Apostila de Exatas - 3º Ano-1

Matemática – 3º Ano
3º ano
Matemática
1
2
Sumário
Probabilidade ................................................................................................................................................................... 5
Experimento Aleatório .................................................................................................................................................. 5
Espaço Amostral............................................................................................................................................................ 5
Evento ........................................................................................................................................................................... 6
Conceito de Probabilidade ............................................................................................................................................ 6
Exercícios – Probabilidade ............................................................................................................................................ 8
Análise Combinatória ..................................................................................................................................................... 10
Permutação ................................................................................................................................................................. 10
Permutações Circulares .............................................................................................................................................. 11
Anagrama .................................................................................................................................................................... 11
Arranjo Simples ........................................................................................................................................................... 12
Exercícios – Permutação ............................................................................................................................................. 13
Figuras Planas e Sólidos Geométricos ........................................................................................................................... 15
Quadrado/Retângulo .................................................................................................................................................. 15
Cálculo Perímetro.................................................................................................................................................... 15
Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 16
Cálculo do Volume .................................................................................................................................................. 16
Triângulo ..................................................................................................................................................................... 17
Classificação dos Triângulos .................................................................................................................................... 17
Teorema de Pitágoras ................................................................................................................................................. 18
Cálculo do Perímetro .............................................................................................................................................. 19
Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 19
Círculo ......................................................................................................................................................................... 20
3
Cálculo do Perímetro .............................................................................................................................................. 20
Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 21
Exercícios – Perímetro, Área e Volume ....................................................................................................................... 23
Noções Básicas de Estatísticas ....................................................................................................................................... 25
A Média ....................................................................................................................................................................... 25
A Moda ........................................................................................................................................................................ 26
A Mediana ................................................................................................................................................................... 26
Exercícios – Estatística ................................................................................................................................................ 27
Noções Básicas de Matemática Financeira ................................................................................................................... 28
Porcentagem ............................................................................................................................................................... 29
Juros Simples ............................................................................................................................................................... 29
Tipos de Juros.............................................................................................................................................................. 32
Fórmula do Montante Simples ................................................................................................................................... 32
Fórmula do Montante Composto ............................................................................................................................... 33
Exercícios – Porcentagem, Montante Simples, Montante Composto ........................................................................ 34
Referência Bibliográfica ................................................................................................................................................. 35
4
Probabilidade
A teoria das probabilidades teve início com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o motivo da
grande existência de exemplos de jogos de azar no estudo da probabilidade. A teoria da probabilidade
permite que se calcule a chance de ocorrência de um número em um experimento aleatório.
Experimento Aleatório
É aquele experimento que quando repetido em iguais condições, podem fornecer resultados
diferentes, ou seja, são resultados explicados ao acaso. Quando se fala de tempo e possibilidades de ganho
na loteria, a abordagem envolve cálculo de experimento aleatório.
Exemplo:
 Jogar uma moeda e observar qual é a face virada para cima.

 Lançar um dado e verificar o número da face que fica voltada para cima.
Espaço Amostral
É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o

espaço amostral é “S”.
Exemplo:
 Lançando uma moeda e verificando a

face voltada para cima são possíveis os únicos
resultados:
 S = {cara, coroa}
Coroa Cara
 Lançando um dado e verificando a face

voltada para cima são possíveis os únicos
resultados:
 S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
5
Evento
É qualquer subconjunto do espaço amostral.
No lançamento de um dado onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, serão exemplos de evento:
 Evento A: Ocorrência de um número ímpar, A = {1, 3, 5}

 Evento B: Ocorrência de um número maior e igual a 4, B = {4, 5, 6}
 Evento C: Ocorrência de um número maior que 7, C = (evento impossível) pois no dado não
existe face maior que 6.
Conceito de Probabilidade
Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de

ocorrer um evento A é:
𝑛(𝑎) P(a) é a probabilidade de ocorrer um evento A

𝑃(𝑎) = N(a) é o número de elementos do evento A ou número de casos favoráveis
𝑛(𝑠) N(s) é o número de elementos do espaço amostral (total) ou número de casos possíveis
Exemplo:
No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de sair um número par?
Solução:
Sabemos que um dado possui 3 números pares e a quantidades de total de lados e 6. Portanto,
 N(a) - Número de casos favoráveis = 3;
 N(s)-Número de casos possíveis = 6. Toda fração deve ser
simplificada, quando possível.
𝑛(𝑎) 3 3÷3 1
𝑃= = = ÷3 = = 𝟎, 𝟓
𝑛(𝑠) 6 6 2
Para transformar o resultado da probabilidade em percentual, devemos fazer a multiplicação do valor

obtido por 100.
𝑃 = 0,5 ∙ 100 = 𝟓𝟎%
6
Exemplo:
Se retirarmos aleatoriamente uma carta de baralho com 52 cartas, qual a probabilidade de ser um
Rei?
Solução:
Sendo S o espaço amostral de todos os resultados possíveis, temos: n (S) = 52 cartas, sendo
considerado a existência 4 Reis (n(a) = 4), distintos no baralho. Obtemos a seguinte situação:
𝑛(𝑎) 4 4÷4 1
A= = = =
𝑛(𝑠) 52 52÷4 13
Nota: O baralho tradicional possui 52 cartas, em uso atualmente, inclui 13 cartas de cada um dos
quatro naipes franceses, paus (♣), ouros (♦), copas (♥) e espadas (♠), com cartas de figuras. Cada naipe inclui
um ás, que descreve um único símbolo de seu naipe, possui figuras como um rei, uma rainha, e um valete,
cada um sendo representado com um símbolo de seu naipe, com valores de dois a dez, com cada carta
mostrando o número de símbolos de seu naipe.
Baralho de 52 cartas
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Valete Dama Rei
Paus:
Ouros:
Copas:
Espadas:
7
Exercícios – Probabilidade
1) A história da teoria das probabilidades teve início 6) Sair bola azul

com os jogos de cartas, dados e de roleta. Esse é o a) 3/10
motivo da grande existência de exemplos de jogos de b) 2/10
azar no estudo da probabilidade. Então, o que é c) 6/20
probabilidade? d) 1/6
a) É a união de elementos.
b) Tem como função mostrar a chance de ocorrência 7) Sair bola vermelha
de um evento. a) 3/10
c) Sua utilização é fundamental para calcularmos
b) 1/2
progressões geométricas.
c) 6/20
d) É uma forma geométrica.
d) 1/6
2) Qual é a chance de dar coroa no lançamento de
uma moeda (em %)? 8) Sair bola amarela
a) Nenhuma a) 3/10
b) 75% b) 2/10
c) 50% c) 6/20
d) 25% d) 1/5
Texto para questões 3 e 4: Texto para questões 9, 10 e 11:

Em um lote de 12 peças, 4 são defeituosas. Sendo Considere o lançamento de um dado e calcule a
retirada uma peça, calcule: probabilidade de:
3) Qual a probabilidade de essa peça ser defeituosa? 9) Sair o número 3:

a) 1/12 a) 1/6
b) 4/3 b) 2/6
c) 1/6 c) 1/2
d) 1/3 d) 3/6
4) Qual a probabilidade de essa peça não ser 10) Sair um número par:
defeituosa? a) 1/6
a) 1/12 b) 2/6
b) 2/3 c) 1/2
c) 4/3 d) 3/2
d) 1/6
11) Sair um número menor do que 3:
5) Uma bola será retirada de uma sacola contendo 5 a) 1/6
bolas verdes e 7 bolas amarelas. Qual a probabilidade b) 2/6
desta bola ser verde? c) 1/2
a) 5/7 d) 1/3
b) 1/5 Texto para questões 12 e 13:
c) 5/12 Num grupo de 60 pessoas, 10 são brasileiras, 5
d) 1/12 são italianas, e as demais são argentinas. Escolhido
Texto para questões 6, 7 e 8:
ao acaso um elemento do grupo, qual a
Uma urna possui 6 bolas azuis, 10 bolas
probabilidade de ele ser:
vermelhas e 4 bolas amarelas. Tirando-se uma
bola, calcule as probabilidades seguintes:
8
12) Brasileiro? 16) Para uma festa foram preparadas 90
a) 1/6 empadinhas de camarão; o pedido, 60 delas deveriam
b) 1/3 ser apimentadas. Por pressa e confusão de última
c) 1/5 hora, foram todas colocadas ao acaso numa mesma
d) 2/5 travessa para serem servidas. Qual a probabilidade de
retirar uma empadinha apimentada?
13) Argentino? a) 2/3
a) 1/3 b) 2/5
b) 2/3 c) 1/3
c) 3/4 d) 1/5
d) 1/2
17) Qual a probabilidade de sair o ás de ouros
num baralho de 52 cartas?
Texto para questões 14 e 15:
a) 1/52
Uma roleta tem 37 posições numeradas: 0, 1, 2,
b) 1/13
3, ..., 36. Suponhamos que a bola caia em cada c) 3/52
posição com probabilidade igual. Qual é a d) 1/26
probabilidade de a bola cair em:
18) Qual a probabilidade de sair um rei quando
14) Um número menor que 5? retiramos uma carta de um baralho de 52 cartas?
a) 1/37 a) 1/26
b) 5/37 b) 1/13
c) 1/36 c) 3/52
d) 5/36 d) 1/52
15) Um número maior que 30? 19) Qual a probabilidade de sair uma figura
quando retiramos uma carta de um baralho de 52
a) 5/36
cartas?
b) 1/6
a) 1/6
c) 5/37 b) 3/52
d) 6/37 c) 3/13
d) 11/52
9
Análise Combinatória
A análise combinatória é responsável pela análise das combinações, onde é possível calcular a
quantidade de combinações que podem ser feitas com itens diferentes, não sendo necessariamente
descrever cada um dos itens. É o estudo dos processos de contagem.
Permutação
Quando possuímos uma sequência da qual iremos modificar a posição de todos os seus elementos.
Trata-se de uma permutação.
Imaginemos a seguinte situação: De quantas maneiras diferentes podemos arrumar cinco pessoas
em fila.
Neste caso devemos utilizar uma ferramenta matemática chamada de fatorial, que irá solucionar e
indicará a quantidade de modificações possíveis.
Permutação = 𝑛! = 𝑛 ∙ (𝑛 − 1) ∙ (𝑛 − 2) ∙ (𝑛 − 3) … 𝑛!
“n” é o número de itens, ou

seja, o número de pessoas.
Portanto,
5! = 5 ∙ 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
5! = 20 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1
5! = 60 ∙ 2 ∙ 1
5! = 120 ∙ 1
5! = 𝟏𝟐𝟎
Nota: O fatorial é a multiplicação de um número pelos seus antecessores até o número 1.
Exemplo:
Calcule: Podemos eliminar o 3!. Pois, ao dividir o numerador
5! e do denominador, obtemos o número 1.
3!
5 ∙ 4 = 20
Primeiro reduzimos o 5! Até o 3!
Assim, ficamos apenas com a multiplicação entre 5 e
5! 5 ∙ 4 ∙ 𝟑! Observe: 4
= 𝟑∙𝟐∙𝟏
3! 𝟑! =𝟏
𝟑∙𝟐∙𝟏
10
Permutações Circulares
Dado um conjunto com “n” elementos, de quantas formas eles podem ser dispostos segundo uma
circunferência?
Podemos pensar a seguinte situação, em que o primeiro elemento poderá ocupar qualquer ponto na
circunferência, assim a quantidade total, deverá ser descontado de 1.
A fórmula a ser utilizada é: 𝑷 = (𝑛 − 1)!
Exemplo:
De quantas maneiras quatro pessoas podem sentar-se ao redor de uma mesa circular, considerando-
se um único sentido de contagem?
Solução:
Portanto, 4 pessoas podem acomodar-se de 6 maneiras distintas ao redor de uma mesa circular em
sentido horário. Veja a figura a seguir, que mostra as seis posições possíveis:
1 2 1 2 1 3
2
4 3 3 4 2 4 𝑃 (4) = ( )! = 3!
1 3 1 4 1 4 3! = 3 ∙ 2 ∙ 1 = 6
4 2 3 2 2 3
Anagrama
Anagrama refere-se à troca das letras de palavra ou frase, que forma outra palavra, com ou sem
significado.
Exemplo:
O número de anagrama da palavra SAPO:

SOPA, PASO, AOPS, PSAO, ...
Permutação = 4!
4! = 4 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 1 = 24
Quantas palavras com 5 letras podemos formar com as letras A, E, C, D, F, G, H, sem repeti-las?
11
Solução: Temos 7 (n) letras e queremos formar palavras com apenas 5 (p) letras, então, o número
procurado é A 7, 5
7! 7! 7∙6∙5∙4∙3∙2!
Assim: 𝐴7,5 = (7−5)! 𝐴7,5 = 2! 𝐴7,5 = 𝐴7,5 = 2.520
2!
Podemos formar 2.520 palavras.
Arranjo Simples
É todo agrupamento de “p” elementos, formado com os “n” elementos de um conjunto A, ou seja,
quando possuímos uma sequência da qual utilizaremos apenas uma parte. A ordem dos elementos é
importante, pois modificando a ordem o grupo se modifica.
N = quantidade p = quantidade
de elementos 𝑛! de elementos do
(não repetidos) 𝐴𝑛,𝑝 = grupo.
(𝑛 − 𝑝)!
Exemplos:
De quantas maneiras distintas podemos classificar os 6 primeiros colocados numa corrida de bicicleta
disputada por 10 ciclistas?
Solução: Temos 10 (n) ciclistas e queremos classificar os 6 (p) primeiros colocados, então, o número
procurado é A 10,6.
10! 10! 10∙9∙8∙7∙6∙5∙4!

