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GLMERJ

A:.R:.L:.M:. NELSON MANDELA N° 206

Resumo de Instrução

PRIMEIRA INSTRUÇÃO
TÍTULO

Ir:. Ap Rinaldo da Silva Rosas

Oriente do Rio de Janeiro, 20 de março de 2019, EV


Primeira Instrução do A.˙. M.˙.

O Grau Aprendiz Maçom é o primeiro Grau da escalada hierárquica: Aprendiz, Companheiro


e Mestre, ele é contemplado em todos os Ritos Maçônicos. Logo após o profano termine sua
iniciação recebe o grau, mas o que é a iniciação??? A iniciação é uma cerimônia muito bem
elaborada que pode se iniciar fora da loja ou local apropriado e finalizar no interior da loja
com o ritual específico.

Antes de discorrer com as minhas impressões sobre a Primeira Instrução de Aprendiz de


Maçom gostaria de registrar que, antes da cerimônia de iniciação, o candidato deve ser
“indicado” por um Maçom, a partir daí, é submetido a diversas formalidades administrativas,
tais como sindicância sobre seus antecedentes, seguida de uma rigorosa pesquisa social,
finalizando com o escrutínio secreto, que é o voto de aceitação pelos mestres, conforme
previsto nas tradições da Maçonaria.

Uma vez aceito o candidato marca-se o dia do ritual iniciático. O ritual consiste de uma breve
passagem pela Câmara das Reflexões onde o estado de cegueira é total e simboliza as trevas
para o neófito, que ainda não recebeu a luz que o norteará na estrada da virtude, Juramentos e
Purificações, essa passagem remete a lembrança dos sete elementos: a terra, o ar, a água, o
fogo, o mercúrio, o sal e o enxofre. As purificações são uma lavagem de parte do corpo e uma
passagem pelo fogo. Para os juramentos utiliza-se o símbolo da vida que é a taça sagrada, e o
Livro da Lei.
Renascido do mundo das trevas, o agora Aprendiz receberá instruções detalhadas sobre o
Sinal, o Toque e a Palavra e o seu conhecimento sobre os instrumentos de trabalho, quais
sejam a Régua de 24 Polegadas, o Maço e Cinzel, estas ferramentas auxiliarão o aprendiz em
sua árdua labuta para desbastar a Pedra Bruta transformando-a, finalmente, em Pedra Polida.
O conhecimento dessas instruções ser-lhe-ão fundamentais em sua vida como A.˙. M.˙. para
que ele possa ser reconhecido entre os Maçons.

Para fazer o sinal à ordem - o aprendiz deve esta de pé, com os calcanhares unidos, e os pés
formando um ângulo de 90º, sendo que o pé esquerdo esta voltado para a frente. O braço
esquerdo deixado cair sobre o corpo e o braço direito elevado ao nível do pescoço, estando
com a mão direita aberta frente à garganta, dedos unidos formando um ângulo de 90º com o
dedo polegar. Em continuidade, a partir dessa posição, para finalizar a saudação, o aprendiz
deve levar a mão direita, no sentido do ombro direito, deixando-o cair naturalmente,
sinalizando um corte. Recebidas as instruções sobre o Sinal, o aprendiz recebera instruções
sobre o Toque, que consiste em um simples aperto, com as mãos direitas, onde o irmão
maçom que busca a identificação toca três vezes a falange próxima do indicador do outro,
indicando que se pede a Palavra e o Sinal ao outro Maçom, as palavras são: Como Apr.˙. M.˙.
n.˙. s.˙. l.˙. n.˙. e.˙. V.˙. Mestre, s.˙. a.˙. s.˙. p.˙. i.˙. n.˙. v.˙. p.˙. d.˙. s.˙. s.˙. d.˙. a p.˙. l.˙. e v.˙.
d.˙. a s.˙.. Momento em que o Maçom lança alto a letra B, em seguida, o Aprendiz lança a
letra O, esperando que o outro soletre o A, por fim, o Maçom soletra a letra Z, que juntas
formam a palavra “BOAZ”, um termo bíblico divulgado ao maçom no dia da iniciação, que é
usado na maçonaria como forma de reconhecimento entre seus membros.
Ela deriva da coluna do Norte da Porta do Templo do Salomão e significa: Força, Moral,
Apoio. Existe também uma palavra Semestral, dada pelo Grão-Mestre na época dos Solstícios,
que deve ser do conhecimento de todos os obreiros regulares, lançada ao Cobridor da Loja
antes de adentrá-la, sem o conhecimento da qual não será permitido o visitante
adentrar a loja. A palavra é concedida semestralmente pela Confederação da Maçonaria
Simbólica do Brasil.

Recebida as primeiras instruções sobre o Sinal, o Toque e a Palavra, o Aprendiz passará a


receber as instruções sobre a Marcha do Aprendiz que é composta de três passos iguais e
retilíneos, começando sempre com o p .˙. e .˙. e apoiado pelo d .˙., formando um E .˙. que
representa a faculdade do juízo e nossos esforços para realizar o ideal ao qual nos propusemos.
Será feito sempre quando adentrarmos em uma loja, em trabalho. De acordo com o REAA, a
Marcha do Aprendiz será iniciada logo após adentrar em uma loja. No interior da loja, o
aprendiz, de costas para a porta fechada, seu olhar direcionado para o oriente, postura ereta e
firme da inicio aos três passos finalizando nas imediações da área geográfica entre as colunas
salomônicas (J) e (B). Após dar os três passos faz a saudação ao Venerável Mestre e aos Irmãos
Vigilantes.

