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Noções Gerais

Educação em Portugal

O Sistema Educativo em Portugal é regulado pelo Estado através do Ministério da Educação e


do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior. O sistema de educação público é o mais
usado e melhor implementado, existindo também escolas privadas em todos os níveis de
educação.

O ano escolar, chamado de ano letivo, começa em setembro até junho/julho do ano seguinte,
dependendo da escola ou nível de educação. (O ano letivo dura entre 9 a 10 meses).

Em Portugal, a educação é iniciada obrigatoriamente para todos os alunos no ano em que


completam 6 anos de idade. A escolaridade obrigatória termina quando o aluno fizer 18 anos (12º
ano de escolaridade).

O ensino obrigatório divide-se em três grandes partes: ensino primário, ensino básico e ensino
secundário.

O Ensino Superior é facultativo e para quem quer prosseguir os seus estudos num nível superior.

A taxa de alfabetização nos adultos situa-se nos 95%. As matrículas para a escola primária estão
próximas dos 100%.

A Declaração de Bolonha foi adotada desde 2006 pelas universidades e institutos politécnicos
portugueses.
Estrutura do ensino
Ensino básico
O ensino básico divide-se em três ciclos, a saber: 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo.

1º Ciclo: 1º, 2º 3º e 4º Anos


No 1.º Ciclo, a avaliação é efetuada de Muito Insuficiente a Excelente. A matriz curricular
implementada neste ciclo contempla o ensino de Matemática, Português, Estudo do
Meio, Expressões Artísticas e Físico-Motoras, Inglês, Apoio ao estudo e outras atividades de
enriquecimento curricular, estas a cargo da escola.

Provas de Aferição
No primeiro ciclo, os alunos do 2.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
de modo a aferir se os alunos estão capacitados às disciplinas de expressões artísticas, Expressões
Físico-Motoras, Português e Estudo do Meio, Matemática e Estudo do Meio. São realizadas quatro
provas, comumente durante o mês de julho.

2º Ciclo: 5º e 6º Anos
No 2.º ciclo, a avaliação dos alunos é feita numa escala numerada, não linear, de 1 a 5, em que
cada nota corresponde a uma das percentagens da tabela:

Not
Percentagem Menções
a

1 0% a 19%
Insuficiente
2 20% a 49%

3 50% a 69% Suficiente

4 70% a 89% Bom

5 90% a 100% Muito Bom

A matriz curricular implementada neste ciclo contempla o ensino das seguintes disciplinas:

 Português
 Inglês
 Matemática
 Ciências Naturais
 História e Geografia de Portugal
 Educação Musical
 Educação Tecnológica
 Educação Visual
 Educação Física
 Educação Moral e Religiosa (de caráter opcional)
Cada escola deve ainda oferecer um determinado número de horas de apoio ao estudo, e é livre de
ter outras atividades de enriquecimento curricular, ao seu critério.

Provas de Aferição
No segundo ciclo, os alunos do 5.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
às disciplinas de Educação Musical, Educação Visual e Educação Tecnológica,
Português e Português Língua Segunda. Estas duas provas são comummente realizadas durante o
mês de julho.[4]

3º Ciclo: 7º, 8º e 9º Anos


A educação é igual para todos os alunos até o 3.º ciclo do ensino básico, excetuando os que
necessitam de orientação especial como é o caso de alunos com deficiências, que têm orientações
específicas. Neste ciclo, a avaliação dos alunos é feita de modo idêntico ao anterior.

A matriz curricular implementada neste ciclo contempla o ensino das seguintes disciplinas:

 Português
 Inglês
 2.ª língua estrangeira
 História
 Geografia
 Matemática
 Ciências Naturais
 Físico-Química

A segunda língua estrangeira é escolhida pelo aluno e pode ser uma das seguintes:

 Espanhol
 Francês
 Alemão

Cada escola deve ainda oferecer um determinado número de horas de apoio ao estudo, e é livre de
ter outras atividades de enriquecimento curricular, ao seu critério.

Provas de Aferição
No terceiro ciclo, os alunos do 8.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
às disciplinas de Matemática e de Português. Estas duas provas são comummente realizadas
durante o mês de julho.[4]

Exames Nacionais: No 9° ano os alunos são alvo de avaliação, por intermédio do Exames Nacionais,
às disciplinas de Português e Matemática. Este exame faz média com as notas do aluno ao longo do
ano, ao contrário das provas de aferição.
Apoio aos alunos com dislexia
No ensino público português a escola disponibiliza além dos apoios ao estudo, para alunos que
apresentem classificações inferiores a 3 (suficiente), também disponibiliza aos alunos com dislexia
comprovada, ou seja, com um relatório devidamente elaborado por um médico especializado.

Estes alunos com dislexia, apresentam condições especificas de aprendizagem e por isso as escolas
são obrigadas a disponibilizarem a estes alunos, os seguintes apoios:

 Leitura de provas,
 Ajuda na compreensão de textos e frases,
 Não contabilizarem os erros dados por alunos disléxicos.

Estes apoios são dados por professores em salas individuais, embora ao longo do percurso escolar
destes alunos os apoios deverão ir desaparecendo gradualmente, de modo a tornar estes alunos
independentes de quaisquer apoios, com o objetivo de no 12º ano de escolaridade, ou seja, 18
anos, os alunos possam entrar na vida académica (ensino universitário/ superior) caso sigam o
ensino superior, por outro lado caso o aluno não siga o ensino superior, possa de modo
independente enfrentar a vida adulta.

Ensino secundário: 10º, 11º e 12º


No ensino secundário, os alunos são convidados a escolher uma das seguintes vertentes[7]:

1. Cursos Científico-Humanísticos
2. Cursos com Planos Próprios
3. Cursos Artísticos Especializados
4. Cursos Profissionais
5. Ensino Secundário na Modalidade de Ensino Recorrente
6. Cursos Vocacionais

Das seis opções, as mais comuns são a 1. e a 4. (http://www.dgeec.mec.pt/np4/6/)

No entanto, o Ensino Secundário é organizado de outra forma. Por se tratar este do ensino pré-
universitário, os alunos têm de escolher uma área de ensino na qual se desejam inscrever,
deixando desta forma de existir uma uniformidade nos conteúdos lecionados a todos os alunos. A
avaliação passa a ser feita numa escala linear, de 1 a 20 valores (usando-se também os valores
decimais, por exemplo 10,1 ou 18,3), em que a aprovação a uma disciplina implica uma nota igual
ou superior a 9,5 valores (dado que esta qualificação é arredondada para 10 valores).

