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DNA antigo conta nova história sobre o povo 
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br.facebook.com/usponline)
de Luzia (https://twitter.com/usponline)
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Análise do genoma de habitantes antigos das Américas contesta hipótese sobre origem
 usp)
australo-melanésia do povo de Lagoa Santa (https://pt.linkedin.com/school/u
 niversidade-de-s-o-paulo/)
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\\ BUSCA
 08/11/2018 - Publicado há 5 anos
Digite uma palavra chave.. 
Por Silvana Salles (https://jornal.usp.br/author/silvana-sallesusp-br/)
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\\ PODCASTS
70%20no%20s%C3%ADtio%20arqueol%C3%B3gico%20da%20Lapa%20do%20Santo%2C%20em%20Lagoa%20Santa%20%28MG%29%2C%20o%20cr%C3%A2nio%20de%20Luzia
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calmente%20a%20hip%C3%B3tese%20que%20procura%20explicar%20de%20onde%20veio%20o%20povo%20de%20Luzia%20e%20por%20que%20ele%20desapareceu%20da%2
20radicalmente%20a%20hip%C3%B3tese%20que%20procura%20explicar%20de%20onde%20veio%20o%20povo%20de%20Luzia%20e%20por%20que%20ele%20desapareceu%20
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al.usp.br%2Fciencias%2Fciencias-biologicas%2Fdna-antigo-conta-nova-
Article?mini=true&url=https%3A%2F%2Fjornal.usp.br%2Fciencias%2Fciencias-
nova-historia-sobre-o-povo-de-luzia%2F) Universidade 93,7: “Cozinh
nova%20hist%C3%B3ria%20sobre%20o%20povo%20de%20Luzia%20
-nova-historia-sobre-o-povo-de- continua o debate sobre a
p.br%2Fciencias%2Fciencias-biologicas%2Fdna-antigo-conta-nova- e traz uma abordagem sob
o%20que%20ocorreu%20dentro%20do%20continente.%20Al%C3%A9m%20disso%2C%20eles%20sugerem%20que%20aconteceram%20substitui%C3%A7%C3%B5es%20de%20po
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%20nesta%20quinta-feira%2C%20por%C3%A9m%20na%20revista%20Science%2C%20corrobora%20a%20ancestralidade%20amer%C3%ADndia%20do%20povo%20de%20Luzia.%
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) (https://jorn (https://jornal.usp.br/podc
Austr%C3%A1lia%20ou%20da%20Melan%C3%A9sia.%0D%0A%0D%0APara%20al%C3%A9m%20das%20publica%C3%A7%C3%B5es%20cient%C3%ADficas%2C%20os%20novos
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al.usp.br/pod 937-cozinha-de-heranca-c
cast/universi debate-sobre-a-culinaria-
dade-937- uma-abordagem-sobre-a-
cozinha-de-
congolesa/)
heranca-
continua-o-
debate-
sobre-a-
culinaria-
judaica-e-
traz-uma-
abordagem-
sobre-a-
culinaria-
Pesquisa analisou o DNA fóssil extraído dos ossos humanos encontrados no sítio congolesa/)

arqueológico da Lapa do Santo, na região de Lagoa Santa (MG) – Arte sobre fotos
Ciência do Turismo #4: O
turismo de periferias, de q
... de resistência?
(https://jornal.usp.br/podc
(https://jorn do-turismo-4-o-que-e-tur
.. A análise do genoma de 49 indivíduos que viveram em al.usp.br/pod periferias-de-quebradas-e
diferentes pontos da América Central e do Sul entre 11 cast/ciencia- resistencia/)
do-turismo-
mil e 3 mil anos atrás sugere que grupos precursores 4-o-que-e-
dos indígenas atuais migraram da América do Norte em turismo-de-
periferias-
direção ao sul e deixaram descendentes em lugares tão
de-
diversos quanto Belize, Peru, Brasil, Argentina e Chile. A quebradas-
pesquisa, publicada nesta quinta-feira (8) na revista e-de-
resistencia/)
científica Cell (https://www.cell.com/cell/fulltext/S0092-8674(18)31380-1),
traz implicações importantes para a teoria sobre as Palavra da Semana #91:
origens do povo de Luzia – o crânio humano mais antigo Responsabilização se rela
obrigação de responder po
das Américas. Descoberto na década de 1970 no sítio (https://jornal.usp.br/podc
(https://jorn da-semana-91-responsabi
arqueológico da Lapa do Santo, em Lagoa Santa (MG),
al.usp.br/pod relaciona-com-a-obrigaca
o crânio de Luzia foi encontrado recentemente nos cast/palavra responder-por-seus-atos/
escombros deixados pelo incêndio do Museu Nacional, -da-semana-
91-
no Rio de Janeiro.
responsabiliz
acao-se-
Segundo Cosimo Posth, do Instituto relaciona-
+ Mais
Max Planck, na Alemanha, os com-a-
obrigacao-
dados genéticos indicaram duas
de-
afinidades genéticas importantes responder-
entre nativos do norte e do sul das por-seus-
Américas. Posth, que é um dos (https://jornal.usp atos/)

