Grande Eleito, Perfeito e Sublime Maçom, uma estrela que brilha para o justo, Fiat 

Lux…

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Grande Eleito, Perfeito e Sublime Maçom, uma estrela que brilha para o justo, Fiat Lux…
Num dos belos graus do Rito Escocês Antigo e Aceito, o último da Loja de Perfeição, com vários
nomes que transcendem os significados que hoje não mais são explicitados dentre os
ensinamentos do grau, retirados os vieses políticos que outrora impregnavam seus
ensinamentos morais, o Perfect Elu, assim também chamado nos antigos manuais
adonhiramitas, tem-nos muito a dizer na noite de hoje.
Albert Pike, na sua fantástica obra ‘Morals and Dogma’, traz como lições do grau uma
significação interessante, o ‘Perfeito Eleito’ é ao mesmo tempo, preso e livre… Preso ao
compromisso de sua obrigação e livre, do preconceito, da intolerância e da inveja. Deve existir
um equilíbrio entre Autoridade e Liberdade.
Alguns estarão perguntando, o que tem haver Maçonaria, Rito Escocês e a Noite de Natal ?
Meus Irmãos, dentre os ensinamentos neste grau contidos, encontramos uma comparação
entre Salomão e Enoch, suas vidas e as construções que envidaram quando estavam neste
mundo.
Ambos os personagens aqui mencionados, Salomão e Enoch, construíram criptas, conforme
citados no grau 13 – Cavaleiro do Real Arco ( não confundir com os graus ingleses, ou do Rito
de York ) como uma singela diferença, a cripta de Enoch era vertical, enquanto de Salomão,
horizontal.
Enquanto Enoch, ao criar a cripta vertical conforme sua visão profética, para nela depositar o
sagrado tesouro com o nome do Et-rno, Salomão fez criar em arcos sucessivos, criptas
horizontais, e na mais distante, fez nela o Santo dos Santos… Curiosamente, como Jesus e o
profeta Mohamed, Enoch subiu aos céus com vida, enquanto Salomão, teve seu reino dividido
e seu povo escravizado, conforme veremos nos graus que se seguem no Capítulo Rosa-Cruz…
Temos conceitos conflitantes, entre materialidade e espiritualidade, que aqui se mencionados
fossem, estenderiam sobremaneira estas poucas linhas.
Salomão, não poderia ser considerado um líder espiritual. A sabedoria que pediu a D-us, era
uma sabedoria que o permitisse julgar bem seu povo e as gentes do mundo. Terminou
cometendo idolatria, conforme a gemara de Sanedrin, e como já mencionei, seu povo
subjugado aos babilônios.
Vamos encontrar ainda, neste grau e noutros adiante, a formação hexagonal conhecida pelos
pitagóricos como ‘Tetractys’. Interessante que encontramo-la, ainda que disfarçada, já no
primeiro grau, e como lembra sempre meu mestre Newton Alcântara: “tudo está no
simbolismo”. Aqui, conseguimos de certa forma nos aproximar da mensagem que vai além
deste grau.
Hoje, ainda que sendo judeu, ninguém pode ser alijar do brilho desta data e seu significado. Os
povos que se dizem cristãos, em sua maioria, se embriagam, riem, comemoram, mas se
atentarmos ao real significado do que dizem acreditar, se buscarmos nos ensinamentos deste
grau, o comprometimento e solidariedade que deveria haver entre os povos do mundo,
chegamos num vazio, medíocre e egoísta, que acredito envergonharia o aniversariante desta
noite.
A estrela, que brilhou muito antes de 2013 anos atrás, foi a mesma que talvez tenha brilhado
há 2013 anos passados, e como tal revisita-nos todos os anos, talvez na esperança de
sensibilizar aqueles que estão atentos somente ao materialismo das compras, ou das mesas
fartas, enquanto abundam os que nada têm pra comer…
Na maioria das iniciações, e mais ainda nos antigos mistérios, o aspirante sempre era
envolvido na escuridão, para dali tomar como passo preparatório, para recepção da luz plena
da sabedoria. Fiat Lux, faça-se a luz… muitas são as alegorias e tradições que evocam a
escuridão, como parte do avanço exigido àquele que almeja a Luz.
No mesmo lugar que sempre esteve ou, com outros nomes talvez, tal estrela insiste em
chamar a atenção da humanidade. Ela se materializa no faminto, no mendicante, na criança
com câncer, nos velhos dos asilos, e em tantas situações… Cabe a cada um, a despeito da
crença ou profissão de fé que professe, que seja estendida esta noite, para todas as outras
noites e dias do ano que principia, e talvez assim, nossos compromissos para com D-us, a
Pátria e a Humanidade, possam reverberar através de nossas ações, e fazer mais do que à nós,
um bem maior, no mundo e para todo o Mundo !
Enfim, a luz por si mesma encerra o simbolismo da iluminação e do calor… dessa forma ilumina
e aquece, ou ensina e conforta…assim meus irmãos, deve ser nosso labor nestas hostes
inferiores, dividindo o que sabemos, e aquecendo as almas gélidas com a indiferença do
mundo.
Bom trabalho e boas festas, um bom meio de começar a comemorar, já seria ajudando os
desabrigados do Espírito Santo…
Max R. Pereira Hager
ARLS GM Alberto Mansur 3196
GOB-RJ