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Teorema de Pitágoras
relação em geometria euclidiana entre os três lados
de um triângulo retângulo

… … …

O teorema de Pitágoras é uma relação


matemática entre os comprimentos dos lados
de qualquer triângulo retângulo.[1] Na
geometria euclidiana, o teorema afirma que:

O teorema de Pitágoras: a soma das áreas dos


quadrados construídos sobre os catetos (a e b)
equivale à área do quadrado construído sobre a
hipotenusa (c).

“ Em qualquer triângulo retângulo,


o quadrado do comprimento da
hipotenusa é igual à soma dos
quadrados dos comprimentos
dos catetos. ”
Por definição, a hipotenusa é o lado oposto ao
ângulo reto, e os catetos são os dois lados que
o formam. O enunciado anterior relaciona
comprimentos, mas o teorema também pode
ser enunciado como uma relação entre áreas:

“ Em qualquer triângulo retângulo,


a área do quadrado cujo lado é a
hipotenusa é igual à soma das
áreas dos quadrados cujos lados
são os catetos. ”
Para ambos os enunciados, pode-se
equacionar

onde c representa o comprimento da


hipotenusa, e a e b representam os
comprimentos dos outros dois lados.

O teorema de Pitágoras leva o nome do


matemático grego Pitágoras (570 a.C. – 495
a.C.), que tradicionalmente é creditado pela
sua descoberta e demonstração,[2][3] embora
seja frequentemente argumentado que o
conhecimento do teorema seja anterior a ele
(há muitas evidências de que matemáticos
babilônicos conheciam algoritmos para
calcular os lados em casos específicos, mas
não se sabe se conheciam um algoritmo tão
geral quanto o teorema de Pitágoras).[4][5][6]

O teorema de Pitágoras é um caso particular


da lei dos cossenos, do matemático persa
Ghiyath al-Kashi (1380 – 1429), que permite o
cálculo do comprimento do terceiro lado de
qualquer triângulo, dados os comprimentos de
dois lados e a medida de algum dos três
ângulos.

Fórmula e corolários

Demonstrações

Não se sabe ao certo qual seria a


demonstração utilizada por Pitágoras.[8] O
teorema de Pitágoras já teve muitas
demonstrações publicadas. O livro The
Pythagorean Proposition, de Elisha Scott
Loomis, por exemplo, contém 370
demonstrações diferentes.[9] Há uma
demonstração no livro Os Elementos, de
Euclides.[10] E também ofereceram
demonstrações, o matemático indiano
Bhaskara Akaria, o polímata italiano Leonardo
da Vinci, e o vigésimo presidente dos Estados
Unidos, James A. Garfield.[11][12][13] O teorema
de Pitágoras é tanto uma afirmação a respeito
de áreas quanto a respeito de comprimentos,
algumas provas do teorema são baseadas em
uma dessas interpretações, e outras provas
são baseadas na outra interpretação.

Por comparação de áreas

1. Desenha-se um quadrado de lado

2. De modo a subdividir este quadrado em


quatro retângulos, sendo dois deles
quadrados de lados, respectivamente, e
Traça-se dois segmentos de reta
paralelos a dois lados consecutivos do
quadrado, sendo cada um deles interno
ao quadrado e com o mesmo
comprimento que o lado do quadrado;

3. Divide-se cada um destes dois retângulos


em dois triângulos retângulos, traçando-
se as diagonais. Chama-se o
comprimento de cada diagonal;

4. A área da região que resta ao retirar-se os


quatro triângulos retângulos é igual a

5. Desenha-se agora o mesmo quadrado de


lado mas coloca-se os quatro
triângulos retângulos noutra posição
dentro do quadrado: a posição que deixa
desocupada uma região que é um
quadrado de lado

6. Assim, a área da região formada quando


os quatro triângulos retângulos são
retirados é igual a

Como representa a área do quadrado


maior subtraída da soma das áreas dos
triângulos retângulos, e representa a
mesma área, então . Ou seja:
num triângulo retângulo o quadrado da
hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos
catetos.

Por semelhança de triângulos

Demonstração que utiliza o conceito de


semelhança: os triângulos ABC, ACH e
CBH têm a mesma forma, diferindo
apenas pelas suas posições e tamanhos.

Esta demonstração se baseia na


proporcionalidade dos lados de dois triângulos
semelhantes, isto é, que a razão entre
quaisquer dois lados correspondentes de
triângulos semelhantes é a mesma,
independentemente do tamanho dos
triângulos.

Sendo ABC um triângulo retângulo, com o


ângulo reto localizado em C, como mostrado
na figura. Desenha-se a altura com origem no
ponto C, e chama-se H sua intersecção com o
lado AB. O ponto H divide o comprimento da
hipotenusa, c, nas partes d e e. O novo
triângulo, ACH, é semelhante ao triângulo ABC,
pois ambos tem um ângulo reto, e eles
compartilham o ângulo em A, significando que
o terceiro ângulo é o mesmo em ambos os
triângulos também,[14] marcado como θ na
figura. Seguindo-se um raciocínio parecido,
percebe-se que o triângulo CBH também é
semelhante à ABC. A semelhança dos
triângulos leva à igualdade das razões dos
lados correspondentes:

O primeiro resultado é igual ao cosseno de


cada ângulo θ e o segundo resultado é igual ao
seno.

