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Equipe Lepanto - 14 de setembro de 2018


Disponível em: https://lepanto.com.br/ultimas-noticias/ciencia-misteriosa-dos-faraos-parte-1/
Acesso em: 04/10/2023

Ciência misteriosa dos faraós: parte 1


Nos 150 anos de Darwin, o evolucionismo faz sua festa.

Mas, eis que os estudos de um sacerdote astrônomo, comparando a “Ciência Misteriosa dos Faraós” com os
dados da teologia e da História Sagrada, mostra que os antiquíssimos monumentos do Egito são obras de um
povo de altíssimos conhecimentos que só poderiam vir de Adão.

Por mais essa razão a humanidade não pode ter origem em algum símio. Mas sim do homem que teve o
conhecimento mais completo da natureza – Adão – confirmando a teologia de São Tomás. Conheça mais neste
primeiro artigo de uma série que promete ser apaixonante.

Pirâmide de Quéops

Com frequência ouve-se falar das pirâmides do Egito. Associa-se a elas muitos mistérios. Alguns soam verossímeis,
outros obscuros, e outros meras patacoadas.

Por um lado, o tema é explorado por uma literatura de rodoviária. Ponhamos de lado estes subprodutos da
superstição e do sensacionalismo jornalístico.

Por outro lado, o assunto é arduamente estudado por altos cientistas, num patamar frequentemente muito difícil de
acompanhar.

De fato, o mistério das pirâmides envolve dogmas da religião cristã e algum dos passos fundamentais da história da
Humanidade. Mas, nós não vemos aparecer do lado católico quem aborde as questões levantadas pelos grandes
monumentos do Egito antigo.

Entretanto, se bem analisados à luz da ciência e da fé, eles têm muita coisa para revelar.

Quais coisas? Quão importantes?

Um sacerdote apaixonado pela astronomia, o Pe. Théophile Moreux(1867-1954), membro da Academia Pontifícia de
Ciências, criador de dois observatórios astronômicos na sua cidade natal – Borges, na França -, escreveu incontáveis
obras de divulgação científica que o tornaram célebre pela sua precisão. A NASA deu o nome do padre cientista a
uma cratera de Marte.

Para honrar a memória de seus excelentes trabalhos, foi montada uma exposição especial – “Un curé chez les
savants” – no museu da própria Bourges.
A NASA deu o nome do padre cientista a uma cratera de Marte.

A Sociedade Astronômica da França dedicou-lhe prestigiosa homenagem na sua revista L´Astronomie de junho de
2004 , com destaque na capa e na editorial da publicação.

O Pe. Moreux fez algo único: estudou os monumentos egípcios antigos de um ponto de vista estritamente científico.
Depois, conferiu os resultados com a Teologia e a História Sagrada.

Dessas comparações saíram concordâncias de deixar pasmo.

Por quê?

Para responder, entramos nos mistérios.

Se os antiquíssimos egípcios foram um povo de altíssimos conhecimentos científicos – coisa que não é mais posta em
dúvida – de onde tiraram eles toda essa sapiência?

Porque, dir-se-ia que se o homem descende do macaco, quanto mais antigos os povos, mais deveriam ser primitivos.

Porém, eis um povo da gentilidade que ingressa na História ostentando uma ciência que os homens modernos
empenham imensos esforços, técnicas e dinheiro para obter.
Mas, se os homens não descendem por evolução de um símio, e sim de Adão, homem perfeito e acabado, muitas
coisas se explicariam.

De Adão, a teologia diz que Deus lhe infundiu a ciência de todas as coisas que os homens deviam conhecer para
fundar as civilizações que cobririam a Terra.

Nesse caso, Adão teria sido o homem que melhor conheceu a natureza, ordem do Universo e seus segredos.

Sobre a ciência de Adão ensina São Tomás de Aquino na acatada Suma Teológica:

“o primeiro homem (…) também foi feito perfeito na sua alma para que pudesse instruir e governar aos demais.
[...]“porém, ninguém pode instruir sem possuir ciência. por isso mesmo, o primeiro homem foi criado por deus de
maneira que tivesse ciência de tudo aquilo em que o homem pode ser ensinado. isto é, de tudo o que existe
virtualmente nos princípios evidentes por si mesmos; isto é, de tudo o que o homem pode conhecer
naturalmente”. (São Tomás de Aquino, “suma teológica”; i, q. 94).

