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FRATERNIDADE JACQUES DE MOLAY


- DE PRESIDENTE PRUDENTE -
Nº 3745
Federada ao Grande Oriente do Brasil
Jurisdicionada ao Grande Oriente do Estado
de São Paulo
Presidente Prudente – SP

A MARCHA DO APRENDIZ

A.'.M.'. Carlos Augusto Farão

N.H: Chefick Farão

Oriente de Álvares Machado - SP, Maio de 2015.

Caixa Postal – nº 3904 – 19050-070 – Presidente Prudente


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A presente peça de arquitetura tem por objeto discorrer sobre a


Marcha do Aprendiz.

Inicialmente deve ser esclarecido o significado de marcha. Marcha é


o ato ou efeito de marchar, caminhar. Na Maçonaria uma marcha específica é usada
para cada grau, e cada Rito Maçônico possui igualmente a sua marcha específica.
Portanto, a marcha varia em alguns casos de acordo com o Rito, mas nos limitaremos à
marcha do Aprendiz.

Os Maçons executam a marcha que representam a forma de


caminhar em Loja em busca da Luz do conhecimento. No caso do Aprendiz este só
sabe dar três passos em busca dessa Luz.

No Ritual: Rito Adonhiramita / Grande Oriente do Brasil, São Paulo,


2009, Ritual do 1º Grau: Aprendiz-Maçom do Rito Adonhiramita, doravante denominado
simplesmente “Ritual”, o primeiro contato do Aprendiz com a marcha vem descrita nas
fls. 254 quando de sua iniciação, onde o Venerável Mestre, após abraçar
ritualisticamente o Iniciado por três vezes (número misterioso), dando um ósculo na sua
face após cada movimento, solicita que todos os presentes se assentem e determina ao
Mestre de Cerimônias que conduza o Aprendiz ao Altar do 2º Vigilante para que este
ensine o Aprendiz a subir os três degraus do Trono pelos passos do Aprendiz,
verificando, ainda, se as Palavras, Sinais e Toques são dados com correção. Cumprindo
a ordem do Venerável Mestre, o Mestre de Cerimônias conduz o Aprendiz e o 2º

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Vigilante ensina-lhe a marcha respectiva, examinando-o e, tendo terminado, se dirige ao
Venerável Mestre informando que o Aprendiz aprendeu a subir os três degraus do
Trono, bem como que as Palavras, Sinais e Toques foram transmitidos corretamente.

Em fls. 38 do Ritual está descrita a Marcha, transcrevendo:

“Feito o Sinal do Grau com os polegares em esquadrilha, com o pé


direito voltado para a frente, dar três passos morosos para a frente,
avançando o pé direito e unindo o calcanhar do pé esquerdo, sempre
recompondo a esquadrilha, sem bater os calcanhares e sem arrastá-
los no chão. A seguir fazer a Saudação olhando para o Venerável
Mestre; repetir a Saudação voltando a cabeça (só a cabeça e não o
corpo) energicamente para o 1º Vigilante; repetir a Saudação
voltando a cabeça para o 2º Vigilante”.

Ainda pelo Ritual, é ressaltado que a marcha somente pode ser


executada, assim como o Sinal do Grau, o Sinal de Ordem e a Saudação em Loja, com
a porta do Templo fechada, ressalvando o caso de Telhamento, que é feito no átrio.

A marcha do Aprendiz é feita com três passos que formam um


ângulo reto, indicando que cada passo indica a retidão do caminho que o Maçom deve
seguir na jornada da vida, pois, simbolicamente, se sair do caminho reto não saberá a
ele retornar.

Como afirmado anteriormente, o número três é místico e misterioso


para a Maçonaria. No caso da marcha do Aprendiz, é emblemático de três passagens:

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nascimento, vida e morte e quando bem feita representa discernimento, retidão e
decisão. São três os esquadros porque três é a idade do Aprendiz-Maçom.

Relativamente, no Rito Adonhiramita o passo é iniciado com o pé


direito, tendo início quando o Obreiro ingressa no Templo.

O rompimento da marcha com o pé direito, era o costume dos


Maçons Operativos quando entravam no sítio das construções. Esta prática não deve
ser analisada sob qualquer inspiração oculta, fundamentada pela superstição.

O esquadro da união dos pés representa fundamentalmente a


faculdade do juízo que nos permite comprovar a retidão ou a sua falta. É por intermédio
do esquadro que nossos esforços para realizar o ideal ao qual nos propusemos podem
ser constantemente comprovados e retificados. Isto é feito de maneira que estejam
realmente encaminhados na direção do ideal e que a cada passo do pé esquerdo
(passividade, inteligência, pensamento), deve corresponder um passo igual do pé direito
(atividade, vontade, ação) em esquadro, ou seja, em acordo perfeito com o primeiro.

Tal visão e os esforços de nossa inteligência como demonstra a


cuidadosa retidão dos três passos da marcha do Aprendiz, conduz a conclusão de que
atingiremos o conhecimento da verdade que nos liberta da ilusão.

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Bibliografia:

- Ritual: Rito Adonhiramita / Grande Oriente do Brasil, - São Paulo, 2009. Ritual do 1º Grau: Aprendiz-
Maçom do Rito Adonhiramita.

- Castellani, José. Dicionário Etimológico Maçônico, Editora a Trolha, Londrina, 1988.

-Marcha do Aprendiz Maçom, in


https://br.groups.yahoo.com/neo/groups/arlsverdadeira_luz/conversations/
topics/40

- Diferenças ritualísticas existentes entre os Ritos Adotados pelo Grande Oriente do Brasil: Antonio
Onías Neto, in
http://www.inspetoria.org.br/arquivos/cenal/noticias/livros/iiiritosdiferencasentreosritosdogob.doc.

- Aspectos peculiares ao Rito Adonhiramita, por Barbosa Nunes, in


http://paranamaconico.blogspot.com.br/2008/08/aspectos-peculiares-ao-rito.html

- A Liturgia Adonhiramita, in http://www.adonhiramita.org/liturgia.htm

- SILVA, Robson Rodrigues da. Pompas Fúnebres e Outros Estudos Maçônicos. Editora A Trolha,
Londrina, 2009.

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