Você está na página 1de 19

AGRUPAMENTO VERTICAL DE ESCOLAS DE AVER-O-MAR

GUIÃO DE TRABALHO

Português Língua Não Materna

1º, 2º, 3º CICLOS

ANA REGINA COSTA

ALEXANDRA ALVES

ZULMIRA LIMA

Junho de 2009
1.Introdução

2.Situação dos alunos-Necessidades linguísticas

3.Recolha de informação-Perfis linguísticos

4.Avaliação diagnóstica

5.Grupos de nível de proficiência

6.Metodologias a adoptar

6.1. Perfis Linguísticos


6.2. Grupos de Nível de Proficiência Linguística

7.Avaliação das aprendizagens/Critérios de avaliação

8.Elaboração de testes-Testes intermédios/ Testes de diagnóstico

9.Anexos- Níveis comuns de referência: escala global - Quadro Europeu

Comum de Referência para as Línguas


1.INTRODUÇÃO

O presente documento / guião de trabalho foi elaborado de acordo com o

estipulado no Despacho Normativo 7/2006 de 6 de Fevereiro, que estabelece os


princípios de actuação e normas orientadoras para a implementação,
acompanhamento e avaliação das actividades curriculares e extra-curriculares a

desenvolver no Ensino Básico, no domínio do ensino do Português como Língua Não

Materna. Na base deste trabalho estiveram igualmente subjacentes os seguintes


normativos/documentos:

 Português Língua Não Materna no Currículo Nacional – Documento Orientador

– Julho 2005 – Programa para a integração dos alunos que não têm o
Português como Língua Materna – DGIDC – Ministério da Educação
 Português Língua Não Materna no Currículo Nacional – Orientações Nacionais:
Perfis linguísticos da população escolar que frequenta as escolas portuguesas
 Ofício - Circular nº 23 / DSEE7DES / 07 de 22/05/07 – DGIDC
 Ofício – Circular DGIDC / 2008 / 19 – DSDC – DGIDC
 Testes de Diagnóstico em PLNM – Introdução Geral – DGIDC

 Ofício-Circular Nº3/2009-DGIDC de 12/05/2009


 Orientações programáticas de Português Língua Não Materna-Ensino
Secundário-DGIDC

 Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas

Neste guião estão presentes os procedimentos / metodologias a observar nas

situações em que surjam alunos que tenham o Português como Língua Não Materna,
no Agrupamento de Escolas de Aver-o-Mar, sendo igualmente abrangidos pelas

medidas constantes deste documento, os alunos filhos de cidadãos nacionais em

situação de retorno a Portugal, os alunos inseridos no nosso sistema educativo


provenientes de grupos minoritários e os filhos de pais de origem africana, brasileira,

1
timorense ou outra, nascidos em Portugal, sempre que se verifique que a sua

proficiência linguística não lhes permite uma integração total no currículo regular.

2.Situação dos alunos

Em Portugal, principalmente ao longo das últimas décadas, tem vindo a crescer

o número de crianças/jovens chegados às nossas escolas, quer estrangeiros, quer


filhos de emigrantes ou provenientes de outros quadros linguísticos complexos, cujas

dificuldades no domínio da Língua Portuguesa se tornam um obstáculo à sua

integração no nosso sistema de ensino. Estes alunos podem apresentar as seguintes


necessidades:

 Necessidades linguísticas – resultantes do desconhecimento total ou


parcial da língua portuguesa (e dos códigos culturais da sociedade de
acolhimento a ela associados), com consequências tanto para as
relações interpessoais e sociais, como para a aprendizagem nas
restantes disciplinas;
 Necessidades curriculares – resultantes das diferenças de currículo
entre o país de origem e o país de acolhimento, que podem constituir
saberes insuficientes para o avanço das aprendizagens;
 Necessidades de integração – resultantes das diferenças sociais e
culturais entre o país de origem e o nosso país. A estas necessidades
acrescem, muitas vezes, condições sociofamiliares desfavorecidas.