Se foi assim, é razoável supor que Adão contou a seus descendentes aquilo que sabia. E estes o foram transmitindo
de geração em geração a seus respectivos filhos, como uma tradição oral herdada do primeiro pai.

Cristo resurrecto tira Adão do limbo dos justos para levá-lo ao Céu. Fra Angelico

Nesse caso compreende-se que as civilizações mais antigas conhecessem o fundamento mais profundo de muitas
coisas. Fundamentos esses que não foram descobertos em laboratório, mas que foram comunicados por Deus como
primeiro impulso à civilização que Adão e sua progênie deviam construir.

Ainda nessa linha de pensamento, seria preciso acrescentar que essa transmissão sofreu interferências que a
deformaram.

Pois houve a realidade histórica da decadência desses povos antiquíssimos. Na medida em que passava o tempo, os
conhecimentos iam se perdendo, ou se corrompendo. Entraram, então, a superstição, o politeísmo, os vícios
morais…

Então se compreenderia que alguns dos detentores dessa sabedoria recebida por Adão, tivessem querido deixar
inscritos em pedra os seus precisos conhecimentos antes de serem engolidos pela confusão.

Se for assim, as pirâmides não seriam, então, símbolos monumentais de restos importantes dessa ciência que Deus
deu a Adão?

Eis a grande questão que o Pe. Moreux abordou num livro famoso. Este livro, quase um século depois de publicado,
merece ainda muita atenção: “A Ciência Misteriosa dos Faraós” (Pe. Théophile Moreux, “La Science Mystérieuse des
Pharaons”, Librairie Octave Doin, Gaston Doin éditeur, Paris, 1925, 238pp.).

O tema é apaixonante, subtil, complexo e extenso… Pretendemos tratá-lo em vários artigos sucessivos.
Ciência misteriosa dos faraós: parte 2

Revelações de Quéops

Segunda parte da série de artigos sobre o livro “A Ciência Misteriosa dos Faraós” escrito pelo Pe. Théophile
Moreux.

“A Ciência Misteriosa dos Faraós”, Pe. Théophile Moreux

O Pe. Moreux foi um sacerdote astrônomo que se interessou pela arqueologia. Segundo ele, a razão foi que as
tábuas astronômicas dos povos mais remotos esclarecem muitos problemas relativos à história mais longínqua.

Ele explica que os eclipses não duvidosos registrados pelos sábios da China não têm mais de 4400 anos.

As tabelas dos indianos foram criadas a posteriori e mal calculadas. Os livros sagrados indianos — os Vedas — sem
dúvida são posteriores a Moisés, e a coleção Surya-Siddantha, que segundo os brâmanes teria milhares de anos, na
realidade no máximo é do século XI d. C. A lenda de Chrishna é um pasticho grosseiro dos Evangelhos.

“Na hora atual, ninguém contesta que é do lado do Egito que é preciso procurar, gravados em pedra, os
testemunhos mais longínquos de um pensamento escrito” , conclui ele.

Quem eram os egípcios tão presentes na História Sagrada?


Por volta do ano 4.000 a.C. tribos errantes chegaram às ribeiras do Nilo. Elas vieram da Assíria, a través da Caldéia.
Sua ascendência era semita mesclada com camitas oriundos do Oceano Indico e da Babilônia.

A história egípcia acaba no ano 525 a. C. quando Cambises, rei de Pérsia, conquistou o reino e acabou com a 25ª e
última dinastia.

O interesse pelos egípcios é por causa de sua civilização, uma das maiores portadoras de tradições orais que vinham
de Adão.

Sem dúvida, os transmissores mais fidedignos dessa tradição, sobretudo no campo moral e religioso, formaram o
filão que gerou Abraão.

Outras estirpes e raças guardaram melhor outros aspectos. Os caldeus, a astronomia por exemplo. Os egípcios, a
ciência, o simbolismo e a arquitetura.

Torre de Babel

Há perguntas que ficam no ar. Todos esses povos, quando eram ainda muito pouco numerosos, estavam reunidos
em torno da Torre de Babel.

