a visibilidade do veículo acompanhado;
2. Comunicação, pela rede de rádio, dos posicionamentos ao longo do
acompanhamento;
3. Cerco pelas outras viaturas ao veículo a ser abordado;
4. Abordagem ao veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Acompanhar a distância, de forma discreta e segura, o veículo usado em ilícito,
proveniente de ilícito ou em estado de suspeição (Ações corretivas 1 e 2;
Esclarecimento 1);
2. Verificar, por meio do SIOP/COPOM, a placa do veículo acompanhado;
3. Solicitar prioridade na rede de rádio e informar, continuamente, de forma clara e
objetiva a localização e a direção do veículo (Esclarecimento 2);
4. Informar a quantidade de ocupantes do veículo, as características deles e outras
informações julgadas importantes;
5. Fornecer todas as coordenadas para que o CPU planeje o cerco e determine quais
as guarnições prestarão apoio (Esclarecimento 4);
6. Informar, as guarnições de apoio, de forma clara e objetiva na rede de rádio seus
prefixos, posições e direções durante o cerco;
7. Escolher o local apropriado para a abordagem (Esclarecimentos 5 e 6);
8. Atentar-se para a possibilidade de existência de escolta do veículo acompanhado;
9. Aguardar o correto posicionamento da(s) viatura(s) de apoio para a ação de
abordagem (Ação corretiva 4);
10. Abordar o veículo conforme o POP correspondente (Ação corretiva 5);
11. Determinar, o CPU, que uma guarnição refaça o trajeto do acompanhamento, em
busca de objetos dispensados.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o comandante da guarnição em acompanhamento transmita os dados de
forma clara e objetiva;
2. Que as ações sejam coordenadas;
3. Que se evitem acidentes de trânsito durante o acompanhamento;
4. Que a disciplina na rede de rádio seja mantida;
5. Que seja cessada a fuga.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso os ocupantes do veículo percebam a presença da viatura, manter o
acompanhamento a distância e informar tal condição ao SIOP/COPOM (Sequência
das ações 1);
2. Caso ocorra tentativa de evasão por parte do veículo, iniciar o acompanhamento de
contenção, acionando a sinalização luminosa e sonora bem como respeitando as
normas de prioridade de trânsito e livre circulação (Sequência das ações 1 e
Esclarecimento 3);
3. Caso alguma guarnição visualize objetos sendo dispensados durante o
acompanhamento, informar ao SIOP/COPOM;
234 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Caso o veículo acompanhado venha a parar durante a ação, somente abordar se


houver superioridade numérica. Do contrário, parar a viatura a uma distância
segura, informar ao SIOP/COPOM, desembarcar, abrigar-se e aguardar a chegada
de apoio (Sequência das ações 9):
a. havendo agressão por parte dos ocupantes do veículo, fazer uso seletivo da força
(POP 108);
b. havendo fuga a pé, não abandonar o veículo acompanhado, buscando visualizar
a direção tomada ou local de homizio.
5. Caso existam mais de duas viaturas no momento da abordagem, realizá-la com os
componentes de apenas 2 (duas) guarnições. Os demais policiais militares deverão
ficar abrigados fora da linha de tiro e responsabilizar-se-ão pela segurança do
perímetro externo (Sequência das ações 10);
6. Caso haja resistência durante o acompanhamento, como agressão por meio de
disparo de arma de fogo, adotar medidas prudentes e eficazes de preservação da
integridade física própria e de terceiros, priorizando o uso seletivo da força;
7. Caso algum veículo se envolva em acidente de trânsito com vítima, ou tenham sido
efetuados disparos de arma de fogo resultando vítimas ou, ainda, surjam vítimas de
qualquer natureza, providenciar imediato socorro. Informar tal situação ao
SIOP/COPOM e ao CPU;
8. Caso haja mudança de área de unidade ou, até mesmo, de Estado, continuar o
acompanhamento utilizando-se dos meios necessários para informar o escalão
superior para providenciar apoio;
9. Caso o CPU esteja impedido, o coordenador do SIOP/COPOM assumirá a
coordenação do acompanhamento e do cerco.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de conferir, por meio do SIOP/COPOM, a placa do veículo usado em ilícito,
proveniente de ilícito ou em estado de suspeição;
2. Disparar arma de fogo para advertência e/ou no intuito de parar o veículo;
3. Abordar o veículo em local escolhido pelos seus ocupantes, podendo a guarnição
ser objeto de emboscada;
4. Não se atentar para a possibilidade de existência de escolta ou apoio ao veículo;
5. Descartar a possibilidade de haver reféns e/ou vítimas no interior do veículo
acompanhado.

ESCLARECIMENTOS:

1. Acompanhamento a distância: é o ato de seguir um veículo usado em ilícito,


proveniente de ilícito ou em estado de suspeição, que se encontra em deslocamento.
O acompanhamento deve ser realizado a uma distância que permita aos policiais
manterem o contato visual com o veículo e seus ocupantes e, também, prosseguir
com segurança em sua trajetória.

2. Localização e direção:
a) nome da rua, avenida, estrada, praça, logradouro, entre outros;
b) pontos de referência;
c) sentido e possíveis rotas a serem utilizadas pelo veículo acompanhado;
d) possíveis itinerários para as demais viaturas.

3. Acompanhamento de contenção: é o ato de seguir um veículo em fuga, estando


acionada na viatura a sinalização luminosa e sonora, respeitando as normas de
POP:Procedimento Operacional Padrão | 235

prioridade de trânsito e livre circulação, buscando apoio de outra(s) guarnição(ões),


adotando medidas prudentes e eficazes de preservação da própria integridade e de
terceiros, priorizando o uso seletivo da força.

4. Cerco: deve ser realizado de maneira que as prováveis vias de fuga sejam
guarnecidas pelas demais viaturas, resultando na parada do veículo de forma que
permita o início dos procedimentos de abordagem.

5. Local apropriado para a abordagem:


a) com baixo fluxo de pessoas e veículos;
b) com restrição de pontos de fuga;
c) com pontos de abrigo disponíveis aos policiais militares;
d) plano e de boa visibilidade.

6. Alguns locais impróprios para abordagem:


a) pontes;
b) viadutos;
c) área próxima a escolas;
d) local muito movimentado;
e) cruzamentos/rotatórias, entre outros.
236 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 403
NOME DO PROCESSO: BLOQUEIO POLICIAL EM VIA PÚBLICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Coletes refletivos;
3. Sinalizadores luminosos (operações noturnas);
4. Materiais luminosos e auxiliares de fiscalização de trânsito quando realizado à
noite;
5. Tábua (cama) de faquir;
6. Espingarda gauge12; carabina; submetralhadora e/ou outros armamentos portáteis;
7. Mapa da cidade e do Estado;
8. Mapa rodoviário do Estado;
9. Relação de telefones úteis.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Planejamento do bloqueio POP 403.01
Montagem do bloqueio POP 403.02
Comando do bloqueio POP 403.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP).
444
mulheres.
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Condução das partes. Art. 5°, inc. LXI da Constituição Federal (CF). 435
Art. 178 da Lei 8.069/1990 – Estatuto da Criança
459
e do Adolescente (ECA).
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Identificação do condutor. Art. 159 do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). 449
Art. 68 da Lei de Contravenções Penais. 467
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 237

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 403 BLOQUEIO POLICIAL EM VIA PÚBLICA
PROCEDIMENTO 403.01 Planejamento do bloqueio
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Chefe da seção de planejamento.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição de um cronograma coerente com o resultado esperado (duração, horário,
local, metas e fluxo);
2. Definição do tipo de bloqueio;
3. Estruturação dos meios necessários;
4. Análise e escolha dos locais do bloqueio.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Desenvolver o planejamento da operação da seguinte forma:
a. prever um efetivo compatível com a necessidade de segurança e a complexidade
da operação;
b. escolher o local para a realização do bloqueio policial que proporcione segurança,
tais como: boa visibilidade; não estar situado após curvas, aclive ou declive
acentuados; com condições climáticas que favoreçam a realização da operação
(sem fumaça, chuva, etc.);
c. identificar o horário mais adequado para a realização da operação, considerando
o fluxo de veículos no local.
2. Definir os objetivos principais a serem alcançados na operação, priorizando os dias
da semana, do mês, horário de maior incidência de infrações de trânsito, assim
como o cometimento de crimes ou outros elementos do Princípio de Pareto
(Esclarecimento 1);
3. Programar dia, horário, duração e local da operação, atentando-se para evitar a
formação de congestionamentos e longa permanência no mesmo lugar
(Esclarecimentos 2 e 3);
4. Distribuir as diversas funções do bloqueio (Esclarecimento 4);
5. Prever o emprego de policial(is) feminino(s) para as buscas pessoais em mulheres;
6. Prever os meios de sinalização coletivo e individual, guincho, armamentos, coletes
de proteção balística, comunicação e, para o bloqueio noturno, sinalização própria
(Esclarecimentos 5 e 6);
7. Solicitar de outras OPMs os meios não existentes em sua unidade e uma guarnição
da área do bloqueio, que ficará subordinada ao comandante da operação na função
de viatura de apoio (Esclarecimento 7).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as operações sejam realizadas em conformidade com o planejamento;
2. Que haja um resultado positivo perante a sociedade (detenção de criminosos e
foragidos da Justiça, recuperação de veículos roubados e/ou furtados, apreensões
de drogas ilícitas, de armas de fogo, de materiais ilícitos, entre outros);
3. Que não aconteçam acidentes durante a operação;
4. Que o bloqueio seja eficiente, considerando os meios humanos e materiais
disponíveis compatíveis com a operação a ser realizada;
5. Que haja atuação ostensiva e preventiva da Polícia Militar perante a sociedade.
238 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

AÇÃO CORRETIVA
1. Caso aconteçam imprevistos que reduzam a efetividade da operação, adequar os
meios disponíveis, atentando-se para a segurança dos policiais e da população.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar dados estatísticos incorretos ou incompletos;
2. Não compartilhar o planejamento da operação aos setores pertinentes;
3. Não estabelecer coerentemente o horário, o local e a duração da operação;
4. Não prever a suspensão temporária ou o encerramento da operação, assim que as
condições climáticas determinarem;
5. Não prever um guincho para o apoio da operação, caso haja a necessidade da
remoção de veículos;
6. Planejar o bloqueio policial com menos de 4 (quatro) policiais militares;
7. Prever a montagem do bloqueio policial próximo a cruzamentos, convergências de
pistas, entre outros que facilitem a fuga de infratores da lei.

ESCLARECIMENTOS:

1. Princípio de Pareto: princípio pelo qual o administrador deve combater as causas


mais evidentes de problemas, com recursos disponíveis, visando à diminuição real
dessas falhas. Na atividade policial militar, o Princípio de Pareto deve ser empregado
de forma a usar novos recursos, em especial nas operações, buscando os locais e
os horários de maior incidência criminal para ter mais eficácia e, consequente,
otimização dos meios humanos e materiais.

2. Congestionamento: evitar formação de congestionamento, ou seja, não realizar o


bloqueio em horários de maior fluxo de veículos, geralmente às sextas-feiras,
véspera de feriados e em locais que, pelas dimensões e topografia (curvas, aclives e
declives) prejudiquem sobremaneira a fluidez e a segurança do tráfego.

3. Tempo de permanência no mesmo lugar: permanecer de 45 a 60 minutos no


mesmo ponto de bloqueio, exceto quando esteja realizando algum procedimento,
que inviabilize o cumprimento do tempo estabelecido.

4. Efetivo previsto - 8 (oito) policiais militares sendo:


a) Comandante do bloqueio;
b) Graduado supervisor;
c) Comandante do ponto de abordagem;
d) Auxiliar do ponto de abordagem (revistador);
e) Segurança do ponto de abordagem;
f) Segurança geral;
g) Selecionador;
h) Anotador.
Exceções:
- caso a barreira policial seja composta por menos de 8 (oito) policiais militares, deverão
ser priorizadas as funções de segurança e revistador.
- quando a barreira policial for composta por 4 (quatro) policiais militares, deverá ser
realizada com: um PM responsável pela seleção, dois pela abordagem e outro pela
segurança (da abordagem e da área).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 239

5. Sinalização - divide-se em:


a) básica: cones conforme legislação de trânsito (de um metro de altura) e coletes
refletivos para os componentes da operação;
b) complementar: placas de sinalização e indicação, barreiras móveis, supercones;
c) noturna: viaturas com as luzes intermitentes ligadas, cones com sinalizadores e
lanternas com sinalizadores para o selecionador e o pré-selecionador.
6. Armamento: compatível com a periculosidade da operação e os objetivos propostos.
Os policiais militares na função de segurança geral e motorista segurança devem
portar armas longas (portáteis).

7. Viatura de apoio: posicionar, preferencialmente, antes do bloqueio a fim de informar


sobre os veículos com pessoas em atitude suspeita e realizar as abordagens aos
condutores que tentarem evitar o bloqueio.
240 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 403 BLOQUEIO POLICIAL EM VIA PÚBLICA
PROCEDIMENTO 403.02 Montagem do bloqueio
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem da operação (controle de fluxo, remanejamento de tráfego);
2. Posicionamento dos policiais militares, dos instrumentos de sinalização e viaturas
no terreno;
3. Gerenciamento e zelo dos documentos recolhidos durante a operação.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Chegar ao ponto de bloqueio;
2. Sinalizar o local, a partir do ponto inicial do bloqueio, remanejando o fluxo com
silvos de apito e gestos possibilitando o imediato começo das atividades;
3. Estacionar uma viatura no início do bloqueio, aproximadamente 45º em relação ao
sentido da via, com seu sistema de iluminação intermitente acionado,
preferencialmente fora da pista de rolamento (Ação corretiva 3 e Esclarecimento
1);
4. Providenciar a disposição dos cones na pista, em conformidade com o efetivo
empregado, assim como o posicionamento de cada função, conforme o tipo da via
(Esclarecimentos 2 e 4);
5. Formar o Ponto de Abordagem (PA) de veículos (Esclarecimento 3; Imagens 1 a
3);
6. Informar ao CPU e ao SIOP/COPOM a realização e o local do bloqueio;
7. Providenciar local para os veículos retidos, até a chegada do guincho, para
posterior condução ao depósito destinado pela autoridade de trânsito;
8. Reforçar periodicamente a cada policial militar sobre suas funções e as
providências a serem adotadas em caso de irregularidade(s).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja realizada a conferência e o controle do efetivo e dos meios empregados;
2. Que a montagem do bloqueio seja célere;
3. Que o local tenha sinalização adequada;
4. Que não ocorram eventos de risco durante a montagem do bloqueio;
5. Que a montagem do bloqueio seja em local apropriado;
6. Que as atribuições de todos os policiais militares sejam cumpridas.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o local se torne impróprio, suspender o bloqueio e procurar outro local mais
adequado;
2. Caso exista uma terceira viatura, estacioná-la ao lado da segunda viatura no
término da área de abordagem;
3. Caso existam outras viaturas, estacioná-las no local do término do bloqueio, sem
atrapalhar o trânsito e aproximadamente 45º em relação ao sentido da via, a fim de
poderem ser prontamente utilizadas (Sequência das ações 3);
4. Caso as condições de tempo se tornem extremamente desfavoráveis, suspender o
bloqueio;
5. Caso algum policial militar fique isolado, utilize aparelho celular demasiadamente
ou fique alheio às atividades, corrigi-lo prontamente.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 241

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não transmitir as ordens gerais e específicas aos policiais;
2. Não montar o bloqueio de forma rápida ou montá-lo em local inapropriado;
3. Não posicionar corretamente a(s) viatura(s);
4. Ficar, o policial militar, isolado ou alheio às atividades;
5. Não solicitar apoio de efetivo ou de meios para o auxílio do bloqueio, quando
necessário;
6. Realizar o bloqueio sem os meios previstos no planejamento;
7. Deixar de informar, via telefone, o SIOP/COPOM da montagem e da realização do
bloqueio;
8. Realizar a operação, o comandante do bloqueio, sem o efetivo mínimo adequado e
sem materiais adequados colocando em risco a sociedade e os policiais;
9. Não observar as técnicas de busca pessoal e busca veicular (POP 201.03 e POP
405);
10. Efetuar disparos de arma de fogo quando ocorrer tentativa de fuga de veículo,
exceto quando houver agressão atual e iminente aos policiais militares, observando
o POP 108.

ESCLARECIMENTOS:

1. Viaturas:
a) no mínimo 2 (duas) viaturas 4 (quatro) rodas;
b) os dispositivos luminosos intermitentes devem permanecer acionados durante toda
a operação;
c) posicionar a viatura de forma que as rodas dianteiras fiquem na via e as traseiras
sob a calçada, desde que não inviabilize a passagem de pedestres, com a frente
voltada para o sentido do tráfego, observando o previsto no POP 401.02.
1.1. Funções da viatura no início do bloqueio:
a) identificar a realização do bloqueio;
b) proteger fisicamente os policiais militares;
c) apoiar na comunicação.

2. Disposição dos cones: o comandante da operação é o responsável pela


organização do início do bloqueio, por isso, sua viatura será a última do comboio.
Dessa forma, a guarnição ficará responsável pela colocação de:
a) 4 (quatro) cones na diagonal da faixa mais à esquerda, 45º direcionando o fluxo de
veículos para a faixa de rolamento à direita (canalizadores de fluxo);
b) 2 (dois) na linha central da via;
c) 4 (quatro) cones na faixa mais à direita e distribuir mais 6 (seis) na parte central da
via com intervalos maiores, para a entrada de veículos;
d) a segunda viatura ficará no término do bloqueio a 45º (sendo em pista de mão
única);
e) o veículo a ser abordado deverá ser parado paralelo e próximo à guia da calçada
(Imagens 1 e 2).

3. Ponto de abordagem - deve ser composto por:


- 1 (um) comandante;
- 1 (um) auxiliar (responsável pela busca pessoal e veicular);
- 1 (um) segurança.
242 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Posicionamento do bloqueio policial:

a) em via com pista dupla e com canteiro central:

Imagem 1

b) em via com três faixas de rolamento e com canteiro central:

Imagem 2

c) em via simples com duplo sentido:


I - dispor 3 (três) cones no sentido do fluxo que será fiscalizado, distribuído com uma
distância considerável, observando o tipo da via assim como o limite máximo de
velocidade para a via;
II - distribuir 7 (sete) cones no centro da pista;
III - o segurança deverá ficar atento à movimentação dos dois sentidos dos fluxos.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 243

Imagem 3
244 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 403 BLOQUEIO POLICIAL EM VIA PÚBLICA
PROCEDIMENTO 403.03 Comando do bloqueio
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante do bloqueio.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Distribuição e coordenação das funções;
2. Controle das ações;
3. Finalização do bloqueio;
4. Confecção do relatório de bloqueio.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Distribuir, coordenar, orientar e fiscalizar as funções dos componentes em
conformidade com o planejamento do bloqueio confeccionado pela seção
competente (Ação corretiva 9 e Esclarecimentos 1 e 2);
2. Efetuar contato via telefone com SIOP/COPOM passando todos os dados da
operação;
3. Orientar o despachante para que mantenha sigilo dos dados do bloqueio durante as
transmissões na rede de rádio;
4. Determinar o Ponto de Abordagem (PA) da operação;
5. Posicionar-se onde tenha visão geral de todo bloqueio;
6. Decidir sobre a liberação de efetivo, viaturas e, ainda, sobre os procedimentos a
serem adotados na condução de flagrantes;
7. Acompanhar os casos de prisões, detenções, retenções e remoções de veículos,
confecções de Autos de Infrações de Trânsito (AIT) e BA/PM, designando policiais
militares para administrar a ocorrência junto à repartição pública competente e,
sendo imprescindível, conduzi-la pessoalmente (Ações corretivas 1 e 2);
8. Determinar o término da operação;
9. Determinar o fechamento da entrada de veículos;
10. Determinar o recolhimento dos meios utilizados em sentido contrário ao fluxo de
trânsito (os últimos meios a serem recolhidos são os cones que sinalizam o ponto
do início do bloqueio);
11. Determinar a liberação da via, quando o efetivo estiver em segurança;
12. Providenciar a confecção do relatório do bloqueio (Esclarecimento 4);
13. Entregar o relatório logo após o término da operação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as mudanças necessárias na estrutura do bloqueio sejam realizadas, visando
à objetividade e à segurança;
2. Que seja designado aos policiais, funções que lhes sejam mais adequadas, em
razão do conhecimento do serviço e de suas características individuais,
principalmente no que tange ao selecionador;
3. Que seja exercido o controle operacional e disciplinar do efetivo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o comandante do bloqueio necessite se ausentar, substituir o comandante
com o aval de quem o designou ou cancelar a operação (Sequência das ações 7);
2. Caso ocorra o deslocamento de uma viatura do bloqueio, deverá ser avaliado o
nível de segurança para a continuidade da operação (Sequência das ações 7);
3. Caso ocorram imprevistos quanto à redução do efetivo da operação, adequar os
POP:Procedimento Operacional Padrão | 245

meios disponíveis, atentando-se à segurança dos policiais e da população;


4. Caso ocorra congestionamento ou haja mau tempo (excessiva neblina, chuva,
muita fumaça), suspender temporariamente ou encerrar a operação e retirar a
sinalização;
5. Caso o relatório possua anexos, realizar também a conferência dos dados antes da
entrega;
6. Caso seja solicitado atendimento ou se envolva em ocorrências, manter o
SIOP/COPOM informado;
7. Caso a segurança da operação estiver comprometida, suspender o bloqueio;
8. Caso haja ocorrência envolvendo autoridades, agir conforme POP 507;
9. Caso o bloqueio policial seja emergencial (sem o planejamento pela seção
competente), o comandante da operação deverá (Sequência das ações 1):
a. realizar o bloqueio policial de emergência somente por ordem do comando do
policiamento ou do comando da OPM em decorrência de necessidade eventual
do policiamento ou da ocorrência;
b. instalar o bloqueio com agilidade, orientando o efetivo acerca da ocorrência ou
evento que justificou a sua realização;
c. estabelecer o controle, a fiscalização e a inspeção de pessoas embarcadas
(automóveis, motocicletas, bicicletas) ou a pé, considerando a ocorrência policial
ou o evento específico que justificou a realização do bloqueio.
10. Caso o bloqueio policial emergencial tenha que durar algumas horas, verificar a
possibilidade de mudanças de pontos de bloqueio, pois quanto maior é a duração,
menor é a sua produtividade no local.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não prever a suspensão temporária ou o encerramento da operação, com as
condições climáticas desfavoráveis;
2. Não distribuir distintamente as diversas funções para a operação, sem que os
meios humanos sejam otimizados;
3. Não atentar às orientações e divulgar, pela rede de rádio, horários, prefixos de
viaturas envolvidas e ponto(s) de bloqueio, antecipadamente e durante a realização
dos mesmos;
4. Não se atentar para a consecução dos objetivos da operação;
5. Não escalar, no bloqueio policial emergencial, os policiais militares nas funções que
lhes sejam mais adequadas;
6. Estar alheio às ocorrências durante a operação (detenções, AIT, entre outros);
7. Não divulgar em tempo hábil os resultados da operação;
8. Não orientar os integrantes do bloqueio sobre as respectivas funções a serem
desempenhadas;
9. Não ter o controle da tropa, vindo a se envolver em ocorrências improdutivas ou em
fatos que possam denegrir a imagem da Corporação;
10. Não encaminhar de forma rápida os veículos retidos no local.

ESCLARECIMENTOS:

1. Funções no bloqueio
1.1. Selecionador do bloqueio:
a) verificar, conforme os objetivos propostos para a operação, o critério de seleção;
b) utilizar colete refletivo;
c) posicionar-se, ao lado da sinalização do bloqueio, de modo a ser visto com
antecedência pelos condutores dos veículos;
246 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

d) utilizar sinalização sonora e de gestos para a seleção;


e) controlar o trânsito para que os veículos passem pelo bloqueio com velocidade
moderada;
f) sinalizar a entrada e a saída de veículos do bloqueio.
1.2. Graduado supervisor do bloqueio:
a) auxiliar o comandante do bloqueio;
b) coordenar as ações inerentes às prisões, às apreensões, ao Termo
Circunstanciado de Ocorrência (TCO), aos encaminhamentos, às retenções, entre
outros;
c) ficar próximo ao rádio da primeira viatura, mantendo-se atento aos dados que
possam interferir na operação;
d) comunicar com o SIOP/COPOM mediante determinação do comandante.
1.3. Segurança geral do bloqueio:
a) pegar o armamento disponível, conferindo-o, após a designação para a missão de
segurança;
b) manter-se em postura ostensiva, atenta, portando o armamento de forma que
possa ser prontamente utilizado em caso de necessidade;
c) estar atento às indicações do policial selecionador;
d) evitar que transeuntes passem pelo bloqueio.
1.4. Policiais do Ponto de Abordagem (PA):
a) posicionar, o comandante, à direita do auxiliar do PA;
b) posicionar, o auxiliar do PA, entre o comandante e o segurança;
c) posicionar, o segurança do PA, à esquerda do auxiliar;
d) manter o armamento na posição sul, o comandante e o auxiliar, após o veículo ser
selecionado;
e) direcionar, o segurança, o veículo selecionado ao ponto de parada;
f) colocar o armamento na posição sul, o segurança, após a parada do veículo;
g) abordar o veículo conforme o POP 205.02, no que couber, até a conclusão da
busca, identificação veicular e consulta junto ao SIOP/COPOM;
h) entregar toda documentação dos abordados, o auxiliar do PA, ao anotador;
i) preencher a planilha de abordagem, o anotador, e entregar a documentação dos
abordados e do veículo ao comandante do PA;
j) devolver, o comandante, toda a documentação dos abordados e do veículo e, em
seguida, liberá-los.
1.5. Policial anotador:
a) posicionar, durante a abordagem, antes do ponto de parada do veículo
selecionado;
b) receber, do auxiliar do PA, a documentação dos abordados e do veículo;
c) preencher a planilha de abordagem, conforme Esclarecimento 3;
d) entregar a documentação dos abordados e do veículo ao comandante do PA;
e) preencher, ao final da operação, o relatório de bloqueio, conforme Esclarecimento
4.

2. Tentativa de fuga do bloqueio: jamais se deve efetuar disparo de arma de fogo em


caso de fuga do bloqueio, mesmo como forma de alerta. Do disparo do armamento
podem resultar inocentes feridos ou mortos e, ainda, a desproporcionalidade entre a
ação do condutor infrator e a do policial militar.

3. Modelo de planilha de abordagem: o mesmo utilizado no POP 205.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 247

4. Modelo de relatório de bloqueio:

ESTADO DO TOCANTINS
POLICIA MILITAR
UNIDADE OPERACIONAL
RELATÓRIO DE BLOQUEIO (OU ABORDAGEM ESTÁTICA)

Origem da determinação: (ordem de serviço, nota de instrução, ordem verbal do CPU,


entre outros)
Data: Início: _______h ______min
Dia da semana: Término: _______h ______min

1 – LOCAIS:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
____________________________________________________

2 – DADOS DOS COMPONENTES (DO BLOQUEIO OU DA ABORDAGEM ESTÁTICA):

Funções* Posto/Grad RG Nome

* Especificar as funções no bloqueio ou na abordagem estática de acordo com o efetivo


empregado, relacionando, também, os componentes da viatura de apoio, se houver.

VIATURAS Prefixo Prefixo Prefixo (VTR de apoio)


EMPENHADAS

3 – MAPA DE PRODUTIVIDADE:

OCORRÊNCIAS
NATUREZA TOTAL NATUREZA TOTAL
Apoio policial Lesão corporal
Desacato Porte ilegal de arma de fogo
Desobediência Receptação
Estelionato Drogas ilícitas
Furto Veículos recuperados
Roubo Outros
CONDUÇÕES
Prisão em flagrante TCO
Apreensão de menor Foragido recapturado
248 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Outros Outros
ABORDAGENS
Automóvel Caminhonete ou camioneta
Ônibus, micro-ônibus ou van Motocicleta ou similar
Veículo de carga Táxi
Mototáxi ou motofrete Outros

REMOÇÕES OU APREENSÕES DE VEÍCULOS


Automóvel, caminhonete ou Ônibus, micro-ônibus ou van
camioneta
Motocicleta ou similar Veículo de carga
Mototáxi ou motofrete Táxi
Drogas ilícitas Arma de fogo
Arma branca Outros

4 – OCORRÊNCIAS REGISTRADAS:

Nº da ocorrência Natureza Viatura Órgão de destino

5 – ALTERAÇÕES:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________

6 – OBSERVAÇÕES:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________

___________________________________
Comandante

IMPORTANTE: anexar as planilhas de abordagens de pessoas e/ou veículos no período.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 249

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 404
NOME DO PROCESSO: ABORDAGEM ESTÁTICA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Coletes refletivos;
3. Relatório de bloqueio/abordagem estática;
4. Arma longa (portátil) com bandoleira;
5. Sinalizadores luminosos (operações noturnas);
6. Mapa do Município e do Estado;
7. Mapa rodoviário do Estado;
8. Relação de telefones úteis ao serviço, por exemplo: Unidades da Polícia Militar e
outras Forças, hospitais, Delegacias de Polícia, órgãos de fiscalização do Estado e
do Município, entre outros.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Abordagem estática POP 404.01
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Condução das partes. Art. 5º, inc. LXI da Constituição Federal (CF). 435
Art. 178 da Lei 8.069/1990 – Estatuto da
459
Criança e do Adolescente (ECA).
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
Diretrizes sobre o uso da força
dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
pelos agentes de Segurança ---
Secretaria de Direitos Humanos da
Pública.
Presidência da República.
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Recusa de dados sobre a
própria identidade ou Art. 68 da Lei das Contravenções Penais. 467
qualificação.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
250 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 404 ABORDAGEM ESTÁTICA
PROCEDIMENTO 404.01 Abordagem estática
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Montagem da operação;
2. Abordagem ao veículo;
3. Preenchimento da planilha de abordagem;
4. Confecção do relatório de abordagem estática.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor as viaturas (Ações corretivas 1 a 3; Esclarecimento 1);
2. Determinar o deslocamento das viaturas para o ponto da abordagem estática,
estando a viatura do comandante da operação à retaguarda, o qual comunicará ao
SIOP/COPOM via telefone todos os dados da operação;
3. Posicionar as viaturas no ponto da abordagem estática (Ação corretiva 4;
Imagens 1 e 2);
4. Verificar a conveniência da utilização dos dispositivos luminosos das viaturas;
5. Permanecer próximo à primeira viatura e aumentar o volume do rádio;
6. Posicionar-se, o selecionador, atrás dos dois primeiros cones;
7. Posicionar-se, o anotador, próximo a primeira viatura;
8. Posicionar-se, o comandante da abordagem, entre os cones e à direita do auxiliar;
9. Portar arma longa na posição sul, o segurança geral, e posicionar-se em local
adequado a sua função;
10. Manter o armamento na posição sul, o comandante da abordagem, após o veículo
ser selecionado;
11. Direcionar o veículo selecionado ao ponto de parada, o auxiliar;
12. Colocar o armamento na posição sul, o auxiliar, após a parada do veículo;
13. Abordar o veículo conforme o POP correspondente (Ação corretiva 5);
14. Indicar, o comandante da abordagem, a saída ao veículo abordado;
15. Preencher, o anotador, a planilha de abordagem;
16. Posicionar os policiais para a chegada de outro veículo;
17. Determinar o término da operação;
18. Determinar o fechamento da entrada de veículos;
19. Determinar o recolhimento dos materiais utilizados, em sentido contrário ao fluxo de
trânsito. Os últimos materiais a serem recolhidos serão os cones que sinalizam o
ponto de início da abordagem estática;
20. Determinar a liberação da via, após o efetivo estar em segurança;
21. Conferir e assinar o relatório de abordagem estática preenchido pelo anotador.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a operação seja segura para os policiais e para os abordados;
2. Que o selecionador atue de acordo com os objetivos da operação;
3. Que a operação não exceda ao tempo de 60 minutos em um mesmo ponto de dada
localidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso exista auxiliar em apenas uma das duas viaturas, esse assumirá a função de
segurança geral (Sequência das ações 1);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 251

2. Caso não exista auxiliar nas duas viaturas, a composição dar-se-á da seguinte
forma:
a. primeira viatura estacionada - o comandante acumulará as funções de
comandante da operação e de segurança geral. O motorista será o selecionador;
b. segunda viatura estacionada - o comandante será o comandante da abordagem.
O motorista, auxiliar da abordagem, será o responsável pela busca pessoal e
veicular, consultas via rádio e anotações (Sequência das ações 1).
3. Caso haja uma terceira viatura com 2 (dois) integrantes, essa ficará estacionada
depois da segunda viatura, sendo o seu comandante o segurança geral da
operação e seu auxiliar o anotador (Sequência das ações 1);
4. Caso a via tenha duplo sentido, posicionar as viaturas no acostamento ou sobre a
calçada (Sequência das ações 3);
5. Caso ocorra alguma alteração durante a abordagem, o comandante da operação
assumirá o comando direto da ação (Sequência das ações 13);
6. Caso a abordagem estática ocorra em condições de baixa luminosidade, o
comandante da operação determinará a colocação de sinalizadores luminosos;
7. Caso haja a necessidade de deslocamento para repartição pública competente,
encerra-se a abordagem estática para que o comandante da operação acompanhe
o desfecho da ocorrência.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não orientar os integrantes da operação sobre suas respectivas atividades;
2. Agir, os policiais militares, de forma desordenada;
3. Não estar atento às mensagens transmitidas via rede de rádio;
4. Não avisar, imediatamente, os policiais sobre situações de perigo que possam
comprometer a segurança da operação;
5. Divulgar, pela rede de rádio, horários, prefixos de viaturas envolvidas na
abordagem estática antecipadamente e/ou durante a realização da mesma;
6. Efetuar, os policiais militares, disparos de arma de fogo quando ocorrer tentativa de
fuga de veículo, exceto quando houver agressão atual e iminente, observando o
POP 108.

ESCLARECIMENTO:

1. Composição das viaturas


1.1. Primeira viatura estacionada:
a) Comandante – comandante da operação – responsável pela segurança geral;
b) Motorista – selecionador;
c) Auxiliar – anotador.
1.2. Segunda viatura estacionada:
a) Comandante – comandante da abordagem;
b) Motorista – auxiliar da abordagem – responsável pela busca pessoal e veicular
assim como consultas via SIOP/COPOM;
c) Auxiliar – segurança geral.
252 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: posicionamento das viaturas compostas por três policiais.

Imagem 2: posicionamento das viaturas compostas por dois policiais.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 253

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 405
NOME DO PROCESSO: BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Kit para identificação veicular composto de flanela, lã de aço, solvente (acetona ou
tíner) e espelho;
3. Kit para análise documental composto de lanterna com luz ultravioleta e lupa ou
monóculo.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Busca veicular POP 405.01
Identificação veicular POP 405.02
Análise documental POP 405.03
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 144, § 5º da Constituição Federal (CF). 435
Busca veicular.
Art. 240 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
Diretrizes sobre o uso da força
dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
pelos agentes de Segurança ---
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
Pública.
da República.
Art. 114 e 115 do Código de Trânsito Brasileiro
449
(CTB).
Identificação veicular. Resolução 231/07 do Conselho Nacional de
498
Trânsito (CONTRAN).
Resolução 282/08 do CONTRAN. ---
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
254 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 405 BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
PROCEDIMENTO 405.01 Busca veicular
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acompanhamento da busca pelo condutor do veículo;
2. Possível reação do condutor e demais indivíduos abordados;
3. Localização de armas ou drogas;
4. Verificação do porta-malas do veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Solicitar, o comandante da guarnição, a documentação pessoal e do veículo;
2. Permanecer, o comandante da guarnição, com o condutor e demais abordados
posicionados na calçada ao lado oposto da sua arma, todos com as mãos para
trás, de frente para rua, a uma distância de aproximadamente 2 (dois) metros, de
forma a visualizarem a busca no veículo. O comandante, durante a abordagem,
deverá permanecer com a mão forte na arma e atento à segurança periférica;
3. Verbalizar, o comandante: “Será realizada busca no veículo, acompanhe
visualmente!”; e perguntar: “Existem armas, produtos ilícitos ou objetos de
valor no veículo?”;
4. Dividir o veículo, imaginariamente, em seis pontos para a busca interna
(Esclarecimento 1 e Imagem 1);
5. Observar, durante a busca, os aspectos externos do veículo, tais como:
a. avarias que apontem a ocorrência de acidente de trânsito recente, marcas de
sangue, tinta de outros veículos e outros resíduos;
b. rebaixamento na suspensão traseira, dando a ideia de se ter algum peso no
porta-malas (Imagem 2);
c. outras peculiaridades externas como: lacre da placa rompido, placa adulterada,
perfurações na lataria por disparos de arma de fogo, entre outros.
6. Realizar a busca interna na seguinte sequência (Ações corretivas 7 a 12; Imagem
3):
a. porta-malas;
b. porta dianteira direita, deixando-a aberta;
c. porta ou lateral traseira direita, mantendo os membros inferiores fora do veículo e
a porta aberta;
d. porta dianteira esquerda, retirando e retendo a chave (caso esteja na ignição) e
destravar o capô;
e. porta ou lateral traseira esquerda, mantendo os membros inferiores fora do
veículo;
f. capô.
7. Posicionar-se, o policial encarregado da busca, conforme o POP 205;
8. Retornar sua arma ao coldre, o policial encarregado da busca, após o fatiamento
nos pontos 2 e 3 do veículo. Iniciar a busca no veículo, observando: o porta-malas,
o assoalho, as laterais, o compartimento do guarda-estepe, a pintura mal encoberta
nos cantos;
9. Realizar a busca de forma idêntica em todas as portas do veículo, como segue:
a. chacoalhar levemente a porta, a fim de verificar, pelo barulho, se não existe algum
objeto solto em seu interior;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 255

b. verificar se existe algum objeto escondido no forro das portas, usando o critério da
batida com as mãos para escutar se o som é uniforme.
10. Realizar a busca interna verificando: quebra-sol, porta-luvas, painel, entradas de ar,
cinzeiros, lixeira, banco (encosto de cabeça, estofamento, parte de baixo), todos os
compartimentos que possam esconder objetos ilegais ou suspeitos (michas,
cartões magnéticos com diferentes nomes e outros documentos de veículos, armas
de fogo, armas brancas), demais forros, tapetes e assoalho;
11. Verificar, o policial encarregado da busca, de posse da documentação pessoal e do
veículo abordado, se há alguma alteração junto ao SIOP/COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a busca seja feita de forma rápida e segura, proporcionando a localização de
armas, drogas ilegais ou outros produtos de ilícitos penais;
2. Que nenhum pertence do condutor e/ou do passageiro seja extraviado ou
danificado.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja necessário, solicitar apoio;
2. Caso seja encontrada pessoa no porta-malas (vítima ou infrator da lei), o policial
encarregado da busca fechará a porta e, imediatamente, informará ao comandante
da guarnição. Este tomará a posição de pronto baixo, determinando que o(s)
abordado(s) deite(m) no chão para que seja realizado o algemamento, conforme
POP 102. Posteriormente, os policiais retornarão atenção para o 1º ponto, para
proceder à retirada da pessoa que se encontra no porta-malas;
3. Caso haja algum objeto ilícito como armas e/ou drogas, o encarregado da busca
informará discretamente ao comandante o qual determinará ao(s) abordado(s) que
deite(m) no chão realizando o algemamento e dando continuidade na busca;
4. Caso, durante a busca, algum dos ocupantes do veículo venha a fugir, o
comandante da guarnição determinará ao outro indivíduo abordado que se deite no
chão procedendo ao algemamento, enquanto o outro policial fará a segurança,
informando em seguida ao SIOP/COPOM do ocorrido, passando as características
do indivíduo que fugiu para que as guarnições mais próximas procedam ao cerco
policial;
5. Caso o veículo abordado seja do tipo pick-up ou caminhão, deve ser dada atenção
especial à boleia e à possibilidade de se esconder objetos ilícitos na carroceria de
pick-up e no baú dos caminhões, nos lados externo e interno. Solicitar apoio ao
abordar caminhonetes ou caminhões. Dividir, imaginariamente, esses veículos em
quatro pontos, procedendo à busca da seguinte forma:
a. carroceria/baú;
b. porta direita;
c. porta esquerda;
d. capô.
6. Caso o veículo abordado se trate de motocicleta, não esquecer de realizar busca
debaixo do banco, no filtro de ar, no tanque de combustível e nos compartimentos
de ferramentas;
7. Caso o veículo submetido à busca seja ônibus do transporte coletivo, o policial
executor deverá proceder à busca em seu interior, agindo conforme abaixo
(Sequência das ações 6):
a. de forma organizada, observar todas as partes e objetos;
b. não deixar nenhum objeto no interior do ônibus sem que se localize o proprietário;
c. desconfiar da atitude de qualquer passageiro que ainda esteja no interior do
ônibus, retirando-o para busca pessoal e conferência de documentação.
256 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

8. Caso o veículo submetido à busca seja ônibus de transporte intermunicipal ou


interestadual, a guarnição deverá fazer com que todos os passageiros, inclusive o
motorista, identifiquem suas bagagens para verificação (Sequência das ações 6);
9. Caso a busca seja em ônibus, essa deverá se estender às proximidades do veículo
abordado, evitando que objetos ilícitos lançados para fora do veículo durante a
abordagem passem despercebidos (Sequência das ações 6);
10. Caso necessário, solicitar apoio de policial militar feminina para executar a busca
em mulheres (Sequência das ações 6);
11. Caso o veículo submetido à busca seja caminhão de carroçaria fechada, no
momento da abertura do baú, proceder conforme POP 208 (Sequência das ações
6);
12. Caso verifique um objeto solto no interior da porta ou existam sinais de violação dos
parafusos do(s) forro(s), que justifiquem a fundada suspeita, retirar com o devido
cuidado os forros (Sequência das ações 6).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de solicitar ao condutor para acompanhar visualmente a busca no veículo;
2. Não observar a segurança da guarnição e do condutor/passageiro(s), enquanto é
feita a busca no veículo;
3. Proceder à busca na sequência diferente da prevista, perdendo parâmetro do que
foi ou não realizado;
4. Permitir que o abordado entre no veículo para recolher documento ou qualquer
outro tipo de objeto;
5. Deixar o condutor e/ou outro(s) ocupante(s) do veículo se movimentar(em)
livremente enquanto é realizada a busca no veículo;
6. Não fazer uso de lanterna quando estiver em ambiente que dificulte ou impossibilite
uma boa visualização;
7. Passar desatentamente por armas, drogas e outros objetos ilícitos ou suspeitos;
8. Deixar o comandante da guarnição de atentar para a segurança geral;
9. Não solicitar apoio quando a busca for realizada em caminhões ou camionetes.

ESCLARECIMENTOS:

1. Busca no interior do veículo: dividir o veículo nas


seguintes partes:

1º - porta-malas;
2º - porta dianteira direita;
3º - porta ou lateral traseira direita, nunca colocando
todo o corpo dentro do veículo;
4º - porta dianteira esquerda;
5º - porta ou lateral traseira esquerda, nunca colocando
todo o corpo dentro do veículo;
6º - capô.

Imagem 1
POP:Procedimento Operacional Padrão | 257

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 2: suspensão traseira rebaixada.

Imagem 3: não colocar todo corpo no interior do veículo.


258 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 405 BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
PROCEDIMENTO 405.02 Identificação veicular
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Acompanhamento da identificação pelo condutor do veículo;
2. Possível reação do condutor e demais indivíduos abordados;
3. Identificação e inspeção da numeração do chassi estampado em partes específicas
da carroceria do veículo, conferindo-a com o documento;
4. Constatação de irregularidades no veículo.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Solicitar ao condutor o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV)
e identificar a numeração do chassi e placa no documento;
2. Proceder à identificação de fora para dentro, observando:
a. externamente: cor, modelo, placa, lacre, marcação dos vidros e;
b. internamente: numeração do chassi, tarjetas, etiquetas, numeração do motor e
dos agregados.
3. Levantar o vidro, conferir o alinhamento e a impressão do número do chassi
existente, assim como verificar se é o mesmo impresso no documento
(Esclarecimento 1; Imagens 1 e 2);
4. Conferir se a placa traseira está lacrada e se confere com o documento
apresentado (Esclarecimento 2; Imagens 3 a 5);
5. Conferir se a carroceria/baú é a mesma que consta no documento quando se tratar
de caminhão ou camionete;
6. Conferir a gravação do chassi existente no assoalho do veículo no lado dianteiro
direito, embaixo e/ou atrás do banco do passageiro. Em pick up´s e caminhões, a
numeração do chassi é, normalmente, gravada na longarina dianteira do lado
direito (Imagem 17). Observar, ainda, o seguinte:
a. confirmar se a gravação está no local estabelecido pela montadora;
b. verificar a limpeza e a porosidade nas proximidades da gravação, a existência de
solda e massa plástica. Limpar, se necessário, usando produto abrasivo (tíner,
acetona) de forma que não danifique a pintura (Esclarecimento 4);
c. observar nos dígitos o tamanho, profundidade, espaçamento, alinhamento, tipo de
pinçamento e a existência de símbolos (Esclarecimento 4);
d. verificar se houve repintura no local.
7. Abrir a porta do passageiro ao máximo e verificar nos cantos a existência de
etiquetas autodestrutivas e de plaquetas com numeração do chassi, atentando para
(Esclarecimento 5):
a. observar se as etiquetas estão no local estabelecido pela montadora, se são
originais e confrontar com a numeração do documento;
b. verificar se a plaqueta de identificação está no local previsto pela montadora,
observar nos dígitos tamanho, profundidade, espaçamento, alinhamento, tipo de
pinçamento e a existência de símbolos; observar, também, os rebites
(originalidade/remoção).
8. Abrir o capô:
a. conferir a numeração da gravação do chassi, as etiquetas autodestrutivas
situadas no lado direito;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 259

b. conferir a numeração do motor no lado oposto às correias dentadas e do


alternador (Imagem 18);
c. confrontar o número do chassi e do motor com a documentação, bem como,
verificar se existem indícios aparentes de adulteração (Esclarecimento 4.1).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a identificação seja feita de forma eficiente;
2. Que seja efetivamente constatada a condição irregular do veículo ao apresentar
qualquer tipo de adulteração ou ilegalidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso se trate de veículos de duas rodas:
a. nas motocicletas, a numeração do chassi é gravada no quadro abaixo do guidão
(Imagem 19). A numeração do motor situa-se no lado esquerdo inferior (Imagem
20);
b. nas motonetas, a numeração do chassi é gravada no quadro embaixo do banco
(Imagem 21) ou na frente da roda traseira do lado direito (Imagem 22). A
numeração do motor situa-se no lado esquerdo (Imagem 23).
2. Caso o PM não encontre a numeração do chassi e do motor ou tenha dúvidas
sobre a localização padrão de fábrica, solicitar ao condutor o manual do veículo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não localizar o número do chassi e/ou do motor no veículo abordado;
2. Não conhecer o tipo, formato e locais de aposição da plaqueta e etiqueta
autodestrutiva;
3. Realizar a inspeção do chassi no compartimento interno do veículo somente de
forma visual, sem colocar a mão por debaixo do carpete para sentir a presença de
solda ou massa plástica nas adjacências da gravação;
4. Não atentar para ranhuras provenientes de lixamento e/ou raspagens;
5. Proceder à identificação na sequência diferente da prevista, perdendo parâmetro do
que foi ou não realizado;
6. Deixar o condutor e/ou ocupante(s) do veículo se movimentar(em) livremente
enquanto é realizada a identificação do veículo;
7. Não fazer uso de lanterna quando estiver em ambiente que dificulte ou impossibilite
boa visualização;
8. Deixar de checar o veículo junto ao SIOP/COPOM e não confrontar seus dados
com a documentação;
9. Passar, despercebidamente, pelas adulterações do chassi ou falsificações das
etiquetas autodestrutivas e da plaqueta;
10. Danificar ou extraviar documentos ou pertences.

ESCLARECIMENTOS:

1. Gravação do chassi no vidro: gravação da marcação alfanumérica da terceira parte


do chassi. A verificação da autenticidade desta gravação é feita colocando, de forma
inclinada, um papel branco na parte interna do vidro, em uma posição que a luz solar
ou a lanterna atinja o vidro e produza a projeção da gravação no papel:
260 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

16.
15.
Imagem 1 Imagem 2
2. Lacre: os veículos, depois de identificados, deverão ter suas placas lacradas à
estrutura, com lacres de uso exclusivo, em material sintético virgem (polietileno) ou
metálico (chumbo). Estes deverão possuir características de inviolabilidade e
identificação do Órgão Executivo de Trânsito dos Estados e do Distrito Federal (DF)
em sua face externa, permitindo a passagem do arame por seu interior.

Imagem 3: placa dianteira. Imagem 4: modelo de lacre.

A: lacre na vertical;
B: código do fabricante data
da tarjeta e data da placa;
C: código do fabricante e data
da tarjeta.

Imagem 5

3. Placas de identificação: são gravadas com três letras e quatro números em alto
relevo. Durante a verificação devem ser observados os seguintes aspectos:
a) sinais de lixa em volta da furação do lacre;
b) rebarbas em volta dos furos;
c) padrão dos furos;
d) código;
e) lacre.
3.1. Código de cadastramento do fabricante da placa e tarjeta: será composto por
um número de três algarismos, seguida da sigla da Unidade da Federação e dos
dois últimos algarismos do ano de fabricação, gravado em alto ou baixo relevo, em
cor igual a do fundo da placa.

4. Numeração do chassi: é composta de dezessete dígitos divididos em três grupos


que identificam, dentre outras informações, o local de fabricação do veículo, as
características do veículo e a sequência de fabricação deste em um determinado
ano. O conjunto alfa numérico em tela pode ser gravado em quatro formas
diferentes:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 261

a) ponto sobre ponto:

Imagem 6

b) punção liso:

Imagem 7

c) ponto a ponto:

Imagem 8

d) escavada:

Imagem 9

4.1. Alinhamento, profundidade e porosidade dos dígitos: em regra, os modelos de


gravação obedecem as mesmas medidas, sendo que tem um espaçamento entre
os dígitos de 4mm e sua profundidade de 2mm, isso significa que a numeração do
chassi é perfeitamente alinhada entre os dígitos.
Durante a verificação, deve ser observada:

Imagem 10
262 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4.2. Adulteração do chassi: a presença de pintura sobre a marcação do chassi, sinais


de lixa ao seu redor, bem como sinais de soldas nas proximidades da peça suporte
são indicativos de adulteração. Deve ser observado também se não existem duas
peças sobrepostas ou ondulações na marcação do chassi.
Os principais métodos de adulteração utilizados são:
a) sobreposição:

Imagem 11

b) implante ou enxerto:

Imagem 12

c) transplante:

Imagem 13

d) Remonte;
e) ocultação da numeração original e regravação próxima ao local:

Imagem 14
POP:Procedimento Operacional Padrão | 263

4.3. Localização do número do chassi no veículo:

5. Etiquetas autodestrutivas: são duas e estão localizadas na coluna da porta do lado


direito e no compartimento interno do motor. Algumas montadoras inserem a
numeração completa do chassi, mas a maioria mantém apenas a numeração da 10ª
a 17ª posição. A etiqueta contém uma imagem holográfica, vista com uso de lanterna
específica. Deve-se observar se a etiqueta foi afixada no local com aderente
diferente do original, o que causa ondulações na superfície da etiqueta.

Imagem 16
264 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 17 Imagem 18

Imagem 19 Imagem 20

Imagem 21 Imagem 22

Imagem 23
POP:Procedimento Operacional Padrão | 265

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 405 BUSCA E IDENTIFICAÇÃO VEICULAR
PROCEDIMENTO 405.03 Análise documental
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Possível reação do condutor e demais indivíduos abordados;
2. Identificação e inspeção de dados e informações impressas no documento;
3. Constatação de irregularidades nos dispositivos de segurança do Certificado de
Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV) e Carteira Nacional de Habilitação
(CNH).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Solicitar que o condutor entregue os documentos de porte obrigatório (CNH e
CRLV) sem qualquer tipo de invólucro;
2. Verificar com o CRLV e a CNH em mãos, o seguinte (Imagens de 1 a 3):
a. dimensão, tipo do papel, impressão, existência de talho doce e microtextos;
b. com lupa ou monóculo, o padrão e o alinhamento dos caracteres impressos, bem
como a existência de rasuras, indícios de raspagem e/ou reimpressão;
c. a numeração do Registro Nacional de Veículos Automotores (RENAVAM), CRLV
e CNH, no sistema.
3. Verificar ainda, na CNH, o seguinte:
a. se a categoria é compatível com o veículo abordado;
b. existência de calcografia (Esclarecimento 1);
c. com luz ultravioleta, os elementos de segurança visíveis somente na presença
dessa;
d. com lupa ou monóculo, o tipo de impressão da fotografia.
4. Entregar os documentos analisados ao condutor do veículo e aos demais
abordados;
5. Solicitar que todos os abordados confirmem se os pertences se encontram no
veículo e/ou de posse deles;
6. Liberar os abordados, o comandante da guarnição, utilizando a seguinte frase:
“Senhor(es), este é um procedimento operacional padrão da Polícia Militar.
Agradecemos a colaboração. Tenha(m) um(a) bom (dia/tarde/noite)!”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a análise documental seja feita de forma eficiente;
2. Que seja constatada a suspeita da irregularidade do documento ao apresentar
qualquer tipo de adulteração ou de ilegalidade.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso, durante a análise documental, algum dos ocupantes do veículo venha a fugir,
o comandante da guarnição determinará ao outro indivíduo abordado que se deite
no chão procedendo ao algemamento, enquanto o outro policial fará a segurança,
informando em seguida ao SIOP/COPOM do ocorrido, passando as características
do indivíduo que fugiu para que as guarnições mais próximas procedam ao cerco
policial.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não observar a segurança da guarnição e do condutor/passageiro(s), enquanto é
feita a análise documental;
266 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

2. Deixar o condutor e/ou ocupante(s) do veículo se movimentar(em) livremente


enquanto é realizada a análise documental;
3. Deixar de checar a numeração da CNH e do CRLV junto ao SIOP/COPOM, bem
como não confrontar os dados do condutor e do veículo com a documentação;
4. Passar desatentamente pelas adulterações ou falsificações das documentações;
5. Deixar o comandante da guarnição de prestar atenção na região periférica;
6. Extraviar ou danificar documentos.

ESCLARECIMENTO:

1. Calcografia: impressão em relevo usando tinta pastosa, sensível ao tato e em


técnica de talho doce em elementos como o Brasão da República e nos textos
vazados de identificação - República Federativa do Brasil.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: Carteira Nacional de Habilitação (CNH).


POP:Procedimento Operacional Padrão | 267

1. Fundo “off-set” numismático


duplex, com bandeira estilizada;
2. Microtexto positivo e negativo com
falha técnica em talho doce;
3. Registro coincidente “See-
through”;
4. Número identificador da CNH
criptográfico;
5. Filigrama negativa incorporando
textos de identificação;
6. Holograma;
7. Fundo geométrico positivo em “off-
set”;
8. Fio microtextos positivos
“DENATRAN” em talho-doce;
9. Fundo anti-scanner duplex, tarja
geométrica positiva e microletra
negativa “CNH”;
10. Texto de identificação e
numeração tipográfica, com dígito
verificador, sensível à luz
ultravioleta;
11. Imagem latente “Original”.

Imagem 2: itens de segurança na CNH.

Imagem 3: Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo (CRLV).


268 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 406
NOME DO PROCESSO: ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Ao atendimento:
a. “head set” ou aparelho telefônico;
b. caneta;
c. bloco de notas;
d. computador;
e. correio interno logado;
f. sistema SIOP logado ou COPOM;
g. lista telefônica com números funcionais;
h. lista contendo o número das centrais de emergência - 190 de todas as unidades
da Polícia Militar do Estado do Tocantins;
i. lista telefônica contendo o número das centrais de emergência - 190 de todas as
capitais do Brasil;
j. planilha eletrônica para discriminação do tipo de ligação recebida (trote,
informação ao cidadão, entre outras).
2. Ao despacho:
a. rádio receptor;
b. caneta;
c. bloco de notas;
d. computador;
e. correio interno logado;
f. sistema SIOP logado ou COPOM;
g. banco de dados oficiais (DETRAN-NET, INFOSEG, CNJ, entre outros);
h. planilha eletrônica com discriminação das viaturas escaladas para o serviço, com
seus respectivos componentes;
i. planilha eletrônica para discriminação do número da ocorrência, quilometragem,
horários, endereço e viatura empenhada pelo militar responsável pelo despacho.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Atendimento das solicitações POP 406.01
Despacho das solicitações POP 406.02
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Preservação da ordem pública. Art. 144, § 5° da Constituição Federal (CF). 435
Sistema Integrado de Operações Lei n° 1.565/2005 – Lei Estadual que
467
(SIOP). instituiu o SIOP.
Trote (comunicação falsa de crime
Art. 340 do Código Penal (CP). 442
ou contravenção).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 269

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 406 ATENDIMENTO EMERGENCIAL – 190
PROCEDIMENTO 406.01 Atendimento das solicitações
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Atendente policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Estabelecer contato com o solicitante;
2. Compreender o que o solicitante deseja;
3. Coletar as informações necessárias para atender a ocorrência;
4. Encaminhar as informações recolhidas ao despachante policial militar.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Atender a ligação ao primeiro toque do aparelho (Ação corretiva 1);
2. Utilizar a verbalização inicial: “190, qual é a sua emergência?” (Esclarecimento 1
e 2);
3. Continuar a verbalização com clareza, de maneira natural, nem muito rápida nem
muito vagarosa;
4. Prezar pela agilidade no atendimento, mas sem deixar de ouvir o solicitante e agir
com cortesia, atenção e respeito, interrompendo quando necessário, a fim de colher
as informações indispensáveis ao atendimento da solicitação;
5. Utilizar sempre o tratamento “Senhor(a)” quando se dirigir ao solicitante;
6. Dizer ao solicitante: “Para que eu possa enviar a viatura, é preciso que o
senhor(a) responda algumas perguntas”:
a. “Qual o endereço ou ponto de referência do fato?”;
b. “Qual o seu nome?”;
c. “Informe um número de telefone de contato”.
7. Perguntar ainda, quando aplicável à natureza da ocorrência:
a. “Quais as características do autor?”;
b. “Qual o tipo de arma utilizada na prática do delito?”;
c. “Qual o veículo utilizado para empreender fuga e o rumo tomado?”;
d. “Há vítimas no local?”.
8. Encerrar a chamada correspondente à área de atuação da Polícia Militar, dizendo:
“Sua solicitação foi registrada e encaminhada para atendimento”.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o atendente tenha uma noção prévia do que está acontecendo e quais as
possíveis medidas a serem tomadas;
2. Que o atendente conduza a conversa com o solicitante de forma clara, evitando
repetições e perda de tempo e obtenha o maior número de informações possíveis;
3. Que seja possibilitada uma visão panorâmica do que está acontecendo antes
mesmo que a Polícia Militar chegue ao local da ocorrência;
4. Que haja a correta definição da prioridade da ocorrência, de acordo com as
informações fornecidas pelo solicitante, possibilitando a priorização de despachos
das ocorrências mais graves.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível atender a chamada no primeiro toque, atender ao telefone o
mais breve possível (Sequência das ações 1);
2. Caso não haja resposta por parte do solicitante após a verbalização inicial, o
atendente deverá repeti-la por mais uma vez antes de finalizar a ligação;
270 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

3. Caso o solicitante afirme ser militar, constar posto/graduação, nome de guerra e a


unidade em que está lotado;
4. Caso a nitidez da ligação oscile, vindo a comprometer a compreensão de alguma
informação, o atendente deverá usar a seguinte expressão: “Senhor(a), não foi
possível entendê-lo (a), por favor repita”;
5. Caso a ligação esteja inaudível, orientar ao solicitante para que desligue e ligue
novamente;
6. Caso a ligação do solicitante seja originária de outro município do Estado do
Tocantins que não seja da área do atendimento, o atendente deverá primeiramente
orientá-lo a ligar de um telefone fixo. Persistindo o problema, repassar o número do
telefone do SIOP/COPOM local correspondente ao atendimento de onde o
solicitante está ligando;
7. Caso o solicitante passe a pronunciar palavras de baixo calão, ofendendo o
atendente e recusando-se a responder as perguntas diretivas, não retribuir as
ofensas, simplesmente interromper a ligação;
8. Caso o solicitante narre um fato já ocorrido, que não demande o emprego de
viatura, fazer as necessárias orientações e contabilizar tal atendimento como
Serviço de Orientação ao Público (SOP); no entanto, se o solicitante insistir pela
presença de uma viatura, informá-lo que será deslocada, na medida em que
ocorrências de maior urgência forem atendidas prioritariamente;
9. Caso o solicitante afirme já ter solicitado atendimento via 190, o atendente tem o
dever de checar o andamento da ocorrência, a fim de assegurar que a solicitação
foi recebida pelo despachante;
10. Caso o solicitante não consiga repassar todas as informações demandadas a fim
de subsidiar a guarnição que irá atender a ocorrência, o atendente tendo
compreendido o local do fato, deve encaminhar a solicitação ao militar responsável
pelo despacho para que a situação seja averiguada;
11. Caso a ligação seja interrompida antes que o atendente tenha compreendido os
dados mínimos, como a natureza da ocorrência e local do fato, deverá retornar a
ligação para o número gravado na bina ou previamente anotado. Não tendo o
número disponível, esperar que o solicitante retorne a ligação ao 190 para recolher
as informações;
12. Caso a ação do atendente seja imprescindível à preservação da vida, esse deve
manter a comunicação;
13. Caso seja identificado trote, utilizar a seguinte expressão: “Essa linha é destinada
a chamadas emergenciais. Vou finalizar sua ligação”;
14. Caso a solicitação não seja competência dos órgãos de Segurança Pública,
orientar o solicitante a procurar o órgão competente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de atender a chamada telefônica até o terceiro toque;
2. Deixar de utilizar a verbalização inicial;
3. Permanecer com a ligação telefônica não inteligível, ensejando despacho errôneo
da ocorrência;
4. Enviar a solicitação para o despachante, mesmo com dúvidas sobre dados
coletados, sem antes esgotar os recursos técnicos e consultar o supervisor ou
demais atendentes escalados;
5. Utilizar o telefone de emergência para diálogos desnecessários e alheios ao
serviço;
6. Encerrar a ligação telefônica antes de informar ao solicitante quanto às medidas
que serão tomadas para o atendimento;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 271

7. Utilizar palavras de baixo calão durante o atendimento da ligação emergencial.

ESCLARECIMENTOS:

1. Identificação do atendente: a identificação do atendente é de caráter opcional na


verbalização inicial padrão, não podendo ser negada, caso haja demanda por parte
do solicitante no decorrer da ligação.
2. Comunicação durante o atendimento:
Evitar: Alternativas:
Oi, tchau. Bom dia, boa tarde, boa noite.
Hum, tá ,ok. Certo, pois não, sim.
Né (em excesso), olha, viu. Certo, portanto, não é.
A gente. Nós.
Você, meu bem, querida, amigo. Senhor(a), cidadão(ã).
Um minutinho, um pouquinho. Um instante, um momento, por favor.
Espirro e tosse ao telefone. Pedir um momento (colocando o
aparelho no mute) e retornar em seguida.
272 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 406 ATENDIMENTO EMERGENCIAL - 190
PROCEDIMENTO 406.02 Despacho das solicitações
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:---
RESPONSÁVEL: Despachante policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Recebimento das informações do atendente;
2. Gerenciamento do emprego dos recursos disponíveis;
3. Orientação e acompanhamento das guarnições.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Empenhar a viatura mais próxima do local da ocorrência;
2. Repassar aos componentes da viatura empenhada as informações recolhidas no
atendimento da solicitação;
3. Anotar a quilometragem e horário inicial da ocorrência, a fim de que a viatura inicie
o deslocamento ao local do atendimento;
4. Anotar a quilometragem e o horário no momento em que a viatura chegar ao local
do atendimento;
5. Orientar quais os procedimentos a serem tomados, quando solicitado;
6. Anotar a quilometragem e o horário após a conclusão do atendimento da
ocorrência;
7. Listar os dados da ocorrência na planilha eletrônica (viatura empenhada, número e
natureza da ocorrência, endereço, horários, quilometragem);
8. Informar imediatamente ao coordenador de operações do SIOP/COPOM e/ou CPU
da UPM, em se tratando de ocorrência de vulto;
9. Buscar informações e apoio, quando necessário, em outros órgãos;
10. Buscar informações em legislação disponível para repassar à guarnição policial
militar nas ações que gerem dúvidas aos componentes da viatura;
11. Buscar informações em banco de dados oficiais (DETRAN-NET, INFOSEG, entre
outros) para consulta e repasse aos componentes da viatura;
12. Finalizar o atendimento e repassar à viatura o número da ocorrência registrada.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as solicitações sejam despachadas e empenhadas as viaturas para seu
atendimento em tempo hábil;
2. Que as informações, relativas às pessoas envolvidas, veículos e armas utilizadas
na prática do delito relatado, sejam repassadas com precisão aos componentes da
guarnição, preparando-os para solução da ocorrência com antecedência;
3. Que o militar responsável pelo despacho seja suporte técnico para os componentes
da guarnição via cadeia de rádio e/ou telefone celular;
4. Que por meio da agilidade no atendimento das ocorrências se possibilite maior
produtividade dos componentes da guarnição no serviço de radiopatrulha;
5. Que as informações repassadas aos componentes da guarnição via cadeia de rádio
e/ou celular sejam claras, concisas e objetivas, evitando a ocupação da rede de
rádio desnecessariamente;
6. Que a verbalização padrão recomendada às comunicações via rede de rádio seja
devidamente utilizada prezando pela objetividade, seriedade e clareza
(Esclarecimento 2).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 273
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível despachar a solicitação de atendimento imediatamente,
empenhar viatura o mais breve possível, de acordo com a urgência;
2. Caso a comunicação na rede de rádio esteja comprometida, devido a problemas
técnicos, entrar em contato com a Assessoria Técnica de Informática e
Telecomunicações (ATIT/ PMTO) ou seção competente;
3. Caso a viatura demore a dar retorno da chegada ao local solicitado, fazer contato
via rede de rádio para garantir o atendimento o mais rápido possível;
4. Caso ocorra a demora, por parte dos componentes da viatura, no atendimento do
rádio, solicitar acompanhamento do CPU;
5. Caso o número de viaturas esteja reduzido em determinada área para atendimento
de ocorrências, remanejar as viaturas, em conjunto com o CPU, a fim de diminuir o
tempo de espera do solicitante, pelo atendimento da Polícia Militar;
6. Caso no empenho das viaturas em ocorrências não seja possível o repasse
imediato de todas as informações, o complemento destas informações poderá ser
realizado durante o deslocamento da viatura até o local do fato;
7. Caso esteja acontecendo ocorrência de vulto, o despachante deverá solicitar uma
breve paralisação nas comunicações na rede de rádio, com intuito de melhor
empenhar e orientar as viaturas empregadas;
8. Caso haja dificuldade de acesso aos bancos de dados oficiais (DETRAN-NET,
INFOSEG, entre outros), relatar de imediato ao coordenador de operações para
solução do problema.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de atender a solicitação repassada pelo atendente, exceto quando for
comprovadamente desnecessário ou inviável o atendimento;
2. Deixar de utilizar a verbalização padrão recomendada para a rede de rádio (Código
Q, Código Fonético Internacional e Numeral Fonético Internacional);
3. Deixar de orientar a guarnição quanto às ações cabíveis nas ocorrências
empenhadas;
4. Deixar de buscar informações e/ou deixar de consultar bancos de dados oficiais
quando solicitado;
5. Deixar de buscar o mais rápido possível o cadastro junto ao INFOSEG e ao
DETRAN-NET;
6. Deixar de responder às chamadas via rádio por motivo de desatenção;
7. Utilizar a rede de rádio para diálogos desnecessários e alheios ao serviço.

