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PLANTA DANINHA
TAKANO, HK Goosegrass resistente ao glifosato no Brasil 151103-PD-2016 (9
páginas) PROVA GRÁFICA
1

SOCIEDADE BRASILEIRA DA
CIÊNCIA DAS PLANTAS DANINHAS ISSN 0100-8358 (impresso)
<http://www.sbcpd.org> 1806-9681 (online)

Artigo GROSSE RESISTENTE AO GLIFOSATO NO BRASIL

Capim-Pé-de-Galinha Resistente ao Glyphosate no Brasil

TAKANO, HK1* RESUMO - Vários casos de resistência a herbicidas em capim-de-galinha têm sido confirmados em todo
o mundo. Relatos de falhas de controle após aplicação de glyphosate têm sido observados, principalmente
OLIVEIRA JR., RS1
na região Centro-Oeste do Paraná. O objetivo deste estudo foi avaliar a existência de populações de
CONSTANTIN, J.1 capim-capim resistentes ao glifosato. Para isso, 25 populações coletadas em duas safras consecutivas
BRAZ, GBP1 (2013/2014 e 2014/2015) foram semeadas e cultivadas em casa de vegetação. Experimentos de curva
dose-resposta de glifosato foram realizados nas doses de 0, 60, 120, 240, 480, 960, 1.920, 3.840, 7.680
GHENO, EA1
e 15.360 g ea ha-1. As etapas de aplicação foram de dois a três perfilhos (E1) para as populações de
2013/2014 e E1 e de cinco a seis perfilhos (E2) para as populações de 2014/2015. Além disso, três das
populações supostamente consideradas resistentes nestes experimentos (populações 7, 19 e 25) tiveram
sua F1 submetida ao teste dose-resposta de herbicida para verificar se a resistência era hereditária.
Com os resultados obtidos neste estudo, concluiu-se que as populações 19 e 25, de Campo Mourão e
Luziânia (Centro-Oeste do Paraná) são os primeiros casos confirmados de capim-capim resistente ao
glifosato no Brasil (RF = 3,99 a 6,81), seguindo todos os critérios para confirmação de nova resistência
de plantas daninhas

casos.

Palavras-chave: Eleusine indica, dose-resposta, tempo de aplicação, fator de resistência.

RESUMO - Diversos casos de resistência de capim-pé-de-galinha têm sido relatados mundialmente.


Relatos de falhas de controle pela aplicação de glifosato têm sido cada vez mais frequentes,
especialmente na região Centro-Oeste do Paraná. O objetivo deste trabalho foi avaliar a existência de
possibilidades de capim-pé-de-galinha resistentes ao glifosato. Para isso, 25 coletadas coletadas em
duas safras consecutivas (2013/2014 e 2014/2015) foram semeadas e cultivadas em casa de vegetação.
Experimentos de curva de dose-resposta de glyphosate foram realizados utilizando-se as doses de 0,
60, 120, 240, 480, 960, 1.920, 3.840, 7.680 e 15.360 g ea ha-1 . O estádio de aplicação foi de dois a três
perfilhos (E1) para os elegíveis de 2013/2014 e E1 e cinco a seis perfilhos (E2) para os elegíveis de
2014/2015. Além disso, três das pessoas que pareciam acreditaram resistentes nesses experimentos
(populações 7, 19 e 25) tiveram suas gerações F1 experimentaram ao ensaio de dose-resposta do
herbicida, buscando verificar se a resistência era herdável. A partir dos resultados obtidos neste trabalho,
conclui-se que as populações 19 e 25, oriundas de Campo Mourão e Luziânia (Centro Oeste do Estado
do Paraná), constituem o primeiro relato de capim pé-de-galinha resistente ao glifosato no Brasil (RF =
3,99-6,81), atendendo a todos os critérios para confirmação de novos casos de resistência.

* Autor correspondente:
<hudsontakano@gmail.com>

Recebido: 27 de abril de 2016


Aprovado: 30 de maio de 2016 Palavras-chave: Eleusine indica, dose-resposta, estádio de aplicação, fator de resistência.