De algum modo, eles participaram naquela tentativa orgulhosa que deu num fracasso e a punição divina: eles não
conseguiram mais se entender.

Com a confusão das línguas veio a dispersão. Eles saíram em todas as direções da Terra.
Os egípcios estariam entre os arquitetos da Torre de Babel?

Outra pergunta: os antepassados dos índios que vieram à América, o que é que faziam no tempo de Babel?

Por certo, algumas tribos que vieram para América tinham grandes conhecimentos de arquitetura (como o provam
as pirâmides maias) e de astronomia (Machu Pichu).

Os Astecas do México também tinham templos e construções piramidais.

Os índios amazônicos formaram cidades com construções piramidais. Se eles estão como estão é pela decadência
moral e cultural. Isto não espanta ninguém. Os Maias ‒ ao que tudo indica, os mais cultos ‒, decaíram também a
ponto de desaparecerem.

Os Incas estavam no último ponto da queda quando chegaram os conquistadores espanhóis. Os Astecas do México
também tinham templos e construções piramidais.

Tudo isto sugere um tempo em que os povos os mais distantes estiveram reunidos e partilharam um mesmo saber e
uma mesma cultura. I. é, a humanidade de antes da Torre de Babel.

Voltando ao Egito, o Pe. Moreux explica: “os verdadeiros egiptólogos concentram toda sua atenção nos túmulos
reais mais antigos, contemporâneos de uma época em que a civilização ainda teve tempo de alterar as tradições
primitivas.”

Acredita-se que Menes, primeiro faraó, estabeleceu a unidade egípcia. Porém, se ignora quase tudo sobre ele, salvo
que teria reinado por volta do ano 3.300 a.C. — data sobre a qual não há consenso.

O interesse histórico se concentra nos reis da IV dinastia, por volta de 2500 a.C. Nesta época surgiram as Grandes
Pirâmides de Quéops, Quéfren e Miquerinos.
Quéops tem perto de 150 metros de altura e uma base de cinco hectares; pesa 6 milhões de toneladas e a riqueza do
Egito [no ano em o Pe. Moreux escreveu o livro

“A maior, Quéops, o Khuvu das inscrições hieroglíficas, chama imediatamente a atenção pelas suas proporções
fantásticas”, sublinha o Pe. Moreux.

Quéops tem perto de 150 metros de altura e uma base de cinco hectares; pesa 6 milhões de toneladas e a riqueza
do Egito [no ano em o Pe. Moreux escreveu o livro] não seria suficiente para pagar os operários encarregados de
demoli-la.

Para construí-la, criou-se um enorme viaduto de 925 metros de extensão e 19 de largura, feito de pedras polidas e
ornado com figuras de animais ‒ como narrou o historiador grego Heródoto (II, 124).

Alguns blocos têm 10 metros de extensão. Um deles supera os 170 metros cúbicos e pesa mais de 470 toneladas.
Não se consegue passar o fio de uma faca entre pedra e pedra, de tal maneira estão bem encaixadas sem usar
cimento algum.

Bacia no centro de Quéops

As pirâmides serviram de túmulos para faraós e magnatas. Mas, a de Quéops é intrigante.

Certamente jamais houve nela múmia alguma. Os nomes câmara do rei, câmara da rainha no caso de Quéops são
fantasiosos. Não há inscrições funerárias como nas outras.
No local onde deveria haver um sarcófago, na câmara do rei, só há uma bacia de pedra admiravelmente entalhada.

O Pe. Moreux sublinha: “a Grande Pirâmide não é um túmulo. Então, com qual finalidade foi construída? Mistério”.

Posicionamento Geográfico

Coordenadas do Nilo

Durante a expedição de Napoleão, a missão científica que o acompanhava fez a triangulação do Egito, e usou a
Grande Pirâmide como ponto de referência. Então, constatou que a prolongação das diagonais dela encerra
perfeitamente o delta do Nilo e que a linha Norte-Sul que passa por seu topo divide o delta em dois setores
rigorosamente iguais.

Pontos cardeais

Todas as pirâmides deviam ter seus lados voltados para os pontos cardeais. Mas, com exceção de Quéops, elas estão
mal orientadas. Para não errar é preciso vencer sérias dificuldades, porque a bússola aponta para o Pólo magnético e
não para o Pólo geográfico. A estrela Polar indica muito imperfeitamente a posição do Pólo, porque a Terra tem um
movimento oscilatório que modifica a posição aparente da abóboda celeste.