Assim: 𝐴10,6 = (10−6)! 𝐴10,6 =
4!
𝐴10,6 =
4!
= 151.200
Podemos classificar com 151.200 maneiras distintas.
12
Exercícios – Permutação
20) De quantas maneiras podemos arrumar 3 d) 95 040

pessoas em fila indiana?
a) 06 𝟒! ∙ 𝟓!
b) 08 26) Efetue o fatorial:
c) 03 𝟑!
a) 480
d) 12
b) 240
c) 120
21) Quantos nº distintos de 5 algarismo
d) 60
podemos formar usando o 1, 2, 3, 4 e 5?
a) 120
b) 60 (𝟒 + 𝟐)!
27) Efetue o fatorial:
c) 180 𝟒!
d) 160 a) 20
b) 30
22) De quantas maneiras podemos arrumar c) 10
11 livros? d) 40
a) 40 000 000
b) 39 916 800 𝟔!
c) 41 652 254 28) Efetue o fatorial:
d) 54 512 123 (𝟔 − 𝟑)! ∙ 𝟑!
a) 20
23) Na formatura do 3º ano, 6 professores b) 10
confirmaram a presença. Eles trocarão de lugar à c) 30
medida que foram chamados para entrega do d) 40
diploma. De quantas maneiras diferentes
podemos permutar os professores em 6 cadeiras 29) Pai, mãe e 2 filhos decidem viajar de carro,
lado a lado? a apenas o pai e o filho mais velho sabem dirigir.
a) 540 De quantas maneiras é possível dispor as 4
b) 720 pessoas durante a viagem?
c) 120 a) 12
d) 360 b) 24
𝟖! c) 06
24) Efetue o fatorial: d) 10
𝟓!
a) 120 30) Quantos anagramas podem ser formados
b) 480 pela palavra EDUCAÇÃO?
c) 240 a) 95040
d) 336 b) 720
c) 40320
𝟏𝟐! d) 5040
25) Efetue o fatorial:
𝟕!
a) 24 000
b) 72 040
c) 36 012
13
31) Quantos anagramas podem ser formados 33) De quantas maneiras podemos formar
com a palavra VALOR? uma roda com 10 crianças?
a) 130 a) 36 288
b) 60 b) 5 040
c) 120 c) 362 880
d) 140 d) 4 032
32) Voltando a formatura do 3º ano, 6 34) Quantos colares podem formar usando 4
professores confirmaram a presença para pérolas, todas diferentes?
compor a mesa de honra. De quantas maneiras a) 06
diferentes podemos organizá-los ao redor da b) 08
mesa? c) 12
a) 360 d) 16
b) 120
c) 720 35) De quantas formas 5 pessoas podem
d) 540 sentar ao redor de uma mesa circular?
a) 25
b) 24
c) 12
d) 10
14
Figuras Planas e Sólidos Geométricos

Quadrado/Retângulo
O quadrado é uma figura geométrica com quatro lados

de mesmo comprimento e quatro ângulos retos que se
Indicação de refere a 90º.
ângulo reto.
O retângulo é um quadrilátero, este possui o

comprimento dos seus lados diferentes, por
convenção, a base do retângulo é o seu lado de maior
Indicação de
comprimento e de altura do retângulo o comprimento
ângulo reto.
de seu menor lado.
Cálculo Perímetro
Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura geométrica. Para calcularmos utilizaremos a seguinte
fórmula:
L
𝑷= 𝑳+𝑳+𝑳+𝑳
L L
P = Perímetro
L = Lado
L
Exemplos:
2 cm 2 cm
2 cm 3 cm
𝑃 = 2 + 2 + 2 + 2 = 8 𝑐𝑚 𝑃 = 2 + 2 + 3 + 3 = 10
15
Cálculo da Área
Área é todo o espaço de uma superfície. Cada figura geométrica tem o seu modo de calcular a área.
Área de uma região retangular

Área de uma região quadrada
L
a
r
g
C u
L
Área = medida do comprimento x medidaoda largura r
ou A = C x L m a = medida do lado x medida do lado ou A =a L x L
Área
p = d
ou ainda A = L2
r L o
Exemplos: i =
m L
e
n
Área de uma região retangular Área de uma região quadrada
t
o
=
C 2 cm 2 cm
3 cm 2 cm
Área = C x L Área = 3 x 2 = 6 cm² A=LxL A = 2 x 2 = 4 cm²
3 cm
1 2 3 1 2
2 cm
4 5 6 1 cm 3 4
1 cm
Pode-se observar que o valor da área corresponde a certa quantidade de figuras,

com dimensões de 1 cm x 1 cm.
Cálculo do Volume
O volume é a quantidade de espaço ocupada por um corpo. As unidades podem ser: cm³, m³, L, ml, ...
16
Cada figura geométrica tem o seu modo de calcular o volume:
Volume de paralelepípedo Volume de um cubo
A L
l a
t d
L u L o
a r L a =
C a d L
r a
o = o
g d
m A =
p u o
Volume = comprimento x largura x altura r Volume = lado x lado x lado = L
r
ou a ou L
i
V=cxlxa = V=LxLxL V = L3
m
e L
n
Exemplos: t
o
=
Volume de paralelepípedo C Volume de um cubo
2
c
m
2
2 c
c m
V=cxlxa Área = 3 x 1,5 x 2 = 9 cm³ A=LxL A = 2 x 2 x 2 = 8 cm³ m
Triângulo
O triângulo é uma das formas geométricas mais importantes no estudo da geometria e é bastante
utilizado em construções.
Classificação dos Triângulos
Como os triângulos não são todos iguais, podemos classifica-los em grupos que tenham
características comuns. Usam-se dois tipos de classificação: pelos ângulos ou pelos lados.
Classificação quanto aos lados:

17
Isósceles
Equilátero Escaleno
Possui 2 lados com a mesma
Possui os 3 lados com a mesma Possui os 3 lados com medidas
medida e o terceiro lado com
medida. diferentes.
medida diferente.
Classificação quanto aos ângulos:
Acutângulo Retângulo Obtusângulo

Possui os 3 ângulos agudos. Possui 1 ângulo reto e 2 ângulos Possui 1 ângulo obtuso e 2
Sendo todos os ângulos menores agudos. Tem um ângulo que ângulos agudos. Tem um ângulo
que 90°. mede 90º. maior que 90°.
Teorema de Pitágoras
O triângulo retângulo é formado por dois catetos e a hipotenusa, que constitui o maior segmento do
triângulo e é localizada oposta ao ângulo reto.
Hipotenusa
O Teorema de Pitágoras diz que: “a soma dos quadrados Catetos
dos catetos é igual ao quadrado da hipotenusa”.
a² + b² = c²
Exemplo:
Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.
18
𝑐² = 9² + 12²
𝑐² = 81 + 144
𝑐² = 225
Nota: Para retirar o quadrado da letra √𝑐² = √225
“c”, devemos realizar a radiciação em 𝑐 = 15
ambos os lados da igualdade.
Cálculo do Perímetro
Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura geométrica.
L L Altura
4 cm
L
4 cm Base
2 cm
P = 4,47 + 4,47 + 4
P=L+L+L
P = 12,94 cm
Cálculo da Área
Área é todo o espaço de uma superfície.

Para calcular a área do triângulo devemos
𝒃∙𝒉
utilizar a seguinte formula: 𝑨 = 𝟐
Área = A Base = b Altura = h
4 cm 𝟒∙𝟒
Exemplo: 𝑨= 𝟐
4
c Área = ? 𝟒∙𝟒
𝑨=
m Base = 4 cm 𝟐
Altura = 4 cm 𝑨 = 𝟖 𝒄𝒎²
Base - 4 cm 2 cm A
l
t
Obs.: Podemos observar que a área
u do triângulo acima é equivalente ao retângulo.
r
a
19
Cálculo do Volume
Para calcularmos o volume de um prisma com base

triangular, devemos achar o valor da área do
triangulo e multiplicar pelo comprimento.
11 cm
6 cm
6 cm 12 cm
12 cm
Área da base (triângulo)

Para calcular o volume devemos usar a formula abaixo.
Volume = área da base x comprimento Exemplo Área = ?

Base = 12 cm
Altura = 6 cm
Sendo o comprimento = 11 cm e a área = 36 cm².
Temos,
𝟏𝟐 ∙ 𝟔 𝟕𝟐
𝑨= = = 𝟑𝟔 𝒄𝒎²
Volume = 36 x 11 = 396 cm³ 𝟐 𝟐
Círculo
Circunferência: é o lugar geométrico onde todos os pontos estão a mesma

distância de um centro. Circunferência
Raio: é à distância do centro a um ponto qualquer da circunferência.
Diâmetro: é a distância entre dois pontos da circunferência e que passa pelo
centro.
Diâmetro
Raio
Podemos perceber que o diâmetro é formado por dois raios.
Outro conceito importante é o número PI (π), este valor é a razão entre a

circunferência de qualquer círculo e seu diâmetro. O valor de π é constante (3,14),
sendo teste número aplicado em todas as circunferências.
Cálculo do Perímetro
Perímetro é o comprimento da circunferência do círculo, representado pela letra “c”.

20
Se esticarmos a circunferência iremos perceber a medida de seu
comprimento, obtendo o perímetro da circunferência.
𝒄=𝟐∙𝒓∙𝛑
4cm Sendo, r = 4 e π = 3,14. Podemos calcular o perímetro da circunferência.

Raio 𝒄 = 2 ∙ 𝟒 ∙ 3,14 𝒄 = 𝟐𝟓, 𝟏𝟐 𝒄𝒎
Cálculo da Área
Área é todo o espaço de uma superfície. Exemplo:
Para calcular a área da circunferência utilizaremos a 𝒂 = 𝒓² ∙ 𝛑

seguinte fórmula: 𝒂 = 𝒓² ∙ 𝛑 𝒂 = 𝟒𝟐 ∙ 𝟑, 𝟏𝟒
4 cm
Área = a; 𝒂 = 𝟒 ∙ 𝟒 ∙ 𝟑, 𝟏𝟒
Raio 𝒂 = 𝟏𝟔 ∙ 𝟑, 𝟏𝟒
Raio = r;
π = 3,14. 𝒂 = 𝟔𝟑, 𝟏𝟖 𝒄𝒎²
R
a
Cálculo do Volume
i
Exemplo 1: o
O raio da base e a altura de um cilindro medem 4 cm e 10 cm respectivamente. Desse cilindro, calcule
o volume e a área lateral.
Raio Solução: 𝑉𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 = 𝜋 ∙ 𝑟 2 ∙ ℎ

4 cm
𝜋 = 3,14 𝑉 = 3,14 ∙ 4² ∙ 10
Altura
10 cm 𝑟 = 4 𝑐𝑚
𝑉 = 3,14 ∙ 4 ∙ 4 ∙ 10
ℎ = 10 𝑐𝑚
𝑉 = 163,14𝑐𝑚³
Exemplo 2:
(Enem 2010). Para construir uma manilha de esgoto, um cilindro com 2 m de diâmetro e 4 m de altura
(de espessura desprezível), foi envolvido homogeneamente por uma camada de concreto, contendo 20 cm
de espessura. Supondo que cada metro cúbico de concreto custe R$ 10,00 e tomando 3,14 como valor
aproximado de π, então o preço dessa manilha é igual a.
21
Solução: Para solucionar o cálculo devemos descobrir o volume do cilindro. Para isso iremos resolver
o volume do cilindro maior (raio = 1,2 cm) menos o cilindro menor (raio = 1 cm)
Sendo Vtotal o volume de concreto em centímetros cúbicos, e π = 3,14, temos:
Vmaior = 𝜋 . ℎ . 𝑟 2
Vmenor = 𝜋 . ℎ . 𝑟 2
Vtotal = Vmaior − Vmenor

Vtotal = [3,14 ∙ (1,2)2 ∙ 4] − [3,14 ∙ (1)2 ∙ 4]
Vtotal = 3,14 ∙ 4 ∙ [(1,2)2 − (1)2 ]
Vtotal = 5,526 𝑐𝑚3
Logo, o preço dessa manilha em reais é igual a R$ 10 x 𝟓, 𝟓𝟐𝟔 𝒄𝒎³, ou seja, R$ 𝟓𝟓, 𝟐𝟔.
22
Exercícios – Perímetro, Área e Volume
Calcule a área da coroa circular? c) 48 cm³

Dados: A = π . R2 R1 = 11 cm R2 = 7 cm d) 12 cm³
a) 230,45 cm2
b) 226,08 cm2 41) Qual o volume de um paralelepípedo de 8 cm
c) 325,12 cm2 de comprimento, 3 cm de altura e 4 cm de largura?
d) 245,14 cm2 a) 24 cm³
b) 72 cm³
36) Sabendo que a área de um quadrado é 49 cm², c) 96 cm³
qual é seu perímetro? d) 48 cm³
a) 7 cm
b) 28 cm 42) As dimensões de um paralelepípedo são 3 cm,
c) 15 cm 4 cm e 5 cm. Qual é o seu volume?
d) 20 cm a) 48 cm³
b) 50 cm3
37) Se o metro de arame custa R$ 0,20, para c) 72 cm³
cercar um terreno quadrado que mede 12,50 m de d) 60 cm³
lado com 3 fileiras de arame vai se gastar?
a) R$ 7,50 43) Qual é o volume de um cubo que tem 4 cm de
b) R$ 25,00 aresta?
c) R$ 30,00 a) 24 cm³
d) R$ 37,50 b) 64 cm³
c) 06 cm³
38) A siderúrgica “Metal Nobre” produz diversos d) 12 cm³
objetos maciços utilizando o ferro. Um tipo especial
de peça feita nessa companhia tem o formato de um 44) Calcule o volume de um cubo que tem 5 cm de
paralelepípedo, de acordo com as dimensões aresta.
indicadas na figura: a) 240 cm³
O produto das três dimensões indicadas na peça b) 0,60 cm³
resultaria na medida da grandeza: c) 120 cm³
a) Massa d) 125 cm³
b) Volume
c) Superfície 45) Qual é o volume de um cubo que tem 2,5 m de
d) Comprimento aresta?
a) 12,640 m³
39) O volume b) 10,546 m³
c) 15,625 m³
do bloco retangular é dado por: v  a  b  c , onde a, b e d) 05,25 m³
c são as medidas das arestas, usando uma mesma
unidade de comprimento. Usando a fórmula, calcule 46) Qual é a equação que representa o volume de
o volume da figura abaixo: um cubo?
a) 24 cm³
a) V = Ab . H
b) 48 cm³
b) V = abc
c) 12 cm³
d) 06 cm3
c) V = a3
d) V = π . r2
40) Qual é o volume de um paralelepípedo de 6
cm de comprimento, 4 cm de largura e 3 cm de altura? 47) Qual é o volume ocupado por 50 caixas em
a) 72 cm³ forma de cubo, com 20 cm de aresta?
b) 24 cm³ a) 400 000 cm³
b) 300 000 cm3
23
c) 600 000 cm³ c) É a medida dá à aresta.
d) 150 000 cm³ d) É a medida da face.
48) Calcule o volume de um paralelepípedo: 52) O raio da base e a altura de um cilindro

a) 60 medem 5 cm e 20 cm respectivamente. Calcule o
b) 30 volume:
c) 80 a) 1571 cm3
d) 40 b) 1572 cm3
c) 1574 cm3
49) Calcule o volume do prisma abaixo: d) 1570 cm3
a) 100 cm3
b) 120 cm3 53) Uma lata de cerveja tem 3,25 cm de raio da
c) 150 cm3 base e a altura de 12 cm. Qual o volume da lata
d) 130 cm3 aproximadamente em litros?
Lembre-se: 1 cm³ = 0,001 L
a) 0,60 L
50) Calcule o volume do prisma abaixo: b) 0,40 L
a) 80 cm3 c) N.D.A
b) 46 cm3 d) 0,36 L
c) 45 cm3
54) Um reservatório de forma cilíndrica com
d) 49 cm3
diâmetro de 30 m e altura de 20 m tem capacidade de
quantos litros de combustível?
Lembre-se: 1 m³ = 1000 L
a) 14.310.000 l
51) O que significa volume?
b) 14.130.000 l
a) É a quantidade de substância que comporta dentro
c) 14 500 000 l
de um objeto.
d) 14.031.000 l
b) É a quantidade de substância que comporta fora de
um objeto.
24
Noções Básicas de Estatísticas

Livro IV do Antigo Testamento refere que Moisés foi instruído por Deus para fazer um levantamento dos
homens de Israel que estivessem aptos a guerrear. Também na época do Imperador César Augusto foi ordenado a
realização de um censo em todo o Império Romano.
No séc. XVII a estatística sofre um grande desenvolvimento com as contribuições de estudiosos alemães e
ingleses. De entre eles destaca-se John Graunt (1620-1674), que realizou a 1ª investigação estatística sobre a
mortalidade, como consta de uma memória que apresentou à Real Sociedade de Londres, em 1661. A partir desta
altura a estatística não mais deixou de progredir, atingindo o maior desenvolvimento e aplicação nos nossos dias.
 Estatística - É um ramo da Matemática que nos ajuda a recolher, organizar e interpretar dados
para tirar conclusões e fazer previsões.
 População - É o conjunto dos elementos em estudo.
 Amostra - É uma parte da população em que incide o estudo.
 Censo ou Recenseamento - É um estudo estatístico realizado sobre a totalidade da população.
 Sondagem - É um estudo estatístico realizado a partir de uma amostra.
A Média
Existem diversos tipos de média: aritmética - simples ou ponderada, geométrica, harmónica,

quadrática, cúbica. Sendo a mais utilizada a média aritmética que consiste na soma de todos os valores e
dividindo-se pelo total de número destas. É um quociente geralmente representado pela letra M ou pelo
símbolo (lê-se "x barra").
Se tivermos uma série de N valores de uma variável x, a média aritmética simples será determinada
pela expressão:
(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 + 𝑥4 +. . . + 𝑥𝑛 ) 𝑥
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = =
𝑁 𝑁
Exemplo:
Cláudia obteve as seguintes notas em determinada matéria: 2, 3, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10.
Para calcular a média devemos somar os valores e o resultado deve ser dividido pela quantidade de
números.
2 + 3 + 3 + 4 + 5 + 6 + 7 + 8 + 9 + 10
𝑀é𝑑𝑖𝑎 = = 5,7
10
25
A Moda
O valor mais encontrado em uma sequência numérica é denominado de moda, ou seja, é o valor que se repede
mais vezes, portanto, é a observação mais "provável" da distribuição dos dados. É representado pela notação “Mo”.
Lembrando que uma amostra pode ter uma moda ou mais.
Exemplos:
 Se um determinado time fez, em dez partidas, a seguinte quantidade de gols: 3, 2, 0, 3, 0, 4,

