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CURSO BÁSICO DE MÚSICA - REGIME ARTICULADO |

PERGUNTAS FREQUENTES
1. O que é o Curso Básico de Música?
Este curso tem uma duração de cinco anos (graus) e proporciona aos alunos as primeiras
competências musicais e de domínio de um instrumento musical. Pode ser frequentado em regime
articulado ou em regime supletivo. Após a conclusão deste curso o aluno pode optar pelo
prosseguimento de um curso secundário de Música e no ensino superior.

2. O que é o regime de ensino articulado?


Neste regime de ensino existe uma articulação pedagógica e logística entre o Conservatório e a
escola do ensino
regular. O plano curricular do aluno integra as disciplinas da componente geral e da componente
vocacional de música.

3. Quais as disciplinas que o aluno dispensa na escola regular?


Educação Musical, Educação Tecnológica e a Oferta Complementar de escola.

4. Em que condições pode um aluno matricular-se?


Para matricular-se pela primeira vez no curso de básico de música o aluno:
a) tem de frequentar simultaneamente o 5º ano de escolaridade numa escola da rede pública e o 1º
grau do curso básco de música;
b) se já frequenta o 6º, 7º, 8º ou 9º ano de escolaridade tem de fazer um teste de admissão de
conhecimentos e ficar admitido no grau do curso básico de música correspondente ao ano de
escolaridade.

5. Quais são as disciplinas da componente vocacional e a sua carga horária?


Instrumento - 1 x 50 minutos
Formação Musical (F.M.) - 2 x 45 minutos
Classe de Conjunto (C.C.) - 3 x 45 minutos
(Portaria nº 225/2012,de 30.07)

6. Como funcionam as aulas de música? E o que são?


Na Formação Musical aprende-se a ler e escrever a notação musical e a perceber uma obra musical.
Na Classe de Conjunto pratica-se música de conjunto, em pequenos grupos instrumentais ou corais.
Na aula de Instrumento aprende-se e aplicam-se as técnicas necessárias para tocar um instrumento.
Sendo a aprendizagem de um instrumento uma disciplina essencialmente prática, os alunos devem,
desde o início, criar uma rotina de estudo. Para uma boa evolução na componente vocacional o aluno
deve estudar diariamente.

7. Quanto custa frequentar este Curso?


A frequência do Curso Básico de Música em regime articulado é gratuita. No entanto, à semelhança
de outras disciplinas curriculares, é necessário adquirir algum material pedagógico como:
instrumento escolhido, estante, livros de música e outros materiais que os professores considerem
indispensável.

8. Onde são as aulas de música?


Todas as aulas da componente vocacional terão lugar no Conservatório de Música de Sintra, em Vale
Mourão (Paiões).
9. Como se processa a admissão ao regime articulado?
Para aceder a este regime de ensino o aluno deve apresentar a sua candidatura durante o período de
pré-inscrições. Mais tarde é chamado para realizar uma prova de selecção, seguida de uma entrevista
aos encarregados de educação. A atribuição da vagas efectua-se pela classificação obtida nas provas
de selecção por ordem decrescente até ao preenchimento das vagas disponíveis.

10. Que instrumentos podem ser escolhidos?


A escolha dos instrumentos está sempre dependente das vagas existentes. Os instrumentos
leccionados no Conservatório de Música de Sintra em regime oficial são:

CORDAS
Cordas de Arco - Contrabaixo, Viola de Arco,Violino e Violoncelo
Cordas Dedilhadas - Guitarra Clássica
SOPROS
Sopros de Madeira: Clarinete, Flauta Transversal, Oboé e Saxofone.
Sopros de Metal: Trombone, Trompete e Tuba
TECLAS: Piano
PERCUSSÃO: Percussão e Bateria

11. Como escolher o instrumento?


O Conservatório de Música de Sintra realiza apresentações de instrumentos, de participação
obrigatória, por forma a dar a conhecer os mesmos e permitir uma escolha mais consciente e
esclarecida por parte dos alunos. No processo de admissão os alunos devem indicar três instrumentos
por ordem de preferência. As vagas existentes para cada instrumento serão atribuídas mediante a
pontuação obtida na prova de selecção.