Cursos Científico-Humanísticos
Os cursos científico-humanísticos constituem uma oferta educativa vocacionada para o
prosseguimento de estudos de nível superior. Destinam-se a alunos que tenham concluído o 9.º
ano de escolaridade ou equivalente.
Têm a duração de 3 anos letivos, correspondentes aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, e
conferem um diploma de conclusão do Ensino Secundário (12º ano).
Existem quatro cursos Cientifico-Humanísticos:

1. Curso de Ciências e Tecnologias (antigo Científico-Natural);


2. Curso de Artes Visuais;
3. Curso de Ciências Socioeconómicas (antigo curso de Economia);
4. Curso de Línguas e Humanidades.

Os planos de estudo dos cursos integram:

 A componente de formação geral, comum aos quatro cursos, que visa contribuir para
a construção da identidade pessoal, social e cultural dos jovens. É constituída pelas
seguintes disciplinas:
o Português;
o Língua Estrangeira I, II ou III (Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês);
o Filosofia;
o Educação Física.
 A componente de formação específica, que visa proporcionar formação científica
consistente no domínio do respetivo curso. As disciplinas constituintes desta formação
dependem do curso em questão:
o Uma disciplina trienal obrigatória (10.º, 11.º e 12.º anos);
o Duas disciplinas bienais (10.º e 11.º anos), a escolher de entre o leque de
opções de cada curso, sendo ambas obrigatoriamente ligadas à natureza
do mesmo;
o Duas disciplinas anuais (12.º ano), a escolher de entre as opções de cada
curso.
 A disciplina de Educação Moral e Religiosa, de frequência facultativa.

Exames Nacionais
Os alunos dos cursos Científico-Humanísticos fazem obrigatoriamente quatro exames
nacionais, a saber:

 No 11.º ano:
o A duas disciplinas bienais da componente de formação específica, ou a
uma das disciplinas bienais da componente de formação específica e à
disciplina de Filosofia da componente de formação geral, de acordo com
a opção do aluno.
 No 12.º ano:
o À disciplina de Português.
o À disciplina trienal.
Estes exames nacionais são tidos em conta no cálculo da classificação final da disciplina, tendo um
peso de 30%. Os restantes 70% são determinados pela média aritmética simples das classificações
obtidas nos 2/3 anos em que o aluno estudou a disciplina em causa.
No acesso ao ensino superior, os exames necessários para entrar para um curso são os que já
foram feitos no secundário, não sendo necessário fazer provas de ingresso extra.
Cursos Profissionais
O ensino profissional, em Portugal, é responsabilidade da Agência Nacional para a Qualificação e o
Ensino Profissional, I.P. (ANQEP).
Os Cursos Profissionais, caracterizados por uma forte ligação com o mundo profissional, constituem
uma oferta educativa vocacionada para o desenvolvimento de competências para o exercício de
uma profissão, em articulação com o setor empresarial local.
São comummente apontados como mais apropriados para estudantes que procurem um ensino
mais prático e voltado para o mercado de trabalho, não excluindo, por outro lado, a hipótese do
prosseguimento de estudos.
O plano de estudos inclui três componentes de formação, dentro das quais se inserem as
disciplinas indicadas:

 Sociocultural:
o Português
o Área de Integração
o Língua Estrangeira I, II ou III (Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês);
o Tecnologias da Informação e Comunicação;
o Educação Física.
 Científica:
o 2 a 3 disciplinas.
 Técnica:
o 3 a 4 disciplinas
Estes cursos culminam com a apresentação de um projeto, designado por Prova de Aptidão
Profissional (PAP), no qual os alunos demonstram as competências e saberes desenvolvidos ao
longo da formação.
Os Cursos Profissionais estão distribuídos por 39 áreas de formação, listadas no site da ANQEP.
Ensino
Pré-Escolar
Educação de Infância
A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo
da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita
cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a
sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.

Enquadramento
De acordo com a Lei Quadro, a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no
processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a
qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento
equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre
e solidário.

1 - A educação pré-escolar refere-se às crianças dos 3 anos até ao ingresso na escolaridade


obrigatória e é ministrada em estabelecimentos de educação pré-escolar.

2 - A frequência da educação pré-escolar é facultativa, reconhecendo à família o primeiro


papel na educação dos filhos, consagrando-se contudo, a sua universalidade para as
crianças que perfazem 5 anos de idade.

3 - Por estabelecimento de educação pré-escolar entende-se a instituição que presta


serviços vocacionados para o desenvolvimento da criança, proporcionando-lhe atividades
educativas e atividades de apoio à família:

4 - Constituem objetivos da educação pré-escolar:

a. Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança com base em


experiências de vida democrática, numa perspetiva de educação para a cidadania;

b. Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela


pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel
como membro da sociedade;

c. Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o


sucesso da aprendizagem;

d. Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas


características individuais, incutindo comportamentos que favoreçam
aprendizagens significativas e diversificadas;

e. Desenvolver a expressão e a comunicação através da utilização de linguagens


múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de
compreensão do mundo;

f. Despertar a curiosidade e o pensamento crítico;

g. Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e de segurança,


designadamente no âmbito da saúde individual e coletiva;

h. Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades,


promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança;
i. Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer
relações de efetiva colaboração com a comunidade.

Adaptado da Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro (Lei Quadro da Educação Pré-Escolar)

Organização
A rede nacional de educação pré-escolar é constituída pela rede pública e pela rede privada. À rede
pública pertencem os estabelecimentos de educação pré-escolar do Ministério da Educação e do
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Da rede privada fazem parte os
estabelecimentos com e sem fins lucrativos - instituições do ensino particular e cooperativo, no
primeiro caso e, no segundo, as instituições particulares de solidariedade social (IPSS).

A tutela pedagógica é da responsabilidade do Ministério da Educação, competindo-lhe assegurar a


qualidade pedagógica do ensino ministrado nos estabelecimentos da rede nacional de educação
pré-escolar.

Através de Protocolos de Cooperação assinados entre o Ministério da Educação e do Ministério do


Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, é assegurada, nos estabelecimentos da rede nacional, a
gratuitidade da componente educativa.