Planta Daninha 2017; v35:e017163071

1 Universidade Estadual de Maringá, Maringá-PR, Brasil.

Doi: 10.1590/S0100-83582017350100013

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INTRODUÇÃO

A resistência de plantas daninhas a herbicidas é um dos principais desafios na agricultura mundial, principalmente
nos últimos anos com o número de casos de espécies resistentes a herbicidas aumentando substancialmente. Existem
atualmente 41 casos de plantas daninhas resistentes a herbicida no Brasil, das quais sete espécies são resistentes ao
glifosato, a saber, Lolium perenne ssp. multiflorum, Conyza bonariensis, C. canadensis, C. sumatrensis, Digitaria insularis,
Chloris elata e Amaranthus palmeri (Carvalho et al., 2011; Heap, 2016).

Para que uma população de uma determinada planta daninha seja considerada um novo caso de resistência, ela
deve atender aos seguintes critérios: 1. Sobreviver e reproduzir-se em uma dose de herbicida normalmente letal para a
população silvestre; 2. Confirmação com resultados obtidos por meio de protocolos baseados na ciência; 3. A resistência
deve ser herdável para as gerações subseqüentes; 4. O problema deve ter um impacto prático no campo; 5. Identificação
botânica da espécie da erva daninha em questão (Heap, 2005; Cristoffoleti e Lopez-Ovejero, 2008).

O capim-ganso é considerado uma das ervas daninhas mais problemáticas, sendo encontrado em diversas regiões
do mundo. Apresenta rápido crescimento, autogamia, ciclo C4 e alta produção de sementes (mais de 120.000 planta-1),
que são disseminadas pelo vento (Kissmann e Groth, 1997; Mueller et al., 2011; Takano et al., 2016). .

O primeiro relato de resistência ao glifosato em capim-ganso ocorreu em pomares na Malásia em 1997 (Lee e Ngim,
2000). Posteriormente, populações resistentes foram encontradas em diferentes continentes ao redor do mundo (Yuan et
al., 2005; Kaundun et al, 2008; Mueller et al, 2011; Molin et al., 2013; Heap, 2016). Além da resistência ao glifosato,
algumas populações de capim-ganso podem apresentar resistência a até quatro mecanismos de ação simultaneamente
(EPSPS, ACCase, Fotossistema I e GS-GOGAT) (Jalaludin et al., 2014).

Embora não haja população de capim-capim resistente ao glifosato no Brasil, populações com baixos níveis de
resistência foram detectadas no Rio Grande do Sul (Vargas et al., 2013). Embora seja importante para a comunidade
científica, esse tipo de resistência tem baixo impacto prático no campo, já que a dose recomendada costuma ser letal para
essas populações.
No entanto, vários técnicos e produtores da região Centro-Oeste do Paraná têm visto plantas de capim-capim sobreviverem
à aplicação de glifosato em suas lavouras.

Considerando este contexto, o objetivo deste estudo foi avaliar a existência de capim-de-galinha
populações resistentes ao glifosato no Brasil.

MATERIAL E MÉTODOS

Sementes de capim-capim foram coletadas nas safras 2013/2014 e 2014/2015 em áreas com histórico de aplicação
de glyphosate e cultivadas no sistema sucessão soja/milho, em que o cultivo da soja, em todos os casos, foi de cultivares
resistentes ao glyphosate. Nessas áreas, a coleta foi feita em pelo menos 20 plantas aleatórias não controladas pela
aplicação de glyphosate na pós-emergência da soja, formando um maciço.

Na safra 2013/2014, as coletas foram realizadas em 13 localidades nos estados do Paraná, Santa Catarina e Goiás.
No mesmo período, uma população suscetível bem conhecida foi coletada e utilizada como padrão. Em função dos
resultados obtidos no primeiro ano, na safra 2014/2015, a coleta foi realizada apenas no estado do Paraná, em 12
localidades. Cada localidade foi considerada uma população distinta de capim-capim-de-galinha e o período de coleta foi
durante os meses de janeiro e fevereiro de 2014 e 2015 (Tabela 1). Plantas em estádio reprodutivo e representativas de
cada população foram devidamente identificadas no Herbário da Universidade Estadual de Maringá (HUEM).