3.Recolha de informação / Perfis linguísticos

De modo a responder adequadamente a esta heterogeneidade sociocultural e

linguística e criar as condições necessárias que assegurem a plena e efectiva


integração desses alunos, quando eles chegam à escola, torna-se necessária a

identificação do seu perfil linguístico. Para o efeito, deve proceder-se a uma recolha

inicial de informação sobre a situação sociolinguística dos alunos, a partir de uma ficha
individual, que deve ser aplicada a todos os alunos e preenchida pelos respectivos
pais / encarregados de educação. Este registo deverá fazer parte do Processo
Individual do aluno e conter informação acerca da sua língua materna, do

2
conhecimento de outras línguas, da(s) língua(s) falada(s) pelo aluno (na escola; com

os seus pares), de aspectos sociolinguísticos do agregado familiar, de datas (de

chegada a Portugal, de entrada na escola), do percurso de aprendizagem anterior, de


dificuldades de aprendizagem identificadas e de hábitos de estudo, entre outros.

Os alunos deverão, então, ser enquadrados no perfil adequado, de acordo

com as orientações nacionais estabelecidas no documento “Português Língua Não

Materna no Currículo Nacional- Orientações Nacionais: - Perfis linguísticos da


população escolar que frequenta as escolas portuguesas “:

1. Alunos para quem o Português Europeu (PE) ou o Português Brasileiro (PB)


sempre foi língua materna, língua de comunicação com os seus pares e foi
sempre a língua da escola e da família;

2. Alunos para quem a língua materna, a língua de comunicação com a família e


com os seus pares fora do ambiente escolar, não é nenhuma das variedades
do português;

3. Alunos, filhos de emigrantes portugueses recém-regressados a Portugal, para


quem o português é língua materna, mas que não foi ou não foi sempre a
língua da família, da escola e da comunicação com os seus pares;

4. Alunos para quem a língua materna, a língua de comunicação com os seus


pares e com a família, é geralmente um crioulo de base lexical portuguesa e,
eventualmente, uma variedade do português;

5. Alunos com um quadro linguístico complexo: a língua da primeira infância, de


comunicação com os seus pares e com a família, é uma (ou mais do que uma)
língua genética e tipologicamente afastada do português; em dado momento,
esta língua pode ter sido abandonada e substituída por uma variedade não
escolarizada de português.

3
4.Avaliação Diagnóstica

Após o posicionamento do aluno no perfil adequado, há que ter em conta as

seguintes situações:

 Alunos de Grau Zero – alunos recém chegados a Portugal, que

necessitam de acompanhamento especial por parte do professor, por


não terem qualquer capacidade de comunicação em Português. Estes

alunos devem ser submetidos a uma avaliação inicial que deve resultar

da observação do aluno em contexto escolar e de uma pequena


conversa informal e espontânea entre avaliador e aluno, que deve

incidir sobre aspectos básicos da socialização e não durar mais do que


dez minutos. Esta avaliação inicial não deve ser feita logo após a
chegada do aluno à escola, sendo recomendável um período de cerca
de duas semanas para a sua adaptação.

 Alunos para os quais é necessário determinar o nível de proficiência em


que se encontram – estes alunos serão submetidos a uma avaliação

diagnóstica para:
a) Avaliar os conhecimentos de Português, posicionando-os nos níveis
de proficiência linguística (Iniciação, Intermédio e Avançado);

b) Obter informações que permitam desenvolver formas diferenciadas


de actuação pedagógica e didáctica no ensino da Língua

Portuguesa;
c) Identificar pontos fortes e fracos do seu desempenho oral e escrito,
em situações de compreensão e de expressão;
d) Conhecer o seu historial de aprendizagem, em particular
relativamente a outras disciplinas do currículo;
e) Detectar aspectos importantes para o seu desenvolvimento
sociolinguístico;
f) Identificar as situações em que o aluno recorre ao Português, se for
o caso.

4
A avaliação diagnóstica deve ter as seguintes componentes:

Entrevista inicial

O contacto que esta entrevista proporciona é muito importante, pois permite ao


professor de PLNM aferir o nível de compreensão, interacção e produção orais do
aluno, conhecer aspectos da sua identidade cultural, assim como estabelecer o elo de
ligação entre aquele e a restante comunidade escolar.

Teste diagnóstico

a) Teste oral
Este teste tem como objectivo detectar o grau de compreensão do discurso a
que o aprendente é exposto e desencadear a interacção e produção orais; consiste na
audição de exercícios de escuta/ leitura de pequenos textos para verificar a
compreensão oral e desencadear a interacção.

b) Teste escrito
Estes testes devem ter como base os descritores do QECR- Quadro Europeu
Comum de Referência- que apresentam os níveis de referência para as competências
de compreensão e produção oral e escrita, constituindo um instrumento fundamental
de trabalho para o professor, uma vez que facilitam a formação de grupos com os
alunos diagnosticados.

