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No município da cidade de Nampula

Membros da Renamo espancam polícia

e retiram-no a sua arma de fogo

Anuladas eleições na cidade

de Cuamba Pág. 3

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Política
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Inconformado pelos resultados eleitorais
Renamo em Nampula já interpôs recurso
contencioso no Tribunal Judicial
N
ampula (IKWELI) – O par-
tido Resistência Nacional
Moçambicana (Renamo)
continua inconformado
com os resultados do apuramen-
to intermédio divulgados pela
Comissão Distrital de Eleições
(CDE) de Nampula que dão vitória
a Frelimo, seu principal adversário
na votação autárquica do passado
dia 11 de Outubro corrente, por
isso interpôs no último domin-
go (15) o recurso de contencioso
eleitoral ao Tribunal Judicial da Ci-
dade de Nampula.
A Renamo considera-se justa vence-
dora da eleição autárquica de 11 de
outubro, para o município da cidade
de Nampula, com um total de 74070,
equivalente a 47,3% dos votos vali-
damente expressos na urna, contra
69269 votos obtidos pela Frelimo,
equivalente a 44,2%, com base no
apuramento paralelo, em 100% das
mesas.
No mesmo apuramento feito pela
Renamo, o MDM conseguiu 7861
votos (5%), CAD com 692, PDM 125,
ND com 1091, PAHUMO obteve 187,
Koxukhuro com 273 e AMUSI conse-
guiu 2984 (1,9%).
Por: Constantino Henriques
Entretanto, os resultados divulgados
pela Comissão Distrital de Eleições
de Nampula revelaram-se contrári-
os dos avançados pela Renamo,
pois, dão vitória ao partido Frelimo
com 82258 votos correspondente a
51,7%, a Renamo perde o escrutínio
com 65985 votos (41,5%), MDM com
6757 (6,7%), CAD com 246, PDM
com 94, ND com 847, PAHUMO com
139, Koxukhuro com 205, AMUSI
com 2356 (1,48%).
Para a Renamo, os resultados apre-
sentados pela CDE de Nampula não
espelham a verdade nem a vonta-
de manifestada pelos eleitores no
dia da votação, para além de que o
apuramento foi interrompido quan-
do faltavam processar 131 mesas.
Por essa razão, submeteu, no último
domingo (15) um recurso de conten-
cioso eleitoral junto do Tribunal Ju-
dicial de Nampula, bem como uma
reclamação na Comissão Distrital de
Eleições de Nampula pedindo a re-
posição da verdade, através da re-
contagem dos votos com base nos
editais e actas distribuídos aos par-
tidos políticos.
“Tranquilizar aos que votaram na Re-
namo, mesmo os membros do partido
IKWELI
Frelimo que votaram na Renamo es-
tão tranquilizados que agora viemos
dar entrada a uma reclamação. Para
além desta reclamação que esta-
mos a dar entrada aqui na Comissão
Distrital de Eleições, a repudiar os
supostos resultados que foram divul-
gados, queremos dizer também que o
Tribunal já recebeu o recurso que dá
a entender aos munícipes de que es-
tas eleições foram ganhas pela Rena-
mo”, disse Ossufo Ulane, mandatário
distrital da Renamo, em Nampula.
“Já remetemos aqui a planilha feita
pela Renamo, temos aqui flash que
comprova todas irregularidades
cometidas no ginásio da Escola Se-
cundária até na Comissão Distrital
de Eleições. Já remetemos editais e
actas das 68 assembleias de votos,
cá na cidade de Nampula. Então,
por via disso, nós acreditamos que a
Comissão Distrital de Eleições porque
são empregados da Frelimo, poderão
não dizer nada, mas temos fé de que
o Tribunal Judicial de Nampula vai
dar-nos uma resposta positiva e va-
mos tomar este lugar, na cidade de
Nampula com a governação da Ren-
amo”, acredita Ossufo Ulane.
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Anuladas eleições na cidade de Cuamba