O famoso astrônomo Tycho Brahe (1546-1601), errou em 18 minutos de arco a orientação do célebre Observatório
de Urianenbourg. Mas a Grande Pirâmide apresenta um erro mínimo, como se seus arquitetos conhecessem o que
milênios depois, a ciência estabeleceria com ingentes sacrifícios.

O meridiano terrestre
Hoje se utiliza o meridiano de Greenwich para dividir a Terra, iniciar os horários e os dias. Porém o meridiano ideal é
o da Grande Pirâmide. “Porque é o que atravessa mais continente e o mínimo de mares. Aliás, ele é exclusivamente
oceânico a partir do estreito de Behring e, coisa mais extraordinária ainda, se se calcula exatamente a extensão de
terras que o homem pode habitar, verifica-se que o famoso meridiano as divide em duas partes rigorosamente
iguais”.

Como os construtores da Grande Pirâmide teriam podido mensurar a Terra toda?

O paralelo mais terrestre

“Puxemos um paralelo pelo grau 30 latitude Norte. O que constatamos? Esse círculo traçado em volta do planeta
abarca a maior extensão continental. Ora, é precisamente sobre esse paralelo que foi construída a Grande
Pirâmide”.

O Pe. Moreux mostra ainda mais, Quéops não está exatamente no paralelo 30 Norte mas no 29 58’51’ N. E, de fato,
quem olha o polo celeste desde essa posição o vê como se estivesse exatamente no paralelo 30 N.

A causa desta distorção é a refração atmosférica. Porém, este fenômeno só foi descoberto milênios depois.
Entretanto, os construtores da Pirâmide agiram como se soubessem dele.

Na ordem geométrica

Heródoto conta que os sacerdotes egípcios lhe ensinaram que as proporções entre o lado da base e a altura, eram
tais que “o quadrado construído com base na altura vertical igualava exatamente a superfície de cada uma de suas
faces triangulares”.

Esta referência, segundo o sacerdote astrônomo, prova que desde sempre Quéops foi calculada para “materializar,
para dizer assim, noções numéricas e relações matemáticas dignas de serem conservadas”.

A quadratura do círculo e o número Pi


É uma velha preocupação descobrir por cálculos geométrico-matemáticos as proporções de uma figura que tenha a
mesma superfície de uma figura diversa. Por exemplo, quanto medem os lados de um quadrado que tem a mesma
superfície de um triângulo dado.

A dificuldade era imensa quando se tentava passar de uma figura retangular a outra circular, pois requer o número
Pi (3,14159265358979323846…) que custou muitíssimo definir.

Mas encontra-se o número Pi na Grande Pirâmide dividindo o perímetro da base por duas vezes a altura. Este
resultado não é acidental, pois os ângulos dos lados foram modificados para produzir esse número.

Quer dizer, conclui esta parte, o Pe Moreux, “este monumento único no mundo é bem a consagração material de
um valor importante que para obtê-lo o espírito humano empreendeu esforços inimagináveis”.

Ciência misteriosa dos faraós: parte 3

Revelações Geodésicas de Quéops


Quem revelou os conhecimentos científicos contidos na pirâmide de Quéops? Leia o terceiro artigo da série: A
Ciência Misteriosa dos Faraós.

As pirâmides do Egito são o testemunho registrado em pedra de que na origem da história, como ensina a teologia
católica, Deus comunicou ao primeiro homem ‒ Adão ‒ conhecimentos naturais de alto nível necessários para
fundar a civilização.

É a tese defendida pelo Pe. Théophile Moreux, sacerdote famoso pela sua ciência astronômica. Ele a demonstrou
partindo de uma análise estritamente científica das pirâmides.

Segundo este ensinamento, explicado logicamente por Santo Tomás de Aquino, é improcedente supor que o homem
tenha passado por épocas escuras em que foi saindo, por evolução, de um estado animalesco até adquirir a
inteligência. A hipótese é além do mais achincalhante.