ESCLARECIMENTOS:

1. Precedência de função: o militar empenhado no despacho das ocorrências, na


medida em que estiver desempenhando suas funções, tem precedência funcional
sobre posto e graduação hierárquica, pois está desempenhando uma missão em
nome do coordenador de operações e/ou CPU.
2. Verbalização padrão: Código Q, Código Fonético Internacional e Numeral Fonético
Internacional.
DEFINIÇÃO
CÓDIGO
PADRÃO INTERNACIONAL ADAPTAÇÕES PMTO
Está na escuta?
Na escuta.
QAP Permaneça na escuta.
Pronto.
Estou na escuta.
274 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Posso abandonar a frenquencia de


escuta durante ... minutos? Autorização para abandonar a
QAR
Podes abandonar a frenquencia de escuta.
escuta durante ... minutos?
Qual é o aeródromo mais próximo,
aberto para vôo VFR e no qual poderia
QBO pousar? Viatura com pneu furado.
Poderás pousar no aeródromo... (lugar)
aberto para vôo VFR.
Transporte de pessoa com
QBU NÃO TEM transtornos mentais. Pessoa
com transtornos mentais.
Qual é o nome de sua estação?
Nome do operador. Prefixo da
QRA Meu nome é...
estação.
O prefixo da estação é...
Qual é a minha frequência exata (ou
QRG Influência exata.
frequência exata ... MHz) de ...?
Como é a tonalidade de minha emissão?
Tonalidade dos sinais:
Tonalidade dos sinais:
1 - BOM;
QRI 1 - BOM;
2 - VARIÁVEL;
2 - VARIÁVEL;
3 - RUIM.
3 - RUIM.
Qual a clareza dos meus sinais (ou de Legibilidade dos sinais:
...)? 1 - ILEGÍVEL;
Legibilidade dos sinais: 2 - LEGÍVEL COM
1 - ILEGÍVEL; INTERMITÊNCIA;
QRK
2 - LEGÍVEL COM INTERMITÊNCIA; 3 - LEGÍVEL COM
3 - LEGÍVELCOM DIFICULDADE; DIFICULDADE;
4 - LEGÍVEL; 4 - LEGÍVEL;
5 - PERFEITAMENTE LEGÍVEL. 5 - PERFEITAMENTE LEGÍVEL.
Qual a intensidade de meus sinais (ou
dos sinais de ...)? Intensidade dos sinais:
Intensidade dos sinais: 1 - APENAS PERCEPTÍVEL;
1 - APENAS PERCEPTÍVEL; 2 - MUITO FRACA;
QSA
2 - MUITO FRACA; 3 - UM POUCO FRACA;
3 - UM POUCO FRACA; 4 - BOA;
4 - BOA; 5 - ÓTIMA.
5 - ÓTIMA.
Está sendo interferido?
Sofro interferência:
1 - NULA;
QRM 2 - MODERADA; Interferência de outra estação.
3 - LIGEIRA;
4 - SEVERA;
5 - EXTREMA.
Devo aumentar a potência do
QRO transmissor? Aumentar potência.
Aumente a potência do transmissor.
Devo diminuir a potência do
QRP Diminuir potência.
transmissor?
POP:Procedimento Operacional Padrão | 275

Diminua a potência do transmissor


Devo transmitir mais depressa?
QRQ Transmita mais depressa (... palavras Mais depressa.
por minuto)
Devo transmitir mais devagar?
QRS Transmita mais devagar (... palavras Mais devagar.
por minuto)
Devo cessar a transmissão?
QRT Parar de transmitir.
Cesse a transmissão
Novidade. Assunto. Tens algo para
QRU Tem algo para mim?
mim?
Quando me chamará novamente?
Espere. Aguarde um momento. Dar
QRX Eu o chamarei novamente às
um tempo.
...horas, em ... KHz (ou ... MHz)
Quem está me chamando?
QRZ Você está sendo chamado por ... (em Quem me chama?
... KHz (ou ... MHz)
Qual a taxa a ser cobrada para
...incluindo sua taxa interna? Referente a dinheiro. Pagamento.
QSJ
A taxa a ser cobrada para ...incluindo Taxa.
minha taxa interna, é ...
Pode acusar recebimento? Entendido. Confirmado.
QSL
Acuso recebimento. Compreendido.
Pode comunicar-se diretamente (ou
por retransmissão) com ...? Contato direto entre duas estações,
QSO Posso comunicar-me diretamente (ou contato pessoal entre dois
intermédio de ...) por intermédio de operadores.
...) com ...
Retransmissão gratuita, ponte entre
Quer retransmitir gratuitamente?
QSP duas estações através de contato
Vou retransmitir gratuitamente a ...
indireto.
Devo transmitir em outra frequência?
QSY Transmita em outra frequência (ou ... Mudar para outra frequência.
KHz) (ou ... MHz)
Devo cancelar o telegrama número
Última forma. Cancele a última
QTA ...?
mensagem.
Cancele o telegrama número ...
Quantos telegramas tem para
QTC transmitir? Mensagem. Telegrama.
Tenho ...telegramas para você ...
Qual é sua posição em latitude e
longitude ou de acordo com qualquer
Local dos fatos. Endereço.
outra indicação?
QTH Localização. Ponto de encontro.
Minha posição é ... de latitude ... de
Onde se encontra?
longitude (ou de acordo com
qualquer outra indicação).
Qual é a hora certa? Hora exata, hora dos fatos, qual o
QTR
A hora certa é ...horas horário?
276 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Qual é seu rumo VERDADEIRO? Rumo verdadeiro. Para aonde


QTI
Meu rumo VERDADEIRO... é graus. vais no momento?
Qual é sua velocidade (refere-se …
velocidade de um navio ou aeronave
com relação a água ou ar,
respectivamente)?
QTJ Minha velocidade é de ...nós (ou ... Velocidade do veículo.
quilometro por hora) (ou ... milhas
terrestres por hora) (indique a
velocidade de um navio ou aeronave
através da água ou ar respectivamente)
Tem notícias de ... (indicativo de
chamada?
QUA Notícias.
Envio notícias de ... (indicativo de
chamada)

ALFABETO FONÉTICO NUMERAL FONÉTICO


INTERNACIONAL INTERNACIONAL
LETRAS PALAVRAS PRONÚNCIA 0 NEGATIVO
A ALPHA AL-FA 1 PRIMEIRO
B BRAVO BRA-VO 2 SEGUNDO
C CHARLIE CHAR-LIE 3 TERCEIRO
D DELTA DEL-TA 4 QUARTO
E ECHO E-CO 5 QUINTO
E FOXTROT FOX-TRO-TE 6 SEXTO
G GOLF GOL-FE 7 SÉTIMO
H HOTEL HO-TEL 8 OITAVO
I INDIAN IN-DI-AN 9 NONO
J JULIET JU-LI-ETE
K KILO QUI-LO
L LIMA LI-MA
M MIKE MAI-QUE
N NOVEMBER NO-VEM-BER
O OSCAR OS-CAR
P PAPA PA-PA
Q QUEBEC QUE-BE-QUE
R ROMEU RO-MEU
S SIERRA SI-E-RRA
T TANGO TAN-GO
U UNIFORM U-NI-FOR-ME
V VICTOR VIC-TOR
W WHISKEY U-IS-QUEI
X X-RAY EX-REY
Y YANKEE IAN-QUI
Z ZULU ZU-LU

Nota: o “Código Fonético Internacional” é utilizado nas comunicações realizadas


através de telefone ou rádio, a fim de se evitar que as palavras transmitidas sejam
mal interpretadas, motivo pelo qual as mesmas são soletradas. Exemplo: Consultar
a placa MWM-0123: Mike-Whiskey-Mike-Negativo-Primeiro-Segundo-Terceiro.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 277

3. Ocorrência de vulto: ocorrência de natureza e importância que resultam em ampla


repercussão nos meios de comunicação e/ou que envolvam risco de morte de
pessoas, como por exemplo: sequestro, artefatos explosivos, multidão em desordem,
chacinas, homicídio, roubo, estupros, entre outros.
278 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 407
NOME DO PROCESSO: PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Prancheta;
3. Guia da cidade;
4. Relação de veículos furtados/roubados;
5. Relação de foragidos da justiça;
6. Formulários para relação de veículos e pessoas abordadas;
7. Farol auxiliar portátil (celibrim);
8. Luvas descartáveis;
9. Fita zebrada para isolamento de local;
10. Cones (mínimo de três por viaturas de quatro rodas);
11. Talão de Auto de Infração de Trânsito (AIT);
12. Talão de retenção e remoção de veículos;
13. Talão do termo de constatação de alteração de capacidade psicomotora;
14. Etilômetro;
15. Decibelímetro;
16. Formulários de Boletim de Atendimento (BA/PM) e Boletim de Ocorrência de
Acidente de Trânsito (BOAT/PM);
17. Código Penal (CP) e Código de Trânsito Brasileiro (CTB) com suas resoluções;
18. Rádio portátil.
ETAPAS PROCEDIMENTO
Passagem de serviço motorizado POP 407.01
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Passagem de serviço Art. 100, incisos I, II, III e V do Regulamento
---
motorizado. Interno e dos Serviços Gerais (RISG), R-1.
Art. 143, 147, §§ 2º e 4º, 159, § 10 do Código de
449
Trânsito Brasileiro (CTB);
Habilitação do condutor.
Anexo I da Resolução 168 do Conselho Nacional
---
de Trânsito (CONTRAN).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 279

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 407 PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO
PROCEDIMENTO 407.01 Passagem de serviço motorizado
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Motorista policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Inspeção da viatura;
2. Verificação dos equipamentos da viatura;
3. Preenchimento do Relatório de Serviço Motorizado (RSM).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Aguardar, do Comandante do Policiamento Urbano (CPU) ou do SIOP/COPOM, a
autorização para deslocar-se ao local da passagem de serviço (Possibilidade de
erro 1);
2. Retirar todos os pertences e materiais de carga individual do interior da viatura e
informar ao SIOP/COPOM a nova situação da viatura para o próximo turno de
serviço (Ação corretiva 1);
3. Providenciar a limpeza da viatura;
4. Transmitir todas as informações relativas à viatura ao responsável seguinte
colhendo a assinatura no seu RSM, após recebimento da viatura;
5. Entregar o RSM à seção competente e/ou responsável legal (Esclarecimento 2);
6. Realizar, o motorista substituto, a verificação dos materiais e dos equipamentos da
viatura previstos para o serviço e iniciar o procedimento de inspeção e de
manutenção de primeiro escalão da viatura, em no máximo 15 (quinze) minutos
(Esclarecimento 1);
7. Preencher o RSM, o motorista substituto, com os dados da entrada de serviço,
constando todas as novidades encontradas na viatura e seus equipamentos
obrigatórios e de carga;
8. Dar início ao patrulhamento somente após a guarnição estar devidamente
cadastrada no SIOP/COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que toda alteração na viatura seja conhecida por ocasião da inspeção na
passagem de serviço motorizada;
2. Que o RSM seja devidamente preenchido e entregue na seção competente;
3. Que os equipamentos obrigatórios e materiais em carga da viatura sejam
preservados;
4. Que os responsáveis pela utilização e conservação da viatura sejam identificados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja esquecido algum material na viatura, fazer a devida devolução
(Sequência das ações 2);
2. Caso, ao término do serviço, a viatura estiver na condição de veículo reserva ou
baixada, o encarregado do serviço de dia deve assinar o RSM, recebendo-a e
procedendo à inspeção e à manutenção de primeiro escalão;
3. Caso a viatura a ser utilizada estiver na condição de veículo reserva, o motorista
policial militar deverá recebê-la do serviço de dia, procedendo à inspeção e à
manutenção de primeiro escalão, preenchendo o RSM, constando a alteração
verificada ao receber a viatura;
4. Caso a viatura for permanecer na condição de veículo reserva ou baixada, deverá
280 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

estar trancada com seus equipamentos obrigatórios e materiais mantidos em seu


interior e conferidos por ocasião da passagem de serviço;
5. Caso o motorista substituído verifique que o nível de combustível esteja abaixo de
meio tanque, providenciar o abastecimento.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deslocar ao local de passagem de serviço sem autorização do CPU ou do
SIOP/COPOM (Sequência das ações 1);
2. Deixar o motorista policial militar substituído de fazer a passagem de serviço da
viatura ao serviço de dia ou a um responsável, quando da sua não utilização no
turno seguinte;
3. Insistir na partida do motor, caso não funcione nas primeiras tentativas ou tentar
funcionar o veículo empurrando-o;
4. Não estar o motorista policial militar devidamente habilitado ou com sua CNH
vencida ao assumir o serviço;
5. Não cientificar o SIOP/COPOM da mudança da situação da viatura;
6. Não preencher corretamente o RSM;
7. Deixar, o motorista policial militar substituído, de colher a assinatura do responsável
pela viatura no turno seguinte em seu RSM;
8. Não proceder à devida inspeção ou realizá-la excedendo 15 (quinze) minutos;
9. Não proceder à devolução dos materiais ou objetos esquecidos na viatura quando
da passagem de serviço.

ESCLARECIMENTOS:

1. Inspeção da viatura e manutenção de primeiro escalão - o policial militar, durante


a passagem de serviço, deverá inspecioná-la de forma rápida e detectando eventuais
irregularidades. Principais itens a serem observados:
a) lataria e para-choques: verificar se possuem amassamentos e/ou riscos, falta de
prefixos e adesivos;
b) rodas e pneus: verificar se possuem amassamentos nas rodas, falta de parafusos,
deformações e rasgos nos pneus, pneus descalibrados ou desgastados; estepe
furado, vazio ou faltando;
c) freios: verificar o nível do fluido de freio, se o sistema de freios está respondendo
ao comando do pedal, bem como o freio de estacionamento;
d) sistema de iluminação: verificar se possui danos nas lanternas, faróis (luz alta,
baixa e luz de posição), luz indicadora de direção, luz intermitente e luz interna;
e) interiores: verificar se possuem danos nos estofados dos bancos, nas partes de
fibras de vidro, painéis, vidros, espelhos e falta ou defeito nos acessórios
(maçanetas das portas, etc.);
f) equipamentos: verificar o rádio transmissor da viatura, o sistema sonoro, a antena
do rádio transmissor, a chave de roda, o macaco, o triângulo de emergência;
g) mecânica:
- motor: verificar o nível de óleo e sua coloração, assim como se apresenta
vazamentos excessivos ou ruídos estranhos;
- sistema de arrefecimento: verificar o nível da água no reservatório ou possíveis
vazamentos desse sistema no motor;
- escapamento: observar se o barulho está anormal ou possui amassamentos ou
até mesmo falta de peças;
- direção: verificar se possui folga no volante, o alinhamento e o balanceamento
por meio do desgaste irregular dos pneus e trepidação do volante;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 281

- suspensão: verificar os ruídos e a falta de estabilidade;


- abastecimento: verificar em que nível está o combustível;
- elétrica: verificar se os polos das baterias estão limpos e os fusíveis quando
houver pane em algum equipamento elétrico;
- conjunto de relação: verificar se a corrente se encontra com folga demasiada ou
ressecada e o desgaste da coroa.

2. Modelos de relatório de passagem de serviço motorizado (RSM)


a) RSM para viaturas de 4 (quatro) rodas:

VISTO EM: VISTO EM:


_____/______/____ POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS _____/____/___
________________ _____________
CPU/Oficial de Dia RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO - RSM Chefe do
Transporte

FICHA DIÁRIA DE PASSAGEM DE SERVICO MOTORIZADO


Nome do condutor: ______________________________________ RG.: __________
Veículo/Modelo: ________________________ Prefixo: __________ Placa: ________
Data: ________ / ________ / ________ Hora: ______ : ______
UPM:__________________________________
ASSINALAR DANOS E AVARIAS:

VERIFICAÇÃO DE ACESSÓRIOS/EQUIPAMENTOS:
OK Avaria Descrição OK Avaria Descrição
Chave de ( ) ( ) Faróis ( ) ( )
ignição
Extintor ( ) ( ) Luzes de ( ) ( )
direção
Direção ( ) ( ) Pisca-alerta ( ) ( )
Buzina ( ) ( ) Lanterna ( ) ( )
Caixa de ( ) ( ) Luz de ré ( ) ( )
fusíveis
Painel de ( ) ( ) Luz de freio ( ) ( )
instrumentos
282 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Luz intermitente ( ) ( ) Para-choque ( ) ( )


dianteiro
Injeção ( ) ( ) Vidros ( ) ( )
eletrônica
Volante ( ) ( ) Para-lamas ( ) ( )
Freio de ( ) ( ) Pneus ( ) ( )
estacionamento
Sirene ( ) ( ) Lataria ( ) ( )
Óleo hidráulico ( ) ( ) Estepe ( ) ( )
Óleo do motor ( ) ( ) Chave de rodas ( ) ( )
Radiador ( ) ( ) Macaco ( ) ( )
Lavador de ( ) ( ) Rodas ( ) ( )
para-brisas
Fluído de Freio ( ) ( ) Retrovisores ( ) ( )
Bateria ( ) ( ) Dirigibilidade ( ) ( )
Grade de para- ( ) ( ) ( ) ( )
choque
Limpador de ( ) ( ) ( ) ( )
para-brisas
Para-choque ( ) ( ) ( ) ( )
dianteiro
Observações:

_______________________________ _____________________________
Motorista substituído Motorista substituto/Responsável
Nome e RG. Nome e RG.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 283

b) RSM para viaturas de 2 (duas) rodas:


VISTO EM: VISTO EM:
______/______/_____ POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS ____/____/___
__________________ ____________
CPU/Oficial de Dia RELATÓRIO DE SERVIÇO MOTORIZADO - RSM Chefe do
Transporte

FICHA DIÁRIA DE PASSAGEM DE SERVIÇO MOTORIZADO


Nome do condutor: ________________________________________ RG.: ________
Veículo/Modelo: _______________________ Prefixo: _________ Placa: __________
Data: ______ / ______ / ______ Hora: ______:______
UPM:_____________________________________
ASSINALAR DANOS E AVARIAS:

VERIFICAÇÃO DE ACESSÓRIOS/EQUIPAMENTOS:
OK Avaria Descrição OK Avaria Descrição
Amortecedores ( ) ( ) Calibragem ( ) ( )
dos pneus
Buzina ( ) ( ) Banco ( ) ( )
Carenagem ( ) ( ) Óleo do ( ) ( )
motor
Chave de ( ) ( ) Painel ( ) ( )
ignição
Direção ( ) ( ) Guidão ( ) ( )
Dirigibilidade ( ) ( ) Bateria ( ) ( )
Faróis ( ) ( ) Fluido freio ( ) ( )
Freio ( ) ( ) Luz de freio ( ) ( )
Luz de setas ( ) ( ) Retrovisores ( ) ( )
Manete de ( ) ( ) Medidor de ( ) ( )
embreagem combustível
Manopla do ( ) ( ) Pedal de ( ) ( )
acelerador câmbio
Motor de partida ( ) ( ) Limpeza da ( ) ( )
viatura
Pedal de freio ( ) ( ) Rodas ( ) ( )
Pneus ( ) ( ) Giroflex ( ) ( )
Sirene ( ) ( ) Manete de ( ) ( )
freio
Tanque ( ) ( ) ( ) ( )
284 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Velocímetro ( ) ( ) ( ) ( )
Observações:

_________________________________ ______________________________
Motorista substituído Motorista substituto/Responsável
Nome e RG. Nome e RG.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 285

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 408
NOME DO PROCESSO: AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Relação de telefones úteis à Segurança Pública e à atividade de polícia
comunitária.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Monitoramento POP 408.01
Visita cidadã POP 408.02
Visita solidária POP 408.03
Reunião mensal de segurança comunitária POP 408.04
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo 443
Penal (CPP).
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Conselhos Comunitários de Portaria nº 169/09, regulamentando 475
Segurança e Defesa Social do Decreto nº 3.170/2007, que
(CONSEG´s). institui os CONSEG´S.
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Parada e estacionamento de Art. 29, inc. V, VI e VII do Código 448
viaturas. de Trânsito Brasileiro (CTB).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário 447
Nacional (CTN).
Recusa de dados sobre a própria Art. 68 do Decreto-Lei n° 3.688/41 466
identidade ou qualificação. – Lei das Contravenções Penais.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Portaria que busca dinamizar e Portaria 017/2012 – GCG da 474
consolidar a filosofia de polícia Polícia Militar do Estado do
comunitária no âmbito da PMTO Tocantins.
em todos os municípios do Estado
do Tocantins.
286 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 408 AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
PROCEDIMENTO 408.01 Monitoramento
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ------ Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição dos locais de maior potencialidade de ação delitiva, pessoas com
histórico de envolvimento com a criminalidade e/ou de maior vulnerabilidade;
2. Aproximação e observação dos pontos de monitoramento.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Definir os locais de maior potencialidade da ação delitiva e de pessoas com
histórico de envolvimento com a criminalidade e/ou de maior vulnerabilidade por
meio dos dados de ocorrências oriundos do SIOP/COPOM; e/ou por intermédio
das informações levantadas pelo comandante de quadrante (Esclarecimento 1);
2. Abrir Boletim de Atendimento Proativo (BAP/PM) informando a realização da ação
ao SIOP/COPOM;
3. Aproximar-se de forma segura, observando o cenário externo e seus componentes
(Ação corretiva 1);
4. Executar o monitoramento (Esclarecimento 2);
5. Preencher o BAP/PM, o qual deverá ser encaminhado ao fim do serviço ao CPU,
encerrando-o junto ao SIOP/COPOM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja desenvolvida a atividade de saturação nos pontos a serem monitorados,
nos quais a presença da viatura possa ser percebida pela comunidade local
(Esclarecimento 3);
2. Que a atividade de saturação se desenvolva mediante estratégias diversas, que
evitem a previsibilidade da conduta policial por parte do agressor da sociedade
(Esclarecimento 4);
3. Que a guarnição patrulhe e monitore de forma efetiva e eficiente os locais e as
pessoas as quais estejam em Zonas Quentes de Criminalidade (ZQC)
(Esclarecimento 5);
4. Que sejam obtidas informações precisas para melhor conduta quando houver
atendimento policial militar (Esclarecimento 6);
5. Que haja um aumento efetivo na segurança e, consequentemente, na qualidade
de vida da comunidade, dificultando atuação do agressor nos locais da
responsabilidade já designada;
6. Que as redes de Segurança Pública ampliem a sensação de segurança da
comunidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja algum fato anormal nos pontos de monitoramento, tal evento deverá ser
informado ao SIOP/COPOM, a fim de efetuar abordagem ou visita cidadã,
conforme cada situação apresentada (Sequência das ações 3);
2. Caso haja necessidade de abordagem a indivíduos suspeitos, registrar no
BAP/PM;
3. Caso seja necessário atendimento reativo no local do monitoramento, onde o
número de pessoas envolvidas seja maior do que o esperado, providenciar junto
ao SIOP/COPOM o imediato reforço policial.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 287

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Considerar somente as informações contidas no histórico de um determinado local,
desconsiderando possíveis variações;
2. Permitir que pessoas com condutas delituosas permaneçam nessas condições
sem serem abordadas;
3. Executar o monitoramento de forma mecânica e displicente.

ESCLARECIMENTOS:

1. Quadrante: consiste no espaço geográfico de responsabilidade do comandante de


uma subárea de uma Unidade Policial Militar.

2. Monitoramento: é a atividade pela qual os policiais executam o patrulhamento (POP


301 e 302), desenvolvendo essa atividade com saturação de uma área, com o
objetivo de verificar locais e pessoas, de forma a acompanhar a rotina das atividades
da localidade, na busca do aumento de segurança da comunidade e com intuito de
propiciar o convívio social harmônico.

3. Saturação: na atividade de monitoramento a saturação indica o policiamento


recorrente em uma determinada localidade durante o período de serviço da
guarnição.

4. Agressor da sociedade: indivíduo que cause prejuízo indevido à qualidade de vida


da comunidade, por meio de conduta tipificada penalmente ou não.

5. Zona Quente de Criminalidade (ZQC): localidade que possui histórico de


atendimentos policiais anteriores – relação espaço x tempo – que cause suspeição
de atividades criminosas, sendo essas definidas por cada unidade policial.

6. Atendimento policial militar: consiste na prestação de algum serviço de


atendimento proativo ou reativo ao cidadão(ã) que deva ser registrado no
SIOP/COPOM.
288 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 408 AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
PROCEDIMENTO 408.02 Visita cidadã
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ------ Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição de locais e de pessoas a serem visitados;
2. Aproximação do local;
3. Primeiros contatos com os locais e pessoas a serem visitados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Definir o local e a pessoa a ser visitada (Esclarecimento 1);
2. Informar a realização da visita no SIOP/COPOM, solicitando abertura do BAP/PM;
3. Aproximar-se de forma segura, observando o cenário do ambiente;
4. Posicionar a viatura com segurança, de acordo com o POP 401;
5. Apresentar-se ao cidadão(ã) informando o seu posto/graduação, nome de guerra e
função no quadrante, o número do telefone móvel da viatura (quando houver) e o de
emergência 190;
6. Conhecer o cidadão(ã), identificar e qualificá-lo, buscando informações a respeito
de seus anseios e de suas necessidades;
7. Orientar o cidadão(ã) a ter um comportamento proativo, não ser uma vítima fácil,
atuar como um fiscal da Segurança Pública e esclarecer para o cidadão o que é o
CONSEG e a rede comunitária de segurança (Ação corretiva 1; Esclarecimentos
2, 3, 4 e 6);
8. Esclarecer ao cidadão(ã) que sua identidade será preservada, quando o mesmo
contribuir com informações úteis à Segurança Pública;
9. Preencher o BAP/PM, o qual deverá ser encaminhado no final do serviço ao CPU,
encerrando-o junto ao SIOP/COPOM;
10. Consultar os antecedentes do visitado após o término do acompanhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a visita cidadã estabeleça uma relação de parceria entre a Polícia e a
comunidade;
2. Que o visitado se torne um agente ativo na promoção da segurança;
3. Que ocorra o fenômeno da empatia entre os policiais militares e a comunidade com
a qual atuam (Esclarecimento 5);
4. Que sejam obtidos dados precisos para a melhoria do serviço policial;
5. Que o policial seja parte integrante da comunidade, contribuindo para o aumento do
nível de sensação de segurança daquela região;
6. Que o policial identifique possíveis situações, nas quais o visitado possa ser
classificado como vítima fácil ou agressor(a);
7. Que a imagem da PM seja fortalecida perante a sociedade;
8. Que a visita não exceda o tempo de 30 minutos.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o cidadão(ã) seja identificado como vítima fácil, o policial deve orientar a
conduta correta a ser tomada e monitorar o mesmo (Sequência das ações 7);
2. Caso o cidadão(ã) seja identificado como agressor, o policial deve adotar as
medidas policiais cabíveis para o caso constatado;
3. Caso o visitado, identificado como agressor, não tiver contra si a situação de
POP:Procedimento Operacional Padrão | 289

flagrante delito ou mandado de prisão, o policial deverá atentar para a sua


segurança e monitorar o agressor.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar visita cidadã fora do quadrante de responsabilidade;
2. Aproximar-se do local, desconsiderando o possível grau de periculosidade e agindo
com desatenção, apatia e desrespeitando as normas técnicas do POP;
3. Desconsiderar as vulnerabilidades do local de visita;
4. Deixar de dar a devida atenção às pessoas envolvidas na visita cidadã;
5. Priorizar estabelecimentos comerciais em detrimento das residências;
6. Realizar a visita cidadã individualmente.

ESCLARECIMENTOS:

1. Visita cidadã: consiste no ato do policial deslocar-se às residências, às escolas, às


igrejas, aos estabelecimentos comerciais ou a outro local de interesse da Segurança
Pública, a fim de colher informações, captar necessidades e repassar as orientações
necessárias ao incremento da segurança, além de se integrar de maneira proativa na
vida social da comunidade, instigando a sociedade na busca de seus anseios.

2. Comportamento proativo do cidadão(ã): conduta pela qual o cidadão(ã) passa a


ser agente direto na promoção da segurança individual e coletiva, adotando
comportamentos, ações e reações que dificultem a ação de um possível agressor.

3. Vítima fácil: consiste na facilitação da atuação do agressor devido à conduta do


cidadão(ã), de forma passiva ou ativa, voluntária ou involuntária, cuja conduta possa
atingir a integridade da vítima ou de seu patrimônio.

4. Fiscal de segurança: função a ser desenvolvida pelo cidadão(ã), o qual assume


conduta fiscalizadora frente às possíveis causas de criminalidade, passando a
acionar os setores competentes do Poder Público ou da Sociedade Civil a fim de
solucionar essas problemáticas.

5. Empatia: consiste na condição de poder colocar-se no lugar do outro, entendendo


seus posicionamentos e argumentos.

6. Conselhos Comunitários de Segurança (CONSEG’s) e Rede Comunitária de


Segurança (RCS):
a) os CONSEG´s são modalidades de associação comunitária, de utilidade pública e
sem fins lucrativos, que têm por objetivos mobilizar e congregar a comunidade para
a discussão de problemas locais, auxiliando as forças de segurança nos
diagnósticos das problemáticas da comunidade e nas respectivas ações
estratégicas preventivas na área da Segurança Pública;
b) a RCS é uma forma de interação da comunidade com a Polícia e entre a
comunidade e a própria comunidade (comerciantes, educadores, vizinhos, por
exemplo), proporcionando maior sensação de segurança e aproximação do policial
com o cidadão (ã) pertencente à sua área, estimulando o despertar para uma
cultura de segurança e a redução dos índices de criminalidade de forma preventiva.
290 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 408 AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
PROCEDIMENTO 408.03 Visita solidária
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ------ Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da vítima a ser visitada;
2. Aproximação do local;
3. Primeiros contatos com o visitado.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Coletar os dados referentes aos atendimentos no seu quadrante, em período
recente, relacionando o nome da vítima e dados característicos do atendimento
reativo para a visita solidária (Esclarecimentos 1 e 2);
2. Informar a realização da visita no SIOP/COPOM, solicitando abertura do BAP/PM;
3. Aproximar-se de forma segura, observando o cenário;
4. Posicionar a viatura com segurança, de acordo com o POP 401;
5. Apresentar-se a vítima e informá-la do posto/graduação a qual pertence, além do
nome e da função no quadrante;
6. Solicitar da vítima o relato sobre o fato e o atendimento policial militar realizado;
7. Orientar a vítima para as ações que devam ser tomadas para prevenção de fatos
delituosos da natureza objeto da visita;
8. Reforçar ao visitado sobre a necessidade de registro da ocorrência junto aos
órgãos de persecução criminal, esclarecendo as atribuições dos órgãos de defesa
social;
9. Informar ao visitado a respeito de suas atribuições como parceiro na promoção da
Segurança Pública, orientando-o a ter um comportamento proativo, a não ser uma
vítima fácil e a atuar como um fiscal da Segurança Pública; esclarecendo-o,
também, a respeito dos CONSEG’s e da RCS;
10. Informar o número do celular da viatura (se houver), o telefone geral de
emergência 190 e demais telefones dos órgãos correlatos à natureza da
ocorrência;
11. Esclarecer ao cidadão(ã), que sua identidade será preservada, em caso desse
contribuir com informações úteis à Segurança Pública;
12. Preencher o BAP/PM, o qual deverá ser encaminhado ao fim do serviço ao CPU,
encerrando-o junto ao SIOP/COPOM;
13. Consultar os antecedentes do visitado ao término do acompanhamento.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que ocorra o fenômeno da empatia entre os policiais e as vítimas de delinquência
do seu quadrante de atuação;
2. Que sejam extraídos mais dados para subsidiar ações policiais;
3. Que o assistido seja esclarecido a respeito do órgão de Segurança Pública onde o
mesmo poderá registrar os fatos e buscar demais providências;
4. Que sejam obtidos dados precisos, para melhor conduta policial, na ação
específica da visita solidária;
5. Que a guarnição possa estabelecer contato efetivo com a comunidade, estreitando
os laços entre o cidadão(ã) e o policial;
6. Que o cidadão(ã) se sinta valorizado pelo serviço policial;
7. Que a imagem da PM seja fortalecida perante a sociedade.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 291

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o policial militar constate o erro na execução do atendimento reativo, relatar
esse ao escalão competente;
2. Caso a pessoa indicada não esteja no momento da visita, realizá-la em momento
oportuno com a pessoa presente;
3. Caso o local da visita indicado no atendimento não corresponda à constatação,
cientificar o CPU e o SIOP/COPOM sobre tal situação.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar visita fora do seu quadrante de responsabilidade;
2. Considerar somente as informações recebidas pelo atendimento reativo,
desconsiderando possíveis variações;
3. Aproximar-se do local, desconsiderando o possível grau de periculosidade e
agindo com desatenção, apatia e sem técnica;
4. Deixar de dar a devida atenção às pessoas envolvidas;
5. Executar o acompanhamento somente ao atendimento policial de vulto,
desprezando os outros tipos de natureza;
6. Não possuir os telefones dos órgãos correlatos à natureza da ocorrência;
7. Realizar a visita solidária individualmente.

ESCLARECIMENTOS:

1. Coleta de dados: o CPU (ou seção designada pela UPM) disponibilizará o relatório
de ocorrências indicando aquelas passíveis de visita solidária, no qual cada
comandante de quadrante buscará as informações que o subsidie na execução das
visitas. Caso o comandante da guarnição tenha dados antecipadamente, poderá
solicitar ao CPU para realização do atendimento.

2. Visita solidária: consiste no atendimento policial, pós-ocorrência, à pessoa vítima de


ação delituosa. Parte do princípio de que os envolvidos se sintam integrantes de uma
mesma comunidade, seja policial, seja cidadão; trazendo uma relação de
interdependência, mas com autonomia de ações. Inclui a responsabilidade da
segurança pública junto à sociedade e o beneficiamento em torno desta
manutenção, por parte de ambos.
292 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 408 AÇÕES DE POLÍCIA COMUNITÁRIA
PROCEDIMENTO 408.04 Reunião de segurança comunitária
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ------ Nº DA REVISÃO: ----
RESPONSÁVEL: Comandante da Unidade Policial Militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Seleção dos participantes da reunião;
2. Definição do local, data e horário da reunião;
3. Condução da reunião.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Estimar o público;
2. Definir o local adequado, data e horário;
3. Fazer levantamento de dados estatísticos da produtividade policial referente ao mês
imediatamente anterior ou período desejado;
4. Convocar os policiais do(s) quadrante(s) envolvido(s), inclusive os de folga;
5. Presidir a reunião mensal de segurança comunitária, estando fardado;
6. Definir o secretário da reunião;
7. Definir como mestre de cerimônia da reunião um policial fardado com boa oratória;
8. Convidar todas as forças vivas atuantes no(s) quadrante(s) (Esclarecimento 1);
9. Preparar o local da reunião;
10. Designar um policial militar para informar a ação ao SIOP/COPOM, solicitando
abertura do BAP/PM;
11. Recepcionar os convidados;
12. Registrar em ata a reunião e coleta de assinaturas dos presentes;
13. Iniciar as atividades da reunião;
14. Apresentar as autoridades públicas e lideranças comunitárias presentes;
15. Apresentar a pauta da reunião;
16. Apresentar os dados dos trabalhos policiais da PMTO;
17. Emitir orientações de cultura de segurança aos presentes (Esclarecimento 2);
18. Oportunizar a palavra aos demais segmentos do Poder Público;
19. Oportunizar a palavra às lideranças comunitárias presentes;
20. Oportunizar a palavra às demais pessoas;
21. Divulgar o local, data e horário da próxima reunião de segurança comunitária
(Esclarecimento 3);
22. Encerrar a reunião;
23. Determinar o preenchimento do BAP/PM, o qual deverá ser encaminhado no final do
serviço ao CPU, encerrando-o junto ao SIOP/COPOM (Esclarecimento 4).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as forças vivas atuantes no quadrante sejam congregadas;
2. Que sejam criadas parcerias em prol da segurança pública;
3. Que o cidadão(ã) seja um promotor da cultura da segurança;
4. Que haja a aproximação entre o cidadão(ã) e as forças de segurança pública;
5. Que a reunião forneça dados para que o Comandante da UPM possa planejar ações
necessárias para a segurança pública;
6. Que a imagem da PM seja fortalecida perante a sociedade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso surja situação imprevista durante a atividade, o responsável pelo evento deve
POP:Procedimento Operacional Padrão | 293

solucioná-la; caso necessário, acionar medidas legais;


2. Caso sejam apontadas informações a respeito de crimes ou situações que ensejem
ações policiais, o secretário da reunião deverá registrá-las em ata para providências
necessárias;
3. Caso haja impossibilidade de presença do comandante da UPM, o subcomandante
será designado para presidir a reunião.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Compor mesa de autoridades;
2. Parecer ou ter a reunião cunho religioso, político-partidário, empresarial, financeiro ou
de autopromoção;
3. Permitir que uma pessoa ou instituição monopolize ou tire proveito particular da
reunião;
4. Permitir que a reunião tenha o seu propósito descaracterizado para fins festivos ou
artísticos;
5. Permitir que a reunião propriamente dita exceda o tempo de 2 (duas) horas;
6. Não controlar o tempo de palavra dos participantes ocasionando prolongamento da
reunião;
7. Não estarem fardados os policiais e/ou bombeiros militares escalados para a reunião;
8. Não estarem adequadamente identificados os policiais civis e federais convocados
para a reunião, bem como membros do Poder Público;
9. Permitir que as pessoas mal intencionadas promovam animosidade e polêmica
impróprias.

ESCLARECIMENTOS:

1. Forças vivas: são todas as pessoas ou instituições que tem o poder de influenciar a
qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante, a saber: Poder
Judiciário, Autoridades Políticas, Ministério Público, Polícia Federal, Corpo de
Bombeiros Militar, Polícia Civil, Instituições de Ensino, Conselho Tutelar e outros
órgãos públicos correlatos, conselhos comunitários, associações de moradores,
igrejas, empresas, imprensa, outras representatividades e, especialmente, os
moradores.

2. Cultura de Segurança: consiste em possuir conjunto de hábitos e costumes,


acreditados e compartilhados pela sociedade e órgãos de Segurança Pública, na
busca pela preservação da vida e do patrimônio.

3. Reunião de segurança comunitária: consiste em agrupar as forças vivas atuantes


nos quadrantes, no intuito de discutir e estabelecer parcerias em prol da melhoria da
qualidade de vida das pessoas que moram e trabalham no quadrante, com interesse
direcionado para a segurança pública com periodicidade máxima de 3 (três) meses.
294 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Boletim de Atendimento Proativo:


POP:Procedimento Operacional Padrão | 295

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 409
NOME DO PROCESSO: PRESERVAÇÃO DE LOCAL DE CRIME
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e uso individual e de viatura (POP 101 e 407);
2. Cordas;
3. Bastão sinalizador;
4. Máquina fotográfica digital;
5. Caixa de papelão;
6. Saco plástico com vedação;
7. Plástico ou lona impermeável.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Avaliação, isolamento e preservação do local de
POP 409.01
crime
Término da preservação do local de crime e registro
POP 409.02
da ocorrência
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 347 do Código Penal (CP); 442
Preservação de local de crime. Art.169 do Código de Processo Penal (CPP); 443
Lei n° 5.970/73. 456
Lei Federal nº. 9.605/98 - Crimes contra o
461
Meio Ambiente;
Decreto Federal nº 96.044/88; ---
Resolução nº 404/68 do Conselho Nacional
---
Produtos/artefatos perigosos. de Trânsito (CONTRAN);
Portaria nº 204/97 do Ministério dos
---
Transportes;
Arts. 15 e 20 da Lei n° 7.170/83 – Lei de
Segurança Nacional. 458
296 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 409 PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME
PROCEDIMENTO 409.01 Avaliação, isolamento, delimitação e preservação do
local de crime
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Avaliação do local;
2. Socorro aos feridos;
3. Prisão do(s) infrator(es) da lei;
4. Isolamento do local;
5. Delimitação da cena do crime;
6. Preservação do local;
7. Trato com familiares, curiosos, imprensa, Forças Coirmãs e autoridades
(Esclarecimento 6).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Aproximar-se do local observando todas as movimentações de pessoas e de
veículos;
2. Estacionar o veículo, preferencialmente, em local seguro, em que se possa
visualizar o local do crime e as adjacências;
3. Elaborar um diagnóstico preliminar, identificando a existência ou não de vítimas,
autores, produtos/artefatos perigosos, entre outros;
4. Traçar um plano de ação, com base na avaliação dos riscos, acionando o apoio, se
necessário;
5. Adentrar ao local em linha reta, quando houver vítimas, de preferência apenas 1
(um) militar, pelo menor trajeto possível; verificar os sinais vitais e, caso necessário,
providenciar ações de primeiros socorros, acionando, assim que possível, o Corpo
de Bombeiros e/ou o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU)
(Esclarecimentos 3 e 4);
6. Sair do local pelo mesmo percurso de entrada;
7. Selecionar e isolar o perímetro dos locais de crime imediato e mediato
(Esclarecimento 2);
8. Comunicar ao SIOP/COPOM;
9. Informar à perícia as alterações verificadas no momento da chegada da guarnição.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar se aproxime com segurança e com as devidas precauções
visando se inteirar da situação e de todo o perímetro a ser isolado;
2. Que a guarnição isole corretamente o local de crime para a perícia técnica;
3. Que o policial militar possa identificar a presença de produtos/artefatos perigosos
e/ou explosivos e saiba isolar corretamente o local de crime (POP 603 e 701);
4. Que o infrator da lei seja preso, se possível;
5. Que o policial militar avalie o(s) material(is) mais adequado(s) para o isolamento do
local, de forma a não prejudicar o campo pericial;
6. Que o campo pericial permaneça incólume até a chegada e a liberação pela
autoridade competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja impossibilidade de acessar o local ou nele permanecer, solicitar apoio;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 297

2. Caso ocorra dificuldade de verificação da extensão do campo pericial, pedir auxílio


a outro policial;
3. Caso alguma pessoa desvinculada da atividade de preservação queira permanecer
dentro do campo pericial, retirá-la imediatamente;
4. Caso existam parentes, amigos ou conhecidos da(s) vítima(s) no local, respeitar
seus sentimentos, sem, contudo, deixá-los prejudicar o campo pericial, retirando-os
do local;
5. Caso haja necessidade de deslocamento de viatura para uma diligência, condução
ao Distrito Policial ou outra missão ligada ao evento delituoso, solicitar apoio para
que o local de crime permaneça guarnecido;
6. Caso a autoridade policial adentre ao local isolado antes da chegada da perícia,
comunicar o fato aos peritos e constar no BA/PM.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Tocar e/ou modificar o corpo de delito, os objetos e vestígios, salvo nos casos
justificáveis;
2. Delimitar irregularmente o local de crime por precipitação ou falha na observação;
3. Prestar os primeiros socorros em ocasião ou de forma tecnicamente incorreta;
4. Deixar de solicitar apoio quando necessário;
5. Prestar informação ou divulgar imagens a pessoas desconhecidas sob qualquer
pretexto ou emitir seu ponto de vista sobre o caso à imprensa ou a outras pessoas
que não tenham ligação funcional com a ocorrência, não primando pela
imparcialidade e impessoalidade;
6. Deixar de isolar o perímetro ou fazê-lo sem dimensionar corretamente;
7. Permitir o acesso e a permanência de pessoas não credenciadas ou autorizadas;
8. Revistar os bolsos das vestes da(s) vítima(s);
9. Comportar-se de forma inadequada (risos ou brincadeiras);
10. Permitir que outras equipes/guarnições (Polícia Militar, Polícia Civil, Bombeiro
Militar ou Polícia Federal) adentrem ao local de crime antes do término dos
trabalhos periciais;
11. Deixar resíduos pessoais durante a preservação;
12. Cobrir o cadáver ou qualquer corpo de delito, salvo quando houver extrema
necessidade (Esclarecimento 7);
13. Não comunicar ao perito tudo que foi observado e providenciado até a sua
chegada;
14. Permitir que pessoas fumem nas proximidades do local isolado;
15. Tocar no corpo e nas vestes desse em caso de óbito evidente, exceto em situações
de salvamento ou socorro de outras vítimas.

ESCLARECIMENTOS:

1. Local de crime: considera-se local de crime a área onde tenha ocorrido um fato
definido pela lei como delituoso.

2. Classificação dos locais de crime


2.1. Quanto à natureza do delito: homicídio, suicídio, furto, roubo, estupro, explosão,
artefato explosivo, localização de cadáver, suposto acidente, etc.
2.2. Quanto ao local:
a) interno: é toda área compreendida em ambientes fechados limitados por paredes e
coberturas. Exemplo: casas comerciais, residenciais, escritórios, etc.
298 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

b) externo: é caracterizado por toda área aberta. Exemplo: via pública, terreno baldio,
jardim, quintal de uma residência, etc.
Observação: os locais de crime, internos e externos dividem-se em:
- ambiente imediato - aquele onde se deu o fato;
- ambiente mediato - são adjacências do ambiente imediato onde possa haver
vestígios relacionados ao delito.
2.3. Quanto ao estado de preservação:
a) idôneos, preservados ou não violados: são aqueles em que os locais de crime são
mantidos nas condições originais que foram deixados pelo seu autor, sem alteração
do estado das coisas, após a prática da infração penal, até a chegada dos peritos.
b) inidôneos, não preservados ou violados: são aqueles em que após a prática de
uma infração penal e antes da chegada e assunção dos peritos no local,
apresentam-se alterados, quer nas posições originais dos vestígios, quer na
subtração ou nos acréscimos desses, modificando o estado das coisas.
c) locais relacionados: são duas ou mais áreas que tenham implicação com um
mesmo crime. Exemplo: um indivíduo é ferido num local, porém cai ou falece em
outro; a fabricação de moedas falsas, que são fabricadas em um local e lançadas
em outro.

3. Procedimentos para que o PM adentre a cena do crime: muitos casos exigem


providências especiais e imediatas em que a Polícia precisa entrar na cena do crime
para averiguações. Por exemplo, verificar a possibilidade de socorro, presença de
criminosos, entre outros. Assim, o policial militar deve fazer a abordagem ao local
obedecendo rigorosamente aos critérios a seguir:
a) sempre que possível, apenas um policial militar deve fazer essa abordagem;
b) outros policiais providenciam a segurança e o isolamento do local de crime;
c) o policial militar deve proceder à abordagem em linha reta ou seguindo o menor
caminho até o local desejado;
d) tomar o máximo de cuidado para não pisar em nada visível, que possa estar
relacionado com o ocorrido, evitando pisotear o local (enquanto estiver ao lado do
corpo de delito, permanecer na mesma posição);
e) tomar o máximo de cuidado para não retirar ou deixar cair nada no local;
f) não interferir na cena do crime (não tocar na vítima, não mexer em bolsos, em
carteiras, joias, etc). Toda averiguação deve ser apenas visual, exceto havendo
necessidade de verificar sinais vitais ou prestar socorro;
g) feita a abordagem inicial, deve retornar pelo mesmo caminho tomando os mesmos
cuidados que antes;
h) comunicar ao perito tudo que foi feito.

4. Socorrer os feridos: para socorro aos feridos, o policial militar deve providenciar,
com urgência, o atendimento médico, o resgate BM e/ou SAMU, devendo observar
também os seguintes procedimentos:
a) o momento do acionamento do serviço e o nome do atendente deverão constar no
BA/PM;
b) não é permitido aos policiais militares realizarem o socorro ou o transporte dos
feridos para hospitais e/ou unidades de atendimento médico, salvo por orientação
médica, ou quando haja inviabilidade do serviço especializado de socorro, ou
quando o fato ocorrer em municípios que não disponham de serviço público de
atendimento de emergência. Ocorrendo umas destas hipóteses, o fato deve ser
POP:Procedimento Operacional Padrão | 299

registrado no BA/PM, de forma a constar o momento do transporte ou do socorro, o


nome do médico, etc.;
c) os casos atípicos, que não se enquadrarem em nenhuma das regras acima
preconizadas deverão ser avaliados pelo CPU ou o policial militar mais antigo
presente, com ciência do comandante da área. Deverá ser feito registro de forma
circunstanciada sobre as razões que o conduziram tomar a referida decisão;
d) o policial militar deve, havendo necessidade, sem prejuízo da diligência acima,
utilizar os conhecimentos de Primeiros Socorros, usando técnicas adequadas no
sentido de minorar sofrimentos e salvar vidas, salvo quando impossível ou
inconveniente. As medidas adotadas pelo PM, neste sentido, devem ser registradas
e justificadas no BA/PM.

5. Prisão do criminoso: havendo necessidade de optar entre o socorro à vítima e a


prisão do criminoso, deve-se priorizar o socorro, mas desenvolvendo todos os
esforços com o objetivo de efetuar ambos.
Observação: não é permitida a condução de presos e/ou suspeitos para unidades
militares, salvo em se tratando de crime militar.

6. Isolamento segmentado: é especialmente aplicado em locais de grandes


desastres, incêndios, acidentes de trânsito, chacinas, reproduções simuladas de
grande repercussão e locais com grande aglomeração de pessoas. Muito útil em
casos que demandam isolamento do local por diversos dias. É importante prever a
localização de cada representante, de acordo com o seu grau de envolvimento no
local.
Observação: havendo presença da imprensa, agentes de Forças Coirmãs ou demais
autoridades, deverá ser adotada a modalidade de isolamento segmentado, criando-
se compartimentação adequada para acondicionar tais pessoas, sem que se
contamine o perímetro a ser preservado.

7. Cobertura do corpo de delito: nos casos de extrema necessidade de que se cubra


o(s) corpo(s) de delito (fenômenos naturais que possam alterar o local do crime, tais
como: chuva forte, ventania), havendo possibilidade, tentar realizar a cobertura sem
contato entre a capa e o corpo de delito.

8. Cadeia de custódia: processo de controle da guarda do local do crime e dos


vestígios coletados até o seu envio.
Observação: até a chegada da autoridade policial e dos peritos criminais, o local de
crime pertence à guarnição responsável pelo atendimento da ocorrência, respeitada
a cadeia de custódia.

9. Corpo de delito: material relacionado a um crime e no qual é possível efetuar um


exame pericial.

10. Importância da preservação do local de crime: para a elucidação dos fatos


ocorridos é imprescindível sua preservação, pois oferece os primeiros elementos que
norteiam a Polícia Judiciária nas investigações iniciais. Alterar local de crime constitui
crime de acordo com o Código Penal, salvo exceção aos acidentes de trânsito onde
as pessoas lesionadas, bem como os veículos envolvidos, poderão ser removidos se
estiverem no leito da via pública a prejudicarem o tráfego (Lei 5.970/73).
300 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

11. Materiais que podem ser utilizados para o isolamento: cavaletes, tábuas,
arames, estacas, entre outros, conforme a disponibilidade e conveniência.

ILUSTRAÇÕES:

Imagem 1: isolamento ideal.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 301

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 409 PRESERVAÇÃO DO LOCAL DE CRIME
PROCEDIMENTO 409.02 Término da preservação do local de crime e registro da
ocorrência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- REVISADO EM:
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Registro dos objetos envolvidos e profissionais que atuaram na cena do crime;
2. Definição do momento da suspensão da preservação.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Registrar objetos envolvidos e os profissionais que atuaram na cena do crime,
especificando os profissionais que ficaram com a responsabilidade dos objetos do
crime (armas, artefatos, etc.);
2. Arrolar o maior número viável de testemunhas;
3. Cessar a preservação do local, mediante autorização da autoridade competente;
4. Realizar os registros complementares, se houver necessidade;
5. Comunicar ao SIOP/COPOM o término da ocorrência;
6. Descartar adequadamente o material utilizado;
7. Patrulhar em busca do infrator, se for o caso.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar registre corretamente o BA/PM;
2. Que o policial militar efetue a comunicação com a autoridade competente;
3. Que o policial militar somente cesse a preservação, mediante autorização da
autoridade policial ou superior de serviço;
4. Que o policial militar solicite a reposição dos materiais descartados.
AÇÃO CORRETIVA
1. Caso não haja o comparecimento da Polícia Judiciária, Polícia Científica ou Instituto
Médico Legal, relatar o motivo de forma detalhada, no BA/PM (Esclarecimento 1).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Passar informações incompletas ou incorretas sobre os fatos;
2. Não registrar corretamente todas as circunstâncias da ocorrência no BA/PM;
3. Não jogar em lixo adequado os resíduos pessoais após a realização da perícia.

ESCLARECIMENTOS:

1. Ações na ausência de peritos criminais:


a) comunicar o fato à autoridade policial e, mediante a sua autorização, efetuar o
registro e coletar objetos relacionados ao crime;
b) fazer o levantamento fotográfico do local de crime com câmera, preferencialmente
digital, ou telefone celular;
c) usar luvas de procedimento para a coleta dos objetos e vestígios e acondicioná-los
em sacos plásticos com vedação ou caixas de papelão (ex: caixa de sapato),
garantindo a preservação e integridade;
d) liberar o local somente com a expressa autorização da autoridade policial;
e) entregar os objetos coletados à autoridade policial mediante a lavratura do auto de
exibição e apreensão;
f) zelar pela cadeia de custódia;
302 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

g) descrever no BA/PM as circunstâncias identificadas no local do crime, detalhando


os procedimentos executados e os objetos coletados.

2. Local de crime submerso ou de difícil acesso: nos locais de crime submersos ou


de difícil acesso, ainda que os peritos solicitem que o profissional de Segurança
Pública remova o corpo de delito para exame em local mais apropriado, deverá ser
efetuado, sempre que possível, o registro fotográfico antes da remoção e constar o
fato no respectivo BA/PM.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 303

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 410
NOME DO PROCESSO: TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL MILITAR
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Armamento longo:
a. perímetro urbano: espingarda gauge 12, carabina calibre .40 e carabina calibre
556, com respectivas bandoleiras;
b. perímetro rodoviário: carabina calibre 556 e/ou fuzil calibre 762, carabina calibre
.40, com respectivas bandoleiras;
3. Viatura com compartimento isolado específico (cubículo) para a condução de preso;
4. Detector de metais tipo bastão;
5. Algemas de tornozelo.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Verificação das condições gerais da missão e do preso
POP 410.01
policial militar
Embarque de preso policial militar POP 410.02
Transporte e escolta de preso policial militar POP 410.03
Desembarque de preso policial militar POP 410.04
Apresentação de preso policial militar em audiência POP 410.05
Transporte e escolta de preso policial militar para unidade de POP 410.06
saúde
Transporte e escolta de preso policial militar para cerimônia POP 410.07
fúnebre
Transporte e escolta de preso policial militar em aeronave POP 410.08
civil
Transferência de preso policial militar de unidade prisional POP 410.09
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Crimes no transporte de Lei nº 9.455/1997 – Lei de Tortura; 460
preso. Lei nº 4.898/1965 – Lei de Abuso de Autoridade. ---
Critérios para emprego de Súmula vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
algemas. Federal (STF).
Critérios para permissões de
Arts. 120 e 121 da Lei nº 7.210/1984 - Lei de
saída do preso do 458
Execuções Penais.
estabelecimento penal.
Art. 5º, III e XLIX, da Constituição Federal (CF); 435
Direitos do preso.
Art. 38 do Código Penal (CP). 437
Procedimentos para o Decreto nº 7.168/2010 - Dispõe sobre o Programa
transporte e escolta de Nacional de Segurança da Aviação Civil Contra ---
presos em aeronaves civis. Atos de Interferência Ilícita.
304 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL MILITAR
Verificação das condições gerais da missão e do preso
PROCEDIMENTO 410.01
policial militar
ESTABELECIDO EM:
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Conferência das condições de funcionamento do armamento, dos equipamentos e
das viaturas que serão empregados na operação;
2. Verificação da documentação referente ao preso e ao seu destino;
3. Busca pessoal minuciosa.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Compor as guarnições de transporte e escolta (Esclarecimentos 1 e 2);
2. Providenciar verificação das condições gerais de funcionamento do armamento,
dos equipamentos e das viaturas que serão empregados na operação;
3. Examinar minuciosamente a documentação pertinente ao transporte e à escolta do
preso (ofício requisitório, dados pessoais, grau de periculosidade e destino) (Ação
corretiva 1);
4. Informar ao preso(a) sobre a busca pessoal minuciosa a qual será submetido, bem
como dos demais procedimentos que serão adotados doravante;
5. Colocar, o auxiliar da guarnição de transporte, luvas descartáveis antes de iniciar
as ações seguintes:
a. determinar ao preso que se aproxime da grade, vire-se de costas e coloque as
mãos para trás, a fim de ser algemado (Ação corretiva 2);
b. algemar o preso (a) e em seguida retirá-lo da cela;
c. realizar busca pessoal minuciosa no preso (POP 201.03);
d. verificar se há objetos escondidos no interior do cabelo, boca, solado e entre os
dedos dos pés;
e. retirar a algema e determinar que o preso retire todas as suas vestes;
f. determinar ao preso que se agache com os joelhos separados, visando checar a
existência de objetos em seus orifícios naturais (Ação corretiva 3);
g. verificar existência de lesões, cicatrizes e/ou tatuagens no corpo do preso (Ação
corretiva 4);
h. determinar ao preso para se posicionar junto à parede, a distância mínima de 3
(três) metros, a fim de que suas vestes e seus calçados sejam vistoriados
manualmente e com detector de metais;
i. determinar ao preso que se vista;
j. algemar o preso (Ações corretivas 6 e 9; POP 102).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso solicitado mediante ofício requisitório seja devidamente identificado;
2. Que seja evitada contaminação do policial militar por doença infectocontagiosa;
3. Que a busca pessoal seja realizada em total segurança, tanto para os policiais
militares quanto para o preso;
4. Que seja detectado qualquer objeto em posse do preso;
5. Que o preso seja algemado corretamente;
6. Que seja assegurada a integridade física do preso.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 305

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso exista incoerência entre as informações contidas na documentação
requisitória e o preso recebido para transporte e escolta, obter confirmação dos
dados antes de qualquer mobilização (Sequência das ações 3);
2. Caso existam mais presos na cela, determinar que os demais mantenham maior
distância possível do local por onde o preso a ser conduzido será algemado e
retirado do ambiente (Sequência das ações 5.a);
3. Caso o transporte e escolta requisitada seja de uma presa, observar que o
procedimento de busca pessoal minuciosa deverá ser realizado por policial do sexo
feminino (Sequência das ações 5.f);
4. Caso o preso faça uso de prótese, determinar a retirada para realização de vistoria
manual e com detector de metais. Havendo necessidade, acionar um profissional
do núcleo de saúde para auxiliar na retirada da prótese (Sequência das ações
5.g);
5. Caso restem dúvidas, mesmo após realização de busca pessoal, proceder
novamente ao epigrafado procedimento;
6. Caso haja solicitação de transporte e escolta de preso para cerimônia fúnebre,
executá-la somente no período compreendido entre 6h e 18h (Sequência das
ações 5.j);
7. Caso algum instrumento e/ou objeto ilícito ou suspeito for encontrado em poder do
preso durante a busca pessoal, o fato deverá ser informado ao CPU e à autoridade
responsável pela unidade prisional para que sejam tomadas as medidas legais
pertinentes;
8. Caso na unidade prisional seja previsto uso de uniforme, este deverá ser utilizado
pelo preso sempre que for conduzido para outras dependências;
9. Caso seja necessário, para segurança das guarnições de transporte e escolta,
poderão ser empregadas algemas de tornozelo no preso, em razão de sua alta
periculosidade, comportamento agressivo e risco de arrebatamento (Sequência
das ações 5.j);
10. Caso o preso a ser escoltado não seja policial militar e a Polícia Militar seja
requisitada, em caráter excepcional, as ações desenvolvidas deverão cumprir o
disposto neste processo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de verificar as condições gerais de funcionamento do armamento, dos
equipamentos e das viaturas que serão empregados na missão;
2. Deixar de examinar de maneira acurada a documentação requisitória e receber
preso diverso do requisitado para transporte e escolta;
3. Deixar de utilizar luvas descartáveis durante os procedimentos de algemamento e
de busca pessoal minuciosa no preso;
4. Não assegurar a integridade física do preso;
5. Maltratar preso sob custódia;
6. Subestimar o preso, bem como deixar de elevar o nível de atenção e de segurança
ao constatar que se trata de indivíduo de alta periculosidade;
7. Proceder à busca pessoal minuciosa em local inadequado, de maneira incorreta e
insegura;
8. Algemar o preso incorretamente;
9. Deixar que o preso mantenha em seu poder instrumentos e/ou objetos não
permitidos;
10. Permitir alguém conversar ou se aproximar do preso, sem consentimento da
autoridade competente;
306 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

11. Deixar de tomar as medidas legais pertinentes nos casos de localização de


instrumentos e/ou objetos ilícitos/suspeitos com o preso;
12. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.

ESCLARECIMENTOS:

1. Efetivo para o transporte e escolta de preso policial militar – será realizado por
no mínimo 2 (duas) guarnições: uma que fará o transporte do preso, sendo que
poderá ser composta por 3 (três) e, excepcionalmente, por 2 (dois) componentes,
caso a viatura empregada seja provida de cubículo; e outra de escolta, que é
responsável pela segurança da operação, visto que deverá ser composta por no
mínimo 3 (três) componentes.

2. Composição das guarnições de transporte e escolta de preso


a) guarnição de transporte de preso:
- Comandante da operação: responsável pelo gerenciamento da missão, checagem
da documentação pertinente e programação dos itinerários;
- Motorista: responsável pela segurança da guarnição de transporte e da viatura.
Assumirá as funções do auxiliar, quando a guarnição de transporte for composta,
excepcionalmente, por 2 (dois) policiais militares;
- Auxiliar: responsável pela busca pessoal, revista dos pertences, algemamento e
condução a pé do preso.
b) guarnição de escolta de preso:
- Comandante da guarnição de escolta: responsável pela escolta do preso;
- Motorista: responsável pela segurança das viaturas empregadas na operação;
- Auxiliar: segurança geral das guarnições empregadas na operação.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 307

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
PROCESSO 410
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.02 Embarque de preso policial militar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Inspeção na viatura destinada ao transporte;
2. Embarque do(s) preso(s) na viatura.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Realizar, o motorista da guarnição, inspeção na viatura destinada ao transporte,
retirando objetos que comprometam a segurança da operação;
2. Verificar a capacidade da viatura quanto ao número de presos que possam ser
transportados simultaneamente no cubículo (Possibilidade de erro 5);
3. Embarcar, o auxiliar da guarnição de transporte, o preso no cubículo da viatura
(Ação corretiva 1);
4. Efetuar o fechamento e o travamento da porta do cubículo e da porta que dá
acesso a esse compartimento;
5. Embarcar as guarnições de transporte e escolta.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a viatura seja inspecionada antes do embarque do preso;
2. Que o deslocamento do preso para a viatura seja realizado em segurança;
3. Que o preso seja embarcado corretamente, possibilitando maior segurança durante
o deslocamento;
4. Que seja assegurada a integridade física do preso;
5. Que seja observada a capacidade de transporte de presos da viatura.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja mais de um preso a ser conduzido, o embarque deverá ser realizado um
por vez, de forma que estejam separados por uma distância mínima de segurança
(Sequência das ações 3);
2. Caso o transporte do preso policial militar seja realizado, excepcionalmente, em
viatura desprovida de cubículo, não exceder a condução de um preso por vez
(Esclarecimento 1);
3. Caso a viatura apresente qualquer tipo de irregularidade, saná-la antes do
embarque do preso;
4. Caso o preso esteja algemado incorretamente, efetuar de imediato a correção;
5. Caso o grau de risco evolua durante o embarque, reforçar a segurança
imediatamente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não observar os padrões de segurança para o embarque;
2. Deixar de inspecionar a viatura antes do embarque do preso;
3. Deixar de algemar o preso conforme POP 102;
4. Algemar o preso em peças e/ou equipamentos da viatura;
5. Embarcar número de presos que exceda a capacidade de transporte da viatura
(Sequência das ações 2);
6. Permitir que o preso seja transportado no assento traseiro atrás do banco do
motorista;
308 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

7. Deixar de observar o quantitativo mínimo de componentes que deverão ser


empregados nas guarnições de transporte e de escolta;
8. Reduzir o nível de segurança e alerta durante o embarque do preso;
9. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.

ESCLARECIMENTO:

1. Transporte do preso policial militar em viatura desprovida de cubículo: nessa


hipótese a guarnição destinada propriamente ao transporte deverá ser composta por
3 (três) ou 4 (quatro) componentes, devendo ser observado o seguinte:
a) se a guarnição de transporte for composta por 3 (três) componentes, o preso será
algemado conforme POP 102 e colocado no assento traseiro atrás do banco do
comandante. O auxiliar da guarnição de transporte também posicionar-se-á no
banco traseiro, porém à esquerda do preso;
b) se a guarnição de transporte for composta por 4 (quatro) componentes, o preso
será algemado conforme POP 102 e colocado no centro do banco traseiro, sendo
que o 3º e 4º homens se posicionarão nas laterais do referido assento;
c) em ambos os casos, o comandante da operação deverá certificar-se do travamento
das portas traseiras, a fim de poder iniciar o deslocamento para o local de destino.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 309

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
PROCESSO 410
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.03 Transporte e escolta de preso policial militar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Definição dos itinerários;
2. Cumprimento da legislação de trânsito;
3. Deslocamento das viaturas.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Elaborar no mínimo 2 (dois) itinerários para a operação, principal e alternativo,
buscando evitar vias de acesso com grande intensidade de fluxo de trânsito (Ação
corretiva 1);
2. Providenciar o posicionamento das viaturas em comboio, de maneira que o
deslocamento seja realizado em fila única, visto que a viatura de escolta deverá se
colocar na retaguarda da viatura de transporte, mantendo distância mínima de
segurança (Ações corretivas 3 e 4);
3. Ligar, os motoristas das guarnições de transporte e escolta, dispositivos luminosos
intermitentes das viaturas;
4. Iniciar, os motoristas das guarnições de transporte e escolta, deslocamento das
viaturas, conforme autorização do comandante da operação;
5. Providenciar o acionamento dos dispositivos sonoros das viaturas para ter
prioridade de passagem e livre circulação, conforme a necessidade;
6. Manter, os motoristas das guarnições de transporte e escolta, velocidade das
viaturas compatível com o tipo de via utilizada para deslocamento, sempre que
possível;
7. Elevar o nível de alerta nos trechos do itinerário em que há cruzamentos,
semáforos, medidores eletrônicos de velocidade e lombadas, por se tratar de locais
suscetíveis a acidentes e possíveis tentativas de arrebatamento do preso
(Possibilidade de erro 7);
8. Providenciar o deslocamento do comboio pela faixa da esquerda prioritariamente;
9. Manter a formação em comboio até a chegada ao destino (Ações corretivas 5 e
6).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o transporte e escolta do preso seja realizado em segurança;
2. Que os policiais designados para a operação estejam atentos e preparados para
agir em situações de adversidade;
3. Que os componentes das guarnições tenham plena consciência de suas funções,
itinerários e responsabilidades;
4. Que o preso seja conduzido ao local designado conforme ofício de requisição de
transporte e escolta.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja verificada a necessidade de alteração do itinerário, avaliar
criteriosamente tal mudança no planejamento da operação, considerando a
possibilidade de interceptação do comboio (Sequência das ações 1);
2. Caso se trate de presa a ser conduzida, deverá haver ao menos uma policial militar
310 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

como componente da operação;


3. Caso o comboio seja composto por 2 (duas) guarnições de escolta, essas deverão
se posicionar na vanguarda e retaguarda da guarnição de transporte, sendo que o
deslocamento deverá ser realizado em fila única (Sequência das ações 2);
4. Caso o comboio seja composto por 3(três) ou mais guarnições de escolta, essas
deverão ser posicionadas no seguinte dispositivo: uma na vanguarda e as demais
na retaguarda da guarnição de transporte, sendo que o deslocamento deverá ser
realizado em fila única (Sequência das ações 2);
5. Caso ocorra acidente de trânsito ou pane que impossibilite a continuidade de
deslocamento de ao menos 1 (uma) das viaturas do comboio composto por 2
(duas) guarnições, deverão ser adotados os seguintes procedimentos:
desembarcar e estabelecer perímetro de segurança; verificar existência de feridos;
solicitar apoio; informar ao superior imediato; adotar as medidas legais pertinentes
(Sequência das ações 9);
6. Caso ocorra acidente de trânsito ou pane que impossibilite a continuidade do
deslocamento de viatura do comboio composto por 3 (três) ou mais guarnições, o
comandante da operação poderá determinar que a guarnição da viatura baixada
permaneça no local, a fim de adotar as providências pertinentes, continuando o
deslocamento das demais guarnições disponíveis (Sequência das ações 9);
7. Caso o percurso de transporte seja longo e o preso necessite utilizar sanitário, usar
preferencialmente dependências de repartições públicas (quartéis e delegacias de
polícia), devendo ser adotadas a seguintes medidas:
a. evitar uso de banheiros que possuam mais de uma porta ou janelas que
propiciem a fuga do preso;
b. esvaziar e fazer varredura no local designado para uso;
c. conduzir o preso até o local especificado;
d. providenciar para que a porta do sanitário permaneça semi-aberta, enquanto o
preso estiver no ambiente;
e. providenciar que uma policial faça o acompanhamento no sanitário, quando se
tratar de escolta de presa;
f. conduzir um por vez ao sanitário, quando se tratar de escolta de dois ou mais
presos;
g. realizar busca pessoal minuciosa no preso, assim que encerrado o uso do
sanitário;
h. avaliar criteriosamente as solicitações repetitivas para uso de sanitário por parte
do preso, sendo facultada a restrição de idas ao banheiro, conforme suspeita.
8. Caso ocorra perda momentânea de contato visual com o preso, proceder
imediatamente à busca pessoal minuciosa assim que localizá-lo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não observar as normas de segurança durante o deslocamento e parada;
2. Transgredir a legislação de trânsito;
3. Deixar o preso induzir a guarnição no desígnio de locais de parada;
4. Não empregar os padrões de deslocamento (fila única) e formação (comboio);
5. Perder o contato visual com o preso;
6. Parar ou desmembrar o comboio para realizar atividade diversa da operação;
7. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou de arrebatamento do preso, sobretudo
nos locais em que há medidor eletrônico de velocidade, lombadas, semáforos e
cruzamentos (Sequência das ações 7).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 311

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.04 Desembarque de preso policial militar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada e avaliação do local designado para apresentação do preso;
2. Desembarque das guarnições;
3. Desembarque do preso.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Chegar ao local de destino e avaliar o ambiente, com o intuito de verificar se há
indivíduos e/ou veículos em situação suspeita (Ação corretiva 1);
2. Providenciar parada das viaturas para desembarque em local seguro e estratégico,
sem interromper o funcionamento do motor;
3. Desembarcar, a guarnição de escolta, posicionar-se estrategicamente, empregando
o armamento na posição sul;
4. Desembarcar, a guarnição de transporte;
5. Verificar, o comandante da guarnição de escolta, possíveis cobertas e/ou abrigos
(aproveitando anteparos locais, tais como prédios, árvores ou mesmo as viaturas)
que possam ser utilizados diante de situações adversas, bem como estabelecer
perímetro de segurança (Esclarecimentos 1 e 2);
6. Providenciar verificação criteriosa do trajeto que será percorrido a pé;
7. Autorizar o desembarque do preso;
8. Retirar, o auxiliar da guarnição de transporte, preso do cubículo (Ação corretiva 2);
9. Conduzir, o auxiliar da guarnição de transporte, preso ao ambiente especificado,
acompanhado do comandante da operação e do segurança da equipe de
transporte (Ações corretivas 3 e 4; Esclarecimento 3);
10. Executar revista na viatura de transporte, o motorista da guarnição de escolta,
averiguando se o preso dispensou objetos, tais como: giletes, facas, armas
artesanais;
11. Providenciar, o comandante da guarnição de escolta, estacionamento das viaturas,
em local seguro e estratégico, a fim de que favoreça saída rápida, se necessário;
12. Permanecer, o motorista e o auxiliar da guarnição de escolta, na segurança das
viaturas, utilizando para tanto armamento longo na posição sul (Possibilidade de
erro 9).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso seja desembarcado e conduzido ao local designado de forma segura;
2. Que o preso esteja algemado e controlado após o desembarque, a fim de ser
conduzido ao local de destino;
3. Que todos os policiais designados para a operação exerçam plenamente suas
funções.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja verificada presença de indivíduos e/ou veículos em fundada suspeita,
durante o procedimento de desembarque, deverão ser adotadas as seguintes
medidas (Sequência das ações 1):
a. abortar a parada das viaturas e o desembarque do preso;
312 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

b. iniciar o deslocamento de retorno ao estabelecimento de origem ou ao local de


apoio preestabelecido durante planejamento dos itinerários;
c. solicitar apoio do policiamento local para averiguação das circunstâncias de
suspeição;
d. informar, o comandante da operação, ao superior imediato em nível operacional;
e. continuar ou abortar a missão, conforme o resultado da averiguação.
2. Caso sejam transportados 2 (dois) ou mais presos, o desembarque será de um por
vez, observando o deslocamento em fila única e a uma distância mínima de 1 (um)
metro entre eles (Sequência das ações 8);
3. Caso sejam empregadas 2 (duas) ou mais guarnições na escolta, o comandante da
operação determinará as funções dos demais componentes, seja para dar apoio
aos motoristas na segurança das viaturas ou na condução do(s) preso(s) ao local
designado (Sequência das ações 9);
4. Caso a condução a pé do preso seja realizada por mais de 3 (três) policiais
militares, o comandante da operação manterá a disposição prevista, especificando
outras funções, conforme necessidade de emprego, visando aprimorar segurança
do procedimento (Sequência das ações 9).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionar as viaturas em local impróprio e/ou de forma que não permita saída
rápida, em caso de situações adversas;
2. Desconhecer o conteúdo da operação, bem como a função que cada componente
deverá exercer;
3. Não utilizar e/ou portar incorretamente o armamento recomendado para a
operação;
4. Deixar de adotar medidas previstas, quando verificadas situações de suspeição;
5. Não verificar previamente o trajeto que será realizado a pé com o preso;
6. Deixar de adotar a formação prevista para condução a pé do preso
(Esclarecimento 3);
7. Permitir contato do preso com pessoa estranha à operação;
8. Apresentar o preso em local, data e/ou horário distinto do previsto no ofício de
requisição;
9. Negligenciar a segurança das viaturas (Sequência das ações 12);
10. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.