Para confirmar a resistência no protocolo baseado na ciência, três experimentos foram conduzidos.
O experimento 1 foi feito para 14 populações de 2013/2014, o experimento 2 para 13 populações de 2014/2015, e o
experimento 3, para a geração F1 das populações 7, 19 e 25. Todos os experimentos foram conduzidos de forma
inteiramente casualizada delineando. Os experimentos 1 e 3 foram arranjados em esquema fatorial duplo, sendo o
primeiro fator composto por diferentes populações e o segundo fator por 10 doses de glifosato (0, 60, 120, 240, 480, 960,
1.920,

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Tabela 1 - Coordenadas geográficas dos diferentes locais de coleta das populações de Eleusine indica nas temporadas 2013/2014
e 2014/2015

População Temporada Coordenadas Cidade Estado

suscetível 2014 S 23o 19'35'' W 52o 00'05'' Mandaguaçu relações públicas

1 2014 S 24o 27'24'' W 54o 16'16'' Rondon relações públicas

2 2014 S 24o 20'42'' W 53o 24'57'' Jesuítas relações públicas

3 2014 S 23o 51'10'' W 52o 11'29'' quinta do sol relações públicas

4 2014 S 24o 13'25'' W 52º 27'56'' Goioerê relações públicas

5 2014 S 24o 20'34'' W 52o 33'25'' Mamborê relações públicas

6 2014 S 23o 19'11'' W 51o 18'54'' Rolândia relações públicas

7 2014 S 24o 46'32'' W 51o 45'42'' Pitanga relações públicas

8 2014 S 18o 46'37'' W 52o 37'02'' Chapadão do Céu IR

9 2014 S 26o 23'22'' W 52o 48'45'' São Lourenço do Oeste SC

10 2014 S 24o 12'59'' W 52o 57'46'' Campo Mourão relações públicas

11 2014 S 24o 18'39'' W 52o 43'16'' Juranda relações públicas

12 2014 S 24o 12'46'' W 52o 48'32'' Boa Esperança relações públicas

13 2014 S 24o 06'27'' W 52o 51'25'' Campo Mourão relações públicas

14 2015 S 24o 04'11'' W 52o 52'51'' Moreira Sales relações públicas

15 2015 S 24o 13'44'' W 52o 50'53'' Goioerê relações públicas

16 2015 S 24o 14'06'' W 52o 52'22'' Boa Esperança relações públicas

17 2015 S 24o 01'52'' W 52o 49'27'' Janiópolis relações públicas

18 2015 S 24o 02'27'' W 52o 52'33'' Janiópolis relações públicas

19 2015 S 24o 09'29'' W 52o 29'04'' Campo Mourão relações públicas

20 2015 S 24o 07'12'' W 53o 13'37'' Mariluz relações públicas

21 2015 S 24o 01'52'' W 52o 49'07'' Janiópolis relações públicas

22 2015 S 24o 02'42'' W 52o 27'55'' Campo Mourão relações públicas

23 2015 S 24o 08'19'' W 52o 28'50'' Campo Mourão relações públicas

24 2015 S 24o 13'51'' W 52o 52'31'' rancho alegre relações públicas

25 2015 S 24o 13'09'' W 52o 18'05'' Luziânia relações públicas

3.840, 7.680 e 15.360 g ea ha-1). Já o experimento 2 foi disposto em esquema fatorial triplo tendo seu primeiro fator
composto por diferentes populações, o segundo fator pelas mesmas 10 doses de glyphosate e o terceiro fator por dois
estágios de desenvolvimento.

Em todos os experimentos, as unidades experimentais foram compostas por potes de 1 dm3, os quais foram
preenchidos com terra até a metade apresentando valores de pH em água de 5,9; 11,89 g dm-3 de C; 720 g kg-1 de areia;
20 g kg-1 de silte e 260 g kg-1 de argila. Acima dessa camada de solo, as unidades experimentais foram preenchidas
com substrato de fibra de coco, visando evitar o surgimento de possíveis sementes de plantas daninhas presentes no solo
utilizado.

Trinta sementes de cada população foram semeadas por vaso e após a emergência foi realizado um desbaste,
mantendo-se três mudas por unidade experimental. Para as populações de 2013/2014, o estádio das plantas no momento
da aplicação foi de dois a três perfilhos por planta, com duas a três folhas por perfilho e 5-8 cm (E1). Já para as populações
2014/2015, além da E1, também foram avaliadas plantas no estádio de 5-6 perfilhos e 15 cm. As plantas sobreviventes
das populações 7, 19 e 25 foram cultivadas separadamente e suas sementes foram coletadas para formar suas gerações
F1.

As aplicações foram feitas por meio de pulverização de CO2 pressurizado, equipada com uma barra de 1,5 m de
comprimento contendo três pontas de pulverização tipo AI 110.02 (0,5 m entre as pontas), com pressão de 2,5 kgf cm- ²,
proporcionando um volume de aplicação equivalente a 200 L ha-1 . As candidaturas decorreram sempre no
manhã em condições meteorológicas adequadas.

A dose de registro recomendada de glyphosate para controle de capim-capim varia entre 720 e 1.200 g ea ha-1 em
mais de 80% das marcas desse herbicida (Brasil, 2015), faixa de dosagem normalmente utilizada pela maioria dos
produtores da região. Além disso, várias literaturas

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estudos relatam que a aplicação de 840 g ea ha-1 de glifosato proporciona controle de capim-capim acima de 96%
(Corbett et al., 2004; Thomas et al., 2006; Clewis et al., 2006). Portanto, o valor médio recomendado foi considerado como
dose de referência para a formação da curva dose-resposta (960 g ha-1).

Foi avaliada a porcentagem de controle (escala visual de 0 a 100%) aos 28 DAA, onde 0% representa ausência de
dano e 100% representa a morte da planta. Ao final desse período, determinamos também a massa seca da parte aérea,
coletando a parte aérea da planta que sobreviveu à aplicação e posterior secagem em casa de vegetação a 65 oC por 72
horas.

Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão, ajustados ao método não linear logístico
modelo de regressão proposto por Streibig (1988):

onde: y é o controle percentual ou a massa seca da parte aérea; x é a dose do herbicida (g ea ha-1); e a, b e c são os
parâmetros estimados da equação, de modo que: a é a amplitude existente entre o ponto máximo e mínimo da variável; b
é a dose que promove uma resposta de 50% da variável ec é a declividade da curva em torno de b.

Um dos termos que integram a equação do modelo logístico (b) é uma estimativa de C50 ou GR50, que representam
a dose de herbicida necessária para o controle ou redução da massa seca da planta em 50% (Christoffoleti 2002). Embora
um dos parâmetros do modelo logístico seja uma estimativa do valor de C50, optou-se também por realizar seu cálculo
matemático por equação inversa, conforme discussão proposta por Carvalho et al. (2005).

Além dos valores de C50 ou GR50 , também foram obtidos os valores de C80 e GR80, por meio da equação inversa.
A estimativa desses valores é importante do ponto de vista prático, pois é a dose necessária para atingir níveis mínimos
de controle considerados aceitáveis no campo.
Com base nos valores de C50 e GR50, calculamos o fator de resistência (RF = C50 ou GR50 da população supostamente
resistente/C50 ou GR50 da população suscetível) para as populações resistentes. O fator de resistência expressa o
número de vezes em que a dose necessária para controlar 50% da população resistente é superior à dose que controla
50% da população suscetível (Hall et al., 1998).

RESULTADOS E DISCUSSÃO

As plantas de capim-capim tiveram suas espécies identificadas como Eleusine indica (Linn.) Gaertn, Poaceae
família (número do protocolo: HUEM 30031).

A análise de variância dos dados mostrou que houve significância para as fontes de variação, bem como a interação
entre populações e doses. Houve um ajuste adequado do modelo aos dados de controle e massa seca da parte aérea,
definindo os parâmetros a, b e c da equação log-logística. Os valores de R2 ficaram próximos de 1, indicando ajuste
adequado do modelo aos dados observados. A partir dos modelos ajustados, foi possível calcular, para os dados de
controle e massa seca da parte aérea, as doses necessárias para controlar 50% e 80% de cada população testada.