Muito pelo contrário, o ser humano tem uma origem muito alta que está de acordo com sua dignidade natural. Ele
descende da obra prima de Criação divina: de Adão e Eva. E como Deus tudo faz com perfeição, o primeiro casal foi
de uma perfeição natural não-atingida depois.
Jesus Cristo, o novo Adão

Não sem razão, a liturgia se refere a Jesus Cristo como o novo Adão. Pois é razoável supor que foi o homem
naturalmente mais parecido com o Salvador.

Também a tradição católica costume apresentar uma caveira e ossos embaixo do Redentor crucificado. Isso
simboliza que, segundo a tradição, Adão está enterrado no Gólgota, o monte onde se operou a Crucifixão e a
Redenção do gênero humano.

Isto é o pecado original, praticado pelo mesmo Adão, foi redimido por Nosso Senhor, verdadeiro homem e
verdadeiro Deus.

Isto não é pura teologia. Um povo antiquíssimo – hoje desaparecido – habitou o Egito e construiu monumentos que
até hoje surpreendem a Humanidade. Pois eles revelam uma ciência que só se conseguiu obter nos séculos recentes
e com muitíssimo esforço.

Nos “posts” anteriores nós vemos a apresentação do problema. Mas, o Pe. Théophile Moreux, não fica por ali. Ele é
exaustivo, metódico, foi à procura meticulosa, crítica dos dados inscritos nas pirâmides. A exposição, ainda que
muito resumida, dos resultados de sua investigação exigem ainda certo espaço.

As Revelações Geodésicas da Grande Pirâmide

O Pe. Moreux observa que o conhecimento preciso da forma e das dimensões do planeta é uma das conquistas
modernas. Porém, foi difícil. Por isso, nos esforços para calcular as dimensões da Terra verifica-se, ao mesmo tempo,
a engenhosidade e a pequenez do homem. (Na foto embaixo, a Terra vista desde o espaço, América do Sul no
centro, NASA).
Terra vista desde o espaço, América do Sul no centro, NASA

O sacerdote-astrônomo exemplifica com os estratagemas usados para calcular quanto mede em metros um grau do
meridiano terrestre.

E, de fato, durante séculos obtiveram-se os resultados os mais dispares, contraditórios e grosseiramente


aproximados. Isto ficou patente quando se descobriu que a Terra é achatada nos polos e mais larga no Equador.

A Revolução Francesa que acreditou ter a solução para tudo, achou que descobriria a medida certa. E definiu então o
metro, unidade de medida universalmente aceita, que deveria equivaler à dez-milionésima parte do quarto do
meridiano.

Foi um fiasco. A pretensão revolucionária falhou porque a Terra não é igual. E o metro saiu errado. Mas, se segue
usando o metro como uma “unidade de pura convenção embora fundada num princípio manifestamente falso”.

A ninguém ocorreu de tomar como grandeza linear o eixo da Terra que é invariável. Isso se compreende no tempo
da Revolução Francesa porque ninguém sabia medi-lo, explica o astrônomo.

Entretanto, essa medida precisa e invariável está inscrita na base da Grande Pirâmide: é o côvado sagrado (635,66
mm) que serviu de unidade de medida para seus sacerdotes arquitetos: multiplicado por 10 milhões fornece o raio
polar da Terra (6.356,6 km). As medições mais atualizadas fixam essa distância em 6.356,7523142 km. A diferença é
ínfima, devendo se considerar ainda que neste último número há uma pequena margem de incerteza.

Neste ponto, o Pe. Moreux exclama quase gracejando vendo todo o esforço aplicado: recorrer a todas as ciências,
gastar anos de esforços ao longo de séculos para chegar … a uma descoberta velha de 4.000 anos!

A duração do ano
A precessão ilustrada

Existe o fenômeno da precessão: quer dizer, o eixo da Terra apresenta-se obliquo em relação ao Sol e girando
lentamente, como um pião que vai perdendo velocidade. Por causa disso, o eixo da Terra aponta a diferentes
estrelas através dos milênios.

É preciso aguardar 25.770 anos para que o eixo da Terra aponte novamente para a mesma estrela.

Este número encontra-se implicitamente na Grande Pirâmide: 25.800 polegadas piramidais.

Uma consequência da precessão é que o ano medido entre dois equinócios de primavera (ano trópico) é diferente
do medido com base no tempo de rotação da Terra em torno seu eixo (ano sideral). Só o ano trópico serve para
calcular a duração do ano.