No caso dos jardins de infância da rede pública existem, também, Protocolos assinados entre o
Ministério da Educação e as autarquias por forma a que haja uma comparticipação por parte do
Estado para o desenvolvimento das atividades de animação e de apoio à família. Esta componente
engloba o almoço e o prolongamento de horário. Os valores a subsidiar são estabelecidos,
anualmente, através de legislação própria. A comparticipação das famílias é calculada de acordo
com as respetivas condições socioeconómicas.

Os jardins de infância asseguram um regime de funcionamento e um horário flexível, onde consta


as 5 horas diárias da componente educativa, da responsabilidade do educador de infância (com as
habilitações legalmente previstas para o efeito), bem como as horas dedicadas às atividades de
animação e de apoio à família. Estes estabelecimentos mantêm-se obrigatoriamente aberto até às
17 h e 30 m e por um período mínimo de 8 h diárias. No entanto, alguns jardins de infância
oferecem um horário mais alargado de funcionamento, adaptado segundo as necessidades das
famílias.------------------------

O período de funcionamento do jardim de infância deve ser comunicado aos encarregados de


educação no início do ano letivo.

Critérios de admissão e escolha de instituições


Nos jardins de infância da rede pública os critérios de matricula, renovação de matrícula e
constituição das turmas, estão definidos por lei (Despacho Normativo n.º 6/2018, de 12 de abril e
Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho, na sua redação atual).

No caso de estabelecimento da rede privada, os pais têm liberdade de escolha submetendo-se, no


entanto, aos critérios de admissão estabelecidos no regulamento interno da instituição.

Na educação pré-escolar os grupos são constituídos por um mínimo de 20 e um máximo de 25


crianças.
Os grupos da educação pré-escolar são constituídos pelo número mínimo de 20 crianças sempre
que em relatório técnico-pedagógico seja identificada como medida de acesso à aprendizagem e à
inclusão a necessidade de integração da criança em grupo reduzido, não podendo este incluir mais
de duas nestas condições.

A decisão da composição etária do grupo de crianças deve corresponder a uma opção pedagógica,
tendo em conta que a interação entre crianças, em momentos diferentes de desenvolvimento e
com saberes diversos, é facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem (Orientações
Curriculares para a Educação Pré-Escolar, p. 24).

Estruturas alternativas organizacionais


A Educação de Infância Itinerante é uma modalidade de educação pré-escolar que possibilita o
acesso das crianças dos 3 aos 5 anos de idade residentes em zonas rurais, a atividades educativas
naqueles locais onde, pelo número insuficiente de crianças, (menos de quinze), não é possível a
criação de um Jardim de Infância.
O educador de infância desloca-se às diferentes localidades geograficamente distantes e de acesso
difícil, onde trabalha com um número reduzido de crianças e desenvolve o currículo de acordo com
as orientações curriculares, da mesma forma que os educadores que trabalham em jardim de
infância.
Perguntas Frequentes (FAQ)
A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo
da vida (Lei-Quadro - Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro), destinando-se às crianças com idades
compreendidas entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico. É ministrada em
estabelecimentos de educação pré-escolar, sendo a tutela pedagógica da competência do
Ministério da Educação (Lei-Quadro e Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho).

A responsabilidade do atendimento das crianças dos 0 aos 3 anos de idade é do Ministério do


Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Coordenar, acompanhar e propor orientações, em termos científico-pedagógicos e didáticos, para


as atividades da educação pré-escolar, constitui uma missão da Direção-Geral da Educação.

Neste âmbito e tendo em consideração dúvidas que têm vindo a ser colocadas a estes serviços, foi
elaborado um conjunto de Perguntas Frequentes com o objetivo de esclarecer os profissionais, as
famílias, as instituições e o público em geral sobre questões relacionadas com a educação pré-
escolar.

Numa perspetiva de colaboração e articulação, este trabalho foi realizado por uma equipa que
integrou elementos da Direção-Geral da Educação e da Inspeção-Geral da Educação e Ciência.

Pretende-se que este seja um documento aberto, no sentido de ser atualizado sempre que surjam
novas questões pertinentes para o público a que se destina.

Apresentam-se, assim, algumas perguntas frequentes relativas ao funcionamento, organização e


desenvolvimento curricular da Educação Pré-Escolar:

O que é um jardim de infância?


É um estabelecimento que presta serviços vocacionados para a aprendizagem e o desenvolvimento
da criança, proporcionando atividades letivas e atividades de animação e de apoio à família. É um
espaço pensado e organizado em função das crianças e adequado aos seus interesses e
necessidades. A atividade letiva é desenvolvida por um/a educador/a de infância, com as
habilitações legalmente previstas para o efeito (Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio e Decreto-
Lei n.º 147/97, de 11 de junho).

Que diferença existe entre um jardim de infância e um estabelecimento de educação pré-


escolar?
Não existe diferença, referem-se à mesma tipologia de estabelecimento.

Que diferença existe entre creche e jardim de infância?


A creche é um estabelecimento que se destina às crianças dos 0 aos 3 anos de idade e o jardim de
infância às crianças entre os 3 anos e a idade de ingresso no ensino básico.

A frequência da educação pré-escolar é obrigatória?


A frequência da educação pré-escolar é facultativa no reconhecimento de que cabe,
primeiramente, à família a educação dos filhos, competindo ao Estado contribuir para a
universalização da oferta da educação pré-escolar (Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro).

A frequência da educação pré-escolar é gratuita?


Na educação pré-escolar a frequência da componente letiva é gratuita na rede pública e na rede
privada sem fins lucrativos. Esta componente é integralmente financiada pelo Ministério da
Educação, à exceção dos estabelecimentos do ensino particular e cooperativo que pertencem à
rede privada com fins lucrativos.

Se optar pela frequência da educação pré-escolar num estabelecimento de ensino


particular e cooperativo, existe algum apoio do Ministério da Educação às famílias?
O Ministério da Educação apoia as famílias, em particular as menos favorecidas do ponto de vista
económico, que optam pela frequência em estabelecimentos do ensino particular e cooperativo.
Com as entidades titulares dos mencionados são celebrados contratos de desenvolvimento da
educação pré-escolar, na modalidade de apoio à família (Despacho n.º 17472/2001, de 20 de
agosto e Portaria n.º 64/2018, de 23 de janeiro).

Qual é o encargo financeiro para frequentar um estabelecimento de educação pré-escolar?