C
uamba (IKWELI) – A se-
gunda secção do Tribu-
nal Judicial do distrito
de Cuamba, na província
do Niassa, decidiu por anular as
eleições naquela autarquia, dan-
do provimento a um recurso in-
terposto pelo partido Renamo que
alegava vícios que afectaram o re-
sultado final.
“Nesta conformidade, de harmonia
Por: Redação
com o exposto, o colectivo de juízes
da Segunda Secção do Tribunal Judi-
cial do Distrito de Cuamba, decidem
em dar provimento ao recurso inter-
posto por existir um vício que afecta o
resultado das eleições, e consequen-
temente declarar nulas as eleições
nos termos do nº 1, artigo 144 da Lei
14/2018 de 18 de Dezembro que al-
tera e republica a Lei nº 7/2018, de
3 de Agosto, atinente a Eleição dos
Titulares dos Órgãos das Autarquias
Locais”, lê-se na sentença da causa.
Igualmente, aquela instância entende
haver matérias criminais, por isso
“verificando-se a existência de ma-
terial criminal, ordeno a extração de
02 a 56, 490 a 498 volume IV, subme-
ta-se ao Ministério Público para o que
julgar conveniente, artigo 142 da Lei
nº 7/2018, de 3 de Agosto”.

Vulcan faz entrega histórica de artefactos

arqueológicos a UEM-FLCS

M
Por: Redação
aputo (IKWELI) – Com ológico das comunidades circun- e espera que mais projectos do géne-
vista a salvaguardar o vizinhas, vai ajudar na pesquisa e ro sejam desenvolvidos em conjunto.
património histórico, disseminação de artigos científicos. “De louvar ver instituições como es-
cultural e arqueológico “Essa é mais uma demonstração de tas, que promovem a produção de
das comunidades circunvizinhas que a Vulcan é uma operadora sus- conhecimento e reconhecem a im-
as operações, a Vulcan entregou, tentável, e que está comprometida portância da cultura arqueológica de
recentemente, 290 cacos cerâmi- com o respeito a cultura e a história um país e povo. Foi muito tempo de
cos encontrados na área de con- das comunidades locais e contribuir trabalho conjunto para classificarmos
cessão a Universidade Eduardo para a pesquisa científica”, explicou este material e poder vê-lo hoje aqui
Mondlane (UEM), especificamente Amudo. exposto, o que é motivo de orgulho
ao Museu de Arqueologia e Antro- Já o director da Faculdade de Let- para todos. Esperemos que seja o
pologia, da Faculdade de Letras e ras e Ciências Sociais da UEM, Prof. primeiro de muitos outros projectos
Ciências Sociais (FLCS), em Ma- Samuel Quive, agradeceu a parceria juntos”, disse Quive.
puto.
Para além dos cacos de cerâmica,
foram, igualmente, entregues mate-
riais para conservação e exposição
dos artefactos no Museu de Arque-
ologia e Antropologia da UEM, tais
como: prateleiras, travamentos, bas-
tidores, caixas de arrumação, ban-
ners, biombos e cacifes.
O momento de assinatura de Memo-
rado de Entendimento e entrega dos
artefactos contou com a presença
de alguns directores de faculdades,
docentes, alunos de diversos cursos,
bem como os representantes da Vul-
can.
Para falar sobre esta iniciativa, Luís
Amudo, supervisor de Relaciona-
mento com Comunidades, explicou
que o acto de salvaguarda do pat-
rimónio histórico, cultural e arque-

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“Os sistemas alimentares devem ser reformu-

lados para conter a fome e mitigar a crise cli-
mática”, diz PMA, no dia mundial da alimentação
Moçambique tem mais de 3,14 milhões de pessoas em situação de insegu-
rança alimentar severa