ESCLARECIMENTOS:

1. Cobertas: ambiente natural ou artificial de proteção que impeça ou prejudique a


visualização do policial por parte do suspeito e/ou infrator. Não tem a capacidade de
proteger contra possíveis disparos de arma de fogo. Podem no máximo, desviar a
trajetória do projétil ou diminuir sua velocidade, mas nunca pará-lo. Exemplos:
arbustos, galhos e capim alto.

2. Abrigos: ambiente natural ou artificial de proteção que possam ser utilizados contra
os disparos de arma de fogo, além de prejudicar a visão do suspeito, aumentando a
segurança do policial. Exemplos: taludes, postes de concreto e muros.

3. Condução a pé de preso policial militar – deverá observar a seguinte formação:


um policial na vanguarda, o auxiliar da guarnição de transporte na condução
propriamente dita e outro policial na retaguarda do preso. Ressalta-se que o auxiliar
da guarnição de transporte deverá conduzir o preso pelo lado oposto ao do
POP:Procedimento Operacional Padrão | 313

armamento. Nessa formação, os militares deverão se posicionar com a mão forte no


armamento, a fim de facilitar eventual saque rápido nos casos de necessidade.
314 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
PROCESSO 410
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.05 Apresentação de preso policial militar em audiência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Apresentação do preso à autoridade competente;
2. Guarda do preso durante realização dos trabalhos da audiência;
3. Controle de aproximação de pessoas junto ao preso;
4. Retirada do preso do local da audiência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Providenciar o reconhecimento prévio do local da audiência, com a finalidade de
estimar o público, verificar presença de pessoas em atitudes suspeitas ou em
situações que comprometam a segurança da operação;
2. Fazer varredura no local destinado à realização da audiência;
3. Desembarcar e encaminhar o preso imediatamente ao local pré-estabelecido pela
autoridade competente;
4. Impedir contato ou aproximação de pessoas junto ao preso, sem o consentimento
da autoridade competente (Ação corretiva 6);
5. Manter o preso constantemente algemado no local da audiência, exceto se houver
determinação contrária expressa da autoridade competente (Ação corretiva 1);
6. Permanecer no interior da sala de audiência, a guarnição de transporte, com a
atenção voltada para o preso durante a realização dos trabalhos (Ações corretivas
2, 3 e 5);
7. Retirar o preso do local da audiência, assim que a autoridade competente encerrar
os trabalhos e dispensá-lo;
8. Embarcar o preso observando a segurança do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso seja conduzido ao local designado para audiência na data e no horário
pré-determinado;
2. Que a atuação do contingente policial militar atenda às necessidades de segurança
para realização dos trabalhos da audiência;
3. Que qualquer intervenção na audiência por parte do contingente policial militar seja
procedida mediante absoluta necessidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a autoridade competente determine a retirada das algemas, o comandante da
operação deverá informar sobre os riscos e a periculosidade do preso (Sequência
das ações 5);
2. Caso haja necessidade (baixa de algum policial da guarnição e/ou audiência de
tempo prolongado), providenciar substituição ou revezamento dos policiais
empregados no transporte e na escolta do preso (Sequência das ações 6);
3. Caso ocorram situações críticas, interferir somente por solicitação da autoridade
competente, exceto nos casos emergenciais (Sequência das ações 6);
4. Caso aconteça algum imprevisto ou atraso para a audiência, informar ao CPU e/ou
escalão superior sobre o ocorrido e procurar local adequado, a fim de aguardar as
deliberações subsequentes;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 315

5. Caso os ânimos dos presentes na audiência estejam exaltados, solicitar à


autoridade competente a tomada de medidas preventivas de segurança, como por
exemplo: esvaziamento das primeiras fileiras de assentos e/ou redução do número
de presentes no recinto (Sequência das ações 6);
6. Caso alguém alheio à operação tente fazer contato ou se aproximar do preso,
providenciar afastá-lo observando o uso seletivo da força (Sequência das ações
4);
7. Caso a guarnição responsável pela condução a pé perca momentaneamente o
contato visual com o preso, providenciar local apropriado para proceder
imediatamente à busca pessoal minuciosa assim que o localizar;
8. Caso sejam verificadas pessoas em atitudes suspeitas e/ou situações de suspeição
que comprometam a segurança da operação, informar imediatamente ao CPU e/ou
a autoridade requisitante, procedendo ao cancelamento da operação, sendo que
deverá ser lavrado relatório pormenorizado acerca dos fatos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Apresentar o preso no recinto incorreto e/ou em data e horário diverso do
requisitado;
2. Permitir o contato de pessoas com o preso sem o consentimento da autoridade
competente;
3. Interromper a audiência desnecessariamente;
4. Reduzir atenção durante a realização dos trabalhos da audiência;
5. Aguardar o início da audiência em local inadequado e inseguro;
6. Perder o contato visual com o preso;
7. Deixar de submeter à busca pessoal minuciosa, quando ocorrer perda de contato
visual com o preso;
8. Deixar de fazer varredura no local destinado à realização da audiência;
9. Negligenciar a segurança das viaturas;
10. Deixar de adotar os procedimentos pertinentes em caso de suspeita ou de dúvidas
quanto à segurança no local, sobretudo no momento da chegada, embarque e
desembarque;
11. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.
316 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
MILITAR
Transporte e escolta de preso policial militar para
PROCEDIMENTO 410.06
unidade de saúde
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Apresentação do preso na unidade de saúde;
2. Varredura no local onde o preso será atendido;
3. Permanência do preso no local destinado ao atendimento médico;
4. Controle de aproximação de pessoas junto ao preso;
5. Retirada do preso do local.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar a coerência da solicitação para atendimento médico por parte do preso
(Ações corretivas 1 e 2; Possibilidade de erro 4);
2. Certificar-se de que o preso será atendido na unidade de saúde de destino;
3. Providenciar o reconhecimento prévio do local, com a finalidade de estimar o
público, verificar presença de pessoas em atitudes suspeitas e/ou em situações que
comprometam a segurança da operação;
4. Realizar varredura no ambiente onde será realizado o atendimento médico
(Possibilidade de erro 1);
5. Orientar o corpo clínico sobre os procedimentos de segurança, a periculosidade do
preso e a possibilidade de fuga com ou sem apoio de terceiros (Possibilidade de
erro 10);
6. Informar ao policiamento do estabelecimento hospitalar sobre a presença e/ou
internação do preso, assim como aos funcionários que prestam segurança no
aludido local;
7. Desembarcar e encaminhar imediatamente o preso para o ambiente destinado ao
atendimento, sendo que os policiais empregados na condução a pé e/ou os que
terão contato direto com preso deverão fazer uso de luvas descartáveis;
8. Manter o preso algemado durante o atendimento, exceto nos casos de prescrição
médica contrária ou de extrema necessidade;
9. Acompanhar o atendimento médico ao preso, permanecendo ao menos 2 (dois)
policiais militares no ambiente do atendimento, enquanto os demais integrantes
deverão fazer a segurança das adjacências, conforme as particularidades das
instalações prediais, observadas as funções de cada integrante já convencionadas
anteriormente (Ações corretivas 5, 7 e 8);
10. Retirar o preso da unidade de saúde, assim que o profissional responsável encerrar
o atendimento médico e liberá-lo (Possibilidade de erro 8);
11. Embarcar o preso observando a segurança do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso seja conduzido para unidade de saúde, conforme suas necessidades
clínicas, observando o grau de urgência e emergência (Esclarecimentos 1 e 2);
2. Que o preso seja acompanhado integralmente pelas guarnições designadas para a
operação durante a permanência na unidade de saúde;
3. Que qualquer intervenção policial durante o atendimento médico seja procedida
mediante solicitação do profissional de saúde responsável, exceto nos casos de
POP:Procedimento Operacional Padrão | 317

extrema necessidade;
4. Que não ocorra contaminação dos policiais empregados na operação por doenças
infectocontagiosas.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o preso a ser conduzido se tratar de deficiente físico (paraplégico ou
tetraplégico) e/ou portador de doenças infectocontagiosas, tenha sofrido traumas
neurológicos ou fraturas diversas, queimaduras e/ou ferimentos graves, esses
deverão ser transportados em veículos tipo ambulância, acionados pela autoridade
competente, sendo recomendado o acompanhamento por médico e/ou enfermeiro
(Sequência das ações 1);
2. Caso o preso a ser conduzido se tratar de portador de distúrbios psiquiátricos
(dementes ou agitados), o transporte deverá ser realizado em veículo apropriado e,
se necessário, providenciar para que sejam imobilizados com camisa de força ou
que estejam sob efeito de tranquilizantes, com a devida prescrição médica
(Sequência das ações 1);
3. Caso o preso seja conduzido em ambulância, respeitar a capacidade de transporte
do veículo, obedecendo à disposição mínima de viaturas e componentes descrita
neste processo. Neste caso, ao menos um policial militar deverá acompanhar o
preso na ambulância, devidamente munido dos equipamentos de proteção
utilizados pelos profissionais de saúde;
4. Caso a requisição de transporte e escolta seja para condução de 2 (dois) ou mais
presos para unidade de saúde, obedecerá disposição mínima de componentes e
viaturas descrita neste processo;
5. Caso haja internação do preso, prescrita pelo profissional de saúde competente,
informar ao CPU e/ou autoridade responsável pela unidade prisional de origem, a
fim de que seja designada guarda específica para o local (Sequência das ações
9);
6. Caso haja internação, repassar o preso para a guarda substituta, documentando
por escrito a entrega do preso, consignando informações, tais como: dados
pessoais e aspectos físicos do preso, local da internação, motivo da permanência,
nome do profissional de saúde que determinou a internação, horário da passagem,
dados da guarda substituta e substituída, bem como outras informações julgadas
úteis;
7. Caso haja extrema necessidade, o preso poderá também ser algemado junto à
estrutura do leito, observado estado de saúde, grau de periculosidade, capacidade
de locomoção e orientação médica, fato este que deverá ser constado na
documentação a ser elaborada por escrito (Sequência das ações 9);
8. Caso o preso necessite ser conduzido em maca, não reduzir nível de segurança
para a condução (Sequência das ações 9);
9. Caso haja solicitação para retirada das algemas pelo profissional de saúde
responsável pelo atendimento, atender informando sobre os procedimentos de
segurança, a periculosidade do preso e a possibilidade de fuga com ou sem apoio
de terceiros;
10. Caso alguém alheio à operação tente fazer contato ou se aproximar do preso,
providenciar afastá-la observando o uso seletivo da força (Possibilidade de erro
2);
11. Caso haja perda momentânea de contato visual com o preso, providenciar local
apropriado para realização de busca pessoal minuciosa assim que o localizar;
12. Caso sejam verificadas pessoas em atitudes suspeitas e/ou situações de suspeição
que comprometam a segurança da operação, informar imediatamente ao CPU e/ou
318 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

a autoridade requisitante, procedendo ao cancelamento da operação, sendo que


deverá ser lavrado relatório pormenorizado acerca dos fatos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de realizar varredura no local onde o preso receberá atendimento médico
(Sequência das ações 4);
2. Permitir o contato de pessoas alheias à operação com o preso (Ação corretiva 10);
3. Não utilizar luvas descartáveis durante a condução a pé e/ou quando no contato
direto com o preso;
4. Deixar de respeitar o caráter de urgência ou emergência do atendimento médico,
ensejando o agravamento do estado de saúde do preso (Sequência das ações 1);
5. Não observar os procedimentos de segurança, desconsiderando o grau de
periculosidade do preso e a possibilidade de fuga com ou sem apoio de terceiros;
6. Deixar de acompanhar o preso na sala de atendimento, exceto quando houver
orientação contrária por parte do profissional de saúde responsável;
7. Perder contato visual com o preso;
8. Permanecer na unidade de saúde por tempo desnecessário, após liberação do
preso pela equipe de saúde (Sequência das ações 10);
9. Deixar de adotar os procedimentos pertinentes em caso de suspeita ou dúvidas
quanto à segurança no local, sobretudo no momento da chegada, embarque e
desembarque;
10. Não informar aos profissionais de saúde que prestarão atendimento quanto aos
procedimentos de segurança, grau de periculosidade do preso e possibilidade de
fuga com ou sem apoio de terceiros (Sequência das ações 5);
11. Transportar em veículos inapropriados presos com deficiência física (paraplégico
ou tetraplégico) e/ou portadores de doenças infectocontagiosas, bem como os que
tenham sofrido traumas neurológicos, fraturas diversas, queimaduras e/ou
ferimentos graves;
12. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.

ESCLARECIMENTOS:

1. Emergência: situação que demanda alteração do estado de saúde do paciente, com


risco iminente de morte. O tempo para resolução é extremamente curto,
normalmente quantificado em minutos.

2. Urgência: situação que provoca alterações do estado de saúde do paciente, porém


sem risco iminente à vida, que por sua gravidade, desconforto ou dor, requer
atendimento médico com a maior brevidade possível.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 319

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.07 Transporte e escolta de preso policial militar para
cerimônia fúnebre
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Apresentação do preso no local da cerimônia fúnebre;
2. Varredura no ambiente destinado ao féretro;
3. Desocupação do ambiente destinado ao féretro, para que o preso possa prestar
suas homenagens;
4. Permanência do preso no local destinado ao féretro;
5. Controle de aproximação de pessoas junto ao preso;
6. Retirada do preso do local.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Conferir a documentação de autorização de comparecimento do preso em
cerimônia fúnebre, devidamente expedida pela autoridade competente;
2. Providenciar reconhecimento prévio do local da cerimônia fúnebre, com a finalidade
de estimar o público, verificar presença de pessoas em atitudes suspeitas ou
situações de suspeição que comprometam a segurança da operação (Ação
corretiva 8);
3. Fazer contato prévio com os familiares, informando sobre os procedimentos de
segurança que serão adotados, bem como da necessidade da desocupação do
ambiente destinado ao féretro;
4. Providenciar a desocupação do local onde se encontra o féretro (Ação corretiva
7);
5. Providenciar a realização de varredura no ambiente destinado ao féretro
(Possibilidade de erro 7);
6. Desembarcar e encaminhar imediatamente o preso para o local onde se encontra o
féretro;
7. Acompanhar o preso, permanecendo ao menos 2 (dois) policiais militares no
ambiente da cerimônia fúnebre, enquanto os demais componentes da equipe
deverão fazer a segurança das adjacências, conforme as particularidades das
instalações prediais, observadas as funções que cada integrante possui já
convencionadas anteriormente (Ação corretiva 3);
8. Permitir que o preso preste suas homenagens ao ente querido, sendo que não
deverá ser excedido o tempo de 15 (quinze) minutos (Ações corretivas 4 e 5);
9. Manter o preso algemado durante toda a operação;
10. Embarcar o preso observando a segurança do local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso seja conduzido à cerimônia fúnebre e entregue a unidade de origem
em segurança;
2. Que seja assegurado o comparecimento do preso na cerimônia fúnebre, conforme
documentação requisitória expedida pela autoridade competente;
3. Que a guarnição empregada na operação mantenha os parâmetros de segurança,
observando a quantidade de presentes no local e/ou pessoas em atitudes
suspeitas;
320 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Que não ocorra tumulto durante a permanência do preso na cerimônia fúnebre.

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja requisição de transporte e escolta de preso para cerimônia fúnebre,
observar que tal procedimento deverá ser realizado somente no horário
compreendido entre 6h e 18h;
2. Caso haja requisição de transporte e escolta de 2 (dois) ou mais presos, planejar o
emprego de guarnições de acordo com a quantidade de presos e informações
obtidas mediante levantamento prévio realizado no local destinado a cerimônia
fúnebre;
3. Caso haja perda momentânea de contato visual com o preso, providenciar
realização imediata de busca pessoal minuciosa em local apropriado, assim que o
localizar (Sequência das ações 7);
4. Caso alguém alheio à operação tente fazer contato ou se aproximar do preso,
providenciar afastá-lo observando o uso seletivo da força (Sequência das ações
8);
5. Caso haja alimentação sendo servida no local, não permitir fornecimento ao preso,
tampouco aos integrantes das guarnições designadas para a operação (Sequência
das ações 8);
6. Caso ocorra tumulto durante a cerimônia fúnebre, providenciar retirada imediata do
preso do local e retornar à unidade de origem;
7. Caso não ocorra a desocupação do ambiente onde se encontra o féretro, não
autorizar o desembarque do preso, suspender a operação e retornar imediatamente
a unidade de origem (Sequência das ações 4);
8. Caso sejam verificadas pessoas em atitudes suspeitas e/ou situações de suspeição
que comprometam a segurança da operação, informar imediatamente ao CPU e/ou
a autoridade requisitante, procedendo ao cancelamento da operação, sendo que
deverá ser lavrado relatório pormenorizado acerca dos fatos (Sequência das
ações 2).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não verificar a documentação de requisição de transporte e escolta de preso;
2. Deixar de providenciar reconhecimento prévio do local;
3. Realizar transporte e escolta de preso para cerimônia fúnebre em desacordo com o
horário previsto neste procedimento;
4. Perder o contato visual com o preso;
5. Não providenciar a desocupação do local destinado ao féretro, para que o preso se
faça presente;
6. Não submeter o preso a imediata busca pessoal minuciosa, quando houver perda
momentânea do contato visual;
7. Deixar de realizar varredura no ambiente destinado ao féretro (Sequência das
ações 5);
8. Deixar de manter o preso algemado durante a cerimônia fúnebre;
9. Permitir o fornecimento de alimentação para o preso e/ou para as guarnições
empenhadas na operação;
10. Permitir que pessoas alheias à operação mantenham contato com o preso;
11. Exceder o tempo estabelecido para permanência na cerimônia fúnebre;
12. Deixar de adotar as medidas pertinentes nos casos de tumulto, pessoas em atitude
suspeita e/ou dúvidas quanto à segurança no local;
13. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 321

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
PROCESSO 410
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.08 Transporte e escolta de preso policial militar em
aeronave civil
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Verificação da documentação de requisição de transporte e de escolta do preso;
2. Apresentação do preso no local destinado ao embarque;
3. Varredura nas áreas comuns da aeronave;
4. Embarque do preso;
5. Permanência do preso a bordo da aeronave;
6. Controle de aproximação de pessoas junto ao preso;
7. Desembarque do preso.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Verificar a documentação de requisição de transporte e escolta do preso,
observando dados pessoais, periculosidade e a cidade de destino;
2. Informar via ofício a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária
(INFRAERO) e a Polícia Federal (PF) sobre a operação, com antecedência mínima
de 48 (quarenta e oito) horas (Ações corretivas 1, 2 e 3);
3. Providenciar a reserva das passagens;
4. Solicitar à INFRAERO autorização especial de embarque evitando o chek in,
utilizando, se possível, acesso especial para onde se encontra taxiada a aeronave;
5. Providenciar o reconhecimento prévio do local, com a finalidade de estimar o
público, verificar presença de pessoas em atitudes suspeitas e/ou em situações que
comprometam a segurança da operação;
6. Informar ao comandante da aeronave sobre a operação, indicando a posição dos
assentos dos componentes da guarnição e do preso, respectivamente (Ação
corretiva 4);
7. Realizar varredura nas áreas comuns da aeronave;
8. Realizar busca pessoal minuciosa no preso;
9. Embarcar o preso antes dos demais passageiros, ocupando preferencialmente a
fileira que contém os últimos assentos da aeronave, fora das proximidades das
saídas de emergência, em linhas que contenham duas ou mais poltronas (Ações
corretivas 5, 7 e 9);
10. Manter o preso algemado durante permanência na aeronave (Ação corretiva 8);
11. Desembarcar o preso na cidade de destino, retirando-o da aeronave após a saída
de todos os demais passageiros;
12. Concluir a missão com apoio das equipes de transporte e escolta terrestre (Ação
corretiva 13).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso relacionado na documentação requisitória seja devidamente
identificado;
2. Que seja mantida a integridade física do preso;
3. Que a condução do preso a bordo da aeronave seja discreta, a fim de causar
menor desconforto possível aos demais passageiros;
4. Que seja mantida a segurança dos passageiros e da guarnição empregada na
322 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

operação.

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja necessário realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil,
observar que o transporte aéreo de passageiro, sob condição judicial e escoltado,
deve ser coordenado previamente, entre a Corporação, a administração
aeroportuária, a empresa aérea e o núcleo da PF presente no aeroporto, visando a
estabelecer, conforme as necessidades da operação, medidas e procedimentos
especiais de segurança, de embarque e desembarque, bem como de conduta a
bordo (Sequência das ações 2);
2. Caso seja necessário realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil,
deverão ser empregadas guarnições na proporção de no mínimo 3 (três) policiais
militares para cada preso (Sequência das ações 2);
3. Caso seja necessário realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil,
observar que a legislação atual estabelece o limite de até 2 (dois) presos, com suas
respectivas escoltas, que podem ser transportados em uma mesma aeronave
privada, de acordo com a regulamentação, avaliação e anuência da PF (Sequência
das ações 2);
4. Caso seja necessário realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil,
observar que a legislação atual prevê que o comandante da aeronave poderá negar
o embarque do preso, ao considerar que o mesmo representa potencial ameaça à
segurança do voo e dos demais passageiros (Sequência das ações 6);
5. Caso seja imprescindível realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil,
perguntar ao preso se deseja realizar suas necessidades fisiológicas antes do
embarque, evitando o uso de sanitário no interior da aeronave (Sequência das
ações 9);
6. Caso seja necessário realizar transporte e escolta de preso em aeronave civil, os
policiais empregados na operação deverão usar trajes à paisana, portar armamento
curto regulamentar e DEC, observando que a legislação atual veda uso de
cassetete, gás lacrimogêneo ou outro agente químico a bordo da aeronave;
7. Caso seja realizado transporte e escolta em aeronave civil, o preso deverá ser
algemado com os braços voltados para frente e deverão ser empregadas algemas
de tornozelo durante sua permanência na aeronave, sendo dispensado o uso de
uniforme da unidade prisional de origem (Sequência das ações 9);
8. Caso seja realizado transporte e escolta em aeronave civil, não será permitido
algemar o preso em partes da aeronave como assentos e mesas, exceto nos casos
plenamente justificáveis e de extrema necessidade (Sequência das ações 10);
9. Caso seja realizado transporte e escolta em aeronave civil, o preso deverá ocupar o
assento situado entre as poltronas destinadas aos policiais empregados na
operação (Sequência das ações 9);
10. Caso haja serviço de bordo, não permitir fornecimento de bebidas alcoólicas,
utensílios de metal e/ou facas ao preso (Possibilidade de erro 14);
11. Caso ocorra perda momentânea de contato visual com o preso, providenciar imediata
realização de busca pessoal minuciosa assim que o localizar;
12. Caso seja necessário transporte e escolta de preso em aeronave civil, priorizar
utilização de voos sem conexão;
13. Caso seja realizado transporte e escolta de preso em aeronave civil, outra equipe
de transporte e escolta deverá ser posicionada no aeroporto da cidade de destino,
aguardando a chegada do voo, a fim de realizar o transporte terrestre do preso até
o local especificado na documentação de requisição (Sequência das ações 12);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 323

14. Caso o transporte e a escolta do preso sejam realizados em aeronave militar e/ou
de outro órgão de Segurança Pública, cumprir as normas da instituição a que
pertence a aeronave;
15. Caso sejam verificadas pessoas em atitudes suspeitas e/ou situações de suspeição
que comprometam a segurança da operação, informar imediatamente ao CPU e/ou
a autoridade requisitante, procedendo ao cancelamento da operação, sendo que
deverá ser lavrado relatório pormenorizado acerca dos fatos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de verificar a documentação de requisição de transporte e escolta do preso;
2. Não manter integridade física do preso;
3. Utilizar voo com conexão sem planejamento operacional prévio;
4. Algemar incorretamente o preso;
5. Empregar contingente insuficiente para a operação, bem como de armamentos e
equipamentos diversos do previsto;
6. Agir indiscretamente, causando desconforto aos demais passageiros a bordo da
aeronave;
7. Não observar normas padrões de segurança para embarque, condução e
desembarque do preso;
8. Deixar de oficiar à INFRAERO e aos órgãos competentes em tempo hábil sobre a
operação e procedimentos de segurança que serão adotados;
9. Deixar de observar o limite previsto na legislação de 2 (dois) presos transportados
por aeronave privada;
10. Não realizar varredura nas áreas comuns da aeronave;
11. Deixar de informar ao comandante da aeronave sobre a operação;
12. Perder o contato visual com o preso;
13. Permitir que o preso utilize assentos diversos do previsto e/ou em disposição
distinta deste procedimento;
14. Permitir que o serviço de bordo forneça bebidas alcoólicas, utensílios de metal e/ou
facas ao preso (Ação corretiva 10);
15. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.
324 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO IV PROCEDIMENTOS DIVERSOS
PROCESSO 410 TRANSPORTE E ESCOLTA DE PRESO POLICIAL
MILITAR
PROCEDIMENTO 410.09 Transferência de preso policial militar de unidade
prisional
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: ---- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Verificação da documentação de requisição de transferência do preso de unidade
prisional;
2. Busca pessoal;
3. Revista nos pertences do preso;
4. Embarque do preso;
5. Transporte e escolta do preso;
6. Desembarque do preso.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Examinar minuciosamente a documentação pertinente à transferência do preso
(ofício requisitório, dados pessoais, grau de periculosidade e destino) (Ação
corretiva 1);
2. Fazer contato prévio com a autoridade responsável pela unidade prisional de
destino para planejamento da operação, definição de procedimentos, datas,
horários e agendamento de exame de corpo de delito no órgão competente, ao qual
o preso seja submetido (Ação corretiva 2);
3. Providenciar o reconhecimento prévio dos locais de desembarque, com a finalidade
de estimar o público, verificar presença de pessoas em atitudes suspeitas e/ou em
situações que comprometam a segurança da operação;
4. Proceder, o auxiliar da guarnição de transporte, à retirada do preso da cela e
submetê-lo à busca pessoal minuciosa, conforme POP 410.01;
5. Retirar, o auxiliar da guarnição de transporte, das sacolas, malas ou trouxas todos
os pertences do preso na presença dele;
6. Realizar, o auxiliar da guarnição de transporte, a vistoria manual minuciosa e com
detector de metais nos objetos do preso (sacolas, livros, roupas, sapatos, entre
outros) na presença dele (Ação corretiva 3);
7. Relacionar todos os objetos vistoriados, recolhendo assinatura do preso;
8. Assinar e fornecer uma via da relação de pertences vistoriados ao preso;
9. Colocar, o auxiliar da guarnição de transporte, os objetos do preso na caixa de
pertences, lacrá-la e dar o encaminhamento necessário;
10. Embarcar o preso;
11. Apresentar o preso à autoridade responsável na unidade prisional de destino;
12. Confeccionar relatório da operação.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o preso relacionado na documentação requisitória seja devidamente
identificado;
2. Que seja mantida a integridade física do preso;
3. Que não sejam transportados instrumentos e/ou objetos que comprometam a
segurança da equipe de transporte e escolta;
4. Que a transferência do preso de unidade prisional seja realizada em segurança.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 325

AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso exista incoerência entre as informações contidas na documentação
requisitória de transferência e o preso apresentado, obter confirmação dos dados
antes de qualquer mobilização (Sequência das ações 1);
2. Caso seja realizada transferência de preso de unidade prisional, encaminhá-lo para
que seja submetido a exame corpo de delito imediatamente antes de ser
apresentado na unidade prisional de destino, conforme contato prévio realizado
com a autoridade responsável pela unidade prisional de destino (Sequência das
ações 2);
3. Caso algum instrumento e/ou objeto ilícito ou suspeito for encontrado com o preso
durante a busca pessoal ou vistoria dos pertences, adotar as medidas legais
pertinentes e informar imediatamente ao CPU e a autoridade responsável pela
unidade prisional (Sequência das ações 6);
4. Caso sejam verificadas pessoas em atitudes suspeitas e/ou situações de suspeição
que comprometam a segurança da operação, informar imediatamente ao CPU e/ou
à autoridade requisitante, procedendo ao cancelamento da operação, sendo que
deverá ser lavrado relatório pormenorizado acerca dos fatos.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não examinar adequadamente a documentação requisitória e receber o preso
diverso do requisitado para transferência;
2. Deixar de garantir preservação da integridade física do preso;
3. Deixar de realizar busca pessoal, vistoria manual minuciosa e vistoria com detector
de metais nos pertences do preso;
4. Deixar que o preso mantenha em seu poder instrumentos e/ou objetos;
5. Deixar de adotar as medidas legais pertinentes nos casos de localização de
instrumentos e/ou objetos ilícitos/suspeitos com o preso;
6. Deixar de encaminhar o preso para que seja submetido a exame de corpo de delito;
7. Desconsiderar a possibilidade de fuga ou arrebatamento do preso.
326 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

MODULO V – OCORRÊNCIAS POLICIAIS


POP:Procedimento Operacional Padrão | 327

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 501
NOME DO PROCESSO: PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição
POP 501.05
pública competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 5°, inc. LXI da Constituição Federal (CF); 435
Condução das partes. Art. 178 da Lei nº 8.069/1990 – Estatuto da
459
Criança e do Adolescente (ECA).
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Deslocamento para o local de Art. 29, inc. VII do Código de Trânsito
448
ocorrência. Brasileiro (CTB).
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Art. 301 a 310 do Código de Processo Penal
Flagrante delito. 445
(CPP).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Recusa de dados sobre a própria Art. 68 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
466
identidade ou qualificação. Contravenções Penais (LCP).
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo
Uso de algemas. 504
Tribunal Federal (STF).
328 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
PROCESSO 501
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.01 Conhecimento da ocorrência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados;
2. Contato com a(s) pessoa(s) indicada(s) pelo SIOP/COPOM ou com o solicitante;
3. Segurança da guarnição durante o contato com o solicitante;
4. Posicionamento da guarnição e da viatura.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Atender ao chamado do SIOP/COPOM ou do solicitante (Ação corretiva 5 e
Esclarecimento 1);
2. Coletar os dados acerca dos fatos, local, características físicas, vestuário do(s)
envolvido(s), sentido tomado e outros necessários, de maneira que possa saber
sobre: “O quê?”, “Quem?”, “Onde?”, “Quando?”, “Por quê?”, além de pontos de
referência e dados particulares do local;
3. Fazer uso exclusivo de linguagem técnica (Código Q, alfabeto da ONU e números
ordinais) nas comunicações com o SIOP/COPOM.
RESULTADO ESPERADO
1. Que o policial obtenha todos os dados necessários ao conhecimento da natureza
da ocorrência e seu grau de risco, a fim de atendê-la com segurança, eficiência e
profissionalismo.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o rádio esteja com problemas de transmissão, procurar outro local, de
preferência mais alto e livre de obstáculos (prédios, túneis, entre outros);
2. Caso não seja possível comunicar com o SIOP/COPOM, solicitar que outra estação
faça a retransmissão (QSP), aguardando a confirmação do recebimento da
mensagem;
3. Caso haja dúvidas quanto aos dados transmitidos, deslocar para a ocorrência
preparado para o grau máximo de risco possível, solicitando o apoio necessário ao
CPU;
4. Caso haja impossibilidade de contato com o SIOP/COPOM via rádio, fazer uso de
telefone;
5. Caso o solicitante esteja a pé e em via pública, desembarcar da viatura e atendê-lo
com segurança.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Coletar informações incorretas ou insuficientes quanto aos dados da ocorrência;
2. Usar o rádio sem a técnica de comunicação;
3. Faltar com a segurança durante a coleta de dados junto ao solicitante.

ESCLARECIMENTO:
1. Atendimento ao chamado do SIOP/COPOM: é o ato de resposta da guarnição, em
serviço na viatura na área de policiamento, disponibilizando-se para o atendimento
da ocorrência; devendo ser utilizada linguagem técnica de comunicação,
exclusivamente, sem variações impróprias ou gírias, primando pela clareza e
agilidade no uso do rádio.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 329

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MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 501 PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.02 Deslocamento para o local da ocorrência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Motorista da viatura.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Escolha do itinerário até o local de ocorrência (Esclarecimento 1);
2. Deslocamento da viatura para o local de ocorrência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar o local de origem e o local onde deseja chegar, fazendo uso do guia da
cidade, o comandante da guarnição (Ação corretiva 1);
2. Traçar itinerário para o local da ocorrência, bem como caminhos alternativos;
3. Manter acionados os dispositivos de luz intermitente (giroflex), luz baixa e, se em
serviço de urgência, a sinalização sonora também deve ser acionada (Ação
corretiva 2, Esclarecimentos 2 e 3);
4. Utilizar velocidade compatível com a via e a segurança do trânsito
(Esclarecimento 4 e inciso VII do art. 29 do CTB).
RESULTADO ESPERADO
1. Que a guarnição chegue ao local com segurança e no menor tempo possível.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja auxiliar, este fará uso do guia da cidade no intuito de identificar o local de
origem e onde deseja chegar (Sequência das ações 1);
2. Caso surjam problemas no dispositivo luminoso ou sonoro, a viatura deixa de ter a
prioridade de passagem, livre circulação, estacionamento e parada, ou seja, deve
ser conduzida como um veículo em situação normal. Nessa hipótese, deve-se
registrar em documentação própria as alterações dos equipamentos, informando
também ao CPU (Sequência das ações 3);
3. Caso haja algum acidente ou incidente mecânico com a viatura durante o
deslocamento, informar ao SIOP/COPOM, contatar o CPU e solicitar, o
comandante da guarnição, que a ocorrência seja redistribuída para outra guarnição;
4. Caso haja dúvidas ou necessidade de informações complementares e para verificar
se houve mudança no nível da ocorrência, solicitar, o comandante da guarnição,
informações adicionais ao SIOP/COPOM;
5. Caso ocorra um acompanhamento durante o deslocamento para a ocorrência, o
comandante da guarnição deverá de imediato comunicar ao SIOP/COPOM a
localização e o destino do acompanhamento e as características do veículo e do(s)
suspeito/infrator(es) e proceder conforme POP 402.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Realizar deslocamento com velocidade incompatível com a via, exceto quando
devidamente justificado;
2. Expor o armamento fora da viatura;
3. Alertar de forma ofensiva ou desrespeitosa motoristas e pedestres distraídos a fim
de que deem passagem à viatura;
4. Deixar de observar os dados repassados pelo SIOP/COPOM durante o trajeto.
330 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ESCLARECIMENTOS:

1. Melhor itinerário: é aquele em que a viatura poderá chegar ao local da ocorrência


com rapidez e segurança, evitando congestionamentos e vias más conservadas.

2. Dispositivo luminoso intermitente: também chamado de sistema emergencial


luminoso da viatura, é aquele que mantém uma luz intermitente periodicamente, com
o propósito de chamar a atenção das pessoas.

3. Serviço de urgência: é aquele em que há perigo iminente à vida ou ao patrimônio.

4. Velocidade compatível: é a velocidade adequada à fluidez do trânsito de veículos e


pedestres, às características da via, ao grau de urgência, às condições climáticas
entre outros critérios a serem observados pelo motorista e pelo comandante da
guarnição.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 331

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
PROCESSO 501
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.03 Chegada ao local da ocorrência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Aproximação do local;
2. Posicionamento adequado da viatura no local;
3. Primeiros contatos com os indicados na ocorrência;
4. Confirmação dos dados referentes à ocorrência;
5. Identificar as partes envolvidas na ocorrência;
6. Verificação da necessidade de reforço policial e de equipamentos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Aproximar de forma segura, observando o cenário externo e seus componentes,
com o sinal sonoro e a luz intermitente acionados (Ações corretivas 1 e 2);
2. Posicionar a viatura em local visível e seguro, com o equipamento de luz
intermitente acionado (Ação corretiva 3 e Esclarecimento 1);
3. Confirmar/identificar o nível de risco da ocorrência em andamento;
4. Observar pessoa(s) com as características e atitude(s) descrita(s) pelo
SIOP/COPOM ou pelo solicitante(s);
5. Constatar o número de pessoas envolvidas e espectadores;
6. Julgar a necessidade de pedir reforço, não agindo até que o tenha disponível, se for
o caso;
7. Solicitar do SIOP/COPOM o contato direto com a autoridade policial, informando
sobre as circunstâncias de crime, se houver, e verificar a necessidade de
levantamento pericial no local para, se necessário, realizar o isolamento.

RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição patrulhe mantendo o nível alerta elevado, até que a(s) pessoa(s)
em atitude(s) suspeita(s) seja(m) identificada(s) e abordada(s), se for o caso;
2. Que a guarnição tenha conhecimento do número de pessoas envolvidas,
observando se estão armadas ou não;
3. Que sejam obtidos dados precisos para melhor conduta policial na ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja risco à integridade da guarnição, quando da aproximação final do local
da ocorrência, o sinal sonoro e a luz intermitente poderão ser desligados
(Sequência das ações 1);
2. Caso seja desligado o sinal sonoro e/ou a luz intermitente, a viatura deixa de ter a
prioridade de passagem e livre circulação, mantendo apenas o livre estacionamento
e parada (Sequência das ações 1);
3. Caso haja risco à integridade da guarnição, os policiais militares deverão parar a
viatura fora da visão do local da ocorrência, desembarcando a distância segura
(Sequência das ações 2);
4. Caso a ocorrência caracterize risco iminente de confronto armado, a guarnição
deverá adotar os procedimentos previstos no POP 108;
5. Caso as informações repassadas não correspondam à constatação, cientificar ao
SIOP/COPOM sobre tal situação;
332 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

6. Caso se constate que o número de pessoas envolvidas seja maior do que o


esperado e anunciado pelo SIOP/COPOM ou pelo(s) solicitante(s), providenciar o
imediato reforço policial, protegendo-se suficientemente.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Considerar somente as informações recebidas do SIOP/COPOM ou solicitante(s)
desconsiderando possíveis variações;
2. Aproximar do local desconsiderando o possível grau de periculosidade da
ocorrência e agindo com desatenção, apatia e sem técnica;
3. Desconsiderar as vulnerabilidades do local de ocorrência;
4. Permitir que pessoas supostamente armadas, envolvidas na ocorrência,
permaneçam nessa condição sem serem abordadas;
5. Deixar de solicitar apoio policial, quando necessário.

ESCLARECIMENTO:

1. Local visível e seguro: é aquele visível a todos e que propicie retirada rápida da
guarnição.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 333

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
PROCESSO 501
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.04 Condução à repartição pública competente
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Colocação das algemas no(s) infrator(es) da lei (POP 102);
2. Embarque das partes envolvidas em viatura;
3. Condução de veículo envolvido em crime à repartição pública competente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Confirmar a execução de busca pessoal nas partes envolvidas e o algemamento de
infratores da lei (Possibilidades de erro 1 e 2; POP 102 e 201.03);
2. Embarcar, no compartimento posterior ao banco traseiro da viatura, um infrator por
vez (Ação corretiva 6 e Esclarecimento 2);
3. Conduzir um infrator em cada viatura, não sendo possível, conduzir no máximo 2
(dois) na mesma viatura (Ações corretivas 2 e 3);
4. Verificar qual a DP, comum ou especializada, é responsável pela respectiva área e
registro da ocorrência;
5. Solicitar ao SIOP/COPOM o apoio de guincho para condução de veículo envolvido
em crime, se houver (Ação corretiva 4);
6. Apreender os objetos instrumentos do crime/contravenção, quando não for
necessária a realização de perícia no local do crime;
7. Informar ao SIOP/COPOM o deslocamento da guarnição à repartição pública
competente;
8. Conduzir as partes e o veículo envolvido em crime, caso houver, à repartição
pública competente (Ação corretiva 1 e Possibilidade de erro 3);
9. Manter atenção a qualquer movimento dos infratores;
10. Apresentar os envolvidos e o veículo, caso houver, à repartição pública
competente (POP 501.05).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os infratores embarcados não ofereçam risco à guarnição nem a outras partes
envolvidas durante o deslocamento;
2. Que todos os objetos instrumentos do crime sejam levados à autoridade
competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja testemunhas e/ou vítimas, conduzi-las no banco traseiro da segunda
viatura, ficando a primeira viatura responsável pela condução dos infratores
(Sequência das ações 8 e Possibilidade de erro 3);
2. Caso haja testemunhas e/ou vítimas a serem conduzidas e houver mais de 2 (dois)
infratores, solicitar apoio de outra(s) guarnição(ões) (Sequência das ações 3);
3. Caso a viatura seja do tipo camioneta, poderão ser conduzidos até 4 (quatro)
infratores da lei no compartimento posterior ao banco traseiro (Sequência das
ações 3 e Esclarecimento 1);
4. Caso não haja guincho disponível para condução do veículo ocupado pelos
infratores, um policial militar poderá conduzi-lo, desde que autorizado pelo CPU,
porém, em hipótese alguma, a viatura que conduzir algum infrator ficará
334 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

descomposta (Sequência das ações 5);


5. Caso qualquer das partes envolvidas seja criança ou adolescente, acionar o
Conselho Tutelar (Esclarecimento 2);
6. Caso o compartimento posterior ao banco traseiro da viatura esteja ocupado ou sua
utilização inviabilizada, o infrator(es) poderá(ão) ser conduzido(s) no banco traseiro
da viatura, com cinto de segurança, e um dos componentes da guarnição se
posicionará no banco traseiro viatura, atrás do banco do motorista, com a arma de
fogo sacada e empunhada (Sequência das ações 2);
7. Caso qualquer das partes envolvidas necessite de socorro, acionar o Corpo de
Bombeiros ou o SAMU e informar o SIOP/COPOM (Esclarecimento 3).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Embarcar infratores algemados com os braços para frente e/ou palmas das mãos
voltadas para dentro (Sequência das ações 1);
2. Algemar os infratores em peças ou equipamentos da viatura (Sequência das
ações 1);
3. Conduzir, na mesma viatura, infrator(es), testemunha(s) e/ou vítima(s) (Sequência
das ações 8; Ações corretivas 1 e 2);
4. Permitir que os infratores estabeleçam contato (verbal ou não) com os demais
envolvidos ou que mantenham contato entre si;
5. Conduzir ou parar em locais que não sejam repartições públicas competentes;
6. Deixar qualquer tipo de objeto(s) junto aos infratores durante a condução;
7. Permitir que outras pessoas se aproximem dos infratores;
8. Não providenciar socorro à(s) pessoa(s) lesionada(s).

ESCLARECIMENTOS:

1. Camioneta: veículo misto destinado ao transporte de passageiro e carga no mesmo


compartimento (Anexo I do Código de Trânsito Brasileiro – CTB).

2. Condução de crianças e adolescentes:


2.1. Sempre que houver criança (de recém nascido até 11 anos, 11 meses e 29 dias) ou
adolescente (de 12 anos a 17 anos, 11 meses e 29 dias) envolvido em ocorrência
(testemunha/vítima/autor) o Conselho Tutelar ou os pais devem ser comunicados
pela autoridade policial, exceto se o autor do fato delituoso for criança, situação em
que o comandante da guarnição deverá realizar essa comunicação;
2.2. Quando a criança/adolescente for testemunha ou vítima de crime/contravenção/ato
infracional (em flagrante) esses serão conduzidos à DP, preferencialmente
especializada, e os pais serão comunicados da ocorrência e para onde a
criança/adolescente está sendo conduzida(o). Exceto se os pais forem os autores,
situação em que apenas o Conselho Tutelar será comunicado. Caso o Conselho
Tutelar e os pais não forem localizados, informar ao SIOP/COPOM;
2.3. Se o autor de ato infracional for criança, ela será entregue ao Conselheiro Tutelar,
mediante recibo ou, na ausência desse, aos pais, também mediante recibo. Se o
autor de ato infracional for adolescente, ele será apreendido pela guarnição, que
comunicará ao SIOP/COPOM a sua apreensão e para onde será conduzido, o qual
será acompanhado por um responsável sempre que possível; em seguida o
adolescente será conduzido no banco traseiro da viatura à Delegacia de Polícia
(DP), preferencialmente especializada, e entregue mediante recibo ao delegado,
escrivão ou agente de polícia;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 335

2.4. Havendo dúvida quanto à idade do infrator, buscar-se-á informações junto aos pais
desse ou ao SIOP/COPOM. Permanecendo a incerteza, encaminhar o infrator à DP
comum, se a suspeita é de que ele seja maior de idade; ou entregar o infrator ao
Conselheiro Tutelar, se a dúvida é de que ele seja criança ou adolescente.

3. Condução de preso/apreendido ao hospital ou pronto atendimento


3.1. Se o SAMU/Corpo de Bombeiros prestarem socorro ao preso/apreendido, a
guarnição deve realizar a escolta do veículo de emergência até o hospital,
informando o deslocamento ao SIOP/COPOM, realizando a guarda do
preso/apreendido no hospital até que seu superior imediato providencie a
substituição da referida guarda, a fim de que a guarnição desloque à DP para
iniciar os procedimentos do flagrante delito;
3.2. Se o SAMU/Corpo de Bombeiros não puder prestar socorro ao preso/apreendido, a
guarnição conduzirá o preso/apreendido, com cautela e segurança, ao hospital
mais próximo, informando o deslocamento ao SIOP/COPOM, realizando a guarda
do preso/apreendido no hospital até que seu superior imediato providencie a
substituição da referida guarda, a fim de que a guarnição desloque à DP para
iniciar os procedimentos do flagrante delito.
336 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 501 PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.05 Apresentação da ocorrência na repartição pública
competente
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Narração da ocorrência de forma clara, precisa e concisa à autoridade competente;
2. Identificação correta de testemunhas, solicitante e infrator.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Organizar todos os dados da ocorrência, antes da apresentação ao órgão
competente (Esclarecimentos 1);
2. Realizar um prévio relato sobre os fatos à autoridade da repartição pública
recebedora antes do desembarque do suspeito apreendido ou preso;
3. Desembarcar os presos;
4. Informar à autoridade competente acerca de “O quê?”, “Quem?”, “Quando?”,
“Onde?”, “Como?”, “Por quê?”;
5. Esclarecer se o local foi ou não preservado e se houve ou não o comparecimento
de perícias no local;
6. Apresentar as partes e os objetos apreendidos, se houver, mediante recibo da
autoridade competente;
7. Retirar as algemas do(s) preso(s)/apreendido(s) somente após entrega definitiva
dos infratores da lei ao responsável da repartição pública competente
(Possibilidade de erro 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os fatos sejam compreendidos pela autoridade competente;
2. Que todos os dados, partes envolvidas e objetos apreendidos sejam apresentados
na repartição pública competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso algum objeto envolvido na ocorrência não for apresentado, que sejam
esclarecidos os motivos e que, se for o caso, seja tentada sua localização;
2. Caso as testemunhas não tenham sido arroladas, esclarecer os motivos à
autoridade competente, constando também no BA/PM a justificativa do não
arrolamento dessas.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Envolver-se emocionalmente durante e na apresentação da ocorrência
(Esclarecimento 2);
2. Deixar pessoas estranhas à ocorrência conversarem com os infratores da lei;
3. Permitir que o(s) infrator(es) da lei permaneça(m) sem algemas durante a
apresentação da ocorrência, quando houve o algemamento antes da condução
(Sequência das ações 7).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 337

ESCLARECIMENTOS:

1. Condutor: é a pessoa que conduz e apresenta as partes à autoridade competente


para que essa tome ciência de um fato delituoso ou passível de investigação.

2. Envolvimento emocional: o policial militar deve ter isenção de ânimo na ocorrência


e durante a apresentação dessa, não expressando sua opinião sobre o envolvimento
das partes, seu grau de culpa ou inocência, limitando-se a tomar as providências
para a preservação da ordem pública, registro dos dados e fatos observados,
auxiliando assim no esclarecimento da verdade e no processo de responsabilização
das partes.
338 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTOS COMUNS EM ATENDIMENTO DE
PROCESSO 501
OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCEDIMENTO 501.06 Encerramento da ocorrência
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADE CRÍTICA
1. Informar o encerramento da ocorrência junto ao SIOP/COPOM para registro dos
dados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Informar o encerramento da ocorrência junto ao SIOP/COPOM, repassando ao
despachante o KM final da viatura;
2. Anotar o número do BA/PM e o horário de início, de chegada ao local e de término
da ocorrência passado pelo SIOP/COPOM;
3. Entregar o BA/PM ao CPU, ao término da ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência seja encerrada no SIOP/COPOM, tão logo tenha sido concluída;
2. Que os dados da ocorrência estejam devidamente registrados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja dúvidas quanto ao registro dos dados da ocorrência, saná-las de
imediato junto às partes, à autoridade de polícia judiciária competente ou ao CPU;
2. Caso haja uma quantidade de dados muito grande a ser passada para o
SIOP/COPOM, fazê-la via telefone, deixando a rede de rádio livre.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de encerrar a ocorrência junto ao SIOP/COPOM, bem como retardar com
má-fé o encerramento da ocorrência;
2. Registrar a ocorrência de forma incompleta;
3. Deixar de entregar a documentação devida, ao término da ocorrência ou no mais
rápido período;
4. Não entregar o BA/PM ao CPU ao término da ocorrência.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 339

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 502
NOME DO PROCESSO: FURTO/ROUBO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência de furto/roubo POP 502.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Furto. Art. 155 e 156 do CP. 439
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Prisão em flagrante. Art. 301 e 302 do CPP. 444
Recusa de dados sobre a
Art. 68 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
própria identidade ou 466
Contravenções Penais (LCP).
qualificação.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Roubo. Art. 157 do CP. 440
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
340 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 502 FURTO/ROUBO
PROCEDIMENTO 502.01 Atendimento da ocorrência de furto/roubo
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Conhecimento de como se deram os fatos e confirmação da prática do delito;
3. Verificação da necessidade de reforço;
4. Identificação do grau de risco dos envolvidos;
5. Captura do autor do delito;
6. Busca pessoal nos envolvidos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a ocorrência pelo SIOP/COPOM ou constatar em patrulhamento;
2. Identificar os envolvidos (autor, vítima e testemunhas), verificando se algum deles
encontra-se armado ou lesionado (Ações corretivas 1 e 8);
3. Solicitar apoio, se necessário;
4. Identificar o tipo de crime contra o patrimônio cometido: furto simples, qualificado,
de coisa comum ou roubo (Esclarecimentos 1 e 2);
5. Realizar a prisão e a busca pessoal no autor (Ações corretivas 2 e 3);
6. Apreender os instrumentos ou objetos usados na prática da infração, se houver,
bem como os objetos do furto/roubo, somente quando o autor do crime for
preso/apreendido (Ações corretivas 5 e 7);
7. Conduzir autor(es), vítima(s), testemunhas e instrumentos/objetos apreendidos à
DP;
8. Apresentar na DP os instrumentos/objetos apreendidos e o(s) autor(es) do crime;
9. Registrar a ocorrência em BA/PM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que as partes envolvidas sejam corretamente identificadas;
2. Que o(s) autor(es) seja(m) localizado(s), realizando-se a busca pessoal e a prisão
desse(s);
3. Que a(s) vítima(s) seja(m) devidamente orientada(s).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a ocorrência seja em ambiente fechado (residência, comércio, entre outros), a
guarnição deverá adentrar ao local com segurança, observando o disposto do POP
202 (Sequência das ações 2);
2. Caso o autor tenha empreendido fuga, empreender todos os esforços para capturá-
lo (Sequência das ações 5);
3. Caso o furto seja de coisa comum, somente será realizada a prisão mediante
interesse de uma das vítimas em representar em desfavor do autor (Sequência
das ações 5 Esclarecimento 1);
4. Caso a ocorrência envolva violência contra mulher e o(a) agressor(a) com ela
mantiver laços de consanguinidade, afetividade ou coabitação observar o POP 506;
5. Caso o autor não seja localizado, após as buscas para sua captura, orientar a
vítima a preservar o local do crime para futura realização de perícia técnica e a
registrar a ocorrência na DP (Sequencia das ações 6);
6. Caso o furto/roubo seja cometido em local onde não haja morador/proprietário
POP:Procedimento Operacional Padrão | 341

presente, entrar em contato com o morador/proprietário e preservar o local do crime


até sua chegada; se, ainda assim, o morador/proprietário não for localizado,
comunicar formalmente a autoridade de polícia judiciária competente, transmitindo
os dados da ocorrência e confirmando a necessidade ou não do comparecimento
da perícia técnica no local;
7. Caso a guarnição encontre os objetos do furto/roubo e não localize o autor,
encaminhar os objetos à DP (Sequência das ações 6);
8. Caso seja verificado algum tipo de lesão física em qualquer dos envolvidos, que
exija intervenção médica, encaminhar o ferido ao hospital/pronto atendimento e
somente depois à DP (Sequência das ações 2).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não solicitar do SIOP/COPOM detalhes que sejam relevantes ao atendimento da
ocorrência;
2. Não avaliar os riscos de haver pessoas armadas, no momento da chegada na
ocorrência;
3. Não realizar a busca pessoal em pessoas a serem conduzidas em viatura;
4. Não identificar todas as partes envolvidas;
5. Não dispensar tratamento diferenciado a crianças e a adolescentes envolvidos.

ESCLARECIMENTOS:

1. Furto - crime contra o patrimônio que se subdivide em:


1.1. Furto simples - subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel (objetos,
valores, energia elétrica, animais).
1.2. Furto qualificado - subtrair para si ou para outrem coisa alheia móvel, quando
praticado:
a) com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
b) com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
c) com emprego de chave falsa;
d) mediante concurso de duas ou mais pessoas.
1.3. Furto de coisa comum - é uma forma de furto privilegiado em que o autor e a
vítima têm a propriedade parcial de determinada coisa (coisa comum). Este crime
está tipificado no Art. 156 do CP, o qual prevê que se enquadra nesse crime o
condômino, co-herdeiro ou sócio que subtrai, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum.

2. Roubo: crime contra o patrimônio que consiste em subtrair coisa móvel alheia, para
si ou para outrem, mediante grave ameaça ou violência à pessoa ou, depois de
havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de resistência.
342 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 503
NOME DO PROCESSO: VIAS DE FATO/RIXA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência de vias de fato/rixa POP 503.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Prisão em flagrante. Art. 301 e 302 do CPP. 444
Recusa de dados sobre a
Art. 68 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
própria identidade ou 466
Contravenções Penais (LCP).
qualificação.
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Rixa. Art. 137 do CP. 438
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
Art. 21 da LCP; 466
Vias de fato.
Art. 140, § 2º do CP. 438
POP:Procedimento Operacional Padrão | 343

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 503 VIAS DE FATO/RIXA
PROCEDIMENTO 503.01 Atendimento da ocorrência de vias de fato/rixa
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada ao local da ocorrência;
2. Constatação da ocorrência de vias de fato ou rixa;
3. Verificação da necessidade de reforço;
4. Identificação do grau de risco dos envolvidos;
5. Contenção e separação dos envolvidos;
6. Busca pessoal nos envolvidos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Desembarcar da viatura com o bastão policial no seu respectivo porta e a arma de
fogo na posição sul, solicitando apoio, se necessário (Ações corretivas 1 e 2);
2. Visualizar e separar os envolvidos, o mais rápido possível, pelo uso seletivo da
força, conforme POP 108;
3. Atuar de forma enérgica, buscando cessar todas as discussões e agressões entre
os envolvidos, a fim de organizar o ambiente para facilitar o atendimento da
ocorrência;
4. Manter, o motorista, a segurança do perímetro, afastando terceiros (Possibilidade
de erro 3);
5. Realizar, o auxiliar, a busca pessoal em todos os envolvidos;
6. Determinar aos envolvidos que permaneçam com as mãos para trás, após a busca
pessoal;
7. Entrevistar as partes envolvidas separadamente, de forma breve e objetiva, para
que não ocorram tumultos, pedindo calma e tranquilidade para o relato do fato
ocorrido mantendo tonalidade de voz moderada;
8. Ouvir as versões das testemunhas, as quais deverão ser arroladas em BA/PM;
9. Identificar os envolvidos, anotando seus dados em rascunho;
10. Identificar o possível cometimento de outros ilícitos penais, tais como: injúria,
calúnia, difamação, lesão corporal de qualquer natureza, ameaça, entre outros
(Esclarecimentos 1 e 2);
11. Conduzir os envolvidos à repartição pública competente, havendo acordo ou não
entre as partes, quando se tratar de cometimento de rixa ou vias de fato mútuas,
devendo ser feito o registro dos fatos na repartição (Ação corretiva 4);
12. Registrar o BA/PM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ocorrência se resolva de forma eficiente, eficaz e dentro da legalidade,
evitando futuras chamadas;
2. Que a ocorrência seja conduzida com imparcialidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja(m) envolvido(s) armado(s), adotar as providências para desarmá-lo(s)
observando o POP 108 (Sequência das ações 1);
2. Caso seja constatada a existência de arma de fogo ou superioridade numérica,
acionar imediatamente apoio (Sequência das ações 1);
3. Caso a ocorrência envolva violência contra mulher e o(a) agressor(a) com ela
344 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

mantiver laços de consanguinidade, afetividade ou coabitação, observar o POP


506;
4. Caso o cometimento de vias de fato seja decorrente da agressão de apenas uma
das partes, os envolvidos somente serão conduzidos à DP mediante declaração de
vontade da vítima em registrar o ocorrido em desfavor do autor (Sequência das
ações 11).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não solicitar do SIOP/COPOM detalhes que sejam relevantes ao atendimento da
ocorrência;
2. Não avaliar os riscos de haver pessoas armadas, no momento da chegada na
ocorrência;
3. Não afastar curiosos, permitindo que outras pessoas interfiram no atendimento da
ocorrência, dificultando o trabalho dos policiais militares (Sequência das ações 4);
4. Não realizar a busca pessoal em pessoas a serem conduzidas em viatura;
5. Não identificar todas as partes envolvidas;
6. Não dispensar tratamento diferenciado para crianças e adolescentes envolvidos.

ESCLARECIMENTOS:

1. Vias de fato: contravenção penal que consiste em molestar alguém fisicamente sem
lhe causar ofensa à integridade física ou à saúde. Envolve duas pessoas ou mais,
com o objetivo claro de molestar determinada pessoa. Exemplo: empurrões, puxões
de cabelo, pontapés, arrancar roupas, arremesso de objetos em pessoa, desde que
não gere lesão corporal.

2. Rixa: crime que consiste em agressão física desordenada entre três ou mais
pessoas em que os participantes visam todos os outros indistintamente, causando ou
não ofensa à integridade física ou à saúde dos rixosos.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 345

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 504
NOME DO PROCESSO: PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência de perturbação do
POP 504.01
sossego
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Resolução n° 066/1998 do Conselho Nacional
Competência para autuação das 482
de Trânsito (CONTRAN);
infrações de trânsito relativas à
PARECER-CONJUR/MCIDADES/N°
perturbação do sossego. ---
4.812/2007.
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Horário de silêncio. Código de Postura Municipal. ---
Arts. 227, 228 e 229 do CTB; 450
Infrações de trânsito relativas à
Resoluções nº 035/1998, nº 037/1998 e nº
perturbação do sossego. 481
204/2006 do CONTRAN.
Intensidade do ruído ou som. Código de Postura Municipal. ---
Art. 42 do Decreto-Lei nº 3.688/41 – Lei das
Perturbação do sossego. 466
Contravenções Penais (LCP).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Art. 54 da Lei n° 9.605/98; 461
Art. 3º da Lei n° 6.938/81; 458
Resolução 001/90 do Conselho Nacional do
480
Poluição sonora. Meio Ambiente (CONAMA);
Norma Brasileira (NBR) 10.151 e NBR 10.152
- regulamentam a medição e avaliação dos ---
níveis de pressão sonora.
Prisão em flagrante. Art. 301 e 302 do CPP. 444
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
346 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 504 PERTURBAÇÃO DO SOSSEGO
PROCEDIMENTO 504.01 Atendimento da ocorrência de perturbação do sossego
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação da ocorrência de perturbação do sossego;
2. Análise da causa da desordem;
3. Avaliação do número de pessoas envolvidas;
4. Identificação do responsável.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a ocorrência pelo SIOP/COPOM ou constatar em patrulhamento;
2. Localizar e identificar vítima(s) e testemunha(s), se houver;
3. Identificar e avaliar o tipo de perturbação do sossego (Esclarecimento 1);
4. Solicitar apoio, se necessário;
5. Aproximar do local e realizar a medição de ruídos com decibelímetro, quando
necessário (Ações corretivas 1 a 4 e 8; Esclarecimento 2);
6. Identificar o(s) responsável(is) pelo evento, empenhando esforços para fazer cessar
a perturbação ou poluição sonora;
7. Determinar que o(s) envolvido(s) se posicione(m) para ser(em) submetido(s) à
busca pessoal, se necessário (Ação corretiva 5);
8. Elaborar o BA/PM relacionando todas as pessoas e objetos envolvidos;
9. Conduzir autor(es), vítima(s) e testemunhas à DP, quando possível
(Possibilidades de erro 2 e 3);
10. Manter, o CPU, o patrulhamento nas imediações para coibir futuras reincidências
da conduta infratora (Ação corretiva 7).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a ordem no local seja restabelecida;
2. Que na ocorrência seja mantida a segurança de todos os envolvidos (guarnição,
vítimas, autores, agentes do órgão de fiscalização municipal, entre outros);
3. Que o policial militar seja ágil nas decisões mantendo o domínio da ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso a perturbação seja decorrente de utilização de buzina ou de som de veículo,
acionar o órgão de fiscalização municipal competente para realizar a autuação e
tomar as medidas administrativas, exceto nos municípios em que não houver esse
órgão ou houver convênio entre Município e Polícia Militar; situação em que a
guarnição deverá realizar a autuação e tomar as medidas cabíveis - conforme
Resolução do CONTRAN n° 066/1998 e PARECER-CONJUR/MCIDADES/N°
4.812/2007 (Sequência das ações 5 e Esclarecimento 1);
2. Caso o resultado da medição realizada ultrapasse os níveis permitidos,
caracterizando crime ambiental de poluição sonora, conduzir o autor e os produtos
ou instrumentos da infração penal à DP, bem como testemunhas e vítimas, se
houver, e acionar o órgão ambiental competente para a lavratura de multa
administrativa ambiental referente à infração ambiental, conforme Decreto Federal
nº 6.514/2008 (Sequência das ações 5);
3. Caso a perturbação cesse antes da medição ou se não for possível realizar a
medição, identificar a vítima, o suposto autor e as testemunhas conduzindo-os à
POP:Procedimento Operacional Padrão | 347

DP, juntamente com os produtos e instrumentos da infração penal (Sequência das


ações 5);
4. Caso a guarnição não possua o decibelímetro, acionar o órgão de fiscalização
municipal, se houver, para realizar a medição (Sequência das ações 5);
5. Caso os envolvidos não estejam em atitude suspeita, o comandante da guarnição
definirá a necessidade da realização da busca pessoal (Sequência das ações 7);
6. Caso na ocorrência de perturbação do sossego (contravenção penal) não se
identifique a vítima, apenas lavrar o BA/PM com os dados de todos os envolvidos
(suposto autor, solicitante, testemunhas, entre outros);
7. Caso os envolvidos sejam encaminhados à DP e o local não seja típico desta
conduta infratora, não será necessária a manutenção do patrulhamento
(Sequência das ações 10);
8. Caso a ocorrência se trate de crime ambiental de poluição sonora, haverá a
necessidade de medição da intensidade sonora, que poderá ser realizada por
autoridade municipal competente ou pela guarnição policial militar (Sequência das
ações 5);
9. Caso se constate infração de trânsito, lavrar-se-á o auto de infração de trânsito,
quando de competência da Polícia Militar.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não arrolar testemunhas, caso nada for constatado no local;
2. Conduzir os envolvidos à DP, em ocorrência de perturbação do sossego
(contravenção penal), sem ter identificado vítima(s) (Sequência das ações 9);
3. Não conduzir o autor do crime de poluição sonora, após a realização da medição
da intensidade sonora, por não haver vítimas ou testemunhas (Sequência das
ações 9);
4. Permitir que a ocorrência se torne um tumulto generalizado;
5. Verbalizar inadequadamente e gerar reclamações posteriores;
6. Adentrar em domicílio sem a autorização (por escrito) do morador ou, durante o dia,
sem mandado judicial para fazer cessar a perturbação do sossego.

ESCLARECIMENTOS:

1. Tipos de Perturbação:
1.1. Perturbação do trabalho ou sossego alheio – é uma contravenção penal que
consiste em perturbar o trabalho ou sossego alheio:
a) com gritaria ou algazarra;
b) exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições
legais;
c) abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
d) provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a
guarda.
Competência para prisão: Polícia Militar ou qualquer do povo.
1.2. Poluição sonora – crime ambiental que consiste em causar poluição de qualquer
natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde
humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa
da flora (Art. 54 da Lei n° 9.605/98). Vide art. 3º da Lei n° 6.938/81, Resolução
001/90 do CONAMA, NBR 10.151 e NBR 10.152.
Competência para prisão: Polícia Militar ou qualquer do povo.
1.3. Infrações de trânsito relativas à perturbação do sossego – são as infrações
previstas nos arts. 227, 228 e 229 do CTB, quais sejam:
348 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

a) Art. 227 - utilização de buzina por período prolongado ou sucessivamente, e/ou em


locais e horários proibidos e/ou com pressão sonora acima de 93 decibéis - dB(A)
(Resolução 35/98 do CONTRAN). Penalidade: multa – Competência para
autuação: Municipal.
b) Art. 228: utilização de som em veículo, nas vias terrestres abertas à circulação, em
nível de pressão sonora superior ao limite permitido, medido conforme tabela
abaixo (Resolução 204/06 do CONTRAN) – Penalidade: multa / Medida
Administrativa: retenção do veículo para regularização – Competência para
autuação e aplicação da medida administrativa: Municipal.

c) Art. 229: utilização indevida em veículo de aparelho de alarme ou que produza


sons e ruído similar a veículo de socorro ou de polícia ou com pressão sonora
acima de 93 decibéis - dB(A) (Resolução 37 do CONTRAN) – Penalidade: multa e
apreensão do veículo/ Medida Administrativa: Remoção do veículo – Competência
para autuação e aplicação da medida administrativa: Estadual.

2. Decibelímetro: é o aparelho medidor da intensidade sonora de uma fonte.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 349

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 505
NOME DO PROCESSO: DANO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência de dano POP 505.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Crime contra o ordenamento
Arts. 62 e 65 da Lei 9.605/98. 461
urbano e o patrimônio cultural.
Dano. Arts. 163 a 167 do Código Penal (CP). 440
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Súmula Vinculante n.º 11 do Supremo
Uso de algema. 504
Tribunal Federal (STF).
350 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 505 DANO
PROCEDIMENTO 505.01 Atendimento da ocorrência de dano
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Constatação do crime e verificação da extensão dos danos;
2. Providências legais.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar e fazer contato com as partes (Ação corretiva 1);
2. Verificar o tipo e a extensão do dano (Ações corretivas 2 a 4; Esclarecimentos 1
e 2);
3. Conduzir as partes à repartição pública competente (Ação corretiva 5);
4. Confeccionar o BA/PM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o(s) autor(es) do(s) dano(s) seja(m) identificado(s) e, se necessário, preso(s);
2. Que o policial militar resolva a ocorrência com imparcialidade.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja(m) pessoa(s) ferida(s), providenciar socorro (Sequência das ações 1);
2. Caso a ação penal do crime de dano seja privada e a vítima manifeste interesse de
formalizar os fatos, a guarnição deverá conduzir as partes à repartição pública
competente (Sequência das ações 2);
3. Caso a ação penal do crime de dano seja privada e a vítima não manifeste
interesse de formalizar os fatos, a guarnição deverá registrar a ocorrência no
BA/PM (Sequência das ações 2);
4. Caso a ação penal do crime de dano seja privada e a vítima não seja encontrada, a
guarnição deverá registrar os fatos no BA/PM, qualificando o(s) autor(es), se
possível (Sequência das ações 2);
5. Caso a vítima do dano seja uma empresa pública, concessionária de serviço
público, sociedade de economia mista, órgão responsável por patrimônio artístico,
arqueológico ou histórico, solicitar do SIOP/COPOM que as comunique e conduzir
o autor à DP (Sequência das ações 3 e Esclarecimento 1);
6. Caso o crime de dano seja de ação penal pública incondicionada, encaminhar as
partes envolvidas à DP (Esclarecimentos 1);
7. Caso seja constatado o crime de pichar, grafitar ou, por outro meio, conspurcar
edificação ou monumento urbano, dar o encaminhamento previsto no item anterior
(Esclarecimento 2);
8. Caso não seja possível determinar a autoria do dano, orientar o solicitante ou a
vítima, sobre as providências necessárias, como: elaboração de BA/PM, registro
dos fatos na DP e registro do sinistro para fins de acionamento de seguro, quando
houver.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de informar ao SIOP/COPOM sobre o desdobramento da ocorrência;
2. Não identificar e/ou não verificar a extensão do dano;
3. Não arrolar testemunhas, quando possível;
4. Não orientar corretamente as partes;
5. Não acionar o CPU quando houver dúvida quanto à tipificação penal do dano.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 351

ESCLARECIMENTOS:

1. Conceito de Dano - destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia. É o crime previsto


no art. 163 do Código Penal e pode ter ação penal pública incondicionada ou ação
penal privada:
1.1. Privada: depende da vontade da vítima para registrar o fato na DP, quais sejam:
a) dano simples (que não é qualificado, ou seja, não se encontra nas hipóteses do art.
163, parágrafo único do Código Penal);
b) dano cometido por motivo egoístico ou com dano considerável para a vítima.
1.2. Incondicionada: não depende da vontade da vítima para registrar o fato na DP,
quais sejam:
a) dano cometido com violência à pessoa ou grave ameaça;
b) dano cometido com emprego de substância inflamável ou explosiva;
c) dano cometido contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa
concessionária de serviços públicos ou sociedade de economia mista;
d) dano cometido contra coisa tombada pela autoridade competente em virtude de
valor artístico, arqueológico ou histórico.

2. Os crimes contra o ordenamento urbano e o patrimônio cultural: são crimes de


ação penal incondicionada (não depende da vontade da vítima para registrar o fato
na DP) previstos na Lei n° 9.605/1998, quais sejam:
a) destruir, inutilizar ou deteriorar:
a.1) bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
a.2) arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar
protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial.
b) pichar ou por outro meio conspurcar (manchar, sujar) edificação ou monumento
urbano, exceto se houver prática de grafite, devidamente autorizada pelo
proprietário ou, se bem público, pelo órgão competente.
352 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 506
NOME DO PROCESSO: VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência de violência
POP 506.01
doméstica e familiar contra a mulher
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Prisão em flagrante. Art. 301 e 302 do CPP. 444
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Uso de algemas. Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
504
Federal (STF).
Violência doméstica e familiar Arts. 5°, 6° e 7° da Lei nº 11.340/2006 – Lei
464
contra a mulher. Maria da Penha.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 353

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A
PROCESSO 506
MULHER
PROCEDIMENTO 506.01 Atendimento da ocorrência de violência doméstica e
familiar contra a mulher
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada no local da ocorrência;
2. Constatação do tipo de ocorrência;
3. Identificação do grau de risco do(s) autor(es);
4. Fazer cessar a ação delituosa;
5. Assistência/orientação à vítima;
6. Condução do autor(es) à repartição pública competente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a ocorrência pelo SIOP/COPOM ou deparar-se com ela em
patrulhamento;
2. Avaliar a ocorrência - tipo de violência cometida contra a mulher (Esclarecimento
1);
3. Solicitar apoio, caso necessário;
4. Identificar as partes envolvidas - agressor(es), vítima(s) e testemunha(s);
5. Fazer cessar a ação delituosa e realizar abordagem e busca pessoal, se
necessário;
6. Encaminhar pessoa ferida, se houver, ao hospital/pronto atendimento, quando
necessário; e somente depois à DP, preferencialmente especializada;
7. Conversar primeiramente com a vítima, em separado, para que a mesma não tenha
medo ou se sinta constrangida pelo(a) agressor(a);
8. Informar à vítima(s) de seus direitos e sobre a rede de apoio existente no
Município/Estado, bem como dos serviços de proteção disponíveis
(Esclarecimento 2);
9. Encaminhar o(s) agressor(es) à DP, preferencialmente especializada, para
lavratura do procedimento cabível, caso esse não tenha evadido do local da
ocorrência (Ação corretiva 4 e Esclarecimento 3);
10. Confeccionar o BA/PM constando todos os dados que forem possíveis de serem
levantados.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição atenda à ocorrência com isenção emocional, fazendo cessar a
ação delituosa e prestando o apoio necessário à vítima;
2. Que a guarnição conduza a ocorrência dentro dos princípios estabelecidos em lei,
assegurando a integridade física, moral e psicológica da vítima bem como a
responsabilidade penal do agressor.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o agressor esteja armado em local confinado (casa, construção, entre outros)
com a vítima, proceder às medidas iniciais de gerenciamento de crise e
negociação, conforme POP 605; e solicitar do SIOP/COPOM apoio especializado,
pois nesse caso a ocorrência poderá evoluir para uma crise com reféns;
2. Caso o agressor tenha evadido do local da ocorrência, empenhar-se para localizá-
354 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

lo e, não sendo possível, identificá-lo por informações de terceiros;


3. Caso a vítima tenha sido ameaçada de morte e declare vontade de se deslocar
para outro local, no mesmo Município, e esse apoio não puder ser prestado pela
DP; a guarnição deverá prestar apoio no transporte da vítima e seus dependentes a
um local seguro, informando previamente o CPU sobre o deslocamento;
4. Caso haja necessidade de algemar o(a) agressor(a), não realizar, sempre que
possível, o algemamento diante dos filhos menores de idade (Sequência das
ações 9).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não confeccionar o BA/PM caso a(s) vítima(s) se recuse(m) a ser conduzida(s) à
DP;
2. Não ter isenção emocional e imparcialidade durante o atendimento da ocorrência;
3. Não orientar a vítima de seus direitos e da rede de apoio existente em seu
Município/Estado;
4. Não prestar apoio à vítima no transporte para um local seguro, quando esse apoio
não puder ser prestado pela DP;
5. Tentar realizar conciliação entre a vítima e o agressor, evitando o registro da
ocorrência na DP;
6. Fazer comentários indevidos e/ou preconceituosos às partes, como afirmar que: a
vítima se sujeita a agressão porque quer, que o agressor precisa ser agredido
também para aprender a não agredir, que não adianta registrar nada na Delegacia,
que se a PM for acionada novamente nada fará, entre outros.

ESCLARECIMENTOS:

1. Violência doméstica e familiar contra a mulher: é qualquer ação ou omissão que


cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou
patrimonial contra a mulher, desde que cometida por pessoa que com a vítima
mantiver laços de consangüinidade (parentesco), afetividade (casamento, união
estável, namoro, entre outros) ou coabitação (morar junto).
1.1. O autor pode ser mulher ou homem; e a vítima somente mulher.
1.2. A violência doméstica e familiar contra a mulher é uma violação de direitos
humanos que poderá estar associada a vários tipos de crimes ou contravenções,
exemplo: homicídio, tentativa de homicídio, lesão corporal, vias de fato, violência
doméstica (crime), aborto, ameaça, calúnia, difamação, sequestro, furto, roubo,
estupro, tortura, entre outros.

2. Direitos e rede de apoio à vítima:


2.1. Direitos - os principais direitos da mulher vítima de violência doméstica e familiar
estão previstos na Lei Maria da Penha, quais sejam:
a) acesso gratuito aos serviços de Defensoria Pública ou de assistência judiciária;
b) transporte da vítima e seus dependentes para abrigo ou local seguro, quando
houver risco à vida;
c) que a autoridade policial acompanhe a vítima para assegurar a retirada de seus
pertences do local da ocorrência ou do domicílio familiar;
d) medidas protetivas de urgência concedidas pelo Juiz (afastamento do agressor do
lar, proibição do agressor em se aproximar ou entrar em contato com a vítima,
encaminhamento da vítima e seus dependentes a programas assistenciais,
restituição de bens indevidamente subtraídos pelo agressor, entre outras);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 355

2.2. Rede de apoio - é um conjunto de ações e serviços de diferentes setores que tem
por objetivo a ampliação e a melhoria da qualidade do atendimento, a identificação
e o encaminhamento adequado das mulheres que vivem em situação de violência.
As principais instituições que formam essa rede no Estado do Tocantins são:
a) Casa Abrigo de Palmas - localizada em Palmas e atende a todo Estado;
b) Central de Atendimento à Mulher (Ligue 180);
c) Centro de Referência de Atendimento à Mulher (CRAM) – existente em Arraias,
Augustinópolis, Gurupi, Natividade e Tocantinópolis;
d) Centro de Referência Flor de Liz – localizado em Palmas;
e) Centro Integrado de Atendimento Infantil (CIAI) – localizado em Palmas, vinculado
ao Hospital Dona Regina;
f) Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) – existente em
Araguaína, Augustinópolis, Colinas, Guaraí, Gurupi, Miracema do Tocantins,
Palmas, Paraíso do Tocantins, Porto Nacional e Tocantinópolis;
g) Núcleo de Defensoria Especializada - existente em Araguaína, Gurupi e Palmas;
h) Núcleo Integrado de Atendimento à Mulher – localizado em Palmas, vinculado ao
Hospital Dona Regina;
i) Polícia Militar;
j) promotorias especializadas – existentes em Araguaína, Gurupi e Palmas;
k) varas especializadas de atendimento à mulher - existentes em Araguaína, Gurupi e
Palmas;
l) instituições não governamentais que prestem serviço de assistência à mulher
vítima de violência.
Fonte: Secretaria de Defesa Social do Estado do Tocantins/Conselho Estadual dos
Direitos da Mulher (2014).

3. Condução do agressor à Delegacia de Polícia:


3.1. Na ocorrência de crimes de maior potencial ofensivo, que caracterizam ação
pública incondicionada (lesão corporal, cárcere privado, sequestro, tentativa de
homicídio, entre outros), o agressor deve ser conduzido à DP e a vítima será
convidada a acompanhar a guarnição; caso a vítima se negue a acompanhar, o
autor será conduzido à DP mesmo sem a vítima e, sempre que possível, serão
conduzidas também testemunhas do crime.
3.2. Na ocorrência de crimes de menor potencial ofensivo (ameaça, vias de fato,
calúnia, injúria, dano, entre outros), que dependam de representação/queixa da
ofendida, se houver recusa da(s) mulher(es) em ser(em) conduzida(s) à DP, a
negativa da vítima deverá constar no BA/PM com o devido arrolamento de
testemunhas e o autor do crime não será conduzido à DP. Entretanto, a vítima
sempre deve ser alertada da importância de registrar a ocorrência para que o ciclo
de violência possa terminar.
3.3. Na ocorrência de crimes sexuais (art. 213 a 218-B do Código Penal), é necessário
representação da vítima para conduzir o autor à DP e registrar o crime, exceto se a
vítima for menor de idade ou pessoa com enfermidade ou deficiência mental, pois
nesse caso deve ser registrado o crime na DP independente da vontade da vítima
ou dos pais/representantes legais em representar.
356 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 507
NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento da ocorrência envolvendo
POP 507.01
autoridade
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 234 do Código de Processo Penal Militar
443
Emprego de força e armas. (CPPM) - Emprego de Força;
Art. 234, § 2° do CPPM - Uso de Armas. 446
Decreto Legislativo n° 103/1964; 452
Imunidade diplomática. Arts. 29, 30, 31 e 37 da Convenção de Viena
451
de 1961. Decreto-Lei n° 56.435/1965
Imunidade parlamentar. Art. 53 da Constituição Federal (CF). 435
Art. 282, § 2º do Código de Trânsito Brasileiro
451
Ocorrência de trânsito (CTB);
envolvendo veículos e/ou Art. 3º, § 4º da Resolução nº 149/2003 do
495
missões diplomáticas. Conselho Nacional de Trânsito (CONTRAN);
Resolução nº 193/2006 do CONTRAN. 495
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Prisão de magistrado. Art. 33 da Lei Complementar n° 35/1979. 453
Prisão de membro do Ministério
Art. 18, II, d, da Lei Complementar n° 75/1993. 452
Público.
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 357

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 507 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO AUTORIDADE
PROCEDIMENTO 507.01 Atendimento de ocorrência envolvendo autoridade
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da autoridade envolvida na ocorrência;
2. Definição do nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência;
3. Adequação do procedimento à imunidade/prerrogativa funcional da autoridade;
4. Cessar a ação delituosa que gerou a ocorrência.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar a autoridade, solicitando da mesma a devida identificação mediante
apresentação de documentos, anotando: nome completo, endereço, o país que
representa ou, se for parlamentar, o mandato que exerce;
2. Constatar o nível funcional da autoridade envolvida no fato (Possibilidade de erro
1 e Esclarecimento 2);
3. Avaliar a condição da autoridade na ocorrência: vítima, testemunha, parte não
definida, solicitante ou autora do fato precursor da ação policial;
4. Impedir que a autoridade continue praticando ato delituoso, quando esta for
autora do fato precursor da ação policial (Esclarecimento 3.3);
5. Realizar consulta via SIOP/COPOM, em caso de dúvida e/ou falta de documentos,
para averiguar a identificação da autoridade;
6. Agir de acordo com o previsto legalmente quanto aos diferentes graus de
imunidade e prerrogativas funcionais, após ter sido constatado o nível funcional da
autoridade (Ação corretiva 2 e Possibilidade de erro 3);
7. Acionar o CPU para que compareça ao local e acompanhe a ocorrência;
8. Arrolar testemunhas dos procedimentos adotados perante a autoridade;
9. Informar ao SIOP/COPOM o envolvimento da autoridade na ocorrência, para que
seja comunicado à repartição pública competente (Delegacia de Polícia,
corregedoria institucional ou ao órgão o qual a autoridade está vinculada);
10. Elaborar o BA/PM correspondente;
11. Liberar a autoridade no caso dessa possuir imunidade absoluta e, se necessário e
autorizado, escoltá-lo até sua repartição ou residência (Esclarecimento 4);
12. Adotar as medidas cabíveis em relação às demais pessoas envolvidas na
ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que cesse a ação delituosa envolvendo a autoridade;
2. Que a autoridade seja devidamente identificada a fim de adequar o procedimento à
imunidade/prerrogativa funcional da autoridade;
3. Que independente do nível funcional constatado, todo o atendimento da ocorrência
seja pautado pelo respeito;
4. Que o superior imediato do serviço tenha ciência, o mais breve possível, do
envolvimento de autoridade em ocorrência e do nível desse envolvimento;
5. Que sejam adotadas todas as medidas cabíveis em relação a terceiros envolvidos
na ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja dúvidas de como proceder, solicitar orientação ao CPU ou ao
358 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

SIOP/COPOM;
2. Caso vier a ferir a imunidade/prerrogativa, por não identificar a autoridade,
reconsiderar imediatamente a atitude (Sequência das ações 6);
3. Caso haja necessidade de condução da autoridade à repartição pública
competente, observar o disposto no Esclarecimento 4.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não identificar o nível funcional da autoridade envolvida na ocorrência (Sequência
das ações 2);
2. Precipitar-se adotando medidas inadequadas;
3. Desconsiderar a imunidade e/ou prerrogativas a que está sujeita a autoridade
(Sequência das ações 6).

ESCLARECIMENTOS:

1. CONCEITO DE AUTORIDADE: é a pessoa que exerce cargo elevado, pertencente


aos poderes constituídos, nacional ou estrangeiro.

2. TIPOS DE AUTORIDADES:
a) autoridades políticas – são as autoridades dos poderes constituídos: Legislativo
e Executivo, que exercem seus mandatos nas esferas Federal, Estadual ou
Municipal;
b) autoridades judiciárias – são os membros do Poder Judiciário, que exercem sua
autoridade devido à natureza do seu cargo e não do mandato. Exemplo: Juízes,
Desembargadores, Ministros dos Tribunais Superiores;
c) autoridades do Ministério Público – são os membros do Ministério Público (art. 128,
§ 5° da CF). Têm mesmo tratamento protocolar dispensado aos membros do Poder
Judiciário. Exemplo: Ministério Público Federal (Procuradores da República);
Ministério Público Estadual (Promotores e Procuradores da Justiça); e membros do
Ministério Público dos Tribunais de Contas;
d) autoridades diplomáticas – são autoridades que exercem funções internacionais
representando países junto ao Governo Federal e possuem imunidades
diplomáticas decorrentes do Direito Internacional Público;
e) autoridades militares - são os Oficiais das Forças Armadas, das Polícias Militares,
das Casas Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares.

3. IMUNIDADES FUNCIONAIS
3.1. Conceito de imunidade: inviolabilidade, isenção de certas pessoas do direito
comum, devido ao cargo ou a função que ocupam ou exercem. São elas:
3.1.1. Imunidades parlamentares (RELATIVAS): são prerrogativas que asseguram
aos membros de parlamentos ampla liberdade, autonomia e independência no
exercício de suas funções, protegendo-os contra abusos e violações por parte do
Poder Executivo e do Judiciário.
Só podem ser presas em flagrante delito em crimes inafiançáveis. Não se tratando
de crimes inafiançáveis, cabe ao policial militar cessar o crime identificando o
parlamentar, bem como arrolar testemunhas para que seja elaborado o BA/PM e o
relatório circunstanciado do fato e encaminhado ao órgão parlamentar
correspondente.
Observação - Autoridades que gozam deste tipo de imunidade:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 359

a) Senadores da República, Deputados Federais (por todo país) e os Estaduais (em


seus Estados), tais autoridades só poderão ser presas quando estiverem em
flagrante delito de crime inafiançável;
b) Vereadores gozam apenas de imunidade de suas opiniões, palavras e votos,
dentro de seus Municípios;
c) candidatos a cargos eletivos, mesários e eleitores durante determinado período
eleitoral também não serão autuados em flagrante delito, exceto quando se tratar
de crime inafiançável.
3.1.2. Imunidades diplomáticas (ABSOLUTAS): é uma forma de imunidade legal e
uma política entre governos que assegura às missões diplomáticas inviolabilidade;
e aos diplomatas salvo-conduto, isenção fiscal e outras prestações públicas, bem
como de jurisdição civil, penal e de execução. Os entes que gozam desse tipo de
imunidade dividem-se em:
a) Agentes Diplomáticos: Embaixadores, Soberanos, funcionários das embaixadas,
funcionários de organismos internacionais, Chefes de Estado e de Governo, sua
família, membros da comitiva e qualquer representante oficial de um país
estrangeiro.
Esclarecimentos acerca deste tipo de imunidade:
- tais autoridades não podem ser presas, nem mesmo em flagrante delito de crimes
inafiançáveis;
- em caso de falecimento de um diplomata, os membros da sua família continuarão
no gozo dos privilégios e imunidades a que ele tem direito, até que deixem o
Território Nacional;
- estão excluídos das imunidades referidas os empregados particulares com
nacionalidade brasileira;
- caso ocorra qualquer irregularidade de trânsito, anotar todos os dados possíveis
para o preenchimento do auto de infração que deverá ser encaminhado ao órgão
de trânsito local. Aos condutores e veículos em missões diplomáticas, não cabe a
aplicação das medidas administrativas e penalidades previstas no CTB, tais como:
recolhimento de documentos de veículos e condutores, retenção, remoção e
apreensão;
- o Chefe de Estado estrangeiro que visita o país, bem como os membros de sua
comitiva, também possui imunidade diplomática.
b) Agentes Consulares: Cônsules, quando investidos nas missões diplomáticas
especiais, sendo invioláveis seus domicílios, particular e oficial, bem como seus
bens. Possuem imunidade quanto aos atos praticados no exercício da função.
3.2. Magistrados e membros do Ministério Público (PRERROGATIVAS):
Magistrados (Ministros dos Tribunais, Desembargadores e Juízes) e os membros
do Ministério Público (Procuradores de Justiça e Promotores de Justiça Estadual e
Federal) não gozam de imunidade funcional, mas possuem prerrogativas e só
poderão ser presos por ordem escrita do Tribunal ou órgão especial competente ou
em flagrante delito de crimes inafiançáveis.
3.3. Obrigação do policial em fazer cessar a prática criminal: no caso de ser
verificada a prática criminal por um Diplomata, o policial deverá impedir a
continuação do cometimento do delito, posteriormente liberar o Diplomata ou
conduzi-lo até sua repartição.

4. CONDUÇÃO DE AUTORIDADES:
4.1. As autoridades com imunidades diplomáticas não podem ser presas em flagrante
delito em hipótese alguma, nem serem conduzidas a estabelecimentos policiais;
360 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4.2. As autoridades com imunidades parlamentares só podem ser presas em flagrante


delito, em casos de crimes inafiançáveis, devendo ser conduzidas, neste caso, à
Delegacia de Polícia;
4.3. As autoridades Judiciárias e do Ministério Público somente podem ser presas
mediante ordem escrita do tribunal ou órgão especial competente ou em razão de
flagrante delito de crime inafiançável; não podendo ser conduzidos a
estabelecimento policial. Devendo ser apresentados ao Presidente do Tribunal ao
qual esteja vinculado (magistrados), ao Procurador-Geral de Justiça (membros do
MP estadual e membros do MP dos Tribunais de Contas) ou ao Procurador-Geral
da República (membros do MP Federal);
4.4. O uso de algemas não é permitido às autoridades com imunidade absoluta
(Convenção de Viena). Às demais autoridades aplicam-se o disposto na Súmula
Vinculante n° 11 do STF.

5. CRIMES INAFIANÇÁVEIS:
5.1. Fiança: garantia em dinheiro, bens, valores, entre outros, prestada pelo réu, ou
alguém por ele, perante autoridade policial ou judiciária, a fim de poder se defender
em liberdade.
5.2. Constituem crimes inafiançáveis pela Constituição Federal de 1988:
a) a prática da tortura (Lei n° 9.455/1997);
b) o tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins (Lei n° 11.343/2006 e Decreto Lei n°
5.912/2006);
c) o terrorismo (art. 5°, LXIII da CF);
d) os crimes hediondos (Lei n° 8.072/1990 – homicídio qualificado, latrocínio, extorsão
qualificada pela morte da vítima, extorsão mediante sequestro, estupro, epidemia
com resultado morte e genocídio);
e) a ação de grupos armados, civis ou militares, contra a ordem constitucional e o
Estado Democrático (art. 5°, LXIV da CF).
5.3. Constituem crimes inafiançáveis pelo Código de Processo Penal: racismo,
tortura, tráfico ilícito de entorpecentes e drogas afins, terrorismo e nos definidos
como crimes hediondos, nos crimes cometidos por grupos armados, civis ou
militares, contra a ordem constitucional e o Estado Democrático.
5.4. Constituem crimes inafiançáveis por leis ordinárias:
a) crimes previstos na Lei n° 10.826/2003 – Lei do Desarmamento - como o porte de
arma de fogo de uso permitido (art. 14), disparo de arma de fogo (art. 15), entre
outros;
c) racismo (Lei n° 7.716/1989, com acréscimos da Lei n° 8.061/1990 e da Lei n°
9.459/1997);
d) Lei n° 11.340/2006, Lei Maria da Penha.

6. COMUNIÇÃO E ACIONAMENTO DA AUTORIDADE POLICIAL


6.1. A autoridade policial de cada circunscrição é a responsável para afirmar se a
conduta praticada pela autoridade se enquadra em flagrante delito de crime
inafiançável;
6.2. Essa autoridade deve ser acionada imediatamente, para se evitar detenções e
conduções arbitrárias.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 361

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 508
NOME DO PROCESSO: VEÍCULO LOCALIZADO
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento de ocorrência de veículo localizado POP 508.01
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Art. 347 do Código Penal (CP); 442
Preservação de local de crime. Art.169 do Código de Processo Penal (CPP); 443
Lei n° 5.970/73. 456
362 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 508 VEÍCULO LOCALIZADO
PROCEDIMENTO 508.01 Atendimento de ocorrência de veículo localizado
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada no local da ocorrência;
2. Constatação do tipo de ocorrência;
3. Preservação do veículo;
4. Transmissão dos dados à autoridade de polícia judiciária;
5. Condução do veículo à repartição pública competente.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Verificar visualmente os aspectos do veículo e buscar indícios que justifiquem tratar
de veículo produto de ilícito penal ou estar abandonado em via pública (Ações
corretivas 1 e 2);
2. Verificar se o veículo se encontra regularmente estacionado (Ação corretiva 3);
3. Preservar o veículo e todo possível campo pericial;
4. Proceder à vistoria visual no veículo e procurar sinais de violação, como: falta de
acessórios e equipamentos obrigatórios (Possibilidade de erro 6);
5. Certificar junto ao SIOP/COPOM sobre a situação do veículo;
6. Solicitar do SIOP/COPOM, depois de confirmado o ilícito penal (produto de
furto/roubo e/ou utilização para prática de crimes), que entrem em contato com a
autoridade de polícia judiciária competente para a transmissão dos dados da
ocorrência e confirmação da necessidade ou não do comparecimento da perícia
técnica no local (Possibilidade de erro 1);
7. Solicitar ao SIOP/COPOM que entre em contato com o proprietário do veículo,
quando se tratar de veículo abandonado;
8. Arrolar o maior número possível de testemunhas;
9. Verificar a existência de informações sobre o condutor do veículo e suas
características (Ação corretiva 4);
10. Preservar o veículo até a chegada da equipe de perícia técnica, caso tenha sido
solicitada (Ação corretiva 5);
11. Providenciar a remoção do veículo até a repartição pública competente (Ação
corretiva 6 e Possibilidades de erro 4 e 5).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o veículo seja devidamente preservado até a entrega a quem lhe é de direito;
2. Que o veículo, quando necessário, seja devidamente apreendido na repartição
pública competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não haja indicação de que o veículo seja produto de ilícito penal, verificar sua
condição de abandonado, acionar, via SIOP/COPOM, o proprietário do veículo,
inteirar-se da situação que envolve o fato, arrolar testemunhas e tomar as medidas
cabíveis, inclusive a autuação de trânsito, quando abandonado em via pública
(Sequência das ações 1);
2. Caso o veículo esteja abandonado na via pública e o proprietário não tenha sido
localizado pelo SIOP/COPOM, avaliar se existem situações em desacordo com a
legislação de trânsito; arrolar testemunhas, adotar as providências pertinentes às
POP:Procedimento Operacional Padrão | 363

eventuais infrações de trânsito e remover o veículo ao departamento competente


(Sequência das ações 1);
3. Caso o veículo se encontre estacionado em situação irregular na via pública,
providenciar a devida sinalização para garantir a segurança e a preservação do
local (Sequência das ações 2);
4. Caso haja informações sobre o condutor, repassar seus dados para rede de
comunicações e solicitar apoio para o patrulhamento e busca (Sequência das
ações 9);
5. Caso a equipe de perícia técnica não compareça ao local, quando acionada, deve
ser registrado no BA/PM a especificação do motivo de sua ausência (Sequência
das ações10);
6. Caso o proprietário esteja presente no local, orientá-lo a proceder à remoção do
veículo, sob pena de ter seu veículo removido coercitivamente pelo Estado,
observado o disposto na Ação corretiva 7 (Sequência das ações 11);
7. Caso o veículo seja objeto de furto/roubo em que o proprietário compareça ao local
que o veículo foi encontrado, acionar o guincho; na impossibilidade do
deslocamento do guincho, entregar o veículo ao proprietário, somente após a
realização da perícia, para que o mesmo o conduza à Delegacia de Polícia,
devendo o deslocamento ser acompanhado pela guarnição.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não estabelecer contato com a autoridade de polícia judiciária competente
(Sequência das ações 6);
2. Liberar o veículo ao proprietário quando se tratar de ilícito penal sem o
encaminhamento à autoridade de polícia judiciária;
3. Executar serviço(s) no veículo, pelo(s) qual(is) o proprietário não se
responsabilizará, ou sem sua anuência;
4. Indicar serviço(s) ao proprietário do veículo de forma personalizada (Sequência
das ações 11);
5. Não especificar de forma detalhada a situação do veículo no momento de sua
entrega (Sequência das ações 11);
6. Tocar no veículo para proceder à vistoria (Sequência das ações 4).
364 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 509
NOME DO PROCESSO: INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIA NO HORÁRIO DE
FOLGA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Traje civil ou qualquer fardamento da PMTO.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Ação do policial militar de folga POP 509.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública competente POP 501.05
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Obrigatoriedade de atuação do Art. 144, caput, Constituição Federal (CF). 435
policial militar em flagrante delito
no horário de folga. Art. 301 do CPP. 444
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Sinalização do local da Resolução 036/1998 do Conselho Nacional e
481
ocorrência. Trânsito (CONTRAN).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 365

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MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 509 INTERVENÇÃO EM OCORRÊNCIA NO HORÁRIO DE
FOLGA
PROCEDIMENTO 509.01 Ação do policial militar de folga
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Policial militar de folga.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Reconhecimento da natureza da ocorrência;
2. Chegada ao local da ocorrência;
3. Identificação pessoal no local da ocorrência;
4. Passagem de informações coletadas ao SIOP/COPOM e à guarnição empenhada.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Contatar com o(s) solicitante(s) e/ou com testemunha(s) (Ação corretiva 1 e 2);
2. Avaliar o grau de lucidez e isenção de ânimo do solicitante/testemunha, quando
houver (Ação corretiva 4 e Esclarecimento 2);
3. Reconhecer se o fato possui natureza criminosa e configura flagrante delito;
4. Colher junto ao(s) solicitante(s) e/ou à(s) testemunha(s) o máximo possível de
informações prévias relacionadas com o fato, como por exemplo, número de
participantes, características físicas e vestimentas dos envolvidos, a utilização de
arma de fogo, meio de transporte, existência de reféns e outros dados oportunos;
5. Acionar o SIOP/COPOM e repassar todas as informações coletadas sobre a
ocorrência, bem como sua identificação profissional e suas características físicas, a
fim de facilitar sua identificação quando da chegada da guarnição policial;
6. Aguardar a chegada da guarnição empenhada (Ação corretiva 5);
7. Repassar todas as informações colhidas à guarnição empenhada;
8. Permanecer a distância permitindo que a guarnição atue (Ação corretiva 7).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar não seja imprudente e não se exponha a risco(s)
desnecessário(s);
2. Que o policial militar saiba coletar e passar as informações à guarnição empenhada
de forma segura e discreta, quando essa chegar para o atendimento da ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não haja segurança, não se aproximar e aguardar a guarnição empenhada
(Sequência das ações 1);
2. Caso não haja solicitante, procurar um ponto de observação seguro para
acompanhar e coletar dados da ocorrência (Sequência das ações 1);
3. Caso o policial militar de folga apóie a guarnição PM, não agir isoladamente;
4. Caso o solicitante/testemunha não inspire credibilidade, devido ao seu estado de
lucidez e isenção de ânimo, considerar a possibilidade desse estar envolvido na
ocorrência (Sequência das ações 2);
5. Caso haja necessidade e viabilidade de fazer o uso da força, observar o disposto
no POP 108 (Sequência das ações 6);
6. Caso a ocorrência necessite finalizar com a lavratura de Termo Circunstanciado de
Ocorrência (TCO) ou Auto de Prisão em Flagrante (APF), a presença do policial
militar de folga será obrigatória junto à autoridade de polícia judiciária;
7. Caso a ocorrência necessite e seja viável, o policial militar de folga deverá intervir
ou apoiar a guarnição (Sequência das ações 8);
366 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

8. Caso observe a presença de pessoa(s) ferida(s), manter-se abrigado, colhendo o


máximo de informações possíveis e providenciar socorro;
9. Caso os infratores da lei saiam do local da ocorrência antes da chegada da
guarnição empenhada, coletar dados, se possível;
10. Caso a ocorrência seja em local de frequência habitual do policial, este deve
aumentar o nível de alerta.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Ignorar a solicitação;
2. Agir isolada e precipitadamente;
3. Aproximar-se do local sem a devida cautela e segurança;
4. Não perceber que o solicitante está envolvido com a prática delituosa;
5. Não constatar a aproximação da guarnição empenhada;
6. Não se identificar para a guarnição empenhada;
7. Estar fardado operacionalmente sem portar os armamentos e equipamentos de uso
individual (POP 101);
8. Não apoiar a guarnição empenhada, quando necessário e possível.

ESCLARECIMENTOS:

1. Informações mínimas a serem observadas e anotadas:


a) natureza do fato;
b) número de pessoas envolvidas (autores, vítimas, testemunhas);
c) existência de reféns;
d) outras instituições presentes;
e) meios de transporte utilizados;
f) armas utilizadas.

2. Lucidez e isenção de ânimo:


a) Lucidez - clareza, perceptibilidade, nitidez, precisão de ideias ou compreensão
rápida;
b) Isenção de ânimo - agir sem paixão, com imparcialidade.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 367

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 510
NOME DO PROCESSO: MORTE DE POLICIAL MILITAR
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento de ocorrência de morte de policial militar POP 510.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública competente POP 501.05
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
368 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 510 MORTE DE POLICIAL MILITAR
PROCEDIMENTO 510.01 Atendimento de ocorrência de morte de policial militar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Identificação da natureza da ocorrência;
2. Confirmação de morte de policial militar (em serviço, de folga ou inativo);
3. Preservação do local do crime;
4. Aviso aos familiares.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Inteirar-se da ocorrência (Ações corretivas 1 e 2);
2. Confirmar que se trata de policial militar (Ação corretiva 3);
3. Acionar o CPU;
4. Preservar o local, quando houver indícios de que a morte não tenha ocorrido de
forma natural e informar o SIOP/COPOM para o acionamento da perícia (Ação
corretiva 4 e POP 409);
5. Orientar os familiares do militar falecido a procurar a Assistência Social da PMTO
para receberem informações acerca das providências a serem tomadas e dos
direitos a que fazem jus (Ação corretiva 5);
6. Colher informações de testemunhas, se houver;
7. Preencher o BA/PM.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que haja preservação de local de crime, quando houver;
2. Que os familiares do policial militar falecido sejam devidamente orientados.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não tenha confirmação do óbito, providenciar o socorro (Sequência das
ações 1);
2. Caso a morte seja resultado de crime e houver informação sobre o(s) suposto(s)
autor(es) do delito, solicitar apoio policial, indicar a possível rota de fuga e manter a
preservação do local (Sequência das ações 1);
3. Caso haja dúvida quanto à identificação do falecido, buscar informações no
SIOP/COPOM (Sequência das ações 2);
4. Caso a morte seja natural, providenciar constatação do óbito por um médico
(Sequência das ações 4);
5. Caso haja familiar do falecido na ocorrência, apoiá-lo de acordo com as
possibilidades (Sequência das ações 5);
6. Caso não seja possível localizar o Serviço de Assistência Social da PMTO no
mesmo dia do ocorrido, o CPU deverá tomar as providências cabíveis, prestando
apoio aos familiares e orientando-os quanto aos seus prováveis direitos (DPVAT,
auxílio funeral, pecúlio policial militar, entre outros).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não informar ao CPU sobre todos os dados da ocorrência;
2. Deixar de preservar o local de crime para participar da captura dos autores, não
designando ou solicitando reforço para que ambas as atividades sejam realizadas
(captura e preservação);
3. Não desenvolver a ocorrência de forma célere.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 369

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MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 511
NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA ENVOLVENDO SUBSTÂNCIA
SUPOSTAMENTE ILEGAL
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à pessoa em atitude suspeita POP 201
Abordagem a infratores da lei POP 202
Busca e apreensão domiciliar POP 512
Atendimento de ocorrência envolvendo
POP 511.01
substância supostamente ilegal
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Condução de veículo sob efeito
Arts. 165, 277 e 306 do Código de Trânsito
de substância entorpecente, 450
Brasileiro (CTB).
tóxica ou de efeitos análogos.
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Legislação pertinente a drogas
Arts. 1º, 28 e 33 ao 39 da Lei nº. 11.343/2006. 464
ilegais.
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
370 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
OCORRÊNCIA ENVOLVENDO SUBSTÂNCIA
PROCESSO 511
SUPOSTAMENTE ILEGAL
Atendimento de ocorrência envolvendo substância
PROCEDIMENTO 511.01
supostamente ilegal
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada no local da ocorrência;
2. Identificação do(s) abordado(s);
3. Busca pessoal;
4. Busca no local da ocorrência;
5. Reconhecimento da substância supostamente ilegal;
6. Recolhimento/apreensão da substância supostamente ilegal;
7. Arrolamento de testemunhas;
8. Separação dos diferentes tipos de substâncias supostamente ilegais.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Identificar visualmente o(s) abordado(s);
2. Abordar a pessoa que porta a substância supostamente ilegal;
3. Realizar busca pessoal detalhada (Esclarecimento 1 e POP 201.03);
4. Executar a busca veicular ou busca no local aberto ou fechado (Esclarecimento 2);
5. Constatar se a substância encontrada é passível de ser ilegal pelo seu aspecto
(Possibilidade de erro 2 e Esclarecimento 3);
6. Dar voz de prisão a(s) pessoa(s) infratora(s) da lei (POP 202);
7. Algemar os infratores da lei, se necessário;
8. Arrolar testemunha(s) no local, se possível;
9. Apreender as supostas substâncias ilegais encontradas, as separando e
relacionando por tipos, se possível (Possibilidade de erro 3);
10. Conduzir as partes, as supostas substâncias ilícitas e demais materiais
apreendidos à repartição policial competente, para posterior elaboração de perícia
de constatação da substância e demais providências de polícia judiciária
(Possibilidade de erro 5);
11. Registrar o respectivo BA/PM, consignando nesse a quantidade/peso aproximado
da substância supostamente ilegal.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que seja(m) identificado(s) e preso(s) o(s) infrator(es) da lei;
2. Que seja localizada e apreendida a suposta substância ilegal;
3. Que as testemunhas permaneçam separadas das partes envolvidas (infratores da
lei, familiares, entre outros).
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja dúvidas quanto à identificação da substância, acionar o CPU, e,
permanecendo a dúvida quanto à ilicitude da substância, conduzi-la, juntamente
com as partes, à repartição pública competente, considerando-a como ilícita;
2. Caso a substância utilizada não seja ilegal, mas seja usada para causar alteração
psíquica (exemplo: inalação de solventes, como de cola, esmalte ou tíner), o
usuário/fornecedor será(ão) conduzido(s) à DP, juntamente com a substância
utilizada.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 371

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de observar as proximidades do local;
2. Colocar na boca, cheirar ou tocar diretamente qualquer substância encontrada
(Sequência das ações 5);
3. Deixar de relacionar objeto(s) ou substância(s) apreendida(s) (Sequência das
ações 9);
4. Introduzir as mãos nos bolsos do abordado, não se atentando para o risco de se
contaminar com objetos perfurocortantes;
5. Liberar os abordados por ter encontrado pouca quantidade de suposta substância
ilegal (Sequência das ações 10);
6. Não dispensar tratamento diferenciado a crianças, a adolescentes, a idosos, a
mulheres grávidas ou lactantes e a portadores de necessidades especiais.

ESCLARECIMENTOS:

1. Busca pessoal detalhada: consiste em realizar uma breve interrogação aos


abordados, além de observar as vestes, halitose, cheiro nas mãos, cicatrizes,
vermelhidão nos olhos (ou se os abordados portam colírio para disfarçar essa
vermelhidão), picadas nos braços, nariz com coriza, lábios feridos, inquietação,
pontas dos dedos queimadas e amarelas, o porte de seringas, apetrechos de
fabricação caseira, pequenos papéis de seda, cachimbos, dichavador (moedor de
ervas), entre outros.

2. Busca veicular ou em local aberto ou fechado: ao realizá-la nesse tipo de


ocorrência deve-se observar se alguma substância ilegal foi jogada nas imediações
ou se existem materiais que indiquem a sintetização ou uso ilegal das substâncias,
como: razoável quantidade de saquinhos plásticos, papel alumínio, balança de
precisão, materiais químicos (bicarbonatos de sódio, cafeína, amônia, éter, entre
outros) e utensílios domésticos com prováveis resíduos de droga ilegal.

3. Substância ilegal: é toda substância que produz efeitos psicossomáticos nos seus
usuários e cuja utilização é de uso proibido, exceto nos casos de comprovada
recomendação médica. São exemplos de substâncias ilegais: maconha, cocaína,
barbitúricos, anfetaminas, craque, heroína, oxi, êxtase.
372 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 512
NOME DO PROCESSO: BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Cumprimento de mandado de busca e apreensão
POP 512.01
domiciliar
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Arts. 240 ao 243 e arts. 245 ao 248 do Código de
Busca e apreensão domiciliar. 443
Processo Penal (CPP).
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
Art. 5º, XI da Constituição Federal (CF). 435
Violação de domicílio/casa.
Art. 150 do CP. 439
POP:Procedimento Operacional Padrão | 373

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 512 BUSCA E APREENSÃO DOMICILIAR
PROCEDIMENTO 512.01 Cumprimento de mandado de busca e apreensão
domiciliar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Ausência do morador no cumprimento do mandado judicial;
2. Resistência do morador ou de terceiros ao cumprimento da ordem;
3. Lavratura do auto circunstanciado sobre a diligência executada.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Estar de posse do mandado judicial ou acompanhado do oficial de justiça de posse
de mandado judicial;
2. Ter o maior número de informações possíveis sobre o local (número de moradores,
existência de escadas, saída pelos fundos, entre outros);
3. Planejar o emprego de recursos humanos e materiais (Esclarecimento 1);
4. Efetuar o cerco ao local, observar os riscos do ambiente e solicitar apoio se
necessário;
5. Mostrar e ler o mandado judicial ao morador ou seu representante, o qual poderá
acompanhar a diligência, colhendo sua assinatura no mandado (Ação corretiva 1);
6. Controlar a entrada de policiais, a fim de que não haja excesso;
7. Vistoriar um compartimento por vez, observando as técnicas de segurança e de
varredura, mantendo a guarda sobre os já vistoriados (Esclarecimento 2);
8. Determinar ao morador que apresente a pessoa ou indique a coisa que se procura,
intimando a mostrá-la, sendo que se descoberta será imediatamente apreendida e
posta sob custódia da autoridade competente ou de seus agentes, conforme Art.
245, §§ 5º e 6º, do CPP;
9. Lavrar o auto circunstanciado após o fim da diligência, contendo no mesmo a
assinatura de duas testemunhas presenciais, conforme Art. 245, § 7º, do CPP
(Ação corretiva 6 e Esclarecimento 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que pessoas, objetos ou coisas, alvos do mandado judicial sejam legalmente
presas e/ou apreendidas;
2. Que a ação seja segura, coordenada e os policiais envolvidos saibam onde e como
atuar.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja a presença de oficial de justiça, esse fará a leitura do mandado e
requisitará a entrega da coisa ou apresentação da pessoa objeto do mandado,
devendo a guarnição manter as condições de segurança para realização da
diligência (Sequência das ações 5);
2. Caso o morador não esteja presente no local, verificar no mandado se estão
presentes poderes para efetuar o adentramento forçado ao imóvel e intimar algum
vizinho para assistir à diligência, qualificando-o como testemunha, conforme Art.
245, § 4º, do CPP;
3. Caso exista animal que ofereça risco, acionar apoio pertinente para controle e
busca;
4. Caso no local haja elevadores, mantê-los parados no andar térreo sob controle
374 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

policial;
5. Caso haja aglomeração próxima a portas, a janelas ou a escadas, fazer a retirada
desses rapidamente;
6. Caso o oficial de justiça cumpra o mandado, esse fará as intimações necessárias e
lavrará o respectivo auto circunstanciado (Sequência das ações 9).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Executar a busca sem estar de posse do devido mandado judicial ou sem certificar
que o oficial de justiça está de posse do mandado judicial;
2. Danificar objetos, móveis e outros pertences de forma desnecessária;
3. Não se atentar para a possibilidade de armazenamento de materiais em animais ou
em seus acessórios e compartimentos;
4. Não efetuar a busca nas pessoas a serem conduzidas na viatura (POP 201.03);
5. Realizar a busca em período noturno;
6. Desvirtuar do objeto descrito no mandado judicial.

ESCLARECIMENTOS:

1. Planejamento para execução da operação de busca domiciliar - tal ação inclui os


seguintes levantamentos:
a) quantidade de policiais necessários para o cerco e execução da busca (mínimo de
duas guarnições com dois componentes em cada);
b) necessidade do emprego de tropa especializada;
c) materiais necessários;
d) horário de execução;
e) localização correta do imóvel;
f) avaliação dos pontos vulneráveis;
g) informações gerais (sobre região, presença de pessoa armada, local de risco, entre
outros) .

2. Técnicas e táticas de segurança de entrada e varredura em ambientes - devem


ser seguidos os seguintes passos:
a) abrir as portas, procurando estar do lado da fechadura;
b) procurar com a mão fraca um possível interruptor de luz;
c) utilizar a técnica mais adequada (fatiamento, olhada rápida, uso de espelho, entre
outras) para entrar no compartimento;
d) acionar apoio especializado, ao observar aspectos de insegurança que inviabilizem
a entrada;
e) abrir as portas de armários com a cautela necessária;
f) observar com cautela embaixo de camas e sobre os móveis altos;
g) adotar sequência de varredura para que nenhum ponto seja esquecido;
h) cumprir a disciplina de luzes e ruídos.
2.1. Técnicas de busca - o policial militar deverá se preocupar em realizar a busca de
forma sequencial, de modo a não checar duas vezes um mesmo local ou deixar de
vistoriar outro.
2.2. Técnicas de varredura - é o processo de fazer divisões imaginárias do local a ser
vistoriado, de forma a organizar e minimizar o trabalho, sendo as mais utilizadas as
seguintes:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 375

3. Auto circunstanciado de busca e apreensão: na busca domiciliar, o art. 245, §7º,


do CPP, determina que: “Finda as diligências, os executores lavrarão auto
circunstanciado, assinando-o com duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do
disposto no §4º.” O qual será redigido conforme o modelo abaixo (apenas quando os
policiais militares cumprirem o mandado):

ESTADO DO TOCANTINS
POLÍCIA MILITAR
__BPM

AUTO CIRCUNSTANCIADO DE BUSCA E APREENSÃO

Aos__________dias do mês de____________do ano de________, nesta cidade


de_____________________, Estado do Tocantins, às_________horas, em cumprimento
ao Mandado de Busca e Apreensão _______________ expedido pelo(a)
_____________________________________,observados os procedimentos e
formalidades legais da busca e apreensão na residência do(a)
Sr.(a)____________________________________________, situada na
______________________________________________________________________,
n.º_______,Aptº________, Bairro: __________________________________________,
Cidade:________________________________, Estado do Tocantins. No curso da busca
domiciliar, foram adotadas providências no sentido de resguardar os bens, valores e
numerários existentes no local, preservando a dignidade e evitando constrangimentos
desnecessários aos moradores. Como resultado dessa diligência, apreendemos os
seguintes objetos:
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_________________Observações:___________________________________________
_________________________________________________________________
Nessa mesma diligência, foi determinada a prisão e/ou apreensão
de:_____________________________________________________________________
____________________________________________________ pelo crime/infração
de:___________________________________________________________________,
incurso no(s) artigo(s)_________________ do ________________(Código Penal / ECA,
etc.) e encaminhado ao
______________________________________________________________(DP/Juízo)
Observações:____________________________________________________________
376 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

_______________________________________________________________________
____________________________________________________________________
Do que para constar, lavrei o presente auto, que assino com as testemunhas qualificadas
abaixo, as quais presenciaram e assistiram ao cumprimento deste mandado.
Nome:________________________________________RG:_________, OPM em que
trabalha:______________.

_________________________________________________
(Assinatura do responsável pelo cumprimento do Mandado).

1ªTestemunha:(nome)_____________________________________________________
_____________(profissão)______________________, residente à Rua/Av.
___________________________________, Qd _____, Lt. _____,nº _______, aptº
______, Bairro: ________________________________________________, Cidade:
_________________________________, Estado: _______________, Fone:
______________________, CPF _________________________________________, RG
_____________________, Órgão expedidor: ________________.

__________________________________________
Assinatura

1ªTestemunha:(nome)_____________________________________________________
_____________(profissão)______________________, residente à Rua/Av.
___________________________________, Qd _____, Lt. _____,nº _______, aptº
______, Bairro: ________________________________________________, Cidade:
_________________________________, Estado: _______________, Fone:
______________________, CPF _________________________________________, RG
_____________________, Órgão expedidor: ________________.

__________________________________________
Assinatura

Especificar no verso a relação de todos os agentes públicos envolvidos na operação


(nome completo/RG/instituição).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 377

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 513
NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENA
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento de ocorrência envolvendo indígena POP 513.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal. Art. 244 do Código de Processo Penal (CPP). 443
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do CPP. 444
Art. 5°, LXI da Constituição Federal (CF). 435
Condução das partes. Art. 178 da Lei 8.069/1990 – Estatuto da Criança e
459
do Adolescente (ECA).
Desacato. Art. 331 do Código Penal (CP). 442
Desobediência. Art. 330 do CP. 442
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Prisão em flagrante. Arts. 301 e 302 do CPP. 444
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Art. 20, XI da CF. 435
Arts. 1°, 3°, 4°, 56 e 57 da Lei nº 6.001/1973
457
Situação dos indígenas. (Estatuto do Índio).
Súmula nº 140 do Superior Tribunal de Justiça
504
(STJ).
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo Tribunal
Uso de algemas. 504
Federal (STF).
378 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 513 OCORRÊNCIA ENVOLVENDO INDÍGENA
PROCEDIMENTO 513.01 Atendimento de ocorrência envolvendo indígena
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Chegada no local da ocorrência;
2. Constatação do tipo de ocorrência;
3. Identificação da origem indígena do autor/vítima;
4. Fazer cessar a ação delituosa;
5. Condução do autor(es) à DP;
6. 6. Verificar se a infração ocorre em aldeia indígena.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber a ocorrência pelo SIOP/COPOM ou deparar-se com ela em patrulhamento
fora da aldeia indígena;
2. Avaliar da ocorrência - tipo de ocorrência: crime, contravenção, ato infracional,
assistência, disputas possessórias, cumprimento de ordens judiciais, entre outros;
3. Verificar se a infração ocorre em aldeia indígena, solicitando prévio contato com a
Fundação Nacional do Índio (FUNAI) e Polícia Federal para proceder ao
adentramento (Possibilidade de erro 1 e Esclarecimento 4);
4. Solicitar apoio, caso necessário;
5. Identificar as partes envolvidas - agressor(es), vítima(s) e testemunha(s), e a
origem indígena ou não das mesmas (Esclarecimentos 1 e 6);
6. Fazer cessar a ação delituosa e realizar abordagem pessoal, se necessário;
7. Encaminhar pessoas feridas, se houver, ao hospital/pronto atendimento, quando
necessário;
8. Avaliar a necessidade de buscar apoio assistencial à vítima, mediante comunicação
à FUNAI;
9. Encaminhar as partes à DP para lavratura do procedimento cabível (Ação
corretiva 2, Possibilidade de erro 3 e Esclarecimento 2);
10. Confeccionar o BA/PM, fazendo constar todos os dados que forem possíveis de
serem levantados.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a guarnição saiba identificar a origem indígena das partes envolvidas e se a
área em que ocorre a infração é aldeia indígena, acionando previamente as
autoridades competentes, quando necessário (Esclarecimento7);
2. Que a guarnição conduza a ocorrência dentro dos princípios estabelecidos em lei,
conduzindo as partes envolvidas à autoridade competente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso o agressor esteja armado e em área ocupada pelos indígenas (aldeia, taba,
oca) com a vítima, proceder às medidas iniciais de isolamento e solicitar do
SIOP/COPOM apoio especializado da FUNAI e da Polícia Federal;
2. Caso o crime seja de genocídio ou envolva questões agrárias/possessórias o
encaminhamento deve ser feito à Delegacia de Polícia Federal (Sequência das
ações 9).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 379

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não realizar prévio contato com a FUNAI e Polícia Federal para adentrar em área
indígena (Sequencia das ações 3);
2. Adentrar em área indígena sem avaliar os riscos e/ou sem um plano consistente de
atuação com supremacia da força e segurança das equipes policiais, qualquer que
seja o motivo;
3. Deixar de conduzir as partes envolvidas e registrar a ocorrência na Delegacia de
Polícia Civil em situações ordinárias, assim consideradas aquelas que não
envolvam conflitos possessórios/agrários, crime de genocídio ou polícia
administrativa das aldeias (Sequência das ações 9; Esclarecimentos 2, 3 e 5).

ESCLARECIMENTOS:

1. Situação legal do Índio (regra):


Considera-se indígena, para fins legais, as comunidades (tribos) e indivíduos
remanescentes das etnias de ascendência pré-colombiana, assim definidos os
descendentes dos povos que se encontravam no território nacional antes da chegada
do colonizador europeu, art. 3° da Lei nº 6.001/73 – Estatuto do Índio.
Assim, o Estatuto do Índio regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das
comunidades indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los,
progressiva e harmoniosamente, à comunhão nacional.
Dessa forma, o Estatuto determina (art. 1°, parágrafo único) a aplicação aos
indígenas das mesmas normas que se aplicam aos demais brasileiros, resguardados
os usos, costumes, as tradições indígenas e as condições peculiares estabelecidas
no Estatuto.

2. Condução do índio à repartição pública competente:


As ocorrências envolvendo indígenas seja autor ou vítima de
crimes/contravenção/ato infracional, em regra, que ocorrerem em área urbana ou
rural das cidades (porém fora das aldeias) desde que envolvendo indígenas e
pessoas não indígenas (furtos, lesões corporais praticados por índios contra não
índios, entre outros) são de competência da Justiça Comum estadual. A exceção fica
por conta do crime de genocídio e conflitos possessórios/agrários, que são de
competência federal.
Portanto, o procedimento padrão a ser adotado pela guarnição é o atendimento
inicial e o encaminhamento das partes envolvidas à Delegacia de Polícia Civil mais
próxima, (para lavratura do TCO ou flagrante, conforme o caso) nos termos da
Súmula 140 do STJ, exceto nos casos de genocídio e conflitos possessórios/agrários
em que o encaminhamento será à Delegacia de Polícia Federal.

3. Polícia administrativa das aldeias: o Estatuto do Índio (art. 57) reconhece o poder
dos Caciques e/ou líderes tradicionais das tribos para administração dos fatos
ocorridos entre índios (exemplo: índio agrediu outro índio do grupo, causando ou não
lesões corporais) desde que não se relacionem aos crimes contra a vida (homicídio,
aborto, infanticídio) ou à aplicação de penas cruéis a membros do grupo (exemplo:
tortura, castigos físicos, entre outros), haja vista que a lei reconhece às tribos o poder
de aplicar sanções disciplinares a seus membros, competindo, portanto, aos próprios
indígenas a polícia administrativa das aldeias.
380 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

4. Adentramento às terras indígenas - é desaconselhável aos militares adentrarem


em aldeias, o que deve ser evitado, exceto quando:
a) solicitado pelos Caciques para atender fato determinado e relevante ou;
b) quando ocorrerem crimes contra a vida, denúncias de aplicação de penas cruéis a
membros do grupo ou situações emergenciais.
Em todo caso, para a entrada de policial militar às terras tradicionalmente ocupadas
por comunidades indígenas, mesmo nos casos acima citados, recomenda-se contato
prévio com a FUNAI e com a Polícia Federal para gerenciar uma eventual entrada na
aldeia, de maneira segura e negociada, se for o caso mediante autorização da
Justiça Federal, efetuando as medidas de contenção necessárias (cerco e
isolamento do local), até que sejam tomadas essas providências.

5. Conflitos possessórios e agrários:


As terras tradicionalmente ocupadas pelos índios são terras da União, nos termos da
Constituição Federal, sendo a Justiça Federal competente para dirimir eventuais
conflitos acerca da terra. Neste sentido, compete privativamente à União legislar
sobre direito agrário (art. 22, I, CF), razão pela qual a posse e propriedade dessas
terras são insuscetíveis de regulamentação por lei Estadual ou Municipal,
considerando-se inconstitucionais os títulos e registros públicos assim conferidos.
Portanto, para os conflitos agrários (envolvendo a posse e propriedade das terras por
eles reivindicadas como tradicionais), assim como para o crime de genocídio
(matança sistemática de membros do grupo), é de competência federal, devendo ser
acionada a polícia judiciária da União - Polícia Federal - para tratamento penal da
questão. Nos demais casos, segue-se o tratamento geral, já exposto.

6. Classificação dos indígenas: o art. 4º da Lei nº 6.001/73 classifica os índios como


isolados, em vias de integração e integrados, a partir da qual se faz uma distinção
positiva para fins de aplicação da lei penal, no momento de fixação da pena, bem
como de seu cumprimento, nos termos do art. 56 da mesma Lei.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 381

7. Aldeias indígenas no Estado do Tocantins:

Fonte: Fundação Nacional do Índio. Situação Fundiária Indígena do Brasil. Dezembro/2013.


Disponível em:<http://mapas2.funai.gov.br/portal_mapas/pdf/terra_indigena.pdf>.Acesso em: 02
mai. 2014.
382 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 514
NOME DO PROCESSO: ACIDENTE DE TRÂNSITO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407);
2. Talonário de Autos de Infração de Trânsito (AIT);
3. Talonário de auto de retenção/remoção de veículos;
4. Boletim de Ocorrência de Acidente de Trânsito (BOAT/PM);
5. Formulário para relatório de avarias para classificação de danos em veículos;
6. Formulário para relatório de constatação de alteração da capacidade psicomotora;
7. Câmera fotográfica digital;
8. Régua ou trena;
9. Giz de cera (para marcar o local antes de remover os veículos);
10. Código de Trânsito Brasileiro (CTB) e resoluções do Conselho Nacional de Trânsito
(CONTRAN).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Atendimento de ocorrência de acidente de trânsito POP 514.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Resolução nº 362/10 do Conselho Nacional
Classificação de danos. de Trânsito (CONTRAN) - Relatório de ---
avarias para classificação de danos.
Constatação de consumo de Art. 165, 276, 277 e 306 do Código de
450
álcool em condutor de veículo Trânsito Brasileiro (CTB);
automotor. Resolução nº 432/13 do CONTRAN. 501
Habilitação do condutor
estrangeiro para direção de Resolução nº 360/10 CONTRAN. 500
veículos em território nacional.
Resolução n° 420 da Agência Nacional de
Identificação de produtos Transportes Terrestres (ANTT), de 12 de 479
perigosos. fevereiro de 2004;
Norma Brasileira (NBR) 7.500/2003. ---
Prazo para trânsito de veículo
antes do registro e Resolução nº 004/98 CONTRAN. ---
emplacamento.
Art. 347 do Código Penal (CP); 442
Preservação de local de crime. Art.169 do Código de Processo Penal
443
(CPP).
Remoção de veículo a fim de Lei n°5.970/1973; 456
desobstruir a via. Lei nº 6.174/1974. 458
POP:Procedimento Operacional Padrão | 383

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO V OCORRÊNCIAS POLICIAIS
PROCESSO 514 ACIDENTE DE TRÂNSITO
PROCEDIMENTO 514.01 Atendimento de ocorrência de acidente de trânsito
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Sinalização do local do acidente e adoção de medidas necessárias à total
segurança durante o atendimento da ocorrência;
2. Providência de socorro à(s) vítima(s);
3. Adoção de medidas administrativas e condução de pessoas à repartição pública
competente, se for o caso;
4. Lavratura do BOAT/PM.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar o cenário do acidente e rapidamente adotar as medidas, considerando a
natureza e o tipo de acidente (Esclarecimentos 1 e 2);
2. Providenciar a sinalização do local e adotar as medidas necessárias para evitar que
outros usuários da via venham a ocasionar novos acidentes (Ação corretiva 1 e
Esclarecimento 4);
3. Verificar se há algum produto perigoso que ofereça risco à população ou aos
policiais envolvidos na ocorrência (Esclarecimento 3);
4. Verificar o estado da(s) vítima(s), quando houver, providenciar o socorro e acionar
a perícia (Ação corretiva 3);
5. Providenciar imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesões (que
tenham necessidade de socorro) e dos veículos que estejam prejudicando o tráfego
local e/ou comprometendo a segurança viária (marcar antes a posição do veículo
envolvido, para posterior confecção do croqui) (Ação corretiva 5);
6. Buscar a fluidez do tráfego, a fim de agilizar o socorro solicitado, caso haja vítimas;
7. Tomar conhecimento das pessoas envolvidas e testemunhas que saibam
efetivamente dos fatos, cuidando para que não se afastem do local antes de serem
devidamente identificadas e qualificadas, anotando: nome, telefone, endereço,
número do documento e declarações referentes ao acidente;
8. Examinar o(s) documento(s) do(s) veículo(s) e condutor(es), quanto à
autenticidade, validade e observações constantes em campo específico e, ainda, se
a habilitação de cada condutor é de categoria compatível com o veículo que
conduzia;
9. Verificar junto ao SIOP/COPOM as condições de cada veículo acerca de restrições
que não possam ser detectadas com os meios disponíveis no local, a fim de definir
quais as medidas administrativas a serem adotadas;
10. Efetivar a remoção de veículo(s) para o pátio somente após o encerramento da
ocorrência. Sendo que antes da aplicação dessa medida administrativa, o policial
militar deve realizar uma busca no veículo e conforme o tipo de material encontrado
deverá ser relacionado no auto de remoção, bem como no BOAT/PM;
11. Verificar as situações que envolvam o acidente em relação ao cometimento de
crime previsto no CTB ou outro texto legal, para possível condução de infratores à
repartição pública competente;
12. Verificar pelas condições que se deram o acidente, se um dos envolvidos estava
em fuga de crime;
13. Buscar manter os ânimos das partes sempre estáveis, a fim de evitar
384 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

desentendimentos e vias de fato;


14. Acionar a perícia e preservar o local do acidente sempre que envolver veículos
oficiais e em caso de acidentes com vítimas de lesões ou fatais. Admite-se exceção
quanto à preservação do local quando os veículos estiverem no leito da via pública
prejudicando o tráfego e/ou colocando em risco a segurança de terceiros, conforme
Lei nº 5.970/73 (Ação corretiva 11);
15. Preencher o BOAT/PM (Ação corretiva 8, Possibilidade de erro 20 e
Esclarecimento 6);
16. Lavrar as autuações e adotar as medidas administrativas previstas no CTB quanto
ao cometimento de infrações relativas ao veículo e ao condutor, desde que não
sejam decorrentes do acidente. Excetuam-se, ainda, as infrações relativas à
circulação, pois essas exigem a presença do agente de trânsito no ato do
cometimento para configurar o flagrante e legitimar o procedimento.
Posteriormente, constar-se-á o(s) enquadramento(s) da(s) autuação(ões) no
BOAT/PM;
17. Acionar por meio do SIOP/COPOM órgão (Corpo de Bombeiros, Prefeitura
Municipal, entre outros) para a remoção/neutralização de detritos no leito da via que
possam provocar novo acidente, mantendo a sinalização no local até a chegada
dos referidos profissionais.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a sinalização seja eficiente para evitar novos acidentes no local durante a ação
policial;
2. Que não haja agravamento de lesões nas vítimas e que o socorro seja
providenciado o mais rápido possível;
3. Que seja efetuada a condução à repartição pública competente de quem esteja em
situação de flagrante delito;
4. Que sejam adotadas as medidas administrativas cabíveis e realizados os
procedimentos necessários à aplicação das penalidades pelas infrações cometidas;
5. Que se realize o registro preciso e imparcial dos fatos no respectivo BOAT;
6. Que seja reestabelecida a fluidez no tráfego em tempo razoável.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso se verifique que a sinalização se encontra ineficaz, intensificar e corrigir a
sinalização da via o quanto antes e reavaliar se a sinalização instalada é suficiente
para evitar novos acidentes (Sequência das ações 2);
2. Caso falte material para sinalização, utilizar outro meio disponível;
3. Caso haja vítimas gravemente feridas, adotar procedimentos para a manutenção da
vida e evitar o agravamento das lesões existentes. Em seguida providenciar os
meios necessários disponíveis para a prestação de socorro (Sequência das ações
4);
4. Caso seja necessário, chamar apoio;
5. Caso haja risco de acidente ou grave prejuízo à fluidez do trânsito, após a remoção
das vítimas, providenciar a remoção dos veículos envolvidos (Sequência das
ações 5);
6. Caso seja necessário remover os veículos antes da realização da perícia, marcar
com giz de cera a posição dos veículos no ponto de repouso, tirar fotos do cenário
do acidente em vários ângulos e consignar no BOAT/PM as circunstâncias que
ocasionaram a descaracterização do local, de modo a proporcionar condições
mínimas para que se esclareça a verdade sobre o fato;
7. Caso seja impossível a remoção dos veículos por meios próprios, solicitar guincho;
8. Caso haja preenchimento incorreto ou incompleto do BOAT/PM, refazê-lo
POP:Procedimento Operacional Padrão | 385

(Sequência das ações 15);


9. Caso haja alteração nos ânimos entre as partes com agressões verbais ou físicas,
adotar providências para cessarem as referidas agressões;
10. Caso seja necessário, preservar o local do acidente para fins de perícia técnica;
11. Caso a perícia e/ou o Instituto Médico Legal (IML) não compareça(m) quando
solicitado(s), deve-se informar o SIOP/COPOM, a fim de registrar a ausência e o
motivo pelo qual não houve o referido comparecimento. Tal situação também
deverá ser registrada de forma detalhada no BOAT/PM, identificando quem foi
comunicado (Sequência das ações 14);
12. Caso o acidente de trânsito seja com vítima ou vítima fatal, orientar os envolvidos
quanto à utilização do Seguro Obrigatório – DPVAT. Tais informações se
encontram no verso do Certificado de Licenciamento Anual (CLA), inclusive
números telefônicos para o esclarecimento de dúvidas (Esclarecimento 9).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Chegar ao local da ocorrência sem os materiais necessários;
2. Não providenciar meios de fortuna para sinalização quando necessário;
3. Prestar diretamente o socorro e realizar a remoção de vítimas quando houver
disponibilidade de socorro especializado para o local;
4. Não tomar a devida cautela na prestação dos primeiros socorros e/ou remover as
vítimas de forma inadequada;
5. Deixar de conduzir à repartição pública competente quem tenha cometido delito;
6. Não perceber a presença de criminosos eventualmente armados, envolvidos no
acidente;
7. Não arrolar testemunhas dos fatos;
8. Não procurar dar fluidez ao tráfego;
9. Ser parcial e se envolver emocionalmente na ocorrência;
10. Não acionar o apoio necessário;
11. Preencher errônea ou incompletamente qualquer documento necessário ao registro
do acidente, sem os dados e os elementos fundamentais do acidente e das partes
envolvidas;
12. Não preservar o local quando possível e necessário;
13. Não perceber produto perigoso envolvido no acidente;
14. Permitir que as partes envolvidas promovam discussões que levem a vias de fato
ou outros tipos de desordem;
15. Emitir opinião antecipada ou parcial sobre a culpabilidade em relação ao acidente;
16. Permitir que pessoas alheias ao atendimento no local, ali permaneçam de modo a
atrapalhar as atividades;
17. Não realizar a correta e adequada classificação de danos no(s) veículo(s)
(Esclarecimento 7);
18. Não realizar as devidas autuações por infrações de trânsito e/ou autuar
indevidamente veículos envolvidos no acidente;
19. Não adotar as medidas administrativas legais cabíveis;
20. Não preencher o BOAT/PM ou preenchê-lo com falsas informações, por iniciativa
própria ou solicitação das partes (Sequência das ações 15).

ESCLARECIMENTOS:

1. CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO DA NATUREZA DO ACIDENTE


1.1. Conceito de acidente de trânsito: segundo a ABNT, é todo evento não
premeditado de que resulte dano a veículo e/ou sua carga e/ou lesões em pessoas
386 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

e/ou animais, onde pelo menos uma das partes envolvidas esteja em movimento
em vias terrestres ou áreas abertas ao público.
1.2. Classificação: quando do registro de uma ocorrência de acidente de trânsito no
respectivo BOAT/PM é imprescindível que se classifique o acidente quanto à
existência ou não de vítimas bem como quanto ao tipo de vítimas. Para tanto as
classificações são:
a) acidente de trânsito sem vitimas;
b) acidente de trânsito com vítima de lesões;
c) acidente de trânsito com vítima fatal.

2. TIPOS DE ACIDENTE: a caracterização do tipo de acidente de trânsito dependerá


da observação pelo policial de circunstâncias específicas da dinâmica do acidente,
as quais definem os acidentes em:
2.1. Abalroamento: impacto lateral que ocorre entre veículos que transitam na mesma
via, seja no mesmo sentido ou em sentidos opostos.
2.2. Atropelamento: ocorre quando um veículo, em movimento, atinge pessoa ou
animal. Observação: o impacto de um veículo contra um ciclista, em movimento,
não configura atropelamento, mas colisão (frontal, lateral, traseira, conforme o
caso); isso porque a bicicleta é um veículo. Conforme o art. 68, § 1º do CTB, no
entanto, se o condutor está a pé, empurrando a bicicleta, o impacto, neste caso,
configura o atropelamento.
2.3. Capotamento: ocorre quando um veículo, em movimento, gira em algum sentido,
ficando com as rodas para cima, mesmo que momentaneamente.
2.4. Choque: é o impacto de um veículo contra alguma estrutura ou obstáculo (poste,
muro, árvore, cerca, etc.), inclusive contra outro veículo, só que estando este
parado ou estacionado. Observação: o impacto de um veículo contra outro veículo
parado momentaneamente no semáforo, em situação de trânsito, não configura
choque, mas colisão ou abalroamento, conforme o caso.
2.5. Colisão: é o impacto entre dois veículos em movimento, podendo ser frontal,
traseiro ou lateral.
a) colisão frontal: impacto frente a frente;
b) colisão traseira: impacto em que a frente de um veículo atinge a traseira de outro;
c) colisão lateral: impacto entre veículos que transitam em direções que se cruzam.
2.6. Tombamento: ocorre quando um veículo, em movimento, fica lateralmente
posicionado.
2.7. Outros: embora menos frequentes, outras classificações são necessárias tais
como:
a) incêndio ou explosão em veículos;
b) submersão (encobrimento por água);
c) soterramento (encobrimento por terra, areia, pedra);
d) queda (em precipícios, em buracos, de pontes ou mesmo de motocicletas sem
influência de fatores externos);
e) saída de pista (geralmente seguida de tombamento, choque ou capotamento).

3. PRODUTOS PERIGOSOS: são os materiais explosivos, inflamáveis, tóxicos,


oxidantes, infectantes, radioativos, corrosivos e os demais materiais que possam
produzir risco à saúde de pessoas, para a segurança pública ou para o meio
ambiente, quando fora de um recipiente adequado de armazenamento ou transporte.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 387

3.1. Classificação dos produtos perigosos: os produtos perigosos são classificados e


enumerados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em nove classes de
riscos:
a) Classe 1: Explosivos;
b) Classe 2: Gases;
c) Classe 3: Líquidos inflamáveis;
d) Classe 4: Sólidos inflamáveis;
e) Classe 5: Substâncias oxidáveis;
f) Classe 6: Tóxico e/ou infeccioso;
g) Classe 7: Substâncias radioativas;
h) Classe 8: Corrosivos;
i) Classe 9: Substâncias diversas.

3.2. Identificação dos produtos perigosos: a identificação de produtos perigosos


para o transporte rodoviário é realizada por meio da simbologia de risco, composta
por um Painel de Segurança, de cor alaranjada (Imagem 1) e um Rótulo de Risco
(Imagem 2). Essas informações obedecem aos padrões técnicos definidos na
legislação do transporte de produtos perigosos. No Painel de Segurança
encontraremos uma ou duas linhas de números, onde a primeira linha indica o
Número de Risco definido pela ANTT em resolução (Tabela 1) e a segunda linha
indica o número do produto definido pela ONU.