Na rede pública e na rede privada sem fins lucrativos, se a criança apenas frequentar a
componente letiva, sem usufruir da refeição e das atividades de animação e de apoio à família, a
sua frequência é gratuita. Caso usufrua das atividades de animação e de apoio à família (as
entradas, o serviço de almoço, as atividades de animação socioeducativa e os períodos de
interrupção letiva) a comparticipação dos pais/encarregados de educação é calculada de acordo
com os rendimentos da família, estando a fórmula de cálculo legalmente prevista (Despacho
Conjunto nº 300/97, de 4 de setembro).

A frequência da educação pré-escolar contribui para o sucesso educativo?


Sim. O acesso à educação é um direito de todas as crianças, sendo atribuído à educação de infância
um papel determinante na promoção de uma maior igualdade de oportunidades relativamente às
condições de vida e aprendizagens futuras, sobretudo para as crianças cuja cultura familiar está
mais distante da cultura escolar (OCEPE, 2016).
Os estudos longitudinais também evidenciam que a educação de infância de qualidade tem um
impacto duradouro na vida atual e futura das crianças, no sucesso educativo e na sua integração
social.

O que é a universalização da educação pré-escolar?


A Lei n.º 65/2015, de 3 de julho, consagra a universalidade da educação pré-escolar para todas as
crianças, a partir do ano em que atinjam os 4 anos de idade.

Esta universalidade implica, para o Estado, o dever de garantir a existência de uma rede de
educação pré-escolar que permita a inscrição de todas as crianças por ela abrangidas e o de
assegurar que essa frequência se efetue em regime de gratuitidade da componente letiva.

O que é a tutela pedagógica e a tutela técnica?


A tutela pedagógica consiste na definição das normas gerais e orientações de natureza
pedagógica para a educação pré-escolar aplicáveis a todos os jardins de infância da Rede Nacional,
sendo da competência do Ministro da Educação.

Neste âmbito, as orientações pedagógicas são da exclusiva responsabilidade do Ministério da


Educação, pelo que a exigência de documentos relacionados com o desenvolvimento do currículo,
por outras entidades, não tem enquadramento legal (ex: plano de desenvolvimento individual,
plano de acolhimento individual, registo diário de comportamentos). As Orientações Curriculares
para a Educação Pré-Escolar são o documento legal que orienta o desenvolvimento do currículo e a
prática pedagógica na educação pré-escolar.

O controlo, a auditoria, a fiscalização, o acompanhamento e a avaliação do funcionamento do


sistema educativo, que inclui a educação pré-escolar, são da responsabilidade da Inspeção-Geral da
Educação e Ciência (IGEC).
A tutela técnica consiste no acompanhamento e avaliação do funcionamento e da organização
dos estabelecimentos da educação pré-escolar, sendo da competência conjunta do Ministro da
Educação e do Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Como está organizada a educação pré-escolar?


A educação pré-escolar está organizada numa Rede Nacional constituída pelas redes pública e
privada, sendo que da primeira fazem parte os jardins de infância dos agrupamentos de escolas e
das escolas não agrupadas e da segunda fazem parte os estabelecimentos com e sem fins lucrativos
(estabelecimentos do ensino particular e cooperativo, no primeiro caso, e, no segundo, as
instituições particulares de solidariedade social – IPSS, misericórdias e mutualidades).

Em qualquer uma das redes são asseguradas às crianças e às famílias as seguintes componentes:

• letiva, que compreende 5 horas diárias de atividades letivas orientadas pelo/a


educador/a responsável;

• atividades de animação e de apoio à família que abrangem as entradas, o serviço de


almoço, as atividades de animação socioeducativa e os períodos de interrupção letiva.

Em que consiste a componente letiva da educação pré-escolar?


A componente letiva, conforme é designada na Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, corresponde a 5
horas de trabalho diário, intencionalizado, planificado e avaliado, desenvolvido por um/a
educador/a de infância que, realizando atividades diversificadas com o seu grupo de crianças, ao
longo do ano letivo, lhes proporciona aprendizagens significativas. As crianças aprendem a
aprender, a relacionar-se e a fazer parte de um grupo, a formular as suas opiniões e a aceitar as dos
outros, desenvolvendo um espírito democrático, num clima de participação e partilha.

Na componente letiva podem ser desenvolvidas atividades orientadas por outros


profissionais?
A componente letiva na educação pré-escolar é desenvolvida por um/a educador/a de infância com
as habilitações legalmente previstas para o efeito. A participação de outros profissionais pressupõe
uma ação articulada que inclui reuniões regulares de planeamento e avaliação com o/a educador/a
do grupo, integrando-se na sua dinâmica e não pondo em risco o caráter holístico do currículo.

Qual o horário de funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar?


O horário de funcionamento dos estabelecimentos de educação pré-escolar deve
compreender dois períodos específicos, sendo um para atividades letivas (5 horas diárias) e
outro para atividades de animação e de apoio à família.
O mesmo horário deve estar explicitado no Regulamento Interno do agrupamento/
estabelecimento de educação pré-escolar, distinguindo o horário da componente letiva e o das
atividades de animação e de apoio à família. O horário de funcionamento é dado a conhecer aos
pais e encarregados de educação no momento da matrícula ou da sua renovação, devendo ainda
ser confirmado no início do ano letivo.

Os estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública mantêm-se obrigatoriamente


abertos pelo menos até às 17:30 e por um período mínimo de 8 horas diárias.

Todos os estabelecimentos de educação pré-escolar são obrigados a cumprir 5 horas da


componente letiva por dia?
Sim, as crianças que frequentam a educação pré-escolar, quer nos estabelecimentos da rede
pública, quer nos estabelecimentos da rede privada com ou sem fins lucrativos, têm direito a 5
horas letivas diárias da responsabilidade do/a educador/a de infância.
Como são distribuídas as 5 horas letivas durante o dia?
As 5 horas letivas devem estar distribuídas pela parte da manhã e pela parte da tarde, com
intervalo para o almoço que não poderá ser inferior a uma hora para estabelecimentos de
educação dotados de refeitório e de uma hora e trinta minutos para os restantes (Despacho
Normativo n.º 10-A/2018 de 19 de junho).

Na educação pré-escolar o tempo de recreio é considerado tempo letivo?


Sim. O tempo de recreio integra as 5 horas da componente letiva.

A educação pré-escolar tem um currículo?


