Energia: O Sistema dos Quatro Corpos, a Energia do Fóton e o Corpo Enquanto Sistema Energético
Consegui entender que o processo pelo qual eu e muitos outros
passamos para permitir ao corpo ser sustentado pela Luz está rela- cionado com a utilização da energia do fóton e é um processo seme- lhante ao da fotossíntese. Em vez de absorver a energia do sol como fazem as plantas, desenvolvemos a capacidade de entrar em contato – e absorver diretamente – a Força Vital Universal, energia ou “chi” (para os chineses) para dentro de nossas células. Isso ocorre através do domínio da mente, onde o controle e a expectativa fazem uso da Lei Universal da Ressonância, por meio da qual os semelhantes se atraem. Em outras palavras, como espero que as forças prânicas me alimentem e sustentem depois de ter passado pelo processo de 21 dias, tal como o apresento nos capítulos que se seguem, elas me ali- mentam de fato.
A capacidade de viver exclusivamente de prana é uma conse-
qüência natural de nos tornarmos um instrumento afinado. A pesqui- sa da medicina holística revela que os seres humanos existem numa realidade física, naquilo que é chamado de sistema de quatro corpos – o corpo físico, o corpo emocional, o corpo mental e corpo espiritu- al. De forma simplista, poderiamos dizer que esses corpos podem ser comparados a um violão de quatro cordas. Quando os quatro corpos não estão sintonizados uns com os outros, experienciamos graus vari- ados de doença física, emocional ou mental, ou insatisfação com a vida. Quando eles estão afinados, a vida fica mágica.
Quando esses corpos inferiores (chamados de inferiores por
causa da freqüência mais lenta de suas vibrações) estão sintonizados com a freqüência dos corpos superiores, os seres humanos podem de fato realizar o seu grau máximo de potencialidade nessa vida. Tele- patia, clarividência e a capacidade de viver sem comer – e até sem dormir – são apenas os subprodutos naturais de ser um instrumento afinado.
Vamos desenvolver mais o conceito de energia. A energia – se-
gundo o dicionário Oxford, é a “capacidade que a matéria ou radia- ção tem de realizar um trabalho”. Segundo Stephen Hawking, em A Brief History of Time (Uma Breve História do Tempo), a expressão “conservação de energia” refere-se à lei da ciência que afirma que a energia (ou seu equivalente em massa) não pode ser criada, nem destruída – mas pode mudar de forma, e muda realmente.
Segundo o Dr. Deepak Chopra em seu livro Ageless Body, Ti-
melcss Mind (Corpo Sem Idade, Mente Sem Fronteiras), mais de 99,9% de todo átomo é espaço vazio, e as partículas subatômicas que se movem a grande velocidade através desse espaço são feixes de ener- gia vibratória que transportam informações e codificações únicas. A isso ele dá o nome de “não-substância pensante”, pois é algo que não pode ser visto com os olhos físicos.
Para construir a vida a partir da matéria inerte, a energia e as
informações têm de ser trocadas por meio do RNA e do DNA, para que a estrutura celular seja criada. O fluxo dessa Inteligência é o que nos sustenta e é o que o Dr. Chopra chama de Campo Universal. Ele afirma que o mundo físico é apenas um espelho de uma Inteligên- cia mais profunda que organiza a matéria e a energia, e que também reside em nós. Isso significa que todos nós somos parte de um todo maior – uma teia cósmica. Embora sejamos únicos em nossa individu- alidade, o terreno comum da energia pura que sustenta todas as cé- lulas de nosso corpo liga-nos a todas as outras formas de vida e de existência do universo.
As religiões chamam essa energia de “Deus” ou “Supraconsci-
ência” e acreditam que seja onipresente, onipotente e onisciente. A física quântica chama essa energia de “grande energia de unificação” e também acredita que ela está em toda a parte, é onipotente e o- nisciente. Os difusores da Nova Era dão outros nomes a essa energia – “Tudo O Que É”, “Inteligência Divina” etc. Todos eles não passam de rótulos para descrever a mesma força ou poder.
Pensamentos, palavras e ações também são energia. A energia
expande-se, contrai-se e muda de forma, e aquilo que emitimos volta para nós. Esse assunto é discutido com mais detalhes no meu primei- ro livro, The Art of Resonance (A Arte da Ressonância). Em termos religiosos, essa lei expressa-se num provérbio bíblico: “você colhe o que planta”. Em termos energéticos, tudo é governado pela Lei Uni- versal da Ressonância, segundo a qual os semelhantes se atraem.
Como já disse antes, os seres humanos têm quatro corpos “in-
feriores” de energia que vibram em freqüências diferentes: o físico (o único visível ou com aparência sólida diante de nossos olhos físi- cos), o emocional, o mental e o espiritual. Também temos corpos de energia superior. Eles são considerados superiores por vibrarem em freqüências mais elevadas. O livro de Barbara Ann Brennan, Mãos de Luz, fala muito detalhadamente desses corpos e campos energéticos, e recomendo sua leitura para os interessados.
Quando conseguimos colocar esses corpos energéticos num ali-
nhamento ou harmonia perfeita uns com os outros, obtemos um “co- nhecimento” superior que inclui a vivência da compreensão do senti- do superior de nossa existência à medida que tudo entra em seu devido lugar.