5.Grupos de Nível de Proficiência Linguística

Com base no Quadro Europeu Comum de Referência para as Línguas,


nomeadamente o quadro1, em anexo a este documento: Níveis Comuns de

Referência-escala global, são criados os seguintes Níveis de Proficiência Linguística:

 Iniciação (A1, A2)


 Intermédio (B1)

 Avançado (B2, C1)

5
Considera-se que os alunos posicionados no nível de Iniciação são os que ainda
não possuem as competências linguísticas nos domínios da compreensão, expressão
e interacção orais e da compreensão e expressão escritas que caracterizam A1 e A2,
necessitando, portanto, de as desenvolver, antes de transitarem para o nível B1.
Os alunos posicionados no nível Intermédio são os que já apresentam níveis de
desempenho nos domínios da compreensão, expressão e interacção orais e da
compreensão e expressão escritas, descritos em A2, necessitando de desenvolver as
competências referidas em B1.
Os alunos posicionados no nível Avançado são os que já apresentam níveis de
desempenho nos diferentes domínios descritos em B1, necessitando de desenvolver
as competências próprias de B2 e C1.

Após a avaliação diagnóstica para aferir o nível de proficiência linguística dos

alunos, nas competências da compreensão oral, leitura, produção oral e produção


escrita, proceder-se-á ao seu enquadramento no nível adequado, estando previstas as
seguintes situações:

 Os alunos posicionados no nível avançado (B2, C1) consideram-se aptos a


acompanhar o currículo nacional, podendo, não obstante, ser alvo de
acompanhamento suplementar, se o Conselho de Turma assim o entender.

 Os alunos inseridos no nível de iniciação (A1, A2) ou no nível intermédio (B1)


têm o Português Língua Não Materna como Língua Estrangeira (L2), devendo
esta disciplina ser destinada ao trabalho da língua portuguesa enquanto língua
veicular de conhecimento para outras disciplinas de estudo.

Estes alunos devem ser inseridos em Grupos de Nível de Proficiência, cuja

metodologia de ensino da Língua Portuguesa será a de Língua Estrangeira. A

respectiva carga horária semanal deverá corresponder a um período de noventa (90)


minutos, no âmbito da área curricular não disciplinar de Estudo Acompanhado.

Quando tal medida não seja exequível, os alunos devem beneficiar de aulas de apoio

sempre direccionadas para o ensino de Portugês como Língua Segunda, sendo de

6
todo importante que as aulas de PLNM, bem como as de apoio, sejam ministradas,

sempre que possível, por docentes com formação em didáctica para as línguas

estrangeiras.

No que diz respeito ao primeiro ciclo e conforme o Ofício-circular 3/2009 de 12


de Maio da DGIDC, foi aprovada a atribuição de horas para leccionação de PLNM no

1º ciclo na componente lectiva equiparada a Estudo Acompanhado, devendo o

Agrupamento apresentar as suas propostas à Direcção Regional de Educação do


Norte quando se torne necessário implementar o acompanhamento dos alunos de

PLNM naquele nível de escolaridade.

A Direcção Executiva do Agrupamento pode ainda, se considerar necessário,


dispôr da oferta de Escola para as actividades a desenvolver, no âmbito de PLNM.

6.Metodologias a adoptar

6.1. Perfis Linguísticos


Os cinco perfis linguísticos estabelecidos no documento “Português Língua não
Materna no Currículo Nacional-Orientações Nacionais:Perfis linguísticos da população
escolar que frequenta as escolas portuguesas”, requerem atitudes diferentes por parte
da escola e, por conseguinte, diferentes metodologias.

1. Alunos para quem o Português Europeu (PE) ou o Português Brasileiro (PB)


sempre foi língua materna, língua de comunicação com os seus pares e foi sempre a
língua da escola e da família:

• Seguem o currículo nacional (geral); mas o professor de Português e os das


restantes disciplinas devem:
• Respeitar as características próprias do Português Brasileiro;
• Conhecer as convenções ortográficas;
• Saber distinguir os desvios à norma.
A seu tempo, o aluno pode adquirir a norma-padrão do Português Europeu.

7
2. Alunos para quem a língua materna, a língua de comunicação com a família e com
os seus pares fora do ambiente escolar, não é nenhuma das variedades do português:
• Deve ser adoptada uma metodologia de ensino do português L2.

3. Alunos, filhos de emigrantes portugueses recém-regressados a Portugal, para quem


o português é língua materna, mas que não foi ou não foi sempre a língua da família,
da escola e da comunicação com os seus pares:

• Se não tiverem competência para seguirem o currículo nacional, devem ser


integrados em grupos de falantes de português L2.