Na educação pré-escolar existem Orientações Curriculares para a Educação Pré-
Escolar (OCEPE), que são o documento que orienta e apoia o educador de infância na construção e
gestão do currículo do seu grupo de crianças. Nas OCEPE o currículo refere-se “ao conjunto das
interações, experiências, atividades, rotinas e acontecimentos planeados e não planeados que
ocorrem num ambiente educativo inclusivo, organizado para promover o bem-estar, o
desenvolvimento e a aprendizagem das crianças” (OCEPE, 2016; Despacho n. º 9180/2016, de 19
de julho).

As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar são um programa?


Não. As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar “não constituem um programa a
cumprir, mas sim uma referência para construir e gerir o currículo, que deverá ser adaptado ao
contexto social, às caraterísticas das crianças e das famílias e à evolução das aprendizagens de cada
criança e do grupo” (OCEPE, 2016).

As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar são obrigatórias?


Sim. As Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar são obrigatórias para a Rede Nacional
de Educação Pré-Escolar (redes pública e privada).

Na educação pré-escolar, as atividades e projetos são organizados por idades?


De acordo com os Fundamentos e Princípios Educativos das Orientações Curriculares para a
Educação Pré-Escolar, o desenvolvimento da criança processa-se como um todo, em que as
dimensões cognitivas, sociais, culturais, físicas e emocionais se interligam e atuam em conjunto. A
aprendizagem é também um processo que assume uma configuração holística, tanto no que se
refere ao modo como as crianças atribuem sentido ao mundo como na compreensão das relações
que estabelecem com os outros e na construção da sua identidade.
Assim, as aprendizagens a promover não estão definidas por idades (3, 4 e 5 anos), pois
compreende-se que a aprendizagem das crianças depende de vários fatores e não apenas da sua
idade, tais como as suas características pessoais, capacidades, interesses próprios, ambiente
cultural e familiar e experiências de aprendizagem vividas.
As normas de desenvolvimento estabelecidas ou as aprendizagens esperadas para uma
determinada faixa etária/idade não devem ser encaradas como etapas pré-determinadas e fixas,
pelas quais todas as crianças têm de passar, mas antes como referências que permitem situar um
percurso individual e singular de desenvolvimento e aprendizagem (OCEPE, 2016).

As áreas de conteúdo das Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar são


disciplinas?
Não. Como referem as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, as áreas de conteúdo
são âmbitos do saber, com uma estrutura própria e com pertinência sociocultural, que incluem
diferentes tipos de aprendizagem, não apenas conhecimentos, mas também atitudes, disposições e
saberes-fazer. O tratamento das diferentes áreas de conteúdo baseia-se nos fundamentos e
princípios comuns a toda a pedagogia para a infância, pressupondo o desenvolvimento e a
aprendizagem como vertentes indissociáveis do processo educativo e uma construção articulada
do saber em que as diferentes áreas serão abordadas de forma integrada e globalizante.

A definição de áreas de desenvolvimento e aprendizagem representa apenas uma opção possível


de organização da ação pedagógica, constituindo uma referência para facilitar a observação, a
planificação e a avaliação, devendo as diferentes áreas ser abordadas de forma integrada e
globalizante (OCEPE, 2016).

Qual é a importância do brincar na educação pré-escolar?


Brincar é muito importante, sendo a atividade natural da iniciativa da criança que revela a sua
forma holística de aprender. Porém, é necessário diferenciar uma visão redutora de brincar, como
forma de a criança estar ocupada ou entretida, de uma perspetiva de brincar como atividade rica e
estimulante que promove o desenvolvimento e a aprendizagem e se caracteriza pelo elevado
envolvimento da criança, demonstrado através de sinais como prazer, concentração, persistência e
empenhamento (OCEPE, 2016).

O que é o projeto educativo?


O projeto educativo de estabelecimento/agrupamento é o instrumento global de gestão e
orientação pedagógica da organização letiva que prevê os modos de melhorar o funcionamento e
eficácia do estabelecimento/agrupamento, promovendo a aprendizagem de todas as crianças e
alunos, apoiando o desenvolvimento profissional de docentes e não docentes, respondendo às
características da comunidade (OCEPE, 2016).

O que é o projeto curricular de grupo?


O projeto curricular de grupo articula-se com o projeto educativo e consiste numa proposta de
orientação da ação educativa elaborada em cada ano pelo/a educador/a, que, tendo em conta as
suas intenções pedagógicas, o grupo de crianças e o seu contexto familiar e social, prevê as
estratégias mais adequadas para apoiar o desenvolvimento e promover as aprendizagens das
crianças a realizar ao longo do ano. Este projeto inclui, ainda, modalidades de participação dos
pais/famílias e a explicitação dos processos e instrumentos de avaliação a utilizar (OCEPE, 2016).

O que são projetos de aprendizagem?


Os projetos de aprendizagem ¬têm como ponto de partida uma curiosidade ou interesse de uma
ou várias crianças que, com o apoio do/a educador/a preveem o que vão fazer e como realizam os
processos e ações previstas, sintetizam o que aprenderam e comunicam a outros essas
aprendizagens. São meios privilegiados de participação das crianças no planeamento e na avaliação
e de articulação de conteúdos (OCEPE, 2016).

As Metas de Aprendizagem para a educação pré-escolar estão em vigor?


Não. As metas de aprendizagem não foram homologadas. O documento que orienta o currículo na
Educação Pré-Escolar designa-se Orientações Curriculares para a Educação-Pré-Escolar,
homologadas pelo Despacho n.º 9180/2016, de 19 de julho.

Os pais podem participar no funcionamento do jardim de infância?


Sim. Aos pais e encarregados de educação está garantida, por lei, a sua participação, através da
integração de representantes eleitos ou designados para o efeito ou das associações de pais, nos
órgãos e estruturas do estabelecimento/agrupamento (Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro, Decreto-Lei
n.º 147/97, de 11 de junho; OCEPE, 2016; Decreto-Lei nº 75/2008, de 22 de abril, na sua redação
atual).
De que forma é que os pais podem participar no jardim de infância?
De acordo com as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar, “Os pais/famílias, como
principais responsáveis pela educação dos filhos/as, têm o direito de participar no desenvolvimento
do seu percurso pedagógico, não só sendo informados do que se passa no jardim de infância, como
tendo também oportunidade de dar contributos que enriqueçam o planeamento e a avaliação da
prática educativa” (OCEPE, 2016).

As atividades de animação e de apoio à família são consideradas componente letiva?


Não. As atividades de animação e de apoio à família destinam-se a assegurar o acompanhamento
das crianças antes e depois do período das atividades letivas e durante os períodos de interrupção
letiva, sendo obrigatória a sua oferta.