Tabela 1: Significado do Número de Risco no Painel de Segurança


0 Ausência de risco
1 Explosivo
2 Desprendimento de gás devido à pressão ou à reação química
3 Inflamabilidade de líquidos
4 Inflamabilidade de sólidos
5 Efeito oxidante (intensifica o fogo)
6 Toxidade ou risco de infecção
7 Radioatividade
8 Corrosividade
9 Risco de violenta reação espontânea
X Reage perigosamente com água
Fonte: Resolução 420/2004 ANTT.

Os Rótulos de Risco têm a forma de um quadrado, colocado num ângulo de 45°


(forma de losango), podendo conter símbolos, figuras e/ou expressões
emolduradas, referentes à classe/subclasse do produto perigoso (Imagem 2). A
Resolução 240/2012 ANTT e a NBR 7.500/2003 determinam ainda que o veículo
que transporta produtos perigosos deve fixar a sua sinalização na frente, na traseira
e nas laterais colocados do centro para a traseira, em local visível (Imagem 3).
388 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Imagem 1: Painel de Segurança. Imagem 2: Rótulo de Risco.


Exemplo de produto tóxico e inflamável.

Imagem 3: posição do Painel de Segurança e do Rótulo de Risco.

3.3. Providências no local do acidente:


a) manter o vento batendo nas costas;
b) isolar o local e proibir o uso de cigarro na área;
c) certificar (à distância) o tipo de produto que está sendo transportado, por meio da
numeração existente no Rótulo de Risco e/ou Painel de Segurança;
d) comunicar a Pró - Química – Abiquim 0800-118270 e informar: o n° da ONU,
Número de Risco e a natureza do problema; localização exata do acidente; tipo de
embalagem e estado físico do produto; condições do tempo (clima) no local e os
dados do proprietário da carga;
e) chamar o Corpo de Bombeiros;
f) impedir que curiosos tentem interferir em “resgates suicidas” sem o equipamento
de proteção e porte individual necessário;
g) certificar se algum vazamento está preste a atingir corrente de água, desviando o
curso do produto se necessário;
h) estar sempre atento quanto a algum princípio de incêndio ou liberação de gases.

4. SINALIZAÇÃO: geralmente é feita por triângulos refletivos, cones e apitos, contudo,


na falta utilizar: fitas, cavaletes, galhos de árvore e/ou materiais que possam indicar o
local do acidente. No período noturno utilizar lanternas, coletes e fitas refletivas,
baldes com lâmpadas e, em último caso, latas com fogo. Também podem ser usados
os faróis da viatura como sinalização, desde que observada à segurança do local. A
Resolução nº 036/98 do CONTRAN estabelece que o condutor deverá acionar de
imediato as luzes de advertência (pisca-alerta), providenciando a colocação do
triângulo de sinalização ou equipamento similar à distância mínima de 30 metros da
parte traseira do veículo, quando em situação de emergência, estiverem imobilizados
no leito da via. No entanto, é recomendável que a distância para o início da
sinalização aumente de acordo com as circunstâncias locais como velocidade
máxima permitida para a via, condições climáticas, luminosidade, relevo e outros que
poderão ser avaliados pelo policial.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 389

Imagem 4: exemplo de disposição de cones para sinalização.

4.1. Sinalização luminosa: a sinalização luminosa feita posicionando a viatura,


preferencialmente, de modo a evitar que os policiais necessitem cruzar a via para
deslocar entre o local de atendimento e a viatura, conforme exemplificado na
Imagem 5.

Imagem 5: exemplo de posicionamento da VTR para sinalização luminosa.

5. DOCUMENTOS DO CONDUTOR E DO VEÍCULO


5.1. Do condutor: Carteira Nacional de Habilitação (CNH), Permissão para Dirigir
(PPD), ou ainda, documento de habilitação para estrangeiro dirigir veículo
automotor no Brasil nos termos da Resolução n° 360/10 do CONTRAN.
Observação: sempre que for obrigatória a aprovação em curso especializado, o
condutor deverá portar documento de comprovação até que essa informação seja
registrada no RENACH e incluída em campo específico da CNH, conforme
regulamentação vigente.
5.2. Do veículo: Certificado de Registro e Licenciamento do Veículo (CRLV) ou
Certificado de Licenciamento Anual (CLA), original; Autorização Especial de
Trânsito (AET) exigida para os veículos que tenham dimensões, cargas ou
características superiores à previsão legal; Autorização para Transporte Escolar
(ATE), se for o caso; Autorização para Pessoas serem transportadas em Veículo de
Carga (APVC), exceto para caminhão basculante e boiadeiro. Nota fiscal de
compra e venda: no caso de veículos novos, antes do registro e do emplacamento
e durante o prazo estabelecido na Resolução n° 004/98 do CONTRAN.
5.3. Do veículo em instrução: o condutor deverá portar sua Licença de Aprendizagem
de Direção Veicular (LADV) e documento oficial de identificação com foto. O
instrutor deverá apresentar seu documento de habilitação, com categoria no
mínimo referente a do veículo conduzido pelo aprendiz, além da carteira de
instrutor expedida pelo DETRAN (crachá) e o veículo estar devidamente registrado
na categoria aprendizagem. No caso de descumprimento, deve-se autuar o
condutor conforme artigo 162, I do CTB.

6. PREENCHIMENTO DO BOAT/PM: além do preenchimento das informações pré-


definidas no formulário do BOAT/PM, o policial militar deve redigir um relatório que
transmita uma visão mais completa possível do fato, o relato deve ser objetivo e
390 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

sucinto. A quantidade de informações deve ser suficiente para o esclarecimento dos


fatos e limitada aos aspectos objetivos, não devendo o relatório trazer opiniões do
relator, pois os dados subjetivos podem gerar expectativa de falsos direitos das
partes envolvidas. O relatório deve conter as seguintes informações:
a) fonte da informação - exemplo: "De acordo com as testemunhas...", "Segundo
versão dos condutores...", "Pelos vestígios encontrados no local...";
b) local de circulação dos veículos - especificação do nome da via em que
circulavam, exemplo: TO-050, km 45;
c) sentido de circulação dos veículos - exemplo: “Norte-Sul”, “Leste-Oeste”;
d) descrição do acidente - exemplo: "o veículo V1 colidiu com o veículo V2...", "o
veículo chocou-se frontalmente contra o poste...", "o veículo saiu da pista para a
direita vindo a capotar...";
e) consequências do acidente - exemplo: danos materiais, vítimas fatais, vítimas de
lesões, entre outros;
f) providências tomadas - exemplo: “o V2 foi removido para o pátio”, “o V2 foi
liberado para o condutor no local”.
6.1. Exemplo de relatório de acidente: “Segundo versão dos condutores (fonte da
informação), V1 trafegava pela Avenida Teotônio Segurado (local de circulação) no
sentido Norte-Sul (sentido de circulação) V2 trafegava pela Avenida LO-05 (local de
circulação) no sentido Oeste-Leste (sentido de circulação). No cruzamento das
vias, V2 colidiu lateralmente em V1 (descrição do acidente) e provocou danos
materiais de média monta em V1 e pequena monta em V2. Houve duas vítimas
com escoriações leves, sendo uma passageira do V1 e a outra condutor do V2
(consequência do acidente). V2 foi removido ao pátio, com fundamento no art. 230,
V do CTB e V1 liberado ao condutor no local (providências tomadas).
6.2. Diagrama do acidente ou croqui: é parte fundamental do BOAT/PM de onde o
julgador, nas ações cíveis e criminais, colherá elementos para fundamentar sua
convicção no momento de decidir controvérsias entre as partes. Na confecção
desse recomenda-se:
a) utilizar o desenho de traçado viário existente em campo específico do formulário do
BOAT/PM, podendo fazer as adaptações que julgar necessárias;
b) identificar as vias e o respectivo sentido de circulação;
c) determinar o sentido de circulação dos veículos;
d) orientar o diagrama com a determinação dos principais pontos cardeais: Norte, Sul,
Leste e Oeste;
e) fixar o ponto de repouso dos veículos;
f) determinar a sinalização existente, tanto a horizontal como a vertical;
g) determinar, se houver, fatores materiais adversos (buracos na pista, manchas de
óleo, saliência na pista, entre outros);
h) citar os vestígios ou os sinais decorrentes do acidente (manchas de sangue, cacos
de vidro, lanternas quebradas, marcas de frenagem, entre outros).
6.3. Fotografia do acidente: é admitida como forma de complemento do BOAT,
devendo ser técnica e demonstrar o cenário do acidente, pois constitui meio de
prova. Neste sentido, deve-se apresentar a visão geral do acidente: local, vestígios
e veículos envolvidos. O policial deve fotografar o cenário do acidente quando
houver a necessidade de retirar os veículos antes da realização da perícia técnica.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 391

6.4. Simbologia

Imagem 6: simbologia e significado (Fonte: POP PMGO/2004).

7. AVALIAÇÃO DOS DANOS: de acordo com o art. 2° da Resolução nº 362/10 do


CONTRAN, concomitantemente à lavratura do BOAT/PM, o agente de trânsito deve
avaliar o dano sofrido pelo veículo no acidente, enquadrando-o em uma das
categorias a seguir e assinalar o respectivo campo no “Relatório de Avarias”:
a) dano de pequena monta;
b) dano de média monta;
c) dano de grande monta.
Observações:
- Deverão ser anexadas ao BOAT fotografias do veículo acidentado – laterais direita e
esquerda, frente e traseira, devendo ser justificada a impossibilidade de juntada de
imagens.
- Quando, em virtude de circunstâncias excepcionais, o agente de trânsito não
conseguir verificar se um componente do veículo foi danificado no acidente, esse
componente deve ser assinalado na coluna Não Avaliado (NA) do respectivo Relatório
de Avarias e sua pontuação considerada no cômputo geral da avaliação do veículo,
justificando-se no campo Observações do relatório as razões pela qual ele não pôde ser
avaliado.
- Um componente assinalado como NA será considerado como danificado e será
computado na avaliação geral do veículo.
392 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

8. IMPRENSA: para declarações à imprensa, fornecer dados objetivos (número de


envolvidos, veículos, quantidade das vítimas, danos causados, entre outros), não
fazendo juízo de valor dos fatos ou emitindo opinião sobre culpabilidade dos
envolvidos.

9. DPVAT: é o seguro obrigatório de Danos Pessoais Causados por Veículos


Automotores de Vias Terrestres (DPVAT), ou por sua carga, a pessoas transportadas
ou não, que visa indenizar mortes, invalidez permanente ou danos com assistência
médica e suplementares. O interessado pode obter mais informações por meio do
telefone: 0800-221204 ou pelos sites: http://www.dpvatseguro.com.br ou
http://www.denatran.gov.br.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 393

MODULO VI – EVENTOS CRÍTICOS


394 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 601
NOME DO PROCESSO: ALARME ACIONADO EM EDIFICAÇÕES
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Espelho tático;
3. Retinida (cordel de nylon) de 6 a 8 mm x 15 m.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento de ocorrência de alarme acionado POP 601.01
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Alarme falso. Art. 41 Lei das Contravenções Penais (LCP). 466
Deslocamento para o local de Art. 29, VII do Código de Trânsito Brasileiro
448
ocorrência. (CTB).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
Uso da força pelos agentes de dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
---
Segurança Pública. Secretaria de Direitos Humanos da
Presidência da República.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 395

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 601 ALARME ACIONADO EM EDIFICAÇÕES
PROCEDIMENTO 601.01 Atendimento de ocorrência de alarme acionado
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta das informações sobre a ocorrência;
2. Comparação entre as informações passadas pelo SIOP/COPOM e as constatadas
no local da ocorrência;
3. Certificação dos dados repassados;
4. Solicitação de apoio.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Deslocar, após a constatação da ocorrência policial, com cautela e apoio de outra
guarnição;
2. Aproximar-se do local do alarme acionado, parando a viatura a distância de
segurança nunca inferior a 100 (cem) metros, sempre observando veículos,
transeuntes ou pessoas que se encontrem pelo local;
3. Realizar abordagem em veículo parado de forma suspeita pelas imediações do
local, ou seja: com motor ligado, portas abertas, motorista no interior ou em
posicionamento de fuga;
4. Posicionar-se com segurança, cada guarnição, de maneira que todo o perímetro
seja bloqueado;
5. Iniciar vistoria/varredura de perímetro começando pelo lado externo, após a
chegada do apoio; observando, durante o processo, a possível existência de cercas
eletrificadas;
6. Iniciar a progressão em direção ao local com as armas na posição de pronto baixo,
reduzir a silhueta, utilizar sempre abrigo e cobertura, mantendo distância de
segurança um do outro;
7. Verificar se a ocorrência é de natureza policial ou de alarme acionado
acidentalmente, devido à queda momentânea de energia ou um simples descuido;
8. Irradiar o mais breve possível a constatação de que haja pessoa(s) infratora(s) pelo
local dos fatos para deslocamento de reforço;
9. Confirmar se o acionamento do alarme tem natureza criminosa e se no interior do
local (banco, casa, estabelecimento comercial, entre outros) existe ainda a
presença de criminosos; caso positivo, a guarnição deverá acionar, via
SIOP/COPOM, a Unidade de Operações Especiais para apoiá-los, guarnecendo a
parte externa do local do fato;
10. Isolar e conter o local, em se tratando de fato criminoso;
11. Atentar para a possibilidade de no local haver a presença de curiosos, de
funcionários da empresa (monitoramento e segurança) ou mesmo de olheiros dos
possíveis infratores;
12. Buscar comunicação com seguranças que estejam no local, analisando o cenário e
as pessoas que ali se encontram (movimentação, semblante, gestos), tendo em
vista que esses poderão estar sendo alvo de infratores (Ação corretiva 2);
13. Desativar o alarme o mais rápido possível junto à empresa responsável;
14. Informar o responsável pelo local sobre a ocorrência.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os policiais ajam de forma coordenada e segura;
396 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

2. Que as guarnições estejam atentas a todo perímetro (frente, retaguarda, laterais,


planos inferior e superior);
3. Que nenhum policial militar venha a se ferir com os ofendículos existentes no local;
4. Que a ação rápida no atendimento resulte na captura e detenção dos infratores
uma vez localizados;
5. Que a guarnição transmita informações precisas e objetivas sobre a ocorrência.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso as guarnições não cheguem de forma simultânea no local da ocorrência, a
primeira deverá aguardar a chegada do apoio, estando os policiais desembarcados
e atentos a todo perímetro;
2. Caso exista(m) pessoa(s) na área, as guarnições deverão visualizar seu(s)
semblante(s) comportamento(s) e gesto(s), em se tratando de segurança particular
armada, verificar posicionamento da arma dele, se a arma está no coldre e abordá-
lo como pessoa em atitude suspeita (Sequência das ações 12);
3. Caso haja presença de pessoas no interior da edificação, solicitar a saída de uma
delas, preferencialmente, do profissional de segurança particular. Abordá-lo como
pessoa em atitude suspeita e, em seguida, indagá-lo sobre a ocorrência.
Persistindo a suspeição, determinar a saída de quantas pessoas for necessário,
uma por vez, adotando os procedimentos anteriores;
4. Caso se confirme a presença de criminoso(s) com refém(ens), adotar os
procedimentos do POP 605;
5. Caso algum policial constate a existência de obstáculo e/ou ofendículo pelo local,
avisar aos demais (Esclarecimento 3);
6. Caso o responsável do local esteja ausente, buscar contatá-lo; não sendo possível,
informar os dados da ocorrência a vizinhos;
7. Caso seja constatada a contravenção penal de provocar alarme, identificar o
responsável e conduzi-lo à repartição pública competente; se não for possível,
relatar o motivo no BA/PM.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não ter a certeza de que a solicitação é fato típico de polícia e, com isso, não tomar
os cuidados necessários que a situação requer;
2. Permanecer no local sem necessidade;
3. Agir isoladamente, sem uma atuação coordenada e segura;
4. Não perceber a presença de terceiros ou funcionários da empresa que monitoram o
sistema de alarme e de segurança ou confundi-los com infratores da lei;
5. Deixar de realizar a varredura por solicitação de funcionário da empresa de
monitoramento e segurança ou da pessoa responsável pelo local;
6. Não observar a existência de cercas eletrificadas e/ou ofendículos no local.

ESCLARECIMENTOS:

1. Dados da ocorrência: número de pessoas, de armas, de carros envolvidos, de


escoltas, de envolvimento de funcionários, se há reféns, entre outros.

2. Situações suspeitas: veículos mal estacionados com as portas abertas ou com


pessoas no seu interior; motocicletas com condutor montado; outro alarme acionado;
pessoas histéricas, correndo, paradas, deitadas nas imediações; vidros quebrados;
posicionamento/movimentação anormal dos seguranças ou estarem sem a arma no
coldre, entre outros.

3. Ofendículos: meios de defesa utilizados para defesa da propriedade.


POP:Procedimento Operacional Padrão | 397

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 602
NOME DO PROCESSO: ROUBO A BANCO
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Retinida (cordel nylon) de 6 a 8 mm x 10 m;
3. Faixas de plástico reflexivas (fita zebrada);
4. Farol auxiliar portátil (celibrim).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Constatação da ocorrência de roubo a banco ou
POP 602.01
similar
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Busca pessoal em mulheres. Art. 249 do Código de Processo Penal (CPP). 444
Busca pessoal. Art. 244 do CPP. 443
Art. 1º, incisos I, II e III do Decreto nº
---
19.930/50.
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo
Condução das partes. 504
Tribunal Federal (STF).
Art. 178 do Estatuto da Criança e do
459
Adolescente (ECA).
Deslocamento para o local de Art. 29, VII do Código de Trânsito Brasileiro
448
ocorrência. (CTB).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Roubo. Art. 157 e parágrafos do Código Penal (CP). 440
398 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 602 ROUBO A BANCO
PROCEDIMENTO 602.02 Constatação da ocorrência de roubo a banco ou similar
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Policial militar.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta junto ao SIOP/COPOM do maior número de dados possíveis para o seu
atendimento (número de pessoas, seus armamentos, carros envolvidos, escoltas,
envolvimento de funcionários do estabelecimento, se estão no interior do local, se
há reféns, entre outros);
2. Aproximação e cerco ao estabelecimento bancário;
3. Constatação de infratores pelo local;
4. Solicitação de apoio quando necessário.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Solicitar prioridade na rede de comunicações;
2. Solicitar apoio; a aproximação deverá ser feita com duas viaturas no mínimo, que
conterá o tráfego nas imediações do local da ocorrência, acionando de imediato a
Unidade de Operações Especiais, que assumirá o desenvolvimento direto da
ocorrência;
3. Aproximar-se do local, a guarnição, parando a viatura a distância de segurança
nunca inferior a 100 (cem) metros, sempre observando veículos, transeuntes ou
pessoas que se encontram pelo local;
4. Iniciar o deslocamento já solicitando o posicionamento de outra(s) viatura(s) nas
possíveis rotas de fuga para bloqueios, observando cada ponto crítico, porém, com
cuidado e de forma a evitar que seja surpreendido em seu deslocamento ou
posicionamento;
5. Aumentar a atenção quando nas proximidades do estabelecimento bancário
verificar situações suspeitas, tais como: veículos mal estacionados, com portas
abertas ou com pessoas no seu interior, motocicletas com condutor estando ou não
em funcionamento, disparos de alarmes, pessoas correndo ou paradas nas
imediações;
6. Chegar próximo ao local, os policiais militares, e iniciar a progressão em direção ao
local, em passos largos, procurando abrigo e cobertura para visualizar o interior da
agência de forma detalhada atentando para atitudes e expressões das pessoas
(deitadas, gritarias, vidros quebrados, posicionamento dos seguranças particulares,
seguranças sem arma no coldre, entre outros);
7. Atentar para a possibilidade da presença de seguranças, civilmente trajados, a fim
de que não sejam confundidos com os infratores da lei;
8. Cercar o local, procurando abrigar-se seguramente de agressões a tiros, sempre
primando pela segurança dos possíveis transeuntes;
9. Procurar o melhor ângulo de visão no abrigo escolhido;
10. Buscar a identificação visual dos infratores da lei no local;
11. Irradiar todas as informações tão logo seja possível, de forma pausada, clara e
precisa;
12. Verificar a existência de reféns e iniciar a verbalização de forma calma e
organizada transmitindo aos infratores a confiança necessária para que entreguem
as armas e rendam-se, ou mesmo efetuar atos preparatórios até a chegada da
Unidade de Operações Especiais (Ação corretiva 6);
POP:Procedimento Operacional Padrão | 399

13. Constatar junto à segurança e à gerência do banco os objetos, as armas de fogo e


os valores roubados pelos infratores da lei, a fim de que esses dados sejam
transcritos em BA/PM;
14. Isolar e preservar o local;
15. Acionar a autoridade judiciária e perícia local.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que na ocorrência os policiais ajam de forma coordenada e segura;
2. Que a guarnição se aproxime do local com segurança;
3. Que sejam colhidos todos os dados possíveis;
4. Que não haja precipitação e atitudes individualizadas por parte das guarnições;
5. Que o cerco e a contenção sejam realizados o mais rápido possível, para posterior
intervenção da Unidade de Operações Especiais;
6. Que as informações transmitidas na rede de comunicação sejam claras, precisas e
objetivas;
7. Que o PM esteja sempre atento não só ao estabelecimento bancário ou similar
especificamente, como também a um ângulo de 360º (trezentos e sessenta graus),
informando às viaturas que estão a caminho do apoio sobre as movimentações
ocorridas no local;
8. Que a integridade física de todos os envolvidos seja preservada.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja fuga dos infratores, informar as viaturas da área o sentido tomado,
atentando sobre possíveis confrontos armados, salvaguardando sua integridade e a
do público local;
2. Caso algum policial se precipite, corrigi-lo prontamente;
3. Caso haja algum veículo parado de forma suspeita pelas imediações do local,
abordá-lo com cautela;
4. Caso ocorra confronto armado durante a aproximação e havendo vítimas, socorrê-
las assim que possível;
5. Caso existam infratores da lei no interior do banco, adotar providências para conter
a fuga;
6. Caso haja reféns, adotar as providências previstas no POP 605 (Sequência das
ações 12);
7. Caso seja confirmado que os infratores se evadiram do local, verificar se existe
alguma pessoa ferida devendo o socorro às vítimas ser priorizado;
8. Caso haja fuga, anotar as características dos indivíduos, veículos utilizados e
sentido tomado, se estão conduzindo reféns, se estão feridos, passando os dados à
rede de rádio e às viaturas para realizarem o patrulhamento próximo ao local dos
fatos, atentando sobre possíveis confrontos armados, salvaguardando a integridade
física dos policiais e do público local, possibilitando uma operação mais objetiva em
outro cenário;
9. Caso os infratores consigam sair do estabelecimento bancário usando reféns ou
vítimas como escudo humano, atentar para não efetuar disparo de arma de fogo.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Posicionar a viatura à frente do estabelecimento bancário ou similar;
2. Não providenciar a contenção do local;
3. Não aguardar o apoio no local, agindo de forma precipitada, não coordenada e
individualizada;
4. Não ter o cuidado com a segurança, permitindo que pessoas alheias à ocorrência
invadam o local do fato, ficando em situação de risco;
5. Manter-se em local inseguro e/ou sem campo visual adequado do estabelecimento
400 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

bancário.
6. Não colher e nem constar os dados necessários no BA/PM;
7. Não informar os dados importantes da ocorrência à autoridade competente;
8. Não acionar ou não subsidiar com precisão e dentro de tempo razoável o apoio da
Unidade de Operações Especiais;
9. Não observar a existência de cercas eletrificadas e/ou ofendículos apresentados no
local, ensejando uma baixa na equipe.

ESCLARECIMENTOS:

1. Dados da ocorrência: número de pessoas, de armas, carros envolvidos, escoltas,


envolvimento de funcionários, se estão no interior do local, se há reféns, se há
alguém ferido, entre outros.

2. Situações suspeitas: veículos mal estacionados com as portas abertas ou com


pessoas no seu interior; motocicletas com condutor montado; alarmes disparados;
atitudes e expressões das pessoas: histéricas, correndo, paradas, deitadas nas
imediações; vidros quebrados; posicionamento dos seguranças com ou sem a arma
no coldre.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 401

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 603
NOME DO PROCESSO: AÇÕES ANTIBOMBA
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Retinida (cordel nylon) de 6 a 8 mm x 10 m;
3. Faixas de plástico reflexivas (fita zebrada);
4. Farol auxiliar portátil (celibrim).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento ao local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Atendimento de ocorrência envolvendo artefatos explosivos POP 603.01
Preservação de local de crime POP 409
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública competente POP 501.05
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Arts. 61, 121, 147, 163, 250, 251, 252, 253, 258 e 340
437
do Código Penal (CP).
Arts. 70, 205, 223, 259, 261, 268, 269, 270, 271, 277 e
446
386 do Código Penal Militar (CPM).
Arts. 1º e 2º da Lei n° 8.072/1990 - Lei dos Crimes
459
Hediondos.
Crimes cometidos com Arts. 242 e 244 da Lei n° 8.069/1990 - Estatuto da
459
uso de artefatos Criança e do Adolescente (ECA).
explosivos. Art. 16 da Lei n° 10.826/2003 - Estatuto do
463
Desarmamento.
Art. 35 da Lei n° 9.605/1998 Lei de Crimes Ambientais. 461
Arts. 15 e 20 da Lei n° 7.170/1983 - Lei de Segurança
458
Nacional.
Art. 41 do Decreto-Lei nº 3.688/1941 - Lei das
466
Contravenções Penais.
Deslocamento para o Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito Brasileiro
448
local de ocorrência. (CTB).
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
402 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 603 AÇÕES ANTIBOMBA
Atendimento de ocorrência envolvendo artefatos
PROCEDIMENTO 603.01
explosivos
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEIS: Atendente do SIOP/COPOM e comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Coleta de dados sobre a ameaça;
2. Classificação do tipo de ameaça como trote, ameaça falsa ou ameaça real;
3. Confirmação da existência de artefato explosivo no local;
4. Localização da bomba ou do objeto suspeito de ser um artefato explosivo;
5. Aproximação da bomba ou do objeto suspeito de ser um artefato explosivo;
6. Decisão quanto à evacuação de pessoas do local.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Coletar as informações, o atendente do SIOP/COPOM, e analisar a veracidade da
ameaça;
2. Classificar a ameaça como real ou falsa por meio de elementos objetivos
(Esclarecimento 5);
3. Procurar, a guarnição designada, a localização da pessoa ameaçada, o solicitante,
funcionários ou moradores do local ameaçado para levantamento de dados da
ocorrência e do espaço físico para prosseguimento com a varredura preventiva;
4. Formar dupla(s) de policiais e iniciar as buscas pela porta de entrada do
estabelecimento, dividindo visualmente o espaço em partes iguais, sequenciado em
módulos, com objetivo de localizar e identificar o objeto suspeito (Ação corretiva 1
e Esclarecimento 6);
5. Certificar a guarnição quanto a não abrir portas, armários e gavetas sem que esteja
confirmada a segurança, assim como não tocar e não mexer em nada que não seja
de seu conhecimento, aproximando-se apenas o suficiente para visualização do
objeto suspeito;
6. Coletar dados sobre o objeto encontrado ou identificado (volume, cor, formato,
manchas, entre outros) e, se possível, identificar a pessoa que o localizou; como e
quando o objeto chegou ao local; se alguém tocou ou mexeu nele; bem como
detectar se é desconhecido e evitar o pânico;
7. Verificar nas proximidades do artefato a presença de materiais inflamáveis,
explosivos ou tóxicos e retirá-los, se houver condições seguras para tal ação;
8. Isolar o local, depois de localizado o artefato explosivo, num raio não inferior a 100
metros, buscando alterar minimamente a rotina e evitar o pânico nos presentes
(Ação corretiva 7);
9. Acionar o SIOP/COPOM e solicitar a presença de unidade especializada, bem
como providenciar o fluxo do tráfego a fim de facilitar a chegada dessa unidade;
10. Vigiar o local, não permitindo o uso de elevadores e equipamentos eletrônicos, bem
como não acionar os interruptores (sempre que possível);
11. Estabelecer o perímetro de segurança, isolando-o;
12. Salvaguardar a integridade física dos presentes, retirando-os, com seus pertences,
para um local seguro;
13. Providenciar a evacuação do local de forma calma, controlada e organizada,
atentando para possíveis suspeitos do fato entre os presentes;
14. Proibir a entrada de qualquer pessoa, órgão ou instituição no perímetro de
POP:Procedimento Operacional Padrão | 403

segurança, mesmo aqueles com suposta qualificação técnica;


15. Repassar dados do fato à unidade especializada para confecção do BA/PM e
auxiliá-la na condução de possíveis suspeitos à DP.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que os chamados desnecessários sejam detectados pelo atendente do
SIOP/COPOM;
2. Que a decisão operacional, conforme dados selecionados, seja a mais segura,
menos danosa e mais econômica;
3. Que toda a ação da PMTO seja organizada por critérios técnicos, táticos e
objetivos; e, não somente pautada pelo temor do solicitante ou seus objetivos;
4. Que no local onde tenha sido encontrado o objeto suspeito sejam tomadas as
seguintes providências: contenção e isolamento, assim como a fluidez do trânsito
para o apoio de outras unidades.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso confirme a ameaça, não evacuar o local antes de realizar a análise completa
da situação, vez que a ameaça poderá ser falsa; e a precipitação, além de
interromper as atividades no local, pode gerar pânico nos presentes ou mesmo criar
situações vulneráveis para a prática de crimes (Sequência das ações 4);
2. Caso ocorra a varredura, identificar os locais já vistoriados com fitas de
identificação:
a. fita verde - liberado;
b. fita laranja - necessita de confirmação;
c. fita vermelha - objeto suspeito localizado.
3. Caso não seja encontrado o objeto suspeito, orientar a(s) pessoa(s) do local
ameaçado para que retorne(m) à rotina e sugerir que compareça(m) à DP para
registro do fato;
4. Caso ocorra a explosão de algum artefato, providenciar, conforme a necessidade:
a. socorrer os feridos, conter o tumulto e controlar os danos;
b. evacuar e isolar o local;
c. acionar órgãos de apoio: PM, BM, SAMU, Defesa Civil, Órgão de Trânsito
Municipal, entre outros;
d. acionar unidades especializadas: COE, Polícia Técnico-Científica;
e. preservar o local do crime;
f. coletar o maior número de dados.
5. Caso ocorram explosões de pequenas proporções pelo acionamento de artefatos
pirotécnicos, tais como: rojões, foguetes, bombinhas, traques, entre outros, não
será necessário o acionamento da unidade especializada, mas registrar o fato em
BA/PM e orientar o responsável pelo local que procure a DP para as providências;
6. Caso a varredura seja resultante de uma ameaça de bomba com tempo pré-
determinado, encerrar a busca 30 (trinta) minutos antes da hora prevista e reiniciá-
la somente 30 (trinta) minutos após esse horário. Se não houver tempo pré-
determinado, procurar relacionar a ameaça com algum evento de relevância
naquele ambiente (show musical, presença de autoridades, entre outros);
7. Caso haja denúncia de veículo contendo artefato explosivo, evitar contato físico
com esse, verificar a classificação da ameaça (real ou falsa) por meio do
proprietário ou usuário, o tempo de imobilização naquele local, os aspectos
externos e internos do veículo (sinais de adulteração, pacotes ou fiações expostas).
Isolar o local num raio não inferior a 1000 (mil) metros, com retirada de pessoas,
bem como objetos capazes de aumentar o efeito de uma possível explosão e,
ainda, acionar a unidade especializada (Sequência das ações 8).
404 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não contatar com a pessoa ameaçada ou com o responsável pelo local ameaçado,
a fim de obter melhores dados;
2. Evacuar o local sem confirmar a veracidade da ameaça;
3. Evacuar o local de forma desorganizada, sem atentar para acidentes e
cometimento de delitos (roubo, furto, danos, entre outros);
4. Não gerenciar o fluxo do trânsito de forma a facilitar a chegada da unidade
especializada;
5. Não transmitir dados importantes da ocorrência ao SIOP/COPOM para outras
providências, tal como o acionamento de unidades de apoio;
6. Fumar, provocar ação de produto inflamável, acender/apagar luzes por meio de
interruptores, ou permitir o uso de equipamentos eletrônicos;
7. Tentar remover, desativar, transportar, expor ou armazenar o artefato explosivo;
8. Entrar em ambiente que esteja exalando cheiro de materiais inflamáveis e/ou outros
produtos químicos em geral.

ESCLARECIMENTOS:

1. Artefato explosivo: é todo e qualquer objeto preparado, armadilhado ou dissimulado


para provocar criminosamente algum tipo de dano, seja explosão, incêndio, projeção
de fragmentos ou emissão de produtos tóxicos, bacteriológicos ou radioativos. São
classificados como:
a) EOD (Explosive Ordinance Disposal): artefato convencional (industrializado e
comercializado) empregado como granadas, minas, petardos, materiais e
acessórios bélicos, além de acessórios de detonação, produtos explosivos militares
e comerciais. O processo de fabricação ocorre dentro de padrões de controle e
distribuição;
b) IED (Improvised Explosive Device): artefato construído sem nenhum padrão ou
controle, de forma improvisada, artesanal ou caseira. Somente a pessoa que
construiu conhece suas características e funcionamento.
Observação: é importante ter consciência de que ser considerado “artesanal” ou
“improvisado” não significa falta de tecnologia ou pouco poder destrutivo.

2. Explosivo: produto que, por meio de uma excitação adequada, transforma-se rápida
e violentamente de estado, gerando gases, altas pressões e elevadas temperaturas.

3. Bomba: é o artefato confeccionado com carga explosiva ou não, sistema de


iniciação e mecanismo de acionamento, capaz de provocar destruição através da
formação de ondas de choque ou de substâncias danosas ao homem.

4. Técnico explosivista policial: é o integrante de unidade especializada que possui


formação técnica para o trabalho com artefatos explosivos, coordenação de buscas,
vistorias, manuseio e desativação desses materiais.

5. Classificação das ameaças de artefatos explosivos: para fins de atuação policial,


as ameaças devem ser classificadas em ameaças falsas ou reais. Essa classificação
irá fundamentar todas as tomadas de decisão do policial ou das autoridades
responsáveis pelo gerenciamento da crise. São elas:
a) ameaça falsa - é aquela que não existe prova ou confirmação da existência de
artefato explosivo no local informado. Por mais convincente que possa ser o
POP:Procedimento Operacional Padrão | 405

ameaçador, nenhuma evidência física, nenhum objeto suspeito ou nenhum outro


elemento confirma os dados da ameaça. São fatores que caracterizam uma
ameaça como falsa:
- característica de trote;
- antecedente de falsa ameaça;
- circunstâncias fúteis relacionadas com a ameaça (dia de prova em escolas,
vésperas de feriado, incidentes amplamente divulgados na mídia);
- ameaça feita com pequeno lapso de tempo para o acontecimento da explosão;
- nenhum objeto suspeito indicado pelo ameaçador;
- nenhum objeto suspeito localizado pelos ameaçados;
- não há identificação de testemunha da preparação do atentado;
- não há indicação da localização exata do artefato;
- não há resíduos materiais explosivos ou de componentes do artefato;
- não há antecedentes de atentado desse nível no local ameaçado;
- não há qualquer circunstância relevante relacionada com a ameaça;
- não há alvo (pessoa, instalação, entre outros) que possa ser ameaçado;
- vozes de crianças ou risos ao fundo da ligação.
b) ameaça real - é aquela em que há a localização de um objeto suspeito ou o
ameaçador fornece provas do artefato, bem como a existência de elementos de
prova que a materialize. São fatores que caracterizam uma ameaça como real:
- objeto suspeito indicado pelo ameaçador;
- objeto suspeito localizado pelos ameaçados;
- identificação de testemunha da preparação do atentado;
- indicação da localização exata do artefato;
- resíduos materiais de explosivos localizados;
- antecedentes de atentados no local ameaçado;
- circunstâncias relevantes relacionadas com a ameaça;
- existe alvo (pessoa, instalação, entre outros) que possa ser ameaçado.
Observação: a diferença básica entre ameaça falsa e real está na materialidade do
objeto suspeito e não na sua confirmação como ato criminoso. Por mais que o
ameaçador seja convincente ou insistente, sem uma evidência material, a ameaça
deve ser encarada como falsa. Entretanto, classificar uma ameaça como falsa não
significa ignorá-la, muito pelo contrário, toda ameaça deve ser gerenciada como se
realmente houvesse uma bomba, devendo ser adotados todos os cuidados
determinados neste processo.

6. Varredura: é uma técnica operacional para identificar objetos suspeitos de serem


artefatos explosivos ou, ainda, objetos passíveis de estarem relacionados com esse
tipo de incidente. Devem ser observadas as técnicas de varredura constantes no
POP 512.01, Esclarecimento 2.2. A busca será feita de fora para dentro e de baixo
para cima, conforme os módulos elencados a seguir:

- da altura dos olhos ao teto: compreendem quadros, luminárias,


3º Módulo
sobre estantes, aparelhos de ar condicionado;

- da cintura à altura dos olhos: compreendem estantes e


2º Módulo
armários, sobre os móveis, quadros, janelas;

- do solo à cintura: compreendem pisos, tapetes, cestos de lixo,


1º Módulo
embaixo dos móveis, armários, gavetas;
406 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

- espaços adjacentes: compreendem pisos removíveis, tetos


4º Módulo
falsos, exterior de janelas, parapeitos.

7. Princípio dos três “NÃOS” - o primeiro procedimento a ser adotado, quando da


localização e identificação de um objeto que possa ser artefato explosivo, é: NÃO
TOCAR, NÃO MEXER e NÃO REMOVER.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 407

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 604
NOME DO PROCESSO: REINTEGRAÇÃO DE POSSE
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Instrumento de localização e ordenação no terreno (Sistema de Posição
Global/GPS e bússola);
3. Mapa do terreno;
4. Cantil;
5. Facão;
6. Corda;
7. Binóculo;
8. Motosserra;
9. Alicate corta-fio;
10. Extintor de incêndio;
11. Equipamentos de filmagem e fotografia;
12. Veículo apropriado.
ETAPAS PROCEDIMENTO
Apoio ao cumprimento do mandado judicial de
POP 604.01
reintegração de posse
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Manual de diretrizes nacionais para
execução de mandados judiciais de
manutenção e reintegração de posse coletiva 472
Apoio ao cumprimento da – Departamento de Ouvidoria Agrária e
requisição judicial. Mediação de Conflitos (DOAMC).

Diretriz nº 02/2009/PM/3/EMG, Execução de


Mandados Judiciais de Manutenção e ---
Reintegração de Posse.
Deslocamento para o local a Art. 29, inciso VII do Código de Trânsito
448
ser desocupado. Brasileiro (CTB).
408 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 604 REINTEGRAÇÃO DE POSSE
PROCEDIMENTO 604.01 Apoio ao cumprimento do mandado judicial de
reintegração de posse
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Transposição de bloqueios e de barricadas que impeçam o acesso da tropa ao
local;
2. Existência de seguranças armados, postos de observação, destruição de pontes de
acessos ao local;
3. Chegada ao local da operação;
4. Negociação com a liderança dos invasores/acampados;
5. Resistência por parte dos invasores/acampados;
6. Proteção ao oficial de justiça e trabalhadores que irão fazer a remoção dos
pertences dos invasores/acampados.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Receber o pedido de apoio ao cumprimento do mandado judicial de reintegração de
posse;
2. Tomar conhecimento do conteúdo expresso no mandado judicial;
3. Buscar informações a respeito do conflito e das pessoas envolvidas;
4. Oficiar aos órgãos envolvidos para participarem da reunião de planejamento, tais
como: Corpo de Bombeiros Militar, Ministério Público, Ouvidoria Agrária Regional
do INCRA, Comissão dos Direitos Humanos, Prefeitura Municipal da área ocupada,
Ordem dos Advogados do Brasil, Delegacia de Polícia Civil Agrária, Representante
da Polícia Militar em Conflito Agrário, Defensoria Pública, Conselho Tutelar e
demais entidades ligadas com a questão agrária/fundiária;
5. Planejar a operação com a participação de um representante de cada unidade
especializada, que seja pertinente à operação, definindo sua participação;
6. Realizar preleção ao efetivo a ser empregado, em local preestabelecido, dando-se
pleno conhecimento que à Polícia Militar cabe apenas garantir a execução da
medida judicial coibindo os excessos que possam ocorrer de ambas as partes,
preservando a ordem pública, sem se arvorar como executora da ordem judicial;
7. Posicionar o efetivo ao chegar ao local, desembarcando a tropa em local seguro
fora do campo de visão dos invasores/acampados;
8. Posicionar as tropas especializadas em local estratégico fora do ponto crítico sob o
comando dos seus respectivos comandantes;
9. Isolar a área da operação evitando-se o ingresso de estranhos, curiosos e,
principalmente, simpatizantes;
10. Manter a segurança do oficial de justiça no momento da transmissão da ordem de
desocupação aos invasores e durante o desenrolar;
11. Manter contato com a liderança conhecendo, se possível, seus propósitos, evitando
posturas hostis;
12. Manter a segurança dos trabalhadores que estão fazendo a remoção dos pertences
dos invasores/acampados;
13. Registrar toda a operação, por meio de filmagens e fotos (Ação corretiva 7);
14. Acompanhar os trabalhos de retirada dos pertences e desarme dos barracos a ser
realizado por trabalhadores e veículos a serem contratados pela parte interessada,
POP:Procedimento Operacional Padrão | 409

ou seja, pelo proprietário;


15. Garantir a desocupação da área, controlando e sinalizando as vias de saída para
os acampados/ocupantes e, posteriormente, acompanhá-los até seu destino;
16. Fazer a varredura na área e confirmar se todos invasores/acampados saíram;
17. Acompanhar a entrega da certidão de cumprimento do mandado judicial ao
proprietário ou seu representante legal, fornecido pelo oficial de justiça;
18. Reunir todo efetivo, realizando sua contagem, inspeção e registrando todas as
ocorrências de relevância;
19. Elaborar relatório detalhado, encaminhando-o para os escalões superiores.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que se garanta a segurança das partes envolvidas na operação (policiais militares,
oficial de justiça, proprietário, invasores/acampados, trabalhadores na remoção dos
pertences, imprensa e outros);
2. Que se cumpra a requisição emitida pelo Poder Judiciário com a desocupação da
área invadida e a consequente reintegração de posse de acordo com o
planejamento;
3. Que seja veiculada de forma positiva, pelos órgãos de comunicação, a atuação da
Polícia Militar;
4. Que o efetivo esteja preparado e treinado para o apoio ao cumprimento do
mandado de reintegração de posse.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja fato novo diverso ao previsto, esse deve ser criteriosamente avaliado,
adiando, se necessário, o cumprimento da requisição, dando-se ciência ao Poder
Judiciário;
2. Caso o oficial de justiça esteja excedendo às ações previstas no mandado, o
comandante da operação deverá suspender o apoio, reportando-se imediatamente
ao juízo competente;
3. Caso ocorra qualquer tipo de crime no local, deverão ser adotadas as medidas
legais pertinentes;
4. Caso haja pessoas feridas, deverão ser encaminhadas para hospitais ou outros
locais que se fizerem necessários;
5. Caso haja fundada suspeita, deverá ser realizada busca pessoal e/ou vistoria
veicular;
6. Caso a operação se prolongue demasiadamente, deverá revezar o efetivo;
7. Caso não dispuser de câmeras filmadoras, recorrer aos órgãos de imprensa para
fornecerem cópia da operação (Sequência das ações 13).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Não levantar dados acerca do quadro que envolve a operação;
2. Planejar de forma descuidada ou sem considerar todos os aspectos da operação;
3. Alocar insuficientemente os meios a serem empregados;
4. Deixar de comunicar os órgãos da União, do Estado e do Município ligados ao
conflito, para que se façam presentes durante as negociações e eventual operação
de desocupação;
5. Empregar efetivo sem o devido treinamento;
6. Realizar a operação sem a presença do oficial de justiça;
7. Deixar de negociar com a liderança dos invasores/acampados;
8. Descuidar da segurança das pessoas envolvidas na operação, permitindo com isso
a ocorrência de eventos criminosos;
9. Deixar de adotar medidas policiais contra pessoas que tenham praticado crimes ou
contravenções;
410 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

10. Deixar de documentar a operação em vídeo ou por meio de fotografias;


11. Utilizar policiais militares para transporte dos pertences dos invasores e desmanche
dos barracos;
12. Empregar efetivo insuficiente;
13. Agir com parcialidade e/ou pessoalidade discriminando pessoas e/ou grupos;
14. Deixar de prever apoio de órgãos especializados.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 411

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 605
NOME DO PROCESSO: MEDIDAS INICIAIS DE GERENCIAMENTO DE CRISES
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407);
2. Alto falante portátil ou da viatura.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Medidas iniciais de gerenciamento de crises POP 605.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
Encerramento da ocorrência POP 501.06
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Decreto nº 3.301/2008 – publicado no D.O.E. nº
Comitê de Gerenciamento de 468
2.597, de 25/02/2008.
Crises do Estado do Tocantins
Regimento Interno do CGC – publicado no
(CGC). ---
D.O.E. nº 2.684, de 07/07/2008.
Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
Diretrizes sobre o uso da força
dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
pelos agentes de Segurança ---
Secretaria de Direitos Humanos da Presidência
Pública.
da República.
412 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
MEDIDAS INICIAIS DE GERENCIAMENTO DE
PROCESSO 605
CRISES
PROCEDIMENTO 605.01 Medidas iniciais de gerenciamento de crises
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Guarnição PM.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Deslocamento para o local da ocorrência;
2. Contato com o solicitante;
3. Acionamento das autoridades competentes;
4. Contenção da crise no ambiente específico;
5. Contato com o público presente para isolamento do local;
6. Primeiro contato com o(s) causador(es) do evento;
7. Negociação emergencial;
8. Liberação de refém(s) ou vítima(s);
9. Rendição do(s) autor(es);
10. Preservação e valorização do local de crime.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Coletar primariamente as informações sintéticas sobre a crise;
2. Conter a crise no local onde se localiza o(s) autor(es) e o(s) refém(s), evitando que
outras pessoas sejam vítimas e que o ambiente crítico seja ampliado;
3. Isolar o ponto crítico, não permitindo que ninguém entre nele ou dele saia (Ação
corretiva 1);
4. Comunicar imediatamente ao SIOP/COPOM sobre a situação e as providências já
adotadas, solicitando a presença de um gestor de crises para assumir o comando
do cenário de operações (Esclarecimento 12);
5. Definir os perímetros táticos, isolando por completo o ponto crítico e estabelecendo
locais próprios para cada grupo de pessoa (Imagem 1);
6. Definir um local específico, fora do perímetro externo, para a instalação da mídia.
Repassar à impressa informações do andamento da ocorrência com frequência a
fim de evitar que procure outras formas de obter informações e atrapalhe a gestão
da crise;
7. Solicitar que a mídia evite fazer imagens e transmissão ao vivo;
8. Falar sempre a verdade para a mídia e deixar claro que ela pode ser um elemento
favorável ou agravador do evento dependendo da forma como agir;
9. Deixar uma via de escoamento emergencial;
10. Confeccionar um inventário de informações conhecidas (quantidade de pessoas
envolvidas, armamento existente, presença de explosivos, estado de saúde das
pessoas, disparos de arma de fogo, se alguma pessoa conseguiu sair do local,
quem são os autores, qual a motivação substantiva que deu causa à crise e toda
informação que possa contribuir com a solução do evento);
11. Aguardar a chegada do gestor de crise, que assumirá o comando da operação
(Ação corretiva 2);
12. Manter-se sempre protegido (cobertura e abrigo - construção, escudo balístico,
árvore, carro, entre outros);
13. Anotar todas as exigências dos perpetradores, apontando horário e detalhes;
14. Usar todos os meios necessários para evitar que alguma pessoa fale com os
POP:Procedimento Operacional Padrão | 413

causadores do evento até a chegada do gestor de crises e do negociador;


15. Ganhar tempo em todas as situações possíveis;
16. Elaborar um relatório detalhado de todas as situações que foram presenciadas até
o momento do gestor assumir ou até o desfecho da operação (caso haja rendição
antecipada), além dos documentos de praxe para serem encaminhados ao
comandante de área, assim como aos escalões superiores (Ação corretiva 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a vida de todos os envolvidos seja preservada e a lei aplicada;
2. Que a primeira intervenção facilite o gerenciamento do evento por parte dos
responsáveis que assumirem posteriormente.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível conter a crise em um único ambiente, aumentar o
isolamento externo e solicitar apoio imediato (Sequência das ações 3);
2. Caso seja necessário, iniciar o contato verbal, porém deixando claro que não tem
poder decisório e que não se trata da negociação, pois o negociador está a
caminho. Nesse caso, observar as seguintes orientações (Sequência das ações
11):
a. dirigir-se somente ao que aparentar ser o líder do grupo de perpetradores, nunca
falando com mais de uma pessoa ao mesmo tempo e evitando falar com eles por
meio de intermediários;
b. não alterar o tom de voz e procurar acalmar os envolvidos, mesmo que gritem ou
façam agressões verbais;
c. procurar um meio de diálogo que impeça a exposição, como alto falante da
viatura ou portátil. Jamais ficar totalmente em exposição ou falando face a face
com o(s) causador(es) do evento crítico;
d. não dar ordens e nunca discutir com os causadores do evento;
e. não oferecer nada e não permitir a troca de refém, em nenhuma hipótese;
f. não mentir, inventar histórias ou contar piadas, ou seja, falar somente o
necessário;
g. não utilizar a palavra “refém” para se referir às pessoas que estão em poder do(s)
causador(es). Utilizar termos como “pessoas inocentes”, “senhoras”, “senhores”,
“jovens”;
h. evitar usar palavras como: “cadeia”, “morte”, “prisão”, ”pena”, “rendição”; e outras
que fazem lembrar aspectos negativos relacionados aos perpetradores;
i. deixar claro a impossibilidade de tomar decisões enquanto os superiores não
chegarem e de fato não as tomar.
3. Caso o(s) perpetrador(es) queira(m) liberar algum refém e se entregar(em) antes da
chegada dos reforços, coordenar o ritual de rendição, de maneira tranquila,
observando o seguinte (Sequência das ações 16):
a. passar as orientações pausadamente e solicitar a confirmação de que todos
compreenderam e irão segui-las;
b. proceder primeiro à saída do(s) refém(ns) e posteriormente à saída do(s)
perpetrador(es), informando a todos os policiais no local de que isso ocorrerá;
c. orientar para que saia uma pessoa de cada vez do ponto crítico, lentamente, com
as mãos na cabeça e os dedos entrelaçados e que ninguém corra ou faça alguma
movimentação brusca;
d. realizar busca pessoal, conforme POP 201.03, nos que forem saindo do ponto
crítico e, em seguida, conduzir ao posto de coleta de informações para ser(em)
inquirido(s) a respeito de tudo que ocorreu, de forma a confirmar se era refém ou
perpetrador;
414 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

e. iniciar a rendição do(s) causador(es) somente depois que o último refém sair,
ordenando que coloque(m) a(s) arma(s) no chão de forma visível à equipe de
policiais; saindo lentamente sem fazer movimento brusco, com as mãos para cima
(passando a altura da cabeça), espalmadas e voltadas para frente;
f. informar ao(s) causador(es) que sua integridade física será totalmente preservada
e que não será tolerada nenhuma espécie de violência no momento da rendição;
g. realizar a imediata colocação de algemas, seguida da busca pessoal no(s)
causador(es) quando estiver(em) no local indicado;
h. fazer uma varredura no ponto crítico, com o máximo de policiais disponíveis e
com cautela, após a saída de todos do ponto crítico;
i. evitar submeter a(s) vítima(s) à exposição de qualquer forma, prestando auxílio
necessário, seja médico-hospitalar ou de outra natureza;
j. conduzir todos os elementos necessários ao flagrante para a repartição pública
pertinente.
4. Caso o(s) causador(es) do evento apresente(m) sinais de alto nível de estresse e
grande descontrole emocional, que aumente o potencial de risco da ocorrência,
informar a necessidade da presença de um profissional de saúde mental.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Dispensar tratamento especial para uma ocorrência comum pela inobservância dos
elementos essenciais de uma crise e dos critérios de ação (Esclarecimentos 5 e
6);
2. Dispensar tratamento operacional comum para uma ocorrência de crise;
3. Isolar e conter ineficientemente, atrapalhando o gerenciamento da operação;
4. Fornecer informações insuficientes para a tomada de decisão;
5. Permitir o contato do perpetrador com terceiros, devido à contenção mal feita;
6. Quebrar compromissos com o(s) causador(es), gerando violência ou retrocesso na
negociação;
7. Optar por uma solução tática (tiro de comprometimento, adentramento, entre
outros) se ainda houver possibilidade de negociação;
8. Subestimar a capacidade do(s) perpetrador(es), utilizando-se de procedimentos
arbitrários e contrários ao processo e à doutrina;
9. Ter policiais militares no teatro de operações que não estejam devidamente
abrigados e protegidos contra possíveis tentativas de agressão por parte do(s)
perpetrador(es);
10. Responder, precipitadamente, disparos de arma de fogo realizados pelo(s)
perpetrador(es) em direção aos policiais militares, expondo o refém a risco de
morte;
11. Não deixar uma via de escoamento emergencial, tornando o confronto inevitável;
12. Começar a se solidarizar e se envolver nas causas expostas pelo perpetrador ou se
irritar com ele (Síndrome de Estocolmo e/ou Síndrome de Londres)
(Esclarecimentos 11 e 12).

ESCLARECIMENTOS:

1. Isolamento - é feito por meio de dois perímetros táticos:


a) perímetro interno - é o local onde fica o ponto crítico da crise. É uma área de
controle absoluto em que só pode permanecer o(s) causador(es), os reféns e os
policiais designados para ali estarem;
b) perímetro externo - é o espaço imediatamente posterior ao perímetro interno e
limita o acesso do público. Nessa área deve ter acesso à equipe de gerenciamento
POP:Procedimento Operacional Padrão | 415

de crise, os grupos de apoio (médicos, psicólogos, engenheiros, técnicos, serviço


de inteligência, entre outros) e equipe de negociadores.

2. Crise: todo incidente ou situação crucial não rotineira, que exige uma resposta
especial da polícia em razão da possibilidade de agravamento conjuntural, inclusive,
com risco de vida para pessoas envolvidas, decorrente de motins em presídios,
assaltos a bancos com reféns, sequestros, atos de terrorismo, tentativas de suicídio,
ocupação ilegal de terras, bloqueio de estradas, entre outras ocorrências de vulto,
que exijam postura imediata das autoridades, com emprego de técnicas
especializadas.

3. Gerenciamento de crise: processo eficaz de identificar, obter e aplicar, de acordo


com a legislação vigente e com emprego das técnicas especializadas, os recursos
estratégicos adequados para solução de crises, sejam essas medidas de
antecipação, prevenção e/ou resolução, que assegurem o completo
reestabelecimento da ordem pública e da normalidade da situação.

4. Objetivos do gerenciamento de uma crise: preservar vidas e aplicar a lei.

5. Características de uma crise: imprevisibilidade, compressão de tempo, ameaça de


vida e necessidade de ações especiais.

6. Critérios da ação de gerenciamento: são referências que servem para orientar a


tomada de decisões em algum evento crítico, são elas: necessidade, valoração do
risco e aceitabilidade.

7. Fases do gerenciamento:
a) pré-confrontação: ocorre antes do evento (cursos, treinamentos, aprestamento);
b) resposta imediata: reação da Polícia (conter, isolar, negociar). É a primeira
intervenção a que se destina este processo;
c) plano específico: momento em que deverão ser traçadas as opções para a
resolução do evento;
d) resolução: finalização da crise;
e) pós-confrontação: análise das medidas adotadas e estudo de caso.

8. Refém: pessoa com a liberdade privada por força da ação ilícita de perpetradores,
que estabelecem exigências para libertá-la.

9. Primeira intervenção: primeiras ações empreendidas no sentido de solucionar uma


situação de crise, da qual depende todo o processo de negociação e de resolução
por parte das equipes especializadas.

10. Síndrome de Estocolmo: é um estado psicológico desenvolvido em situações de


sequestro, em que os envolvidos passam a simpatizar com outros (vítima em relação
ao agressor ou vice-versa). Essa designação adveio de um sequestro ocorrido em
Estocolmo, que se estendeu por cinco dias de gerenciamento, no qual as vítimas
defendiam os perpetradores mesmo depois de serem presos.

11. Síndrome de Londres: é um estado de agressividade e irritabilidade por parte dos


envolvidos na crise em relação aos outros (vítima em relação ao agressor ou vice-
416 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

versa). Recebeu esse nome devido a um sequestro ocorrido na embaixada iraniana


em Londres, em que um dos reféns (Abbas Lavasani) discutia continuamente com os
sequestradores, vindo a ser assassinado por eles.

12. Gestor de crises: oficial PM ou delegado de polícia que assumirá o comando das
ações no cenário onde estiver ocorrendo a crise, após acionamento do primeiro
interventor, devendo se reportar diretamente ao comitê de crises, constituído
conforme o Decreto nº 3.301/08.

ILUSTRAÇÃO:

Imagem 1: perímetros táticos.

Fonte: Adaptado de http://dc265.4shared.com/doc/IQRyF07a/preview.html. Acesso em


08/01/2014.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 417

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 606
NOME DO PROCESSO: POLICIAMENTO DE MANIFESTAÇÕES EM LOCAIS
PÚBLICOS
MATERIAIS NECESSÁRIOS
1. Equipamentos de proteção e porte individual (POP 101);
2. Escudo antitumulto;
3. Capacete de policiamento;
4. Espingarda gauge 12 e munições de elastômeros;
5. Equipamentos de filmagem e fotografia;
6. Extintor de incêndio tipo B;
7. Algemas descartáveis;
8. Megafone.
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Manifestações em locais públicos envolvendo
POP 606.01
pessoas em atitude pacífica
Manifestações em locais públicos envolvendo
POP 606.02
pessoas infratoras da lei
Abordagem a infratores da lei POP 202
Busca pessoal POP 201.03
Uso de algemas POP 102
Condução à repartição pública competente POP 501.04
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Dano. Art. 163 do Código Penal (CP). 440
Desobediência. Art. 330 do CP. 445
Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de
Diretrizes sobre o uso da força
dezembro de 2010 – Ministério da Justiça e
pelos agentes de Segurança ---
Secretaria de Direitos Humanos da
Pública.
Presidência da República.
Art. 234 Código de Processo Penal Militar
446
Emprego de força e armas. (CPPM) - Emprego de força.
Art. 234, § 2° do CPPM - Uso de armas. 446
Estado de necessidade. Art. 24 do CP. 437
Exclusão de ilicitude. Art. 23 do CP. 437
Legítima defesa. Art. 25 do CP. 437
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
Resistência. Art. 329 do CP. 442
Súmula Vinculante nº 11 do Supremo
Uso de algemas. 504
Tribunal Federal (STF).
418 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
PROCESSO 606 POLICIAMENTO DE MANIFESTAÇÕES EM LOCAIS
PÚBLICOS
PROCEDIMENTO 606.01 Manifestações em locais públicos envolvendo pessoas
em atitude pacífica
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:- ----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Local da manifestação;
2. Chegada e posicionamento dos manifestantes;
3. Chegada e posicionamento dos policiais;
4. Observar e coletar as informações sobre a manifestação;
5. Contato com as lideranças da manifestação;
6. Interferência de políticos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar e coletar as seguintes informações preliminares:
a. número de manifestantes;
b. líderes da manifestação;
c. ânimo dos manifestantes, possibilidade de evolução para um distúrbio civil (Ação
corretiva 1 e 2; Esclarecimento 1);
d. objetivos da manifestação;
e. movimentação dos manifestantes (se haverá passeata; se a manifestação ficará
restrita a um determinado espaço público, entre outros);
f. período de realização (duração);
2. Designar uma equipe velada para acompanhar toda a operação;
3. Filmar e/ou fotografar durante toda a ação dos manifestantes;
4. Manter contato com as lideranças da manifestação, desde que haja segurança para
a guarnição, visando:
a. detalhar as informações levantadas inicialmente, se possível;
b. informar que a presença policial tem por objetivo preservar a ordem pública,
garantir o direito de reunião dos manifestantes, bem como a liberdade de
locomoção das pessoas que não participam da manifestação.
5. Verificar a necessidade de fechamento de vias e/ou desvio do tráfego de veículos,
diante do número de participantes, do ânimo dos manifestantes, das características
do local e onde está sendo realizada a manifestação;
6. Acompanhar toda a manifestação de forma que se garanta a lei e a ordem pública;
7. Repassar todas as informações ao SIOP/COPOM e/ou ao comandante imediato.
RESULTADO ESPERADO
1. Que a ação do policiamento seja legal, disciplinada e organizada minimizando a
capacidade de reação dos manifestantes.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso na manifestação surjam infratores da lei ou se torne uma turba, agir conforme
POP 606.02 (Sequência das ações 1.c);
2. Caso a manifestação se torne uma turba, deverá ser acionada a unidade
especializada (Sequência das ações 1.c e Possibilidade de erro 5).
POP:Procedimento Operacional Padrão | 419

POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar armamento letal;
2. Manter contato com as lideranças da manifestação sem os cuidados necessários
com a segurança da guarnição e sem informações preliminares a respeito dos
objetivos da manifestação;
3. Realizar ações isoladas e que possam levar a um distúrbio civil, por exemplo a
desobstrução de vias permitindo assim o avanço da turba;
4. Acionar a unidade especializada, para atuar em uma manifestação pacífica;
5. Isolar os manifestantes, impedindo uma possível dispersão (Ação corretiva 2);
6. Conceder entrevistas aos meios de comunicação sem prévia autorização superior.

ESCLARECIMENTO:

1. Distúrbio civil: inquietação ou tensão civil que toma a forma de manifestação.


Situação que surge de atos de violência ou desordem, prejudicial à manutenção da
lei e da ordem. Poderá provir da ação de uma turba ou originar-se de um tumulto.
420 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VI EVENTOS CRÍTICOS
POLICIAMENTO DE MANIFESTAÇÕES EM LOCAIS
PROCESSO 606
PÚBLICOS
Manifestações em locais públicos envolvendo pessoas
PROCEDIMENTO 606.02
infratoras da lei
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO:-----
RESPONSÁVEL: Comandante da operação.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Local da manifestação;
2. Chegada e posicionamento dos manifestantes;
3. Chegada e posicionamento dos policiais;
4. Observação e coleta das informações sobre a manifestação;
5. Contato com as lideranças da manifestação;
6. Resistência passiva dos manifestantes;
7. Resistência ativa dos manifestantes;
8. Interferência de políticos.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Observar e coletar as seguintes informações preliminares:
a. número de manifestantes;
b. líderes da manifestação;
c. ânimo dos manifestantes, possibilidade de evolução para um distúrbio civil (Ação
corretiva 1 e 2);
d. objetivos da manifestação;
e. movimentação dos manifestantes (se haverá passeata; se a manifestação ficará
restrita a um determinado espaço público, entre outros);
f. período de realização (duração).
2. Designar uma equipe velada para acompanhar toda a operação;
3. Filmar e/ou fotografar durante toda a ação dos manifestantes;
4. Manter contato com as lideranças da manifestação, desde que haja segurança para
a guarnição, visando:
a. detalhar as informações levantadas inicialmente, se possível;
b. informar que a presença policial tem por objetivo preservar a ordem pública,
garantir o direito de reunião dos manifestantes, bem como a liberdade de
locomoção das pessoas que não participam da manifestação.
5. Verificar a necessidade de fechamento de vias e/ou desvio do tráfego de veículos,
diante do número de participantes, do ânimo dos manifestantes, das características
do local e onde está sendo realizada a manifestação;
6. Procurar local seguro, priorizando possíveis vias de fuga para os infratores;
7. Dar ordem de dispersão por meio de amplificadores de som (megafone) de modo a
assegurar que todos componentes da turba possam ouvir claramente
(Esclarecimento 8);
8. Intervir em caso de prática de crime por manifestantes somente se houver
segurança para a guarnição e manifestantes, analisando, ainda, a necessidade, a
proporcionalidade e a conveniência; caso contrário, solicitar e aguardar apoio
(Ação corretiva 2; Esclarecimentos 9 a 11);
9. Formar linhas de policiamento (Esclarecimento 6);
10. Permanecer na linha de policiamento e priorizar o uso do elastômero para dispersar
o(s) infrator(es) em confronto a mais de 20 metros (Possibilidade de erro 1;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 421

Esclarecimentos 6 e 7);
11. Utilizar em confronto a menos de 20 metros o espargidor ou DEC conforme POP
103 e POP 104, antes de utilizar o bastão policial, como meio de dispersar o(s)
infrator(es) (Possibilidade de erro 2);
12. Algemar o infrator da lei com algemas, se possível, plásticas e retirá-lo
imediatamente do local (Possibilidade de erro 3).
RESULTADO ESPERADO
1. Que a ação do policiamento seja enérgica dentro da legalidade, dispersando a
turba e autuando os infratores da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso seja uma manifestação pacífica, agir conforme POP 606.01 (Sequência das
ações 1.c);
2. Caso a manifestação se torne uma turba ou um distúrbio civil, deverá solicitar apoio
do comandante de área e de unidade especializada (Sequência das ações 1.c e
8).
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Utilizar munições de elastômero em confronto a menos de 20 metros (Sequência
das ações 10);
2. Demorar retirar do local da manifestação os infratores algemados (Sequência das
ações 11);
3. Não acionar a unidade especializada, tendo a manifestação se tornado uma turba
(Sequência das ações 12);
4. Isolar os manifestantes, impedindo uma possível dispersão;
5. Conceder entrevistas aos meios de comunicação sem prévia autorização superior;
6. Não evitar a formação de turba ou não a dispersar rapidamente;
7. Discutir, desafiar, ameaçar ou blefar com os manifestantes;
8. Tratar de forma parcial as pessoas.

ESCLARECIMENTOS:

1. Manifestação: demonstração, por pessoas reunidas, de sentimento hostil ou


simpático à determinada autoridade ou a algum movimento político, econômico ou
social.

2. Aglomeração: grande número de pessoas temporariamente reunidas. Geralmente,


os membros de uma aglomeração pensam e agem como elementos isolados e não
organizados. A aglomeração poderá resultar da reunião acidental e transitória de
pessoas, tal como acontece na área comercial de uma cidade em seu horário de
trabalho ou nas estações rodoviárias em determinados instantes.

3. Multidão: aglomeração psicologicamente unificada por interesse comum. A


formação da multidão caracteriza-se pelo aparecimento do pronome “nós” entre os
seus membros. Assim, quando um membro de uma aglomeração afirma: “Nós
estamos aqui para lutar pela cultura!”; “Nós estamos aqui para prestar
solidariedade!”; “Nós estamos aqui para protestar!”. Podemos também afirmar que a
multidão está constituída e não se trata mais de uma aglomeração.

4. Turba: é a multidão em desordem. Reunião de pessoas que, sob o estímulo de


intensa excitação ou agitação, perdem o senso da razão e o respeito à lei, passando
422 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

a obedecer a indivíduos que tomam a iniciativa de chefiar ações desatinadas. A turba


pode provocar tumultos e distúrbios.
5. Tumulto: desrespeito à ordem, levado a efeito por várias pessoas, em apoio a um
desígnio comum de realizar certo empreendimento, por meio de ação planejada
contra quem a elas possa se opor. O desrespeito à ordem é uma perturbação
promovida por meio de ações ilegais, traduzidas numa demonstração de natureza
violenta ou turbulenta.

6. Linha de policiamento: policiais alinhados lado a lado e voltados para uma mesma
frente, em que os policiais deverão estar com o material necessário descrito nesse
processo.

7. Elastômero: polímero natural ou sintético que possui propriedades elásticas


análogas à borracha.

8. Ordem de dispersão: dada por meio de amplificadores de som através da


emanação de uma ordem legal diante de uma atitude infracional dos oponentes, os
manifestantes não devem ser repreendidos, desafiados ou ameaçados, deverá ser
dito: “Esta manifestação é ilegal, façam suas reivindicações por outros meios” ou
“Estes atos são ilegais, façam suas reivindicações por outros meios”. Se os
agitadores não obedecerem às ordens deverão ser tomadas novas medidas.

9. Princípio da conveniência: a força não poderá ser empregada quando, em função


do contexto, possa ocasionar danos de maior relevância do que os objetivos legais
pretendidos.

10. Princípio da necessidade: determinado nível de força só poderá ser empregado


quando níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos
legais pretendidos.

11. Princípio da proporcionalidade: o nível da força utilizado deve sempre ser


compatível com a gravidade da ameaça representada pela ação do opositor e com
os objetivos pretendidos pelo agente de Segurança Pública.