R
oma (IKWELI) – Para
avançar na luta contra a
fome, o mundo precisa
tornar as comunidades
em situação de risco menos vul-
neráveis aos choques climáti-
cos e outras emergências, afir-
ma o Programa Mundial para a
Alimentação das Nações Uni-
das (PMA).
“Se quisermos romper o ciclo in-
terminável de crise e resposta,
precisamos abordar as causas
da fome por meio de projetos de
longo prazo que protejam as co-
munidades dos impactos da crise
climática”, diz Volli Carucci, Chefe
de Resiliência e Sistemas Alimen-
tares do PMA.
Neste Dia Mundial da Alimen-
tação, cerca de 345 milhões de
pessoas enfrentam insegurança
alimentar aguda no mundo, e a
comunidade humanitária se es-
força para responder às neces-
sidades. Tornar as comunidades
vulneráveis mais resilientes para
reduzir as necessidades é tão im-
portante quanto responder às cri-
ses quando elas surgem. E os ex-
tremos climáticos estão entre as
Por: Redação
principais causas da fome global.
Tornar os sistemas alimentares
mais resilientes ao clima envolve
uma série de abordagens difer-
entes e investimento contínuo.
Moçambique tem mais de 3,14
milhões de pessoas em situação
de insegurança alimentar severa,
de acordo com dados publica-
dos pela Classificação Integrada
de Fase de Segurança Alimentar
(IPC), válidos até março deste
ano.
“Precisamos de mais investimen-
tos em programas que criem mei-
os de sustento resilientes para
que as pessoas resistam aos
impactos da crise climática e de
outros choques que enfrentamos
de forma cíclica”, afirma Antonella
D’Aprile, Diretora Nacional e Rep-
resentante do PMA em Moçam-
bique. “Ao mesmo tempo, nossos
programas devem proteger e re-
generar o ambiente para criarmos
um futuro mais sustentável e redu-
zir as emergências humanitárias a
longo prazo”.
Em Moçambique, o PMA imple-
menta programas que visam mel-
horar os sistemas alimentares
como um todo, ou seja, desde a
produção, processamento, dis-
tribuição até o consumo dos ali-
mentos. Mais de 100 mil pequenos
agricultores, em sua maioria mul-
heres, recebem treinamento em
agricultura resiliente ao clima, in-
formações climáticas, gestão de
perdas pós-colheita, processa-
mento de alimentos e ferramentas
de acesso aos mercados consum-
idores e microseguro climático. Na
região Norte, o PMA apoia com
treinamentos, insumos agrícolas
e de pesca mais 160 mil pessoas
afetadas pelo conflito.
O PMA, também, apoia o trabalho
de instituições nacionais como,
Instituto Nacional de Meteorolo-
gia (INAM) e o Instituto Nacional
de Gestão de Risco de Desastres
(INGD) no desenvolvimento e op-
eracionalização de sistemas de
aviso prévio ligados a implemen-
tação de ações antecipadas, que
podem ajudar as comunidades a
melhor protegerem-se dos impac-
tos causados por choques climáti-
cos.