Porque surgiram as atividades de animação e de apoio à família?


As atividades de animação e de apoio à família surgiram para possibilitar às famílias a conciliação
entre a vida profissional e a vida familiar. A permanência das crianças no estabelecimento de
educação pré-escolar para além das 5 horas letivas só se justifica quando as famílias não têm outra
opção, uma vez que, do ponto de vista pedagógico, as 5 horas são o período de tempo adequado.

As atividades de animação e de apoio à família são comparticipadas?


Sim. As atividades de animação e de apoio à família são comparticipadas pelo Estado, sendo os
respetivos valores estabelecidos pelos Acordos de Cooperação celebrados com as Câmaras
Municipais, as Instituições Particulares de Solidariedade Social – IPSS, as Misericórdias e as
Mutualidades. A comparticipação das famílias é determinada de forma proporcional ao rendimento
do agregado familiar e com base em escalões de rendimentos per capita indexados à remuneração
mínima mensal. A definição das normas relativas à comparticipação dos pais está regulamentada
no Despacho Conjunto n.º 300/97, de 4 de setembro.

De quem é a responsabilidade pela implementação das atividades de animação e de apoio


à família?
A responsabilidade pela implementação destas atividades é dos Municípios, Associações de Pais,
Instituições Particulares de Solidariedade Social ou outras entidades que promovam este tipo de
resposta social, no âmbito dos protocolos de cooperação celebrados entre o Ministério da
Educação, o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e a Associação Nacional dos
Municípios Portugueses, a União das Instituições Particulares de Solidariedade Social, a União das
Misericórdias Portuguesas e a União das Mutualidades Portuguesas.
No âmbito dos referidos protocolos de cooperação, compete aos órgãos competentes dos
agrupamentos de escolas e direções pedagógicas a planificação das atividades de animação e de
apoio à família, tendo em conta as necessidades das crianças e das famílias.

É da responsabilidade dos/as educadores/as de infância assegurar a supervisão pedagógica que


compreende o planeamento, o acompanhamento e a avaliação das atividades, através de reuniões
com os respetivos dinamizadores, bem como reuniões com os Encarregados de Educação, tendo
em vista garantir a qualidade das atividades desenvolvidas (Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de
agosto).

Existe legislação que regulamenta a sesta no jardim de infância?


Não existe normativo legal que regulamente a prática da sesta no jardim de infância. Trata-se de
assunto que envolve aspetos de organização e funcionamento dos estabelecimentos de educação
pré-escolar, pelo que compete à instituição proceder de acordo com as regras estabelecidas, nos
termos do seu Regulamento Interno.
No caso de situações de necessidade de sesta por parte das crianças, independentemente da sua
idade ou do grupo em que estão inseridas, a mesma deverá ser equacionada pelo jardim de
infância. Se esta situação se colocar, terá de se ter em conta a segurança, a higiene e as condições
físicas do local a utilizar pelas crianças durante o repouso, bem como de pessoal a alocar à
vigilância da sesta.

Que critérios devem prevalecer na constituição dos grupos na educação pré-escolar?


Na constituição dos grupos devem prevalecer critérios de natureza pedagógica definidos no projeto
educativo e no regulamento interno dos estabelecimentos. Considerando que a interação entre
crianças, em momentos diferentes de desenvolvimento e com saberes diversos, é facilitadora do
desenvolvimento e da aprendizagem, a decisão da composição etária deve, também, corresponder
a uma opção pedagógica. A existência de grupos com crianças de diferentes idades acentua a
diversidade e enriquece as interações no grupo, proporcionando múltiplas ocasiões de
aprendizagem entre crianças (OCEPE, 2016; Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho).

Qual o número de crianças por grupo?


No jardim de infância, os grupos são constituídos por um número mínimo de 20 e um máximo de
25 crianças (Decreto-Lei n. º 147/97, de 11 de junho).

Os grupos podem ser constituídos por um número mínimo de 20 crianças sempre que, em relatório
técnico-pedagógico, seja identificada como medida de suporte à aprendizagem e à inclusão a
necessidade de integração da criança em número reduzido, não podendo este incluir mais de duas
nestas condições. (Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho)

Qual o ratio de assistentes operacionais por grupo no jardim de infância?


“Na educação pré-escolar o ratio de assistentes operacionais é de um por cada grupo de crianças
regularmente constituído em sala, em conformidade com o limite definido em despacho normativo
de constituição de turmas” (n.º 1 do artigo 7.º da Portaria n.º 272-A/2017, de 13 de setembro).
Legislação
Despacho n.º 9180/2016 - Diário da República n.º 137/2016, Série II de 2016-07-19
Educação - Gabinete do Secretário de Estado da Educação
» Homologa as orientações curriculares para a educação pré-escolar.

Lei n.º 65/2015, de 3 de julho – primeira alteração à Lei n.º 85/2009, de 27 agosto

» Estabelece a universalidade da educação pré-escolar para as crianças a partir dos 4 anos de


idade.

Lei n.º 85/2009, de 27 de agosto


» Estabelece o regime de escolaridade obrigatória e consagra a universalidade da educação pré-
escolar para as crianças a partir dos 5 anos de idade.

Lei n.º 46/86, de 14 de outubro

» Lei de Bases do Sistema Educativo.

Lei n.º 5/97, de 10 de fevereiro

» Lei-Quadro da Educação Pré-Escolar - consagra o ordenamento jurídico da educação pré-


escolar, na sequência da Lei de Bases do Sistema Educativo.

Decreto-Lei n.º 152/2013, de 4 de novembro

[D. R. n.º 213, Série I de 2013-11-04]


Ministério da Educação e Ciência
» Aprova o Estatuto do Ensino Particular e Cooperativo de nível não superior.

Decreto-Lei n.º 137/2012, de 2 de julho que republica o Decreto-Lei n.º 75/2008, de 22 de


abril

» Aprova o regime de autonomia, administração e gestão dos estabelecimentos públicos da


educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário.

Decreto–Lei nº 3/2008, de 7 de janeiro

» Define os apoios especializados a prestar na educação pré-escolar e nos ensinos básico e


secundário dos sectores público, particular e cooperativo.

Decreto-Lei n.º 147/97, de 11 de junho

» Estabelece o ordenamento jurídico do desenvolvimento e expansão da rede nacional de


educação pré-escolar e define o respectivo sistema de organização e financiamento.