Estas relações podem ser escritas como:

e Somando estas duas


igualdades, obtém-se

que, rearranjada, é o teorema de Pitágoras:

Uma variante[15][16][17]

Usando a mesma figura da demonstração


acima, após ser mostrado que ΔABC, ΔACH e
ΔCBH são semelhantes, pode-se demonstrar o
teorema de Pitágoras usando-se o fato de que
"a razão entre as áreas de triângulos
semelhantes é igual ao quadrado da razão
entre lados correspondentes", da seguinte
forma: Chamando-se a área de ΔABC de x, a
área de ΔACH é x*(b/c)², e a área de ΔCBH é x*
(a/c)² (pois c, b e a são as hipotenusas de
ΔABC, ΔACH e ΔCBH, respectivamente).
Então, como a área do triângulo inteiro é a
soma das áreas dos dois triângulos menores,
tem-se x*(a/c)² + x*(b/c)² = x, então (a/c)² +
(b/c)² = 1, então a² + b² = c².

Demonstração de Bhaskara[18]

A análise da figura da direita permite computar


a área do quadrado construído sobre a
hipotenusa de um triângulo retângulo: ela é
quatro vezes a área desse triângulo mais a
área do quadrado restante, de lado (b−a).
Equacionando-se, segue que:

Logo:

(o termo (b-a)² é um produto notável)

(por comutatividade da multiplicação: 2ab =


2ba)

Por cálculo diferencial

Pode-se chegar ao teorema de Pitágoras pelo


estudo de como mudanças em um lado
produzem mudanças na hipotenusa e usando
um pouco de cálculo. É uma demonstração
baseada na interpretação métrica do teorema,
visto que usa comprimentos, não áreas.

Demonstração que usa equações


diferenciais.

Como resultado da mudança da no lado a,

por semelhança de triângulos e para mudanças


diferenciais. Então,

por separação de variáveis.

que resulta da adição de um segundo termo


para as mudanças no lado b.

Pela integração, segue:

Quando a = 0 então c = b, então a "constante"


é b2. Logo,

Num espaço com um produto interno

Pode-se estender o teorema de Pitágoras a


espaços com produto interno e com uma
norma induzida por este. Nessa situação:

Dois vetores x e y são ditos perpendiculares


se:

Segue então:

que é o teorema de Pitágoras.

Pelo rearranjo das partes

Demonstração
pelo rearranjo de
quatro
triângulos
retângulos
idênticos.

Animação mostrando outra


demonstração por rearranjo.[19]

Uma demonstração por rearranjo é dada pela


animação à esquerda. Como a área total e as
áreas dos triângulos são constantes, a área
preta total é constante também. E a área preta
pode ser dividida em quadrados delineados
pelos lados a, b, c do triângulo, demonstrando
que a2 + b2 = c2.

Na animação à direita, um grande quadrado


inicial é formado da área c 2 tornando
adjacentes quatro triângulos retângulos
idênticos, deixando um pequeno quadrado no
centro do grande quadrado, de modo a
acomodar a diferença de comprimentos dos
lados dos triângulos. Dois retângulos são
formados, de lados a e b, movendo-se os
triângulos. Incorporando o pequeno quadrado
central com um destes retângulos, os dois
retângulos são feitos em dois quadrados de
áreas a 2 e b 2, mostrando que c 2 = a 2 + b 2.

Demonstração de Euclides

Demonstração de Euclides do
Teorema de Pitágoras

A finalidade é mostrar que a área do quadrado


AOMG é igual à área do quadrado AIHD e que
BEFG é igual a BCHI, mostrando que o
quadrado da hipotenusa é igual à soma do
quadrado dos catetos. Veja que a reta definida
por HL passa pelo centro do ângulo reto AGB e
é ortogonal ao segmento AB. Temos que GL =
AB, pois ambos são a hipotenusa do triângulo;
e AB = HI, pois que ABCD é uma quadrado.
Logo GL=HI (Os triângulos ABG e igual ao
triângulo GML). Assim sendo, as áreas dos
quadriláteros AIHD e ANLG são igual, visto que
tem a mesma base (HI = GL) e a mesma altura
(AI). Mas temos que as áreas dos quadriláteros
ANLG e AOMG são também iguais, pois que
tem a base AG em comum e a mesma altura
AO. Resulta que, pelo silogismo grego, se Y=Z
e Z=W, então Y=W, em termo de área vale:
AIHD = ANLG e ANLG = AOMG, então AIHD =
AOMG.[20]

Para mostrar que BEFG = BCHI segue-se de


modo análogo.[20]

Euclides mostra, desta forma puramente


geométrica, que a soma dos quadrados dos
catetos é igual ao quadrado da hipotenusa.

Recíproca

Consequências e usos

Generalizações

Nas geometrias não


euclidianas

História

Referências

Ver também

Última modificação há 3 meses por Kakt…

PÁGINAS RELACIONADAS

Hipotenusa
maior lado de um triângulo retângulo

Triângulo retângulo
triângulo que possui um ângulo reto

Triângulo retângulo especial

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