Para a variável controle na safra 2013/2014, com exceção da população 8, todas as populações apresentaram
FR>1,0 (Tabela 2). Porém, na maioria delas, a dosagem de glyphosate necessária para o controle ou redução da massa
seca foi 80% menor que a dose recomendada para o controle da espécie. Por outro lado, as populações 5 e 7
apresentaram C80 de 1.217,73 e 1.443,01 g ea ha-1 e GR80 de 1.102,74 e 1.248,20, respectivamente, superior à dose
média recomendada para a espécie. Nesses casos em que a dose preconizada não proporcionou controle satisfatório, o
FR variou entre 4,16 e 7,99. Para a população suscetível, a massa seca da parte aérea foi reduzida em 80% com 172,18
g ea ha-1 de glyphosate.

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Tabela 2 - Doses estimadas de glyphosate para controle e redução da massa seca da parte aérea em 505 e 80% e seus fatores de
resistência para diferentes populações de Eleusine indica no estádio de dois a três perfilhos (E1) (safra 2013/2014)

C50 C80 RF50 GR50 (g ea ha-1) GR80 RF50


População

100,45 150,78 - 100,97 172.18 -


Suscetível 1
194,94 284,24 1,94 152,39 353,92 1.51
2 278,15 389.06 2,77 110,99 235,05 1.10
3 154.12 212,92 1.53 99,74 216,45 0,99
4 162,26 249,62 1.62 133.23 322,51 1.32
5 604,72 1217,73 6.02 420,34 1102,74 4.16
6 117.08 164,61 1.17 61.05 118,89 0,60
7 802.43 1443.01 7,99 726,13 1248,20 7.19
8 88,32 140,71 0,88 59,62 122,28 0,59
9 248,35 393,99 2.47 225.16 348,26 2.23
10 276.01 402.30 2,75 81.31 260,33 0,81
11 105.11 142,72 1.05 61,59 114,68 0,61
12 313,98 479,52 3.12 167,25 375,21 1,66
13 179,71 258.01 1,79 103,38 168,22 1.02

C50 ou C80: Dose necessária para controlar a população em 50% e 80%; GR50 ou GR80: Dose necessária para reduzir a massa seca da parte
aérea da população em 50% e 80%; FR50: fator de resistência (C50 ou GR50 da população resistente/C50 ou GR50 da população suscetível.

Na safra 2014/2015, para a primeira etapa (E1), com base nos resultados de C50 e GR50, todas as populações
apresentaram FR>1,0 (Tabela 3). Os valores de C80 e GR80 foram superiores à dose recomendada apenas para o
populações 19 e 25. No caso da população 19, o valor de GR80 (1.653,49 g ea ha-1) foi superior à maior dose
recomendada já registrada para o controle do capim-capim (1.620 g ea ha-1).

Os resultados obtidos para a população de 2015 que recebeu aplicação no estádio E2 mostraram menor
suscetibilidade ao glifosato em todas as populações em relação ao estádio E1 (Tabela 4). Com exceção das populações
23 e 24, os valores de C80 e GR80 de todas as populações foram superiores a 960 g e ha 1. Isso mostra a importância
do estádio das plantas no momento da aplicação, o que pode estar colaborando com falhas de aplicação observadas em
o campo.

Aplicações de glyphosate em capim-ganso em estágio inicial de desenvolvimento (E1) costumam implicar em maior
eficácia, por ser o momento de maior suscetibilidade dessas plantas aos herbicidas (Ulguim et al., 2013). Uma das
características do capim-capim é sua rápida capacidade de perfilhamento, pois o estádio de 2-3 perfilhos e 5-6 perfilhos
pode ser alcançado aos nove e vinte e quatro dias após a emergência (DAE), respectivamente (Takano et al., 2016). O
rápido crescimento dessa espécie sugere que, por questões operacionais, nem sempre as aplicações em campo podem
ser realizadas em estádio adequado para seu controle.

No entanto, todas as populações tiveram C50 ou GR50 mais alto do que a população suscetível.
As populações 17, 19 e 25 apresentaram valores de C80 e GR80 superiores à dose máxima recomendada de glyphosate
para controle de capim-capim-de-galinha, enquanto a população suscetível foi controlada em 80% com 478,18 g ea ha-1
de glyphosate. Os fatores de resistência nessas três populações variaram de 3,69 a 5,37.

Os resultados obtidos para a geração F1 das populações 7, 19 e 25 mostraram que a resistência foi herdada apenas
nas populações da safra 2014/2015 (19 e 25) (Tabela 5). No caso da população 7 (safra 2013/2014), o FR>1,0, porém os
valores de C80 e GR80 ficaram abaixo da dose recomendada (653,27 e 647,27 g ea ha-1, respectivamente) não
atendendo, a esta população, os critérios de herdabilidade da resistência. Por outro lado, os valores desses parâmetros
foram superiores a 1.200 g ea ha-1 para as populações 19 e 25 e os fatores de resistência variaram de 3,99 a 6,81,
atendendo aos critérios de herdabilidade dessas populações.

A população de capim-ganso do Rio Grande do Sul, caracterizada como de baixo nível de resistência ao glifosato,
apresentou fator de resistência de 1,52 (Vargas et al., 2013). Quanto aos fatores de resistência

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obtidos para as populações 19 e 25 neste estudo (RF = 3,99 a 6,81) são mais semelhantes aos relatos de capim-galinha
resistente ao glifosato no Tennessee, EUA (RF = 3,1 a 7,4) (Mueller et al., 2011) e na Malásia (RF = 8 a 12) (Lee e Ngim,
2000).

Os resultados obtidos neste estudo mostram que as populações 19 e 25 atendem a todos os critérios estabelecidos
para a confirmação de um caso de resistência por Heap (2005). Critério 1: as plantas dessas populações sobreviveram e
se reproduziram após a exposição a uma dose de herbicida que era letal para a população suscetível; Critério 2: os
fatores de resistência foram maiores que um

Tabela 3 - Doses estimadas de glyphosate para controle e redução da massa seca da parte aérea em 50% e 80% e seus respectivos
fatores de resistência para diferentes populações de Eleusine indica para aplicações realizadas no estádio de dois a três perfilhos
(E1) (safra 2014 /2015)

C50 C80 RF50 GR50 GR80 RF50


População
(g ea ha-1)
Suscetível 113.26 204.39 - 101,14 240,22 -
14 299,43 504,80 2.64 178,45 387,66 1,76
15 273,31 419,75 2.41 155,58 341,76 1.54
16 397,20 797,43 3.51 298,28 609.01 2,95
17 367,13 629,17 3.24 444,80 688,38 4,40
18 363,66 650,49 3.21 305,72 519,79 3.02
19 503.49 1571,42 4,45 503.41 1653,49 4,98
20 320,95 620,41 2.83 277,55 873,90 2.74
21 239,14 444,47 2.11 137,88 310.16 1.36
22 267,72 428,39 2.56 249,82 495,75 2.47
23 289,94 554,91 2.36 313,94 708.92 3.10
24 320,63 594,91 2.83 107,54 222,77 1.06
25 536,54 1471,71 4,74 552.02 1524,49 5.46

C50 ou C80: Dose necessária para controlar a população em 50% e 80%; GR50 ou GR80: Dose necessária para reduzir a massa seca da
parte aérea da população em 50% e 80%; RF50: fator de resistência (C50 ou GR50 da população resistente/C50 ou GR50 da população suscetível.

Tabela 4 - Doses estimadas de glyphosate para controle e redução da massa seca da parte aérea em 50% e 80% e seus fatores de
resistência de diferentes populações de Eleusine indica para aplicações realizadas no estádio de cinco a seis perfilhos (E2) (época
2014/2015)

C50 C80 RF50 GR50 GR80 RF50


População
(g ea ha-1)
suscetível 190,31 478,18 - 120,67 298,42 -
14 546,29 1412.49 2.87 397.07 969,40 3.29
15 782,83 1734,77 4.11 259,56 1059,55 2.15
16 624,54 1727,47 3.28 219,76 1029.19 1,82
17 843.13 2137.20 4.43 444,80 1878.16 3,69
18 630,48 1508,86 3.31 469,14 1352,47 3,88
19 978.04 2451,96 5.14 648,21 1943.56 5.37
20 713.05 1873.06 3,75 397,84 1519,33 3.30
21 712.11 1796,25 3,74 466,63 1421.12 3,87
22 832,80 1900,60 3,72 401.87 1008,55 3.33
23 507,87 767.01 2.67 383,29 729,57 3.18
24 430,59 793.04 2.26 281,63 582,66 2.33
25 784,95 2575,59 4.12 511,20 1856.07 4.24

C50 ou C80: Dose necessária para controlar a população em 50% e 80%; GR50 ou GR80: Dose necessária para reduzir a massa seca da
parte aérea da população em 50% e 80%; RF50: fator de resistência (C50 ou GR50 da população resistente/C50 ou GR50 da população suscetível.

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Tabela 5 - Doses estimadas de glyphosate para controle e redução da massa seca da parte aérea em 50% e 80% e seus fatores de
resistência de diferentes populações de Eleusine indica para aplicações realizadas no estádio de dois a três perfilhos (E1)

C50 C80 RF50 GR50 E1: 2-3 perfilhos GR80 RF50


População
(g ea ha-1)

suscetível 113.26 - 100,14 -


7 - F1 419,68 653,27 3.71 397,78 647,27 3,97
19 - F1 573,76 1290,77 5.07 399,59 1407.04 3,99
25 - F1 554,65 1268,62 4,90 681,86 1554,95 6.81

C50 ou C80: dose necessária para controle da população em 50% e 80%; GR50 ou GR80: dose necessária para a redução da massa
seca da parte aérea da população em 50% e 80%; RF50: fator de resistência (C50 ou GR50 da população resistente/C50 ou GR50 da
população suscetível. F1: é a semente ou geração F1 dessa população.

(RF = 3,99 a 6,81) e a dose recomendada para a espécie não proporcionou controle satisfatório (C80 e GR80 > 1.200 g
ea ha-1); Critério 3: as plantas da geração F1 dessas populações também foram consideradas resistentes; Critério 4:
reclamações de falhas de controle estão sendo observadas em campo; Critério 5: plantas aleatórias dessas populações
foram devidamente classificadas como Eleusine indica.

Nesse sentido, medidas complementares de manejo com herbicidas devem ser planejadas para reduzir a pressão
de seleção, como a associação e o uso de herbicidas com diferentes mecanismos de ação (Shaner, 2000; Johnson e
Gibson, 2006). Trabalhos de pesquisa mostram que os inibidores de ACCase são uma das alternativas para o controle do
capim-capim (Ulguim et al., 2013). No entanto, é importante lembrar que a resistência do capim-capim a esse mecanismo
de ação já foi relatada anteriormente no Brasil (Vidal et al., 2006), o que mostra que a aplicação contínua de graminicidas
pode não ser eficaz em todas as situações. Alternativamente, outros mecanismos de ação podem apresentar eficácia no
controle dessas populações, como inibidores de GS-GOGAT, inibidores da síntese de carotenóides (Ulguim et al., 2013),
inibidores da divisão celular e inibidores do fotossistema I (Molin et al., 2013).

O mecanismo de resistência ao glifosato em capim-ganso de outros países envolve a substituição de uma prolina por
serina ou treonina na posição 106 no gene EPSPS (P106S ou P106T) (Baerson et al., 2002; Ng et al.2004; Yu et al.2007 ;
Kaundun et al, 2008, 2011), ou a amplificação do gene EPSPS em plantas resistentes (Chen et al., 2015). Essa mutação
única confere níveis intermediários de resistência ao glifosato (RF = 2 a 4). No entanto, a dupla mutação nas posições
106 (T102I e P106S) da população mutante pode conferir maiores níveis de resistência (RF>10) (Yu et al., 2015). No
entanto, o mecanismo que confere resistência em populações do Brasil ainda é desconhecido. Portanto, são necessários
mais estudos para elucidar o mecanismo que confere resistência, bem como o desenvolvimento de novas ferramentas
alternativas para o manejo de populações resistentes.

Com os resultados obtidos neste estudo, conclui-se que as populações 19 e 25, provenientes de Campo Mourão e
Luziânia (Centro-Oeste do Paraná), são o primeiro relato de capim-capim resistente ao glifosato no Brasil (RF = 3,99 a
6,81), atendendo todos os critérios para confirmação de novos casos de resistência.

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