autores do artigo publicado na Cell, .br/atualidades/cr


Todos os podcasts
conta que uma dessas afinidades é anio-de-luzia- (https://jornal.usp.br/podcasts/)
guiou-linha-de-
entre grupos da Califórnia e dos \\ ARTIGOS
Andes Centrais que viveram há pesquisa-de-
laboratorio-da- Letramento emergente lúdi
cerca de 4 mil anos. A outra conecta e alfabetização: desatando
indivíduos que viveram entre 11 mil usp/) desigualdade social
Crânio de Luzia (https://jornal.usp.br/artigo
e 9 mil anos atrás, cujos ossos (https://jorn
guiou linha de emergente-ludico-na-infanc
pesquisa de al.usp.br/arti alfabetizacao-desatando-n
foram escavados no Chile, no Brasil
e em Belize, com o chamado
laboratório da USP
(https://jornal.usp
gos/letrame
nto-
desigualdade-social/) 
25/08/2023
.br/atualidades/cr
“garoto de Anzick”. Trata-se de um anio-de-luzia- emergente- Por Idmea Semeghini-Siqueir
guiou-linha-de- ludico-na- da Faculdade de Educação d
esqueleto de cerca de 12.600 anos pesquisa-de-
laboratorio-da- infancia-e-
associado à chamada cultura usp/) alfabetizaca
Clóvis, conhecida pela produção de o-
desatando-
pontas de lanças e flechas muito
nos-da-
características, encontradas no desigualdade
Novo México, Estados Unidos. “Isso (https://jornal.usp i l/)

sugere uma expansão do povo que Parâmetros para a avaliaçã


.br/ciencias/cienc em unidades universitárias
espalhou a cultura Clóvis na ias- departamentos
América do Norte mais ao sul”, (https://jornal.usp.br/artigo
humanas/escavac (https://jorn
para-a-avaliacao-da-pesqui
explica Posth. oes-revelam-os- al.usp.br/arti unidades-universitarias-e-
gos/paramet departamentos/)
costumes-dos- ros-para-a- 24/08/2023
“Eles deixaram as pontas de lanças
habitantes-mais- avaliacao- Por Hamilton Varela, profess
para trás, mas seguiram da-pesquisa- de Química de São Carlos da
antigos-do-
massivamente para o sul do em-
brasil/)
continente, passando pela unidades-
Escavações
universitaria
Mesoamérica, chegando até Lagoa revelam os
costumes dos s-e-
Santa e alcançando a costa andina habitantes mais departament
antigos do Brasil os/)
no sul do Chile. Sem dúvida é uma (https://jornal.usp
das conclusões mais importantes .br/ciencias/cienci
as- Bernard Shaw e o dilema d
desse artigo”, completa André humanas/escavac na era da desinformação
oes-revelam-os- (https://jornal.usp.br/artigo
Strauss, professor do Museu de costumes-dos- shaw-e-o-dilema-da-ciencia
habitantes-mais- (https://jorn
Arqueologia e Etnologia (MAE) da desinformacao/)
antigos-do- al.usp.br/arti 24/08/2023
USP e coordenador da pesquisa no brasil/) gos/bernard- Por Antonio Carlos Martins d
Brasil. shaw-e-o- professor titular do Instituto
. dilema-da- Biomédicas da USP e ex-diret
ciencia-na- científico do Instituto Butanta
era-da-
[embedyt] https://www.youtube.com/watch? desinformac
v=gBI96LSsrgk[/embedyt] ao/)
.
Todos os Artigos
Dos 49 indivíduos cujo genoma foi analisado e (https://jornal.usp.br/editorias/artigos/)
comparado, dez vieram de sítios arqueológicos
brasileiros: sete tiveram os ossos encontrados na Lapa
\\ MAIS LIDAS
(https://jornal.usp.br/atualidades/
do Santo e três em sambaquis da faixa costeira do modismo-com-racas-de-cachorro-
Brasil. A afinidade genética deles com o indivíduo da gera-abandono-de-animais-e-
cultura Clóvis altera radicalmente a hipótese que inconveniencias-as-familias/)
Modismo com raças de cachorro gera abandono de
procura explicar de onde veio o povo de Luzia e por que
animais e inconveniências às famílias
ele desapareceu da região há aproximadamente 8 mil (https://jornal.usp.br/atualidades/modismo-com-
anos. racas-de-cachorro-gera-abandono-de-animais-e-
inconveniencias-as-familias/)