12. Técnicas de controle:


a) cercar e isolar a área do distúrbio;
b) impor restrições às pessoas, caso seja necessário;
c) proteger as instalações vitais;
d) estabelecer um vigoroso patrulhamento para dispersar as pequenas reuniões
identificando e prendendo os líderes infratores;
e) manter um efetivo de prontidão para emprego oportuno;
f) estabelecer uma coordenação com as forças civis de segurança;
g) manter vantagem psicológica sobre os manifestantes;
h) usar as comunicações adequadamente.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 423

MODULO VII - OCORRÊNCIAS COM APOIO DE UNIDADE ESPECIALIZADA


424 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 701
NOME DO PROCESSO: INFRAÇÕES PENAIS AMBIENTAIS
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Abordagem à pessoa(s) infratora(s) da lei POP 202
Atuação em infrações penais ambientais POP 701.01
Busca e apreensão domiciliar POP 512
Busca e identificação veicular POP 405
Uso de algemas POP 102
Preservação de local de crime POP 409
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública competente POP 501.05
Ocorrência envolvendo autoridade POP 507
Ocorrência envolvendo indígena POP 513
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 225 da Constituição Federal (CF). 436
Arts. 4º, 5º, 6º, 14, 161, 250, 259, 270 e 271 do
436
Código Penal (CP).
Arts. 1º, 31 e 42 do Decreto-Lei nº 3.688/41 - Lei
466
Infrações penais ambientais. de Contravenções Penais.
Arts. 301, 302 e 303 do Código de Processo Penal
445
(CPP).
Arts. 2º, 3º, 25, 26, 69 e 79 da Lei nº 9.605/98 - Lei
461
de Crimes Ambientais.
Poder de polícia. Art. 78 do Código Tributário Nacional (CTN). 447
POP:Procedimento Operacional Padrão | 425

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


OCORRÊNCIAS COM APOIO DE UNIDADE
MÓDULO VII
ESPECIALIZADA
PROCESSO 701 INFRAÇÕES PENAIS AMBIENTAIS
PROCEDIMENTO 701.01 Atuação em infrações penais ambientais
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Verificação da possível infração penal ambiental;
2. Abordagem ao infrator da legislação ambiental;
3. Detecção de objetos que representem riscos à guarnição;
4. Atuação na ocorrência;
5. Apreensão de produtos e de instrumentos da infração penal;
6. Prisão do(s) infrator(es);
7. Condução do(s) infrator(es).
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar a situação realizando um levantamento prévio (Ações corretivas 1 e 3;
Esclarecimento 1);
2. Identificar o(s) suposto(s) autor(es) da infração penal ambiental;
3. Abordar o(s) suposto(s) autor(es) e demais envolvidos, observando o uso seletivo
da força policial conforme POP 108;
4. Prender o(s) autor(es) e apreender os instrumentos utilizados na prática do ilícito
penal;
5. Procurar cessar o dano ambiental ou minimizá-lo, caso seja possível;
6. Preservar o local, se necessário, conforme POP 409;
7. Adotar as providências iniciais diante da infração penal ambiental, contatando, se
possível, a subunidade da polícia ambiental mais próxima e informar o
SIOP/COPOM (Ação corretiva 2 e Esclarecimento 2);
8. Informar ao CPU da unidade sobre a situação e as providências adotadas;
9. Conduzir o infrator à repartição pública competente, assim como os produtos e
instrumentos utilizados (Ação corretiva 3);
10. Lavrar o BA/PM com o maior número de dados possível da ocorrência, tais como:
registro fotográfico, coordenadas geográficas, entre outros;
11. Encaminhar, o comandante da unidade em que foi lavrado o BA/PM, via cadeia de
comando, o extrato da ocorrência ao comandante da polícia ambiental.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policial militar atue dentro da legalidade nas situações de flagrante delito de
infrações penais ambientais;
2. Que o crime ambiental seja combatido por todo e qualquer policial militar;
3. Que se priorize a segurança e a vida dos componentes da guarnição, a
preservação do meio ambiente e em seguida o cumprimento da lei.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso haja dúvida se a situação concreta caracteriza possível infração penal
ambiental, contatar o superior imediato ou CPU da unidade e repassar a situação, a
fim de que a ocorrência seja levada à subunidade de polícia militar ambiental mais
próxima que orientará as providências a serem adotadas. Entretanto, agir
imediatamente se: houver risco de que o dano ambiental se agrave, perigo do
suposto autor fugir ou retirar produtos e instrumentos utilizados na infração penal
426 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ambiental do local (Sequência das ações 1);


2. Caso a equipe da polícia ambiental compareça no local, essa deverá assumir a
ocorrência, atuando a outra guarnição em apoio, se necessário (Sequência das
ações 7);
3. Caso seja constatada infração penal ambiental e o fato não se trate de flagrante
delito, deverá ser confeccionado BA/PM relatando a situação e repassar, via
comando, a informação à polícia ambiental para as providências cabíveis
(Sequência das ações 1 e 9);
4. Caso a ocorrência envolva operações conjuntas:
a. sendo a solicitação de apoio oriunda da unidade de polícia ambiental, esta ficará
responsável pelo planejamento e os procedimentos específicos da ocorrência,
devendo a guarnição convencional atuar como apoio;
b. sendo a solicitação de apoio oriunda de órgão ambiental federal, estadual ou
municipal em infrações penais ambientais, o órgão ambiental solicitante ficará
responsável pelo planejamento, devendo esse definir a missão da PM na atuação
e, caso seja detectado crime ambiental, o comandante da guarnição deverá
seguir os procedimentos previstos neste manual.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Deixar de atender a infração penal ambiental ou não tomar providências quando se
deparar com essa;
2. Deixar de atentar para a segurança da guarnição nas ocorrências ambientais;
3. Atender ocorrências ambientais sem adotar os cuidados inerentes a cada tipo
infracional;
4. Montar operações ou atender requisições/solicitações inerentes ao combate às
infrações penais ambientais, de autoridades públicas ou privadas, sem antes
solicitar apoio da polícia ambiental.

ESCLARECIMENTOS:

1. Levantamento prévio: verificar a segurança no local; se a situação configura


infração penal ambiental; se se trata de atitudes que configuram flagrante delito; se é
possível proceder à abordagem.

2. Procedimentos iniciais: são os procedimentos que o policial militar deverá observar


quando se deparar com infrações penais ambientais, tais como: verificar que tipo de
infração penal ambiental se refere; o que deve ser apreendido como instrumento da
infração; o local que deve ser preservado; quais cuidados deverão ser adotados para
evitar riscos à guarnição; e outros procedimentos que, de imediato, serão adotados
pela guarnição a fim de cessar ou de minimizar a infração, ações de pronto
restabelecimento da ordem pública e o cumprimento da legislação ambiental.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 427

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 702

NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO AÉREO


MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e 407).
ETAPAS PROCEDIMENTO
Atuação com apoio do policiamento aéreo POP 702.01
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Art. 2º, inciso X da Lei
Competência para efetuar o patrulhamento Complementar nº 79/12 – Lei de
467
aéreo no Estado do Tocantins. Organização Básica da Polícia
Militar do Estado do Tocantins.
Medida Provisória nº 06, de
Cria o Centro Integrado de Operações
20/01/11, DOE nº 3.305, de ---
Aéreas (CIOPAER).
20/01/11.
Instruções para execução da Lei n° 7.183/84,
Portaria Interministerial nº 3.016,
que dispõe sobre o exercício da profissão de ---
de 05/02/88.
aeronauta.
Manual de Procedimentos Operacionais
Padrão do CIOPAER, da Secretaria de Portaria SSP nº 145, de 04/02/13,
478
Estado da Segurança Pública do Tocantins DOE nº 3.816 de 15/02/13.
(SSP-TO).
Aeronaltical Information Circulars
Operações aéreas de segurança pública e/ou (AIC) nº 06/06, de 08/06/06,
470
de defesa civil. Departamento de Controle do
Espaço Aéreo (DECEA).
Instrução do Comando da
Regras e procedimentos especiais de tráfego
Aeronáutica (ICA) 100-4, 2007, ---
aéreo para helicópteros.
DECEA.
Regulamenta o Direito sobre o espaço aéreo Código Brasileiro de Aeronáutica
---
brasileiro. (CBA) - Lei nº 7.565/86.
Regulamento Brasileiro de Homologação
Aeronáutica – RBHA 91: regras gerais de Portaria nº 482/DGAC, de
operação para aeronaves civis; subparte “k”: 20/03/03, DOU nº 76, de 474
operações aéreas de segurança pública e/ou 22/04/03.
de defesa civil.
428 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MÓDULO VII OCORRÊNCIAS COM APOIO DE UNIDADE
ESPECIALIZADA
PROCESSO 702 OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO
AÉREO
PROCEDIMENTO 702.01 Atuação com apoio do policiamento aéreo
ESTABELECIDO EM: 04/07/2014
REVISADO EM: Nº DA REVISÃO:
RESPONSÁVEL: Comandante da guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Solicitação de apoio do helicóptero em ocorrência de vulto;
2. Coordenação com a equipe do helicóptero.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Avaliar a necessidade do emprego do helicóptero em situações como:
a. busca de infratores e de pessoas em regiões de difícil acesso aos outros meios
de transporte;
b. ocorrências com reféns;
c. roubo a instituições financeiras, a residências, a veículos, entre outros;
d. repressão à rebelião e às fugas do sistema prisional;
e. grande congestionamento de tráfego;
f. eventos de grande amplitude, com intenso fluxo de veículos e de pessoas;
g. localização e socorro à vítima de acidente;
h. combate a incêndios urbanos ou florestais;
i. operações de acompanhamento/cerco e tomada de cativeiros;
j. operações de controle de distúrbios civis.
2. Solicitar apoio via SIOP/COPOM ou diretamente ao comandante da aeronave
quando essa estiver realizando radiopatrulhamento;
3. Comunicar com a tripulação, via rádio, transmitindo informações complementares
relativas à situação e ao local, tais como (Ação corretiva 1):
a. hora do evento;
b. características do local (da residência, da vegetação, indicar um ponto de
referência, existência de fios ou redes elétricas, entre outros);
c. condições meteorológicas adversas na localidade (chuva intensa, baixa
visibilidade vertical e/ou horizontal, ventos fortes, entre outros);
d. quantidade de guarnições empenhadas e suas localizações;
e. rota de fuga;
f. quantidade de infratores e vítimas;
g. armamento utilizado;
h. características de veículos e pessoas envolvidas;
i. situação atual da ocorrência;
j. informações que auxiliem a visualização aérea.
4. Orientar espacialmente a tripulação da aeronave, comparando-a aos ponteiros de
um relógio (Esclarecimento 3 e Imagem 1);
5. Manter sinalizadores luminosos da viatura ligados.
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que a operação tenha êxito, minimizando tempo, gastos e esforços;
2. Que o emprego do apoio aéreo ocorra em situações necessárias;
3. Que haja estreitamento do contato dos policiais com a tripulação;
4. Que seja mantida a integridade física de todos os envolvidos;
5. Que a guarnição saiba se comunicar com a tripulação utilizando a linguagem
POP:Procedimento Operacional Padrão | 429

adequada.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso os policiais estejam sem comunicação via rádio, orientar a tripulação
utilizando gestos, para indicar (Sequência das ações 3):
a. rota de fuga: utilizar braços e mãos, flexionando-os e distendendo-os na direção
que a aeronave deverá assumir;
b. quantidade de infratores: com um dos braços, flexionar e distender; e com os
dedos da mão enumerar a quantidade;
c. se os infratores estão armados.
2. Caso os policiais estejam sem comunicação via rádio, manter contato pessoal com
a tripulação; nesse caso, a aeronave poderá pousar e para tanto, os policiais
deverão considerar:
2.1. Helicóptero com rotor principal girando (Esclarecimento 1):
a. providenciar um local para pouso (área de 30 m X 30 m sem obstáculos ou
objetos soltos no solo);
b. guarnecer o local, evitando a aproximação de pessoas e animais;
c. eleger um policial para aproximar do helicóptero;
d. manter-se na região frontal do helicóptero, a distância segura (30 metros), tendo
certeza de sua visualização pela tripulação;
e. aguardar a autorização do tripulante operacional ou do piloto, por meio de gestos
com as mãos, para o policial aproximar do helicóptero;
f. nunca aproximar do helicóptero pela cauda (zona vermelha) (Esclarecimento 3
e Imagem 1).
2.2. Helicóptero com rotor principal parado (Esclarecimentos 1 e 2):
a. idem “a” e “b” do item 2.1;
b. aguardar os rotores pararem de girar totalmente;
c. idem “e” do item 2.1.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Avaliar erroneamente os critérios para solicitar o apoio aéreo;
2. Deixar de transmitir informações pertinentes ao evento;
3. Ocorrer coordenação deficiente das ações entre os policiais no solo e a tripulação;
4. Minimizar ou desprezar o apoio aéreo durante o radiopatrulhamento ou a
operação;
5. Realizar comunicação deficiente via rádio;
6. Deixar, os policiais envolvidos na operação, de serem identificados e localizados
pela tripulação;
7. Aproximar, os policiais, da aeronave com os rotores girando e sem autorização.

ESCLARECIMENTOS:

1. Divisão básica do helicóptero:


a) proa - frente;
b) cauda - traseira;
c) rotor principal - as pás maiores sobre o helicóptero;
d) rotor de cauda - as pás menores na traseira do helicóptero.

2. Requisitos para embarque na aeronave


2.1. Para se aproximar:
a) retirar qualquer cobertura;
b) deslocar com o corpo curvado e os olhos protegidos voltados para a aeronave;
430 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

c) manter o armamento descarregado e coldreado ou junto ao corpo (arma portátil);


d) se portar algum objeto, mantê-lo na altura da cintura;
e) em caso de cegueira momentânea causada por poeira, parar, sentar e aguardar o
auxílio da tripulação.
2.2. Ao embarcar:
a) submeter-se ao briefing (orientações prévias) da tripulação;
b) obedecer às ordens e às orientações dos tripulantes.

3. Zonas para orientação e aproximação do helicóptero:


a) proa = 12 horas;
b) lateral direita = 3 horas;
c) cauda = 6 horas;
d) lateral esquerda = 9 horas;
e) imediatamente abaixo = vertical.

Exemplo de verbalização: “o veículo está às 3 horas da aeronave”, ou seja, ele está à


direita.
Observação: considerar também os valores intermediários para direcionar o
deslocamento da aeronave.

Imagem 1
POP:Procedimento Operacional Padrão | 431

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


MAPA DESCRITIVO
PROCESSO 703
NOME DO PROCESSO: OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM
CÃES
MATERIAL NECESSÁRIO
1. Equipamentos de proteção e porte individual e de viatura (POP 101 e POP 407).
ETAPAS PROCEDIMENTOS
Conhecimento da ocorrência POP 501.01
Deslocamento para o local da ocorrência POP 501.02
Chegada ao local da ocorrência POP 501.03
Acionamento de equipe de policiamento com cães POP 703.01
Condução à repartição pública competente POP 501.04
Apresentação da ocorrência na repartição pública
POP 501.05
competente
FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA
DESCRIÇÃO NORMA PÁG
Dispõe sobre a permanência e
circulação de cães em locais Lei nº 1.602/2005. 468
públicos.
Art. 78 do Código Tributário Nacional
Poder de polícia. 447
(CTN).
Uso da força pelos agentes de Portaria Interministerial nº 4.226, de
---
Segurança Pública. 31/12/2010.
432 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DO TOCANTINS


OCORRÊNCIAS COM APOIO DE UNIDADE
MÓDULO VII
ESPECIALIZADA
OCORRÊNCIA COM APOIO DO POLICIAMENTO COM
PROCESSO 703
CÃES
PROCEDIMENTO 703.01 Acionamento de equipe de policiamento com cães
ESTABELECIDO EM: ----
REVISADO EM: --- Nº DA REVISÃO: -----
RESPONSÁVEL: Comandante de guarnição.
ATIVIDADES CRÍTICAS
1. Análise da necessidade do emprego de policiamento com cães;
2. Coleta e envio de dados sobre a ocorrência;
3. Preservação do local do fato.
SEQUÊNCIA DAS AÇÕES
1. Analisar a necessidade de emprego do policiamento com cães (Esclarecimento 1);
2. Solicitar do SIOP/COPOM o acionamento do policiamento com cães, repassando
informações pertinentes à ocorrência, bem como o contato direto com o
responsável pela tropa especializada;
3. Isolar o local do fato para que o ambiente não se contamine, e aguardar a
confirmação de emprego do policiamento com cães (Ação corretiva 1 e
Esclarecimento 2);
4. Transmitir o máximo de informações coletadas sobre o fato ao responsável pelo
policiamento com cães (Esclarecimento 3).
RESULTADOS ESPERADOS
1. Que o policiamento com cães seja acionado o mais rápido possível;
2. Que a preservação do local seja eficiente até a chegada da equipe especializada;
3. Que as orientações do condutor do cão sejam obedecidas;
4. Que durante o emprego do cão, mantenha-se o isolamento do local.
AÇÕES CORRETIVAS
1. Caso não seja possível o emprego do policiamento com cães, a guarnição deverá
informar o escalão superior e agir com os meios disponíveis (Sequência das
ações 3);
2. Caso surja algum dado relevante sobre a ocorrência, antes da chegada do
policiamento com cães, repassá-lo ao comandante desse policiamento.
POSSIBILIDADES DE ERRO
1. Acionar o policiamento com cães desnecessariamente;
2. Aproximar-se do cão durante seu emprego;
3. Permitir que pessoas se aproximem da tropa especializada para interagir com o
cão;
4. Contaminar o local da ocorrência desnecessariamente.

ESCLARECIMENTOS:

1. Necessidade de emprego do cão:


a) revista em estabelecimentos penais;
b) rastreamento de entorpecentes e armas de fogo;
c) rastreamento e identificação de artefatos explosivos;
d) busca, resgate e salvamento;
e) rastreamento e captura de infratores.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 433

2. Isolamento e preservação do local do fato e objetos correlatos: o local do fato


deve ser isolado e preservado, de forma que o ambiente não se contamine e dificulte
a ação do cão. Os indícios e vestígios deixados devem ser preservados, isolando o
perímetro de modo que ninguém contamine a área de busca e possível atuação. O
policial não deve alterar o local para fazer busca, pois modificará o odor do ambiente.
Em caso de rastreamento e identificação de artefatos explosivos, observar o POP
603.

3. Informações coletadas sobre o fato: descrição da ocorrência; possíveis rotas de


fuga se for o caso; condições meteorológicas; tipos de terreno (elevação, vegetação,
alagadiço, arenoso, etc.); em ambiente rural, buscar identificar a localização por meio
de pontos de fácil referência (postos de gasolina, rios, obstáculos naturais,
coordenadas geográficas, entre outros).
434 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

AMAZONAS. Polícia Militar. Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo. Manual de


Procedimentos Operacionais Padrão;

AMAZONAS. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão. 1ª Ed. 2010;

ASSESSORIA ESPECIAL DE AVIAÇÃO CIVIL. Manual de Procedimentos Operacionais


Padrão da Força Nacional de Segurança Pública. Secretaria Nacional de Segurança
Pública. 2009;

DISTRITO FEDERAL. Polícia Militar. Batalhão de Aviação Operacional: BAVOP. Manual


de Procedimentos Operacionais Padrão;

DORIA JÚNIOR, Irio; FAHNING, José R. da Silva. Curso de Gerenciamento de Crise.


SENASP/MJ. s.l. 2008;

GOIÁS. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão. 3ª Ed. 2010;

MATO GROSSO. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão. 2009;

MATO GROSSO. Secretaria de Estado de Segurança Pública. Centro Integrado de


Operações Aéreas: CIOPAER. Manual de Procedimentos Operacionais Padrão;

PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO. Curso de Preservação de Local de Crime.


Rede Nacional de Educação à Distância/ SENASP. [s.l.]. [s.d.];

SANTA CATARINA. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão. 2011;

SÃO PAULO. Polícia Militar. Grupamento de Radiopatrulhamento Aéreo. Manual de


Procedimentos Operacionais Padrão;

SÃO PAULO. Polícia Militar. Procedimento Operacional Padrão. 2007;

TOCANTINS. Polícia Militar. Doutrina de Operações de Choque. B.G. n° 239/13. Portaria


n° 002/2014 GCG. 2014;

TOCANTINS. Polícia Militar. Doutrina do Grupo de Operações com Cães. B.G. n° 237/13.
Portaria n° 002/2014 GCG. 2014.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 435

ANEXOS POP/PMTO

1 - FUNDAMENTAÇÃO NORMATIVA

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL DE 1988

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se
aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à
liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
III - ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante;
XI - a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem
consentimento do morador, salvo em caso de flagrante delito ou desastre, ou para prestar
socorro, ou, durante o dia, por determinação judicial;
XLIX - é assegurado aos presos o respeito à integridade física e moral;
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada
de autoridade judiciária competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime
propriamente militar, definidos em lei;

Art. 20. São bens da União:


XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios.

Art. 53. Os Deputados e Senadores são invioláveis, civil e penalmente, por quaisquer de
suas opiniões, palavras e votos.
§ 1º Os Deputados e Senadores, desde a expedição do diploma, serão submetidos a
julgamento perante o Supremo Tribunal Federal.
§ 2º Desde a expedição do diploma, os membros do Congresso Nacional não poderão
ser presos, salvo em flagrante de crime inafiançável. Nesse caso, os autos serão
remetidos dentro de vinte e quatro horas à Casa respectiva, para que, pelo voto da
maioria de seus membros, resolva sobre a prisão.
§ 3º Recebida a denúncia contra o Senador ou Deputado, por crime ocorrido após a
diplomação, o Supremo Tribunal Federal dará ciência à Casa respectiva, que, por
iniciativa de partido político nela representado e pelo voto da maioria de seus membros,
poderá, até a decisão final, sustar o andamento da ação.
§ 4º O pedido de sustação será apreciado pela Casa respectiva no prazo improrrogável
de quarenta e cinco dias do seu recebimento pela Mesa Diretora.
§ 5º A sustação do processo suspende a prescrição, enquanto durar o mandato.
§ 6º Os Deputados e Senadores não serão obrigados a testemunhar sobre informações
recebidas ou prestadas em razão do exercício do mandato, nem sobre as pessoas que
lhes confiaram ou deles receberam informações.
§ 7º A incorporação às Forças Armadas de Deputados e Senadores, embora militares e
ainda que em tempo de guerra, dependerá de prévia licença da Casa respectiva.
§ 8º As imunidades de Deputados ou Senadores subsistirão durante o estado de sítio, só
podendo ser suspensas mediante o voto de dois terços dos membros da Casa
respectiva, nos casos de atos praticados fora do recinto do Congresso Nacional, que
sejam incompatíveis com a execução da medida.

Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é


exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do
patrimônio, através dos seguintes órgãos:
436 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

V - polícias militares e corpos de bombeiros militares.


§ 5º - às polícias militares cabem a polícia ostensiva e a preservação da ordem pública;
aos corpos de bombeiros militares, além das atribuições definidas em lei, incumbe a
execução de atividades de defesa civil.

Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso
comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à
coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para as presentes e futuras gerações.
§ 1º - Para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao Poder Público:
I - preservar e restaurar os processos ecológicos essenciais e prover o manejo ecológico
das espécies e ecossistemas;
II - preservar a diversidade e a integridade do patrimônio genético do País e fiscalizar as
entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético;
III - definir, em todas as unidades da Federação, espaços territoriais e seus componentes
a serem especialmente protegidos, sendo a alteração e a supressão permitidas somente
através de lei, vedada qualquer utilização que comprometa a integridade dos atributos
que justifiquem sua proteção;
IV - exigir, na forma da lei, para instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente, estudo prévio de impacto
ambiental, a que se dará publicidade;
V - controlar a produção, a comercialização e o emprego de técnicas, métodos e
substâncias que comportem risco para a vida, a qualidade de vida e o meio ambiente;
VI - promover a educação ambiental em todos os níveis de ensino e a conscientização
pública para a preservação do meio ambiente;
VII - proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em
risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais
a crueldade.
§ 2º - Aquele que explorar recursos minerais fica obrigado a recuperar o meio ambiente
degradado, de acordo com solução técnica exigida pelo órgão público competente, na
forma da lei.
§ 3º - As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente sujeitarão os
infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e administrativas,
independentemente da obrigação de reparar os danos causados.
§ 4º - A Floresta Amazônica brasileira, a Mata Atlântica, a Serra do Mar, o Pantanal Mato-
Grossense e a Zona Costeira são patrimônio nacional, e sua utilização far-se-á, na forma
da lei, dentro de condições que assegurem a preservação do meio ambiente, inclusive
quanto ao uso dos recursos naturais.
§ 5º - São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações
discriminatórias, necessárias à proteção dos ecossistemas naturais.
§ 6º - As usinas que operem com reator nuclear deverão ter sua localização definida em
lei federal, sem o que não poderão ser instaladas.

CÓDIGO PENAL
Art. 4º. Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro
seja o momento do resultado.

Art. 5º. Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo
POP:Procedimento Operacional Padrão | 437

brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações


brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves ou
embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no
território nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar
territorial do Brasil.

Art. 6º. Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.

Art. 14. Diz-se o crime:


I - consumado, quando nele se reúnem todos os elementos de sua definição legal;
II - tentado, quando, iniciada a execução, não se consuma por circunstâncias alheias à
vontade do agente.
Parágrafo único - Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa com a pena
correspondente ao crime consumado, diminuída de um a dois terços.

Art. 23. Não há crime quando o agente pratica o fato:


I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.

Art. 24. Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de
perigo atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito
próprio ou alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo.
§ 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.

Art. 25. Entende-se em legítima defesa quem, usando moderadamente dos meios
necessários, repele injusta agressão, atual ou iminente, a direito seu ou de outrem.

Art. 38. O preso conserva todos os direitos não atingidos pela perda da liberdade,
impondo-se a todas as autoridades o respeito à sua integridade física e moral.

Art. 61. São circunstâncias que sempre agravam a pena, quando não constituem ou
qualificam o crime:
I - a reincidência;
II - ter o agente cometido o crime:
a) por motivo fútil ou torpe;
b) para facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de
outro crime;
c) à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação, ou outro recurso que dificultou ou
tornou impossível a defesa do ofendido;
d) com emprego de veneno, fogo, explosivo, tortura ou outro meio insidioso ou cruel, ou
de que podia resultar perigo comum;
438 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

e) contra ascendente, descendente, irmão ou cônjuge;


f) com abuso de autoridade ou prevalecendo-se de relações domésticas, de coabitação
ou de hospitalidade, ou com violência contra a mulher na forma da lei específica;
g) com abuso de poder ou violação de dever inerente a cargo, ofício, ministério ou
profissão;
h) contra criança, maior de 60 (sessenta) anos, enfermo ou mulher grávida;
i) quando o ofendido estava sob a imediata proteção da autoridade;
j) em ocasião de incêndio, naufrágio, inundação ou qualquer calamidade pública, ou de
desgraça particular do ofendido;
l) em estado de embriaguez preordenada.

Art. 121. Matar alguém:


Pena - reclusão, de seis a vinte anos.
§ 1º Se o agente comete o crime impelido por motivo de relevante valor social ou moral,
ou sob o domínio de violenta emoção, logo em seguida a injusta provocação da vítima,
ou juiz pode reduzir a pena de um sexto a um terço.
§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
II - por motivo fútil;
III - com emprego de veneno, fogo, explosivo, asfixia, tortura ou outro meio insidioso ou
cruel, ou de que possa resultar perigo comum;
IV - à traição, de emboscada, ou mediante dissimulação ou outro recurso que dificulte ou
torne impossível a defesa do ofendido;
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:
Pena - reclusão, de doze a trinta anos.
§ 3º Se o homicídio é culposo:
Pena - detenção, de um a três anos.
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de
prestar imediato socorro à vítima, não procura diminuir as consequências do seu ato, ou
foge para evitar prisão em flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de
1/3 (um terço) se o crime é praticado contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de
60 (sessenta) anos.
§ 5º Na hipótese de homicídio culposo, o juiz poderá deixar de aplicar a pena, se as
consequências da infração atingirem o próprio agente de forma tão grave que a sanção
penal se torne desnecessária.
§ 6º A pena é aumentada de 1/3 (um terço) até a metade se o crime for praticado por
milícia privada, sob o pretexto de prestação de serviço de segurança, ou por grupo de
extermínio.

Art. 137. Participar de rixa, salvo para separar os contendores:


Pena - detenção, de quinze dias a dois meses, ou multa.
Parágrafo único - Se ocorre morte ou lesão corporal de natureza grave, aplica-se, pelo
fato da participação na rixa, a pena de detenção, de seis meses a dois anos.

Art. 140. Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro:


Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
§ 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena:
I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria;
II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 439

§ 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo
meio empregado, se considerem aviltantes:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à
violência.
§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião
ou origem:
§ 3o Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião,
origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência
Pena - reclusão de um a três anos e multa.

Art. 147. Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer outro meio
simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Somente se procede mediante representação.

Art. 150. Entrar ou permanecer, clandestina ou astuciosamente, ou contra a vontade


expressa ou tácita de quem de direito, em casa alheia ou em suas dependências:
Pena - detenção, de um a três meses, ou multa.
§ 1º - Se o crime é cometido durante a noite, ou em lugar ermo, ou com o emprego de
violência ou de arma, ou por duas ou mais pessoas:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, além da pena correspondente à violência.
§ 2º - Aumenta-se a pena de um terço, se o fato é cometido por funcionário público, fora
dos casos legais, ou com inobservância das formalidades estabelecidas em lei, ou com
abuso do poder.
§ 3º - Não constitui crime a entrada ou permanência em casa alheia ou em suas
dependências:
I - durante o dia, com observância das formalidades legais, para efetuar prisão ou outra
diligência;
II - a qualquer hora do dia ou da noite, quando algum crime está sendo ali praticado ou na
iminência de o ser.
§ 4º - A expressão "casa" compreende:
I - qualquer compartimento habitado;
II - aposento ocupado de habitação coletiva;
III - compartimento não aberto ao público, onde alguém exerce profissão ou atividade.
§ 5º - Não se compreendem na expressão "casa":
I - hospedaria, estalagem ou qualquer outra habitação coletiva, enquanto aberta, salvo a
restrição do n.º II do parágrafo anterior;
II - taverna, casa de jogo e outras do mesmo gênero.

Art. 155. Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:


Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
§ 2º - Se o criminoso é primário, e é de pequeno valor a coisa furtada, o juiz pode
substituir a pena de reclusão pela de detenção, diminuí-la de um a dois terços, ou aplicar
somente a pena de multa.
§ 3º - Equipara-se à coisa móvel a energia elétrica ou qualquer outra que tenha valor
econômico.
§ 4º - A pena é de reclusão de dois a oito anos, e multa, se o crime é cometido:
I - com destruição ou rompimento de obstáculo à subtração da coisa;
II - com abuso de confiança, ou mediante fraude, escalada ou destreza;
440 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

III - com emprego de chave falsa;


IV - mediante concurso de duas ou mais pessoas.
§ 5º - A pena é de reclusão de 3 (três) a 8 (oito) anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser transportado para outro Estado ou para o exterior.

Art. 156. Subtrair o condômino, coerdeiro ou sócio, para si ou para outrem, a quem
legitimamente a detém, a coisa comum:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.
§ 1º - Somente se procede mediante representação.
§ 2º - Não é punível a subtração de coisa comum fungível, cujo valor não excede a quota
a que tem direito o agente.

Art. 157. Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade
de resistência:
Pena - reclusão, de quatro a dez anos, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem, logo depois de subtraída a coisa, emprega violência
contra pessoa ou grave ameaça, a fim de assegurar a impunidade do crime ou a
detenção da coisa para si ou para terceiro.
§ 2º - A pena aumenta-se de um terço até metade:
I - se a violência ou ameaça é exercida com emprego de arma;
II - se há o concurso de duas ou mais pessoas;
III - se a vítima está em serviço de transporte de valores e o agente conhece tal
circunstância.
IV - se a subtração for de veículo automotor que venha a ser transportado para outro
Estado ou para o exterior;
V - se o agente mantém a vítima em seu poder, restringindo sua liberdade.
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo
da multa.

Art. 161. Suprimir ou deslocar tapume, marco, ou qualquer outro sinal indicativo de linha
divisória, para apropriar-se, no todo ou em parte, de coisa imóvel alheia:
Pena - detenção, de um a seis meses, e multa.
§ 1º - Na mesma pena incorre quem:
I - desvia ou represa, em proveito próprio ou de outrem, águas alheias;
II - invade, com violência a pessoa ou grave ameaça, ou mediante concurso de mais de
duas pessoas, terreno ou edifício alheio, para o fim de esbulho possessório.
§ 2º - Se o agente usa de violência, incorre também na pena a esta cominada.
§ 3º - Se a propriedade é particular, e não há emprego de violência, somente se procede
mediante queixa.

Art. 163. Destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia:


Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.
Parágrafo único - Se o crime é cometido:
I - com violência à pessoa ou grave ameaça;
II - com emprego de substância inflamável ou explosiva, se o fato não constitui crime
mais grave
III - contra o patrimônio da União, de Estado ou de Município;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 441

III - contra o patrimônio da União, Estado, Município, empresa concessionária de serviços


públicos ou sociedade de economia mista;
IV - por motivo egoístico ou com prejuízo considerável para a vítima:
Pena - detenção, de seis meses a três anos, e multa, além da pena correspondente à
violência.

Art. 250. Causar incêndio, expondo a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio
de outrem:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - As penas aumentam-se de um terço:
I - se o crime é cometido com intuito de obter vantagem pecuniária em proveito próprio ou
alheio;
II - se o incêndio é:
a) em casa habitada ou destinada a habitação;
b) em edifício público ou destinado a uso público ou a obra de assistência social ou de
cultura;
c) em embarcação, aeronave, comboio ou veículo de transporte coletivo;
d) em estação ferroviária ou aeródromo;
e) em estaleiro, fábrica ou oficina;
f) em depósito de explosivo, combustível ou inflamável;
g) em poço petrolífico ou galeria de mineração;
h) em lavoura, pastagem, mata ou floresta.
§ 2º - Se culposo o incêndio, é pena de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos.

Art. 251. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, mediante
explosão, arremesso ou simples colocação de engenho de dinamite ou de substância de
efeitos análogos:
Pena - reclusão, de três a seis anos, e multa.
§ 1º - Se a substância utilizada não é dinamite ou explosivo de efeitos análogos:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 2º - As penas aumentam-se de um terço, se ocorre qualquer das hipóteses previstas no
§ 1º, I, do artigo anterior, ou é visada ou atingida qualquer das coisas enumeradas no nº
II do mesmo parágrafo.
§ 3º - No caso de culpa, se a explosão é de dinamite ou substância de efeitos análogos, a
pena é de detenção, de 6 (seis) meses a 2 (dois) anos; nos demais casos, é de detenção,
de 3 (três) meses a 1 (um) ano.

Art. 252. Expor a perigo a vida, a integridade física ou o patrimônio de outrem, usando de
gás tóxico ou asfixiante:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de três meses a um ano.

Art. 253. Fabricar, fornecer, adquirir, possuir ou transportar, sem licença da autoridade,
substância ou engenho explosivo, gás tóxico ou asfixiante, ou material destinado à sua
fabricação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.

Art. 258. Se do crime doloso de perigo comum resulta lesão corporal de natureza grave,
a pena privativa de liberdade é aumentada de metade; se resulta morte, é aplicada em
442 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

dobro. No caso de culpa, se do fato resulta lesão corporal, a pena aumenta-se de


metade; se resulta morte, aplica-se a pena cominada ao homicídio culposo, aumentada
de um terço.

Art. 259. Difundir doença ou praga que possa causar dano a floresta, plantação ou
animais de utilidade econômica:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos, e multa.
Parágrafo único - No caso de culpa, a pena é de detenção, de um a seis meses, ou
multa.

Art. 270. Envenenar água potável, de uso comum ou particular, ou substância alimentícia
ou medicinal destinada a consumo:
Pena - reclusão, de cinco a quinze anos.
Pena - reclusão, de dez a quinze anos.
§ 1º - Está sujeito à mesma pena quem entrega a consumo ou tem em depósito, para o
fim de ser distribuída, a água ou a substância envenenada.
§ 2º - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos.

Art. 271. Corromper ou poluir água potável, de uso comum ou particular, tornando-a
imprópria para consumo ou nociva à saúde:
Pena - reclusão, de dois a cinco anos.
Parágrafo único - Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de dois meses a um ano.

Art. 329. Opor-se à execução de ato legal, mediante violência ou ameaça a funcionário
competente para executá-lo ou a quem lhe esteja prestando auxílio:
Pena - detenção, de dois meses a dois anos.
§ 1º - Se o ato, em razão da resistência, não se executa:
Pena - reclusão, de um a três anos.
§ 2º - As penas deste artigo são aplicáveis sem prejuízo das correspondentes à violência.

Art. 330. Desobedecer a ordem legal de funcionário público:


Pena - detenção, de quinze dias a seis meses, e multa.

Art. 331. Desacatar funcionário público no exercício da função ou em razão dela:


Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa.

Art. 340. Provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de


contravenção que sabe não se ter verificado:
Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa.

Art. 347. Inovar artificiosamente, na pendência de processo civil ou administrativo, o


estado de lugar, de coisa ou de pessoa, com o fim de induzir a erro o juiz ou o perito:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, e multa.
Parágrafo único - Se a inovação se destina a produzir efeito em processo penal, ainda
que não iniciado, as penas aplicam-se em dobro.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 443

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL

Art. 169. Para o efeito de exame do local onde houver sido praticada a infração, a
autoridade providenciará imediatamente para que não se altere o estado das coisas até a
chegada dos peritos, que poderão instruir seus laudos com fotografias, desenhos ou
esquemas elucidativos.
Parágrafo único. Os peritos registrarão, no laudo, as alterações do estado das coisas e
discutirão, no relatório, as consequências dessas alterações na dinâmica dos fatos.

Art. 240. A busca será domiciliar ou pessoal.


§ 1o Proceder-se-á à busca domiciliar, quando fundadas razões a autorizarem, para:
a) prender criminosos;
b) apreender coisas achadas ou obtidas por meios criminosos;
c) apreender instrumentos de falsificação ou de contrafação e objetos falsificados ou
contrafeitos;
d) apreender armas e munições, instrumentos utilizados na prática de crime ou
destinados a fim delituoso;
e) descobrir objetos necessários à prova de infração ou à defesa do réu;
f) apreender cartas, abertas ou não, destinadas ao acusado ou em seu poder, quando
haja suspeita de que o conhecimento do seu conteúdo possa ser útil à elucidação do fato;
g) apreender pessoas vítimas de crimes;
h) colher qualquer elemento de convicção.
§ 2o Proceder-se-á à busca pessoal quando houver fundada suspeita de que alguém
oculte consigo arma proibida ou objetos mencionados nas letras b a f e letra h do
parágrafo anterior.

Art. 241. Quando a própria autoridade policial ou judiciária não a realizar pessoalmente,
a busca domiciliar deverá ser precedida da expedição de mandado.

Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das
partes.

Art. 243. O mandado de busca deverá:


I - indicar, o mais precisamente possível, a casa em que será realizada a diligência e o
nome do respectivo proprietário ou morador; ou, no caso de busca pessoal, o nome da
pessoa que terá de sofrê-la ou os sinais que a identifiquem;
II - mencionar o motivo e os fins da diligência;
III - ser subscrito pelo escrivão e assinado pela autoridade que o fizer expedir.
§ 1o Se houver ordem de prisão, constará do próprio texto do mandado de busca.
§ 2o Não será permitida a apreensão de documento em poder do defensor do acusado,
salvo quando constituir elemento do corpo de delito.

Art. 244. A busca pessoal independerá de mandado, no caso de prisão ou quando


houver fundada suspeita de que a pessoa esteja na posse de arma proibida ou de
objetos ou papéis que constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada
no curso de busca domiciliar.

Art. 245. As buscas domiciliares serão executadas de dia, salvo se o morador consentir
que se realizem à noite, e, antes de penetrarem na casa, os executores mostrarão e lerão
444 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

o mandado ao morador, ou a quem o represente, intimando-o, em seguida, a abrir a


porta.
§ 1o Se a própria autoridade der a busca, declarará previamente sua qualidade e o objeto
da diligência.
§ 2o Em caso de desobediência, será arrombada a porta e forçada a entrada.
§ 3o Recalcitrando o morador, será permitido o emprego de força contra coisas
existentes no interior da casa, para o descobrimento do que se procura.
§ 4o Observar-se-á o disposto nos §§ 2o e 3o, quando ausentes os moradores, devendo,
neste caso, ser intimado a assistir à diligência qualquer vizinho, se houver e estiver
presente.
§ 5o Se é determinada a pessoa ou coisa que se vai procurar, o morador será intimado a
mostrá-la.
§ 6o Descoberta a pessoa ou coisa que se procura, será imediatamente apreendida e
posta sob custódia da autoridade ou de seus agentes.
§ 7o Finda a diligência, os executores lavrarão auto circunstanciado, assinando-o com
duas testemunhas presenciais, sem prejuízo do disposto no § 4o.

Art. 246. Aplicar-se-á também o disposto no artigo anterior, quando se tiver de proceder
a busca em compartimento habitado ou em aposento ocupado de habitação coletiva ou
em compartimento não aberto ao público, onde alguém exercer profissão ou atividade.

Art. 247. Não sendo encontrada a pessoa ou coisa procurada, os motivos da diligência
serão comunicados a quem tiver sofrido a busca, se o requerer.

Art. 248. Em casa habitada, a busca será feita de modo que não moleste os moradores
mais do que o indispensável para o êxito da diligência.

Art. 249. A busca em mulher será feita por outra mulher, se não importar retardamento
ou prejuízo da diligência.

Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão
prender quem quer que seja encontrado em flagrante delito.

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:


I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em
situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.

Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto
não cessar a permanência.

Art. 304. Apresentado o preso à autoridade competente, ouvirá esta o condutor e


colherá, desde logo, sua assinatura, entregando a este cópia do termo e recibo de
entrega do preso. Em seguida, procederá à oitiva das testemunhas que o acompanharem
e ao interrogatório do acusado sobre a imputação que lhe é feita, colhendo, após cada
oitiva suas respectivas assinaturas, lavrando, a autoridade, afinal, o auto.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 445

§ 1o Resultando das respostas fundada a suspeita contra o conduzido, a autoridade


mandará recolhê-lo à prisão, exceto no caso de livrar-se solto ou de prestar fiança, e
prosseguirá nos atos do inquérito ou processo, se para isso for competente; se não o for,
enviará os autos à autoridade que o seja.
§ 2o A falta de testemunhas da infração não impedirá o auto de prisão em flagrante; mas,
nesse caso, com o condutor, deverão assiná-lo pelo menos duas pessoas que hajam
testemunhado a apresentação do preso à autoridade.
§ 3o Quando o acusado se recusar a assinar, não souber ou não puder fazê-lo, o auto de
prisão em flagrante será assinado por duas testemunhas, que tenham ouvido sua leitura
na presença deste.

Art. 305. Na falta ou no impedimento do escrivão, qualquer pessoa designada pela


autoridade lavrará o auto, depois de prestado o compromisso legal.

Art. 306. A prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados
imediatamente ao juiz competente, ao Ministério Público e à família do preso ou à pessoa
por ele indicada.
§ 1o Em até 24 (vinte e quatro) horas após a realização da prisão, será encaminhado ao
juiz competente o auto de prisão em flagrante e, caso o autuado não informe o nome de
seu advogado, cópia integral para a Defensoria Pública.
§ 2o No mesmo prazo, será entregue ao preso, mediante recibo, a nota de culpa,
assinada pela autoridade, com o motivo da prisão, o nome do condutor e os das
testemunhas.

Art. 307. Quando o fato for praticado em presença da autoridade, ou contra esta, no
exercício de suas funções, constarão do auto a narração deste fato, a voz de prisão, as
declarações que fizer o preso e os depoimentos das testemunhas, sendo tudo assinado
pela autoridade, pelo preso e pelas testemunhas e remetido imediatamente ao juiz a
quem couber tomar conhecimento do fato delituoso, se não o for a autoridade que houver
presidido o auto.

Art. 308. Não havendo autoridade no lugar em que se tiver efetuado a prisão, o preso
será logo apresentado à do lugar mais próximo.

Art. 309. Se o réu se livrar solto, deverá ser posto em liberdade, depois de lavrado o
auto de prisão em flagrante.

Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:


I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente
praticou o fato nas condições constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do
Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, poderá,
fundamentadamente, conceder ao acusado liberdade provisória, mediante termo de
comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de revogação.
446 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DE PROCESSO PENAL MILITAR

Art. 70. A impossibilidade de identificação do acusado com o seu verdadeiro nome ou


outros qualificativos não retardará o processo, quando certa sua identidade física. A
qualquer tempo, no curso do processo ou da execução da sentença, far-se-á a
retificação, por têrmo, nos autos, sem prejuízo da validade dos atos precedentes.

Art. 205. Transitada em julgado a sentença condenatória, a autoridade judiciária militar,


de ofício ou a requerimento do Ministério Público, determinará a avaliação e a venda dos
bens em leilão público.
§ 1º Do dinheiro apurado, recolher-se-á ao Tesouro Nacional o que se destinar a ressarcir
prejuízo ao patrimônio sob administração militar.
§ 2º O que não se destinar a êsse fim será restituído a quem de direito, se não houver
controvérsia; se esta existir, os autos de sequestro serão remetidos ao juízo cível, a cuja
disposição passará o saldo apurado.

Art. 223. A prisão de militar deverá ser feita por outro militar de pôsto ou graduação
superior; ou, se igual, mais antigo.

Art. 234. O emprego de fôrça só é permitido quando indispensável, no caso de


desobediência, resistência ou tentativa de fuga. Se houver resistência da parte de
terceiros, poderão ser usados os meios necessários para vencê-la ou para defesa do
executor e auxiliares seus, inclusive a prisão do ofensor. De tudo se lavrará auto
subscrito pelo executor e por duas testemunhas.
§ 2º O recurso ao uso de armas só se justifica quando absolutamente necessário para
vencer a resistência ou proteger a incolumidade do executor da prisão ou a de auxiliar
seu.

Art. 259. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo, verificar a
falta de motivos para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.
Parágrafo único. A prorrogação da prisão preventiva dependerá de prévia audiência do
Ministério Público.

Art. 261. Decretada a prisão preventiva, o preso passará à disposição da autoridade


judiciária, observando-se o disposto no art. 237.

Art. 268. A menagem concedida em residência ou cidade não será levada em conta no
cumprimento da pena.

Art. 269. Ao reincidente não se concederá menagem.

Art. 270. O indiciado ou acusado livrar-se-á solto no caso de infração a que não for
cominada pena privativa de liberdade.
Parágrafo único. Poderá livrar-se solto:
a) no caso de infração culposa, salvo se compreendida entre as previstas no Livro I,
Título I, da Parte Especial, do Código Penal Militar;
b) no caso de infração punida com pena de detenção não superior a dois anos, salvo as
previstas nos arts. 157, 160, 161, 162, 163, 164, 166, 173, 176, 177, 178, 187, 192, 235,
299 e 302, do Código Penal Militar.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 447

Art. 271. A superveniência de qualquer dos motivos referidos no art. 255 poderá
determinar a suspensão da liberdade provisória, por despacho da autoridade que a
concedeu, de ofício ou a requerimento do Ministério Público.

Art. 277. A citação far-se-á por oficial de justiça:


I - mediante mandado, quando o acusado estiver servindo ou residindo na sede do juízo
em que se promove a ação penal;
II - mediante precatória, quando o acusado estiver servindo ou residindo fora dessa sede,
mas no País;
III - mediante requisição, nos casos dos arts. 280 e 282;
IV - pelo correio, mediante expedição de carta;
V - por edital:
a) quando o acusado se ocultar ou opuser obstáculo para não ser citado;
b) quando estiver asilado em lugar que goze de extraterritorialidade de país estrangeiro;
c) quando não for encontrado;
d) quando estiver em lugar incerto ou não sabido;
e) quando incerta a pessoa que tiver de ser citada.
Parágrafo único. Nos casos das letras a, c e d, o oficial de justiça, depois de procurar o
acusado por duas vezes, em dias diferentes, certificará, cada vez, a impossibilidade da
citação pessoal e o motivo. No caso da letra b, o oficial de justiça certificará qual o lugar
em que o acusado está asilado.

Art. 386. As partes, os escrivães e os espectadores poderão estar sentados durante as


sessões. Levantar-se-ão, porém, quando se dirigirem aos juízes ou quando estes se
levantarem para qualquer ato do processo.
Parágrafo único. O representante do Ministério Público e os advogados poderão falar
sentados, e estes terão, no que for aplicável, as prerrogativas que lhes assegura o art. 89
da Lei n° 4.215, de 27 de abril de 1963.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL

Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando
ou disciplinando direito, interesse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de
fato, em razão de interesse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos
costumes, à disciplina da produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas
dependentes de concessão ou autorização do Poder Público, à tranquilidade pública ou
ao respeito à propriedade e aos direitos individuais ou coletivos.
Parágrafo único. Considera-se regular o exercício do poder de polícia quando
desempenhado pelo órgão competente nos limites da lei aplicável, com observância do
processo legal e, tratando-se de atividade que a lei tenha como discricionária, sem abuso
ou desvio de poder.

CÓDIGO DE TRÂNSITO BRASILEIRO

Art. 23. Compete às Polícias Militares dos Estados e do Distrito Federal:


I - (VETADO)
II - (VETADO)
448 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

III - executar a fiscalização de trânsito, quando e conforme convênio firmado, como


agente do órgão ou entidade executivos de trânsito ou executivos rodoviários,
concomitantemente com os demais agentes credenciados;
IV - (VETADO)
V - (VETADO)
VI - (VETADO)
VII - (VETADO)
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 29. O trânsito de veículos nas vias terrestres abertas à circulação obedecerá às
seguintes normas:
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas e nos acostamentos, só poderá
ocorrer para que se adentre ou se saia dos imóveis ou áreas especiais de
estacionamento;
VI - os veículos precedidos de batedores terão prioridade de passagem, respeitadas as
demais normas de circulação;
VII - os veículos destinados a socorro de incêndio e salvamento, os de polícia, os de
fiscalização e operação de trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em serviço de urgência e
devidamente identificados por dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
a) quando os dispositivos estiverem acionados, indicando a proximidade dos veículos,
todos os condutores deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo para a
direita da via e parando, se necessário;
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro, deverão aguardar no passeio, só
atravessando a via quando o veículo já tiver passado pelo local;
c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de iluminação vermelha intermitente só
poderá ocorrer quando da efetiva prestação de serviço de urgência;
d) a prioridade de passagem na via e no cruzamento deverá se dar com velocidade
reduzida e com os devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas deste
Código;
VIII - os veículos prestadores de serviços de utilidade pública, quando em atendimento na
via, gozam de livre parada e estacionamento no local da prestação de serviço, desde que
devidamente sinalizados, devendo estar identificados na forma estabelecida pelo
CONTRAN;
Art. 61. A velocidade máxima permitida para a via será indicada por meio de sinalização,
obedecidas suas características técnicas e as condições de trânsito.
§ 1º Onde não existir sinalização regulamentadora, a velocidade máxima será de:
I - nas vias urbanas:
a) oitenta quilômetros por hora, nas vias de trânsito rápido:
b) sessenta quilômetros por hora, nas vias arteriais;
c) quarenta quilômetros por hora, nas vias coletoras;
d) trinta quilômetros por hora, nas vias locais;
II - nas vias rurais:
a) nas rodovias:
1) 110 (cento e dez) quilômetros por hora para automóveis, camionetas e motocicletas;
2) noventa quilômetros por hora, para ônibus e microônibus;
3) oitenta quilômetros por hora, para os demais veículos;
b) nas estradas, sessenta quilômetros por hora.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 449

§ 2º O órgão ou entidade de trânsito ou rodoviário com circunscrição sobre a via poderá


regulamentar, por meio de sinalização, velocidades superiores ou inferiores àquelas
estabelecidas no parágrafo anterior.
Art. 62. A velocidade mínima não poderá ser inferior à metade da velocidade máxima
estabelecida, respeitadas as condições operacionais de trânsito e da via.
Art. 114. O veículo será identificado obrigatoriamente por caracteres gravados no chassi
ou no monobloco, reproduzidos em outras partes, conforme dispuser o CONTRAN.
§ 1º A gravação será realizada pelo fabricante ou montador, de modo a identificar o
veículo, seu fabricante e as suas características, além do ano de fabricação, que não
poderá ser alterado.
§ 2º As regravações, quando necessárias, dependerão de prévia autorização da
autoridade executiva de trânsito e somente serão processadas por estabelecimento por
ela credenciado, mediante a comprovação de propriedade do veículo, mantida a mesma
identificação anterior, inclusive o ano de fabricação.
§ 3º Nenhum proprietário poderá, sem prévia permissão da autoridade executiva de
trânsito, fazer, ou ordenar que se faça, modificações da identificação de seu veículo.
Art. 115. O veículo será identificado externamente por meio de placas dianteira e
traseira, sendo esta lacrada em sua estrutura, obedecidas as especificações e modelos
estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 1º Os caracteres das placas serão individualizados para cada veículo e o
acompanharão até a baixa do registro, sendo vedado seu reaproveitamento.
§ 2º As placas com as cores verde e amarela da Bandeira Nacional serão usadas
somente pelos veículos de representação pessoal do Presidente e do Vice-Presidente da
República, dos Presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, do
Presidente e dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, dos Ministros de Estado, do
Advogado-Geral da União e do Procurador-Geral da República.
§ 3º Os veículos de representação dos Presidentes dos Tribunais Federais, dos
Governadores, Prefeitos, Secretários Estaduais e Municipais, dos Presidentes das
Assembléias Legislativas, das Câmaras Municipais, dos Presidentes dos Tribunais
Estaduais e do Distrito Federal, e do respectivo chefe do Ministério Público e ainda dos
Oficiais Generais das Forças Armadas terão placas especiais, de acordo com os modelos
estabelecidos pelo CONTRAN.
§ 4º Os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar
maquinário agrícola de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas e de
construção ou de pavimentação são sujeitos, desde que transitem em vias públicas, ao
registro e ao licenciamento na repartição competente.
§ 5º O disposto neste artigo não se aplica aos veículos de uso bélico.
§ 6º Os veículos de duas ou três rodas são dispensados da placa dianteira.
§ 7o Excepcionalmente, mediante autorização específica e fundamentada das
respectivas corregedorias e com a devida comunicação aos órgãos de trânsito
competentes, os veículos utilizados por membros do Poder Judiciário e do Ministério
Público que exerçam competência ou atribuição criminal poderão temporariamente ter
placas especiais, de forma a impedir a identificação de seus usuários específicos, na
forma de regulamento a ser emitido, conjuntamente, pelo Conselho Nacional de Justiça -
CNJ, pelo Conselho Nacional do Ministério Público - CNMP e pelo Conselho Nacional de
Trânsito – CONTRAN
§ 8o Os tratores e demais aparelhos automotores destinados a puxar ou a arrastar
maquinário agrícola de qualquer natureza ou a executar trabalhos agrícolas, licenciados
na forma do § 4o, não estão sujeitos à renovação periódica do licenciamento.
450 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Art. 159. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida em modelo único e de acordo com
as especificações do CONTRAN, atendidos os pré-requisitos estabelecidos neste Código,
conterá fotografia, identificação e CPF do condutor, terá fé pública e equivalerá a
documento de identidade em todo o território nacional.
§ 1º É obrigatório o porte da Permissão para Dirigir ou da Carteira Nacional de
Habilitação quando o condutor estiver à direção do veículo.
§ 2º (VETADO)
§ 3º A emissão de nova via da Carteira Nacional de Habilitação será regulamentada pelo
CONTRAN.
§ 4º (VETADO)
§ 5º A Carteira Nacional de Habilitação e a Permissão para Dirigir somente terão validade
para a condução de veículo quando apresentada em original.
§ 6º A identificação da Carteira Nacional de Habilitação expedida e a da autoridade
expedidora serão registradas no RENACH.
§ 7º A cada condutor corresponderá um único registro no RENACH, agregando-se neste
todas as informações.
§ 8º A renovação da validade da Carteira Nacional de Habilitação ou a emissão de uma
nova via somente será realizada após quitação de débitos constantes do prontuário do
condutor.
§ 9º (VETADO)
§ 10. A validade da Carteira Nacional de Habilitação está condicionada ao prazo de
vigência do exame de aptidão física e mental.
§ 11. A Carteira Nacional de Habilitação, expedida na vigência do Código anterior, será
substituída por ocasião do vencimento do prazo para revalidação do exame de aptidão
física e mental, ressalvados os casos especiais previstos nesta Lei.
Art. 165. Dirigir sob a influência de álcool ou de qualquer outra substância psicoativa
que determine dependência:
Infração - gravíssima;
Penalidade - multa (dez vezes) e suspensão do direito de dirigir por 12 (doze) meses.
Medida administrativa - recolhimento do documento de habilitação e retenção do veículo,
observado o disposto no § 4o do art. 270 da Lei no 9.503, de 23 de setembro de 1997 - do
Código de Trânsito Brasileiro.
Parágrafo único. Aplica-se em dobro a multa prevista no caput em caso de reincidência
no período de até 12 (doze) meses.
Art. 219. Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da velocidade máxima
estabelecida para a via, retardando ou obstruindo o trânsito, a menos que as condições
de tráfego e meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da direita:
Infração - média;
Penalidade - multa.
Art. 227. Usar buzina:
I - em situação que não a de simples toque breve como advertência ao pedestre ou a
condutores de outros veículos;
II - prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto;
III - entre as vinte e duas e as seis horas;
IV - em locais e horários proibidos pela sinalização;
V - em desacordo com os padrões e frequências estabelecidas pelo CONTRAN:
Infração - leve;
Penalidade - multa.
Art. 228. Usar no veículo equipamento com som em volume ou freqüência que não sejam
autorizados pelo CONTRAN:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 451

Infração - grave;
Penalidade - multa;
Medida administrativa - retenção do veículo para regularização.
Art. 229. Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que produza sons e ruído
que perturbem o sossego público, em desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN:
Infração - média;
Penalidade - multa e apreensão do veículo;
Medida administrativa - remoção do veículo.
Art. 277. O condutor de veículo automotor envolvido em acidente de trânsito ou que for
alvo de fiscalização de trânsito poderá ser submetido a teste, exame clínico, perícia ou
outro procedimento que, por meios técnicos ou científicos, na forma disciplinada pelo
Contran, permita certificar influência de álcool ou outra substância psicoativa que
determine dependência.
§ 1o (Revogado).
§ 2o A infração prevista no art. 165 também poderá ser caracterizada mediante imagem,
vídeo, constatação de sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração
da capacidade psicomotora ou produção de quaisquer outras provas em direito
admitidas.
§ 3o Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas estabelecidas no art. 165
deste Código ao condutor que se recusar a se submeter a qualquer dos procedimentos
previstos no caput deste artigo.
Art. 282. Aplicada a penalidade, será expedida notificação ao proprietário do veículo ou
ao infrator, por remessa postal ou por qualquer outro meio tecnológico hábil, que
assegure a ciência da imposição da penalidade.
§ 2º A notificação a pessoal de missões diplomáticas, de repartições consulares de
carreira e de representações de organismos internacionais e de seus integrantes será
remetida ao Ministério das Relações Exteriores para as providências cabíveis e cobrança
dos valores, no caso de multa.
Art. 306. Conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da
influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência
Penas - detenção, de seis meses a três anos, multa e suspensão ou proibição de se
obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor.
§ 1o As condutas previstas no caput serão constatadas por:
I - concentração igual ou superior a 6 decigramas de álcool por litro de sangue ou igual
ou superior a 0,3 miligrama de álcool por litro de ar alveolar; ou
II - sinais que indiquem, na forma disciplinada pelo Contran, alteração da capacidade
psicomotora.
§ 2o A verificação do disposto neste artigo poderá ser obtida mediante teste de
alcoolemia, exame clínico, perícia, vídeo, prova testemunhal ou outros meios de prova
em direito admitidos, observado o direito à contraprova.
§ 3o O Contran disporá sobre a equivalência entre os distintos testes de alcoolemia para
efeito de caracterização do crime tipificado neste artigo.

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR (FEDERAL)

Decreto nº 56.435, de 08 de junho de 1965 – Promulga a convenção de Viena/1961


Art. 29. A pessoa do agente diplomático é inviolável. Não poderá ser objeto de nenhuma
forma de detenção ou prisão. O Estado acreditado trata-lo-á com o devido respeito e
adotará tôdas as medidas adequadas para impedir qualquer ofensa à sua pessoa,
liberdade ou dignidade.
452 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Art. 30. A residência particular do agente diplomático goza da mesma inviolabilidade e


proteção que os locais da missão.
§ 2o Seus documentos, sua correspondência e, sob reserva do disposto no § 3o do art.
31, seus bens gozarão igualmente de inviolabilidade.
Art. 31. § 1o O agente diplomático gozará de imunidade de jurisdição penal do Estado
acreditado. Gozará também da imunidade de jurisdição civil e administrativa, a não ser
que se trate de:
a) uma ação real sôbre imóvel privado situado no território do Estado acreditado, salvo se
o agente diplomático o possuir por conta do Estado acreditado para os fins da missão.
b) uma ação sucessória na qual o agente diplomático figure, a titulo privado e não em
nome do Estado, como executor testamentário, administrador, herdeiro ou legatário.
c) uma ação referente a qualquer profissão liberal ou atividade comercial exercida pelo
agente diplomático no Estado acreditado fora de suas funções oficiais.
§ 2o O agente diplomático não é obrigado a prestar depoimento como testemunha.
§ 3o O agente diplomático não esta sujeito a nenhuma medida de execução a não ser nos
casos previstos nas alíneas "a", "b" e "c" do § 1o dêste artigo e desde que a execução
possa realizar-se sem afetar a inviolabilidade de sua pessoa ou residência.
§ 4o A imunidade de jurisdição de um agente diplomático no Estado acreditado não o
isenta da jurisdição do Estado acreditante.
Art. 37. § 1o Os membros da família de um agente diplomático que com êle vivam
gozarão dos privilégios e imunidade mencionados nos arts. 29 e 36, desde que não
sejam nacionais do estado acreditado.
§ 2o Os membros do pessoal administrativo e técnico da missão, assim como os
membros de suas famílias que com êles vivam, desde que não sejam nacionais do
estado acreditado nem nêle tenham residência permanente, gozarão dos privilégios e
imunidades mencionados nos artigos 29 a 35 com ressalva de que a imunidade de
jurisdição civil e administrativa do estado acreditado, mencionado no § 1o do art. 31, não
se estenderá aos atos por êles praticados fora do exército de suas funções; gozarão
também dos privilégios mencionados no § 1o do art. 36, no que respeita aos objetos
importados para a primeira instalação.
§ 3o Os membros do pessoal de serviço da Missão, que não sejam nacionais do Estado
acreditado nem nêle tenham residência permanente, gozarão de imunidades quanto aos
atos praticados no exercício de suas funções, de isenção de impostos e taxas sôbre os
salários que perceberem pêlos seus serviços e da isenção prevista no art. 33.
§ 4o Os criados particulares dos membros da Missão, que não sejam nacionais do Estado
acreditado nem nêle tenham residência permanente, estão isentos de impostos e taxas
sôbre os salários que perceberem pelos seus serviços. Nos demais casos, só gozarão de
privilégios e imunidades na medida reconhecida pelo referido Estado. Todavia, o Estado
acreditado deverá exercer a sua jurisdição sôbre tais pessoas de modo a não interferir
demasiadamente como o desempenho das funções da Missão.

Decreto Legislativo 103/1964 - Aprova a Convenção de Viena sôbre Relações


Diplomáticas, assinada pelo Brasil e outros países, a 18 de abril de 1961.
Art. 1º É aprovada a Convenção de Viena sôbre Relações Diplomáticas, assinada pelo
Brasil e outros Países, a 18 de abril de 1961.
Art. 2º Êste decreto legislativo entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.

Lei Complementar 75/1993


Art. 18. São prerrogativas dos membros do Ministério Público da União:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 453

II - processuais:
d) ser preso ou detido somente por ordem escrita do tribunal competente ou em razão de
flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade fará imediata comunicação
àquele tribunal e ao Procurador-Geral da República, sob pena de responsabilidade;

Lei Complementar 35/1979


Art. 33. São prerrogativas do magistrado:
I - ser ouvido como testemunha em dia, hora e local previamente ajustados com a
autoridade ou Juiz de instância igual ou inferior;
II - não ser preso senão por ordem escrita do Tribunal ou do órgão especal competente
para o julgamento, salvo em flagrante de crime inafiançável, caso em que a autoridade
fará imediata comunicação e apresentação do magistrado ao Presidente do Tribunal a
que esteja vinculado (vetado);
III - ser recolhido a prisão especial, ou a sala especial de Estado-Maior, por ordem e à
disposição do Tribunal ou do órgão especial competente, quando sujeito a prisão antes
do julgamento final;
IV - não estar sujeito a notificação ou a intimação para comparecimento, salvo se
expedida por autoridade judicial;
V - portar arma de defesa pessoal.
Parágrafo único - Quando, no curso de investigação, houver indício da prática de crime
por parte do magistrado, a autoridade policial, civil ou militar, remeterá os respectivos
autos ao Tribunal ou órgão especial competente para o julgamento, a fim de que prossiga
na investigação.
Lei 4898/1965
Art. 1º. O direito de representação e o processo de responsabilidade administrativa civil e
penal, contra as autoridades que, no exercício de suas funções, cometerem abusos, são
regulados pela presente lei.
Art. 2º. O direito de representação será exercido por meio de petição:
a) dirigida à autoridade superior que tiver competência legal para aplicar, à autoridade
civil ou militar culpada, a respectiva sanção;
b) dirigida ao órgão do Ministério Público que tiver competência para iniciar processo-
crime contra a autoridade culpada.
Parágrafo único. A representação será feita em duas vias e conterá a exposição do fato
constitutivo do abuso de autoridade, com todas as suas circunstâncias, a qualificação do
acusado e o rol de testemunhas, no máximo de três, se as houver.
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
a) à liberdade de locomoção;
b) à inviolabilidade do domicílio;
c) ao sigilo da correspondência;
d) à liberdade de consciência e de crença;
e) ao livre exercício do culto religioso;
f) à liberdade de associação;
g) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício do voto;
h) ao direito de reunião;
i) à incolumidade física do indivíduo;
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.
Art. 4º. Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalidades
legais ou com abuso de poder;
454 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

b) submeter pessoa sob sua guarda ou custódia a vexame ou a constrangimento não


autorizado em lei;
c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção de
qualquer pessoa;
d) deixar o Juiz de ordenar o relaxamento de prisão ou detenção ilegal que lhe seja
comunicada;
e) levar à prisão e nela deter quem quer que se proponha a prestar fiança, permitida em
lei;
f) cobrar o carcereiro ou agente de autoridade policial carceragem, custas, emolumentos
ou qualquer outra despesa, desde que a cobrança não tenha apoio em lei, quer quanto à
espécie quer quanto ao seu valor;
g) recusar o carcereiro ou agente de autoridade policial recibo de importância recebida a
título de carceragem, custas, emolumentos ou de qualquer outra despesa;
h) o ato lesivo da honra ou do patrimônio de pessoa natural ou jurídica, quando praticado
com abuso ou desvio de poder ou sem competência legal;
i) prolongar a execução de prisão temporária, de pena ou de medida de segurança,
deixando de expedir em tempo oportuno ou de cumprir imediatamente ordem de
liberdade.
Art. 5º. Considera-se autoridade, para os efeitos desta lei, quem exerce cargo, emprego
ou função pública, de natureza civil, ou militar, ainda que transitoriamente e sem
remuneração.
Art. 6º. O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.
§ 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso
cometido e consistirá em:
a) advertência;
b) repreensão;
c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com
perda de vencimentos e vantagens;
d) destituição de função;
e) demissão;
f) demissão, a bem do serviço público.
§ 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento
de uma indenização de quinhentos a dez mil cruzeiros.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56
do Código Penal e consistirá em:
a) multa de cem a cinco mil cruzeiros;
b) detenção por dez dias a seis meses;
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo até três anos.
§ 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou
cumulativamente.
§ 5º Quando o abuso for cometido por agente de autoridade policial, civil ou militar, de
qualquer categoria, poderá ser cominada a pena autônoma ou acessória, de não poder o
acusado exercer funções de natureza policial ou militar no município da culpa, por prazo
de um a cinco anos.
art. 7º. recebida a representação em que for solicitada a aplicação de sanção
administrativa, a autoridade civil ou militar competente determinará a instauração de
inquérito para apurar o fato.
§ 1º O inquérito administrativo obedecerá às normas estabelecidas nas leis municipais,
estaduais ou federais, civis ou militares, que estabeleçam o respectivo processo.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 455

§ 2º não existindo no município no Estado ou na legislação militar normas reguladoras do


inquérito administrativo serão aplicadas supletivamente, as disposições dos arts. 219 a
225 da Lei nº 1.711, de 28 de outubro de 1952 (Estatuto dos Funcionários Públicos Civis
da União).
§ 3º O processo administrativo não poderá ser sobrestado para o fim de aguardar a
decisão da ação penal ou civil.
Art. 8º. A sanção aplicada será anotada na ficha funcional da autoridade civil ou militar.
Art. 9º. Simultaneamente com a representação dirigida à autoridade administrativa ou
independentemente dela, poderá ser promovida pela vítima do abuso, a responsabilidade
civil ou penal ou ambas, da autoridade culpada.
Art. 10. Vetado
Art. 11. À ação civil serão aplicáveis as normas do Código de Processo Civil.
Art. 12. A ação penal será iniciada, independentemente de inquérito policial ou
justificação por denúncia do Ministério Público, instruída com a representação da vítima
do abuso.
Art. 13. Apresentada ao Ministério Público a representação da vítima, aquele, no prazo
de quarenta e oito horas, denunciará o réu, desde que o fato narrado constitua abuso de
autoridade, e requererá ao Juiz a sua citação, e, bem assim, a designação de audiência
de instrução e julgamento.
§ 1º A denúncia do Ministério Público será apresentada em duas vias.
Art. 14. Se a ato ou fato constitutivo do abuso de autoridade houver deixado vestígios o
ofendido ou o acusado poderá:
a) promover a comprovação da existência de tais vestígios, por meio de duas
testemunhas qualificadas;
b) requerer ao Juiz, até setenta e duas horas antes da audiência de instrução e
julgamento, a designação de um perito para fazer as verificações necessárias.
§ 1º O perito ou as testemunhas farão o seu relatório e prestarão
seus depoimentos verbalmente, ou o apresentarão por escrito, querendo, na audiência de
instrução e julgamento.
§ 2º No caso previsto na letra a deste artigo a representação poderá conter a indicação
de mais duas testemunhas.
Art. 15. Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar a denúncia requerer o
arquivamento da representação, o Juiz, no caso de considerar improcedentes as razões
invocadas, fará remessa da representação ao Procurador-Geral e este oferecerá a
denúncia, ou designará outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou insistirá no
arquivamento, ao qual só então deverá o Juiz atender.
Art. 16. Se o órgão do Ministério Público não oferecer a denúncia no prazo fixado nesta
lei, será admitida ação privada. O órgão do Ministério Público poderá, porém, aditar a
queixa, repudiá-la e oferecer denúncia substitutiva e intervir em todos os termos do
processo, interpor recursos e, a todo tempo, no caso de negligência do querelante,
retomar a ação como parte principal.
Art. 17. Recebidos os autos, o Juiz, dentro do prazo de quarenta e oito horas, proferirá
despacho, recebendo ou rejeitando a denúncia.
§ 1º No despacho em que receber a denúncia, o Juiz designará, desde logo, dia e hora
para a audiência de instrução e julgamento, que deverá ser realizada,
improrrogavelmente. dentro de cinco dias.
§ 2º A citação do réu para se ver processar, até julgamento final e para comparecer à
audiência de instrução e julgamento, será feita por mandado sucinto que, será
acompanhado da segunda via da representação e da denúncia.
456 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Art. 18. As testemunhas de acusação e defesa poderão ser apresentada em juízo,


independentemente de intimação.
Parágrafo único. Não serão deferidos pedidos de precatória para a audiência ou a
intimação de testemunhas ou, salvo o caso previsto no artigo 14, letra "b", requerimentos
para a realização de diligências, perícias ou exames, a não ser que o Juiz, em despacho
motivado, considere indispensáveis tais providências.
Art. 19. A hora marcada, o Juiz mandará que o porteiro dos auditórios ou o oficial de
justiça declare aberta a audiência, apregoando em seguida o réu, as testemunhas, o
perito, o representante do Ministério Público ou o advogado que tenha subscrito a queixa
e o advogado ou defensor do réu.
Parágrafo único. A audiência somente deixará de realizar-se se ausente o Juiz.
Art. 20. Se até meia hora depois da hora marcada o Juiz não houver comparecido, os
presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de termos de audiência.
Art. 21. A audiência de instrução e julgamento será pública, se contrariamente não
dispuser o Juiz, e realizar-se-á em dia útil, entre dez (10) e dezoito (18) horas, na sede do
Juízo ou, excepcionalmente, no local que o Juiz designar.
Art. 22. Aberta a audiência o Juiz fará a qualificação e o interrogatório do réu, se estiver
presente.
Parágrafo único. Não comparecendo o réu nem seu advogado, o Juiz nomeará
imediatamente defensor para funcionar na audiência e nos ulteriores termos do processo.
Art. 23. Depois de ouvidas as testemunhas e o perito, o Juiz dará a palavra
sucessivamente, ao Ministério Público ou ao advogado que houver subscrito a queixa e
ao advogado ou defensor do réu, pelo prazo de quinze minutos para cada um,
prorrogável por mais dez (10), a critério do Juiz.
Art. 24. Encerrado o debate, o Juiz proferirá imediatamente a sentença.
Art. 25. Do ocorrido na audiência o escrivão lavrará no livro próprio, ditado pelo Juiz,
termo que conterá, em resumo, os depoimentos e as alegações da acusação e da
defesa, os requerimentos e, por extenso, os despachos e a sentença.
Art. 26. Subscreverão o termo o Juiz, o representante do Ministério Público ou o
advogado que houver subscrito a queixa, o advogado ou defensor do réu e o escrivão.
Art. 27. Nas comarcas onde os meios de transporte forem difíceis e não permitirem a
observância dos prazos fixados nesta lei, o juiz poderá aumentá-las, sempre
motivadamente, até o dobro.
Art. 28. Nos casos omissos, serão aplicáveis as normas do Código de Processo Penal,
sempre que compatíveis com o sistema de instrução e julgamento regulado por esta lei.
Parágrafo único. Das decisões, despachos e sentenças, caberão os recursos e
apelações previstas no Código de Processo Penal.
Art. 29. Revogam-se as disposições em contrário.

