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Educação em Portugal
O ano escolar, chamado de ano letivo, começa em setembro até junho/julho do ano seguinte,
dependendo da escola ou nível de educação. (O ano letivo dura entre 9 a 10 meses).
O ensino obrigatório divide-se em três grandes partes: ensino primário, ensino básico e ensino
secundário.
O Ensino Superior é facultativo e para quem quer prosseguir os seus estudos num nível superior.
A taxa de alfabetização nos adultos situa-se nos 95%. As matrículas para a escola primária estão
próximas dos 100%.
A Declaração de Bolonha foi adotada desde 2006 pelas universidades e institutos politécnicos
portugueses.
Estrutura do ensino
Ensino básico
O ensino básico divide-se em três ciclos, a saber: 1º ciclo, 2º ciclo e 3º ciclo.
Provas de Aferição
No primeiro ciclo, os alunos do 2.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
de modo a aferir se os alunos estão capacitados às disciplinas de expressões artísticas, Expressões
Físico-Motoras, Português e Estudo do Meio, Matemática e Estudo do Meio. São realizadas quatro
provas, comumente durante o mês de julho.
2º Ciclo: 5º e 6º Anos
No 2.º ciclo, a avaliação dos alunos é feita numa escala numerada, não linear, de 1 a 5, em que
cada nota corresponde a uma das percentagens da tabela:
Not
Percentagem Menções
a
1 0% a 19%
Insuficiente
2 20% a 49%
A matriz curricular implementada neste ciclo contempla o ensino das seguintes disciplinas:
Português
Inglês
Matemática
Ciências Naturais
História e Geografia de Portugal
Educação Musical
Educação Tecnológica
Educação Visual
Educação Física
Educação Moral e Religiosa (de caráter opcional)
Cada escola deve ainda oferecer um determinado número de horas de apoio ao estudo, e é livre de
ter outras atividades de enriquecimento curricular, ao seu critério.
Provas de Aferição
No segundo ciclo, os alunos do 5.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
às disciplinas de Educação Musical, Educação Visual e Educação Tecnológica,
Português e Português Língua Segunda. Estas duas provas são comummente realizadas durante o
mês de julho.[4]
A matriz curricular implementada neste ciclo contempla o ensino das seguintes disciplinas:
Português
Inglês
2.ª língua estrangeira
História
Geografia
Matemática
Ciências Naturais
Físico-Química
A segunda língua estrangeira é escolhida pelo aluno e pode ser uma das seguintes:
Espanhol
Francês
Alemão
Cada escola deve ainda oferecer um determinado número de horas de apoio ao estudo, e é livre de
ter outras atividades de enriquecimento curricular, ao seu critério.
Provas de Aferição
No terceiro ciclo, os alunos do 8.º ano são alvo de avaliação, por intermédio de provas de aferição,
às disciplinas de Matemática e de Português. Estas duas provas são comummente realizadas
durante o mês de julho.[4]
Exames Nacionais: No 9° ano os alunos são alvo de avaliação, por intermédio do Exames Nacionais,
às disciplinas de Português e Matemática. Este exame faz média com as notas do aluno ao longo do
ano, ao contrário das provas de aferição.
Apoio aos alunos com dislexia
No ensino público português a escola disponibiliza além dos apoios ao estudo, para alunos que
apresentem classificações inferiores a 3 (suficiente), também disponibiliza aos alunos com dislexia
comprovada, ou seja, com um relatório devidamente elaborado por um médico especializado.
Estes alunos com dislexia, apresentam condições especificas de aprendizagem e por isso as escolas
são obrigadas a disponibilizarem a estes alunos, os seguintes apoios:
Leitura de provas,
Ajuda na compreensão de textos e frases,
Não contabilizarem os erros dados por alunos disléxicos.
Estes apoios são dados por professores em salas individuais, embora ao longo do percurso escolar
destes alunos os apoios deverão ir desaparecendo gradualmente, de modo a tornar estes alunos
independentes de quaisquer apoios, com o objetivo de no 12º ano de escolaridade, ou seja, 18
anos, os alunos possam entrar na vida académica (ensino universitário/ superior) caso sigam o
ensino superior, por outro lado caso o aluno não siga o ensino superior, possa de modo
independente enfrentar a vida adulta.