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Nampula: Há cada vez mais adoles-
centes a consumirem álcool
N
ampula (IKWELI) – A
venda e o consumo de
bebidas alcoólicas por
menores de idade são
proibidos, por lei, na República
de Moçambique, mas nos bairros
periféricos da cidade de Nampula,
este fenômeno tem vindo a ganhar
vida.
A reportagem do Ikweli desceu para
a unidade residencial de Mukhuruwa,
no posto administrativo de Napipine,
onde deparamo-nos com crianças
consumindo álcool em bares e barra-
cas sem qualquer proibição.
Segundo notamos, a maioria são ad-
olescentes na casa dos 13 aos 15
anos de idade, os quais são aponta-
dos como tendo fraco desempenho
escolar como consequência desta
prática.
Naquela circunscrição, líderes reli-
giosos e comunitários não escondem
a sua preocupação com o fenômeno,
que a cada dia ganha novos segui-
dores, e acreditando que o futuro de-
stas crianças é mesmo abraçar práti-
cas criminais, de forma a alimentar
os seus vícios.
Nos vários bairros instalados naquela
unidade, o Ikweli observou em mais
de 3 deles adolescentes consumindo
bebidas alcoólicas à-vontade. Nota-
mos pouco mais de 3 unidades de
adolescentes em todos os bares e
barracas percorridos.
Tentamos entrevistar alguns desses
adolescentes, mas não quiseram,
apenas comentaram que “não podes
tratar minha vida, vais me entrevis-
tar porquê? Eu estou a viver a minha
vida em paz e saiba que da minha
vida cuido eu”.
João Baptista, secretário da unidade
Comunal de Namarrepo-B, disse que
IKWELI
Por: Malito João
na maioria das vezes, a iniciação do
fenómeno, por isso tem vindo a tra-
consumo do álcool começa dentro de balhar para que a situação mude.
casa, onde a criança é orientada pe-
“Na cultura macua é comum um adul-
los seus pais para ir comprar bebidas
to fazer provar uma criança a bebida
alcoólicas. alcoólica, sem noção dos prejuízos
“Seríamos nós os pais os primeiros futuros que podem causar aos meno-
a salvaguardar as nossas crianças. res. Nós, na igreja, mobilizamos as
Ora vejamos, existem pais que man- crianças depois do culto onde cria-
dam os seus filhos de 10 anos para ir
mos um espaço para falar sobre os
comprar cabanga [bebida tradicionalriscos do consumo do álcool antes
confeccionada com base em fare- de atingir a idade recomendada (18
lo de milho], sendo a criança curio-
anos)”, começa por dizer esta fonte,
sa, tenta provar”, começa por referir
convicta de que “podes crer, a maio-
o líder Baptista, prosseguindo que ria dessas crianças que bebe e anda
“como é algo que quando ele con- a prostituir-se os pais não rezam, e
sume deixa-o animado, repeti muitasnão se interessam com a vida dos
vezes, até outras crianças iniciam a
seus filhos é isso que eu vejo”.
fazer maldade de roubo de farinha Este nosso interlocutor está ciente
de milho nas suas casas para trocarque a igreja tem um papel fundamen-
com bebidas e quando tem uma ami- tal para a manutenção da moral na
go com um comportamento desvi- sociedade, por isso mesmo o esforço
ante, os nossos filhos, quer homensdo seu grupo de oração é de alargar
como mulheres, vão seguir para as bases de diálogo na sua comuni-
simplesmente sustentarem os seus dade para combater o fenómeno.
vícios”. O psicólogo Aristides Rodrigues ano-
O chefe do quarteirão 7, na unidadeta vários factores que concorrem para
comunal de Namarrepo – B, Jumi- crianças se envolvam com o álcool,
to Miranda, também, tem a mesma mas também diz-se preocupado com
opinião e ainda diz ser vergonhoso a tendência crescente da prática.
ver crianças nas barracas, numa al-Para esta fonte, um dos factores é
tura em que deviam estar a dormir que os adultos consomem álcool di-
para garantir o seu crescimento har-
ante de crianças e elas tendem a
monioso. “Isso me preocupa muito, imitar. “Outra questão é o complexo
eu como secretário dessa zona. Os de superioridade, onde os menores
pais estão com braços cruzados, tentam supera-lo com o consumo do
não sei o que está acontecendo com álcool”, acreditando que “quem toma
essa camada social”, anotou. álcool é considerado pessoa adulta
no seio da humanidade”.
Rodrigues avança que os líderes
O que diz a igreja? comunitários devem fazer cumprir,
escrupulosamente, a lei sobre a proi-
Santos Mariano, líder do grupo de bição da venda de bebidas alcoólicas
oração São Tiago, pertencente a a menores, denunciando os locais
Paróquia de São Pedro de Napipine, que fomentam esta prática.
também, mostra preocupação com o
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No município da cidade de Nampula

Membros da Renamo espancam polícia

e retiram-no a sua arma de fogo Por: Nelsa Momade

N
ampula (IKWELI) – A
Polícia da República de
Moçambique (PRM), em
Nampula, diz que um
dos seus agentes foi brutalmente
agredido fisicamente e a sua arma
de fogo retirada por membros do
partido Renamo no último domin-
go (15), quando este grupo políti-
ca saudava os munícipes locais
por ter votado nele.
Zacarias Nacute, porta-voz da cor-
poração em Nampula, assegura que
neste momento decorre a instau-
ração de um processo criminal con-
tra membros da Renamo, encabeça-
dos pela delegada política provincial,
Abiba Abá.
“Nas últimas 24h, o partido RENA-
MO solicitou autorização para man-
ifestação a nível dos municípios de
Mossuril e da cidade de Nampula, no
entanto, estás marchas decorreram
sem sobressaltos até que no proces-
so de comício á nível da cidade de
Nampula, estes membros da REN-
AMO, de forma repetida, voltaram
a agredir um agente da PRM e re-
tiraram-lhe a arma”, contou Nacute,
explicando que “este agente da polí-
cia estava a trabalhar a civil devida-
mente escalado, no entanto, de for-
ma recorrente, como fiz menção, os
simpatizantes do partido Renamo, a
mando da delegada, acabaram por
agredir fisicamente o nosso mem-
bro que ficou gravemente ferido e
foi retirado do local inconsciente, dai
que rogamos pela bondade de Deus
e sapiência dos médicos para que
este nosso colega possa sair desta
situação que neste momento se en-
contra em vida, queremos de forma
reiterada condenar este acto de mo-
lestar sempre que se cruzam com os
agentes da PRM em serviço a pais-
ana”.
Nacute afiança que “voltamos a reit-
erar e pedimos a população que se
abstinha desses casos e manifes-
tações violentas, porque há mecanis-
mos próprios para fazer qualquer tipo
de reclamação. A autorização para
realização de manifestações, assim
como fez o partido RENAMO que
pediu autorização e foi lhe concedi-
da para se manifestar, embora que
durante o comício acabaram come-
tendo um acto criminal agredindo um
membro da polícia”.
O porta-voz garante que “já temos a
situação da ordem pública restabele-
cida e iremos continuar com os nos-
sos membros da PRM em todo o ter-
ritório para garantir que a ordem não
seja beliscada e os nossos cidadãos
em todos municípios possam circular
de forma tranquila e sem nenhuma
perturbação”.
Em relação a arma levada pelos
membros da Renamo, Nacute garan-
te que após diligências, a corporação
recuperou-a.
“Não houve condições para deter
ninguém devido a aglutinação de
pessoas que estavam no local, mas
acreditamos na força da justiça e se-
gundo o processo que está a decorrer
iremos aguardar que os outros órgãos
de administração da justiça possam
fazer valer isso e condenar, de forma
exemplar, os indivíduos que come-
teram estes actos de vandalismos”,
frisou o nosso interlocutor, concluin-
do que em consequência de práticas
criminais registadas durante o dia da
votação, pelo menos, 6 casos foram
registados, que concorreram na de-
tenção de 15 indivíduos.