E a extensão da antecâmara real medida em polegadas sagradas (25,4264 mm) e multiplicada por Pi fornece a
duração do ano com uma precisão que nem gregos nem romanos, posteriores aos egípcios, conseguiram calcular. I.
é: 365,242 dias por ano. Além do mais a duração do ano bissexto encontra-se em cada lado da base do monumento.

A densidade da Terra

Queops, com a Esfinge na frente

O volume de Quéops multiplicado pela densidade média das pedras que a compõem fornece a densidade da Terra:
5,52 (Nos cálculos mais recentes é 5,515×103 kg/m³).

Tomando como unidade de medida o côvado sagrado cúbico, em relação ao Planeta a Pirâmide está na proporção
de 1 a 1015, proporção estranhamente simples, como se Quéops fosse a unidade de medida de toda a Terra.

A temperatura da Terra

A temperatura constante na Câmara do rei, no coração da Pirâmide (20º Celsius) corresponde por muito pouco à
média da temperatura do planeta no paralelo 30º N sobre o qual está construída.

A bacia
Bacia no centro de Quéops

No centro da Pirâmide não há, pois, um sarcófago nem um túmulo. Mas, uma bacia retangular.

“estranho sarcófago, aliás, – diz o Pe. Moreux – que em nada parece com nenhum dos que têm sido exumados.
imaginai uma bacia de granito vermelho maravilhosamente polida com ângulos retos, espécie de cofre sem
tampa, sonora como um sino: ali vós tereis uma ideia de este túmulo singular que jamais recebeu restos humanos!
então, como explicar sua presença ali! aqueles que a tem estudado veem nela, não sem razão, talvez uma obra de
geometria e de ciência avançada”

O volume exterior da bacia é exatamente o dobro da capacidade interior. É grande demais para ter sido introduzida
pelo corredor que leva à câmara.

Por isso deve ter sido colocada ali, vazia e sem tampo, enquanto a Pirâmide estava sendo construída. A
profundidade de 0,85 metros é extravagante para um sarcófago. Ela é essencialmente um objeto geométrico e
métrico.

O peso da água que cabe na bacia representaria a unidade de peso na escala da Grande Pirâmide, equivalente à livra
inglesa (453,59 gramas). E esta livra está fundada na densidade do globo e uma fração do eixo polar terrestre, e é
uma das conquistas modernas em matéria de critério estável e seguro.

As Revelações Astronômicas da Grande Pirâmide

Distância do Sol à Terra


Unidade astronômica, distância da Terra ao Sol, Universidade de Oregon

Conhecer esta distância é capital, pois serve aos astrônomos como unidade de medida (Astronomical Unit – AU). Um
erro mínimo prejudica os resultados finais num número enorme.

Uma imprecisão de uma décima de segundo, quer dizer o arco formado por um fio de cabelo visto a 240 metros de
distância, produz um erro final de cálculo de perto de 500 quilômetros.

Precisar essa distância foi dificílimo. Tycho Brahe a estimou em 8 milhões de quilômetros. Em 1672, Cassini e Richer
calcularam 140 milhões. Flamsteed, na mesma época, 130. Picard achou que eram 66 milhões e La Hire 219 milhões.
Halley em 1676 ficou perto da verdadeira distância. Em 1752, Lacaille concluiu 132 milhões. Só após 1860 foi-se
atingindo um consenso próximo da realidade.

Agora bem, resulta que a altura da pirâmide multiplicada por um milhão nos fornece o número de 148.208.000
quilômetros, isto é, algo muito perto do que os cientistas conseguiram após séculos de fatigantes e meritórios
estudos no século XIX. No início do século XX, após inúmeros trabalhos chegou-se ao número de 149.400.000
quilômetros com uma incerteza equivalente a duas vezes o raio do globo terrestre. A NASA calcula hoje
149.57.870,691 quilômetros em média.

A órbita da Terra

Multiplicando a polegada sagrada por cem bilhões tira-se a distância percorrida pela Terra num dia de 24 horas.

A estrela polar

O corredor de entrada de Quéops mirava a estrela polar na posição da época em que a pirâmide foi erigida.