Ao estudar o crânio (https://jornal.usp.br/universidade


de Luzia no final da /usp-promove-palestra-gratuita-e-
aberta-ao-publico-com-vencedor-
década de 1980, o
do-premio-nobel-de-medicina/)
bioantropólogo USP promove palestra gratuita e aberta ao público
Walter Neves, com vencedor do Prêmio Nobel de Medicina
(https://jornal.usp.br/universidade/usp-promove-
professor
palestra-gratuita-e-aberta-ao-publico-com-
aposentado do vencedor-do-premio-nobel-de-medicina/)
Instituto de
(https://jornal.usp.br/campus-
Biociências da USP, ribeirao-preto/usp-oferece-curso-
propôs a hipótese on-line-e-gratuito-sobre-
neurociencias-para-professores-
dos dois O bioarqueólogo André Strauss
da-educacao-basica/) USP oferece curso on-line e
componentes coordenou o projeto de pesquisa no
gratuito sobre neurociências para professores da
Brasil – Foto: Reprodução / Canal USP
biológicos. educação básica (https://jornal.usp.br/campus-
ribeirao-preto/usp-oferece-curso-on-line-e-
Entendendo as
gratuito-sobre-neurociencias-para-professores-da-
características morfológicas do crânio como diferentes educacao-basica/)
das encontradas nos povos indígenas do nosso tempo,
(https://jornal.usp.br/atualidades/
Neves supôs que o povo de Luzia seria descendente de novas-regras-da-ans-buscam-
uma leva migratória vinda da Austrália e da Melanésia facilitar-a-vida-dos-usuarios-dos-
planos-de-saude/) Novas regras
há cerca de 14 mil anos. Seria, portanto, uma leva
da ANS buscam facilitar a vida dos usuários dos
distinta daquela que veio da Ásia 12 mil anos atrás pela planos de saúde
rota da Beríngia. A chegada dos beringianos teria (https://jornal.usp.br/atualidades/novas-regras-da-
ans-buscam-facilitar-a-vida-dos-usuarios-dos-
causado uma substituição da população com
planos-de-saude/)
características australo-melanésias, deixando apenas
vestígios dos habitantes originais.
(https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/nova- 
variante-da-covid-19-e-mais-contagiosa-mas-nao-
“Havia uma expectativa de que no DNA dos indivíduos apresenta-sinais-de-maior-
perigo/) Mais contagiosa, nova
de Lagoa Santa tivesse algum sinal de ancestralidade
variante da covid-19 apresenta
não ameríndia, mas isso não foi encontrado”, afirma riscos para os mais vulneráveis
Strauss. Outra pesquisadora que participou do projeto, a (https://jornal.usp.br/campus-ribeirao-preto/nova-
variante-da-covid-19-e-mais-contagiosa-mas-nao-
geneticista Tábita Hünemeier, docente do Instituto de
apresenta-sinais-de-maior-perigo/)
Biociências (IB) da USP, é ainda mais contundente. “(O
artigo) acaba com a ideia dos dois componentes
biológicos. Essa ideia de que havia um componente
australo-melanésio principal que tinha chegado antes e
povoado essa região e depois teriam chegado os
beringianos e dado origem aos amazônicos e andinos,
ela não existe. O que a gente vê é uma relação direta
entre o povo de Luzia e a cultura Clóvis”, afirma a
geneticista.
.

A população relacionada à cultura Clóvis desceu rumo ao Sul, mas


deixou os projéteis característicos para trás. Os arqueólogos
encontraram essas flechas no Novo México, nos EUA

..
DNA antigo e trocas genéticas

Os cientistas utilizam as análises de DNA para investigar


como se deu o povoamento humano nas Américas.
“Existe um debate ainda muito grande sobre quem
foram os primeiros americanos e como eles chegaram
aqui, e este estudo sugere que o processo de
colonização da América do Sul foi complexo e repleto de
eventos migratórios da América do Norte para a América
do Sul”, diz Mark Hubbe, do Departamento de
Antropologia da Ohio State University, nos Estados
Unidos. Ele colaborou com a interpretação dos dados
genéticos e também assina o artigo da Cell.

Para Tábita
Hünemeier, os
novos resultados
suportam a ideia de
que houve um
processo
microevolutivo que
ocorreu dentro do
continente. Além
disso, eles sugerem
A geneticista Tábita Hünemeier trabalha que aconteceram 
comparando DNA antigo com o genoma
substituições de
de povos indígenas atuais – Foto: populações. Esta
Reprodução/Canal USP
interpretação é
possível porque,
além das análises das amostras de DNA antigo, os
cientistas também fizeram comparações com amostras
do genoma de indígenas atuais. Lagoa Santa pode ter
sido um desses casos de substituição. “A população
atual que está aqui não é tão relacionada (com a
população antiga) quanto esperado”, afirma a
geneticista, apontando para a lacuna que persiste no
conhecimento científico sobre os milênios posteriores ao
tempo em que viveu o povo de Luzia.

No entanto, a própria docente do IB alerta que a


amostragem atual usada neste estudo foi muito
pequena. Para a população indígena brasileira mais
representativa, foram comparadas apenas amostras de
DNA de pessoas dos povos Suruí e Karitiana, que vivem
na região do Rio Madeira, em Rondônia. Ela diz que o
próximo passo em suas pesquisas será investigar a
dinâmica interna de formação da população nativa-
americana. “Parece que de 9 mil anos para cá veio uma
outra leva migratória e formou a população atual. Mas
talvez não seja assim. Talvez, preenchendo as lacunas,
seja um gradiente muito mais sutil”, comenta a
geneticista.

Dentre o pouco que sabemos sobre a história indígena


“profunda” das Américas – quem utiliza o termo é André
Strauss – agora é possível afirmar que todos os grupos
nativos-americanos estudados pelos geneticistas têm
ancestralidade beringiana. A microevolução se
encarregou de fazer com que os povos do sul dos
Estados Unidos, da América Central, dos Andes ou da
Amazônia transportassem genes diferentes para seus
descendentes. “Do meu ponto de vista, a contribuição
mais importante deste estudo é que ele mostra uma
grande diversidade biológica entre as populações sul-
americanas no passado”, afirma Hubbe, da Ohio State
University.
.


.. Debate científico

Outro artigo publicado nesta quinta-feira, porém na revista


Science
(http://science.sciencemag.org/content/early/2018/11/07/science.aav2621
/tab-pdf), corrobora a ancestralidade ameríndia do povo
de Luzia. André Strauss também assina o artigo e
explica que, no caso dessa segunda pesquisa, a análise
do genoma foi feita a partir dos ossos descobertos pelo
arqueólogo Peter Lund na caverna do Sumidouro,
também localizada em Lagoa Santa, no século 19. Este
material está no Museu de Copenhague, na Dinamarca.

Os principais achados da pesquisa da Science, que


sequenciou 15 genomas antigos extraídos de ossos
encontrados desde o Alasca até a Patagônia, são
evidências genéticas de que os primeiros ocupantes
humanos da América se dispersaram rapidamente pelo
continente e se diversificaram cedo, conforme migravam
para o sul. O resultado desta expansão teria sido uma
multiplicidade de migrações independentes e
geograficamente desiguais.

No entanto, esse trabalho não permite descartar


automaticamente a hipótese dos dois componentes
biológicos, já que os cientistas envolvidos no trabalho
encontraram um sinal da População Y – de origem
australasiana – em um dos indivíduos de Lagoa Santa
que teve o genoma sequenciado. Apesar de terem
identificado o sinal, os pesquisadores não trazem
elementos para explicar de onde – e de quem – ele
vem. “A gente simplesmente não sabe explicar a origem
desse sinal. Pode representar a existência de população

muito mais antiga no continente, tipo Serra da Capivara,
mas de todas as formas Lagoa Santa não seria essa
população”, diz Strauss.

Novos dados genéticos mudam a forma como imaginamos o povo


de Lagoa Santa. À esq., a nova reconstrução facial do povo de
Luzia, feita a partir do crânio de um homem sepultado na Lapa do
Santo. À dir., a reconstrução de Luzia, famosa por sua marcante
feição africana
.

Por outro lado, a comparação do genoma da caverna do


Sumidouro com outros indivíduos antigos mostrou que a
presença do sinal da População Y nada tem a ver com a
morfologia craniofacial de Luzia. A imagem popular que
se tem de Luzia é a da reconstrução facial produzida
pelo britânico Richard Neave nos anos 1990, com
marcada fisionomia africana, mas o que o artigo da
Science aponta é que as feições do povo de Lagoa
Santa eram uma expressão da diversidade ameríndia à
qual Mark Hubbe se referia, e não uma herança vinda
da Austrália ou da Melanésia.

Para além das publicações científicas, os novos dados


genéticos também permitiram criar um novo rosto para a
população antiga de Lagoa Santa. A proposta da
especialista em reconstrução forense Caroline
Wilkinson, da Liverpool John Moores University, na
Inglaterra, se baseia nas informações do artigo
publicado nesta quinta na Cell. A nova imagem foi criada
a partir do modelo digital retroformado de um crânio do
sítio arqueológico da Lapa do Santo e traz uma
fisionomia, espera-se, mais precisa dos primeiros
habitantes do Brasil.

Silvana Salles, com colaboração de Tabita Said.

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