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um caminho de vida. Assim, os dez mandamentos são normas que visam a vivência da
liberdade dos filhos de Deus, “indicam as condições de uma vida liberta da escravidão do
pecado”
Servem para nos ensinar “a verdadeira humanidade do homem”, além disso, “iluminam os
deveres essenciais e, portanto, indiretamente, os direitos humanos fundamentais, inerentes à
natureza da pessoa humana”
São úteis à vida de cada um de nós, porque o pecado deixou a luz da nossa razão obscurecida
e, também, gerou o desvio da vontade
Sim, os dez mandamentos são atuais, o Catecismo afirma que “são obrigações” graves. Logo, o
descuido na vivência desses nos colocam as matérias que precisam ser confessadas quando
fazemos nosso exame de consciência.
A base dos 10 mandamentos é o texto bíblico de Êxodo 20, 2-17 e Deuteronômio 5,6-21. A
Igreja, no período em que as pessoas tinham menos acesso aos textos escritos, porque eram
caros, formulou-os de maneira catequética, e é dessa forma que utilizaremos em nosso
resumo, a base é o Catecismo da Igreja Católica. Os 10 mandamentos são:
1 – Amar a Deus sobre todas as coisas: porque Deus nos amou primeiro nós devemos
corresponder amando-O de volta. O amor a Deus implica rejeição aos falsos deuses. E renúncia
a todo tipo de idolatria e superstição. Mas, também, a incredulidade, heresia, apostasia e
cisma, sacrilégio e o agnosticismo. Você pode se aprofundar mais nos números 2083 a 2139 do
Catecismo.
2 – Não tomar seu Santo nome em vão: “o dom do nome pertence à ordem da confiança e da
intimidade” (n. 2143). O respeito ao nome de Deus é o respeito devido a Ele mesmo. Aqui
devemos ater-nos aos cuidados, também, referentes à blasfêmia, que é “proferir contra Deus
– interior ou exteriormente – palavras de ódio, de censura, de desafio, dizer mal de Deus,
faltar-Lhe ao respeito nas conversas, abusar do nome d’Ele” (n. 2148). Evite-se, também, fazer
falso juramento usando o nome de Deus.
3 – Guardar Domingos e festas de guarda: “O domingo realiza plenamente, na Páscoa de
Cristo, a verdade espiritual do sábado judaico e anuncia o descanso eterno do homem, em
Deus” (n. 2175). O Catecismo afirma que “a Eucaristia dominical fundamenta e sanciona toda a
prática cristã. É por isso que os fiéis têm obrigação de participar da Eucaristia nos dias de
preceito, a menos que estejam justificados, por motivo sério. Os que deliberadamente faltam a
essa obrigação cometem um pecado grave” (n. 2181).
4 – Honrar pai e mãe: “Deus quis que, depois de Si, honrássemos os nossos pais, a quem
devemos a vida e que nos transmitiram o conhecimento de Deus. Temos obrigação de honrar
e respeitar todos aqueles que Deus, para nosso bem, revestiu da sua autoridade” (n. 2197). É
um mandamento dirigido diretamente aos filhos nas suas relações com os pais. Mas, também,
tem seus desdobramentos que podem ser conferidos no Catecismo, na sequência dos
números citados acima.
5 – Não Matar: Além do respeito pela vida, que é sagrada, como afirma o Catecismo (n. 2258),
esse mandamento ainda implica outros atos, são eles: o aborto, inclusive os que colaboram; a
Eutanásia; o Suicídio, sendo que “perturbações psíquicas graves, a angústia ou o temor grave
de uma provação, de um sofrimento, da tortura, são circunstâncias que podem diminuir a
responsabilidade do suicida” (n. 2282). “Não se deve desesperar da salvação eterna das
pessoas que se suicidaram. Deus pode, por caminhos que só Ele conhece, oferecer-lhes a
ocasião de um arrependimento salutar.
A Igreja ora pelas pessoas que atentaram contra a própria vida” (n. 2283). “A virtude da
temperança leva a evitar toda a espécie de excessos, o abuso da comida, da bebida, do tabaco
e dos medicamentos. Aqueles que, em estado de embriaguez ou por gosto imoderado da
velocidade, põem em risco a segurança dos outros e a sua própria, nas estradas, no mar ou no
ar, tornam-se gravemente culpados” (n. 2290). Você ainda pode conferir mais sobre esse
mandamento na sequência do número anteriormente citado.
7 – Não furtar: Este mandamento “proíbe tomar ou reter injustamente o bem do próximo e
prejudicá-lo nos seus bens, seja como for. Prescreve a justiça e a caridade na gestão dos bens
terrenos, e dos frutos do trabalho dos homens” (n. 2401).
8 – Não levantar falso testemunho: “O oitavo mandamento proíbe falsificar a verdade nas
relações com outrem. Essa prescrição moral decorre da vocação do povo santo, para ser
testemunha do seu Deus, que é e deseja a verdade. As ofensas contra a verdade, exprimem
por palavras ou por atos, a recusa em empenhar-se na retidão moral: são infidelidades graves
para com Deus e, nesse sentido, minam os alicerces da Aliança” (n. 2464).
10 –Não cobiçar as coisas alheias: O décimo mandamento desdobra e completa o nono, que
tem por objeto a concupiscência da carne. Proíbe cobiçar o bem dos outros, raiz de onde
procede o roubo e a fraude, proibidos pelo sétimo mandamento. A “concupiscência dos olhos”
(1 Jo 2, 16) conduz à injustiça, proibida pelo quinto mandamento. A cobiça, bem como a
fornicação, tem a sua origem na idolatria, proibida nos três primeiros mandamentos da Lei. O
décimo mandamento incide sobre a intenção do coração e resume, com o nono, todos os
preceitos da Lei.