Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
"14. Sabemos, de fato, que a Lei é espiritual, mas eu sou carnal, vendido
ao pecado. 15.Não entendo, absolutamente, o que faço, pois não faço o
que quero; faço o que aborreço. 16.E, se faço o que não quero, reconheço
que a Lei é boa. 17. Mas, então, não sou eu que o faço, mas o pecado que
em mim habita. 18.Eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita
o bem, porque o querer o bem está em mim, mas não sou capaz de
efetuá-lo. 19. Não faço o bem que quereria, mas o mal que não quero.
20.Ora, se faço o que não quero, já não sou eu que faço, mas sim o pecado
que em mim habita."
Eclo 1, 18-30
"18. Essa religião guarda e santifica o coração; ela lhe traz satisfação e
alegria. 19. Aquele que teme ao Senhor será confortado, no dia da morte
será abençoado. 20. O temor do Senhor é a plenitude da sabedoria, a
plenitude de seus frutos, para aquele que a possui 21. ela enche toda a
sua casa com os bens que produz, e seus celeiros com seus tesouros. 22. O
temor do Senhor é a coroa da sabedoria: dá uma plenitude de paz e de
frutos de salvação. 23. Ele a viu e numerou-a; ora, um e outra são um dom
de Deus. 24. A sabedoria distribui a ciência e a prudente inteligência; eleva
à glória aqueles que a possuem. 25. O temor do Senhor é a raiz da
sabedoria, seus ramos são de longa duração. 26. A inteligência e a religião
da ciência se acham nos tesouros da sabedoria, mas a sabedoria é
abominada pelos pecadores. 27. O temor do Senhor expulsa o pecado, 28.
pois aquele que não tem esse temor não poderá tornar-se justo. A
violência de sua paixão causará sua ruína. 29. O homem paciente esperará
até um determinado tempo, após o qual a alegria lhe será restituída. 30. O
homem de bom senso guarda suas palavras; muitos falarão, em voz alta,
de sua prudência."
Mt 5, 8. 27-28
"8. Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!"
"27. Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. 28. Eu,
porém, vos digo: todo aquele que lançar um olhar de cobiça para uma
mulher já adulterou com ela em seu coração."
Mt 15, 19
CIC 1764-1766
1764. As paixões são componentes naturais do psiquismo humano, constituem o lugar
de passagem e garantem a ligação entre a vida sensível e a vida do espírito. Nosso
Senhor designa o coração do homem como fonte de onde brota o movimento das
paixões (43).
1765. São numerosas as paixões. A mais fundamental é o amor, provocado pela atracção
do bem. O amor causa o desejo do bem ausente e a esperança de o alcançar. Este
movimento tem o seu termo no prazer e na alegria do bem possuído. A apreensão pelo
mal causa o ódio, a aversão e o receio do mal futuro; este movimento termina na tristeza
pelo mal presente ou na cólera que a ele se opõe.
1766. «Amar é querer bem a alguém» (44). Todos os outros afectos nascem neste
movimento original do coração do homem para o bem. Só o bem é amado (45). «As
paixões são más se o amor for mau, e boas se ele for bom» (46).
CIC 2517-2533
I. A purificação do coração
2517. O coração é a sede da personalidade moral: «Do coração procedem as más
intenções, os assassínios, os adultérios, as prostituições» (Mt 15, 19). A luta contra a
concupiscência carnal passa pela purificação do coração e pela prática da temperança:
«Mantém-te na simplicidade, na inocência, e serás como as criancinhas que ignoram o
mal, destruidor da vida dos homens» (258).
2519. Aos «puros de coração» é prometido que verão a Deus face a face e serão
semelhantes a Ele (263). A pureza do coração é condição prévia para a visão. Já desde
agora, permite-nos ver segundo Deus, aceitar o outro como um «próximo» e
compreender o corpo humano, o nosso e o do próximo, como um templo do Espírito
Santo, uma manifestação da beleza divina.
2523. Existe um pudor dos sentimentos, tal como existe um pudor corporal. Ele
protesta, por exemplo, contra as explorações exibicionistas do corpo humano em certa
publicidade, ou contra a solicitação de certos meios de comunicação em ir longe
demais na revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que
permite resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.
2524. As formas de que o pudor se reveste variam de cultura para cultura. No entanto,
ele continua a ser, em toda a parte, o pressentimento duma dignidade espiritual
própria do homem. Nasce com o despertar da consciência pessoal. Ensinar o pudor às
crianças e adolescentes é despertá-los para o respeito pela pessoa humana.
2525. A pureza cristã exige uma purificação do ambiente social. Exige dos meios de
comunicação social uma informação preocupada com o respeito e o recato. A pureza
de coração liberta do erotismo difuso e afasta dos espectáculos que favorecem a
curiosidade mórbida e a ilusão.
Resumindo:
2528. «Todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com
ela no seu coração» (Mt 5, 28).
2529. O nono mandamento acautela-nos contra a cupidez ou concupiscência carnal.
2530.. A luta contra a concupiscência carnal passa pela purificação do coração e pela
prática da temperança.
2531. A pureza de coração permitir-nos-á ver a Deus: desde já, permite-nos ver tudo
segundo Deus.
2533. A pureza do coração requer o pudor que é paciência, modéstia e discrição. O pudor
preserva a intimidade da pessoa.
Youcat –