3, 2, 1, 3, 1; a moda desse conjunto é de 3 gols.
 Se uma linha de ônibus registra, em quinze ocasiões, os tempos de viagens, em minutos: 52,
50, 55, 53, 61, 52, 52, 59, 55, 54, 53, 52, 50, 51, 60; a moda desse conjunto é de 52 minutos.
A Mediana
A mediana é o valor central da variável quando os valores são dispostos em ordem crescente ou decrescente,
ou seja, é o valor central da distribuição dos dados: 50% dos valores estão abaixo e 50% acima da mediana. É
representada pelo símbolo “Mi”.
Se houver um número ímpar de valores ordenados é só verificar o valor que ocupa a posição central. Se
houver um número par de valores ordenados toma-se a soma dos 2 valores que estão nas posições centrais e divide-
se por 2.
Exemplo 1:
Marcos obteve as seguintes notas no primeiro semestre: 3, 5, 7, 4, e 8. Determine a mediana:
Antes de calcularmos a mediana da proposta, vamos organizar os valores em ordem crescente ficando da
seguinte maneira: 3, 4, 5, 7, 8. Deste modo, podemos observar que o valor central é o número 5 no qual passar a ser
definido como mediana.
Mediana
4, 4, 5, 7, 7
Exemplo 2:
Calcule a mediana dos valores: 2, 2, 3, 3, 5, 7, 8, 9, 10, 11
Deste modo temos os valores 5 e 7 como centrais. Mediana
2, 2, 3, 3, 5, 7, 8, 9, 10, 11
5+7
Realizando a média entre eles, encontramos a mediana 6. 𝑀𝑒𝑑𝑖𝑎𝑛𝑎 = 2
=6
26
Exercícios – Estatística
Os dados seguintes são referentes a uma amostra de 57) Determine a mediana:

diâmetros de coração de adultos normais, em mm a) 130
(medidas em radiografias 36 x 43 cm): 146 125 139 132 b) 90
121 135 114 114 130 169 114 130 169 125 103. Com c) 93
este enunciado responda as questões 56, 57 e 58: d) 92
55) Determine a média: 58) Em um grupo de pessoas, as idades são: 10,

a) 131 12, 15, 16 e 17 anos. Caso uma pessoa de 14 anos
b) 132 junte-se ao grupo, o que acontece com a média das
c) 133 idades do grupo?
d) 130 a) A média aumenta em 1 ano
b) A média aumenta em 2 anos
56) Determine a moda: c) A média aumenta em 3 anos
a) 114 d) A média não aumenta.
b) 130
c) 169
d) 125
27
Noções Básicas de Matemática Financeira

Se a gestão do dinheiro não é o forte da empresa, dedicar-se a matemática financeira à matemática
financeira pode ajudar você a reverter o quadro e encontrar o crescimento sustentável.
À primeira vista, pode-se entender que se trata de um conhecimento restrito à graduação em
matemática ou, quem sabe, exigido de candidatos em concursos públicos.
Mas não se engane: um simples resumo de matemática financeira deixa claro que ela vai muito além
da teoria, possuindo aplicações práticas importantes.
Já na abertura deste texto, falamos na realidade de um negócio. Mas mesmo em âmbito pessoal,
suas contribuições são marcantes.
E elas aparecem, normalmente, na maior capacidade da organização.
Se você deseja elevar a sua habilidade em lidar com dinheiro, seja qual for o objetivo que estabeleça
para ele, é importante aprofundar-se no estudo da matemática financeira, suas fórmulas e exercícios.
Nesta unidade, você vai conferir conceitos como porcentagem, juros simples, juros compostos, e, o
principal: como utilizar tudo isso ao seu favor no dia a dia.
Matemática financeira é uma área de aplicação prática da matemática, que consiste em cálculos
direcionados à melhor organização e ao maior controle do dinheiro.
Mais que uma ciência, é uma ferramenta bastante útil no dia a dia, tanto para cuidar das contas
pessoais quanto daquelas que pertencem a uma empresa.
A partir de diferentes fórmulas, sobre as quais vamos falar ainda neste artigo, é possível ter uma
visão integral sobre as finanças, utilizar bem o dinheiro, aumentar o seu valor e evitar prejuízos.
É também a partir dos instrumentos de matemática financeira que sonhos são concretizados.
Para entender melhor, basta lembrar da importância da organização e planejamento ao contratar
um empréstimo ou obter um financiamento, seja para aquisição de um veículo ou imóvel.
Exceto se você possui toda a quantia para realizar o pagamento à vista, terá que fazer cálculos
para entender o impacto desse produto financeiro e suas prestações no orçamento pessoal.
Para tanto, são necessários conhecimentos básicos sobre porcentagem, juros e fórmulas que
permitem compreender exatamente o tamanho da conta.
28
Porcentagem
A partir de agora, falaremos de um assunto aparentemente novo. Aparentemente, porque uma

porcentagem nada mis é que uma razão. Vamos ver o que é isso.
Sabemos que 1% significa que dividimos o inteiro em 100 parte iguais e consideramos apenas uma
dessas partes. Representamos isso da seguinte forma:
1/100, que chamamos de razão centesimal ou de razão percentual, e lê-se “um por cento”
Usualmente, utilizamos o símbolo % para representar porcentagem. No exemplo anterior, a
representação é portanto, a seguinte: 1%.
Note, cem por cento corresponde ao todo e 100% = 100/100 = 1.
Assim, Chama-se 100% de unidade.
Chamamos P de principal, ou seja, o todo que temos ou que queremos.
Porcentagem é uma parte do principal, ou seja, uma parte do todo.
Chamamos i de taxa, ou seja, parte da unidade. A notação i%, que se lê “i por cento”, é usada para
𝑖
representar a fração de :
100
𝑖
i% = 100
Cálculo da Porcentagem
O cálculo da porcentagem é extremamente simples. Imaginemos que desejamos determinar quanto

é 8% (que se lê “8 por cento”) de 250.
Primeiramente, lembre-se de que o símbolo % informa que devemos dividir por 100. Então,
queremos determinar quanto vale de 250. Isso significa que transformamos 8% em uma razão percentual. A
seguir, substitua a preposição de pelo sinal de multiplicação. Assim, teremos:
𝟖 𝟐𝟎𝟎𝟎
8% de 250 = . 250 = = 20
𝟏𝟎𝟎 𝟏𝟎𝟎
É importante você saber que alguns autores chamam porcentagem de PERCENTAGEM.

Não se importe: é a mesma coisa.
Juros Simples
É comum ouvirmos expressões como “fulano vive de juros (jura que um dia paga)”, os “juros estão
elevados”, “houve alteração da taxa de juros”, entre outras.
Precisamos, então, saber o que são juros. Antes, porém, vamos ver algumas definições de concepções
envolvidas nesse processo.
29
CAPITAL: Sob o ponto de vista da matemática financeira, capital é qualquer valor expresso em moeda
e disponível em determinada época. Nós vamos representa-los pela letra C nos nossos exercícios. O capital
é também denominado valor presente ou valor atual ou principal.
JUROS: E juros? O que é isso?

O conceito de juros pode ser introduzido por intermédio das definições a seguir:
 Dinheiro pago pelo uso de dinheiro emprestado, ou seja, o custo de capital de terceiros colocados
à nossa disposição;
 Remuneração do capital empregado em atividades produtivas;
 Valor pago pelas instituições financeira sobre o capital nelas aplicado;
 Remuneração do capital emprestado, podendo ser entendido, de forma simplificada, como aluguel
pago pelo seu dinheiro.
 O princípio econômico que norteia a economia diz que sobre qualquer bem escasso e não
disponível livremente (sem ônus) existe um preço. Assim, quando desejarmos comprar um bem,
vamos ao mercado e trocamos o nosso dinheiro pelo bem. Na hipótese de não possuirmos o
dinheiro e, mesmo assim, desejarmos o bem, apelarmos para o crédito, isto é, tomamos
emprestado.
Esse empréstimo implica:

 Satisfação imediata da necessidade de consumo de uma pessoa, pagando juros;
 Aplicação do dinheiro disponível de outra pessoa, recebendo juros;
No decorrer de nossos estudos, os juros serão representados pela letra J.
TAXA DE JUROS
Os juros são fixados por meio de uma taxa percentual que sempre se refere a uma unidade de tempo:
ano, semestre, trimestre, bimestre, mês ou dia.
Exemplos:
 28% a.a ( Lê-se “vinte e oito por cento ao ano);
 18% a.s ( Lê-se “dezoito por cento ao semestre);
 10% a.t (Lê-se “dez por cento ao trimestre);
 5% a.b (Lê-se “cinco por cento por cento ao bimestre);
 3% a.m (Lê-se “ três por cento ao mês);
 0,12% a.d (Lê-se “ zero vírgula doze por cento ao dia).
A obtenção de juros do período, em unidades monetárias, é feita pela aplicação de taxa de juros sobre
o capital considerado. É importante observar que, para o cálculo, a taxa de juros deve ser transformada em
fração decimal. Nós representaremos a taxa de juros com a letra i.
E como se faz para transformar a taxa em fração decimal? Basta converter o símbolo % em uma divisão
por 100.
30
Exemplos:
𝟐𝟖
28% a.a = 𝟏𝟎𝟎 = 0,28 a.a
𝟑
3% a.m = 𝟏𝟎𝟎 = 0,03 a.m
Nos cálculos financeiros, devemos sempre atentar para que a taxa e o tempo sejam considerados na
mesma unidade de tempo. Isso quer dizer: se a taxa é apresentada ao mês, o tempo deve ser expresso em
meses; se a taxa é apresentada ao ano, o tempo deverá ser em anos, e assim por diante. Se, no problema
apresentado, isso não ocorrer, podemos tanto transformar a taxa quanto o tempo para obter a
homogeneidade.
CAPITALIZAÇÃO SIMPLES
A capitalização simples nada mais é que um regime de pagamento (ou de recebimento) de juros. Caso
os juros envolvidos na operação sejam simples, estamos diante de uma capitalização simples. E o que isso
significa?
Significa que, quando o regime é capitalização simples, os juros são calculados sempre sobre o valor
inicial (valor atual). Não incidem, portanto, sobre os juros acumulados.
O regime de capitalização simples representa uma equação aritmética; logo é indiferente se os juros
são pagos periodicamente ou no final do período total.
Nesse regime de capitalização, a taxa varia linearmente em função do tempo. Logo, para
transformarmos uma taxa diária em taxa mensal, basta multiplicarmos a taxa diária por 30. Para
convertermos uma taxa mensal em anual, basta multiplicarmos a taxa mensal por 12. Para convertermos
uma taxa semestral em mensal, basta dividirmos a taxa semestral por 6, e assim por diante.
ATUALIZAÇÃO DE VALORES
Ao se dispor a emprestar, o possuidor do dinheiro, para avaliar seus recursos (capital), deve atentar
para os seguintes fatores: risco, despesas, inflação e ganho ou lucro.
RISCO: Probabilidade de o tomador do empréstimo não devolver o dinheiro;
DESPESAS: São todas as despesas operacionais, contratuais e tributárias para formalização do
empréstimo e para efetivação de cobrança;
INFLAÇÃO: Índice de desvalorização do poder aquisitivo da moeda, prevista para o prazo do
empréstimo e para efetivação da cobrança.
GANHO (ou Lucro): Fixado em função das demais oportunidades de investimentos (custo de
oportunidade), justifica-se pela privação, por parte do seu dono, da utilização do capital.
Nas operações financeiras, temos, em alguns casos, a incidência de impostos, como o imposto sobre
operações financeiras (IOF) ou o Imposto sobre Operações de Crédito (IOC), os quais também devemos
31
considerar numa análise financeira, pois, assim como os juros, a atualização monetária, os riscos e os gastos
com impostos representam encargos que estão agrupados no fator despesas.
Tipos de Juros
Os Juros são normalmente classificados em simples ou compostos, dependendo do processo de

cálculo utilizado.
MONTANTE: É denominado o resultado da soma do capital com os juros obtidos numa operação
financeira, seja ela um investimento, seja uma aplicação ou um empréstimo. O montante é normalmente
denominado de valor futuro. Em nossos problemas, vamos representa-los usando a letra M.
PERÍODO: Por período entende-se o tempo sobre o qual estamos ou pagando ou recebendo juros.
Em nossos exercícios o período será representado pela letra n.
JUROS SIMPLES: Os juros são chamados simples quando produzidos unicamente pelo capital inicial,
ou seja, a taxa de juros incide somente sobre o capital inicial.
Os juros (J) produzidos por um capital (C) são constantes e proporcionais ao capital aplicado, na razão
da taxa de juros (i).
Como, para cada intervalo a que correspondente a taxa, temos um mesmo valor, se quisermos saber
o total no período (número de períodos= tempo = n), basta multiplicarmos o valor de cada intervalo pelo
número de intervalos.
Para deduzirmos a fórmula que será utilizada para cálculo de juros simples, considerarmos o seguinte
problema: calcular os juros produzidos por um capital de R$ 1.000,00, aplicado a uma taxa de juros simples
de 10% ao mês, durante 8 meses.
A taxa de 10% ao mês significa que, para cada R$ 100,00 aplicados, o aplicador ganhará de juros R$
10,00 todo mês, pois 10% de
R$ 100,00 = (10/100) X 100,00 = 10,00
Fórmula do Montante Simples
Tendo em vista que montante = Capital + Juros, temos:

M= C (1 + i . n)
M= Montante
C= Capital
i = taxa de juros (deverá sempre ser dividida por 100 antes de entrar na fórmula)
n = tempo
Exemplo:
Considerando-se que uma pessoa tomou emprestado R$ 100,00 e prometeu o pagamento para 8
meses após, a uma taxa de 8% a.m, com juros simples, quanto essa pessoa irá pagar?
32
M= C (1 + i . n)
M= 100 ( 1 + 0,08 . 8)
M= 100 ( 1 ,64)
M= 100 . 1,64
M= 164,00
Fórmula do Montante Composto
No nosso dia a dia, quando efetuamos uma compra a prazo ou quando tomamos emprestada
determinada quantia de dinheiro em um banco comercial, estamos pagando de juros compostos. O mesmo
acontece quando, por exemplo, fazemos o financiamento da casa própria. No linguajar popular, estamos
pagando juros sobre juros.
Então, é de suma importância que saibamos o que são e como funcionam os juros compostos.
Inicialmente, vamos ver o que é capitalização composta.
CAPITALIZAÇÃO COMPOSTA significa que os juros produzidos num período são acrescidos ao valor
do capital que os produziu, passando os dois, capital e juros, a render juros no período seguinte. É por isso
que falamos em juros sobre juros.
A capitalização composta caracteriza-se por uma função exponencial. É também chamada de juros
sobre juro, considerando-se que a base de cálculo de juros é o valor capitalizado até o período
imediatamente anterior.
Denominamos o intervalo, após o qual os juros serão acrescidos ao capital aplicado, de período de
capitalização.
A fórmula do montante composto é praticamente igual a do montante simples, a diferença, está na
unidade de tempo que sai de dentro dos parênteses e vira uma potência, observe abaixo:
M= C (1 + i)n
Obs! Caso você efetue o cálculo com auxilio de uma calculadora científica, no momento de elevar a
taxa na potência é importante usar todas as casas decimais que a calculadora apresentou, sem
arredondamentos para mais ou para menos.
Considerando-se que uma pessoa tomou emprestado R$ 100,00 e prometeu o pagamento para 5
meses após, a uma taxa de 8% a.m, com juros compostos, quanto essa pessoa irá pagar?
M= C (1 + i)n
M= 100 (1 + 0,08)5
M = 100 (1, 08)5
M = 100 . 1,4693280768
M= R$ 146,93
33
Exercícios – Porcentagem, Montante Simples, Montante Composto
60) Efetue as porcentagens abaixo:

a) 25% de R$ 3.000,00 63) Marice fez um empréstimo no banco
b) 39% de R$ 45.690,00 SANTANDER S/A para investir em seu
c) 70% de R$ 69.000,00 negócio. O valor do empréstimo foi de R$
d) 45% de R$ 125.000,00 30.000,00 a juros simples de 6% a.m. O
período de pagamento é de 12 meses. Quanto
61) Pedro encontrou uma calça Jeans por R$ Marice irá pagar no final do período?
199,90 e por ter pago à vista a loja concedeu a) R$51.600,00
15% de desconto. Quanto Pedro pagou pela b) R$51.950,00
calça? c) R$51.780,00
a) R$169,92 d) R$50.900,00
b) R$269,92
c) R$315,40 64) Paulo adquiriu um financiamento para casa
d) R$89,90 própria no valor de R$ 150.000,00 a juros
compostos de 2% a.m com período de 12
62) No mês de janeiro a energia elétrica da casa meses para pagar. Quando Paulo terá que
de Patrícia foi de R$ 225,40, no mês de fevereiro pagar para o banco ao final dos 12 meses?
devido ao calor intenso foi de 12% a mais. Quanto a) R$190.236,26
Patrícia pagou de energia elétrica em fevereiro? b) R$190.235,36
a) R$252,44 c) R$191.000,80
b) R$200,36 d) R$200.000,00
c) R$89,90
d) R$100,30
34
Referência Bibliográfica
GIOVANNI JR., José Ruy; BONJORNO, José Roberto; GIOVANNI JR., José Ruy. Matemática fundamental: 2º grau:
volume único. São Paulo: FTD, 1994. 560 p.
IEZZI, Gelson et al. Matemática: volume único. São Paulo: Atual, 2002. 660 p.
LONGEN, Adilson. Matemática - ensino médio. 3 v. (Coleção Nova Didática)
PAIVA, Manoel. Matemática: volume único. 2 ed. São Paulo: Moderna, 2003. 418 p: il. (Coleção Base).
CASTANHA, Pereira Paiva. Noções básicas de Matemática comercial e Financeira. Ed. Saberes
35
36
Física – 3º Ano
3º ano
Física
37
Física – 3º Ano
38
Física – 3º Ano
Sumário
A Eletricidade.................................................................................................................................................................. 40
Matéria e Carga Elétrica.............................................................................................................................................. 40
Eletrostática .................................................................................................................................................................... 41
As Interações Elétricas ................................................................................................................................................ 41
A Eletrização................................................................................................................................................................ 41
Processos de Eletrização ............................................................................................................................................. 41
Eletrização por Atrito .............................................................................................................................................. 42
Eletrização por Contato .......................................................................................................................................... 42
Eletrização por Indução .......................................................................................................................................... 42
Raio, Relâmpago e Trovão .......................................................................................................................................... 43
Para- Raios .................................................................................................................................................................. 43
Exercícios – Eletrostática ............................................................................................................................................ 44
Eletrodinâmica................................................................................................................................................................ 46
Corrente Elétrica ......................................................................................................................................................... 46
Resistência Elétrica ..................................................................................................................................................... 47
Fusíveis e Disjuntores.................................................................................................................................................. 47
Exercícios – Eletrodinâmica ........................................................................................................................................ 48
Eletromagnetismo .......................................................................................................................................................... 50
Os Irmãs e o Magnetismo ........................................................................................................................................... 50
As Propriedades dos Imãs ........................................................................................................................................... 51
O Imã-Terra ................................................................................................................................................................. 52
O Magnetismo na Matéria .......................................................................................................................................... 53
Exercícios – Eletromagnetismo ................................................................................................................................... 55
39
Física – 3º Ano
A Eletricidade
Foi na Grécia que surgiram as primeiras definições para a eletricidade. Tales de Mileto, por volta de
600 a.C., atribuiu a existência de uma “alma” aos materiais que podiam ser eletrizados e atrair pequenos
objetos. No entanto, ele se enganou ao imaginar que essa propriedade de atração estava ligada
ao magnetismo, e não à eletricidade.
Durante milênios os fenômenos envolvendo cargas elétricas ficaram restritos apenas a curiosidades,
mas, no século XVI, Willian Gilbert publicou um estudo que diferenciava magnetismo de eletricidade e
introduziu alguns dos principais termos utilizados pela Física, como polos magnéticos e força elétrica. Outro
nome importante foi Charles Du Fay, o primeiro cientista a falar da existência de duas eletricidades. Em
seguida, Benjamin Franklin, já em 1750, propôs uma teoria que dizia que a eletricidade era um fluido que
saía de um corpo para o outro, podendo ser negativo ou positivo. A teoria do fluido predominou até o século
XIX, quando, em uma experiência com raios catódicos, J. J. Thompson descobriu a existência dos elétrons.
Desde então os estudos sobre Eletricidade assumiram uma enorme dimensão. Atualmente é
impossível imaginar nossa vida sem ela. O estudo da eletricidade se divide em três grandes PARTES:
Eletrostática, Eletrodinâmica e Eletromagnetismo.
Matéria e Carga Elétrica
A matéria é constituída de átomos que têm uma parte

central chamada núcleo e uma região periférica chamada
eletrosfera.
O núcleo é formado fundamentalmente de dois tipos de
partículas, os prótons e os nêutrons, na eletrosfera estão às
partículas denominados elétrons. Os nêutrons possuem
apenas massa, enquanto os prótons e os elétrons, além de massa,
possuem também carga elétrica. A carga do próton é positiva, e
a carga do elétron é negativa.
Entre um próton e um elétron ocorre atração, e é
exatamente por esta razão que os elétrons se encontram em torno do núcleo, atraídos pelos prótons do
mesmo. Como os elétrons estão continuamente em movimento, às forças de atração dos prótons sobre eles
provocam a variação da direção de suas velocidades, mantendo-os em movimento em torno do núcleo.
A carga elétrica é, portanto, um dos elementos fundamentais dos prótons e dos elétrons; desta
maneira, o próton e o elétron não podem ser desprovidos de carga elétrica.
Do mesmo modo, não é possível obter a carga elétrica isolada dessas partículas e mesmo que a carga
do elétron seja de sinal contrário à do próton, elas são de igual valor absoluto chamado de carga elementar.
40
Física – 3º Ano
Eletrostática
Eletrostática é a parte da Física que estuda os fenômenos existentes entre
cargas elétricas em repouso, por exemplo, nuvens eletrizadas que originam os
relâmpagos e os raios.
Você já ouviu o estalido quando tira uma camisa de seda ou roupa de náilon?
Já esfregou uma caneta no cabelo e a aproximou de pedacinhos de papel? Esses fatos
comprovam que a eletricidade fica acumulada nas substâncias.
Para tanto estudaremos um tipo de interação entre duas partículas que recebe o nome de interação
elétrica.
As Interações Elétricas
Corpos eletrizados com cargas elétricas de mesmo sinal (mesmo nome) se repelem e corpos
eletrizados com cargas de sinais contrários (nomes diferentes) se atraem.
Portanto, dois corpos se repelem quando ambos
estiverem carregados positivamente ou quando ambos estiverem
eletrizados negativamente e se atraem quando um estiver
carregado positivamente e o outro negativamente.
A Eletrização
Um corpo está eletrizado quando o número de cargas elétricas presentes nesse corpo é diferente
quanto ao sinal. Como quem se movimenta em um átomo é o elétron concluímos então que um corpo está
eletrizado quando ele apresenta excesso ou falta de elétrons.
Assim, quanto à eletrização um corpo pode se encontrar de três diferentes formas:
Neutro: Normalmente os corpos com os quais nos deparamos diariamente são

neutros, ou seja, possuem igual quantidade de prótons e elétrons.
Eletrizado Positivamente: Quando possui um número de elétrons inferior ao de

ao de prótons. Ou seja, perda de elétrons.
Eletrizado Negativamente: Quando possui um número de elétrons maior que o

de prótons. Ou seja, ganho de elétrons.
Processos de Eletrização
A eletrização de um corpo pode ocorrer por atrito, por contato ou ainda por indução.
41
Física – 3º Ano
Eletrização por Atrito
Na eletrização por atrito os dois corpos atritados adquirem cargas de mesmo valor absoluto e sinais
opostos.
Eletrização por Contato
Na eletrização por contato os corpos adquirem cargas elétricas de mesmo sinal. Se os corpos forem
de materiais condutores, tiverem dimensões iguais e mesma forma as cargas serão iguais.
Eletrização por Indução
A indução elétrica consiste na separação das cargas de um condutor neutro (induzido) quando na
presença de um corpo eletrizado (indutor).
A Eletrização por Indução ocorre quando na presença do indutor, o induzido é ligado a terra. O
induzido ficará eletrizado com carga e sinal oposto ao indutor.
42
Física – 3º Ano
Raio, Relâmpago e Trovão
Como já mencionado, um dos maiores exemplos de

Eletrostática trata-se dos raios ou relâmpagos.
O raio é muito perigoso, mas, conhecendo-o podemos
evitar grandes acidentes. Ele é produzido por descargas elétricas
violentíssimas entre uma nuvem carregada de eletricidade e a
terra. O relâmpago é uma descarga semelhante entre duas
nuvens carregadas de eletricidades diferentes. A camada de
cargas situada na parte inferior da nuvem “puxa” uma carga
positiva da superfície da Terra. Esta carga se acumula sobre os objetos elevados e um “fluxo” elétrico se
forma entre os dois, provocando faísca. O raio origina uma enorme quantidade de calor que, esquenta o ar
bruscamente, produzindo barulho, que é o trovão. O trovão tem o mesmo mecanismo de estouro de uma
bombinha: o ar se expande bruscamente e produz o som.
Para- Raios
Para-raios são dispositivos que tem a finalidade de desviar para a Terra

qualquer quantidade de eletricidade provocada por descargas elétricas
atmosféricas.
Os para-raios residenciais têm a função de proteger os prédios, as pessoas
e os animais que estejam próximos aos mesmos.
O para-raios é formado de uma bola de metal com pontas, que fica no topo
dos edifícios e ligado a terra por um fio grosso de cobre, desencapado.
Quanto mais alto for colocado o para-raios, maior será a área protegida,
pois elas atraem os raios (correspondem a pontos mais altos).
43
Física – 3º Ano
Exercícios – Eletrostática
1) Atualmente é impossível imaginar nossa vida b) Esta neutra

sem Eletricidade. Qual das alternativas abaixo se c) Está carregada negativamente
refere ao estudo da eletricidade? d) Nenhuma das anteriores
a) Eletrostática
b) Eletrodinâmica 7) Um estalido quando se tira uma camisa de
c) Eletromagnetismo seda ou náilon e pelos do braço que se levantam
d) Todas as Alternativas em contato com a TV são exemplos de:
a) Eletricidade estática
2) Os átomos são compostos basicamente por b) Eletricidade dinâmica
c) Corrente elétrica
duas pARTE, quais são?
d) Isolantes
a) Núcleo e citoplasma
b) Eletrosfera e eletrólito
8) Três corpos, x, y, e z, estão inicialmente
c) Membrana e núcleo
neutros. Eletrizam-se x e y por atrito e z por
d) Núcleo e eletrosfera
contato com y. Assinale a alternativa que indica
corretamente a carga elétrica que cada corpo
3) Carga elétrica negativa e carga elétrica
poderia ter adquirido após a eletrização:
positiva são características pertencentes,
respectivamente aos:
a) Prótons e nêutrons. x y z
b) Prótons e elétrons. a) - - +
c) Elétrons e prótons. b) - + -
d) Elétrons e nêutrons.
c) + + -
4) Sobre um corpo que possui um número de d) + - -
prótons maior que de elétrons, é correto afirmar
que: 9) Em diversas situações cotidianas efetuamos a
a) Está carregada positivamente eletrização dos mais variados objetos: penteando
b) Esta neutra o cabelo, varrendo o chão, limpando as lentes dos
c) Está carregada negativamente óculos com papel ou pano. Um corpo eletriza-se
d) Nenhuma das anteriores devido à perda ou ganho de:
a) Prótons
5) Definimos um átomo neutro como o estado b) Nêutrons
em que: c) Átomos
a) O número de prótons é igual ao número de d) Elétrons
elétrons.
b) O número de prótons é superior ao número de 10) Com base na lei, cargas elétricas de
elétrons. mesmo sinal se repelem e cargas de sinais
c) O número de elétrons é superior ao número de opostos se atraem, apresentamos as seguintes
prótons. preposições:
d) O número de nêutrons é superior ao número de
I. Um próton atrai um próton.
prótons.
II. Um próton atrai um elétron.
III. Um próton repele um elétron.
6) Sobre um corpo que possui um número de
IV. Um próton repele um próton.
elétrons maior que de prótons, é correto afirmar
V. Um próton atrai um nêutron.
que:
VI. Um elétron atrai um nêutron.
a) Está carregada positivamente
44
Física – 3º Ano
Assinale a opção correta: ( ) Na eletrização por contato os dois corpos
a) Todas estão corretas. adquirem cargas elétricas de mesmo sinal.
b) Só a VI e I estão corretas. ( ) A indução elétrica consiste na separação das
c) Só a II e IV estão corretas. cargas de um condutor eletrizado, quando na presença
de um corpo neutro.
d) Todas estão erradas.
( ) Na eletrização por atrito os dois corpos atritados
adquirem cargas de mesmo valor absoluto e sinais
11) Uma observação comum na nossa vida
opostos.
diária diz respeito à atração de pequenos
A sequência correta dos parênteses acima é:
pedaços de papel por um pente plástico, passado
a) VFF
no cabelo. Este fenômeno ocorre, pois:
b) VVV
a) O pente ao ser atritado contra o cabelo é
c) VFV
carregado eletricamente.
d) FVF
b) Os cabelos estão carregados eletricamente.
c) Os pedaços de papel são corpos carregados 15) Diferencie raio de relâmpago?
eletricamente. a) O Relâmpago é produzido por descargas elétricas
d) O pente não é carregado eletricamente, pois é violentíssimas entre uma nuvem carregada de
isolante. eletricidade e a terra. O Raio é uma descarga
semelhante entre duas nuvens carregadas de
12) Na eletrização por contato os corpos eletricidades diferentes.
adquirem cargas elétricas: b) O Raio é o ar que se expande e causa o barulho. O
a) Sem valor. Relâmpago é um fenômeno semelhante entre duas
b) Somente positivas. nuvens carregadas de eletricidades diferentes.
c) O Raio é produzido por descargas elétricas
c) De mesmo sinal.
violentíssimas entre uma nuvem carregada de
d) De sinal diferente.
eletricidade e a terra. O relâmpago é uma descarga
semelhante entre duas nuvens carregadas de
13) Na eletrização por indução: eletricidades diferentes.
a) Há passagem de cargas do indutor para o d) Nenhuma das alternativas.
induzido.
b) Há passagem de cargas do induzido para o 16) Qual a função de um para-raios?
indutor. a) Desviam para o ar a eletricidade provocada por
c) A passagem de cargas dependerá do sinal de descargas elétricas atmosféricas.
carga do indutor. b) Repelir qualquer quantidade de eletricidade.
d) Há uma separação de cargas no induzido c) Desviam para a Terra qualquer quantidade de
devido à presença do indutor. eletricidade, provocada por descargas elétricas
atmosféricas.
14) A respeito de eletrostática assinale V para d) Nenhuma das alternativas.
as afirmações verdadeiras e F para as afirmações
falsas.
45
Física – 3º Ano
Eletrodinâmica
Eletrodinâmica é a parte da física que estuda as cargas
elétricas em movimentação, ou seja, aquela que percorre os circuitos
elétricos. Ela estuda o que é corrente elétrica, os elementos de um
circuito elétrico (resistores e capacitores) bem como a associação
deles, tanto em série quanto em paralelo.
A eletricidade dinâmica é produzida pelas pilhas, pelos
geradores, etc. As pilhas possuem polos positivos e negativos, o
sentido da corrente elétrica é do polo negativo para o positivo.
Corrente Elétrica
Em um condutor metálico
existe grande quantidade de elétrons
que estão fracamente ligados a seus
átomos de origem. Muitos deles se
libertam desses átomos e se movem
aleatoriamente pelo material, sendo
conhecidos como elétrons livres.
Mediante a aplicação de uma força
entre dois pontos do condutor, é possível fazer com que grande parte desses elétrons livres passe a se
movimentar numa direção especifica. Esse movimento organizado de cargas elétricas num condutor recebe
o nome de corrente elétrica. A corrente elétrica transporta energia elétrica.
Um material é classificado de acordo com a quantidade de corrente elétrica que pode passar por ele:
 Condutor: são materiais que permitem com certa facilidade a passagem de corrente elétrica
através deles. (Ferro, alumínio, cobre...).
 Semicondutores: são materiais que deixam que quando submetidos a certo campo elétrico,
permitem a passagem da corrente elétrica. (Cristais de silício utilizados para produção de sensores
eletrônicos...).
 Isolantes: são materiais que não permitem a passagem de corrente elétrica através deles.
(Madeira, plástico...)
A corrente elétrica possui duas unidades de medida padrão:
 O Volt (V): unidade de tensão elétrica (caracteriza a força).