Lei 5970/1973
Art 1º. Em caso de acidente de trânsito, a autoridade ou agente policial que primeiro
tomar conhecimento do fato poderá autorizar, independentemente de exame do local, a
imediata remoção das pessoas que tenham sofrido lesão, bem como dos veículos nele
envolvidos, se estiverem no leito da via pública e prejudicarem o tráfego.
Parágrafo único. Para autorizar a remoção, a autoridade ou agente policial lavrará boletim
da ocorrência, nele consignado o fato, as testemunhas que o presenciaram e todas as
demais circunstâncias necessárias ao esclarecimento da verdade.
Art 2º. Esta lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 457

Lei 6001/1973
Art. 1º. Esta Lei regula a situação jurídica dos índios ou silvícolas e das comunidades
indígenas, com o propósito de preservar a sua cultura e integrá-los, progressiva e
harmoniosamente, à comunhão nacional.
Parágrafo único. Aos índios e às comunidades indígenas se estende a proteção das leis
do País, nos mesmos termos em que se aplicam aos demais brasileiros, resguardados os
usos, costumes e tradições indígenas, bem como as condições peculiares reconhecidas
nesta Lei.
Art. 3º. Para os efeitos de lei, ficam estabelecidas as definições a seguir discriminadas:
I - Índio ou Silvícola - É todo indivíduo de origem e ascendência pré-colombiana que se
identifica e é identificado como pertencente a um grupo étnico cujas características
culturais o distinguem da sociedade nacional;
II - Comunidade Indígena ou Grupo Tribal - É um conjunto de famílias ou comunidades
índias, quer vivendo em estado de completo isolamento em relação aos outros setores da
comunhão nacional, quer em contatos intermitentes ou permanentes, sem contudo
estarem neles integrados.
Art 4º. Os índios são considerados:
I - Isolados - Quando vivem em grupos desconhecidos ou de que se possuem poucos e
vagos informes através de contatos eventuais com elementos da comunhão nacional;
II - Em vias de integração - Quando, em contato intermitente ou permanente com grupos
estranhos, conservam menor ou maior parte das condições de sua vida nativa, mas
aceitam algumas práticas e modos de existência comuns aos demais setores da
comunhão nacional, da qual vão necessitando cada vez mais para o próprio sustento;
III - Integrados - Quando incorporados à comunhão nacional e reconhecidos no pleno
exercício dos direitos civis, ainda que conservem usos, costumes e tradições
característicos da sua cultura.
Art. 56. No caso de condenação de índio por infração penal, a pena deverá ser atenuada
e na sua aplicação o Juiz atenderá também ao grau de integração do silvícola.
Parágrafo único. As penas de reclusão e de detenção serão cumpridas, se possível, em
regime especial de semiliberdade, no local de funcionamento do órgão federal de
assistência aos índios mais próximos da habitação do condenado.
Art. 57. Será tolerada a aplicação, pelos grupos tribais, de acordo com as instituições
próprias, de sanções penais ou disciplinares contra os seus membros, desde que não
revistam caráter cruel ou infamante, proibida em qualquer caso a pena de morte.

Lei 6174/1974
Art. 1º. O disposto nos artigos 12, alínea a, e 339, do Código de Processo Penal
Militar nos casos de acidente de trânsito, não impede que a autoridade ou agente policial
possa autorizar, independente de exame local, a imediata remoção das vítimas, como
dos veículos envolvidos nele, se estiverem no leito da via pública e com prejuízo de
trânsito.
Parágrafo único. A autoridade ou agente policial que autorizar a remoção facultada neste
artigo lavrará boletim, no qual registrará a ocorrência com todas as circunstâncias
necessárias a apuração de responsabilidades, e arrolará as testemunhas que a
presenciaram, se as houver.
Art. 2º. Esta Lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
458 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Lei 6938/1981
Art 3º. Para os fins previstos nesta Lei, entende-se por:
I - meio ambiente, o conjunto de condições, leis, influências e interações de ordem física,
química e biológica, que permite, abriga e rege a vida em todas as suas formas;
II - degradação da qualidade ambiental, a alteração adversa das características do meio
ambiente;
III - poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou
indiretamente:
a) prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b) criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c) afetem desfavoravelmente a biota;
d) afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e) lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos;
IV - poluidor, a pessoa física ou jurídica, de direito público ou privado, responsável, direta
ou indiretamente, por atividade causadora de degradação ambiental;
V - recursos ambientais, a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo e os elementos da biosfera.
V - recursos ambientais: a atmosfera, as águas interiores, superficiais e subterrâneas, os
estuários, o mar territorial, o solo, o subsolo, os elementos da biosfera, a fauna e a flora.

Lei 7170/1983
Art. 15. Praticar sabotagem contra instalações militares, meios de comunicações, meios
e vias de transporte, estaleiros, portos, aeroportos, fábricas, usinas, barragem, depósitos
e outras instalações congêneres.
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.
§ 1º Se do fato resulta:
a) lesão corporal grave, a pena aumenta-se até a metade;
b) dano, destruição ou neutralização de meios de defesa ou de segurança; paralisação,
total ou parcial, de atividade ou serviços públicos reputados essenciais para a defesa, a
segurança ou a economia do País, a pena aumenta-se até o dobro;
c) morte, a pena aumenta-se até o triplo.
§ 2º Punem-se os atos preparatórios de sabotagem com a pena deste artigo reduzida de
dois terços, se o fato não constitui crime mais grave.
Art. 20. Devastar, saquear, extorquir, roubar, seqüestrar, manter em cárcere privado,
incendiar, depredar, provocar explosão, praticar atentado pessoal ou atos de terrorismo,
por inconformismo político ou para obtenção de fundos destinados à manutenção de
organizações políticas clandestinas ou subversivas.
Pena: reclusão, de 3 a 10 anos.
Parágrafo único - Se do fato resulta lesão corporal grave, a pena aumenta-se até o dobro;
se resulta morte, aumenta-se até o triplo.

Lei 7210/1984
Art. 120. Os condenados que cumprem pena em regime fechado ou semi-aberto e os
presos provisórios poderão obter permissão para sair do estabelecimento, mediante
escolta, quando ocorrer um dos seguintes fatos:
I - falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou
irmão;
II - necessidade de tratamento médico (parágrafo único do artigo 14).
Parágrafo único. A permissão de saída será concedida pelo diretor do estabelecimento
onde se encontra o preso.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 459

Art. 121. A permanência do preso fora do estabelecimento terá a duração necessária à


finalidade da saída.

Lei 8069/1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente)


Art. 178. O adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional não poderá ser
conduzido ou transportado em compartimento fechado de veículo policial, em condições
atentatórias à sua dignidade, ou que impliquem risco à sua integridade física ou mental,
sob pena de responsabilidade.
Art. 242. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente arma, munição ou explosivo:
Pena - reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos.
Art. 244. Vender, fornecer ainda que gratuitamente ou entregar, de qualquer forma, a
criança ou adolescente fogos de estampido ou de artifício, exceto aqueles que, pelo seu
reduzido potencial, sejam incapazes de provocar qualquer dano físico em caso de
utilização indevida:
Pena - detenção de seis meses a dois anos, e multa.
Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art.
2o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual:
Pena - reclusão de quatro a dez anos, e multa.
§ 1o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em
que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas
no caput deste artigo.
§ 2o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de
funcionamento do estabelecimento.
Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.
§ 1o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali
tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da
internet.
§ 2o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a
infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1o da Lei no 8.072, de 25 de
julho de 1990.

Lei 8072/1990
Art. 1o. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Decreto-
Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal, consumados ou tentados:
I - homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio,
ainda que cometido por um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2o, I, II, III, IV e
V);
II - latrocínio (art. 157, § 3o, in fine);
III - extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2o
IV - extorsão mediante seqüestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ lo, 2o e 3o);
V - estupro (art. 213, caput e §§ 1o e 2o);
VI - atentado violento ao pudor (art. 214 e sua combinação com o art. 223, caput e
parágrafo único);
VI - estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1o, 2o, 3o e 4o);
VII - epidemia com resultado morte (art. 267, § 1o).
VII-A – (VETADO)
460 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

VII-B - falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins


terapêuticos ou medicinais (art. 273, caput e § 1o, § 1o-A e § 1o-B, com a redação dada
pela Lei no 9.677, de 2 de julho de 1998).
VIII - favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou
adolescente ou de vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º).
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts.
1o, 2o e 3o da Lei no 2.889, de 1o de outubro de 1956, tentado ou consumado.
Art. 2º. Os crimes hediondos, a prática da tortura, o tráfico ilícito de entorpecentes e
drogas afins e o terrorismo são insuscetíveis de:
I - anistia, graça e indulto;
II - fiança e liberdade provisória.
§ 1º A pena por crime previsto neste artigo será cumprida integralmente em regime
fechado.
§ 2º Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu
poderá apelar em liberdade.
§ 3º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei nº 7.960, de 21 de dezembro de 1989,
nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de trinta dias, prorrogável por igual período
em caso de extrema e comprovada necessidade.
II - fiança.
§ 1o A pena por crime previsto neste artigo será cumprida inicialmente em regime
fechado.
§ 2o A progressão de regime, no caso dos condenados aos crimes previstos neste artigo,
dar-se-á após o cumprimento de 2/5 (dois quintos) da pena, se o apenado for primário, e
de 3/5 (três quintos), se reincidente.
§ 3o Em caso de sentença condenatória, o juiz decidirá fundamentadamente se o réu
poderá apelar em liberdade.
§ 4o A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, de 21 de dezembro de
1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por
igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.

Lei 9455/1997
Art. 1º. Constitui crime de tortura:
I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira
pessoa;
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa;
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo
pessoal ou medida de caráter preventivo.
Pena - reclusão, de dois a oito anos.
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de
segurança a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em
lei ou não resultante de medida legal.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de
quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 461

I - se o crime é cometido por agente público;


II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente
ou maior de 60 (sessenta) anos;
III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a
interdição para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
§ 6º O crime de tortura é inafiançável e insuscetível de graça ou anistia.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
Art. 2º. O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não tenha sido cometido em
território nacional, sendo a vítima brasileira ou encontrando-se o agente em local sob
jurisdição brasileira.
Art. 3º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Art. 4º. Revoga-se o art. 233 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da
Criança e do Adolescente.

Lei 9605/1998 (Lei de Crimes Ambientais)


Art. 2º. Quem, de qualquer forma, concorre para a prática dos crimes previstos nesta Lei,
incide nas penas a estes cominadas, na medida da sua culpabilidade, bem como o
diretor, o administrador, o membro de conselho e de órgão técnico, o auditor, o gerente, o
preposto ou mandatário de pessoa jurídica, que, sabendo da conduta criminosa de
outrem, deixar de impedir a sua prática, quando podia agir para evitá-la.
Art. 3º. As pessoas jurídicas serão responsabilizadas administrativa, civil e penalmente
conforme o disposto nesta Lei, nos casos em que a infração seja cometida por decisão
de seu representante legal ou contratual, ou de seu órgão colegiado, no interesse ou
benefício da sua entidade.
Art. 25. Verificada a infração, serão apreendidos seus produtos e instrumentos,
lavrando-se os respectivos autos.
§ 1º Os animais serão libertados em seu habitat ou entregues a jardins zoológicos,
fundações ou entidades assemelhadas, desde que fiquem sob a responsabilidade de
técnicos habilitados.
§ 2º Tratando-se de produtos perecíveis ou madeiras, serão estes avaliados e doados a
instituições científicas, hospitalares, penais e outras com fins beneficentes.
§ 3° Os produtos e subprodutos da fauna não perecíveis serão destruídos ou doados a
instituições científicas, culturais ou educacionais.
§ 4º Os instrumentos utilizados na prática da infração serão vendidos, garantida a sua
descaracterização por meio da reciclagem.
Art. 26. Nas infrações penais previstas nesta Lei, a ação penal é pública incondicionada.
Parágrafo único. (VETADO)
Art. 35. Pescar mediante a utilização de:
I - explosivos ou substâncias que, em contato com a água, produzam efeito semelhante;
II - substâncias tóxicas, ou outro meio proibido pela autoridade competente:
Pena - reclusão de um ano a cinco anos.
Art. 54. Causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam
resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a
destruição significativa da flora:
Pena - reclusão, de um a quatro anos, e multa.
§ 1º Se o crime é culposo:
Pena - detenção, de seis meses a um ano, e multa.
§ 2º Se o crime:
462 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

I - tornar uma área, urbana ou rural, imprópria para a ocupação humana;


II - causar poluição atmosférica que provoque a retirada, ainda que momentânea, dos
habitantes das áreas afetadas, ou que cause danos diretos à saúde da população;
III - causar poluição hídrica que torne necessária a interrupção do abastecimento público
de água de uma comunidade;
IV - dificultar ou impedir o uso público das praias;
V - ocorrer por lançamento de resíduos sólidos, líquidos ou gasosos, ou detritos, óleos ou
substâncias oleosas, em desacordo com as exigências estabelecidas em leis ou
regulamentos:
Pena - reclusão, de um a cinco anos.
§ 3º Incorre nas mesmas penas previstas no parágrafo anterior quem deixar de adotar,
quando assim o exigir a autoridade competente, medidas de precaução em caso de risco
de dano ambiental grave ou irreversível.
Art. 62. Destruir, inutilizar ou deteriorar:
I - bem especialmente protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial;
II - arquivo, registro, museu, biblioteca, pinacoteca, instalação científica ou similar
protegido por lei, ato administrativo ou decisão judicial:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
Parágrafo único. Se o crime for culposo, a pena é de seis meses a um ano de detenção,
sem prejuízo da multa.
Art. 65. Pichar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano:
Pena - detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, e multa.
§ 1o Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor
artístico, arqueológico ou histórico, a pena é de 6 (seis) meses a 1 (um) ano de detenção
e multa.
§ 2o Não constitui crime a prática de grafite realizada com o objetivo de valorizar o
patrimônio público ou privado mediante manifestação artística, desde que consentida
pelo proprietário e, quando couber, pelo locatário ou arrendatário do bem privado e, no
caso de bem público, com a autorização do órgão competente e a observância das
posturas municipais e das normas editadas pelos órgãos governamentais responsáveis
pela preservação e conservação do patrimônio histórico e artístico nacional.
Art. 69. Obstar ou dificultar a ação fiscalizadora do Poder Público no trato de questões
ambientais:
Pena - detenção, de um a três anos, e multa.
Art. 79. Aplicam-se subsidiariamente a esta Lei as disposições do Código Penal e do
Código de Processo Penal.
Art. 79-A. Para o cumprimento do disposto nesta Lei, os órgãos ambientais integrantes
do SISNAMA, responsáveis pela execução de programas e projetos e pelo controle e
fiscalização dos estabelecimentos e das atividades suscetíveis de degradarem a
qualidade ambiental, ficam autorizados a celebrar, com força de título executivo
extrajudicial, termo de compromisso com pessoas físicas ou jurídicas responsáveis pela
construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e atividades
utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente poluidores.
§ 1o O termo de compromisso a que se refere este artigo destinar-se-á, exclusivamente,
a permitir que as pessoas físicas e jurídicas mencionadas no caput possam promover as
necessárias correções de suas atividades, para o atendimento das exigências impostas
pelas autoridades ambientais competentes, sendo obrigatório que o respectivo
instrumento disponha sobre:
I - o nome, a qualificação e o endereço das partes compromissadas e dos respectivos
representantes legais;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 463

II - o prazo de vigência do compromisso, que, em função da complexidade das


obrigações nele fixadas, poderá variar entre o mínimo de noventa dias e o máximo de
três anos, com possibilidade de prorrogação por igual período;
III - a descrição detalhada de seu objeto, o valor do investimento previsto e o
cronograma físico de execução e de implantação das obras e serviços exigidos, com
metas trimestrais a serem atingidas;
IV - as multas que podem ser aplicadas à pessoa física ou jurídica compromissada e os
casos de rescisão, em decorrência do não-cumprimento das obrigações nele pactuadas;
V - o valor da multa de que trata o inciso IV não poderá ser superior ao valor do
investimento previsto;
VI - o foro competente para dirimir litígios entre as partes.
§ 2o No tocante aos empreendimentos em curso até o dia 30 de março de 1998,
envolvendo construção, instalação, ampliação e funcionamento de estabelecimentos e
atividades utilizadores de recursos ambientais, considerados efetiva ou potencialmente
poluidores, a assinatura do termo de compromisso deverá ser requerida pelas pessoas
físicas e jurídicas interessadas, até o dia 31 de dezembro de 1998, mediante
requerimento escrito protocolizado junto aos órgãos competentes do SISNAMA, devendo
ser firmado pelo dirigente máximo do estabelecimento.
§ 3o Da data da protocolização do requerimento previsto no § 2o e enquanto perdurar a
vigência do correspondente termo de compromisso, ficarão suspensas, em relação aos
fatos que deram causa à celebração do instrumento, a aplicação de sanções
administrativas contra a pessoa física ou jurídica que o houver firmado.
§ 4o A celebração do termo de compromisso de que trata este artigo não impede a
execução de eventuais multas aplicadas antes da protocolização do requerimento.
§ 5o Considera-se rescindido de pleno direito o termo de compromisso, quando
descumprida qualquer de suas cláusulas, ressalvado o caso fortuito ou de força maior.
§ 6o O termo de compromisso deverá ser firmado em até noventa dias, contados da
protocolização do requerimento.
§ 7o O requerimento de celebração do termo de compromisso deverá conter as
informações necessárias à verificação da sua viabilidade técnica e jurídica, sob pena de
indeferimento do plano.
§ 8o Sob pena de ineficácia, os termos de compromisso deverão ser publicados no órgão
oficial competente, mediante extrato.

Lei 10826/2003
Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda
ou ocultar arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem
autorização e em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena – reclusão, de 3 (três) a 6 (seis) anos, e multa.
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de
fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma
de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a
erro autoridade policial, perito ou juiz;
III – possuir, detiver, fabricar ou empregar artefato explosivo ou incendiário, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar;
IV – portar, possuir, adquirir, transportar ou fornecer arma de fogo com numeração,
marca ou qualquer outro sinal de identificação raspado, suprimido ou adulterado;
464 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

V – vender, entregar ou fornecer, ainda que gratuitamente, arma de fogo, acessório,


munição ou explosivo a criança ou adolescente; e
VI – produzir, recarregar ou reciclar, sem autorização legal, ou adulterar, de qualquer
forma, munição ou explosivo.

Lei 11340/2006
Art. 5o . Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a
mulher qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão,
sofrimento físico, sexual ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio
permanente de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente
agregadas;
II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que
são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por
vontade expressa;
III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação.
Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de
orientação sexual.
Art. 6o . A violência doméstica e familiar contra a mulher constitui uma das formas de
violação dos direitos humanos.
Art. 7o . São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:
I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou
saúde corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano
emocional e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno
desenvolvimento ou que vise degradar ou controlar suas ações, comportamentos,
crenças e decisões, mediante ameaça, constrangimento, humilhação, manipulação,
isolamento, vigilância constante, perseguição contumaz, insulto, chantagem,
ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou qualquer outro meio que lhe
cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça,
coação ou uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a
sua sexualidade, que a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao
matrimônio, à gravidez, ao aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem,
suborno ou manipulação; ou que limite ou anule o exercício de seus direitos sexuais e
reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho,
documentos pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os
destinados a satisfazer suas necessidades;
V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria.

Lei 11343/2006
Art. 1o . Esta Lei institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas - Sisnad;
prescreve medidas para prevenção do uso indevido, atenção e reinserção social de
usuários e dependentes de drogas; estabelece normas para repressão à produção não
autorizada e ao tráfico ilícito de drogas e define crimes.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 465

Parágrafo único. Para fins desta Lei, consideram-se como drogas as substâncias ou os
produtos capazes de causar dependência, assim especificados em lei ou relacionados
em listas atualizadas periodicamente pelo Poder Executivo da União.
Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
§ 1o Às mesmas medidas submete-se quem, para seu consumo pessoal, semeia, cultiva
ou colhe plantas destinadas à preparação de pequena quantidade de substância ou
produto capaz de causar dependência física ou psíquica.
§ 2o Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à
natureza e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se
desenvolveu a ação, às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos
antecedentes do agente.
§ 3o As penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo serão aplicadas pelo
prazo máximo de 5 (cinco) meses.
§ 4o Em caso de reincidência, as penas previstas nos incisos II e III do caput deste artigo
serão aplicadas pelo prazo máximo de 10 (dez) meses.
§ 5o A prestação de serviços à comunidade será cumprida em programas comunitários,
entidades educacionais ou assistenciais, hospitais, estabelecimentos congêneres,
públicos ou privados sem fins lucrativos, que se ocupem, preferencialmente, da
prevenção do consumo ou da recuperação de usuários e dependentes de drogas.
§ 6o Para garantia do cumprimento das medidas educativas a que se refere o caput, nos
incisos I, II e III, a que injustificadamente se recuse o agente, poderá o juiz submetê-lo,
sucessivamente a:
I - admoestação verbal;
II - multa.
§ 7o O juiz determinará ao Poder Público que coloque à disposição do infrator,
gratuitamente, estabelecimento de saúde, preferencialmente ambulatorial, para
tratamento especializado.
Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever,
ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 (quinhentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem:
I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente,
sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-
prima, insumo ou produto químico destinado à preparação de drogas;
II - semeia, cultiva ou faz a colheita, sem autorização ou em desacordo com
determinação legal ou regulamentar, de plantas que se constituam em matéria-prima
para a preparação de drogas;
III - utiliza local ou bem de qualquer natureza de que tem a propriedade, posse,
administração, guarda ou vigilância, ou consente que outrem dele se utilize, ainda que
gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar, para o tráfico ilícito de drogas.
466 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

§ 2o Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:


Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa de 100 (cem) a 300 (trezentos) dias-
multa.
§ 3o Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu
relacionamento, para juntos a consumirem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 1 (um) ano, e pagamento de 700 (setecentos) a
1.500 (mil e quinhentos) dias-multa, sem prejuízo das penas previstas no art. 28.
§ 4o Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser
reduzidas de um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de
direitos, desde que o agente seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às
atividades criminosas nem integre organização criminosa.
Art. 39. Conduzir embarcação ou aeronave após o consumo de drogas, expondo a dano
potencial a incolumidade de outrem:
Pena - detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, além da apreensão do veículo,
cassação da habilitação respectiva ou proibição de obtê-la, pelo mesmo prazo da pena
privativa de liberdade aplicada, e pagamento de 200 (duzentos) a 400 (quatrocentos)
dias-multa.
Parágrafo único. As penas de prisão e multa, aplicadas cumulativamente com as demais,
serão de 4 (quatro) a 6 (seis) anos e de 400 (quatrocentos) a 600 (seiscentos) dias-multa,
se o veículo referido no caput deste artigo for de transporte coletivo de passageiros.

Decreto-Lei 3688/1941 (Lei de Contravenções Penais)


Art. 1º. Aplicam-se as contravenções às regras gerais do Código Penal, sempre que a
presente lei não disponha de modo diverso.
Art. 21. Praticar vias de fato contra alguem:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de cem mil réis a um conto
de réis, se o fato não constitue crime.
Parágrafo único. Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) até a metade se a vítima é maior
de 60 (sessenta) anos.
Art. 31. Deixar em liberdade, confiar à guarda de pessoa inexperiente, ou não guardar
com a devida cautela animal perigoso:
Pena – prisão simples, de dez dias a dois meses, ou multa, de cem mil réis a um conto
de réis.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem:
a) na via pública, abandona animal de tiro, carga ou corrida, ou o confia à pessoa
inexperiente;
b) excita ou irrita animal, expondo a perigo a segurança alheia;
c) conduz animal, na via pública, pondo em perigo a segurança alheia.
Art. 41. Provocar alarma, anunciando desastre ou perigo inexistente, ou praticar qualquer
ato capaz de produzir pânico ou tumulto:
Pena – prisão simples, de quinze dias a seis meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis.
Art. 42. Perturbar alguem o trabalho ou o sossego alheios:
I – com gritaria ou algazarra;
II – exercendo profissão incômoda ou ruidosa, em desacordo com as prescrições legais;
III – abusando de instrumentos sonoros ou sinais acústicos;
IV – provocando ou não procurando impedir barulho produzido por animal de que tem a
guarda:
Pena – prisão simples, de quinze dias a três meses, ou multa, de duzentos mil réis a dois
contos de réis.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 467

Art. 68. Recusar à autoridade, quando por esta, justificadamente solicitados ou exigidos,
dados ou indicações concernentes à própria identidade, estado, profissão, domicílio e
residência:
Pena – multa, de duzentos mil réis a dois contos de réis.
Parágrafo único. Incorre na pena de prisão simples, de um a seis meses, e multa, de
duzentos mil réis a dois contos de réis, se o fato não constitue infração penal mais grave,
quem, nas mesmas circunstâncias, f'az declarações inverídicas a respeito de sua
identidade pessoal, estado, profissão, domicílio e residência.

Decreto-Lei 667/1969
Art. 3º. Instituídas para a manutenção da ordem pública e segurança interna nos
Estados, nos Territórios e no Distrito Federal, compete às Polícias Militares, no âmbito de
suas respectivas jurisdições:
a) executar com exclusividade, ressalvas as missões peculiares das Forças Armadas, o
policiamento ostensivo, fardado, planejado pela autoridade competente, a fim de
assegurar o cumprimento da lei, a manutenção da ordem pública e o exercício dos
poderes constituídos;

LEGISLAÇÃO COMPLEMENTAR (ESTADUAL)

Lei Complementar nº 79/2012


Art. 2º Compete à PMTO:
X - realizar o patrulhamento aéreo no âmbito de sua competência.

Lei 1565/2005 (institui o SIOP)


Art. 1°. É instituído o Sistema Integrado de Operações - SIOP, com a finalidade de
integrar, através de recursos da tecnologia de informação, as ações operacionais das
Polícias Civil e Militar, mediante o acionamento e acompanhamento das atividades de
combate ao crime ou de atendimento a ocorrências noticiadas, sem prejuízo das
competências e atribuições das demais unidades de segurança pública do Estado.
§ 1º. Compõem o Sistema a:
I - Secretaria de Segurança Pública, as unidades da sua estrutura operacional e suas
entidades vinculadas;
II - Polícia Militar através de suas unidades operacionais.
§ 2º. Mediante convênio, outras entidades públicas ou privadas poderão ser integradas
ao SIOP.
Art. 2º. O Sistema tem por objetivo implementar os meios necessários para:
I - acionar, de imediato, os órgãos integrantes do SIOP para pronto atendimento às
demandas no seu âmbito de atuação;
II - promover a análise e o cruzamento de dados e informações no âmbito da segurança
pública do Estado;
III - acompanhar a execução dos planos especiais de policiamento e de atendimento à
sociedade;
IV - coordenar a movimentação de viaturas nas atividades de combate ao crime ou de
atendimento à população;
V - o arquivamento e atualização de dados sobre:
a) ocorrências, crimes e criminosos;
b) as atividades desempenhadas; c) os planos e documentos que se refiram ao
atendimento da população e à análise dos fatos;
468 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

VI - manter informado o Secretário de Segurança Pública e o Comandante-Geral da


Polícia Militar sobre:
a) as ocorrências noticiadas e o correspondente atendimento;
b) o andamento das ações de análise criminal;
c) os dados e informações obtidos no âmbito do Sistema;
d) as providências para o atendimento das ocorrências noticiadas e os correspondentes
resultados.
Art. 3°. As despesas de custeio e investimento necessárias para a implementação e
manutenção do SIOP estão a cargo das dotações orçamentárias da Secretaria de
Segurança Pública.
Parágrafo único. O Chefe do Poder Executivo é autorizado a promover a abertura dos
créditos orçamentários necessários para atendimento ao disposto nesta Lei.
Art. 4°. O Chefe do Poder Executivo baixará o regulamento desta Lei.
Art. 5°. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Lei 1602/2005 (circulação de cães)


Art. 1º. A circulação e a permanência de cães de raças de médio e de grande porte em
áreas, vias e logradouros públicos são permitidas quando esses são conduzidos por
pessoa maior de 18 anos, no período entre 22 e 5 horas.
§ 1º. Para os fins desta Lei consideram-se raças:
I - de médio porte, aquelas em que os animais alcancem peso entre 13 e 25 quilos;
II - de grande porte, aquelas em que os animais alcancem peso superior a 25 quilos.
§ 2º. Incluem-se no disposto, nos incisos, do parágrafo anterior, os cães sem raça
definida.
§ 3º. O disposto no caput não se aplica ao cão de uso das Forças Armadas ou órgãos de
Segurança Pública, ressalvados os casos de abuso.
Art. 2º. Ao proprietário, condutor ou responsável pela guarda do cão de que trata esta
Lei, incumbe:
I - conduzir o animal utilizando guias com enforcador e focinheira, inclusive quando
transportado em veículos;
II - manter o animal sob vigilância, utilizando métodos de contenção que venham
impossibilitar a saída deste da sua propriedade.
Art. 3º. O infrator da presente Lei fica sujeito à apreensão e ao ressarcimento dos custos
efetuados com a apreensão e a guarda do animal.
Art. 4º. Cabe à Secretaria da Segurança Pública:
I – a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das normas e aplicação das sanções
previstas nesta Lei.
II – autorizar a celebração de convênios e parcerias com órgãos municipais e demais
instituições, visando ao cumprimento desta Lei.
Art. 5º. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Decreto nº 3301/2008 – DOE 2597


Art. 1. É criado o Comitê de Gerenciamento de Crises no Estado do Tocantins – CGC-
TO, órgão colegiado, com a finalidade de gerenciar e buscar soluções legais às crises na
área de ação dos órgãos de Segurança Pública e Defesa da Cidadania do Estado.
Parágrafo único. O CGC-TO é vinculado ao Gabinete de Gestão Integrada do Tocantins –
GGI-TO, instituído pelo Decreto 2.269, de 8 de novembro de 2004.
Art. 2. Para fins deste Decreto, considera-se:
POP:Procedimento Operacional Padrão | 469

I – Crise, todo incidente ou situação crucial não rotineira, que exige uma resposta
especial da polícia em razão da possibilidade de agravamento conjuntural, inclusive,
com risco de vida para pessoas envolvidas, decorrente de motins em presídios, assaltos
a bancos com reféns, seqüestros, atos de terrorismo, tentativas de suicídio, ocupação
ilegal de terras, bloqueio de estradas, dentre outras ocorrências de vulto, que exijam
postura imediata das autoridades, com emprego de técnicas especializadas;
II – Gerenciamento de Crises, o processo eficaz de identificar, obter e aplicar, de acordo
com a legislação vigente e com emprego das técnicas especializadas, os recursos
estratégicos adequados para solução de Crises, sejam estas medidas de antecipação,
prevenção e/ou resolução, que assegurem o completo restabelecimento da ordem
pública e da normalidade da situação.
Art. 3. O CGC-TO é constituído por Colegiado Diretivo, composto por titulares dos órgãos
diretamente envolvidos na solução de Crises e por uma Câmara Técnica, responsável
pelo assessoramento perante aquele, sendo:
I – do Colegiado Diretivo:
a) Secretário de Estado da Segurança Pública;
b) Secretário de Estado da Cidadania e Justiça;
c) Secretário-Chefe da Casa Militar;
d) Comandante-Geral da Polícia Militar;
e) Comandante-Geral do Corpo de Bombeiros Militar;
f) Superintendente da Polícia Civil;
II – da Câmara Técnica:
a) um delegado de polícia, especialista em gerenciamento de crises;
b) um oficial da Polícia Militar, especialista em gerenciamento de crises;
c) um oficial do Corpo de Bombeiros Militar, preferencialmente, com especialização na
área de gerenciamento de crises;
d) um integrante da Polícia Civil e um da Polícia Militar, de cada segmento:
1. especialista em operações táticas;
2. do setor de inteligência;
3. especialista em apoio logístico;
e) um representante do sistema penitenciário ou do centro sócio educativo;
f) um assessor jurídico, integrante da Secretaria da Segurança Pública;
g) outros a critério de Crise iminente ou em andamento.
§ 1 O CGC-TO é presidido pelo Secretário de Estado da Segurança Pública, tendo como
substituto imediato o Comandante-Geral da Polícia Militar.
§ 2 Os integrantes do Colegiado Diretivo têm como suplentes os seus substitutos legais.
§ 3 A Câmara Técnica é coordenada por um de seus integrantes, por designação do
presidente do CGC-TO, indicado pelas respectivas instituições, com a designação de um
suplente em cada caso.
Art. 4. O CGC-TO tem as seguintes atribuições:
I – assessorar o Chefe do Poder Executivo em assuntos relacionados a situações de
Crises;
II – implantar e implementar as medidas necessárias para a resolução de Crises, com
autonomia e responsabilidade em todas as deliberações, no decorrer de um possível
evento crucial;
III – manter em condições de emprego, pessoal e equipamentos especializados, visando
à atuação em eventos de Crise;
IV – designar, em caso de deflagração de Crise, os encarregados dos trabalhos
de mediação e resolução do conflito, transmitindolhes todas as orientações necessárias;
470 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

V – supervisionar a execução das ações e assegurar ao gerente de Crise todos os


recursos necessários para solução da Crise;
VI – exigir de todos os componentes das equipes envolvidas, o fiel cumprimento das
normas jurídicas, considerando-se a ordem axiológica de preservação de vidas e
aplicação das leis, objetivo duplo doutrinário do gerenciamento de Crise.
Art. 5. O CGC-TO deve manter intercâmbio técnico com os Centros de Operações de
Segurança e outros órgãos e entidades do Governo Federal, quais sejam as
Superintendências Regionais de Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, dentre
outros.
Art. 6. Cabe ao Colegiado Diretivo elaborar o regimento interno do CGC-TO, no prazo de
90 dias, após a publicação deste Decreto.
Art. 7. As despesas decorrentes das atividades desenvolvidas pelo CGC-TO correm por
conta dos órgãos que o compõe.
Art. 8. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

NORMAS DIVERSAS

AIC (Circular de Informação Aeronáltica)


1.1 FINALIDADE
Esta Circular tem por finalidade estabelecer procedimentos específicos relativos às
operações aéreas de segurança pública e de defesa civil, em consonância com o
disposto no Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA 91) do
Departamento de Aviação Civil (DAC).
1.2 ÂMBITO
Os procedimentos descritos nesta Circular são de observância obrigatória e aplicam-se
aos órgãos ATS e AIS do SISCEAB, bem como aos órgãos e aos pilotos de aeronaves
envolvidos com operações aéreas de segurança pública e/ou de defesa civil.
2 INTRODUÇÃO
2.1 Os procedimentos constantes nesta Circular complementam aqueles regulamentados
na ICA 100-12, “Regras do Ar e Serviços de Tráfego Aéreo” e na ICA 100-4, “Regras
Especiais de Tráfego Aéreo para Helicópteros”, visando facilitar o desenvolvimento das
operações aéreas de segurança pública e/ou de defesa civil, respeitadas as regras gerais
de segurança do tráfego aéreo.
2.2 Para os propósitos desta Circular:
a) “operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil” é uma atividade realizada
com aeronaves e conduzida por órgão de segurança pública ou de defesa civil.
b) “órgão de segurança pública e órgão de defesa civil” são órgãos da administração
pública direta federal, estadual, municipal e do Distrito Federal, destinadas a assegurar a
preservação da ordem pública, da incolumidade das pessoas e do patrimônio.
2.3 As operações aéreas de segurança pública e/ou de defesa civil compreendem as
atividades típicas de polícia administrativa, judiciária, de bombeiros e de defesa civil, tais
como: policiamento ostensivo e investigativo; ações de inteligência; apoio ao
cumprimento de mandado judicial; controle de tumultos, distúrbios e motins; escoltas e
transporte de dignitários, presos, valores, cargas; aeromédico, transporte de enfermos e
órgãos humanos e resgate; busca, salvamento terrestre e aquático; controle de tráfego
rodoviário, ferroviário e urbano; prevenção e combate a incêndios; patrulhamento urbano,
rural, ambiental, litorâneo e de fronteiras, e outras operações autorizadas pelo DAC. 08
JUN 2006 AIC N06/06 2
3 PROCEDIMENTOS
POP:Procedimento Operacional Padrão | 471

3.1 A aeronave engajada em operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil
poderá apresentar Plano de Vôo (PLN) por radiotelefonia desde que o objetivo da missão
seja a proteção e o socorro público.
3.2 A aeronave engajada em operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil
não enquadrada em 3.1 poderá, caso necessite, apresentar o Plano de Vôo (PLN) por
radiotelefonia, desde que essa operação seja coordenada, antecipadamente, com o
Órgão Regional de tráfego aéreo pertinente (SRPV ou CINDACTA).
3.3 O Plano de Vôo apresentado por radiotelefonia deverá conter, no item 18 do PLN, o
designador OPR/, seguido do nome abreviado do órgão de segurança pública e/ou de
defesa civil responsável pela operação em questão (ex: OPR/IBAMA).
3.4 Com exceção da situação descrita em 3.5, ao preencher o Plano de Vôo relativo à
operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil, o piloto deverá utilizar um dos
seguintes identificadores oficiais:
a) IBAMA, seguido de dois algarismos (ex.: IBAMA01, etc.); ou
b) SEGP, seguido de três algarismos (ex.: SEGP001, etc.).
3.5 Caso qualquer particularidade da operação aérea de segurança pública e/ou de
defesa civil implique a utilização de outro identificador de aeronave (não oficial), deverá
haver a coordenação prévia com o Órgão Regional do SISCEAB pertinente (SRPV ou
CINDACTA), com respeito ao novo identificador desejado.
3.6 Caso seja utilizado um identificador não oficial em operação aérea de segurança
pública e/ou de defesa civil que ultrapasse a quantidade de 7 (sete) caracteres, deverão
ser inseridos, apenas, as quatro primeiras letras desse identificador, seguidas de três
algarismos, no item 7 (Identificação da aeronave). Adicionalmente, no item 18 (RMK),
será registrada a identificação completa.
Exemplo 1: item 7 – CASC001
item 18 – RMK/CASCAVEL ZERO ZERO UNO
Exemplo 2: item 7 – PRED004
item 18 – RMK/PREDADOR ZERO ZERO QUATRO
3.7 Os órgãos ATS deverão estar familiarizados com os indicativos de chamada fictícios,
visando à identificação da operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil em
espaço aéreo sob sua responsabilidade, visando facilitar a realização dessa operação.
3.8 O órgão ATC deverá, sempre que possível, atribuir e manter para a aeronave
engajada em operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil um código
transponder pertencente às seguintes famílias:
a) 1601 a 1677; ou
b) 1701 a 1777.
08 JUN 2006 AIC N06/06 3
4 CONDIÇÕES ESPECIAIS DE OPERAÇÃO
4.1 As condições especiais citadas neste capítulo somente poderão ser utilizadas pelas
aeronaves engajadas em operação aérea de segurança pública e/ou de defesa civil,
desde que:
a) o objetivo da missão seja a proteção e o socorro público ou o combate a incêndios
florestais; e
b) o órgão de segurança pública e/ou de defesa civil responsável tenha estabelecido
procedimentos padronizados de operação e de segurança de vôo, com a finalidade de
orientar a conduta das tripulações nestas condições especiais.
4.2 Para a aplicação das condições especiais de operação, o piloto deverá solicitar
tratamento especial por parte dos órgãos ATS:
a) antes da decolagem, inserindo no item 18 do PLN o designador STS/, seguido da
expressão SEGP ou DEFC; ou
472 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

b) quando em vôo, diretamente ao órgão ATS pertinente.


4.3 Quando for solicitado tratamento especial, o órgão ATS considerará que todas as
exigências previstas em 4.1 foram atendidas.
4.4 As condições especiais de operação incluem a autorização para pouso e decolagem
de pistas não homologadas, registradas ou em áreas de pouso eventual, bem como o
vôo em VMC abaixo da altura mínima para a operação VFR, desde que:
a) seja coordenado com o órgão de controle de tráfego aéreo com jurisdição sobre a área
da operação;
b) seja provida a segurança da população e das propriedades sob a área da operação; e
c) não haja conflito com o tráfego aéreo existente no espaço aéreo envolvido.
4.5 Adicionalmente, o órgão ATS atribuirá à aeronave operando em condições especiais
a mesma prioridade prevista para pouso e decolagem de aeronave em operação SAR.
5 DISPOSIÇÕES FINAIS
5.1 Os casos não previstos nesta Circular serão resolvidos pelo Exmo Sr. Chefe do
Subdepartamento de Operações do DECEA.
5.2 A aprovação desta AIC foi publicada no Boletim Interno do DECEA nº 68, de 11 de
abril de 2006.

Manual de diretrizes nacionais para execução de mandados judiciais de


manutenção e de posse coletiva – Departamento de Ouvidoria Agrária e Mediação
de Conflitos
1 - DA AUTORIDADE COMPETENTE PARA EXECUÇÃO DAS MEDIDAS
Havendo necessidade do uso da força pública para o cumprimento das ordens judiciais
decorrentes de conflitos coletivos sobre a posse de terras rurais, em razão da sua função
institucional e do treinamento específico, os atos deverão ser executados com apoio da
Polícia Militar e/ou Polícia Federal, observada a respectiva esfera de competência.
2 - DAS PROVIDÊNCIAS INICIAIS
Ao receber a ordem de desocupação o representante da unidade policial articulará com
os demais órgãos da União, Estado e Município (Ministério Público, Incra, Ouvidoria
Agrária Regional do Incra, Ouvidoria Agrária Estadual, Ouvidoria do Sistema de
Segurança Pública, Comissões de Direitos Humanos, Prefeitura Municipal, Câmara
Municipal, Ordem dos Advogados do Brasil, Delegacia de Polícia Agrária, Defensoria
Pública, Conselho Tutelar e demais entidades envolvidas com a questão
agrária/fundiária), para que se façam presentes durante as negociações e eventual
operação de desocupação.
3 - DOS LIMITES DA ORDEM JUDICIAL
O cumprimento da ordem judicial ficará limitado objetiva e subjetivamente ao que constar
do respectivo mandado, não cabendo à força pública, responsável pela execução da
ordem, ações como a destruição ou remoção de eventuais benfeitorias erigidas no local
da desocupação.
A força pública limitar-se-á a dar segurança às autoridades e demais envolvidos na
operação. Se o oficial de justiça pretender realizar ação que não esteja expressamente
prevista no mandado, o comandante suspenderá a operação, reportando-se
imediatamente ao juízo competente. Trata-se de ato administrativo vinculado.
O comandante da operação tem direito de ter acesso ao mandado judicial que
determinou a manutenção, reintegração ou busca e apreensão para conhecer os limites
da ordem judicial.
4 - DA DOCUMENTAÇÃO DOS ATOS DE DESOCUPAÇÃO
As operações deverão ser documentadas por filmagens, o que deve ser permitido pela
polícia a qualquer das entidades presentes ao ato.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 473

5 - DO PLANEJAMENTO E DA INSPEÇÃO
A corporação responsável pelo cumprimento dos mandados judiciais de manutenção,
reintegração e busca e apreensão, promoverá o planejamento prévio à execução da
medida, inspecionando o local e colhendo subsídios sobre a quantidade de pessoas que
serão atingidas pela medida, como a presença de crianças, adolescentes, mulheres
grávidas, idosos e enfermos.
Considera-se iniciada a execução da ordem judicial a partir do momento que forem
levantados os dados para o planejamento.
As informações serão repassadas aos demais órgãos envolvidos com o cumprimento da
medida, reportando-se ao magistrado responsável pela expedição da ordem sempre que
surgirem fatores adversos.
O responsável pelo fornecimento de apoio policial, com o intuito de melhor cumprir a
ordem judicial, adotará as seguintes providências, com a participação dos demais
envolvidos na solução do conflito: I - contactar os representantes dos ocupantes, para
fins de esclarecimentos e prevenção de conflito; II – comunicar à Ouvidoria Agrária
Regional do Incra para tentar viabilizar área provisória para a qual os acampados possam
ser removidos e prédios para eventual guarda de bens, bem como os meios necessários
para a desocupação; III – encontrando-se no local pessoas estranhas aos identificados
no mandado, o Oficial responsável pela operação comunicará o fato ao juiz requerendo
orientação sobre os limites do mandado.
6 - DA EFETIVAÇÃO DA MEDIDA
As ordens judiciais serão cumpridas nos dias úteis das 6 às 18 horas, podendo este
horário ser ultrapassado para a conclusão da operação. A autoridade policial responsável
comunicará o cumprimento da medida judicial aos trabalhadores, ao requerente e aos
demais envolvidos com antecedência mínima de 48 horas.
A comunicação deverá conter: I – a comarca, o juízo e a identificação do processo em
que foi determinada a medida; II – o número de famílias instaladas na área a ser
desocupada; III – a data e a hora em que deverá ser realizada a desocupação; IV – a
identificação das unidades policiais que atuarão no auxílio ao cumprimento da ordem
judicial.
7 - DO USO DE MÃO DE OBRA PRIVADA PARA A REMOÇÃO
A polícia não permitirá, nem mesmo com utilização de mão de obra privada,
desfazimento de benfeitorias existentes no local ou a desmontagem de acampamento
durante o cumprimento da ordem judicial, salvo pedido de retirada voluntária de objetos
pelos desocupados da área objeto da lide.
8 - DO USO DE MEIOS COERCITIVOS PARA A DESOCUPAÇÃO
A tropa responsável pela desocupação restringirá o uso de cães, cavalos ou armas de
fogo, especificamente ao efetivo encarregado pela segurança da operação, controle e
isolamento da área objeto da ação, devendo todo armamento utilizado na operação ser
previamente identificado e acautelado individualmente.
Os policiais que participarem da operação devem estar devida e claramente identificados,
de maneira que se torne possível a sua individualização.
O uso de tropa dependerá de prévia disponibilização de apoio logístico, tais como
assistência social, serviços médicos e transporte adequado, que deverá ser solicitado,
por ofício, à autoridade judicial competente.
A tropa deverá ser orientada quanto aos limites do poder de polícia, com base no
interesse social e na preservação dos direitos fundamentais dos indivíduos, nos termos
do artigo 5º e seus respectivos incisos da Constituição Federal, observando-se que o
direito de propriedade somente estará assegurado quando estiver cumprindo a função
social (CF, art. 5º XXII e XXIII).
474 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

9 - DA TRANSPARÊNCIA DAS INFORMAÇÕES


Toda informação sobre a execução de mandados judiciais de manutenção e reintegração
de posse coletiva deve ser fornecida de forma clara, objetiva e concisa. As perguntas que
forem feitas aos policiais deverão ser respondidas adequadamente.
10 - DA CONOTAÇÃO SOCIAL DA AÇÃO
O efetivo policial a ser lançado no terreno deve ser esclarecido sobre a ação a ser
desenvolvida, com observação de que, apesar de ser de natureza judicial, possui
conotação social, política e econômica, necessitando, em decorrência, de bom senso do
policial para que sejam respeitados os direitos humanos e sociais dos ocupantes.
Os policiais devem, ainda, ser orientados sobre os limites do poder de polícia, com base
no interesse social e na preservação dos direitos fundamentais dos indivíduos, nos
termos do artigo 5º e seus respectivos incisos da Constituição Federal.
11- DO RELATÓRIO FINAL
Cumprido o mandado de manutenção, reintegração de posse ou busca e apreensão, o
comandante da operação encaminhará ao Poder Judiciário, ao Ministério Público, à
Defensoria Pública e a Ouvidoria Agrária Regional do Incra relatório circunstanciado
sobre a execução da respectiva ordem.

Portaria nº 482/DGAC, de 20/03/2003


O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO DE AVIAÇÃO CIVIL, com base no art. 3 do
Decreto N 65.144, de 12 de setembro de 1969 e tendo em vista o disposto no item 5 do
art. 5 da Portaria N 453/GM5, de 02 de agosto de 1991, resolve:
Art. 1 Aprovar o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica nº 91 (RBHA 91)
com formatação não convencional, conservando o texto original da NSMA 58-91,
incluindo todas as emendas até a de número 8 (oito).
Art. 2 Revogar a Portaria Nº 285/DGAC, de 6 de agosto de 1992, publicada no Diário
Oficial da União nº 179, de 17 de setembro de 1992, que aprovou a NSMA 58-91.
Art. 3 Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação no D.O.U.

Portaria nº 017/2012 – GCG


Art. 1º. ESTABELECER como Unidade Parceiras da Superintendência de Polícia
Comunitária da Secretaria de Segurança Pública na realização de ações estratégicas
organizacionais de caráter preventivo de criminalidade, todas as Unidades Policiais
Militares do Estado do Tocantins.
Art. 2º. DETERMINAR aos Comandantes das Unidades Policiais Militares circunscritas
às regiões definidas para a realização das ações da Superintendência de Polícia
Comunitária que designem Policial Militar do quadro de Oficial como colaborador eventual
daquele departamento, para o planejamento e realização de projetos, sem prejuízo das
suas atribuições funcionais a que estiverem incumbidos.
Art. 3º. DETERMINAR aos Comandantes das Unidades Policiais Militares circunscritas
ás regiões definidas para a realização das ações de Polícia Comunitária que autorizem a
seus subordinados convidados pela Superintendência de Polícia Comunitária para
participarem das ações ou servirem voluntariamente como instrutores ou palestrantes,
sem prejuízo das suas atribuições funcionais a que estiverem incumbidos.
Art. 4º. REMETER cópia desta Portaria a todas as Unidades Policiais Militares da Polícia
Militar do Estado do Tocantins, para conhecimento.
Art. 6º. Esta portaria entra em vigor na data da sua publicação.
Art. 7º. Publique-se em Boletim Geral e cumpra-se.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 475

Portaria 169/2009
Art. 1º. Os Conselhos de Segurança e Defesa Social – CONSEGS, instituídos pelo
Decreto nº 3.170, de 08 de outubro de 2007, têm por finalidade colaborar na solução dos
problemas relacionados com a segurança da população.
§ 1º - A base de atuação dos CONSEGS será a área correspondente a cada Delegacia
de Polícia Civil ou a área do respectivo município em que o CONSEGS se encontra
localizado.
§ 2º - Mediante estudo detalhado sobre o índice de criminalidade, o número de habitantes
e o grau de necessidade, poderão ser criados mais de um Conselho numa mesma base
de atuação territorial.
Art. 2º. Os CONSEGS funcionarão em sede própria, ou, havendo disponibilidade de
espaço físico, nas dependências cedidas pelas Delegacias de Polícia, nas Unidades da
Polícia Militar ou do Corpo de Bombeiros Militar, em estabelecimentos de ensino, em
clubes prestadores de serviço, em organizações não governamentais ou em outros locais
públicos de livre e fácil acesso, situados na circunscrição territorial de atuação do
respectivo CONSEGS.
Art. 3º. Os CONSEGS reunir-se-ão ordinariamente uma vez por mês e
extraordinariamente quando razões de interesse do Conselho assim o exigirem, por
convocação de seu presidente ou de seu substituto legal ou por decisão da maioria dos
seus membros, por edital afixado em sua sede com antecedência mínima de 05 (cinco)
dias.
Parágrafo único - As reuniões dos CONSEGS serão realizadas, com a presença da
maioria de seus membros, após prévia divulgação, em local público de fácil acesso, e os
assuntos tratados serão registrados em Ata, cuja cópia deverá ser enviada à Diretoria de
Polícia Comunitária da Secretaria da Segurança Pública, responsável pela Gerência dos
Conselhos Comunitários de Segurança e Defesa Social.
Art. 5º. São finalidades fundamentais dos CONSEGS:
a) propiciar bom relacionamento e cooperação mútua entre entidades, lideranças locais e
demais membros da comunidade com os responsáveis pelos serviços de segurança
pública e defesa social, no âmbito de sua base de atuação;
b) promover palestras, conferências, fóruns de debates, campanhas educativas e
empreendimentos culturais que orientem e ajudem na segurança da comunidade,
visando despertar o sentimento subjetivo de segurança e estimulando a cultura da paz;
c) planejar ações comunitárias na área de segurança e defesa social e avaliar seus
resultados;
d) auxiliar na implementação da filosofia da polícia comunitária, com vistas ao
desenvolvimento de ações de integração entre as instituições policiais e a comunidade,
para a solução dos problemas relacionados à prevenção e à repressão da violência e da
criminalidade, com atenção especial para a qualidade de vida da área em que os
CONSEGS atuem.
Parágrafo único – Para a consecução de suas finalidades os CONSEGS atuarão sempre
sob a orientação da Diretoria de Polícia Comunitária da SSP/TO.
Art. 6º. É vedado aos membros dos CONSEGS envolverem-se, direta ou indiretamente,
em questões religiosas ou de cunho político partidário, utilizando-se ou permitindo a
utilização de sua estrutura para tais finalidades, respondendo sua direção por tal prática.
(NR)
Art. 7º. Os CONSEGS serão constituídos de Membros Efetivos e seus Suplentes,
representantes de entidades comunitárias e culturais, de clubes prestadores de serviço,
instituições filantrópicas, da Câmara de Dirigentes Lojistas, da Ordem dos Advogados do
Brasil (Seccional ou Subseccional), das associações industriais e comerciais, de
476 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

instituições de ensino, do Conselho Tutelar, de instituições religiosas (Igrejas, Centros


Espíritas, entre outros), do Conselho Municipal de Assistência Social, do Conselho
Municipal de Saúde.
§ 1º - Os membros efetivos e suplentes serão indicados formalmente por suas entidades
e deverão ser residentes e domiciliados no município ou na região do respectivo
CONSEGS.
§ 2º - Nas localidades que não contarem com as entidades relacionadas no caput deste
artigo, ou no caso de estas não indicarem seus representantes, o CONSEGS funcionará
com os representantes indicados, consignando o fato na Ata de constituição.
§ 3º - É vedada a participação como membros do Conselho, de pessoas cuja conduta
social seja desabonadora ou que possuam antecedentes criminais de qualquer natureza.
Art. 8º. Serão excluídos da composição dos CONSEGS, os membros que:
a) injustificadamente, deixarem de comparecer a 03 (três) reuniões consecutivas ou a 05
(cinco) alternadas no período de um ano;
b) candidatarem-se a cargos eletivos dos Poderes Legislativo ou Executivo de qualquer
esfera, a partir da homologação da candidatura aprovada pela convenção partidária;
c) pelo exercício de outras funções os tornem incompatíveis com o exercício de membro
do CONSEGS.
Parágrafo único - A substituição definitiva de membros efetivos do CONSEGS, por seus
suplentes, dar-se-á mediante o registro do ato na Ata de posse do substituto.
Art. 9º. Os Consegs serão dirigidos por um Presidente, um Vice –Presidente, um
Secretário Geral e um Primeiro Secretário, escolhidos entre seus membros efetivos. (NR)
§ 1º – O mandato dos dirigentes será de 02 (dois) anos, contados a partir da respectiva
posse, permitida uma recondução para a mesma função.
§ 2º (Revogado)
§ 3º - É vedado aos CONSEGS interferir, sob qualquer pretexto, na administração ou
operação das instituições de segurança pública.
Art. 10. Os CONSEGS contarão ainda com:
I – membros natos, representados por um Delegado de Polícia e um oficial da Polícia
Militar, designados por seus superiores; (NR)
II. (Revogado)
§ 1° (Revogado)
§ 2º (Revogado)
§ 3º - Os membros dos CONSEGS não perceberão, sob qualquer título, remuneração
pelo exercício de seus mandatos, constituindo serviço relevante prestado à comunidade.
§ 4º - Será obrigatória a presença de um Delegado de Polícia e de um Oficial da Polícia
Militar nas reuniões, sendo suas ausências injustificadas comunicadas, pelo Presidente,
mediante ofício, respectivamente, ao Superintendente da Polícia Civil, ao Comandante-
Geral da Polícia Militar.(NR)
Art. 11. (Revogado)
Art. 12. Incumbe-se privativamente aos dirigentes dos CONSEGS:
a) cumprir e fazer cumprir as disposições legais e deste Regulamento;
b) (Revogado)
c) propor ao Secretário da Segurança Pública, na ausência do suplente, a substituição de
membros para ocupar cargos vagos no CONSEGS, respeitada a constituição prevista no
art. 7º deste Regulamento;
d) designar a constituição de comissões de ética destinadas à apuração de desvio de
conduta de membros do CONSEGS, e de outras comissões para execução de atividades
específicas e a constituição de grupos de estudo e representações, visando o melhor
funcionamento do CONSEGS;
POP:Procedimento Operacional Padrão | 477

e) (Revogado)
Art. 13. Ao Presidente compete:
a) representar o CONSEGS ativa e passivamente;
b) coordenar as atividades do CONSEGS;
c) convocar e presidir as reuniões do CONSEGS;
d) (Revogado)
e) (Revogado)
f) (Revogado)
Art. 14. Ao Vice-Presidente compete:
a) substituir o Presidente em suas ausências e impedimentos;
b) executar as atribuições delegadas pelo Presidente.
Art. 15. Ao primeiro Secretário Geral compete: (NR)
a) atender o expediente da secretaria;
b) ter sob sua guarda, devidamente organizado, o arquivo do CONSEGS, as
correspondências recebidas e expedidas e demais documentos; (NR)
c) manter permanentemente atualizada a correspondência do CONSEGS, bem como as
relações atualizadas dos seus membros, de autoridades públicas e outras ligadas à
segurança pública;
d) lavrar e manter arquivadas as atas das reuniões do CONSEGS, enviando cópia à
Diretoria de Polícia Comunitária da SSP/TO, e bem assim os respectivos livros;
e) coordenar os demais serviços afetos à secretaria do CONSEGS e prestar apoio na
manutenção da sua sede.
Art. 16. Ao Primeiro Secretário compete substituir o 1º Secretário em suas faltas ou
impedimentos. (NR)
Art. 17. As condições para ser membro efetivo são: (NR)
I - Ser voluntário.
II - Ter idade mínima de 18 anos.
III - Residir, trabalhar ou estudar na área de circunscrição do CONSEG, ou em
circunscrição vizinha, que ainda não possua CONSEG organizado, enquanto perdurar tal
carência.
IV - Não registrar antecedentes criminais, dispensando-se tal exigência,
excepcionalmente, mediante justificativa fundamentada do Presidente, parecer favorável
dos membros natos e homologação pelo Coordenador.
V - Ser representante de organizações que atuem na área do CONSEG, a saber: dos
poderes públicos; das entidades associativas; dos clubes de serviço; da imprensa; de
instituições religiosas ou de ensino, organizações de indústria, comércio ou de prestação
de serviços.
VI - Ser membro da comunidade, ainda que não representante de organização prevista
no inciso anterior, desde que formalmente convidado pela Diretoria do CONSEG.
VII - Ter conduta ilibada, no conceito da comunidade que integra.
Art. 18. Para constituir o CONSEGS deve-se observar o seguinte:
a) ajustar com a Diretoria de Polícia Comunitária da SSP/TO, data, horário e local para
que um representante designado ministre palestra a respeito do assunto, à qual deverão
se fazer presentes os representantes já oficialmente indicados pelas entidades citadas no
art. 7º deste Regulamento;
b) lavrar ata da reunião e encaminha-la àquela Diretoria, contendo os nomes e
assinaturas dos indicados, bem como a entidade que representam, acompanhada da
qualificação de cada um e cópia do documento de identidade;
c) a ata será autuada na SSP/TO, dando-se início ao processo de coleta de informações
(antecedentes criminais) dos indicados, para posterior reunião, quando se dará então o
478 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

processo de escolha para a composição do CONSEGS e do Conselho Fiscal e


respectivos suplentes, dando-se posse imediata aos escolhidos.
Art. 19. O ato de posse e de entrega de certificados aos membros do CONSEGS terá
caráter cívico e contará com a presença do Secretário da Secretária da Segurança
Pública do Tocantins ou de seu representante.
Art. 20. (Revogado).
Art. 21. A pauta de reuniões do CONSEGS adotará um padrão, com o seguinte roteiro:
a) abertura da reunião pelo Presidente;
b) composição da mesa;
c) (Revogado)
d) leitura da correspondência recebida e expedida;
e) prestação de contas das tarefas distribuídas nas reuniões anteriores;
f) ordem do dia, com o tema principal a ser tratado;
g) assuntos gerais;
h) palavra livre, com inscrição prévia junto à mesa;
i) síntese dos assuntos tratados e designação da data da próxima reunião.
j) lavratura e aprovação da ata daquela reunião.
§ 1º - A duração da reunião não deverá exceder uma hora e trinta minutos, comunicando-
se ao plenário, no início dos trabalhos, o horário previsto para o término.
§ 2º - As decisões dos assuntos tratados serão tomadas por votação aberta, com a
presença mínima de 1/3 (um terço) de seus membros e por maioria simples, da qual
poderão participar todos os membros do CONSEGS.
§ 3º - Os problemas de segurança persistentes ou não satisfatoriamente resolvidos pelas
autoridades competentes, deverão ser comunicados pelo Presidente, através de ofício
circunstanciado, à Diretoria de Polícia Comunitária da SSP/TO.
Art. 22. Os CONSEGS poderão ser dissolvidos por deliberação da maioria absoluta de
seus integrantes, convocados para esse fim, e ex-officio, por ato fundamentado do
Secretário da Secretaria da Segurança Pública, em casos de comprovado desvio de sua
finalidade, por ingerência político-partidária ou religiosa em sua atuação, ou por sua
inatividade por mais de 03 (três) meses consecutivos, comprovada através das
respectivas atas de reuniões.
Parágrafo único (Revogado)
Art. 23. Os casos omissos serão resolvidos pelo Secretário da Segurança Pública.
Art. 24. Os CONSEGS poderão instituir logomarca, mediante apreciação e prévia
aprovação da Diretoria de Polícia Comunitária.
Art. 25. Revogam-se as disposições em contrário.

Portaria SSP nº 145, de 04/02/2013


O SECRETÁRIO DE ESTADO DA SEGURANÇA PÚBLICA, no uso da atribuição que lhe
conferem o art. 42, § 1º, incisos I e IV da Constituição do Estado do Tocantins,
RESOLVE:
I – APROVAR, o PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO
(POP) DO CENTRO INTEGRADO DE OPERAÇÕES AÉREAS/CIOPAER,
no âmbito da Secretaria de Estado da Segurança Pública, normatizando as
operações aéreas desenvolvidas pela Superintendência, em conformidade
com o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica – RBHA 91,
subparte “K”, item 91.961.
II – O POP é o documento oficial que regulamenta as atividades de
operações aéreas da Secretaria de Estado da Segurança Pública, e deverá
ser rigorosamente observado por seus tripulantes e terceiros no curso das
POP:Procedimento Operacional Padrão | 479

atividades aéreas objetivando maximizar a Segurança Operacional.


III – O POP deverá passar por atualização uma vez por ano, sendo,
desde já, autorizados a implementá-la.
IV – Esta portaria entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução ANTT 420/2004


A Diretoria da Agência Nacional de Transportes Terrestres - ANTT, no uso de suas
atribuições legais, fundamentada nos termos do Relatório DNO - 036/2004, de 11 de
fevereiro de 2004 e
CONSIDERANDO o disposto no art. 3º do Decreto nº 96.044, de 18 de maio de 1988, no
art. 2º do Decreto nº 98.973, de 21 de fevereiro de 1990, os quais aprovam,
respectivamente, os Regulamentos para o Transporte Rodoviário e Ferroviário de
Produtos Perigosos;
CONSIDERANDO que a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, no art. 22, inciso VII,
estabelece que “constitui esfera de atuação da ANTT o transporte de produtos perigosos
em rodovias e ferrovias”;
CONSIDERANDO que a Lei nº 10.233, de 5 de junho de 2001, no art. 24, inciso XIV,
determina que “ cabe à ANTT, em sua esfera de atuação, como atribuição geral,
estabelecer padrões e normas técnicas complementares relativas às operações de
transporte terrestre de produtos perigosos”;
CONSIDERANDO o disposto no PARECER/ANTT/PRG/FAB/nº 151-4.13/2003, de 15
de abril de 2003, que conclui ser atribuição da ANTT expedir atos complementares e as
modificações de caráter técnico que se façam necessários para a permanente
atualização dos Regulamentos e obtenção de níveis adequados de segurança no
transporte desse tipo de carga;
CONSIDERANDO a necessidade de atualização das instruções complementares ao
regulamento do transporte terrestre de produtos perigosos, tendo em vista a evolução
técnica das normas e padrões praticados internacionalmente com base nas
recomendações emanadas do Comitê de Peritos das Nações Unidas, no qual o Brasil
integra como representante oficial;
CONSIDERANDO a Audiência Pública nº 008/2003, realizada no período de 15 de
setembro a 10 de outubro de 2003; e
CONSIDERANDO a atribuição do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - Inmetro de regulamentar e acompanhar os programas de
avaliação da conformidade e fiscalização de embalagens, embalagens grandes,
contentores intermediários para granéis (IBCs) e tanques portáteis, de acordo com o
disposto nas Leis nº 5.966, de 11 de dezembro de 1973 e nº 9.933, de 20 de dezembro
de 1999, resolve:
Art. 1º Aprovar as anexas Instruções Complementares ao Regulamento do Transporte
Terrestre de Produtos Perigosos.
Art. 2º Determinar o prazo de 8 (oito) meses, contados a partir da vigência desta
Resolução, para exigência do cumprimento das disposições referentes à identificação
das unidades de transporte, unidades de carga e dos volumes, alteradas por esta
Resolução.
Art. 3º Determinar à Superintendência de Logística e Transporte Multimodal - SULOG
que adote as providências para estabelecer Convênios de Cooperação, visando
promover a fiscalização nos termos da presente Resolução.
Parágrafo único. Para fins de fiscalização será observado somente o disposto nesta
Resolução.
480 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Art. 4º Estabelecer que esta Resolução entre em vigor em 60 (sessenta) dias, contados a
partir da data de sua publicação, substituindo as Portarias do Ministério dos Transportes
de nº 261, de 11 de abril de 1989, de nº 204, de 20 de maio de 1997, de nº 409, de 12 de
setembro de 1997, de nº 101, de 30 de março de 1998, de nº 402, de 09 de setembro de
1998, de nº 490, de 16 de novembro de 1998, de nº 342, de 11 de outubro de 2000, de nº
170, de 09 de maio de 2001 e de nº 254, de 10 de julho de 2001.

Resolução do CONAMA nº 001/1990


O CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso das atribuições que
lhe confere o Inciso I, do § 2o, do art 8o do seu Regimento Interno, o art. 10 da Lei no
7.804, de I5 de julho de 1989 e Considerando que os problemas dos níveis excessivos de
ruído estão incluídos entre os sujeitos ao Controle da Poluição de Meio Ambiente;
Considerando que a deterioração da qualidade de vida, causada pela poluição, está
sendo continuamente agravada nos grandes centros urbanos;
Considerando que os critérios e padrões deverão ser abrangentes e de forma a permitir
fácil aplicação em todo o Território Nacional, resolve:
I - A emissão de ruídos, em decorrência de quaisquer atividades industriais, comerciais,
sociais ou recreativas, inclusive as de propaganda política, obedecerá, no interesse da
saúde, do sossego público, aos padrões, critérios e diretrizes estabelecidos nesta
Resolução.
II - São prejudiciais à saúde e ao sossego público, para os fins do item anterior, os ruídos
com níveis superiores aos considerados aceitáveis pela Norma NBR-10.15179 –
Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da comunidade, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
III - Na execução dos projetos de construção ou de reformas de edificações para
atividades heterogêneas, o nível de som produzido por uma delas não poderá ultrapassar
os níveis estabelecidos pela NBR-10.152 – Níveis de Ruído para conforto acústico80, da
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT.
IV - A emissão de ruídos produzidos por veículos automotores e os produzidos no interior
dos ambientes de trabalho obedecerão às normas expedidas, respectivamente, pelo
Conselho Nacional de Trânsito - CONTRAN e pelo órgão competente do Ministério do
Trabalho.
V - As entidades e órgãos públicos (federais, estaduais e municipais) competentes, no
uso do respectivo poder de polícia, disporão de acordo com o estabelecido nesta
Resolução, sobre a emissão ou proibição da emissão de ruídos produzidos por qualquer
meio ou de qualquer espécie, considerando sempre os locais, horários e a natureza das
atividades emissoras, com vistas a compatibilizar o exercício das atividades com a
preservação da saúde e do sossego público.
VI - Para os efeitos desta Resolução, as medições deverão ser efetuadas de acordo com
a NBR-10.151 - Avaliação do Ruído em Áreas Habitadas visando o conforto da
comunidade, da ABNT.
VII - Todas as normas reguladoras da poluição sonora, emitidas a partir da presente data,
deverão ser compatibilizadas com a presente Resolução.
VIII - Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução do CONTRAN nº 004/1998


Art.1º. Instituir a obrigatoriedade de adoção do padrão de blocos de informações descrito
no Anexo I desta Resolução, como uma referência mínima na definição e confecção dos
Autos de Infração a serem elaborados.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 481

Art.2º. Incumbir ao Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN a definição e


divulgação dos critérios de codificação que deverão ser utilizados para preenchimento
dos blocos de informação constantes dos Autos de Infração.
Art.3º. Estabelecer o que compete aos órgãos e entidades executivos de trânsito e
executivos rodoviários da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios a
atribuição de elaborar e implementar o modelo de Auto de Infração que utilizará, no
âmbito de suas respectivas circunscrições, respeitados os limites mínimos estabelecidos
no artigo anterior.
Art.4º. Autorizar a utilização dos modelos de Auto de Infração especificados pelos órgãos
e entidades executivos de trânsito dos Estados e do Distrito Federal e do modelo de Auto
de Infração especificado pelo órgão executivo rodoviário da União, pelos órgãos e
entidades executivas de trânsito dos Municípios e pelos órgãos executivos rodoviários
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, respectivamente.
Art.5º. Autorizar ao DENATRAN a estabelecer convênios de cooperação técnica com
terceiros, com vistas à implementação de sistemática padronizada e informatizada para
registro, controle e baixa das multas originadas por infrações de trânsito notificadas no
território nacional.
Art.6º. Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário, em especial a Resolução nº 661/85, de 03.12.85.

Resolução do CONTRAN nº 035/1998


Art. 1º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a partir de
01/01/1999, deverão obedecer, nas vias urbanas, o nível máximo permissível de pressão
sonora emitida por buzina ou equipamento similar, de 104 decibéis - dB(A), conforme
determinado no Anexo.
Art. 2º Todos os veículos automotores, nacionais ou importados, produzidos a partir de 1º
de janeiro de 2002, deverão obedecer o nível mínimo permissível de pressão sonora
emitida por buzina ou equipamento similar, de 93 decibéis - dB(A), conforme determinado
no Anexo.
Art. 3º Excetuam-se do disposto nos artigos 1º e 2º desta Resolução, os veículos de
competição automobilística, reboques, semi-reboques, máquinas de tração agrícola,
máquinas industriais de trabalho e tratores.
Art. 4º A buzina ou equipamento similar, a que se refere o Art. 1º, não poderá produzir
sons contínuos ou intermitentes, assemelhado aos utilizados, privativamente, por
veículos de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e fiscalização de
trânsito e ambulância.
Art. 5º Serão reconhecidos os resultados de ensaios emitidos por órgão credenciado pelo
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualificação, pela
Comunidade Européia ou pelos Estados Unidos da América.
Art. 6º Fica revogada a Resolução nº 448/71 do CONTRAN.
Art. 7º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução do CONTRAN nº 036/1998


Art.1º O condutor deverá acionar de imediato as luzes de advertência (pisca-alerta)
providenciando a colocação do triângulo de sinalização ou equipamento similar à
distância mínima de 30 metros da parte traseira do veículo.
Parágrafo único. O equipamento de sinalização de emergência deverá ser instalado
perpendicularmente ao eixo da via, e em condição de boa visibilidade.
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
482 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Resolução do CONTRAN nº 037/1998


O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO - CONTRAN, usando da competência que lhe
confere o art. 12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que instituiu o
Código de Trânsito Brasileiro - CTB, e conforme o Decreto nº 2.327, de 23 de setembro
de 1997, que trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito, resolve:
Art. 1º Reconhecer como “acessórios” os sistemas de segurança para veículos
automotores, pelo uso de bloqueio elétrico ou mecânico, ou através de dispositivo
sonoro, que visem dificultar o seu roubo ou furto.
Parágrafo único. O sistema de segurança, não poderá comprometer, no todo ou em
parte, o desempenho operacional e a segurança do veículo.
Art. 2º O dispositivo sonoro do sistema, a que se refere o art. 1º desta Resolução, não
poderá:
I - produzir sons contínuos ou intermitentes assemelhados aos utilizados, privativamente,
pelos veículos de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e
fiscalização de trânsito e ambulância;
II - emitir sons contínuos ou intermitentes de advertência por um período superior a
1(um) minuto.

Parágrafo único. Quanto ao nível máximo de ruído, o alarme sonoro deve atender ao
disciplinado na Resolução 35/98 do CONTRAN.
Art. 3° Os veículos nacionais ou importados fabricados a partir de 1º de janeiro de 1999
deverão respeitar o disposto no inciso II do artigo anterior.
Art. 4º Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução do CONTRAN nº 66/1998


Art. 1o Fica instituída a TABELA DE DISTRIBUIÇÃO DE COMPETÊNCIA,
FISCALIZAÇÃO DE TRÂNSITO, APLICAÇÃO DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS,
PENALIDADES CABÍVEIS E ARRECADAÇÃO DAS MULTAS APLICADAS, conforme
Anexo desta Resolução.

Art. 2o Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
501 - 0 Dirigir veículo sem possuir Carteira Nacional de Habilitação ou ESTADO
Permissão para Dirigir.
502 - 9 Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou ESTADO
Permissão para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de
dirigir.
503 - 7 Dirigir veículo com Carteira Nacional de Habilitação ou ESTADO
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que
esteja conduzindo.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 483

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
504 - 5 Dirigir veículo com validade da Carteira Nacional de Habilitação ESTADO
vencida há mais de trinta dias.
505 - 3 Dirigir veículo sem usar lentes corretoras de visão, aparelho ESTADO
auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do
veículo impostas por ocasião da concessão ou renovação da
licença para conduzir.
506 - 1 Entregar a direção do veículo a pessoa que não possua Carteira ESTADO
Nacional de Habilitação ou Permissão para Dirigir.
507 - 0 Entregar a direção do veículo a pessoa com Carteira Nacional de ESTADO
Habilitação ou Permissão para Dirigir cassada ou com suspensão
do direito de dirigir.
508 - 8 Entregar a direção do veículo a pessoa com Carteira Nacional de ESTADO
Habilitação ou Permissão para Dirigir de categoria diferente da
do veículo que esteja conduzindo.
509 - 6 Entregar a direção do veículo a pessoa com validade da Carteira ESTADO
Nacional de Habilitação vencida há mais de trinta dias.
510 - 0 Entregar a direção do veículo a pessoa sem usar lentes ESTADO
corretoras de visão, aparelho auxiliar de audição, de prótese
física ou as adaptações do veículo impostas por ocasião da
concessão ou renovação da licença para conduzir.
511 - 8 Permitir que tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- ESTADO
lo na via a pessoa que não possua Carteira Nacional de
Habilitação ou Permissão para Dirigir.
512 - 6 Permitir que tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- ESTADO
lo na via a pessoa com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir cassada ou com suspensão do direito de
dirigir.
513 - 4 Permitir que tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- ESTADO
lo na via a pessoa com Carteira Nacional de Habilitação ou
Permissão para Dirigir de categoria diferente da do veículo que
esteja conduzindo.
514 - 2 Permitir que tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- ESTADO
lo na via a pessoa com validade da Carteira Nacional de
Habilitação vencida há mais de trinta dias.
515 - 0 Permitir que tome posse do veículo automotor e passe a conduzi- ESTADO
lo na via a pessoa sem usar lentes corretoras de visão, aparelho
auxiliar de audição, de prótese física ou as adaptações do
veículo impostas por ocasião da concessão ou renovação da
licença para conduzir.
516 - 9 Dirigir sob a influência de álcool, em nível superior a seis ESTADO
decigramas por litro de sangue, ou de qualquer substância
entorpecente ou que determine dependência física ou psíquica.
517 - 7 Confiar ou entregar a direção de veículo a pessoa que, mesmo ESTADO
habilitada, por seu estado físico ou psíquico, não estiver em
condições de dirigi-lo com segurança.
518 - 5 Deixar o condutor ou passageiro de usar o cinto de segurança. ESTADO E
MUNICÍPIO
519 - 3 Transportar crianças em veículo automotor sem observância das ESTADO E
normas de segurança especiais estabelecidas no Código MUNICÍPIO
Brasileiro de Trânsito.
520 - 7 Dirigir sem atenção ou sem os cuidados indispensáveis à ESTADO E
segurança. MUNICÍPIO
484 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
521 - 5 Dirigir ameaçando os pedestres que estejam atravessando a via ESTADO E
pública, ou os demais veículos. MUNICÍPIO
522 - 3 Usar o veículo para arremessar água ou detritos sobre os MUNICÍPIO
pedestres ou veículos.
523 - 1 Atirar do veículo ou abandonar na via pública objetos ou MUNICÍPIO
substâncias.
524 - 0 Disputar corrida por espírito de emulação. ESTADO E
MUNICÍPIO
525 - 8 Promover, na via, competição esportiva, eventos organizados, MUNICÍPIO
exibição e demonstração de perícia em manobra de veículo, sem
permissão da autoridade de trânsito com circunscrição sobre a
via.
526 - 6 Participar, na via, como condutor, de competição esportiva, MUNICÍPIO
eventos organizados, exibição e demonstração de perícia em
manobra de veículo, sem permissão da autoridade de trânsito
com circunscrição sobre a via.
527 - 4 Utilizar-se de veículo para, em via pública, demonstrar ou exibir ESTADO
manobra perigosa, arrancada brusca, derrapagem ou frenagem
com deslizamento ou arrastamento de pneus.
528 - 2 Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de prestar ESTADO
ou providenciar socorro à vítima, podendo fazê-lo.
529 - 0 Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de adotar ESTADO
providências, podendo fazê-lo , no sentido de evitar perigo para o
trânsito no local.
530 - 4 Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de preservar ESTADO
o local, de forma a facilitar os trabalhos da polícia e da perícia.
531 - 2 Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de adotar ESTADO
providências para remover o veículo do local, quando
determinadas por policial ou agente da autoridade de trânsito.
532 - 0 Deixar o condutor envolvido em acidente com vítima de ESTADO
identificar-se ao policial e de lhe prestar informações necessárias
à confecção do boletim de ocorrência.
533 - 9 Deixar o condutor de prestar socorro à vítima de acidente de ESTADO E
trânsito quando solicitado pela autoridade e seus agentes. MUNICÍPIO
534 - 7 Deixar o condutor, envolvido em acidente sem vítima, de adotar MUNICÍPIO
providências para remover o veículo do local, quando necessária
tal medida para assegurar a segurança e a fluidez do trânsito.
535 - 5 Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, MUNICÍPIO
salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em
que o veículo esteja devidamente sinalizado em pista de
rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido.
536 - 3 Fazer ou deixar que se faça reparo em veículo na via pública, MUNICÍPIO
salvo nos casos de impedimento absoluto de sua remoção e em
que o veículo esteja devidamente sinalizado, em outras vias além
de pista de rolamento de rodovias e vias de trânsito rápido.
537 - 1 Ter seu veículo imobilizado na via por falta de combustível. MUNICÍPIO
538 - 0 Estacionar o veículo nas esquinas e a menos de cinco metros do MUNICÍPIO
bordo do alinhamento da via transversal.
539 - 8 Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de MUNICÍPIO
cinquenta centímetros a um metro.
540 - 1 Estacionar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) a MUNICÍPIO
mais de um metro.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 485

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
541 - 0 Estacionar o veículo em desacordo com as posições MUNICÍPIO
estabelecidas no Código de Trânsito Brasileiro.
542 - 8 Estacionar o veículo na pista de rolamento das estradas, das MUNICÍPIO
rodovias, das vias de trânsito rápido e das vias dotadas de
acostamento.
543 - 6 Estacionar o veículo junto ou sobre hidrantes de incêndio, MUNICÍPIO
registro de água ou tampas de poços de visita de galerias
subterrâneas desde que devidamente identificados, conforme
especificação do CONTRAN.
544 - 4 Estacionar o veículo nos acostamentos, salvo motivo de força MUNICÍPIO
maior.
545 - 2 Estacionar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a MUNICÍPIO
pedestre, sobre ciclovia ou ciclofaixa, bem como nas ilhas,
refúgios, ao lado ou sobre canteiros centrais, divisores de pista
de rolamento, marcas de canalização, gramados ou jardim
público.
546 - 0 Estacionar o veículo onde houver guia de calçada (meio-fio) MUNICÍPIO
rebaixada destinada à entrada ou saída de veículos.
547 - 9 Estacionar o veículo impedindo a movimentação de outro veículo. MUNICÍPIO
548 - 7 Estacionar o veículo ao lado de outro veículo em fila dupla. MUNICÍPIO
549 - 5 Estacionar o veículo na área de cruzamento de vias, MUNICÍPIO
prejudicando a circulação de veículos e pedestres.
550 - 9 Estacionar o veículo onde houver sinalização horizontal MUNICÍPIO
delimitadora de ponto de embarque ou desembarque de
passageiros de transporte coletivo ou, na inexistência desta
sinalização, no intervalo compreendido entre dez metros antes e
depois do marco do ponto.
551 - 7 Estacionar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. MUNICÍPIO
552 - 5 Estacionar o veículo na contramão de direção. MUNICÍPIO
553 - 3 Estacionar o veículo em aclive ou declive, não estando MUNICÍPIO
devidamente freado e sem calço de segurança, quando se tratar
de veículo com peso bruto total superior a três mil e quinhentos
quilogramas.
554 - 1 Estacionar o veículo em desacordo com as condições MUNICÍPIO
regulamentadas especificamente pela sinalização (placa -
Estacionamento Regulamentado).
555 - 0 Estacionar o veículo em locais e horários proibidos MUNICÍPIO
especificamente pela sinalização (placa - Proibido Estacionar).
556 - 8 Estacionar o veículo em locais e horários de estacionamento e MUNICÍPIO
parada proibida pela sinalização (placa - Proibido Parar e
Estacionar).
557 - 6 Parar o veículo nas esquinas e a menos de cinco metros do MUNICÍPIO
bordo do alinhamento da via transversal.
558 - 4 Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) de MUNICÍPIO
cinquenta centímetros a um metro.
559 - 2 Parar o veículo afastado da guia da calçada (meio-fio) a mais de MUNICÍPIO
um metro.
560 - 6 Parar o veículo em desacordo com as posições estabelecidas no MUNICÍPIO
Código de Trânsito Brasileiro.
561 - 4 Parar o veículo na pista de rolamento das estradas, das rodovias, MUNICÍPIO
das vias de trânsito rápido e das demais vias dotadas de
acostamento.
486 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
562 - 2 Parar o veículo no passeio ou sobre faixa destinada a pedestres, MUNICÍPIO
nas ilhas, refúgios, canteiros centrais e divisores de pista de
rolamento e marcas de canalização.
563 - 0 Parar o veículo na área de cruzamento de vias, prejudicando a MUNICÍPIO
circulação de veículos e pedestres.
564 - 9 Parar o veículo nos viadutos, pontes e túneis. MUNICÍPIO
565 - 7 Parar o veículo na contramão de direção. MUNICÍPIO
566 - 5 Parar o veículo em local e horário proibidos especificamente pela MUNICÍPIO
sinalização (placa - Proibido Parar).
567 - 3 Parar o veículo sobre a faixa de pedestres na mudança de sinal MUNICÍPIO
luminoso.
568 - 1 Transitar com o veículo na faixa ou pista da direita, MUNICÍPIO
regulamentada como de circulação exclusiva para determinado
tipo de veículo, exceto para acesso a imóveis lindeiros ou
conversões à direita.
569 - 0 Transitar com o veículo na faixa ou pista da esquerda MUNICÍPIO
regulamentada como de circulação exclusiva para determinado
tipo de veículo.
570 - 3 Deixar de conservar o veículo, quando estiver em movimento, na MUNICÍPIO
faixa a ele destinada pela sinalização de regulamentação, exceto
em situações de emergência.
571 - 1 Deixar de conservar o veículo lento e de maior porte, quando MUNICÍPIO
estiver em movimento, nas faixas da direita.
572 - 0 Transitar pela contramão de direção em vias com duplo sentido MUNICÍPIO
de circulação, exceto para ultrapassar outro veículo e apenas
pelo tempo necessário, respeitada a preferência do veículo que
transitar em sentido contrário.
573 - 8 Transitar pela contramão de direção em vias com sinalização de MUNICÍPIO
regulamentação de sentido único de circulação.
574 - 6 Transitar em locais e horários não permitidos pela MUNICÍPIO
regulamentação estabelecida pela autoridade competente, para
todos os tipos de veículos exceto para caminhões e ônibus.
575 - 4 Transitar em locais e horários não permitidos pela MUNICÍPIO
regulamentação estabelecida pela autoridade competente,
especificamente para caminhões e ônibus.
576 - 2 Transitar ao lado de outro veículo, interrompendo ou perturbando MUNICÍPIO
o trânsito.

577 - 0 Deixar de dar passagem aos veículos precedidos de batedores, ESTADO E


de socorro de incêndio e salvamento, de polícia, de operação e MUNICÍPIO
fiscalização de trânsito e às ambulâncias, quando em serviço de
urgência e devidamente identificados por dispositivos
regulamentados de alarme sonoro e iluminação vermelha
intermitentes.
578 - 9 Seguir veículo em serviço de urgência, estando este com MUNICÍPIO
prioridade de passagem devidamente identificada por
dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitentes
579 - 7 Forçar passagem entre veículos que, transitando em sentidos MUNICÍPIO
opostos, estejam na iminência de passar um pelo outro ao
realizar operação de ultrapassagem.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 487

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
580 - 0 Deixar de guardar distância de segurança lateral e frontal entre o MUNICÍPIO
seu veículo e os demais, bem como em relação ao bordo da
pista, considerando-se , no momento, a velocidade, as condições
climáticas do local da circulação e do veículo.
581 - 9 Transitar com o veículo em calçadas, passeios, passarelas, MUNICÍPIO
ciclovias, ciclofaixas, ilhas, refúgios, ajardinamentos, canteiros
centrais e divisores de pista de rolamento, acostamentos, marcas
de canalização, gramados e jardins públicos.
582 - 7 Transitar em marcha à ré, salvo na distância necessária e MUNICÍPIO
pequenas manobras e de forma a não causar riscos a
segurança.
583 - 5 Desobedecer às ordens emanadas da autoridade competente de ESTADO E
trânsito ou de seus agentes. MUNICÍPIO
584 - 3 Deixar de indicar com antecedência, mediante gesto ESTADO E
regulamentar de braço ou luz indicadora de direção de veículo, o MUNICÍPIO
inicio da marcha, a realização da manobra de parar o veículo, a
mudança de direção ou de faixa de circulação.
585 - 1 Deixar de deslocar, com antecedência, o veículo para a faixa MUNICÍPIO
mais à esquerda ou mais à direita, dentro da respectiva mão de
direção, quando for manobrar para um desses lados .
586 - 0 Deixar de dar passagem pela esquerda, quando solicitado. MUNICÍPIO
587 - 8 Ultrapassar pela direita, salvo quando o veículo da frente estiver MUNICÍPIO
colocado na faixa apropriada e der sinal de que vai entrar à
esquerda.
588 - 6 Ultrapassar pela direita veículo de transporte coletivo ou de MUNICÍPIO
escolares, parado para embarque ou desembarque de
passageiros, salvo quando houver refúgio de segurança para o
pedestre.
589 - 4 Deixar de guardar a distância lateral de um metro e cinquenta MUNICÍPIO
centímetros ao passar ou ultrapassar bicicleta.
590 - 8 Ultrapassar outro veículo pelo acostamento. MUNICÍPIO
591 - 6 Ultrapassar outro veículo em interseções e passagens de nível. MUNICÍPIO
592 - 4 Ultrapassar pela contramão outro veículo nas curvas , aclives e MUNICÍPIO
declives, sem visibilidade suficiente.
593 - 2 Ultrapassar pela contramão outro veículo nas faixas de pedestre. MUNICÍPIO
594 - 0 Ultrapassar pela contramão outro veículo nas pontes, viadutos MUNICÍPIO
ou túneis.
595 - 9 Ultrapassar pela contramão outro veículo parado em fila junto a MUNICÍPIO
sinais luminosos, porteiras, cancelas, cruzamentos ou qualquer
outro impedimento à livre circulação.
596 - 7 Ultrapassar pela contramão outro veículo onde houver marcação MUNICÍPIO
viária longitudinal de divisão de fluxos opostos do tipo linha dupla
contínua ou simples contínua amarela.
597 - 5 Deixar de parar o veículo no acostamento à direita, para MUNICÍPIO
aguardar a oportunidade de cruzar
pista ou entrar à esquerda, onde não houver local apropriado
para operação de retorno.
598 - 3 Ultrapassar veículo em movimento que integre cortejo, préstito, MUNICÍPIO
desfile e formações militares, salvo com autorização da
autoridade de trânsito ou de seus agentes.
599 - 1 Executar operação de retorno em locais proibidos pela MUNICÍPIO
sinalização.
488 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
600 - 9 Executar operação de retorno nas curvas, aclives, declives, MUNICÍPIO
pontes, viadutos e túneis.
601 - 7 Executar operação de retorno passando por cima de calçada, MUNICÍPIO
passeio, ilhas, ajardinamento ou canteiros de divisões de pista de
rolamento, refúgios e faixas de pedestres e nas de veículos não
motorizados.
602 - 5 Executar operação de retorno nas interseções, entrando na MUNICÍPIO
contramão de direção da via transversal.

603 - 3 Executar operação de retorno com prejuízo da livre circulação ou MUNICÍPIO


da segurança, ainda que em locais permitidos.
604 - 1 Executar operação de conversão à direita ou à esquerda em MUNICÍPIO
locais proibidos pela sinalização.
605 - 0 Avançar o sinal vermelho do semáforo ou o da parada MUNICÍPIO
obrigatória.
606 - 8 Transpor, sem autorização, bloqueio viário com ou sem ESTADO E
sinalização ou dispositivos auxiliares, deixar de adentrar às áreas MUNICÍPIO
destinadas à passagem de veículos ou evadir-se para não
efetuar o pagamento do pedágio.
607 - 6 Transpor, sem autorização, bloqueio viário policial. ESTADO E
MUNICÍPIO
608 - 4 Ultrapassar veículos em fila, parados em razão de sinal luminoso, ESTADO E
cancela, bloqueio viário parcial ou qualquer outro obstáculo, com MUNICÍPIO
exceção dos veículos não motorizados.
609 - 2 Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea. MUNICÍPIO
610 - 6 Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for MUNICÍPIO
interceptada por agrupamento de pessoas, como préstitos,
passeatas, desfiles e outros.
611 - 4 Deixar de parar o veículo sempre que a respectiva marcha for MUNICÍPIO
interceptada por agrupamentos de veículos, como cortejos,
formações militares e outros.
612 - 2 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo MUNICÍPIO
não motorizado que se encontre na faixa a ele destinada.
613 - 0 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo MUNICÍPIO
não motorizado que não haja concluído a travessia mesmo que
ocorra sinal verde para o veículo.
614 - 9 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo MUNICÍPIO
não motorizado portadores de deficiência física, crianças, idosos
e gestantes.
615 - 7 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo MUNICÍPIO
não motorizado quando houver iniciado a travessia mesmo que
não haja sinalização a ele destinada.
616 - 5 Deixar de dar preferência de passagem a pedestre e a veículo MUNICÍPIO
não motorizado que esteja atravessando a via transversal para
onde se dirige o veículo.
617 - 3 Deixar de dar preferência de passagem, em interseção não MUNICÍPIO
sinalizada, a veículo que estiver circulando por rodovia ou
rotatória ou a veículo que vier da direita.
618 - 1 Deixar de dar preferência de passagem nas interseções com MUNICÍPIO
sinalização de regulamentação de Dê a Preferência.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 489

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
619 - 0 Entrar ou sair de áreas lindeiras sem estar adequadamente MUNICÍPIO
posicionado para ingresso na via e sem as precauções com a
segurança de pedestres e de outros veículos.
620 - 3 Entrar ou sair de fila de veículos estacionados sem dar MUNICÍPIO
preferência de passagem a pedestres e a outros veículos.
621 - 1 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o MUNICÍPIO
local, medida por instrumento ou equipamento hábil em rodovias,
vias de trânsito rápido e vias arteriais quando a velocidade for
superior a máxima em até vinte por cento.
622 - 0 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o MUNICÍPIO
local, medida por instrumento ou equipamento hábil em rodovias,
vias de trânsito rápido e vias arteriais quando a velocidade for
superior à máxima em mais de vinte por cento:
623 - 8 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o MUNICÍPIO
local, medida por instrumento ou equipamento hábil em vias que
não sejam rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais,
quando a velocidade for superior à máxima em até cinquenta por
cento
624 - 6 Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o MUNICÍPIO
local, medida por instrumento ou equipamento hábil em vias que
não sejam rodovias, vias de trânsito rápido e vias arteriais,
quando a velocidade for superior à máxima em mais de
cinquenta por cento.
625 - 4 Transitar com o veículo em velocidade inferior à metade da MUNICÍPIO
velocidade máxima estabelecida para a via, retardando ou
obstruindo o trânsito, a menos que as condições de tráfego e
meteorológicas não o permitam, salvo se estiver na faixa da
direita.
626 - 2 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito quando se aproximar de passeatas,
aglomerações, cortejos, préstitos e desfiles.
627 - 0 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito nos locais onde o trânsito esteja
sendo controlado pelo agente da autoridade de trânsito, mediante
sinais sonoros ou gestos.
628 - 9 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito ao aproximar-se da guia da calçada
(meio-fio) ou acostamento.
629 - 7 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito ao aproximar-se de ou passar por
interseção não sinalizada.
630 - 0 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito nas vias rurais cuja faixa de domínio
não esteja cercada.
631 - 9 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito nos trechos em curva de pequeno
raio.
632 - 7 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito ao aproximar-se de locais
sinalizados com advertência de obras ou trabalhadores na pista.
633 - 5 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito sob chuva, neblina, cerração ou
490 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

ventos fortes.
CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA
INFRAÇÃO
634 - 3 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito quando houver má visibilidade
635 - 1 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito quando o pavimento se apresentar
escorregadio, defeituoso ou avariado
636 - 0 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito à aproximação de animais na pista
637 - 8 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito em declive
638 - 6 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito ao ultrapassar ciclista
639 - 4 Deixar de reduzir a velocidade do veículo de forma compatível MUNICÍPIO
com a segurança do trânsito nas proximidades de escolas,
hospitais, estações de embarque e desembarque de passageiros
ou onde haja intensa movimentação de pedestres.
640 - 8 Portar no veículo placas de identificação em desacordo com as ESTADO
especificações e modelos estabelecidos pelo CONTRAN.
641 - 6 Confeccionar, distribuir ou colocar, em veículo próprio ou de ESTADO
terceiros, placas de identificação não autorizadas pela
regulamentação do CONTRAN.
642 - 4 Deixar de manter ligado, nas situações de atendimento de MUNICÍPIO
emergência, o sistema de iluminação vermelha intermitente dos
veículos de polícia, de socorro de incêndio e salvamento , de
fiscalização de trânsito e das ambulâncias, ainda que parados.
643 - 2 Transitar com o farol desregulado ou com o facho de luz alta de ESTADO
forma a perturbar a visão de outro condutor.
644 - 0 Fazer uso do facho de luz alta dos faróis em vias providas de MUNICÍPIO
iluminação pública.
645 - 9 Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os demais MUNICÍPIO
condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas ou
omitir-se a providências necessárias para tornar visível o local,
quando tiver de remover o veículo da pista de rolamento ou
permanecer no acostamento.
646 - 7 Deixar de sinalizar a via, de forma a prevenir os demais MUNICÍPIO
condutores e, à noite, não manter acesas as luzes externas ou
omitir-se a providências necessárias para tornar visível o local,
quando a carga for derramada sobre a via e não puder ser
retirada imediatamente.
647 - 5 Deixar de retirar todo e qualquer objeto que tenha sido utilizado MUNICÍPIO
para sinalização temporária da via.
648 - 3 Usar buzina em situação que não a de simples toque breve como MUNICÍPIO
advertência ao pedestre ou a condutores de outros veículos.
649 - 1 Usar buzina prolongada e sucessivamente a qualquer pretexto. MUNICÍPIO
650 - 5 Usar buzina entre as vinte e duas e as seis horas. MUNICÍPIO
651 - 3 Usar buzina em locais e horários proibidos pela sinalização. MUNICÍPIO

652 - 1 Usar buzina em desacordo com os padrões e frequências MUNICÍPIO


estabelecidas pelo CONTRAN.
653 - 0 Usar no veículo equipamento com som em volume ou frequência MUNICÍPIO
que não sejam autorizadas pelo CONTRAN.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 491

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
654 - 8 Usar indevidamente no veículo aparelho de alarme ou que ESTADO
produza sons e ruído que perturbem o sossego público, em
desacordo com normas fixadas pelo CONTRAN.
655 - 6 Conduzir o veículo com o lacre, a inscrição do chassi, o selo, a ESTADO
placa ou qualquer outro elemento de identificação do veículo
violado ou falsificado.
656 - 4 Conduzir o veículo transportando passageiros em compartimento MUNICÍPIO
de carga, salvo por motivo de força maior, com permissão da
autoridade competente e na forma estabelecida pelo CONTRAN.
657 - 2 Conduzir o veículo com dispositivo anti-radar. ESTADO
658 - 0 Conduzir o veículo sem qualquer uma das placas de ESTADO
identificação.
659 - 9 Conduzir o veículo que não esteja registrado e devidamente ESTADO
licenciado.
660 - 2 Conduzir o veículo com qualquer uma das placas de identificação ESTADO
sem condições de legibilidade e visibilidade.
661 - 0 Conduzir o veículo com a cor ou característica alterada. ESTADO
662 - 9 Conduzir o veículo sem ter sido submetido a inspeção de ESTADO
segurança veicular, quando obrigatória.
663 - 7 Conduzir o veículo sem equipamento obrigatório ou estando este ESTADO
ineficiente ou inoperante.
664 - 5 Conduzir o veículo com equipamento obrigatório em desacordo ESTADO
com o estabelecido pelo CONTRAN.
665 - 3 Conduzir o veículo com descarga livre ou silenciador de motor de ESTADO
explosão defeituoso, deficiente ou inoperante.
666 - 1 Conduzir o veículo com equipamento ou acessório proibido. ESTADO
667 - 0 Conduzir o veículo com o equipamento do sistema de iluminação ESTADO
e de sinalização alterados.
668 - 8 Conduzir o veículo com registrador instantâneo inalterável de ESTADO
velocidade e tempo viciado ou defeituoso, quando houver
exigência desse aparelho.
669 - 6 Conduzir o veículo com inscrições, adesivos, legendas e ESTADO
símbolos de caráter publicitário afixados ou pintados no pára-
brisa e em toda a extensão da parte traseira do veículo,
excetuadas as hipóteses previstas no Código de Trânsito
Brasileiro.
670 - 0 Conduzir o veículo com vidros total ou parcialmente cobertos por ESTADO
películas refletivas ou não, painéis decorativos ou pinturas.
671 - 8 Conduzir o veículo com cortinas ou persianas fechadas, não ESTADO
autorizadas pela legislação.
672 - 6 Conduzir o veículo em mau estado de conservação, ESTADO
comprometendo a segurança, ou reprovado na avaliação de
inspeção de segurança e de emissão de poluentes e ruído.
673 - 4 Conduzir o veículo sem acionar o limpador de pára-brisa sob ESTADO
chuva.
674 - 2 Conduzir o veículo sem portar a autorização para condução de ESTADO
escolares.
675 - 0 Conduzir o veículo de carga, com falta de inscrição da tara e ESTADO
demais inscrições previstas no Código de Trânsito Brasileiro.
676 - 9 Conduzir o veículo com defeito no sistema de iluminação, de ESTADO
sinalização ou com lâmpadas queimadas.
492 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
677 - 7 Transitar com o veículo danificando a via, suas instalações e MUNICÍPIO
equipamentos.
678 - 5 Transitar com o veículo derramando, lançando ou arrastando MUNICÍPIO
sobre a via carga que esteja transportando.
679 - 3 Transitar com o veículo derramando, lançando ou arrastando MUNICÍPIO
sobre a via combustível ou lubrificante que esteja utilizando.
680 - 7 Transitar com o veículo derramando, lançando ou arrastando MUNICÍPIO
qualquer objeto que possa acarretar risco de acidente.
681 - 5 Transitar com o veículo produzindo fumaça gases ou partículas MUNICÍPIO
em níveis superiores aos fixados pelo CONTRAN.
682 - 3 Transitar com o veículo com suas dimensões ou de sua carga MUNICÍPIO
superiores aos limites estabelecidos legalmente ou pela
sinalização, sem autorização.
683 - 1 Transitar com o veículo com excesso de peso, admitido MUNICÍPIO
percentual de tolerância quando aferido por equipamento.
684 - 0 Transitar com o veículo em desacordo com a autorização MUNICÍPIO
especial, expedida pela autoridade competente para transitar
com dimensões excedentes, ou quando a mesma estiver
vencida.
685 - 8 Transitar com o veículo com lotação excedente. ESTADO E
MUNICÍPIO
686 - 6 Transitar com o veículo efetuando transporte remunerado de MUNICÍPIO
pessoas ou bens, quando não for licenciado para esse fim, salvo
casos de força maior ou com permissão da autoridade
competente.
687 - 4 Transitar com o veículo desligado ou desengrenado, em declive. MUNICÍPIO
688 - 2 Transitar com o veículo excedendo a capacidade máxima de MUNICÍPIO
tração, em infração considerada média pelo CONTRAN.
689 - 0 Transitar com o veículo excedendo a capacidade máxima de MUNICÍPIO
tração, em infração considerada grave pelo CONTRAN.
690 - 4 Transitar com o veículo excedendo a capacidade máxima de MUNICÍPIO
tração, em infração considerada gravíssima pelo CONTRAN.
691 - 2 Conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório. ESTADO
692 - 0 Deixar de efetuar o registro de veículo no prazo de trinta dias, ESTADO
junto ao órgão executivo de trânsito.
693 - 9 Falsificar ou adulterar documento de habilitação e de ESTADO
identificação do veículo.
694 - 7 Conduzir pessoas, animais ou carga nas partes externas do MUNICÍPIO
veículo, salvo nos casos devidamente autorizados.
695 - 5 Rebocar outro veículo com cabo flexível ou corda, salvo em MINICÍPIO
casos de emergência.
696 - 3 Transitar com o veículo em desacordo com as especificações, e ESTADO
com falta de inscrição e simbologia necessárias à sua
identificação, quando exigidas pela legislação.
697 - 1 Recusar-se a entregar à autoridade de trânsito ou a seus ESTADO
agentes, mediante recibo, os documentos de habilitação, de
registro, de licenciamento de veículo e outros exigidos por lei,
para averiguação de sua autenticidade.
698 - 0 Retirar do local veículo legalmente retido para regularização, sem ESTADO E
permissão da autoridade competente ou de seus agentes MUNICÍPIO
POP:Procedimento Operacional Padrão | 493

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
699 - 8 Deixar o responsável de promover a baixa do registro de veículo ESTADO
irrecuperável ou definitivamente desmontado.
700 - 5 Deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de ESTADO
habilitação do condutor.
701 - 3 Fazer falsa declaração de domicílio para fins de registro, ESTADO
licenciamento ou habilitação.
702 - 1 Deixar a empresa seguradora de comunicar ao órgão executivo ESTADO
de trânsito competente a ocorrência de perda total do veículo e
de lhe devolver as respectivas placas e documentos.
703 - 0 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor sem usar capacete ESTADO E
de segurança com viseira ou óculos de proteção e vestuário de MUNICÍPIO
acordo com as normas e especificações aprovadas pelo
CONTRAN.
704 - 8 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportando MUNICÍPIO
passageiro sem o capacete de segurança com viseira ou óculos
de proteção, ou fora do assento suplementar colocado atrás do
condutor ou em carro lateral.
705 - 6 Conduzir motocicleta, motoneta, ciclomotor e ciclo fazendo MUNICÍPIO
malabarismo ou equilibrando-se apenas em uma roda.
706 - 4 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor com os faróis MUNICÍPIO
apagados.
707 - 2 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor transportando MUNICÍPIO
criança menor de sete anos ou que não tenha, nas
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
708 - 0 Conduzir motocicleta, motoneta e ciclomotor rebocando outro MUNICÍPIO
veículo.
709 - 9 Conduzir motocicleta, motoneta, ciclomotor e ciclo sem segurar o MUNICÍPIO
guidom com ambas as mãos, salvo eventualmente para
indicação de manobras.
710 - 2 Conduzir motocicleta, motoneta, ciclomotor e ciclo transportando MUNICÍPIO
carga incompatível com suas especificações.

711 - 0 Conduzir ciclo transportando passageiro fora da garupa ou do MUNICÍPIO


assento especial a ele destinado.
712 - 9 Conduzir ciclo e ciclomotor em vias de trânsito rápido ou MUNICÍPIO
rodovias, salvo onde houver acostamento ou faixas de rolamento
próprias.
713 - 7 Conduzir ciclo transportando crianças que não tenham, nas MUNICÍPIO
circunstâncias, condições de cuidar de sua própria segurança.
714 - 5 Utilizar a via para depósito de mercadorias, materiais ou MUNICÍPIO
equipamentos , sem autorização do órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via.
715 - 3 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à MUNICÍPIO
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre
como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente, sem
agravamento de penalidade pela autoridade de trânsito.
716 - 1 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à MUNICÍPIO
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre
como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente, com
agravamento de penalidade de duas vezes pela autoridade de
trânsito.
494 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO
717 - 0 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à MUNICÍPIO
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre
como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente, com
agravamento de penalidade de três vezes pela autoridade de
trânsito.
718 - 8 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à MUNICÍPIO
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre
como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente, com
agravamento de penalidade de quatro vezes pela autoridade de
trânsito.
719 - 6 Deixar de sinalizar qualquer obstáculo à livre circulação, à MUNICÍPIO
segurança de veículo e pedestres, tanto no leito da via terrestre
como na calçada, ou obstaculizar a via indevidamente, com
agravamento de penalidade de cinco vezes pela autoridade de
trânsito.
720 - 0 Deixar de conduzir pelo bordo da pista de rolamento, em fila MUNICÍPIO
única, os veículos de tração ou propulsão humana e os de
tração animal, sempre que não houver acostamento ou faixa a
eles destinados.
721 - 8 Transportar em veículo destinado ao transporte de passageiros ESTADO
carga excedente em desacordo com normas estabelecidas pelo
CONTRAN.
722 - 6 Deixar de manter acesas, à noite, as luzes de posição, quando o MUNICÍPIO
veículo estiver parado, para fins de embarque ou desembarque
de passageiros e carga ou descarga da mercadorias.
723 - 4 Deixar de manter acesa a luz baixa, quando o veículo estiver em MUNICÍPIO
movimento, durante à noite.
724 - 2 Deixar de manter acesa a luz baixa, quando o veículo estiver em MUNICÍPIO
movimento, de dia, nos túneis providos de iluminação pública.
725 - 0 Deixar de manter acesa a luz baixa, quando o veículo estiver em MUNICÍPIO
movimento, de dia, e de noite, tratando-se de veículo de
transporte coletivo de passageiros, circulando em faixas ou pistas
a eles destinadas.
726 - 9 Deixar de manter acesa a luz baixa, quando o veículo estiver em MUNICÍPIO
movimento, de dia e de noite, tratando-se de ciclomotor.
727 - 7 Deixar de manter acesas pelo menos as luzes de posição sob MUNICÍPIO
chuva forte, neblina ou cerração, quando o veículo estiver em
movimento.
728 - 5 Deixar de manter a placa traseira iluminada, a noite, quando o ESTADO
veículo estiver em movimento.
729 - 3 Utilizar as luzes do veículo, pisca-alerta, exceto em MUNICÍPIO
imobilizações ou situações de emergência.
730 - 7 Utilizar as luzes do veículo baixa e alta de forma intermitente, MUNICÍPIO
exceto nas seguintes situações: a curtos intervalos, quando for
conveniente advertir a outro condutor que se tem o propósito de
ultrapassá-lo; em imobilizações ou situação de emergência,
como advertência, utilizando pisca-alerta; quando a sinalização
de regulamentação da via determinar o uso do pisca-alerta.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 495

CÓDIGO DESCRIÇÃO DA INFRAÇÃO COMPETÊNCIA


INFRAÇÃO

731 - 5 Dirigir o veículo com o braço do lado de fora. MUNICÍPIO


732 - 3 Dirigir o veículo transportando pessoas, animais ou volume à sua ESTADO
esquerda ou entre os braços e pernas.
733 - 1 Dirigir o veículo com incapacidade física ou mental temporária ESTADO
que comprometa a segurança do trânsito.
734 - 0 Dirigir o veículo usando calçado que não se firme nos pés ou que ESTADO
comprometa a utilização dos pedais.
735 - 8 Dirigir o veículo com apenas uma das mãos, exceto quando deva ESTADO
fazer sinais regulamentares de braço, mudar a marcha do
veículo, ou acionar equipamentos e acessórios do veículo.
736 - 6 Dirigir o veículo utilizando-se de fones nos ouvidos conectados a ESTADO E
aparelhagem sonora ou de telefone celular. MUNICÍPIO
737 - 4 Bloquear a via com veículo. MUNICÍPIO
738 - 2 É proibido ao pedestre permanecer ou andar nas pistas de MUNICÍPIO
rolamento, exceto para cruza-las onde for permitido.
739 - 0 É proibido ao pedestre cruzar pistas de rolamento nos viadutos, MUNICÍPIO
pontes, ou túneis, salvo onde exista permissão.
740 - 4 É proibido ao pedestre atravessar a via dentro das áreas de MUNICÍPIO
cruzamento, salvo quando houver sinalização para esse fim.
741 - 2 É proibido ao pedestre utilizar-se da via em agrupamentos MUNICÍPIO
capazes de perturbar o trânsito , ou para a prática de qualquer
folguedo, esporte, desfiles e similares, salvo em casos especiais
e com a devida licença de autoridade competente.
742 - 0 É proibido ao pedestre andar fora da faixa própria, passarela, MUNICÍPIO
passagem aérea ou subterrânea.
743 - 9 É proibido ao pedestre desobedecer a sinalização de trânsito MUNICÍPIO
específica.
744 - 7 Conduzir bicicleta em passeios onde não seja permitida a MUNICÍPIO
circulação desta, ou de forma agressiva.

Resolução do CONTRAN nº 149/2003


Art. 3º. À exceção do disposto no § 5º do artigo anterior, após a verificação da
regularidade do Auto de Infração, a autoridade de trânsito expedirá, no prazo máximo de
30 (trinta) dias contados da data do cometimento da infração, a Notificação da Autuação
dirigida ao proprietário do veículo, na qual deverão constar, no mínimo, os dados
definidos no art. 280 do CTB e em regulamentação específica.
§ 4º. Nos casos dos veículos registrados em nome de missões diplomáticas, repartições
consulares de carreira ou representações de organismos internacionais e de seus
integrantes, a Notificação da Autuação deverá ser remetida ao Ministério das Relações
Exteriores, para as providências cabíveis, passando a correr os prazos a partir do seu
conhecimento pelo proprietário do veículo.

Resolução do CONTRAN nº 193/2006


Art. 1º. O condutor de veículo automotor, natural de país estrangeiro e nele habilitado,
desde que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional quando
amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprovados pela
República Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade,
496 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação de


origem.
§ 1º O prazo a que se refere o caput deste artigo iniciar-se-á a partir da data de entrada
no âmbito territorial brasileiro.
§ 2º O órgão máximo de trânsito da União informará aos órgãos ou entidades executivos
de trânsito dos Estados e do Distrito Federal a que países se aplica o disposto neste
artigo.
§ 3º O condutor de que trata o caput deste artigo deverá portar a carteira de habilitação
estrangeira, dentro do prazo de validade, acompanhada da respectiva tradução
juramentada e do seu documento de identificação, devidamente reconhecida mediante
registro junto ao órgão ou entidade executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito
Federal.
§ 4º O condutor estrangeiro, após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de estada regular
no Brasil, pretendendo continuar a dirigir veículo automotor no âmbito territorial brasileiro,
deverá submeter-se aos Exames de Aptidão Física e Mental e Avaliação Psicológica, nos
termos do artigo 147 do CTB, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação.
§ 5º Na hipótese de mudança de categoria deverá ser obedecido o estabelecido no artigo
146 do Código de Trânsito Brasileiro.
§ 6º O disposto nos parágrafos anteriores não terá caráter de obrigatoriedade aos
diplomatas ou cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados.
Art. 2º. O condutor de veículo automotor, natural de país estrangeiro e nele habilitado,
em estada regular, desde que penalmente imputável no Brasil, detentor de habilitação
não reconhecida pelo Governo brasileiro, poderá dirigir no Território Nacional mediante a
troca da sua habilitação de origem pela equivalente nacional junto ao órgão ou entidade
executiva de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e ser aprovado nos Exames de
Aptidão Física e Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Veicular, respeitada a sua
categoria, com vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
Art. 3º. Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão aplicadas as regras
estabelecidas nos artigos 1º ou 2º, respectivamente, comprovando que mantinha
residência normal naquele País por um período não inferior a 06 (seis) meses quando do
momento da expedição da habilitação.
Art. 4º. O estrangeiro não habilitado, com estada regular no Brasil, pretendendo habilitar-
se para conduzir veículo automotor no Território Nacional, deverá satisfazer todas as
exigências previstas na legislação de trânsito brasileira em vigor.
Art. 5º. Quando o condutor habilitado em país estrangeiro cometer infração de trânsito,
cuja penalidade implique na proibição do direito de dirigir, a autoridade competente de
trânsito tomará as seguintes providências com base no artigo 42 da Convenção sobre
Trânsito Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo Decreto nº 86.714, de 10 de
dezembro de 1981:
I – recolher e reter o documento de habilitação, até que expire o prazo da suspensão do
direito de usá-la, ou até que o condutor saia do território nacional, se a saída ocorrer
antes de expirar o citado prazo;
II – comunicar à autoridade que expediu ou em cujo nome foi expedido o documento de
habilitação, a suspensão do direito de usá-lo, solicitando que notifique ao interessado da
decisão tomada;
III – indicar no documento de habilitação, que o mesmo não é válido no território nacional,
quando se tratar de documento de habilitação com validade internacional.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 497

Parágrafo único. Quando se tratar de missão diplomática, consular ou a elas


equiparadas, as medidas cabíveis deverão ser tomadas pelo Ministério das Relações
Exteriores.
Art. 6º. O condutor com Habilitação Internacional para Dirigir, expedida no Brasil, que
cometer infração de trânsito cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do
direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente com o documento de
habilitação nacional, pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal.
Parágrafo único. A Carteira Internacional expedida pelo órgão ou entidade executiva de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal não poderá substituir a CNH.
Art. 7º. Ficam revogados os artigos 29, 30, 31 e 32 da Resolução nº 168/2004 –
CONTRAN e as disposições em contrário.

Resolução do CONTRAN nº 204/2006


Art. 1º. A utilização, em veículos de qualquer espécie, de equipamento que produza som
só será permitida, nas vias terrestres abertas à circulação, em nível de pressão sonora
não superior a 80 decibéis - dB(A), medido a 7 m (sete metros) de distância do veículo.
Parágrafo único. Para medições a distâncias diferentes da mencionada no caput, deverão
ser considerados os valores de nível de pressão sonora indicados na tabela do Anexo
desta Resolução.
Art. 2º. Excetuam-se do disposto no artigo 1º desta Resolução, os ruídos produzidos por:
I. buzinas, alarmes, sinalizadores de marcha-à-ré, sirenes, pelo motor e demais
componentes obrigatórios do próprio veículo;
II. Veículos prestadores de serviço com emissão sonora de publicidade, divulgação,
entretenimento e comunicação, desde que estejam portando autorização emitida pelo
órgão ou entidade local competente.
III. Veículos de competição e os de entretenimento público, somente nos locais de
competição ou de apresentação devidamente estabelecidos e permitidos pelas
autoridades competentes.
Art. 3º. A medição da pressão sonora de que trata esta Resolução se fará em via
terrestre aberta à circulação e será realizada utilizando o decibelímetro, conforme os
seguintes requisitos:
I. Ter seu modelo aprovado pelo Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e
Qualidade Industrial - INMETRO, atendendo à legislação metrológica em vigor e
homologado pelo DENATRAN - Departamento Nacional de Trânsito;
II. Ser aprovado na verificação metrológica realizada pelo INMETRO ou por entidade por
ele acreditada;
III. Ser verificado pelo INMETRO ou entidade por ele acreditada, obrigatoriamente com
periodicidade máxima de 12 (doze) meses e, eventualmente, conforme determina a
legislação metrológica em vigor;
§ 1º. O decibelímetro, equipamento de medição da pressão sonora, deverá estar
posicionado a uma altura aproximada de 1,5 m (um metro e meio) com tolerância de mais
ou menos 20 cm. (vinte centímetros) acima do nível do solo e na direção em que for
medido o maior nível sonoro.
§ 2º. Para determinação do nível de pressão sonora estabelecida no artigo 1º. deverá ser
subtraída na medição efetuada o ruído de fundo, inclusive do vento, de no mínimo 10
dB(A) (dez decibéis) em qualquer circunstância.
§ 3º. Até que o INMETRO publique Regulamento Técnico Metrológico sobre o
decibelímetro, os certificados de calibração emitidos pelo INMETRO ou pela Rede
Brasileira de Calibração são condições suficientes e bastante para validar o seu uso.
498 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Art. 4°. O auto de infração e as notificações da autuação e da penalidade, além do


disposto no CTB e na legislação complementar, devem conter o nível de pressão sonora,
expresso em decibéis - dB(A):
I. O valor medido pelo instrumento;
II. O valor considerado para efeito da aplicação da penalidade; e,
III. O valor permitido.
Parágrafo único. O erro máximo admitido para medição em serviço deve respeitar a
legislação metrológica em vigor.
Art. 5º. A inobservância do disposto nesta Resolução constitui infração de trânsito
prevista no artigo 228 do CTB.
Art. 6º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução do CONTRAN nº 231/2007


Art.1°. Após o registro no órgão de trânsito, cada veículo será identificado por placas
dianteira e traseira, afixadas em primeiro plano e integrante do mesmo, contendo 7 (sete)
caracteres alfanuméricos individualizados sendo o primeiro grupo composto por 3 (três),
resultante do arranjo, com repetição de 26 (vinte e seis) letras, tomadas três a três, e o
segundo grupo composto por 4 (quatro), resultante do arranjo, com repetição, de 10 (dez)
algarismos, tomados quatro a quatro.
§ 1° Além dos caracteres previstos neste artigo, as placas dianteira e traseira deverão
conter, gravados em tarjetas removíveis a elas afixadas, a sigla identificadora da Unidade
da Federação e o nome do Município de registro do veículo, exceção feita às placas dos
veículos oficiais, de representação, aos pertencentes a missões diplomáticas, às
repartições consulares, aos organismos internacionais, aos funcionários estrangeiros
administrativos de carreira e aos peritos estrangeiros de cooperação internacional. .
§ 2° As placas excepcionalizadas no § anterior, deverão conter, gravados nas tarjetas ou,
em espaço correspondente, na própria placa, os seguintes caracteres:
I - veículos oficiais da União: B R A S I L;
II - veículos oficiais das Unidades da Federação: nome da Unidade da Federação;
III - veículos oficiais dos Municípios: sigla da Unidade da Federação e nome do
Município.
IV - As placas dos veículos automotores pertencentes às Missões Diplomáticas, às
Repartições Consulares, aos Organismos Internacionais, aos Funcionários Estrangeiros
Administrativos de Carreira e aos Peritos Estrangeiros de Cooperação Internacional
deverão conter as seguintes gravações estampadas na parte central superior da placa
(tarjeta), substituindo-se a identificação do Município:
a) CMD, para os veículos de uso dos Chefes de Missão Diplomática;
b) CD, para os veículos pertencentes ao Corpo Diplomático;
c) CC, para os veículos pertencentes ao Corpo Consular;
d) OI, para os veículos pertencentes a Organismos Internacionais;
e) ADM, para os veículos pertencentes a funcionários administrativos de carreira
estrangeiros de Missões Diplomáticas, Repartições Consulares e Representações de
Organismos Internacionais;
f) CI, para os veículos pertencentes a peritos estrangeiros sem residência permanente
que venham ao Brasil no âmbito de Acordo de Cooperação Internacional.
§ 3° A placa traseira será obrigatoriamente lacrada à estrutura do veículo, juntamente
com a tarjeta, em local de visualização integral.
§ 4° Os caracteres das placas de identificação serão gravados em alto relevo.
Art. 2°. As dimensões, cores e demais características das placas obedecerão as
especificações constantes do Anexo da presente Resolução.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 499

Art. 3°. No caso de mudança de categoria de veículos, as placas deverão ser alteradas
para as de cor da nova categoria, permanecendo entretanto a mesma identificação
alfanumérica.
Art. 4°. O Órgão Maximo Executivo de Transito da União estabelecerá normas técnicas
para a distribuição e controle das series alfanuméricas.
Art. 5º. As placas serão confeccionadas por fabricantes credenciados pelos órgãos
executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, obedecendo as formalidades
legais vigentes.
§ 1° Será obrigatória a gravação do registro do fabricante em superfície plana da placa e
da tarjeta, de modo a não ser obstruída sua visão quando afixadas nos veículos,
obedecidas as especificações contidas no Anexo da presente Resolução.
§ 2° Aos órgãos executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, caberá
credenciar o fabricante de placas e tarjetas, bem como a fiscalização do disposto neste
artigo.
§ 3° O fabricante de placas e tarjetas que deixar de observar as especificações
constantes da presente Resolução e dos demais dispositivos legais que regulamentam o
sistema de placas de identificação de veículos, terá seu credenciamento cancelado pelo
órgão executivo de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal.
§ 4° Os órgãos executivos de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal, estabelecerão
as abreviaturas, quando necessárias, dos nomes dos municípios de sua Unidade de
Federação, a serem gravados nas tarjetas.
Art. 6º. Os veículos de duas ou três rodas do tipo motocicleta, motoneta, ciclomotor e
triciclo ficam obrigados a utilizar placa traseira de identificação com película refletiva
conforme especificado no Anexo desta Resolução e obedecer aos seguintes prazos:
I - Na categoria aluguel, para todos os veículos, a partir de 01 de agosto de 2007
II - Nas demais categorias, os veículos registrados a partir de 01 de agosto de 2007 e os
transferidos de município.
Parágrafo Único. Aos demais veículos é facultado o uso de placas com película refletiva,
desde que atendidas as especificações do Anexo desta Resolução.
Art. 7º. Os veículos com placas de identificação em desacordo com as especificações de
dimensão, cor e tipologia deverão adequar-se quando da mudança de município.
Art. 8º. Será obrigatório o uso de segunda placa traseira de identificação nos veículos em
que a aplicação do dispositivo de engate para reboques resultar no encobrimento, total
ou parcial, da placa traseira localizada no centro geométrico do veículo.
Parágrafo único - Não será exigida a segunda placa traseira para os veículos em que a
aplicação do dispositivo de engate de reboques não cause prejuízo para visibilidade da
placa de identificação traseira.
Art. 9º. A segunda placa de identificação será aposta em local visível, ao lado direito da
traseira do veículo, podendo ser instalada no pára-choque ou na carroceria, admitida a
utilização de suportes adaptadores.
Parágrafo único - A segunda placa de identificação será lacrada na parte estrutural do
veículo em que estiver instalada (pára-choque ou carroceria).
Art. 10. O não cumprimento do disposto nesta Resolução implicará na aplicação das
penalidades previstas nos artigos 221 e 230 Incisos I, IV e VI do Código de Trânsito
Brasileiro.
Art. 11. Esta Resolução entrará em vigor a partir de 01 de agosto de 2007, revogando
Resoluções 783/94 e 45/98 e demais disposições em contrário.
500 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

Resolução do CONTRAN nº 360/2010


Art. 1º. O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado,
desde que penalmente imputável no Brasil, poderá dirigir no Território Nacional quando
amparado por convenções ou acordos internacionais, ratificados e aprovados pela
República Federativa do Brasil e, igualmente, pela adoção do Princípio da Reciprocidade,
no prazo máximo de 180 (cento e oitenta) dias, respeitada a validade da habilitação de
origem.
§ 1° O prazo a que se refere o caput deste artigo iniciar-se-á a partir da data de entrada
no âmbito territorial brasileiro.
§ 2º O órgão máximo Executivo de Trânsito da União informará aos demais órgãos ou
entidades do Sistema Nacional de Trânsito a que países se aplica o disposto neste artigo.
§ 3° O condutor de que trata o caput deste artigo deverá portar a carteira de habilitação
estrangeira, dentro do prazo de validade, acompanhada do seu documento de
identificação.
§ 4° O condutor estrangeiro, após o prazo de 180 (cento e oitenta) dias de estada regular
no Brasil, pretendendo continuar a dirigir veículo automotor no âmbito territorial brasileiro,
deverá submeter-se aos Exames de aptidão Física e Mental e Avaliação Psicológica, nos
termos do artigo 147 do CTB, respeitada a sua categoria, com vistas à obtenção da
Carteira Nacional de Habilitação.
§ 5º Na hipótese de mudança de categoria deverá ser obedecido o estabelecido no artigo
146 do Código de Trânsito Brasileiro.
§ 6° O disposto nos parágrafos anteriores não terá caráter de obrigatoriedade aos
diplomatas ou cônsules de carreira e àqueles a eles equiparados.
Art. 2º. O condutor de veículo automotor, oriundo de país estrangeiro e nele habilitado,
em estada regular, desde que penalmente imputável no Brasil, detentor de habilitação
não reconhecida pelo Governo brasileiro, poderá dirigir no Território Nacional mediante a
troca da sua habilitação de origem pela equivalente nacional junto ao órgão ou entidade
executiva de trânsito dos Estados ou do Distrito Federal e ser aprovado nos Exames de
Aptidão Física e Mental, Avaliação Psicológica e de Direção Veicular, respeitada a sua
categoria, com vistas à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação.
Art. 3°. Ao cidadão brasileiro habilitado no exterior serão aplicadas as regras
estabelecidas nos artigos 1° ou 2°, respectivamente, comprovando que mantinha
residência normal naquele País por um período não inferior a 06 (seis) meses quando do
momento da expedição da habilitação.
Art. 4°. O estrangeiro não habilitado, com estada regular no Brasil, pretendendo habilitar-
se para conduzir veículo automotor no Território Nacional, deverá satisfazer todas as
exigências previstas na legislação de trânsito brasileira em vigor.
Art. 5°. Quando o condutor habilitado em país estrangeiro cometer infração de trânsito,
cuja penalidade implique na proibição do direito de dirigir, a autoridade de trânsito
competente tomará as seguintes providências com base no artigo 42 da Convenção
sobre Trânsito Viário, celebrada em Viena e promulgada pelo Decreto n° 86.714, de 10
de dezembro de 1981:
I – recolher e reter o documento de habilitação, até que expire o prazo da suspensão do
direito de usá-la, ou até que o condutor saia do território nacional, se a saída ocorrer
antes de expirar o prazo;
II – comunicar à autoridade que expediu ou em cujo nome foi expedido o documento de
habilitação, a suspensão do direito de usá-la, solicitando que notifique ao interessado da
decisão tomada;
III – indicar no documento de habilitação, que o mesmo não é válido no território nacional,
quando se tratar de documento de habilitação com validade internacional.
POP:Procedimento Operacional Padrão | 501

Parágrafo único. Quando se tratar de missão diplomática, consular ou a elas


equiparadas, as medidas cabíveis deverão ser tomadas pelo Ministério das Relações
Exteriores.
Art.6°. O condutor com Habilitação Internacional para Dirigir, expedida no Brasil, que
cometer infração de trânsito cuja penalidade implique na suspensão ou cassação do
direito de dirigir, terá o recolhimento e apreensão desta, juntamente com o documento de
habilitação nacional, ou pelo órgão ou entidade executivo de trânsito do Estado ou do
Distrito Federal.
Parágrafo único. A Carteira Internacional expedida pelo órgão ou entidade executiva de
trânsito do Estado ou do Distrito Federal não poderá substituir a CNH.
Art. 7°. Ficam revogadas as Resoluções n° 193/2006 e n° 345/2010 – CONTRAN e os
artigos 29, 30,31 e 32 da Resolução n° 168/2004 e as disposições em contrário.
Art. 8°. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.

Resolução do CONTRAN nº 432/2013


O CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO, no uso das atribuições que lhe confere o art.
12, inciso I, da Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997, que institui o Código de Trânsito
Brasileiro, e nos termos do disposto no Decreto nº 4.711, de 29 de maio de 2003, que
trata da coordenação do Sistema Nacional de Trânsito.
CONSIDERANDO a nova redação dos art. 165, 276, 277 e 302, da Lei nº 9.503, de 23 de
setembro de 1997, dada pela Lei nº 12.760, de 20 de dezembro de 2012;
CONSIDERANDO o estudo da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego,
ABRAMET, acerca dos procedimentos médicos para fiscalização do consumo de álcool
ou de outra substância psicoativa que determine dependência pelos condutores; e
CONSIDERANDO o disposto nos processos nºs 80001.005410/2006-70,
80001.002634/2006-20 e 80000.000042/2013-11;
RESOLVE,
Art. 1º. Definir os procedimentos a serem adotados pelas autoridades de trânsito e seus
agentes na fiscalização do consumo de álcool ou de outra substância psicoativa que
determine dependência, para aplicação do disposto nos arts. 165, 276, 277 e 306 da Lei
nº 9.503,de 23 de setembro de 1997 – Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Art. 2º. A fiscalização do consumo, pelos condutores de veículos automotores, de
bebidas alcoólicas e de outras substâncias psicoativas que determinem dependência
deve ser procedimento operacional rotineiro dos órgãos de trânsito.
Art. 3º. A confirmação da alteração da capacidade psicomotora em razão da influência de
álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência dar-se-á por meio
de, pelo menos, um dos seguintes procedimentos a serem realizados no condutor de
veículo automotor:
I – exame de sangue;
II – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade
de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras
substâncias psicoativas que determinem dependência; III – teste em aparelho destinado
à medição do teor alcoólico no ar alveolar (etilômetro);
IV – verificação dos sinais que indiquem a alteração da capacidade psicomotora do
condutor.
§ 1º Além do disposto nos incisos deste artigo, também poderão ser utilizados prova
testemunhal, imagem, vídeo ou qualquer outro meio de prova em direito admitido.
§ 2º Nos procedimentos de fiscalização deve-se priorizar a utilização do teste com
etilômetro.
502 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

§ 3° Se o condutor apresentar sinais de alteração da capacidade psicomotora na forma


do art. 5º ou haja comprovação dessa situação por meio do teste de etilômetro e houver
encaminhamento do condutor para a realização do exame de sangue ou exame clínico,
não será necessário aguardar o resultado desses exames para fins de autuação
administrativa.
DO TESTE DE ETILÔMETRO
Art. 4º. O etilômetro deve atender aos seguintes requisitos:
I – ter seu modelo aprovado pelo INMETRO;
II – ser aprovado na verificação metrológica inicial, eventual, em serviço e anual
realizadas pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia - INMETRO ou
por órgão da Rede Brasileira de Metrologia Legal e Qualidade - RBMLQ;
Parágrafo único. Do resultado do etilômetro (medição realizada) deverá ser descontada
margem de tolerância, que será o erro máximo admissível, conforme legislação
metrológica, de acordo com a “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante
no
Anexo I.
DOS SINAIS DE ALTERAÇÃO DA CAPACIDADE PSICOMOTORA
Art. 5º. Os sinais de alteração da capacidade psicomotora poderão ser verificados por:
I – exame clínico com laudo conclusivo e firmado por médico perito; ou
II – constatação, pelo agente da Autoridade de Trânsito, dos sinais de alteração da
capacidade psicomotora nos termos do Anexo II.
§ 1º Para confirmação da alteração da capacidade psicomotora pelo agente da
Autoridade de Trânsito, deverá ser considerado não somente um sinal, mas um conjunto
de sinais que comprovem a situação do condutor.
§ 2º Os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que trata o inciso II deverão
ser descritos no auto de infração ou em termo específico que contenha as informações
mínimas indicadas no Anexo II, o qual deverá acompanhar o auto de infração.
DA INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA
Art. 6º. A infração prevista no art. 165 do CTB será caracterizada por:
I – exame de sangue que apresente qualquer concentração de álcool por litro de sangue;
II – teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,05 miligrama de
álcool por litro de ar alveolar expirado (0,05 mg/L), descontado o erro máximo admissível
nos termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I;
III – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtidos na forma do art. 5º.
Parágrafo único. Serão aplicadas as penalidades e medidas administrativas previstas no
art. 165 do CTB ao condutor que recusar a se submeter a qualquer um dos
procedimentos revistos no art. 3º, sem prejuízo da incidência do crime previsto no art. 306
do CTB caso o condutor apresente os sinais de alteração da capacidade psicomotora.
DO CRIME
Art. 7º. O crime previsto no art. 306 do CTB será caracterizado por qualquer um dos
procedimentos abaixo:
I – exame de sangue que apresente resultado igual ou superior a 6 (seis) decigramas de
álcool por litro de sangue (6 dg/L);
II - teste de etilômetro com medição realizada igual ou superior a 0,34 miligrama de álcool
por litro de ar alveolar expirado (0,34 mg/L), descontado o erro máximo admissível nos
termos da “Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I;
III – exames realizados por laboratórios especializados, indicados pelo órgão ou entidade
de trânsito competente ou pela Polícia Judiciária, em caso de consumo de outras
substâncias psicoativas que determinem dependência;
IV – sinais de alteração da capacidade psicomotora obtido na forma do art. 5º.
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§ 1º A ocorrência do crime de que trata o caput não elide a aplicação do disposto no art.
165 do CTB.
§ 2º Configurado o crime de que trata este artigo, o condutor e testemunhas, se houver,
serão encaminhados à Polícia Judiciária, devendo ser acompanhados dos elementos
probatórios.
DO AUTO DE INFRAÇÃO
Art. 8º. Além das exigências estabelecidas em regulamentação específica, o auto de
infração lavrado em decorrência da infração prevista no art. 165 do CTB deverá conter:
I – no caso de encaminhamento do condutor para exame de sangue, exame clínico ou
exame em laboratório especializado, a referência a esse procedimento; II – no caso do
art. 5º, os sinais de alteração da capacidade psicomotora de que trata o Anexo II ou a
referência ao preenchimento do termo específico de que trata o § 2º do art. 5º;
III – no caso de teste de etilômetro, a marca, modelo e nº de série do aparelho, nº do
teste, a medição realizada, o valor considerado e o limite regulamentado em mg/L;
IV – conforme o caso, a identificação da (s) testemunha (s), se houve fotos, vídeos ou
outro meio de prova complementar, se houve recusa do condutor, entre outras
informações disponíveis.
§ 1º Os documentos gerados e o resultado dos exames de que trata o inciso I deverão
ser anexados ao auto de infração.
§ 2º No caso do teste de etilômetro, para preenchimento do campo “Valor Considerado”
do auto de infração, deve-se observar as margens de erro admissíveis, nos termos da
“Tabela de Valores Referenciais para Etilômetro” constante no Anexo I.
DAS MEDIDAS ADMINISTRATIVAS
Art. 9°. O veículo será retido até a apresentação de condutor habilitado, que também
será submetido à fiscalização.
Parágrafo único. Caso não se apresente condutor habilitado ou o agente verifique que ele
não está em condições de dirigir, o veículo será recolhido ao depósito do órgão ou
entidade responsável pela fiscalização, mediante recibo.
Art. 10. O documento de habilitação será recolhido pelo agente, mediante recibo, e ficará
sob custódia do órgão ou entidade de trânsito responsável pela autuação até que o
condutor comprove que não está com a capacidade psicomotora alterada, nos termos
desta Resolução.
§ 1º Caso o condutor não compareça ao órgão ou entidade de trânsito responsável pela
autuação no prazo de 5 (cinco) dias da data do cometimento da infração, o documento
será encaminhado ao órgão executivo de trânsito responsável pelo seu registro, onde o
condutor deverá buscar seu documento.
§ 2º A informação de que trata o § 1º deverá constar no recibo de recolhimento do
documento de habilitação.
DISPOSIÇÕES GERAIS
Art. 11. É obrigatória a realização do exame de alcoolemia para as vítimas fatais de
acidentes de trânsito.
Art. 12. Ficam convalidados os atos praticados na vigência da Deliberação CONTRAN nº
133, de 21 de dezembro de 2012, com o reconhecimento da margem de tolerância de
que trata o art. 1º da Deliberação CONTRAN referida no caput (0,10 mg/L) como limite
regulamentar.
Art. 13. Ficam revogadas as Resoluções CONTRAN nº 109, de 21 de Novembro de
1999, e nº 206, de 20 de outubro de 2006, e a Deliberação CONTRAN nº 133, de 21 de
dezembro de 2012.
Art. 14. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação.
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Súmula Vinculante nº 11 - STF


Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada
a excepcionalidade por escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do
agente ou da autoridade e de nulidade da prisão ou do ato processual a que se refere,
sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado.

Súmula 140 – STJ


Compete à Justiça Comum Estadual processar e julgar crime em que o indígena figure
como autor ou vítima.
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506 | P o l í c i a M i l i t a r d o T o c a n t i n s

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