12. Como adquirir o instrumento?


A aquisição do instrumento - compra ou aluguer ou cedência - é da responsabilidade dos
encarregados
de educação. Sabendo que a compra de um instrumento representa uma despesa adicional e
extraordinária aconselhamos os encarregados de educação a adquirirem o instrumento apenas depois
de se aconselharem com o professor de instrumento ou com o Conservatório.

12. Se o aluno reprovar no ensino regular também fica retido no ensino vocacional?
Não. A progressão nas disciplinas da componente de formação vocacional é independente da
progressão de ano de escolaridade.

14. O aluno pode ser excluído do regime articulado?


O aluno pode ser excluído do regime articulado sempre que:

a) Não obtenha aproveitamento, em dois anos consecutivos, em qualquer das seguintes disciplinas:
Formação Musical, Instrumento, Classes de Conjunto;
b) Não obtenha aproveitamento em dois anos interpolados na disciplina de Instrumento,
c) Não obtenha aproveitamento em duas disciplinas da componente de formação vocacional no
mesmo
ano lectivo;
d) Se verifique a manutenção da situação do incumprimento do dever de assiduidade por parte do
aluno, uma vez cumpridos por parte do estabelecimento de ensino os procedimentos inerentes à
ultrapassagem do limite de faltas injustificadas previsto na lei.
O que é o ensino artístico especializado?
Pergunta 1 de 10

Os cursos artísticos especializados são cursos de nível básico e/ou secundário que se
destinam a alunos com vocação nesta área e que procuram desenvolver a suas aptidões ou
talentos artísticos. Podem ser ministrados numa só escola ou em duas distintas. Destina-se
a alunos que pretendem uma formação de excelência com o objetivo de exercer uma
profissão numa área artística ou aceder ao ensino superior artístico. Há três domínios
artísticos: artes visuais e audiovisuais (nível secundário), dança (básico – 1.º; 2.º e 3.º
ciclos – e secundário) e música (nível básico – 1.º, 2.º e 3.º ciclos – e secundário).

Quem ministra este ensino especializado?


Pergunta 2 de 10

Este ensino é ministrado por uma rede de escolas do ensino especializado da


música e os alunos podem ir ter as aulas a essas escolas ou os professores dessas escolas
vão dar aulas à escola onde o aluno frequenta o ensino regular. Numa das modalidades de
ensino os alunos têm todas as aulas (de música e do regular) na escola especializada.

Em que moldes podem os alunos


frequentar este ensino especializado?
Pergunta 3 de 10

Há quatro regimes de frequência no ensino artístico especializado: o integrado, o


articulado, a iniciação e o supletivo. Em regime integrado, são ministradas na mesma
escola especializada as disciplinas do currículo regular e as componentes específicas da
educação artística. Já no regime articulado, a escola especializada do ensino artístico
oferece apenas as disciplinas das componentes específicas da educação artística, enquanto
as disciplinas do currículo geral são da responsabilidade das escolas dos ensinos básico ou
secundário. E, nesse caso, ou o aluno vai ter as aulas de educação artística a outra escola ou
os professores dessa escola vão dar as aulas à escola de ensino geral. Tanto no caso do
ensino articulado, como do integrado, os alunos do 5.º e do 6.º anos são dispensados de
duas disciplinas do percurso regular: educação musical e educação tecnológica. O regime de
iniciação aplica-se aos alunos do 1.º ciclo de ensino (um tempo de instrumento e dois
tempos de formação musical). Já no supletivo os alunos frequentam as disciplinas de ensino
artístico especializado da música numa escola de ensino artístico especializado da música,
independentemente das habilitações que possuem. Ou seja, além do currículo normal, os
alunos vão fazer o curso de música de forma complementar.
As famílias pagam alguma coisa para os
alunos frequentarem estas aulas?
Pergunta 4 de 10

No caso do ensino artístico integrado e do articulado, o Ministério da


Educação e Ciência assegura o financiamento a 100% do custo a alunos, no caso
dos conservatórios ou academias de música com quem estabeleceu contratos de patrocínio.
Já nos regimes de iniciação e supletivo, as famílias contam com um apoio do Estado e
assumem um co-pagamento. No caso dos regimes de iniciação de música, por exemplo,
o Estado até aqui pagava, no caso das escolas com contrato de patrocínio, 550 euros por
aluno, por ano, quando a disciplina de instrumento fosse dada a um ou dois alunos e pagava
350 euros quando o ensino do instrumento fosse ministrado a mais do que dois alunos ao
mesmo tempo. Por sua vez, a escola poderia pedir até 550 ou até 350 euros às famílias de
co-pagamento, respetivamente. Agora, com as novas regras, o Estado pagará sempre 350
euros independentemente do número de alunos em classe e às famílias pode ser pedido um
valor até 700 euros se estas preferirem que os filhos tenham na mesma aulas sozinhos ou
com mais outro aluno. Em classes maiores, a verba pedida aos pais passa para os 350
euros. No caso do ensino supletivo básico (2.º e 3.º ciclos), o Ministério da Educação
comparticipa até 1.200 euros (até ao ano passado comparticipava até 1.750 euros) e às
famílias pode ser pedido até 1.200 euros anuais, ou mais 20% para fazer face à quebra do
financiamento do Estado.

O Governo cortou no financiamento às


escolas de ensino artístico especializado?
Pergunta 5 de 10

Em termos globais, não. Para os três anos abrangidos pelas candidaturas a financiamento
[2015/16, 2016/17 e 2017/18] está disponível um montante global de 165 milhões de euros,
ou seja, 55 milhões por ano, exatamente o mesmo valor que era suportado nos anos
anteriores pelos fundos europeus e pelo Orçamento do Estado e que agora vem
apenas do Orçamento do Estado. Entretanto, no dia 21 de setembro, e após protestos e uma
reunião com as associações do setor, o Governo decidiu atribuir um reforço anual de quatro
milhões de euros ao ensino artístico. Este ano, estas escolas e estes alunos contarão assim
com um financiamento de 59 milhões de euros.
Então afinal o que mudou no
financiamento destes cursos?
Pergunta 6 de 10

Este ano as escolas privadas de ensino artístico do Norte, Centro e Alentejo com contrato de
patrocínio assinado com o Estado — os contratos de patrocínio têm por fim estimular e
apoiar o ensino em domínios não abrangidos ou restritamente abrangidos pelo ensino
oficial, nomeadamente a criação de cursos com planos próprios e a inovação pedagógica —
deixaram de ser financiadas por fundos europeus e passaram, à semelhança do que já
acontecia antes de 2010 e do que sempre aconteceu com as escolas de Lisboa e Vale do Tejo
e Algarve, a ser financiadas através de verbas do Orçamento do Estado. Além desta
mudança, o Ministério da Educação e Ciência (MEC) uniformizou o valor pago
por estudante, por ano, no ensino básico articulado: 2.600 euros para todos os
colégios de norte a sul do país. É que estas academias andaram estes quatro anos com
problemas de financiamento, pois o modelo de formação destas escolas não tinha muito a
ver com o modelo desenvolvido e apoiado pelo Programa Operacional Potencial Humano
(POPH). “O modelo de financiamento do POPH só financiava 36 semanas de aulas e, por
exemplo, não era elegível despesa com pianistas que acompanhassem os alunos. Havia uma
série de situações que são específicas e que não encaixavam nas regras do POPH” explicou
João Correia, presidente da Associação Portuguesa de Instituições de Ensino de Música
(Ensemble).

Mas as escolas estão a receber mais ou


menos dinheiro pelos alunos?
Pergunta 7 de 10

Aqui a resposta é: depende. Umas perderam verbas, outras ganharam. Tal como o
Ministério de Nuno Crato já disse, e bem, “decorrente da mudança do modelo de
financiamento para esta oferta educativa, registou-se um aumento do valor do custo/aluno
face aos valores médios praticados com o anterior modelo nas escolas localizadas em
regiões abrangidas por fundos comunitários, as quais representam mais de 85% dos alunos
financiados”.