46
Física – 3º Ano
 O Ampère (A): unidade de intensidade de corrente elétrica. É a quantidade de elétrons que
circulam durante um segundo através de um fio.
Resistência Elétrica
Se uma pessoa passar pelo meio de uma multidão, encontrará uma série de dificuldades, que
aumentarão à medida que a multidão se agitar, isto é, ela encontrará resistência na sua caminhada. Em um
condutor elétrico ocorre o fenômeno semelhante. Os átomos e os íons do condutor estão vibrando em torno
de sua posição de equilíbrio. Portanto, as cargas elétricas que constituem a corrente elétrica encontram
oposição ou resistência ao seu movimento.
Os dispositivos construídos para produzir resistência à passagem da
corrente elétrica são denominados resistores. Eles são utilizados para: transformar
energia elétrica em calor, como chuveiros, aquecedores, ferro elétrico, etc.;
controlar a intensidade da corrente elétrica ou ainda para produzir uma queda de
tensão.
A Resistência Elétrica é uma grandeza elétrica que reflete a propriedade
dos materiais que resistirem à passagem da corrente elétrica.
Fusíveis e Disjuntores
Disjuntores são dispositivos eletromecânicos, que funcionam como interruptores

automáticos destinados a proteger uma determinada instalação elétrica contra possíveis
danos causados por curtos-circuitos e sobrecargas elétricas. A sua função básica é a de
detectar uma falha na corrente elétrica, interrompendo-a imediatamente antes que os seus
efeitos térmicos e mecânicos possam causar danos à instalação elétrica protegida. Uma das
principais características dos disjuntores é a sua capacidade em poderem ser rearmados
manualmente, depois de interromperem a corrente em virtude da ocorrência de uma falha.
Já os Fusíveis, que têm a mesma função dos disjuntores, ficam inutilizados quando
realizam a interrupção. Como o fusível é um elo por onde passa a corrente, ele aquece se a
variação da corrente for acima do padrão para o qual foi projetado, este aquecimento leva ao
derretimento (queima) do filamento e por consequência ao corte de eletricidade naquele
circuito. Por esta razão é sempre muito importante que a capacidade dos fusíveis seja sempre
bem dimensionada. Porque se ele não queimar pelo excesso de carga, o que poderá queimar é a fiação do
circuito, ou os aparelhos ligados nela, com o risco de provocar um incêndio.
47
Física – 3º Ano
Exercícios – Eletrodinâmica
17) Diferencie eletricidade estática de 21) O que são elétrons “livres” de um átomo?
eletricidade dinâmica. a) Elétrons de um isolante.
a) Eletricidade estática é aquela que fica b) Todos os elétrons de um átomo.
acumulada em uma substância e Eletricidade c) Elétrons de um condutor.
Dinâmica é aquela que percorre os circuitos d) Nenhuma das alternativas.
elétricos.
b) Eletricidade estática é aquela que percorre os 22) Diferencie condutores e isolantes.
circuitos elétricos, e Eletricidade Dinâmica é a) Condutores são materiais que permitem com
aquela que fica acumulada em uma substância. certa facilidade a passagem de corrente elétrica
c) A e B estão corretas através deles, e isolantes são materiais que não
d) Nenhuma das alternativas permitem a passagem de corrente elétrica através
deles.
18) A figura representa o modo como um b) Condutores são materiais que não permitem a
estudante colocou 4 pilhas novas em sua lanterna. passagem de corrente elétrica através deles, e
isolantes são materiais que permitem com certa
facilidade a passagem de corrente elétrica através
deles.
c) Condutores são materiais que permitem com
certa facilidade a passagem de corrente elétrica
através deles, e isolantes são materiais que na
Dessa forma o que acontecerá com a lanterna? presença de um campo elétrico permitem a
a) A lâmpada irá queimar. passagem de corrente elétrica através deles.
b) A lanterna não irá acender. d) Nenhuma das alternativas
c) As pilhas durarão pouco tempo.
d) A luz emitida terá um brilho forte. 23) A Corrente Elétrica possui duas unidades de
medida padrão. Quais são?
19) Defina corrente elétrica. a) Metro e Centímetro
a) É o movimento desordenado de cargas b) Hora e Segundo
magnéticas de um condutor. c) Volt e Ampère
d) Quilograma e Grama
b) É o movimento ordenado de cargas elétricas de
um isolante.
24) O que é volt e ampère?
c) É o movimento ordenado de cargas magnéticas
a) Volt é a unidade de intensidade de corrente
de um isolante
elétrica e Ampère é a unidade de tensão elétrica.
d) É o movimento ordenado de cargas elétricas de
b) Volt é a unidade de tensão elétrica, e Ampère é
um condutor.
a unidade de intensidade de corrente elétrica.
20) Os metais conduzem corrente elétrica são c) Volt é a unidade de intensidade elétrica, e
chamados condutores, o condutor é aquele que Ampère é a unidade de força da corrente elétrica.
conduz? d) Nenhuma das alternativas.
a) Elétrons livres num movimento ordenado.
b) Prótons livres num movimento desordenado. 25) Determine 1 para isolantes e 2 para
c) Nêutrons livres num movimento organizado. condutores:
d) Átomos livres num movimento ordenado. ( ) cobre e ferro
( ) isopor e borracha
( ) lã e madeira seca
( ) água e alumínio
48
Física – 3º Ano
( ) papel jornal e verniz d) Nenhuma das alternativas.
A sequência correta dos parênteses acima é: 27) Para que servem os fusíveis e os
a) 2, 1, 2, 2, 1
disjuntores?
b) 2, 1, 1, 2, 1
a) Os fusíveis e os disjuntores servem para proteger a
c) 1, 2, 1, 1, 2
instalação.
d) 1, 1, 2, 2, 1
b) Os fusíveis e os disjuntores servem para isolar
eletricidade.
26) O que são resistências elétricas? c) Os fusíveis e os disjuntores servem para provocar
a) É uma grandeza elétrica que reflete a curtos circuitos.
propriedade dos materiais se oporem à passagem d) Os fusíveis e os disjuntores servem para conduzir
da corrente elétrica. eletricidade.
b) É uma grandeza termométrica que reflete a
propriedade dos materiais se oporem à passagem 28) Para socorrer uma pessoa presa a um fio
da corrente elétrica. elétrico, usa-se preferencialmente:
c) É uma grandeza elétrica que reflete a a) Um bom condutor de eletricidade
propriedade dos materiais de facilitarem à b) As próprias mãos, puxando a pessoa.
passagem da corrente elétrica. c) Um pedaço de metal
d) Madeira seca ou borracha
49
Física – 3º Ano
Eletromagnetismo
O estudo do Eletromagnetismo é uma das PARTES mais interessantes da Eletricidade. Com suas
teorias são construídas geradores e motores elétricos, transformadores de tensão, medidores elétricos,
freios eletromagnéticos, rádios, computadores, radares entre outros equipamentos.
No estudo da Física, o eletromagnetismo é o nome da teoria

unificada desenvolvida por James Maxwell para explicar a relação entre a
eletricidade e o magnetismo. Esta teoria baseia-se no conceito de Campo
Eletromagnético.
O campo magnético é resultado do movimento de cargas elétricas,
ou seja, é resultado de uma corrente elétrica. O campo magnético pode
resultar em uma força eletromagnética quando associada a ímãs.
Séculos antes de Cristo, na Grécia antiga o filósofo grego Tales de Mileto (séc. VI a.C.) havia descrito
algo a respeito do magnetismo. Em uma região chamada Magnésia observou-se a existência de uma pedra
de comportamento estranho, pois foi observado que elas têm a propriedade de atrair materiais como
o ferro, hoje se sabe que esta pedra é a magnetita (óxido de ferro Fe3O4), por isso o termo magnetismo.
Segundo a História, foram os chineses que começaram a utilizar o imã como bússola para a
navegação. Através do tempo vários indivíduos realizaram estudos relacionados com o imã. Entre eles, o
médico inglês William Gilbert (1544-1603), que efetuou um estudo cientifico sobre o magnetismo, e
Coulomb, que, com o estudo das ações entre cargas elétricas, estudou as ações dos imãs.
A relação entre os fenômenos elétricos e magnéticos ficou esclarecida apenas com a descoberta por
Oersted em 1820, na Universidade de Copenhague, a partir do movimento da agulha de uma bússola
colocada próxima a um fio pelo qual passava uma corrente elétrica.
Assim, concluiu-se então que, quando um corpo passa conduzir corrente elétrica, este também passa
a possuir propriedades magnéticas, ou seja, as mesmas propriedades de um imã.
Os Irmãs e o Magnetismo
Os ímãs são materiais que possuem a propriedade de atrair ou repelir

outros ímãs. Além disso, é característica de materiais dessa natureza se imantarem
fortemente na presença de um campo magnético.
Hoje em dia, tem-se uma grande variedade de ímãs. Eles aparecem das
mais variadas formas e são utilizados desde enfeites para geladeiras até a
aplicação tecnológica.
Para os imãs foram observados três fatos importantes:
 Primeiro a capacidade de atrair objetos de ferro;

50
Física – 3º Ano
 Segundo a capacidade de transmitir esta capacidade para os objetos de ferro;
 Terceiro que esta capacidade está concentrada principalmente nas regiões extremas do imã.
As Propriedades dos Imãs
1. PÓLOS DE UM ÍMÃ: Todos os ímãs, independentemente de sua forma ou aplicação, possuem dois polos,
o Polo Norte (N) e o Polo Sul (S), que são chamados de Polos Magnéticos.
Assim como acontece com as cargas elétricas, observa-se no comportamento dos ímãs que polos de mesmo
nome se repelem e polos de nomes contrários se atraem.
Os polos são regiões onde as ações magnéticas são mais intensas.
2. INSEPARABILIDADE DOS PÓLOS: Outra característica importante dos ímãs é a da inseparabilidade dos
polos magnéticos, ou seja, não é possível encontrar um ímã só com polo norte ou só com polo sul. Assim, quando um
ímã é quebrado, ele dará origem a dois novos ímãs e a polaridade desses novos ímãs vai depender da forma com que
sua partição se deu.
51
Física – 3º Ano
Se um ímã se mover livremente, um de seus polos se alinhará com o polo norte geográfico terrestre, esse é o
polo norte do ímã, e o outro polo se alinhará com o polo sul geográfico, sendo assim denominado polo sul do ímã. É
por esse motivo que os polos são denominados de polo norte ou polo sul.
3. CAMPO MAGNÉTICO: É a região do espaço ao redor de um ímã ou de um condutor percorrido por

corrente elétrica, na qual ocorrem interações magnéticas.
A representação de um campo magnético é feita através de linhas de campo (força) que são linhas imaginárias
fechadas que saem do polo norte e entram no polo sul.
O vetor campo magnético é sempre tangente às linhas de campo e no mesmo sentido.
O Imã-Terra
Durante muito tempo, procurou-se uma explicação para o fato de um ímã suspenso livremente, na
superfície da Terra, tomar sempre a orientação norte-sul. Os cientistas, a partir do século XVII, chegaram à
conclusão de que isso ocorre porque a Terra se comporta como um grande ímã.
52
Física – 3º Ano
Os polos do Ímã-Terra estão localizados próximos aos polos geográficos da Terra, pois são para essas
regiões que são atraídos os polos de qualquer agulha magnética. Como são os polos magnéticos de nomes
contrários que se atraem, podemos chegar às seguintes conclusões:
 O Polo Norte Magnético da agulha é atraído pelo norte geográfico.

Então, o polo norte geográfico é o polo sul magnético do ímã-Terra;
 O Polo Sul Magnético da agulha é atraído pelo sul geográfico.

Então, o polo sul geográfico é o polo norte magnético do ímã- Terra.
Portanto, para efeitos magnéticos, podemos imaginar a Terra representada por um grande ímã, isto
é:
“A Terra se comporta como um grande imã, cujo polo norte magnético está localizado na região sul
geográfica e o polo sul magnético está localizado na região norte geográfico”.
A inclinação dos eixos magnéticos em relação aos eixos geográficos é de aproximadamente 191°,
fazendo com os seus polos sejam praticamente invertidos em relação aos polos geográficos.
O Magnetismo na Matéria
Com base no comportamento de alguns materiais na presença de um campo magnético, é possível classificá-
los em ferromagnéticos, paramagnéticos, diamagnéticos.
53
Física – 3º Ano
 SUBSTÂNCIAS FERROMAGNÉTICAS: São
substâncias que têm a propriedade de possuir domínios
magnéticos, “pequenos ímãs” que sob a influência de um
campo magnético externo, tendem a se alinhar com ele,
fazendo com que a substância também se torne um ímã.
Ex.: ferro, cobalto, níquel e ligas que contenham esses
elementos.
 SUBSTÂNCIAS PARAMAGNÉTICAS: São as

substâncias que se imantam fracamente sob a influência
de um campo magnético externo, resultando uma força
de atração muito fraca. Ex.: alumínio, cromo, platina,
manganês, estanho, ar.
 SUBSTÂNCIAS DIAMAGNÉTICAS: São as

substâncias que interagem com o campo magnético,
resultando uma fraca repulsão. Ex.: prata, ouro, mercúrio,
chumbo, zinco, bismuto, água.
54
Física – 3º Ano
Exercícios – Eletromagnetismo
29) No estudo da Física, a teoria unificada d) Eles se unem

desenvolvida por James Maxwell foi utilizada
para explicar a relação entre: 34) No desenho, o ímã A foi dividido em três
a) As cargas positivas e negativas de um corpo. PARTES.
b) A eletricidade e o magnetismo.
c) A estática e a dinâmica.
d) Os polos norte e sul.
30) Sobre a Teoria do Magnetismo podemos

afirmar que:
a) Os polos de um ímã são denominados de
Positivo e Negativo.
Considere as afirmativas:
b) Os polos de um ímã são denominados de Norte I - As pontas x e z se atraem
e Sul. II - As pontas y e w se repelem
c) Os polos de um ímã são denominados de Leste III - As pontas x e w se repelem
e Oeste.
d) Os polos de um ímã são denominados de Fase A alternativa correta é:
e Neutro. a) Todas as afirmativas são falsas
b) Todas as afirmativas são verdadeiras
31) Quando aproximamos as pontas de dois c) Apenas a afirmativa I é verdadeira
ímãs: d) Apenas a afirmativa II é verdadeira
a) Sempre há atração
b) Sempre há repulsão 35) Têm-se três ímãs, AB, CD e EF. Sabe-se que
c) Não há atração e nem repulsão os polos B e D se atraem e C e E se repelem.
d) Pode haver atração e repulsão
32) Veja a figura abaixo:
Sendo A um polo norte, pode-se afirmar o que de F?

a) F é polo Sul
Nela temos uma barra magnetizada aproximando de b) F é polo Norte
uma pequena bola de metal. Diante dessa situação c) Nada podemos afirmar
podemos concluir que bola de ferro: d) F é polo Sul como D
a) Será atraída por qualquer um dos polos da barra.
b) Será atraído pelo polo norte e repelida pelo polo sul. 36) Com relação aos estudos sobre as
c) Será atraído pelo polo sul e repelida pelo polo norte. propriedades do ímã, podemos dizer que o polo
d) Será repelida por qualquer um dos polos da barra. sul de um ímã:
a) Atrai o polo sul de outro ímã.
33) Se aproximarmos o polo sul de um ímã do b) Atrai o polo norte de qualquer ímã.
polo sul de outro ímã: c) Repele o polo norte de um ímã.
a) Eles se atraem d) Nenhuma das alternativas.
b) Eles se repelem
c) Nada acontece
55
Física – 3º Ano
37) Por mais que cortemos um imã, nunca a) Um ímã só com polo norte e outro só com polo
conseguiremos separar seus polos. Qual o nome sul.
deste fenômeno? b) Dois ímãs só com polo sul.
a) Desintegrabilidade dos polos c) Dois ímãs só com polo norte.
b) Separabilidade dos polos d) Dois novos ímãs completos.
c) Inseparabilidade dos polos
d) Magnetismo dos polos 41) Região do espaço onde atua a atração de
um ímã:
38) Sobre a Teoria da Inseparabilidade dos a) Campo Gravitacional
Polos, assinale a alternativa correta: b) Campo Polar
a) Um imã é partido em quatro PARTES iguais obtêm- c) Campo Magnético
se quatro pedaços de imã, sendo dois polos norte e d) Campo Elétrico
dois polos sul.
b) Um imã é partido em quatro PARTES iguais obtêm-
42) Quais as substâncias que interagem com o
se dois imãs inteiros e dois pedaços de imã, sendo um
campo magnético, resultando uma fraca
polo norte e um polo sul.
c) Um imã é partido em quatro PARTES iguais obtém-se repulsão?
então, quatro imãs completos. a) Ferromagnéticos
d) Um imã é partido em quatro PARTES iguais obtêm- b) Paramagnéticos
se imãs inteiros e pedaços de imã, dependendo de c) Diamagnéticos
como o imã foi dividido. d) Todas as alternativas
39) O ímã em forma de barra mostrado abaixo 43) Quais as substâncias que se imantam
é quebrado, com cuidado, em duas pARTE. fracamente sob a influência de um campo
magnético, resultando uma força de atração
S N muito fraca?
Os polos das peças obtidas estão corretamente a) Ferromagnéticos
representados na alternativa: b) Paramagnéticos
c) Diamagnéticos
a) d) Todas as alternativas.
b) 44) Quais as substâncias que sob a influência

de um campo magnético, tendem a se alinhar
c) com ele, fazendo com que a substância também
se torne um ímã?
d) a) Ferromagnéticos
b) Paramagnéticos
40) Quebrando-se um ímã pela metade, c) Diamagnéticos
vamos obter: d) Todas as alternativas.
56
Física – 3º Ano
BONJORNO, Regina F.S. Azenha. Física 2: termologia, óptica geométrica, ondulatória. São Paulo: FTD, 1992. 280 p.
BONJORNO, Regina F.S. Azenha. Física 3: eletricidade. São Paulo: FTD, 1992. 266 p
BONJORNO, Regina F.S. Azenha. Física Fundamental: 2º grau: volume único. São Paulo: FTD, 1993. 496p
CARVALHO, Thomas. Magnetismo. Disponível em: <http://www.infoescola.com/fisica/magnetismo/>. Último acesso

em nov. 2017.
GASPAR, Alberto. Física: ensino médio: volume único. São Paulo: Ática, 2004. 552 p.: il. (Série Brasil).
TREFIL, James; HAZEN, Robert M. Física Viva: uma introdução à física conceitual, V.1. Rio de Janeiro: LTC, 2006. 3 v.
SILVA, Tatiane da. Eletrostática. Ministério da Educação. Disponível em:

<http://objetoseducacionais2.mec.gov.br/bitstream/handle/mec/10214/eletrostatica.html>. Último acesso em nov.
2017.
57
Física – 3º Ano
58
Química – 3º Ano
3º ano
Química
59
60
Sumário
Eletroquímica ................................................................................................................................................................. 62
Oxidação e Redução .................................................................................................................................................... 62
Pilhas e Baterias .......................................................................................................................................................... 63
Alessandro Volta, O Inventor da Pilha .................................................................................................................... 63
Eletrólise ..................................................................................................................................................................... 64
Exercícios – Eletroquímica .......................................................................................................................................... 65
Radioatividade................................................................................................................................................................ 66
Tipos de Radioatividades ............................................................................................................................................ 66
Reações Nucleares ...................................................................................................................................................... 66
Efeitos da Radiação ..................................................................................................................................................... 67
Exercícios – Radioatividades ....................................................................................................................................... 69
Química Orgânica ........................................................................................................................................................... 70
O Estudo do Carbono .................................................................................................................................................. 71
Classificação do Carbono ............................................................................................................................................ 72
Cadeias Carbônicas ..................................................................................................................................................... 73
Exercícios – Química Orgânica .................................................................................................................................... 75
Funções Orgânicas .......................................................................................................................................................... 77
Reações Orgânicas .......................................................................................................................................................... 78
Isomeria .......................................................................................................................................................................... 80
Exercícios – Funções Orgânicas, Reações Orgânicas e Isomeria................................................................................. 81
61
Eletroquímica
Os princípios básicos que aplicamos a matéria são envolvidos numa característica comum, a estrutura
atômica dos elementos e suas cargas. O átomo contém partículas positivas, os prótons, e partículas
negativas, os elétrons.
A Química trabalha de forma conjunta com a física para compreender os fenômenos da matéria, e
uma ciência comum entre elas é o estudo da eletricidade, ou seja, o movimento dos elétrons em um corpo.
A Eletroquímica é um ramo da Química que estuda o fenômeno da transferência de elétrons para a
transformação de energia química em energia elétrica e vice-versa.
Oxidação e Redução
A troca de elétrons que ocorre entre os elementos geralmente ocasiona reações químicas, essa troca
é denominada ligação iônica, quando um átomo cede elétrons para outro, formando íons positivos e
negativos. Esse processo ocasiona um fenômeno chamado de Oxirredução, pois nelas ocorrem
simultaneamente a redução e a oxidação.
 A Oxidação acontece com o átomo que perde elétrons, aumentando o potencial positivo do íon
formado, ou seja, acumula carga positiva. As substâncias que sofrem oxidação tendem a perder matéria com
o passar do tempo, diminuindo a sua massa relativa.
 A Redução acontece quando o átomo recebe elétrons, aumentando o potencial negativo do íon
formado, ou seja, acumula carga negativa. As substâncias que sofrem redução tendem a ganhar matéria com
o passar do tempo, aumentando sua massa relativa.
Esse movimento dos elétrons caracteriza uma corrente elétrica. Observe a figura abaixo:
Na imagem, temos duas hastes de metal, uma de

cobre e outra de zinco, interligadas por um condutor.
Nesse circuito, o zinco oxida, cedendo elétrons para o
cobre que reduz, e essa reação química gera uma
diferença de potencial elétrico, gerando uma corrente,
onde os elétrons seguem pelo condutor de uma haste
para a outra. Com o passar do tempo, o zinco perde massa
com a oxidação, e o cobre acumula essa massa. A haste
de zinco gera um polo negativo, e a de cobre, um polo
positivo. (Essa imagem descreve a “Pilha de Daniell”).
Então, o fenômeno químico da Oxirredução é a
conversão de energia química em energia elétrica. Assim, nos fenômenos eletroquímicos, sempre ocorrem
reações semelhantes a essa. Porém, isso pode ocorrer de duas formas. Nesse sentido, os dois campos de
estudo principais da Eletroquímica são as pilhas e a eletrólise.
62
Pilhas e Baterias
A Pilha Elétrica, Célula Galvânica, Pilha Galvânica ou ainda Pilha Voltaica é um dispositivo que utiliza
reações de oxirredução para converter energia química em energia elétrica. Dentro das pilhas são colocadas
certas substâncias químicas que reagem espontaneamente transferindo elétrons. As pilhas possuem dois
eletrodos, que são:
 Ânodo: polo negativo onde ocorre a oxidação;

 Cátodo: polo positivo onde ocorre a redução.
As pilhas e baterias possuem um eletrólito, que é uma solução condutora de íons. Assim, forma-se
um fluxo de elétrons entre esses polos que resulta na formação de uma corrente elétrica que pode ser
utilizada para que diversos aparelhos elétricos funcionem.
A diferença entre as pilhas e as baterias é que enquanto as pilhas possuem somente dois eletrodos,
as baterias são formadas por várias pilhas conectadas em série ou em paralelo, ou seja, possui vários
eletrodos, o que aumenta a sua voltagem.
Alessandro Volta, O Inventor da Pilha
No século XVIII, Alessandro Volta verificou que, se dois metais diferentes

forem postos em contato um com o outro, um dos metais fica negativo e o outro
positivo. Entre eles observa-se uma diferença de potencial, ou seja, uma tensão
elétrica. Usando esta experiência como base, concebeu uma pilha, a que deu o nome
de pilha voltaica. A pilha era composta por discos de zinco e de cobre empilhados e
separados por pedaços de tecido embebidos em solução de ácido sulfúrico. Esta
pilha produzia energia elétrica sempre que um fio condutor era ligado aos discos de
zinco e de cobre, colocados na extremidade da pilha.
Neste dispositivo, têm-se dois elétrodos que são constituídos geralmente de
metais diferentes, que fornecem a superfície na qual ocorrem as reações
de oxidação e redução. Estes elétrodos são postos em dois compartimentos
separados, imersos por sua vez em um meio contendo íons em concentrações
conhecidas e separados por uma placa ou membrana porosa, podendo ser
composta por argila não vitrificada, porcelana ou outros materiais.
As duas metades desta célula eletroquímica são chamadas de compartimentos e têm por finalidade
separar os dois reagentes participantes da reação de oxirredução, do contrário, os elétrons seriam
transferidos diretamente do agente redutor para o agente oxidante. Finalmente, os dois elétrodos são
conectados por um circuito elétrico, localizado fora da célula, denominado circuito externo, garantindo o
fluxo de elétrons entre os elétrodos.
63
Eletrólise
Eletrólise é o processo inverso do que ocorre nas pilhas e baterias, ou

seja, ocorre a transformação de energia elétrica em energia química. Utiliza-
se energia elétrica para forçar a ocorrência de uma reação química não
espontânea pela neutralização das cargas dos íons e formação de substâncias
simples.
A eletrólise é feita em uma cuba eletrolítica, onde o líquido é colocado
e são mergulhados nele dois eletrodos (geralmente inertes feitos de platina
ou grafita). Esses eletrodos estão ligados a um gerador que fornece a corrente
elétrica.
Isso ocorre quando se passa uma corrente elétrica proveniente de
algum gerador (como uma pilha ou uma bateria) por um líquido iônico ou por uma solução aquosa que
contém íons. Desse modo, o cátion presente no líquido ou na solução recebe elétrons, e o ânion doa
elétrons, para que ambos fiquem com carga elétrica igual a zero e com energia química acumulada.
A eletrólise é usada para a produção de substâncias

simples de uso importante que não são encontradas na
natureza, como o gás cloro e o sódio metálico produzidos na
eletrólise ígnea do cloreto de sódio. Na eletrólise aquosa do
cloreto de sódio, além de o cloro ser produzido, também se
obtém o gás hidrogênio que é usado como combustível.
Ao lado observamos um exemplo de eletrólise aquosa
do cloreto de sódio com produção de cloro e hidrogênio.
A Eletroquímica é, portanto, um ramo muito

importante não só porque está relacionada com o
desenvolvimento tecnológico e de métodos de produção de
eletricidade, mas também porque permite inclusive a
monitoração das atividades do cérebro e do coração, do pH do
sangue, da presença de contaminantes na água, além de
possibilitar a criação de equipamentos que salvam vidas, como
o marca-passo, e assim por diante.
64
Exercícios – Eletroquímica
1) A Química trabalha de forma conjunta com a física 6) Que nome pode ser dado ao dispositivo que utiliza
para compreender os fenômenos da matéria, e uma reações de oxirredução para converter energia
ciência comum entre elas é o estudo da eletricidade, química em energia elétrica?
ou seja: a) Pilha Elétrica
a) O movimento dos prótons em um corpo. b) Pilha Galvânica
b) O movimento dos nêutrons em um corpo. c) Pilha Voltaica
c) O movimento dos elétrons em um corpo. d) Todas as alternativas.
d) Todas as alternativas.
7) Qual a diferença entre Ânodo e Cátodo?
2) Qual o ramo da Química que estuda o fenômeno a) O Ânodo é o polo negativo onde ocorre a oxidação
da transferência de elétrons para a transformação de e o Cátodo é o polo positivo onde ocorre a redução.
energia química em energia elétrica e vice-versa? b) O Ânodo é o polo positivo onde ocorre a redução e
a) Termoquímica o Cátodo é o polo negativo onde ocorre a oxidação.
b) Eletroquímica c) O Ânodo e o Cátodo não têm diferença.
c) Radioatividade d) Nenhuma das Alternativas
d) Química Orgânica
8) Qual a diferença entre pilhas e baterias?
3) Acontece com o átomo que perde elétrons, a) As baterias possuem somente dois eletrodos e as
aumentando o potencial positivo do íon formado, ou pilhas são formadas por várias baterias conectadas em
seja, acumula carga positiva; essas substâncias série ou em paralelo, ou seja, possui vários eletrodos,
tendem a perder matéria com o passar do tempo, o que aumenta a sua voltagem.
diminuindo a sua massa relativa. Qual o nome desse b) As pilhas possuem somente dois eletrodos e as
fenômeno? baterias são formadas por várias pilhas conectadas em
a) Oxidação série ou em paralelo, ou seja, possui vários eletrodos,
b) Redução o que aumenta a sua voltagem.
c) Oxirredução c) Não há diferenças entre pilhas e baterias.
d) Eletrólise d) Nenhuma das Alternativas
4) Acontece quando o átomo recebe elétrons, 9) Qual é o processo onde ocorre a transformação de
aumentando o potencial negativo do íon formado, ou energia elétrica em energia química?
seja, acumula carga negativa; essas substâncias a) Oxidação
tendem a ganhar matéria com o passar do tempo, b) Redução
aumentando sua massa relativa. Qual o nome desse c) Oxirredução
fenômeno? d) Eletrólise
a) Oxidação
b) Redução 10) A Eletroquímica é um ramo muito importante
c) Oxirredução não só porque está relacionada com o
d) Eletrólise desenvolvimento tecnológico e de métodos de
produção de eletricidade, mas também por quê?
5) É a conversão de energia química em energia a) Permite o monitoramento das atividades do
elétrica. Nos fenômenos eletroquímicos, sempre cérebro e do coração.
ocorrem reações semelhantes a essa. Estamos b) Através dela é possível verificar o pH do sangue e a
falando de: presença de contaminantes na água.
a) Oxidação c) Possibilita a criação de equipamentos que salvam
b) Redução vidas como o marca-passo.
c) Oxirredução d) Todas as alternativas.
d) Eletrólise
65
Radioatividade
Radioatividade é definida como a capacidade que alguns elementos fisicamente instáveis possuem
de emitir energia sob a forma de partículas ou radiação eletromagnética.
A maioria das reações químicas envolve apenas a eletrosfera dos átomos, conservando-se inalterada
a estrutura nuclear. As transformações que se verificam natural ou artificialmente no núcleo do átomo
constituem as Reações Nucleares. As Reações Nucleares ocorrem sob o efeito da radiação.
Tipos de Radioatividades
A radioatividade das partículas Alfa, Beta e das ondas Gama são as mais comuns. O tipo de radiação
determina o poder de penetração na matéria, que são, respectivamente, baixa, média e alta.
 Alfa (α) - A sua radioatividade pode ser impedida por uma folha de papel.
 Beta (β) - A sua radioatividade - superior à de alfa - pode penetrar uma folha de papel, mas não
uma placa de metal.
 Gama (γ) - A sua forte capacidade de penetração faz com que a sua radioatividade passe tanto
pelo papel como pelo metal.
Reações Nucleares
Recebem o nome de Reações Nucleares as reações entre partículas nucleares e núcleos atômicos
sem que varie o número total de prótons e nêutrons.
A energia nuclear é aquela que se libera em consequência de uma reação nuclear. As mais
importantes, do ponto de vista da produção de energia, são a fissão e a fusão nuclear.
 Fissão Nuclear: Esse fenômeno ocorre quando núcleos instáveis são bombardeados e se
dividem, originando novos elementos.
66
Exemplos: Bomba Atômica, Usina Nuclear para geração de energia elétrica.
 Fusão Nuclear: Esse fenômeno ocorre com a união de dois núcleos, dando um único núcleo.
Exemplos: Bomba de Hidrogênio, energia recebida do Sol.
Efeitos da Radiação
Os efeitos da radiação podem ser a longo e curto prazo ou causar problemas aos descendentes da
pessoa infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe a radiação sofre alteração genética, que pode ser
transmitida na gestação.
67
Os raios afetam os átomos que estão presentes nas células, provocando alterações em sua estrutura.
O resultado? Graves problemas de saúde, como a perda das propriedades características dos músculos e da
capacidade de efetuar as sínteses necessárias à sobrevivência.
Porém a radioatividade pode apresentar benefícios ao homem e, por isso, é utilizada em diferentes
áreas. Na medicina, ela é empregada no tratamento de tumores cancerígenos; na indústria, é utilizada para
obter energia nuclear; e, na ciência, tem a finalidade de promover o estudo da organização atômica e
molecular de outros elementos.
A tabela abaixo lista alguns isótopos comumente utilizados na medicina:
Principais radioisótopos usados na Medicina

Isótopos Principais usos
3H
Trítio
Determinação do conteúdo de água no corpo
(hidrogênio-3)
11C
Varredura do cérebro com tomografia de emissão positrônica transversa
Carbono-11
(PET) para traçar o caminho da glicose
14C Carbono-14 Ensaios de radioimunidade.
24Na Sódio-24 Detecção de constrições e obstruções do sistema circulatório.
32P Fósforo-32 Detecção de tumores oculares, câncer de pele, ou tumores pós-cirúrgicos.
51Cr
Diagnóstico de albumina, tamanho e forma do baço, desordens
Cromo-51
gastrointestinais.
59Fe Ferro-59 Mal função das juntas ósseas, diagnóstico de anemias
60Co Cobalto-60 Tratamento do câncer.
67Ga Gálio-67 Varredura do corpo inteiro para tumores.
75Se Selênio-75 Varredura do pâncreas
81mKr Criptônio-81m Varredura da ventilação no pulmão.
85Sr Estrôncio-85 Varredura dos ossos para doenças, incluindo câncer.
99mTc
Um dos mais utilizados: diagnóstico do cérebro, ossos, fígado, rins, músculos
Tecnécio-99m
e varredura de todo o corpo.
131I
Diagnóstico de mau funcionamento da glândula tireoide, tratamento do
Iodo-131
hipertireoidismo e câncer tireoidal.
197Hg Mercúrio-197 Varredura dos rins.
68
Exercícios – Radioatividades
11) Assinale a alternativa que explica o 14) Assinale a alternativa que contém o
fenômeno da Radioatividade: conceito do fenômeno Fissão Nuclear.
a) É definida como a capacidade que alguns elementos a) Ocorre com a união de dois núcleos, dando origem
fisicamente instáveis possuem de emitir energia sob a a um único núcleo.
forma de partículas ou radiação eletromagnética. b) Ocorre com a união de três núcleos, dando origem
b) É o fenômeno pelo qual um núcleo estável forma a dois núcleos.
ligações covalentes. c) Ocorre quando núcleos instáveis são
c) É o fenômeno pelo qual determinado material bombardeados e se dividem, originando novos
muda de estado físico. elementos.
d) É o fenômeno pelo quais as substâncias simples se d) Nenhuma das Alternativas
unem os outros elementos químicos formando
substâncias compostas. 15) As reações nucleares ocorrem:
a) Na eletrosfera do átomo.
12) A figura abaixo representa o poder de b) No núcleo do átomo.
penetração de diferentes tipos de radiação. Com c) Na camada P do átomo.
d) Nenhuma das Alternativas.
o auxílio da ilustração, responda qual a radiação
envolvida nos esquemas I, II e III.
16) Complete a sentença: Os efeitos da
radiação podem ser a longo e curto prazo ou
causar problemas aos descendentes da pessoa
infectada (filhos, netos). O indivíduo que recebe
a radiação sofre __________________, que pode
ser transmitida na gestação.
a) Alteração Térmica
b) Alteração Elétrica
c) Alteração Genética
a) Alfa, Beta e Gama. d) Alteração Cinética
b) Beta, Alfa e Gama.
c) Gama, Beta, Alfa. 17) Qual o elemento radioativo utilizado
d) Alfa, Gama e Beta. principalmente no tratamento do Câncer?
a) Césio – 137
13) Assinale a alternativa que contém o b) Cobalto – 60
conceito do fenômeno Fusão Nuclear. c) Trítio
a) Ocorre com a união de dois núcleos, dando origem d) Carbono – 14
a um único núcleo.
b) Ocorre com a união de três núcleos, dando origem 18) Qual a principal aplicação do elemento
a dois núcleos. radioativo Iodo-131?
c) Ocorre quando núcleos instáveis são a) Varredura dos rins.
bombardeados e se dividem, originando novos b) Varredura do corpo inteiro para pulmões.
elementos. c) Diagnóstico de mau funcionamento da glândula
d) Quando um núcleo se subdivide em dois núcleos. tireoide, tratamento do hipertireoidismo, e câncer
tireoidal.
d) Ensaios de radioimunidade.
69
Química Orgânica
A Química Orgânica é a química que estuda os compostos de carbono. Cerca de 90% das substâncias
conhecidas pelo ser humano são formadas de compostos orgânicos, onde podem se apresentar
naturalmente ou de forma sintética, ou seja, produzidos pelo homem.
A Química Orgânica possui uma grande importância, pois os compostos de carbono são a base para
a produção de diversas substâncias utilizadas pelo homem, como a fabricação de remédios, combustíveis,
alimentos, vestimentas, materiais de construção, entre outros.
O carbono tem uma participação importante nas substâncias graças a sua característica química, que
permite diversos tipos de interações químicas.
Exemplos de compostos orgânicos:
O Álcool que você usa como desinfetante, o álcool que você usa como
combustível, o álcool que você ingere nas bebidas alcoólicas, é um composto orgânico
cuja molécula apresenta uma cadeia de 2 átomos de carbono.
Ácido Acético, o ácido do vinagre que você utiliza no preparo de saladas, maioneses, etc.,
é o ácido acético, cuja molécula (H4C2O2) apresenta uma cadeia de dois átomos de carbono.
O explosivo da dinamite é a Nitroglicerina, que é fabricada pela reação da glicerina

com o ácido nítrico. A glicerina é um composto orgânico cuja molécula apresenta uma
cadeia de três carbonos.
A Acetona utilizada para remover o esmalte das unhas, é um composto orgânico cuja
molécula (C3H6O) apresenta uma cadeia de três átomos de carbono.
Nos hospitais, os doentes após operações cirúrgicas são alimentados com Glicose
sob a forma de soro (solução de glicose). A glicose (C6H12O6) é um composto orgânico cuja
molécula apresenta uma cadeia de seis átomos de carbono.
70
A coloração amarela da cenoura é dada por um pigmento vegetal chamado
Caroteno, cuja molécula apresenta uma cadeia de 40 átomos de carbono (C40H56). A
coloração avermelhada do tomate maduro é dada por outro pigmento chamado
Licopeno, cuja molécula também apresenta cadeia de 40 átomos de carbono (C40H56). A
cadeia carbônica do caroteno é diferente da do licopeno, mas ambos são (C40H56).
O Petróleo é uma mistura contendo inúmeros compostos orgânicos,

predominando os formados de carbono e hidrogênio (CxHy). Por destilação
fracionada do petróleo são obtidos inúmeros produtos, tais como: gasolina,
querosene, óleo diesel, óleos lubrificantes, parafinas, vaselina, asfalto, etc.
O Metano forma-se na decomposição, na ausência de ar, de materiais orgânicos.

É encontrado em jazidas de petróleo e em bolsões, mesmo na ausência de petróleo. É o
principal constituinte do gás natural, sendo utilizado, como combustível, tanto em
indústrias quanto em veículos. Quando formado em aterros sanitários é chamado de
gasolixo.
O Estudo do Carbono
Umas das razões pelo qual existem tantos compostos orgânicos (substâncias com o carbono) é
determinada pela versatilidade do carbono de fazer ligações químicas.
O carbono é tetravalente = o átomo de carbono possui número atômico 6, por isso, ele possui 6
elétrons circulando na eletrosfera, isso quer dizer que ele fica com 4 elétrons na última camada eletrônica
(K=2; L=4), então, para atingir estabilidade, o carbono procura fazer 4 ligações covalentes. Esse conceito
determina que um átomo de carbono tenha tendência a fazer até 4 ligações, compartilhando 4 elétrons. Por
exemplo, na estrutura do Metano (CH4):
71
O carbono faz ligações múltiplas e com vários tipos de átomos = o carbono é capaz de realizar
ligações simples, duplas e triplas (ligações covalentes que compartilham 1, 2 ou 3 elétrons), isso permite com
que ele possa interagir com muitos tipos de elementos diferentes.
O carbono está supostamente
localizado “no meio” da tabela periódica
(coluna 4A), logo, ele está entre os elementos
não metais (eletronegativos) e os metais
(eletropositivos).
Além disso, o carbono precisa de 4
ligações para permanecer estável, e em geral,
essas ligações são feitas com o hidrogênio (H),
porém podem ser feita com muitos outros
elementos, como o oxigênio (O), o nitrogênio
(N), o enxofre (S), etc.
Classificação do Carbono
Podemos também classificar os átomos de carbono em uma cadeia de forma individual, considerando
o número de ligações que ele faz com outros elementos de carbono. Dessa forma temos:
72
Exemplos:
Primário Secundário
Terciário Quaternário
Cadeias Carbônicas
As moléculas formadas pelos compostos orgânicos, assim como a maioria das substâncias,
apresentam uma disposição dos átomos ligados entre si, de maneira organizada e geométrica. Essa
formulação é chamada cadeia, e como os compostos orgânicos são formados por carbono, são chamamos
de cadeias Carbônicas. As cadeias carbônicas possuem características e semelhanças entre si, por isso, elas
recebem classificações relacionadas a determinadas características:
 Quanto ao fechamento da cadeia = estrutura de formação das ligações entre os átomos. Pode
ser:
73
 Quanto aos tipos de ligações = tipos de ligações que o carbono realiza na cadeia. Temos as
cadeias:
 Quanto à natureza dos átomos = cadeias com apenas o elemento carbono, ou outros elementos
presentes.
74
Exercícios – Química Orgânica
19) Qual o elemento químico presente em todos 26) O carbono é um elemento que pode fazer
os compostos orgânicos? ligação com vários tipos de elementos químicos, como
a) Hidrogênio o oxigênio (O) e o enxofre (S), entretanto, a ligação
b) Carbono carbônica mais comum é entre os elementos de
c) Oxigênio carbono e:
d) Nenhuma das Alternativas a) Hidrogênio;
b) Nitrogênio;
20) Qual a importância dos compostos orgânicos? c) Halogênio;
a) Na fabricação de remédios. d) Tungstênio;
b) Nos combustíveis e alimentos.
c) Nas vestimentas e nos materiais de construção. 27) A substância responsável pelo aroma
d) Todas as Alternativas. característico da maçã verde pode ser representada
por:
21) São exemplos de compostos orgânicos:
a) Álcool e Ácido Acético
b) Nitroglicerina e Acetona
c) Petróleo e Metano
d) Todas as Alternativas. Quantos hidrogênios completam corretamente essa
molécula?
22) Assinale a alternativa correta sobre os a) 6 hidrogênios
carbonos: b) 9 hidrogênios
a) Todo carbono tem a capacidade de fazer até quatro c) 8 hidrogênios
ligações. d) 5 hidrogênios
b) Os carbonos não fazem ligações.
c) O carbono que tem que ter cinco ligações. 28) (Univali-SP) O gosto amargo característico da
d) Todo carbono tem de fazer até duas ligações. cerveja, deve-se ao composto mirceno, proveniente
das folhas de lúpulo, adicionado à bebida durante a
23) Como é classificado o carbono? sua fabricação.
a) Depende dos elementos a quem ele se liga.
b) De acordo com o número de outros átomos de
carbono a ele ligados.
c) De acordo com os oxigênios a ele ligados.
d) Nenhuma das alternativas. Podemos afirmar corretamente que a fórmula
molecular do mirceno é:
24) Ligado diretamente a dois outros carbonos, a) C11H17
chamamos de: b) C11H16
a) Carbono Primário c) C10H16
b) Carbono Secundário d) C16H10
c) Carbono Terciário
d) Carbono Quartanário 29) Qual a definição de carbono primário?
a) É o carbono que está ligado a um átomo de oxigênio
25) Ligado diretamente a três carbonos, e dois de carbono.
chamamos de: b) É o carbono que está ligado apenas por ligação
a) Carbono Primário simples a três carbonos e um oxigênio.
b) Carbono Secundário c) É o carbono que está ligado a apenas um outro
c) Carbono Terciário carbono.
d) Carbono Quartanário d) É o carbono que não se liga a nenhum carbono.
75
30) Qual a classificação do carbono abaixo: d) Nenhuma das Alternativas.
33) Classifique a cadeia carbônica abaixo quanto