1. Cursos Científico-Humanísticos
2. Cursos com Planos Próprios
3. Cursos Artísticos Especializados
4. Cursos Profissionais
5. Ensino Secundário na Modalidade de Ensino Recorrente
6. Cursos Vocacionais
No entanto, o Ensino Secundário é organizado de outra forma. Por se tratar este do ensino pré-
universitário, os alunos têm de escolher uma área de ensino na qual se desejam inscrever,
deixando desta forma de existir uma uniformidade nos conteúdos lecionados a todos os alunos. A
avaliação passa a ser feita numa escala linear, de 1 a 20 valores (usando-se também os valores
decimais, por exemplo 10,1 ou 18,3), em que a aprovação a uma disciplina implica uma nota igual
ou superior a 9,5 valores (dado que esta qualificação é arredondada para 10 valores).
Cursos Científico-Humanísticos
Os cursos científico-humanísticos constituem uma oferta educativa vocacionada para o
prosseguimento de estudos de nível superior. Destinam-se a alunos que tenham concluído o 9.º
ano de escolaridade ou equivalente.
Têm a duração de 3 anos letivos, correspondentes aos 10.º, 11.º e 12.º anos de escolaridade, e
conferem um diploma de conclusão do Ensino Secundário (12º ano).
Existem quatro cursos Cientifico-Humanísticos:
A componente de formação geral, comum aos quatro cursos, que visa contribuir para
a construção da identidade pessoal, social e cultural dos jovens. É constituída pelas
seguintes disciplinas:
o Português;
o Língua Estrangeira I, II ou III (Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês);
o Filosofia;
o Educação Física.
A componente de formação específica, que visa proporcionar formação científica
consistente no domínio do respetivo curso. As disciplinas constituintes desta formação
dependem do curso em questão:
o Uma disciplina trienal obrigatória (10.º, 11.º e 12.º anos);
o Duas disciplinas bienais (10.º e 11.º anos), a escolher de entre o leque de
opções de cada curso, sendo ambas obrigatoriamente ligadas à natureza
do mesmo;
o Duas disciplinas anuais (12.º ano), a escolher de entre as opções de cada
curso.
A disciplina de Educação Moral e Religiosa, de frequência facultativa.
Exames Nacionais
Os alunos dos cursos Científico-Humanísticos fazem obrigatoriamente quatro exames
nacionais, a saber:
No 11.º ano:
o A duas disciplinas bienais da componente de formação específica, ou a
uma das disciplinas bienais da componente de formação específica e à
disciplina de Filosofia da componente de formação geral, de acordo com
a opção do aluno.
No 12.º ano:
o À disciplina de Português.
o À disciplina trienal.
Estes exames nacionais são tidos em conta no cálculo da classificação final da disciplina, tendo um
peso de 30%. Os restantes 70% são determinados pela média aritmética simples das classificações
obtidas nos 2/3 anos em que o aluno estudou a disciplina em causa.
No acesso ao ensino superior, os exames necessários para entrar para um curso são os que já
foram feitos no secundário, não sendo necessário fazer provas de ingresso extra.
Cursos Profissionais
O ensino profissional, em Portugal, é responsabilidade da Agência Nacional para a Qualificação e o
Ensino Profissional, I.P. (ANQEP).
Os Cursos Profissionais, caracterizados por uma forte ligação com o mundo profissional, constituem
uma oferta educativa vocacionada para o desenvolvimento de competências para o exercício de
uma profissão, em articulação com o setor empresarial local.
São comummente apontados como mais apropriados para estudantes que procurem um ensino
mais prático e voltado para o mercado de trabalho, não excluindo, por outro lado, a hipótese do
prosseguimento de estudos.
O plano de estudos inclui três componentes de formação, dentro das quais se inserem as
disciplinas indicadas:
Sociocultural:
o Português
o Área de Integração
o Língua Estrangeira I, II ou III (Alemão, Espanhol, Francês ou Inglês);
o Tecnologias da Informação e Comunicação;
o Educação Física.
Científica:
o 2 a 3 disciplinas.
Técnica:
o 3 a 4 disciplinas
Estes cursos culminam com a apresentação de um projeto, designado por Prova de Aptidão
Profissional (PAP), no qual os alunos demonstram as competências e saberes desenvolvidos ao
longo da formação.
Os Cursos Profissionais estão distribuídos por 39 áreas de formação, listadas no site da ANQEP.
Ensino
Pré-Escolar
Educação de Infância
A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo
da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita
cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a
sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário.