João Correia, presidente da Ensemble, disse ao Observador que os colégios do Norte,


Centro e Alentejo estavam a receber, em média, 2.200 euros anuais por
aluno nestes últimos quatro anos, através de fundos europeus. Mas nos conservatórios
e academias de ensino artístico especializado de Lisboa, Vale do Tejo e
Algarve, o valores suportados pelo Orçamento do Estado variavam entre os
2.400 e os 3.500 euros, pelo que houve escolas com cortes substanciais.
E foi só o valor pago por aluno que foi
ajustado?
Pergunta 8 de 10

Não. Além da uniformização do pagamento por aluno no básico articulado e na redução da


comparticipação nas iniciações e nos supletivos (como se pode ler mais acima), o
Ministério cortou no total de alunos financiados, precisamente para conseguir
uniformizar os montantes pagos. “O número de vagas disponíveis comunidade
intermunicipal a comunidade intermunicipal neste concurso era inferior ao número de
alunos que existiam nas escolas no ano anterior. Percebemos isso com alguma facilidade em
zonas onde só há uma escola ou duas ou três com este tipo de contratos”, afirmou João
Pereira. Em 2014/15 mais de 27 mil alunos frequentavam uma das quatro modalidades de
ensino artístico especializado.

Quantos alunos vão ficar sem acesso a


este ensino especializado?
Pergunta 9 de 10

O Ministério da Educação admitiu que “este esforço financeiro, em tal percentagem,


implicou alguns ajustes no número de alunos abrangidos por contrato”, mas a Associação
Portuguesa de Instituições de Ensino de Música (Ensemble) avança com números, falando
numa quebra do número de alunos financiados na ordem dos 7.000 em todo o
país, contando com todas as modalidades de ensino (exceto a do integrado, onde não houve
cortes). A quebra mais acentuada verificou-se nas iniciações. Segundo os agentes do setor,
como a Associação de Estabelecimentos de Ensino Particular e Cooperativo (AEEP), os
cortes nesta modalidade rondam os 70 a 80% face a 2014/15. João Pereira, da Ensemble,
avança que se passou de 5.000 alunos apoiados para perto de 1.000. Já no ensino básico
articulado a redução ronda os 13% e no básico supletivo anda perto dos 60%. No
complementar supletivo (ensino secundário) o corte foi de cerca de 40% e apenas no
complementar articulado (secundário) se registou um aumento de 40%. “Mas estamos a
falar de um número reduzido: de 350 alunos passou para 500”, conclui João Pereira.

Quais as consequências?
Pergunta 10 de 10

Além das consequências para os alunos, na medida em que as escolas particulares e


cooperativas vão ter de deixar de fora muitos alunos para os quais não vão receber
financiamento do Estado, será provável que algumas escolas despeçam docentes.
Para já, as escolas estão sem saber o que fazer. Disso mesmo deu conta ao Observador
Fátima Nunes, da direção pedagógica da Academia Amadores de Música. “Tínhamos 143
alunos a frequentar o articulado no ano passado. Este ano temos financiamento para 125 e
ainda não sabemos muito bem como vamos fazer, nem sabemos quando vamos começar as
aulas. Temos a escola em jogo, os vencimentos em jogo.”

Já João Pereira, que dirige também a Academia de Música e Dança do Fundão, tem “55
alunos para entrar no 5.º ano de escolaridade, que corresponde ao número de alunos que
saiu do 9.º ano e tenho apenas 24 financiados. Os que ficaram seriados nos primeiros 24
lugares na prova entram”. “Ou se reforça o financiamento deste tipo de ensino ou então não
há milagres e o que vai acontecer é tirar de um lado para meter noutro. Não vai ser possível
satisfazer toda a gente”, afirmou.

Para já as escolas aguardam os resultados definitivos do concurso, sendo que as


aulas já tiveram início em alguns estabelecimentos de ensino e todas vão estar em marcha a
partir de segunda-feira.

“O concurso tinha tudo para correr bem e correu mal”, afirma Rodrigo Queiroz e Melo, que
preferia que se tivesse encontrado uma solução onde houvesse uma norma travão como a de
“ninguém se poder candidatar a um financiamento superior ao que tinha tido no ano
anterior”, ficando ao critério de cada colégio ou academia decidir quantos alunos seriam
acompanhados.

19 Setembro 2015
Marlene Carriço

https://observador.pt/explicadores/ensino-artistico-especializado-o-que-e-e-porque-esta-a-dar-que-
falar/01-o-que-e-o-ensino-artistico-especializado/

1/07/2019

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