Esse estado de iluminação, procurado tão ansiosamente pelos
estudantes do esoterismo oriental, é obtido por meio de total sinto- nia dos quatro corpos inferiores, de modo que eles não só vibram em perfeita ressonância uns com os outros, como também atingem um nível que permite à Alma ou Eu Superior – e, num estágio posterior, Eu Sou Presença, Deus Interior ou Consciência Crística – alojar-se integralmente dentro do corpo Básico.
Resumindo: somos sistemas de energia e, como tal, transmiti-
mos e emitimos sinais. Quando enviamos sinais aleatórios, temos experiências de vida aleatórias ou fortuitas. No entanto, quando con- trolamos deliberadamente nossos sinais, podemos, em conseqüência, conseguir um grau maior de controle sobre nossa vida. Se dermos mais um passo, sintonizando nossos corpos e realinhando nossas fre- qüências (os sinais de energia que transmitimos) numa escala mais pura e mais harmoniosa, poderemos então controlar a qualidade e intensidade de nossa vida e de nossas experiências.
Como este livro também contém informações sobre nossa imor-
talidade física, eu gostaria de incluir as seguintes reflexões sobre reencarnação: quando aceitamos o fato – comprovado pela física mo- derna – de que não é possível criar ou destruir a energia, mas que ela muda constantemente de forma, e quando vemos os seres humanos como sistemas energéticos dinâmicos, chegamos à conclusão lógica de que a teoria da reencarnação simplesmente reconhece a indestru- tibilidade da energia. Embora nosso corpo físico possa deteriorar-se e morrer, a energia que o compõe e que o sustenta simplesmente muda de forma e continua existindo.
Qualquer pessoa interessada em explorar o conceito de reen-
carnação deve pesquisar o material de Edgar Cayce, conhecido como o mais fartamente documentado de todos os estudos que existem sobre essa questão.
A partir de minha experiência pessoal e de pesquisas cuidado-
sas na área de regressão a vidas passadas e futuras, sei que a gente é capaz de restabelecer o acesso à mem6ria celular num plano da consciência onde o passado, o presente e o futuro existem num esta- do de simultaneidade temporal. Também sei que a reencarnação é um fato e, por isso, refiro-me esporadicamente a ela como tal ao longo de todo o livro.
Simplificando: a vida num corpo humano pode ser comparada a
freqüentar uma escola. É um processo de crescimento e aprendiza- gem. Quando morremos, saímos do campo energético do corpo físico e, durante algum tempo, preservamos os campos energéticos dos corpos emocional, mental e espiritual. Estes são integrados num campo energético de consciência e nos permitimos tirar férias.
As férias são uma fase de reflexão, onde olhamos para o perío-
do letivo que acabou, vemos o que foi que aprendemos e se passamos em nossos testes ou fomos reprovados. Os testes pelos quais não pas- samos precisarão ser refeitos da próxima vez. Aí, então, começamos a planejar nosso próximo período letivo, selecionando o “currículo” e os assuntos que desejamos estudar.
Essa aprendizagem e esses testes estão relacionados com nosso
crescimento enquanto seres espirituais, e as lições que temos de assimilar em geral estão ligadas a coisas intangíveis como empatia, amor, compaixão, servir o próximo, etc. É também um período para entendermos as relações afetivas e a vida em geral num plano denso, material. Porque nós, as Centelhas Divinas, optamos por estar na escola da vida no planeta Terra é uma outra história.
Depois de aprendermos tudo o que há para aprender nessa es-
cola e de passarmos em todos os nossos exames, vamos para outra instituição de ensino, rompendo assim o ciclo de reencarnações nesse plano terrestre.
De acordo com a Lei Universal de Mudança e Transmutação,
nossos campos energéticos individuais continuam a mudar de forma constantemente, como a própria energia. No entanto, a mesma lei também afirma que a energia é indestrutível. Portanto, podemos concluir que nossos padrões energéticos pessoais são igualmente in- destrutíveis. Ou, em outras palavras, podemos dizer que nossa “al- ma” é imortal.
A imortalidade física também é possível e nos permite continu-
ar na mesma forma física, não apenas para completar esse ciclo de aprendizagem, mas para ficar e melhorar o currículo, se assim o de- sejarmos. Esse tópico é discutido no capítulo sobre Imortalidade.
Para muitos que optam por se alimentar de prana, a imortali-
dade física também é uma conseqüência natural de permitir que a Centelha Divina dentro de nós nos sustente e regenere, se assim o desejarmos.
Os discípulos de ioga muitas vezes me perguntam se é preciso
praticar técnicas específicas de Kriya Yoga para introduzir as forças prânicas no corpo. Outros perguntam se precisamos passar algum tempo todos os dias à luz do sol. A resposta é simples: o prana nos sustenta automaticamente quando esperamos que o faça. Depois de 21 dias, o processo é natural e não requer nenhum outro tipo de con- centração. Basta esperar, depois permitir; aí acontece.
Nosso corpo respira para nós sem nosso controle consciente. Da
mesma forma, quando reprogramado, o corpo absorve as forças prâ- nicas diretamente e nos sustenta e nutre completamente depois que eliminamos todos os sistemas de crenças que afirmam o contrário. Esse é um processo de controle mental, uma iniciação sagrada, da qual um subproduto natural é a pessoa não precisar mais ingerir ali- mentos. É uma viagem de refinamento sob a égide de forças podero-sas, mas sutis.
Para obter uma compreensão melhor dos aspectos mais
sofisti- cados de nossa natureza, precisamos explorar mais a idéia das vibra- ções e freqüências.