Enquadramento
De acordo com a Lei Quadro, a educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no
processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a
qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento
equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre
e solidário.
Organização
A rede nacional de educação pré-escolar é constituída pela rede pública e pela rede privada. À rede
pública pertencem os estabelecimentos de educação pré-escolar do Ministério da Educação e do
Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social. Da rede privada fazem parte os
estabelecimentos com e sem fins lucrativos - instituições do ensino particular e cooperativo, no
primeiro caso e, no segundo, as instituições particulares de solidariedade social (IPSS).
No caso dos jardins de infância da rede pública existem, também, Protocolos assinados entre o
Ministério da Educação e as autarquias por forma a que haja uma comparticipação por parte do
Estado para o desenvolvimento das atividades de animação e de apoio à família. Esta componente
engloba o almoço e o prolongamento de horário. Os valores a subsidiar são estabelecidos,
anualmente, através de legislação própria. A comparticipação das famílias é calculada de acordo
com as respetivas condições socioeconómicas.
A decisão da composição etária do grupo de crianças deve corresponder a uma opção pedagógica,
tendo em conta que a interação entre crianças, em momentos diferentes de desenvolvimento e
com saberes diversos, é facilitadora do desenvolvimento e da aprendizagem (Orientações
Curriculares para a Educação Pré-Escolar, p. 24).
Neste âmbito e tendo em consideração dúvidas que têm vindo a ser colocadas a estes serviços, foi
elaborado um conjunto de Perguntas Frequentes com o objetivo de esclarecer os profissionais, as
famílias, as instituições e o público em geral sobre questões relacionadas com a educação pré-
escolar.
Numa perspetiva de colaboração e articulação, este trabalho foi realizado por uma equipa que
integrou elementos da Direção-Geral da Educação e da Inspeção-Geral da Educação e Ciência.
Pretende-se que este seja um documento aberto, no sentido de ser atualizado sempre que surjam
novas questões pertinentes para o público a que se destina.
Esta universalidade implica, para o Estado, o dever de garantir a existência de uma rede de
educação pré-escolar que permita a inscrição de todas as crianças por ela abrangidas e o de
assegurar que essa frequência se efetue em regime de gratuitidade da componente letiva.
Em qualquer uma das redes são asseguradas às crianças e às famílias as seguintes componentes:
Os grupos podem ser constituídos por um número mínimo de 20 crianças sempre que, em relatório
técnico-pedagógico, seja identificada como medida de suporte à aprendizagem e à inclusão a
necessidade de integração da criança em número reduzido, não podendo este incluir mais de duas
nestas condições. (Despacho Normativo n.º 10-A/2018, de 19 de junho)
Lei n.º 65/2015, de 3 de julho – primeira alteração à Lei n.º 85/2009, de 27 agosto
Horário
O horário deve ser acordado entre si e os professores, de acordo com a sua
disponibilidade, permitindo-lhe a conciliação dos estudos com uma atividade
profissional.
[O horário deve ser acordado entre o aluno e os professores, de acordo com a
disponibilidade daquele, permitindo-lhe a conciliação dos estudos com uma atividade
profissional.]
Plano curricular
O plano curricular integra três domínios: Português, Matemática e Mundo Actual.
[Os conteúdos a abordar correspondem a Português, Matemática e Mundo Actual.
Estes conteúdos constam de programas referenciais, a partir dos quais cada professor
deverá elaborar o seu próprio programa de formação.]
Avaliação
Ao ingressar no 1º ciclo do ensino recorrente, será sujeito a uma avaliação diagnóstica e
a um reconhecimento dos saberes adquiridos que permitirá criar um plano de trabalho
adaptado aos seus interesses e necessidades.
A avaliação tem por função verificar se atingiu os objetivos definidos e apresenta duas
modalidades:
- Contínua (se tiver frequentado o curso durante um mínimo de 150 horas ou 60 dias);
- Final (se for aluno autoproposto).
Qual a certificação
A conclusão com aproveitamento do 1º ciclo do ensino básico recorrente confere-lhe
uma certificação escolar equivalente, para todos os efeitos legais, à que seria obtida pela
via considerada regular.
- Se nasceu antes de 1 de janeiro de 1967, pode requerer um diploma e um certificado,
nos termos do Decreto-Lei n.º 538/79, de 31 de dezembro (modelo n.º 1108 da
Imprensa Nacional Casa da Moeda);
- Se nasceu depois de 1 de janeiro de 1967, pode requerer apenas um certificado
(modelo nº 0161 da Editorial do Ministério da Educação).