Decreto-Lei n.º 542/79, de 31 de dezembro

» Estatuto dos Jardins de Infância da Rede Pública do Ministério da Educação.

Despacho Conjunto n.º 300/97, de 4 de setembro

» Define as normas que regulam a comparticipação dos pais e encarregados de educação no


custo das componentes não educativas dos estabelecimentos de educação pré-escolar.

Despacho Conjunto n.º 268/97, de 25 de agosto

» Define os requisitos pedagógicos e técnicos para a instalação e funcionamento de


estabelecimentos de educação pré-escolar. Normas de instalações.

Despacho Conjunto n.º 258/97, de 21 de agosto

» Define os critérios a utilizar pelos estabelecimentos de educação pré-escolar, quanto à escolha


das instalações e do equipamento didático.

Despacho n.º 10913/2015 - Diário da República n.º 192/2015, Série II de 2015-10-01


» Determina o apoio financeiro aos estabelecimentos de educação pré-escolar da rede pública
para aquisição de material didático, no ano letivo 2015/2016.
Despacho n.º 11236/2015 - Diário da República n.º 196/2015, Série II de 2015-10-07

Ministérios da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinetes dos


Secretários de Estado do Ensino e da Administração Escolar e da Solidariedade e da Segurança
Social

» Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar - CNIS - UMP - fixação da


compensação financeira para o ano letivo 2014-2015

Despacho n.º 11237/2015 - Diário da República n.º 196/2015, Série II de 2015-10-07

Ministérios da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinetes dos


Secretários de Estado do Ensino e da Administração Escolar e da Solidariedade e da Segurança
Social

» Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-Escolar - ANMP - fixação do apoio


financeiro para o ano letivo 2014/2015.

Despacho n.º 1026/2014. D. R. n.º 15, Série II de 2014-01-22

Ministérios da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinetes dos


Secretários de Estado do Ensino e da Administração Escolar e da Solidariedade e da Segurança
Social
» Fixa o apoio financeiro estabelecido no protocolo de cooperação entre o Governo e a
Associação Nacional de Municípios Portugueses no Programa de Expansão e Desenvolvimento da
Educação Pré-Escolar.

Despacho n.º 1025/2014. D. R. n.º 15, Série II de 2014-01-22

Ministérios da Educação e Ciência e da Solidariedade, Emprego e Segurança Social - Gabinetes dos


Secretários de Estado do Ensino
e da Administração Escolar e da Solidariedade e da Segurança Social
» Fixa o apoio financeiro estabelecido no protocolo de cooperação entre o Governo, a União das
Instituições Particulares de Solidariedade Social, a União das Misericórdias Portuguesas e a União
das Mutualidades Portuguesas no Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-
Escolar.

Portaria n.º 644-A/2015, de 24 de agosto

» Define as normas a observar no período de funcionamento dos estabelecimentos de educação


e ensino público, bem como, na oferta de atividades de animação e de apoio à família (AAAF), da
componente de apoio à família (CAF) e das atividades de enriquecimento curricular (AEC).

Despacho n.º 7104-A/2015, de 26 de junho

» Determina o Calendário Escolar para 2015/2016.

Despacho normativo n.º 7-B/2015, de 7 de maio

» Alterado pela Declaração de retificação n.º 511/2015, de 18 de junho, que estabelece os


procedimentos da matrícula e respetiva renovação e normas a observar na distribuição de crianças
e alunos, constituição de turmas e no período de funcionamento dos estabelecimentos de
educação e ensino
Despacho n.º 4818/2013, de 8 de abril

» Cria um grupo de trabalho com a missão de analisar e identificar os impactos da implementação


e os procedimentos inerentes do atual Programa de Expansão e Desenvolvimento da Educação Pré-
escolar.

Despacho n.º 5220/97, de 4 de Agosto

» Aprova as Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar.

Portaria n.º 1049-A/2008, de 16 de setembro

» Define os critérios e respetiva fórmula de cálculo para a determinação da dotação máxima de


referência do pessoal não docente por agrupamento de escolas ou escola não agrupada.

Despacho Normativo n.º 7/2013, de 11 de junho

» Concretiza os princípios consagrados no regime de autonomia, administração e gestão dos


estabelecimentos públicos de educação pré-escolar e dos ensinos básico e secundário no que diz
respeito à organização do ano letivo. Estabelece ainda, orientações a observar na organização dos
tempos escolares dos alunos e na operacionalização da Oferta Complementar.

Portaria n.º 320/2013. D. R. n.º 206, Série I de 2013-10-24

Ministério da Educação e Ciência


» Fixa os montantes do subsídio anual por aluno concedidos ao abrigo de contratos simples e de
desenvolvimento celebrados entre o Estado e os estabelecimentos de ensino particular e
cooperativo.

Portaria n.º 293/2013. D. R. n.º 186, Série I de 2013-09-26

Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social.


» Alarga o Programa de Apoio e Qualificação do Sistema Nacional de Intervenção Precoce na
Infância
Ensino Básico
1º CICLO

Horário
O horário deve ser acordado entre si e os professores, de acordo com a sua
disponibilidade, permitindo-lhe a conciliação dos estudos com uma atividade
profissional.
[O horário deve ser acordado entre o aluno e os professores, de acordo com a
disponibilidade daquele, permitindo-lhe a conciliação dos estudos com uma atividade
profissional.]

Plano curricular
O plano curricular integra três domínios: Português, Matemática e Mundo Actual.
[Os conteúdos a abordar correspondem a Português, Matemática e Mundo Actual.
Estes conteúdos constam de programas referenciais, a partir dos quais cada professor
deverá elaborar o seu próprio programa de formação.]

Avaliação
Ao ingressar no 1º ciclo do ensino recorrente, será sujeito a uma avaliação diagnóstica e
a um reconhecimento dos saberes adquiridos que permitirá criar um plano de trabalho
adaptado aos seus interesses e necessidades.
A avaliação tem por função verificar se atingiu os objetivos definidos e apresenta duas
modalidades:
- Contínua (se tiver frequentado o curso durante um mínimo de 150 horas ou 60 dias);
- Final (se for aluno autoproposto).

Qual a certificação
A conclusão com aproveitamento do 1º ciclo do ensino básico recorrente confere-lhe
uma certificação escolar equivalente, para todos os efeitos legais, à que seria obtida pela
via considerada regular.
- Se nasceu antes de 1 de janeiro de 1967, pode requerer um diploma e um certificado,
nos termos do Decreto-Lei n.º 538/79, de 31 de dezembro (modelo n.º 1108 da
Imprensa Nacional Casa da Moeda);
- Se nasceu depois de 1 de janeiro de 1967, pode requerer apenas um certificado
(modelo nº 0161 da Editorial do Ministério da Educação).

Prosseguimento de estudos/formação
A certificação obtida com a conclusão do 1º ciclo do ensino básico recorrente permite-
lhe o prosseguimento de estudos através do 2º ciclo do ensino básico recorrente, de um
Curso de Educação e Formação ou de um Curso de Educação e Formação de Adultos
(no caso de ter idade igual ou superior a 18 anos).

Onde
Os Cursos do Ensino Básico Recorrente do 1º Ciclo podem funcionar em:
- estabelecimentos do ensino público;
- estabelecimentos do ensino particular ou cooperativo.
A rede de oferta do ensino básico recorrente tem vindo progressivamente a ser
substituída por outras ofertas de educação e formação.
Para mais informação, contactar a Direção Regional de Educação competente.

Legislação
Se quiser saber mais sobre o primeiro ciclo do ensino básico recorrente, pode
consultar a legislação referente a este nível de ensino.
Avaliação
Foram publicados dois diplomas de regulação da avaliação das aprendizagens de alunos no ensino
básico e no ensino secundário, o Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, que procede à terceira
alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos Decretos-Lei n.ºs
91/2013, de 10 de julho, e 176/2014, de 12 de dezembro, e o Despacho normativo n.º
1-F/2016, de 5 de abril, que regulamenta o novo regime de avaliação e certificação das
aprendizagens desenvolvidas pelos alunos no ensino básico.

O Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, estabelece os princípios orientadores da avaliação das


aprendizagens nos ensinos básico e secundário, e aponta para um modelo integrado de avaliação
externa das aprendizagens para o ensino básico que clarifique os propósitos da avaliação e
simultaneamente contribua para uma intervenção atempada nas aprendizagens dos alunos. Assim:

introduz as provas de aferição, a realizar em fases intermédias dos 1.º, 2.º e 3.º
ciclos, a realizar no final do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, mantendo as provas
finais de ciclo, que visam certificar a conclusão do 3.º ciclo do ensino básico e criar
a possibilidade de prosseguimento de estudos no ensino secundário;
identifica as finalidades da avaliação enquanto processo regulador do ensino e
da aprendizagem;
identifica e define as diferentes modalidades de avaliação interna das
aprendizagens, bem como os respetivos responsáveis e intervenientes
privilegiados;
atribui a responsabilidade da avaliação externa das aprendizagens aos serviços
ou organismos do Ministério da Educação;
a informação da resultante da avaliação sumativa, no 1.º ciclo, materializa-se na
atribuição de uma menção qualitativa acompanhada de uma apreciação descritiva
em todas as áreas curriculares. Nos 2.º e 3.º ciclos a informação resultante da
avaliação sumativa materializa-se numa escala numérica;
a retenção de um aluno, no ensino básico, para os anos não terminais de ciclo,
poderá ocorrer a título excecional. Verificando-se a retenção, compete ao
professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de turma nos 2.º e 3.º ciclos,
identificar as aprendizagens não desenvolvidas pelo aluno, as quais devem ser
tomadas em consideração na elaboração de um plano individual ou plano de
turma.
O Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, regulamenta o novo regime de avaliação e
certificação das aprendizagens no ensino básico. Apresenta também medidas de promoção do
sucesso educativo, que deverão ser delineadas tendo por referência os documentos curriculares
em vigor, o conhecimento efetivo das dificuldades e das características dos alunos e as
possibilidades de cada comunidade escolar.
Oferta Formativa
Ensino básico geral

Ensino básico na modalidade de ensino a distância

Ensino básico na modalidade de ensino doméstico

Ensino básico na modalidade de ensino recorrente

Avaliação
Foram publicados dois diplomas de regulação da avaliação das aprendizagens
de alunos no ensino básico e no ensino secundário, o Decreto-Lei n.º 17/2016,
de 4 de abril, que procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de
5 de julho, alterado pelos Decretos-Lei n.ºs 91/2013, de 10 de julho,
e 176/2014, de 12 de dezembro, e o Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de
abril, que regulamenta o novo regime de avaliação e certificação das
aprendizagens desenvolvidas pelos alunos no ensino básico.
O Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, estabelece os princípios orientadores
da avaliação das aprendizagens nos ensinos básico e secundário, e aponta
para um modelo integrado de avaliação externa das aprendizagens para o
ensino básico que clarifique os propósitos da avaliação e simultaneamente
contribua para uma intervenção atempada nas aprendizagens dos alunos.
Assim:

introduz as provas de aferição, a realizar em fases intermédias dos 1.º,


2.º e 3.º ciclos, a realizar no final do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade,
mantendo as provas finais de ciclo, que visam certificar a conclusão do
3.º ciclo do ensino básico e criar a possibilidade de prosseguimento de
estudos no ensino secundário;

identifica as finalidades da avaliação enquanto processo regulador do


ensino e da aprendizagem;

identifica e define as diferentes modalidades de avaliação interna das


aprendizagens, bem como os respetivos responsáveis e intervenientes
privilegiados;

atribui a responsabilidade da avaliação externa das aprendizagens aos


serviços ou organismos do Ministério da Educação;

a informação da resultante da avaliação sumativa, no 1.º ciclo,


materializa-se na atribuição de uma menção qualitativa acompanhada de
uma apreciação descritiva em todas as áreas curriculares. Nos 2.º e 3.º
ciclos a informação resultante da avaliação sumativa materializa-se numa
escala numérica;

a retenção de um aluno, no ensino básico, para os anos não terminais


de ciclo, poderá ocorrer a título excecional. Verificando-se a retenção,
compete ao professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de
turma nos 2.º e 3.º ciclos, identificar as aprendizagens não desenvolvidas
pelo aluno, as quais devem ser tomadas em consideração na elaboração
de um plano individual ou plano de turma.

O Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, regulamenta o novo regime


de avaliação e certificação das aprendizagens no ensino básico. Apresenta
também medidas de promoção do sucesso educativo, que deverão ser
delineadas tendo por referência os documentos curriculares em vigor, o
conhecimento efetivo das dificuldades e das características dos alunos e as
possibilidades de cada comunidade escolar.

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