O paradoxo: eles sabiam tudo isso, mas eram incapazes de deduzi-lo

Muitos e complexos dados poderiam ser expostos, escreve o Pe. Moreux. Mas, estes já são suficientes para definir a
magnitude do mistério.
Faraó, Museu da Universidade da Pennsylvania

Pois, o mais perplexitante é que se os antigos egípcios conheciam tudo isso, eles deviam ter tratados, ou métodos,
dos quais tiraram esses conhecimentos.

Porém, como sublinha o Pe. Moreux, nada sugere a existência desses tratados ou métodos entre os egípcios. Antes
bem, pode se dizer que eles eram incapazes de concluir essa ciência por dedução.

Seja o que for essas revelações ficam ainda mais misteriosas considerando que os historiadores são unânimes na
afirmação dos fatos seguintes:

“os antigos egípcios em parte alguma fazem alusão à relação entre a circunferência e o diâmetro, nem ao número
pi ; (…) nada nos permite supor que eles conhecessem as relações entre a latitude com a altura do pólo, nem que
eles tivessem uma ideia clara da refração devida às camadas do ar; eles ignoravam sem dúvida a largura da terra;
eles não empregavam habitualmente o côvado sagrado e eles estavam longe de achar que este côvado
representasse uma fração exata do raio polar de nosso globo; com mais razão ainda eles não puderam avaliar em
côvados piramidais a distância percorrida pela terra numa revolução em torno do sol; eles não tinham mensurado
a esfera terrestre nem medido a distância da terra ao sol; o peso da terra e sua temperatura média estavam fora
do alcance de seu pensamento; suas unidades de capacidade e de peso não foram deduzidas dos dados
piramidais; eles não mencionam jamais a estrela polar nem os anos da precessão, etc., etc.”.

Por tudo isso, à luz da investigação ou da dedução, o conhecimento dessas proporções e números é naturalmente
inexplicável.

Entretanto, os construtores de Quéops as deixaram inscritas num monumento colossal…

Então, só fica a hipótese que esses conhecimentos resultassem de uma revelação.

De quem?

Para quem?
Ciência misteriosa dos faraós: parte 4

Os mistérios do Egito e das civilizações desaparecidas


Investigando a ciência dos antigos. Os mistérios do Egito e das civilizações desaparecidas. Leia o quarto artigo
da série: A Ciência Misteriosa dos Faraós.

A óptica dos antigos

As investigações do Pe. Moreux nas pirâmides deram resultados inesperados. O método empregado era rigoroso e
os resultados sólidos.

Porém, o sacerdote-astrônomo, como cientista que põe em sã dúvida os seus próprios achados, perguntava-se se
não haveria uma outra explicação possível.

Ele avançou os resultados de seus estudos a colegas especializados em outras faixas do saber. Uma dúvida o
assaltava especialmente.

Se os sacerdotes que construíram Quéops tinham um conhecimento tão avançado da esfera celeste, eles em
qualquer caso, precisariam de instrumentos de observação para aplicar corretamente o seu saber na hora de erguer
o monumento.

Mas, o Pe Moreux não vira indícios da existência desse instrumental. Problema análogo, e tal vez mais cruciante,
põe-se a respeito da astronomia dos caldeus, altamente desenvolvida: e os instrumentos de observação?

Por certo, não pode se duvidar que os antigos conhecessem o vidro e a óptica. No seu tratado da Óptica, Ptolomeu
inseriu uma Tábua de Refrações cujos números divergem pouco das tábuas modernas.
Estátuas da Caldéia, British Museum

No Cabinet des Médailles, em Paris, existe um selo que contém 15 figuras gravadas numa superfície circular de 7
milímetros, não sendo visíveis a olho nu.

Cícero fala de uma Ilíada de Homero escrita num pergaminho leve que cabia numa casca de noz. Plinio, o historiador,
menciona uma escultura em marfim representando uma quadriga “que uma mosca encobria com suas asas”.

As lupas de Cartago e Nínive

A conclusão dos cientistas é que ao menos na Grécia e Roma, conhecia-se a propriedade amplificadora das lupas e a
técnicas para fabricá-las.

Em 1905, o Pe. Moreux foi designado pelo governo francês para estudar um eclipse total de Sol, visível desde Sfax,
Tunísia. Ele aproveitou a ocasião para visitar um museu mantido pelos Padres Brancos e dirigido pelo Pe. Delattre.

Cidade real de Meroe, Sudão

Diante de camafeus minúsculos da antiga Cartago, o Pe. Moreux perguntou a queima-roupa se não havia lupas no
acervo do museu. O Pe. Delattre lhe apresentou várias, que atendiam às diversas exigências.

O Pe. Moreux comunicou o achado a cientistas amigos e tomou uma surpresa. Já em 1852, Sir David Brewster,
célebre físico inglês, tinha apresentado em Bedford, Inglaterra, uma lente descoberta em Nínive, portanto fabricada
em tempos bíblicos.

As lentes achadas em Cartago e Nínive mostram um grau de tecnologia superior às usadas por Galileu Galilei ou por
seu predecessor nas observações astronômicas, John Lippersey.
Arquimedes utilizou no sitio de Siracusa espelhos côncavos que incendiavam os navios do inimigo Marcellus,
concentrando a luz solar. Ptolomeu montou no século III a.C. um instrumento que permitia ver navios a grande
distância.

Os grafites do observatório de Meroe

Meroe, croquis do observátorio

O professor John Garstang, de Liverpool, fez escavações na antiga cidade real de Meroe. Lá tirou à luz os
fundamentos de um monumento que atentamente analisado revelou ser um observatório astronômico. Numa
coluna estão inscritas as direções do Sol num período determinado do ano na latitude de Meroe.

Nos muros há “grafites” que contem equações numéricas descrevendo fenômenos astronômicos acontecidos 200
anos antes da era cristã.

Numa das muralhas encontra-se um desenho feito às pressas que representa a silhueta de dois personagens. Um
deles parece ocupado em analisar a posição dos astros usando um instrumento que lembra fortemente nossos
observatórios e seu instrumental azimutal.

Os instrumentos então existiram.

Na Antiguidade encontra-se mostra sempre homens inteligentes e religiosos

O Pe. Moreux registra uma contradição e tira uma conclusão relevante.

A contradição consiste em que por um lado, se fazem todos os esforços para provar que o homem descende de um
animal por via de evolução. Mas, de outro lado:

“por mais longe que nós nos remontemos no passado, o homem nos aparece sempre com o mesmo grau de
inteligência e religiosidade. (…) que homens entregues a si próprios, obrigados a lutar por sua supervivência
material contra uma natureza hostil, tenham podido formar esses aldeamentos cujos restos nos vemos em volta
das cavernas pré-históricas; que eles nos tenham deixado sinais de uma indústria e de uma ciência rudimentares,
isso não prova absolutamente nada pró ou contra sua inteligência. ”.
Pintura rupestre, Montes Akakus, Libia

As pinturas das cavernas mostram que entre seus frequentadores havia artistas que competem com os modernos.
Há desenhos que reproduzem com realismo e vivacidade impressionante a vida cotidiana fala. Tratou-se de artistas
de notável talento. Eram humanoides ou simioides, mas homens de altas qualidades, embora muito decaídos.

“então, de duas coisas uma: ou bem os homens ascenderam do estado selvagem até a civilização, ou bem nós
estamos diante de linhagens degradadas.”

“todas as religiões ligadas ao cristianismo, inclusive a religião judaica, ensinaram que o homem foi criado por
deus num estado de perfeição, portanto de avançada civilização (…) aparece como sendo mais natural considerar
os homens da idade de pedra como autênticos decadentes do que acreditar que eles estejam ainda num estado
selvagem primitivo”.

Não é Gulliver no país de Liliput, mas Ramsés II olhado por turistas

Falam nesse sentido também os trabalhos antropológicos na Polinésia (poderíamos nós no século XXI acrescentar os
índios amazônicos). Os evolucionistas pretendem que as tribos da Nova-Guiné (ou da Amazônia) vivem num estado
primordial.

Mas, observa o Pe. Moreux, se hoje há homens que vivem como na pré-história, logo “a Idade de Pedra é de todas
as épocas” e não uma fase da “evolução”.

“A Idade da Pedra” não se identifica com um período determinado do tempo, mas com um estado cultural, que
normalmente se define com o termo “decadência”.

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