Prosseguimento de estudos/formação
A certificação obtida com a conclusão do 1º ciclo do ensino básico recorrente permite-
lhe o prosseguimento de estudos através do 2º ciclo do ensino básico recorrente, de um
Curso de Educação e Formação ou de um Curso de Educação e Formação de Adultos
(no caso de ter idade igual ou superior a 18 anos).
Onde
Os Cursos do Ensino Básico Recorrente do 1º Ciclo podem funcionar em:
- estabelecimentos do ensino público;
- estabelecimentos do ensino particular ou cooperativo.
A rede de oferta do ensino básico recorrente tem vindo progressivamente a ser
substituída por outras ofertas de educação e formação.
Para mais informação, contactar a Direção Regional de Educação competente.
Legislação
Se quiser saber mais sobre o primeiro ciclo do ensino básico recorrente, pode
consultar a legislação referente a este nível de ensino.
Avaliação
Foram publicados dois diplomas de regulação da avaliação das aprendizagens de alunos no ensino
básico e no ensino secundário, o Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, que procede à terceira
alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de 5 de julho, alterado pelos Decretos-Lei n.ºs
91/2013, de 10 de julho, e 176/2014, de 12 de dezembro, e o Despacho normativo n.º
1-F/2016, de 5 de abril, que regulamenta o novo regime de avaliação e certificação das
aprendizagens desenvolvidas pelos alunos no ensino básico.
introduz as provas de aferição, a realizar em fases intermédias dos 1.º, 2.º e 3.º
ciclos, a realizar no final do 2.º, 5.º e 8.º anos de escolaridade, mantendo as provas
finais de ciclo, que visam certificar a conclusão do 3.º ciclo do ensino básico e criar
a possibilidade de prosseguimento de estudos no ensino secundário;
identifica as finalidades da avaliação enquanto processo regulador do ensino e
da aprendizagem;
identifica e define as diferentes modalidades de avaliação interna das
aprendizagens, bem como os respetivos responsáveis e intervenientes
privilegiados;
atribui a responsabilidade da avaliação externa das aprendizagens aos serviços
ou organismos do Ministério da Educação;
a informação da resultante da avaliação sumativa, no 1.º ciclo, materializa-se na
atribuição de uma menção qualitativa acompanhada de uma apreciação descritiva
em todas as áreas curriculares. Nos 2.º e 3.º ciclos a informação resultante da
avaliação sumativa materializa-se numa escala numérica;
a retenção de um aluno, no ensino básico, para os anos não terminais de ciclo,
poderá ocorrer a título excecional. Verificando-se a retenção, compete ao
professor titular de turma, no 1.º ciclo, e ao conselho de turma nos 2.º e 3.º ciclos,
identificar as aprendizagens não desenvolvidas pelo aluno, as quais devem ser
tomadas em consideração na elaboração de um plano individual ou plano de
turma.
O Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de abril, regulamenta o novo regime de avaliação e
certificação das aprendizagens no ensino básico. Apresenta também medidas de promoção do
sucesso educativo, que deverão ser delineadas tendo por referência os documentos curriculares
em vigor, o conhecimento efetivo das dificuldades e das características dos alunos e as
possibilidades de cada comunidade escolar.
Oferta Formativa
Ensino básico geral
Avaliação
Foram publicados dois diplomas de regulação da avaliação das aprendizagens
de alunos no ensino básico e no ensino secundário, o Decreto-Lei n.º 17/2016,
de 4 de abril, que procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 139/2012, de
5 de julho, alterado pelos Decretos-Lei n.ºs 91/2013, de 10 de julho,
e 176/2014, de 12 de dezembro, e o Despacho normativo n.º 1-F/2016, de 5 de
abril, que regulamenta o novo regime de avaliação e certificação das
aprendizagens desenvolvidas pelos alunos no ensino básico.
O Decreto-Lei n.º 17/2016, de 4 de abril, estabelece os princípios orientadores
da avaliação das aprendizagens nos ensinos básico e secundário, e aponta
para um modelo integrado de avaliação externa das aprendizagens para o
ensino básico que clarifique os propósitos da avaliação e simultaneamente
contribua para uma intervenção atempada nas aprendizagens dos alunos.
Assim: