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DIOCESE DE CABINDA

AFIR - ASSOCIAÇÃO DOS FILHOS DO REINO


CONSELHO DA PASTORAL

TEMA: A Epifania do Senhor


Textos: Isaías 60,1-6; São Mateus 2,1-13

Introdução
A Epifania do Senhor (do latim tardio epiphanīa, «aparecer») é uma festa
religiosa cristã que comemora a manifestaçã o de Jesus Cristo como Deus encarnado.
Esta festa lembra primariamente a visita dos Três Reis Magos, enquanto no Oriente
lembra o baptismo de Jesus.
A Epifania é relacionada ao momento da manifestaçã o de Jesus Cristo como o
enviado de Deus, quando o mesmo se autoconclama filho do Criador. Na
narraçã o bíblica Jesus deu-se a conhecer a diferentes pessoas e em diferentes
momentos, porém o mundo cristã o ocidental celebra como epifanias três eventos.
A liturgia celebra a manifestaçã o de Jesus a todos os homens… Ele é uma “luz” que
se acende na noite do mundo e atrai a si todos os povos da terra. Cumprindo o
projecto libertador que o Pai nos queria oferecer, essa “luz” incarnou na nossa
histó ria, iluminou os caminhos dos homens, conduziu-os ao encontro da salvaçã o,
da vida definitiva.
No Evangelho, vemos a concretizaçã o dessa promessa: ao encontro de Jesus vêm os
“magos” do oriente, representantes de todos os povos da terra… Atentos aos sinais
da chegada do Messias, procuram-n’O com esperança até O encontrar, reconhecem
n’Ele a “salvaçã o de Deus” e aceitam-n’O como “o Senhor”. A salvaçã o rejeitada
pelos habitantes de Jerusalém torna-se agora um dom que Deus oferece a todos os
homens, sem excepçã o.
A segunda leitura apresenta o projecto salvador de Deus como uma realidade que
vai atingir toda a humanidade, juntando judeus e pagã os numa mesma comunidade
de irmã os – a comunidade de Jesus.
A reflexã o pode fazer-se a partir das seguintes linhas:
• Como pano de fundo desta liturgia está a afirmaçã o da eterna preocupaçã o de
Deus com a vida e a felicidade desses homens e mulheres a quem Ele criou. Sejam
quais forem as voltas que a histó ria dá , Deus está lá , vivo e presente,
acompanhando a caminhada do seu Povo e oferecendo-lhe a vida definitiva. Esta
“fidelidade” de Deus aquece-nos o coraçã o e renova-nos a esperança…
Caminhamos pela vida de cabeça levantada, confiando no amor infinito de Deus e
na sua vontade de salvar e libertar o homem.
• Na catequese cristã dos primeiros tempos, esta Jerusalém nova, que já “nã o
necessita de sol nem de lua para a iluminar, porque é iluminada pela gló ria de
Deus”, é a Igreja – a comunidade dos que aderiram a Jesus e acolheram a luz
salvadora que Ele veio trazer (cf. Ap 21,10-14.23-25). Será que nas comunidades
cristã s e nas comunidades religiosas brilha a luz libertadora de Jesus? Elas sã o,
pelo seu brilho, uma luz que atrai os homens? As nossas desavenças e conflitos, a
nossa falta de amor e de partilha, os nossos ciú mes e rivalidades, nã o contribuirã o
para embaciar o brilho dessa luz de Deus que devíamos reflectir?
• Será que na nossa Igreja há espaço para todos os que buscam a luz libertadora de
Deus? Os irmã os que têm a vida destroçada, ou que nã o se comportam de acordo
com as regras da Igreja, sã o acolhidos, respeitado
s e amados? As diferenças pró prias da diversidade de culturas sã o vistas como uma
riqueza que importa preservar, ou sã o rejeitadas porque ameaçam a
uniformidade?
• A perspectiva de que Deus tem um projecto de salvaçã o para oferecer ao seu
Povo – já enunciada na primeira leitura – tem aqui novos desenvolvimentos. A
primeira novidade é que Cristo é a revelaçã o e a realizaçã o plena desse projecto. A
segunda novidade é que esse projecto nã o se destina apenas “a Jerusalém” (ao
mundo judaico), mas é para ser oferecido a todos os povos, sem excepçã o.
• Os “magos” sã o apresentados como os “homens dos sinais”, que sabem ver na
“estrela” o sinal da chegada da libertaçã o… Somos pessoas atentas aos “sinais” –
isto é, somos capazes de ler os acontecimentos da nossa histó ria e da nossa vida à
luz de Deus? Procuramos perceber nos “sinais” que aparecem no nosso ca
minho a vontade de Deus?
• Impressiona também, no relato de Mateus, a “desinstalaçã o” dos “magos”: viram
a “estrela”, deixaram tudo, arriscaram tudo e vieram procurar Jesus. Somos
capazes da mesma atitude de desinstalaçã o, ou estamos demasiado agarrados ao
nosso sofá , ao nosso colchã o especial, à nossa televisã o, à nossa aparelhagem?
Somos capazes de deixar tudo para responder aos apelos que Jesus nos faz através
dos irmã os?
• Os “magos” representam os homens de todo o mundo que vã o ao encontro de
Cristo, que acolhem a proposta libertadora que Ele traz e que se prostram diante
d’Ele. É a imagem da Igreja – essa família de irmã os, constituída por gente de
muitas cores e raças, que aderem a Jesus e que O reconhecem como o seu Senhor.
Oração Conjunta no final do tema:
Nosso Pai, ú nico rei digno deste nome, nó s Te louvamos pelos sinais que nos guiam
para Ti e, sobretudo, pelo teu Filho Jesus, estrela que está sempre presente, em
todos os instantes das nossas vidas. Nó s Te pedimos pela tua Casa, que é a tua
Igreja, e por todas as suas comunidades: que o teu Filho Jesus nos guie, através da
nova estrela que é o teu Espírito presente nas nossas vidas.
CONSELHO DA PASTORAL

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