Segundo Raymundo D´elia Junior, o primeiro passo do aprendiz simboliza sua luta, sabedor
que é representado pelo cordeiro, animal símbolo do ardor e da coragem, demonstrando a
disposição que deve ter o Aprendiz para dedicar-se aos conhecimentos de seu Grau. O segundo
passo simboliza a Perseverança, indicando que o maçom deve ser forte e trabalhar com
prudência, mas sem temor. E o terceiro passo simboliza a Fraternidade, sendo considerado
como o símbolo da amizade e união, que deve aglutinar todos os maçons.

O Grau de Aprendiz Maçom confere ao recém iniciado o acesso ao portal do conhecimento dos
mistérios que serão oferecidos pela Maçonaria ao longo de sua vida maçônica ensinados através
da simbologia, da filosofia, das alegorias, a moral e a universalidade da Ordem. De acordo com
J. M. Ragon, "indica a passagem da barbárie para a civilização: é a primeira parte histórica da
Iniciação; ele leva o Neófito à admiração e ao reconhecimento para com o Grande Arquiteto do
Universo, ao estudo de si mesmo e de seus deveres para com seus semelhantes; dá a conhecer
os princípios fundamentais da Maçonaria, suas leis, seus costumes, e dispõe o ex neófito à
filantropia, à virtude e ao estudo".

Recebida as instruções sobre a Marcha do Aprendiz passarei a discorrer sobre os instrumentos


de trabalho do Aprendiz, quais sejam a Régua de 24 Polegadas considerada um antigo símbolo
de retidão, segundo a mitologia egípcia, o Deus Phath tinha em suas mãos uma régua e usava
para medir as enchentes do Rio Nilo, na simbologia a régua representava a linha reta,
sinalizando a direção da conduta que devemos seguir.

O Maço é instrumento importante e nenhuma obra poderá ser acabada sem ele, tem por
serventia descarregar golpes, representa o poder ou a força. Nos ensina que a habilidade sem a
razão é de pouca serventia e que o trabalho é uma obrigação do homem. Ensina ainda que o
coração conceberá e o cérebro projetará, mas se a mão não estiver preparada o trabalho não será
executado.
À medida que a inteligência do homem se desenvolve se apodera dos Maços da Natureza e faz
com que as energias naturais o sirvam. Sendo assim nos mostra que este poder é ilimitado, uma
vez que dentro de nós existe uma reprodução do Grande Arquiteto do Universo cujo poder é
onipotente.

O Cinzel que simboliza as vantagens da educação deve ser utilizado sustentado com a mão
esquerda para golpear a Pedra Bruta transformando-a em Pedra Polida, somente tem valor se o
maço sustentado pela mão direita golpea-lo na cabeça caso contrario o maço seria somente um
instrumento de destruição. A compreensão desse simbolismo é que o homem deve trabalhar
incessantemente sobre si mesmo para aproximar-se da perfeição exigida pela divindade,
devendo se familiarizar com os instrumentos e utensílios do aprendizado, nas suas
funções especulativas, induzindo-o a empregá-los com critério na meditação, no trabalho, no
descanso físico e espiritual. O Maço e o Cinzel servem simbolicamente para entendermos que
devemos derrubar nossos obstáculos, superar nossas dificuldades, procurando nos afastar dos
defeitos e paixões a fim de podermos contribuir para a construção moral da humanidade.

A insígnia do Aprendiz Maçom é um Avental totalmente branco, composto de duas partes que
são: a Abeta e o Corpo. A Abeta é usada, no Grau de Aprendiz Maçom, sempre levantada.
A indumentária é preta, podendo, por comodidade, ser usado o Balandrau, que, todavia deve
ser talar, isto é, ir até os tornozelos.
A Pedra Bruta é o material retirado “in natura” da jazida, até que, pelo trabalho constante do
obreiro, fique na forma ideal para poder ser usada na construção do edifício. Representa o
estado bruto, áspero e despolido até que pelo cuidado e instrução dos Mestres torne-se um ente
Culto, capaz de fazer parte da Sociedade. A Pedra Polida ou Cúbica é o material finalmente
pronto, trabalhado, de linhas e ângulos retos, que o Compasso e o Esquadro mostram que foi
talhada de acordo com as exigências. Representa o saber do homem no fim da vida, quando o
aplicou em atos de piedade e virtude, verificado pelo Esquadro da Palavra Divina e pelo
Compasso da consciência esclarecida. São fixas por permanecer imóveis em Loja como um
Código de Moral aberto para a compreensão de todos os Maçons.

Finalmente, dou por concluído este breve estudo cuja pesquisa contribuiu para um maior
engrandecimento espiritual e profunda reflexão sobre a construção do caráter, da filantropia e
da amizade. Busco agora aperfeiçoar-me na arte suprema do pensamento como investigador da
verdade.

A .˙. M .˙. Rinaldo da Silva Rosas

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