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Mulheres rurais ressentem-se da falta
de apoio agrícola em Nampula
N
ampula (IKWELI) – Cele-
brou-se no último do-
mingo (15) o dia Interna-
cional da Mulher rural,
numa altura em que as mulheres
da província mais populosa de
Moçambique, Nampula, ressent-
em-se da falta de apoio financeiro
e material para dar vida as activ-
idades desenvolvidas no campo
da agricultura, naquele ponto do
país.
Em entrevista ao Ikweli, a Coorde-
nadora provincial da Associação das
Mulheres Rurais de Nampula, Ca-
tarina Gaspar Paulo, afirmou que a
agremiação que dirige enfrenta vári-
os desafios ligados ao transporte,
equipamentos de trabalho, como
enxadas, catanas, ancinhos, assim
como sementes para produção de
alimentos.
Mas também, a fonte disse que um
outro desafio que as mesmas en-
frentam tem a ver com a falta de
clientes para comprar os produtos,
situação que as obriga a vender ao
preço proposto pelo comprador.
“Por vezes nós conseguimos os pro-
dutos, mas não temos comprador, o
que faz com quem apodreçam dentro
de casa ou do nosso centro e, como
Por: Ângela da Fonseca
não temos comprador é o mesmo
que nos fala o preço. Por exemplo,
se vendemos algo a 300,00Mt (trez-
entos meticais) ele vem e diz que só
pode pagar 100,00Mt (cem meticais),
isso nos limita, primeiro porque não
temos como devolver lá onde nós
tiramos e para não se estragar aca-
bamos despachando sem o preço
que nós queríamos. Esse é um dos
desafios que a mulher rural enfren-
ta e é o nosso grande sentimento”,
lamentou.
De acordo com esta nossa fonte, a
associação conta com um universo
de 6300 mulheres, espalhadas em
oito distritos da província, nomeada-
mente, Tchaiane no distrito de Nam-
pula, Murrupula, Mecubúri, Naca-
la-à-Velha, Ribáuè, Rapale, Angoche
e Moma respectivamente.
Apesar dos desafios, a fonte afirmou
que as mulheres rurais de Nampula
conseguem gerar uma renda para o
seu autossustento e dos seus famil-
iares, como por exemplo mandar os
filhos a escola.
“Apesar de estarmos a sofrer nes-
ta parte financeira, as mulheres ru-
rais cada uma delas consegue, pelo
menos, por ano, tirar a quota que é
de 120,00Mt (cento e vinte meticais)
IKWELI
e quando vendemos o nosso produto
conseguimos um pouco de dinheiro e
quando chega 15 de outubro tiramos
um pouco para a nossa festa e o out-
ro conseguimos para o sustento dos
nossos filhos”, disse.
Durante a entrevista, Catarina Gas-
par Paulo pediu mais valorização das
mulheres rurais, justificando que a
data é pouco conhecida e muitas vez-
es as organizações só se fazem sentir
quando chega o dia, acrescentando
ainda que, a associação tem apenas
recebido instituições para formá-las.
“Queremos que o governo, a popu-
lação assim como organizações da
sociedade civil olhem para nós e nos
deem a mão, pedimos mais apoio fi-
nanceiro e projectos, muitas vezes só
aparecem organizações para nos for-
mar, o que é bom pois ajuda no em-
poderamento da mulher, mas suplica-
mos por apoio”.
A fonte acrescentou ainda que a mul-
her rural tem vindo a produzir pro-
dutos que ajudam na luta contra a
desnutrição crónica que vem assolan-
do a província nos últimos anos.
“As mulheres têm produzido muitos
produtos como o milho, amendoim,
batata-doce e a mapira e com isso
conseguimos fazer papas enriquec-
idas e aí ajudamos as pessoas com
desnutrição crónica, não olhamos so-
mente para as crianças, mas também
para aquelas mulheres vulneráveis”,
revelou.
Importa referir que o dia Internacio-
nal da Mulher Rural é celebrado an-
ualmente a 15 de Outubro. Trata-se
de uma data instituída pela Organi-
zação das Nações Unidas em 1995,
a sua criação tem em vista elevar a
consciência mundial sobre o papel
da mulher do campo. Para o pre-
sente ano, a data é comemorada sob
o lema, “Mulheres Rurais Cultivando
Boa Alimentação para Todos”.
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Nampula: Assaltantes saqueiam saco de

dinheiro na entrada do Standard Bank
Por: Malito João

N
ampula (IKWELI) – Três
(3) indivíduos, fortemente
armados, assaltaram a
um agente de segurança
privada (G4S) e saquearam uma
sacola que continha dinheiro na
manha desta segunda-feira (16)
quando o mesmo queria entrar
para um balcão do banco Stan-
dard Bank, ao longo da avenida
Eduardo Mondlane (próximo ao
museu nacional de Etnologia), na
cidade de Nampula.
Até ao fecho desta matéria não se
sabia ao certo quanto dinheiro os
meliantes se apoderaram, mas o cer-
to é que o mesmo vinha num carro
de transporte de valores, serviço op-
erado por esta entidade privada de
segurança.
Igualmente, apuramos que os assal-
tantes faziam-se transportar numa
viatura do tipo Toyota, modelo Ractis.
“Essas pessoas que roubaram din-
heiro eram três, juntamente com o
motorista, depois que chegaram dis-
pararam para baixo enquanto o outro
tentava arrancar o saco de dinheiro,
mas não foi fácil porque o gerente
da segurança fez de tudo para es-
capar do assalto, mas foi sem suces-
so, porque esses bandidos estavam
a atirar arma sempre para antecipar
a morte daquele segurança e depois
acabaram levando o dinheiro e fugi-
ram. É assim como aconteceu”, disse
um jovem que assistiu o assalto.
Até a retirada da nossa equipa de
reportagem nem a polícia, nem o
Serviço Nacional de Investigação
Criminal (SERNIC) e nem a direcção
do banco tinham se pronunciado a
propósito.

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