4. Alunos para quem a língua materna, a língua de comunicação com os seus pares e
com a família, é geralmente um crioulo de base lexical portuguesa e, eventualmente,
uma variedade do português:

• Se não tiverem competência para seguirem o currículo nacional, devem ser


integrados em grupos de falantes de português L2.

5. Alunos com um quadro linguístico complexo: a língua da primeira infância, de


comunicação com os seus pares e com a família, é uma (ou mais do que uma) língua
genética e tipologicamente afastada do português; em dado momento, esta língua
pode ter sido abandonada e substituída por uma variedade não escolarizada de
português (Refugiados):

• Devem ser integrados em grupos de falantes de português L2.

6.2. Grupos de Nível de Proficiência (GNP)

a) Cada grupo de nível deve ser atribuído a um professor de Língua


Portuguesa / Português, que deverá articular-se com os restantes elementos do

8
Conselho de Turma (2º e 3º ciclo), Conselho de Docentes (1º ciclo) e outras estruturas

no domínio do PLNM.

b) Os grupos de nível não devem ter mais de dez alunos.

c) A carga horária semanal do grupo de nível será fixa, incluída no horário do

aluno e deverá ser definida pelo Órgão Directivo, em articulação com o Director de
Turma, professores de PLNM e outras estruturas intervenientes no processo.

d) A planificação do trabalho para cada GNP deverá ser feita, tendo em conta

as características dos alunos, bem como as orientações nacionais para PLNM.

e) O Professor Titular de Turma, no 1º ciclo, e os Professores de cada

Conselho de Turma, no 2º e 3º ciclo, devem contribuir para a elaboração de materiais


didácticos, especialmente necessários no nível de iniciação.

f) Os alunos de PLNM poderão transitar de nível em qualquer altura do ano, de


acordo com a sua evolução / progresso.

g) A metodologia de ensino da Língua Portuguesa a adoptar para as aulas de


Português nos GNP deve ser de L2 (Língua Estrangeira / Língua Segunda), devendo
ter-se sempre em conta a especificidade do trabalho com alunos que têm o português
como PLNM, devido ao facto de estes constituírem um grupo heterogéneo por serem
oriundos de diferentes faixas etárias, linguísticas e culturais, o que poderá conduzir a
distintos ritmos de progressão, na aprendizagem.

Em conformidade, as aulas de PLNM devem ter como prioridade:

 No nível de Iniciação

Desenvolver a compreensão oral, fundamental para que o aluno possa acompanhar as


aulas das diferentes disciplinas do currículo; garantir a aprendizagem do léxico
fundamental e da gramática básica; e acrescentar-lhe progressivamente os termos
técnicos, a sintaxe e as estruturas textuais próprias de cada uma das disciplinas.

9
 No nível Intermédio

Desenvolver as diferentes competências e assegurar uma progressivaconfluência com


os objectivos e conteúdos do programa de Português Língua Materna.

 No nível Avançado

Possibilitar o acompanhamento do currículo nacional, com vista a um progressivo


desenvolvimento linguístico da Língua / literatura Portuguesa.

h) Os alunos devem continuar a seguir este currículo especial até terem atingido um
nível de compreensão do oral que lhes permita seguir o currículo geral. Uma vez
integrados no currículo geral, devem continuar com formação suplementar até que a
sua competência e o seu desempenho na oralidade, escrita, compreensão e produção
estejam próximas dos seus pares falantes de Português L1.

i) Os alunos deverão possuir um Portefólio que apresente o registo das


aprendizagens/competências adquiridas em Língua Portuguesa.

j) Estes alunos devem ser integrados em turmas regulares e heterogéneas, de acordo

com os critérios pedagógicos estabelecidos.

l) No final do 3º ciclo, os alunos que cheguem ao final do 9º ano completamente


integrados no currículo regular poderão efectuar o exame nacional. Aqueles que se
situem, ainda, nos níveis de iniciação ou intermédio, devem realizar o exame de
PLNM.

7. Avaliação das Aprendizagens de PLNM / Critérios de Avaliação

A avaliação das aprendizagens deve desenvolver-se da seguinte forma:

Avaliação de diagnóstico

a) Entrevista oral inicial


10
b) Aplicação de um teste diagnóstico de Língua Portuguesa no início do ano

lectivo ou no momento da entrada do aluno nas actividades escolares, para aferir a

sua proficiência e possível posicionamento em GNP, ou apoio individualizado.

