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Guia Básico

VIOLA CAIPIRA
UKULELE
BANJO
CAVAQUINHO
BAIXOLÃO
Guia Básico viola caipira, ukulele, banjo, cavaquinho e baixolão

Introdução

A música é uma arte marcada pela diversificação, permeada por inúmeros estilos, técnicas, estruturas e
interpretações. Diante desse contexto extraordinário, é fundamental que músicos tenham acesso a
instrumentos que proporcionem timbres e tessituras que fujam do convencional.

Atualmente, existe uma infinidade de instrumentos de grande relevância no mercado musical. Alguns
tradicionais da cultura brasileira e outros que, com o passar dos anos, vêm se tornando cada vez mais
presentes no universo artístico de nosso país. Trataremos neste capítulo sobre alguns deles.

viola caipira
Ícone da cultura brasileira, a viola caipira se destaca pela sua versatilidade e sonoridade única. Oriunda
da Viola Portuguesa, assemelha-se ao violão clássico em termos de formato e estrutura, porém um
pouco menor. É um instrumento equipado com 10 cordas de aço, dispostas em 5 pares, onde os dois
primeiros, ou seja, os mais agudos, são afinados na mesma nota e altura, enquanto os demais pares
também são afinados na mesma nota, mas com diferença de uma oitava. Tais pares de cordas são
tocados sempre juntos, como se fossem uma só.

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AFINAÇÕES
Existem diversos tipos de afinação para este instrumento, as mais conhecidas são as seguintes:

E G# Cebolão - Afinação mais comum dentre as violas encontradas no


B
mercado. Consiste no acorde Mi Maior (E) ou um tom abaixo,
formando o acorde Ré Maior (D). As disposições por pares de cordas
são as seguintes: Em Mi Maior – Mi (E) / Si (B) / Sol Sustenido (G#) /
Mi (E) / Si (B) (3 últimos pares oitavados). Em Ré Maior – Ré (D) / La (A)
E B G#
/ Fá Sustenido (F#) / Ré (D) / La (A) (3 últimos pares oitavados).
Ressaltamos que a grande maioria das violas que chegam às lojas
sai de fábrica afinada em Mi Maior (Cebolão em E).

D G Rio Abaixo - Essa afinação forma o acorde Sol Maior (G), mantendo o
G
seguinte padrão por par de cordas: Ré (D) / Si (B) / Sol (G) / Ré (D) / G
(Sol) (3 últimos pares oitavados).

D B G

E G Rio Acima - Forma o seguinte padrão por par de cordas: Mi (E) / Dó


C
(C) / Sol (G) / Mi (E) / Dó (C) (3 últimos pares oitavados).

E C G

E G# Boiadeira - Tem como padrão as seguintes notas (também por par de


A
cordas): Mi (E) / Si (B) / Sol Sustenido (G#) / Mi (E) / La (A) (3 últimos
pares oitavados).

E B G#

Há diversas lendas a respeito das afinações da viola caipira. Por exemplo, a afinação Cebolão, de acordo
com o dito popular, recebe esse nome pelo fato de fazer qualquer pessoa chorar, como quem corta
cebola, ao ouvi-la. Já a afinação Rio Abaixo teria sua origem na lenda de que o Diabo costumava descer os
rios tocando viola com essa afinação e, dessa forma, seduzindo as moças e as carregando rio abaixo.
No Brasil, a viola caipira é um instrumento de grande tradição, principalmente no cenário artístico das
regiões Sudeste e Centro-Oeste. As chamadas “Modas de Viola” atravessam gerações, estando
presentes no cotidiano popular e conquistando cada vez mais pessoas em busca de aprender a tocar um
instrumento musical.

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UKULELE
Curiosamente, o ukulele é de origem portuguesa, datado do início do século XX, levado até o Havaí por
imigrantes que se instalaram naquele território para trabalhar no cultivo de cana-de-açúcar. No idioma
havaiano, ukulele significa “pulga saltitante”, uma referência ao movimento das mãos de quem toca este
instrumento. Além de ter se tornado indispensável na música tradicional havaiana, o ukulele é, nos dias
de hoje, um dos instrumentos mais utilizados na música popular ao redor do mundo.

O ukulele possui 4 cordas e estrutura similar a do violão, porém muito menor, onde os mais comuns do
mercado têm as peças de corpo (tampo, fundo e lateral) confeccionadas em madeira laminada (ou
compensada). Contudo, nos casos de instrumentos mais sofisticados, também existem aqueles
construídos com pelo menos o tampo sólido.

TAMANHOS E AFINAÇÕES
Existem vários tamanhos e afinações para ukulele, diversificando não somente suas dimensões, mas
também seus respectivos timbres. Os mais comuns são os seguintes:

SOPRANO - Com a escala de 33 a 35 cm, é o mais tradicional e o primeiro a ter sido criado. É afinado
geralmente no padrão: La (A) / Mi (E) / Dó (C) / Sol (G), formando o acorde Dó com 6º (C6). A 4º corda
possui a mesma tessitura da primeira, ou seja, é quase tão aguda quanto a primeira corda. Por tal motivo,
este padrão recebe o nome de High G (Sol Agudo).

Dó (C) Mi (E)

Sol (G) Lá (A)

CONCERT - Possui escala de 38 cm, com um braço mais longo e corpo um pouco mais largo em relação
ao Soprano. Tais características, consequentemente, também conferem um timbre um pouco mais grave.
O ukulele concert também é afinado em C6 (High G).

Dó (C) Mi (E)

Sol (G) Lá (A)

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TENOR - Tem a escala com comprimento de 43 a 46 cm, geralmente afinado em C6 (High G) e sonoridade
ainda mais encorpada em relação ao Concert.

Dó (C) Mi (E)

Sol (G) Lá (A)

BARÍTONO - Considerado o maior dos Ukuleles, possui geralmente escala de 48 cm. Sua afinação
também é mais grave, utilizando exatamente a afinação das 4 primeiras cordas do violão: Mi (E) / Si (B) /
Sol (G) / Ré (D). A oitava da corda Ré pode variar, existindo modelos com a afinação tão grave quanto a do
violão (chamada Low D) ou mais aguda, seguindo o sistema dos demais ukuleles (High D).

Sol (G) Si (B)

Ré (D) Mi (E)

UKULELE BASS (OU UKBASS) - Variação do Ukulele que possui a mesma afinação e função musical do
contrabaixo.

Lá (A) Ré (D)

Mi (E) Sol (G)

CORDAS
Os tipos de cordas para ukulele mais comuns no mercado são os seguintes:
Nylon: Muito utilizado no ramo de instrumentos musicais, o nylon proporciona ao ukulele excelente
timbre e sustentação de notas moderada.
Nylgut: Material sintético que reúne as propriedades mecânicas e sonoras do nylon e das antigas cordas
feitas de tripa animal. Proporciona bons níveis de volume, estabilidade na afinação e boa durabilidade.
Fluorcarbono: Material utilizado frequentemente na confecção de linhas para pesca. Proporciona
timbres mais agudos e bastante volume.
Thundergut: Material muito utilizado na confecção de cordas para Ukulele Bass.

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BANJO
Muito popular Nos Estados Unidos, usado em estilos tradicionais como Country e Bluegrass, o banjo de 5
cordas é um instrumento de sonoridade peculiar e estrutura curiosa. Seu corpo consiste em uma
armação metálica circular com uma pele (atualmente sintética) esticada sobre ela (assemelha-se muito
com uma caixa de bateria). O fundo desse corpo é uma espécie de tampo redondo, geralmente
construído em madeira. Possui braço longo e fino, escala com 22 trastes e cavalete móvel.

Uma das principais peculiaridades deste instrumento é sua disposição de cordas. A quinta corda inicia-
se na quinta casa e, por conta disso, sua respectiva tarraxa se encontra sobre essa região da escala. Já as
demais cordas seguem o sistema convencional, com suas tarraxas localizadas no headstock. Isso ocorre
porque a 5º corda é geralmente utilizada solta, ou seja, o músico não a pressiona frequentemente
durante sua execução e, por esse motivo, não há necessidade de estendê-la em toda a escala.

Existem vários sistemas de afinação para o banjo 5 cordas, onde o mais utilizado é o chamado Open G ou
Sol Maior Aberto. Este padrão possui o seguinte formato: Ré (D) / Si (B) / Sol (G) / Ré (D) / Sol (G). A quinta
corda é a mais aguda, soando exatamente uma oitava acima da terceira.

Sol (G) Ré (D) Sol (G)

Ré (D) Si (B)

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CAVAQUINHO
Integrante da família dos cordofones portugueses, o cavaquinho é um instrumento de extrema
relevância na cultura do Brasil. Com sua sonoridade potente e com grande presença de agudos, este
instrumento tornou-se item obrigatório em estilos típicos do de nosso país, tais como o samba, o pagode
e o choro.
Assim como o Ukulele, possui estrutura pequena e também é equipado com 4 cordas, porém de aço. O
padrão de afinação mais popular é: Ré (D) / Si (B) / Sol (G) / Ré (D).

Sol (G) Si (B)

Ré (D) Ré (D)

baixolão
Popularizado nos anos 90 por bandas de Pop / Rock e bastante requisitado por músicos do cenário atual,
trata-se simplesmente da versão acústica do contrabaixo elétrico. Possui exatamente a mesma afinação,
função musical e sonoridade. Recebe esse nome por ser basicamente um baixo com o corpo em formato
de violão.

De maneira geral, encontramos no mercado baixolões nas versões 4 cordas, 5 cordas e “LH” (para
canhotos), onde quase todos são eletroacústicos, ou seja, equipados com captadores e pré-
amplificadores, para que sejam devidamente aplicados em qualquer situação musical. Tais sistemas de
captação são essencialmente os mesmos utilizados em violões.

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