Avaliação para transição de nível

Enquanto a avaliação na disciplina de Português dos alunos de nível avançado é


da responsabilidade do professor da disciplina, a avaliação em PLNM dos níveis de
iniciação (A1e A2), e intermédio (B1) é da responsabilidade do professor de PLNM que
acompanha o respectivo grupo de nível.O professor deverá adoptar modalidades de
avaliação que permitam valorizar as competências parciais bem como a competência
plurilingue e pluricultural dos seus alunos.Uma vez que o desenvolvimento dos vários
domínios é desigual, é muito provável que um aluno no momento da avaliação
evidencie diferentes competências parciais.Nos níveis iniciais de aprendizagem (A1 e
A2), deverão ser valorizadas as competências de recepção, dado o seu papel de
destaque nas primeiras etapas da integração da criança/ jovem na sociedade, na
escola e, em particular, na sala de aula.Para além dos domínios receptivos (interacção
e compreensão do oral e da escrita), no nívelIntermédio (B1), a avaliação deverá
valorizar progressivamente os domínios produtivos (expressão oral e escrita), do
mesmo modo que deverá apontar progressivamente para a correcção linguística das
produções.

A avaliação deve ser formativa e sumativa.

A avaliação formativa consta, essencialmente, de fichas de trabalho, testes, provas


orais, que o professor vai elaborando, de acordo com os conteúdos e competências
previstos para o trimestre e tendo como referência os descritores estabelecidos pelo
QECR. Este tipo de avaliação serve para o aluno, corrigindo o erro, desenvolver
competências que lhe permitam avançar no processo da aprendizagem. Serve
também como guia para o professor. Conhecendo as dificuldades de cada aluno,
procurando atender a cada caso, o professor saberá como conduzir as suas aulas,
definir os seus objectivos e seleccionar conteúdos para o decurso do ano lectivo.

11
A avaliação sumativa faz-se em momentos formais de avaliação, no final de cada
período lectivo.

Critérios de avaliação específicos para PLNM

Os critérios de avaliação específicos a aplicar aos alunos de PLNM, após o


conhecimento dos resultados do teste diagnóstico, devem ficar definidos no respectivo

Projecto Curricular de Turma, de modo a contemplar as necessidades dos alunos.


Estes critérios serão definidos pelo departamento de Língua Portuguesa e pelo
Conselho de docentes no 1º ciclo, logo que estejam definidos e aprovados os critérios

gerais de avaliação pelo Conselho Pedagógico.

8. Elaboração de testes

Testes intermédios

Para avaliar continuamente o progresso dos alunos em Língua Portuguesa


/Português, bem como a Língua Portuguesa na sua transversalidade, serão
elaborados testes intermédios na base de um trabalho multidisciplinar envolvendo as
diversas disciplinas que deverão contribuir com glossários temáticos, listas de
vocabulário e/ou outros materiais.Estes testes poderão conter os seguintes tipos de
exercícios: descrição de imagens, leitura e interpretação de pequenos textos,

produção de texto, ordenação de um texto segmentado, exercícios de resposta aberta


e fechada (escolha múltipla, verdadeiro/ falso), entre outros. A partir de um teste,
poder-se-ão elaborar várias versões do mesmo com um grau de complexidade

crescente, para cada competência a avaliar.

Testes de Diagnóstico

12
Os testes de diagnóstico a aplicar aos alunos devem ser elaborados pelos

professores responsáveis de PLNM, podendo, no entanto, ser utilizados os modelos

disponibilizados pela DGIDC, considerando que cobrem todas as competências, estão


bem estruturados, têm, entre outras mais-valias, as grelhas de avaliação e estão
organizados em função dos anos de escolaridade:

 1º e 2º anos do EB;
 3º ao 6º anos do EB;

 7º, 8º e 9º anos do EB.

Estes testes da DGIDC incluem várias componentes: oralidade e escrita,

compreensão e produção. O posicionamento dos alunos nos três níveis de proficiência


decorre dos resultados obtidos pela aplicação do teste no seu todo. Os resultados
obtidos pelos alunos devem ser averbados no documento Avaliação Global – Parte I e

Parte II, presente nos testes de diagnóstico, que será arquivado no dossiê individual
do aluno.

9.Anexos
 Níveis comuns de referência: escala global;

 Grelha para a auto-avaliação.

13

Você também pode gostar