à disposição dos átomos e a natureza das ligações:
a) Insaturada e fechada
b) Saturada e aberta
a) Carbono Primário c) Saturada e fechada
b) Carbono Secundário d) Insaturada e aberta
c) Carbono Terciário
d) Carbono Quaternário 34) Classifique a cadeia em Saturada ou
Insaturada, Aberta ou Fechada:
31) Relacione e assinale a alternativa correta:
a) Insaturada e fechada
b) Saturada e aberta
c) Insaturada e aberta
d) Saturada e fechada
a) I – Quaternário, II – secundário, III – terciário, IV – 35) Qual a característica que determina quando
primário. uma cadeia carbônica é homogênea ou heterogênea?
b) I – Terciário, II – secundário, III – primário IV – a) Quando a cadeia apresenta apenas átomos de
quaternário. carbono e hidrogênio na sua composição, temos uma
c) I – Primário II – secundário, III – terciário, IV – cadeia homogênea; quando uma cadeia apresenta
quaternário. outros átomos além do carbono e hidrogênio (como o
d) I – Primário, II – secundário, III – quaternário, IV - oxigênio, por exemplo), temos uma cadeia
terciário. heterogênea.
b) Quando os átomos de carbono não podem fazer
32) Quais as ligações (simples, duplas ou triplas) ligações químicas.
entre átomos de carbono que completam de maneira c) Quando os átomos de carbono fazem ligações
adequada as estruturas nas posições indicadas? apenas com o nitrogênio.
d) Quando a cadeia apresenta apenas átomos de
carbono e hidrogênio na sua composição, temos uma
cadeia heterogênea; quando uma cadeia apresenta
outros átomos além do carbono e hidrogênio (como o
oxigênio, por exemplo), temos uma cadeia
a) Simples, dupla, simples, tripla. homogênea.
b) Dupla, simples, simples, tripla.
c) Tripla, dupla, simples, tripla.
76
Funções Orgânicas
Os compostos orgânicos que apresentam comportamentos químicos semelhantes formam grupos
denominados Funções Orgânicas.
São Funções Orgânicas os:
 Hidrocarbonetos – São compostos constituídos apenas por átomos de

carbono e hidrogênio. Sendo essa função composta por uma ampla gama de
combustíveis (metano, propano, acetileno).
 Álcoois – São constituídos por radicais de hidrocarbonetos ligados a

uma ou mais hidroxilas (hidrogênio e oxigênio), mas não liberam essa hidroxila em
meio aquoso.
 Fenóis – São hidrocarbonetos ligados a uma ou mais hidroxilas,

diferenciando-se dos álcoois por apresentarem estrutura em anéis rodeados por
grupos OH.
 Éteres – São compostos por um átomo de oxigênio entre duas cadeias

carbônicas. Sendo estas cadeias também de hidrocarbonetos.
 Ésteres – São semelhantes aos éteres por possuírem átomos de

oxigênio entre as cadeias carbônicas, mas diferenciam-se por possuírem um grupo
carbonilo (carbono e oxigênio) entre os carbonos.
 Aldeídos – São formados por um radical orgânico ligado a um ou mais

grupos formilo (hidrogênio, carbono e oxigênio).
77
 Cetonas – São compostas por dois radicais orgânicos ligados entre

si pelo grupo carbonilo. É a essa função que pertence a acetona comercial
(propanona – CH3COCH3).
 Ácidos Carboxílicos – São radicais alquila, alquenila, arila ou

hidrogênio ligados a pelo menos um grupo carboxílico (COOH). E, geralmente,
são ácidos fracos (liberam poucos íons H+ em meio aquoso).
 Aminas – São compostos nitrogenados onde até três radicais

orgânicos se ligam a um átomo de nitrogênio pela substituição de átomos de
hidrogênio da molécula de amônia. De modo que um radical liga-se ao -NH2,
dois radicais a -NH e três radicais a -N.
 Amida – São bem parecidas com as aminas, exceto pela presença do

grupo carbonilo. Assim, até três radicais acila (RCO) se ligam a um átomo de
nitrogênio pela substituição de átomos de hidrogênio do amoníaco. Ou seja, as
amidas possíveis são: RCONH2, (RCO)2NH, e (RCO)3N.
 Haletos Orgânicos – São compostos formados por halogênios que

substituem átomos de hidrogênio pela reação dehalogenação. É nessa função
orgânica que se encontram os CFC (clorofluorcarbonetos).
Reações Orgânicas
Como existem diversas substâncias orgânicas, e todas podem sofrer reações químicas, existem vários
tipos de reações orgânicas:
 Reações de Adição: As reações de adição são aquelas onde um átomo proveniente de uma
substância orgânica ou inorgânica se adiciona a uma substância orgânica. Ocorrem em hidrocarbonetos
insaturados. São caracterizadas pela quebra das ligações duplas e triplas. Alguns exemplos de reações
orgânicas de adição são:
- Hidrogenação: o gás hidrogênio (H2) é adicionado a uma molécula orgânica. Este processo é
utilizado principalmente pela indústria alimentícia na produção de margarinas a partir de óleos vegetais.
78
Exemplo:
A estrutura acima representa uma reação de hidrogenação, onde o hidrogênio (H2), em adição ao
composto, mais o calor implicado, quebra a dupla ligação da substancia e une os hidrogênios, formando um
composto diferente.
- Hidratação: ocorre a adição de água à molécula orgânica na substância.

Exemplo:
A estrutura acima representa uma reação de hidratação. Onde a água (H2O), misturada ao composto
provoca a reação, quebrando as estruturas (tanto a ligação dupla do composto orgânico quanto à molécula
da água) e unificando toda a estrutura orgânica, agora hidratada.
 Reações de Substituição: Esse tipo de reação orgânica ocorre quando pelo menos um átomo ou
um grupo de átomos de hidrogênio ligados ao carbono é substituído por um átomo ou grupo de átomos.
Alguns exemplos de reações orgânicas de substituição são:
- Halogenação: ocorre quando um ou mais átomos de hidrogênio na molécula orgânica são

substituídos por um ou mais átomos de halogênios (F2, Cl2, Br2 e I2);
- Nitração: um ou mais átomos de hidrogênio são substituídos pelo grupo nitro (-NO2);
 Reações de Eliminação: Nesse tipo de reação, a partir de um único composto, são obtidos outros
dois, um orgânico e um inorgânico. Veja alguns exemplos de reações orgânicas de eliminação:
Eliminação de Hidrogênio ou Desidrogenação: Nesse tipo de reação ocorre a eliminação de dois átomos
de hidrogênio (H), ao contrário da hidrogenação.
- Eliminação de água ou desidratação: Ocorre eliminação de uma ou mais moléculas de água (H2O).
Os álcoois, por exemplo, podem sofrer desidratação e esse processo pode ocorrer de duas formas:
intramolecular, quando a reação se dá na própria molécula composto; ou intermolecular, quando a reação
acontece entre duas moléculas orgânicas.
79
Isomeria
No mundo da química, as substancias podem aparecer de formas distintas, porém, algumas delas
acabam apresentando a mesma formula química, então qual a diferença relacionada a essas substâncias?
A resposta está na disposição dos átomos, ou seja, o local onde eles efetuam as ligações nas
moléculas dos compostos. Esse fenômeno é chamado de Isomeria, os compostos que sofrem este tipo de
fenômeno são chamados de isômeros (A palavra “isômero” deriva de dois radicais gregos: iso, que significa
igual e meros, que significa pARTE).
“Isomeria é o fenômeno que possibilita a existência de duas ou mais estruturas para uma mesma fórmula
molecular, ou seja, é a possibilidade da existência de mais de um composto com a mesma fórmula molecular.”
Exemplo:
Perceba que apesar de possuir a mesma fórmula química (dois carbonos, seis hidrogênios e um
oxigênio), a posição no qual se ligam os átomos é diferente em cada um dos exemplos, isso modifica as
propriedades da substância, e diferenciando um composto do outro.
80
Exercícios – Funções Orgânicas, Reações Orgânicas e Isomeria
36) Os compostos orgânicos que apresentam c) Somente adição e substituição.

comportamentos químicos semelhantes formam d) Apenas adição e eliminação.
grupos denominados:
a) Reações Químicas 41) Como é chamada a reação orgânica de
b) Reações Orgânicas adição no qual adicionamos o gás hidrogênio (H2)
c) Funções Orgânicas a uma molécula orgânica?
d) Funções Químicas a) Hidrogenação
b) Homogeneização
37) O que são Hidrocarbonetos? c) Nitração
a) São compostos constituídos por, apenas, átomos de d) Halogenação
carbono e hidrogênio.
b) São compostos constituídos por, apenas, átomos de 42) Descreva o processo orgânico de
sódio e carbono. substituição do tipo halogenação:
c) São compostos constituídos por, apenas, átomos de a) Ocorre quando um ou mais átomos de
lítio e hidrogênio. hidrogênio na molécula orgânica são substituídos
d) São compostos constituídos por, apenas, átomos de
por um ou mais átomos de halogênios (F2, Cl2,
hélio e hidrogênio.
Br2 e I2).
38) Definição de Álcoois: b) Acontece somente quando o carbono é
a) São cadeias aromáticas (hidrocarbonetos) ligadas a substituído pelo oxigênio.
uma ou mais hidroxilas. c) Apenas ocorre quando adicionamos água na
b) São compostas por dois radicais orgânicos molécula orgânica.
(alifáticos ou aromáticos) ligados entre si pelo grupo d) Ocorre quando um ou mais átomos de enxofre
carbonilo (CO). na molécula orgânica são substituídos por um ou
c) São formados por um radical orgânico (alifático ou mais átomos de halogênios (F2, Cl2, Br2 e I2).
aromático) ligado a um ou mais grupos formilo (HCO).
d) Os álcoois são constituídos por radicais de 43) Assinale a alternativa que descreve o
hidrocarbonetos ligados a uma ou mais hidroxilas. conceito de desidratação orgânica:
a) Ocorre eliminação de uma ou
39) Defina o conceito de isomeria:
mais moléculas de água (H2O) na substancia
a) É a existência de mais de um composto
orgânica.
orgânico com a mesma fórmula química, então o
b) Acontece somente quando adicionamos
que diferencia essas substancias é a maneira no
hidrogênio na molécula orgânica.
qual estão dispostos os átomos na estrutura.
c) Ocorre quando substituímos as moléculas de
b) É exclusivamente a capacidade dos compostos
água (H2O) por halogênios (F2, Cl2, Br2 e I2).
orgânicos serem diferentes.
d) Apenas acontece quando eliminamos
c) É a maneira em que os átomos de carbonos
nitrogênio da molécula orgânica.
estão ligados, compartilhado um, dois ou três
elétrons. 44) Determine quais das cadeias a seguir são
d) É a forma de descrever compostos orgânicos. isômeras:
a)
40) As reações químicas entre compostos
orgânicos são denominadas reações orgânicas.
Basicamente elas podem ser classificadas por:
a) Adição, substituição e eliminação.
b) Adição, subtração e troca.
81
b) d)
c) 45) “É o fenômeno pelas quais duas

substâncias compartilham a mesma fórmula
molecular, mas apresentam estruturas
diferentes, ou seja, o rearranjo dos átomos se
difere em cada caso”. Estamos falando de?
a) Amidas
b) Haletos orgânicos
c) Isomeria
d) Ácidos carboxílicos
82
FELTRE, Ricardo. Fundamentos da química: química, tecnologia, sociedade: volume único. 4.ed. São Paulo: Moderna,
2005. 700 p.
GUIA DO ESTUDANTE. Resumo de Química: Funções orgânicas. Disponível em:

<https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/resumo-de-quimica-funcoes-organicas/>. Último acesso: dez. de
2017.
LEMBO, Antônio. Química, Realidade e Contexto. Vol. Único. São Paulo: Ática, 1990.
QUÍMICA PARA LEIGOS: for Dummiers. Rio de Janeiro: Alta Books, 2008. 348p.
SARDELLA, Antônio. Química. (Série Novo Ensino Médio). Vol. Único. São Paulo: Ática, 2003.
SARDELLA, Antônio; FALCONE, Marly. Química: ensino médio: volume único. São Paulo: Ática, 2004. 560 p. (Série
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SOUZA, Líria Alves de. Radioatividade. Brasil Escola. Disponível em:

<http://brasilescola.uol.com.br/quimica/radioatividade.htm>. Último acesso: dez. de 2017.
USBERCO, João; SALVADOR, Edgard. Química essencial. São Paulo: Saraiva, 2004. 352 p. (Coleção Livros Para Todos)
83
84
Biologia – 3º Ano
3º ano
Biologia
85
86
Sumário
Evolução.......................................................................................................................................................................... 89
As Teorias da Evolução................................................................................................................................................ 90
A Teoria de Lamarck................................................................................................................................................ 90
A Teoria de Darwin.................................................................................................................................................. 91
O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução ................................................................................................ 91
Exercícios – Evolução .................................................................................................................................................. 93
Genética .......................................................................................................................................................................... 95
Gregor Mendel: O Pai da Genética ............................................................................................................................. 95
A Transmissão de Gene ............................................................................................................................................... 95
Os Genes Dominantes e Genes Recessivos................................................................................................................. 96
Os Cromossomos Sexuais ........................................................................................................................................... 96
Hereditariedade .......................................................................................................................................................... 96
Breve Histórico do DNA .............................................................................................................................................. 97
Exercícios – Genética .................................................................................................................................................. 98
A Reprodução Humana .................................................................................................................................................. 99
O Aparelho Reprodutor Masculino ............................................................................................................................. 99
Testículos: produtores de espermatozoides ........................................................................................................... 99
Epidídimos: onde os espermatozoides completam seu amadurecimento ........................................................... 100
Pênis e Uretra........................................................................................................................................................ 100
Canais Diferentes: condução dos espermatozoides ............................................................................................. 101
Vesículas Seminais: facilitando a viagem dos espermatozoides........................................................................... 101
Próstata: produção do líquido prostático ............................................................................................................. 102
O Aparelho Reprodutor Feminino ............................................................................................................................ 102
Ovários: Óvulos, Ovulação, Hormônios e Menopausa ......................................................................................... 103

87
Tubas Uterinas: caminho para a fecundação de óvulos ....................................................................................... 103
Útero ..................................................................................................................................................................... 104
Vagina.................................................................................................................................................................... 104
Os Métodos Anticoncepcionais ................................................................................................................................ 104
As Doenças Sexualmente Transmissíveis .................................................................................................................. 105
Como evitar? ......................................................................................................................................................... 105
Essas doenças são curáveis? ................................................................................................................................. 106
Embriologia................................................................................................................................................................... 106
As Fases de Desenvolvimento do Embrião ............................................................................................................... 107
A Segmentação ..................................................................................................................................................... 107
A Gastrulação ........................................................................................................................................................ 107
A Organogênese .................................................................................................................................................... 107
Exercícios – Reprodução Humana e Embriologia ..................................................................................................... 109
Referência Bibliográfica ............................................................................................................................................... 110
88
Evolução
A Teoria da Evolução estuda as mudanças no desenvolvimento das espécies que habitaram ou
habitam o planeta Terra. Nesse sentido, quando pensamos em evolução, tratamos de refletir sobre as teorias
evolucionistas e criacionistas. Em outros termos, seria impossível falar de somente uma teoria que justifique
a evolução do mundo, já que muitos pensadores refletiram e pesquisaram sobre o tema.
O Evolucionismo propõe a evolução das espécies por meio da seleção natural dos seres que
habitavam o planeta; e o Criacionismo acredita que as forças sobrenaturais são as principais causadoras
para o surgimento do planeta e do ser humano, ou seja, a origem do Universo e da vida se dá através de
explicações mítico-religiosas.
Evolução significa mudança: as espécies modificam-se ao longo do tempo. Na história da ciência, a
ideia evolucionista é relativamente recente. Prevaleceu até o final do século XVIII a ideia de que os seres
vivos eram em número fixo e imutáveis, portanto, ideia chamada de Fixismo ou pensamento fixista.
A evolução tem suas bases comprovadas pelo estudo

comparativo dos organismos, sejam fósseis ou atuais. É chamado
de fóssil qualquer indício da presença de organismos que viveram
em tempos remotos da Terra.
As partes duras do corpo dos organismos são aquelas mais
frequentemente conservadas nos processos de fossilização, mas
existem casos em que a parte mole do corpo também é preservada.
Dentre estes podemos citar os fosseis congelados, como, por
exemplo, o mamute encontrado na Sibéria do Norte e os fosseis de insetos encontrados em âmbar.
Neste último caso, os insetos que penetravam na resina
pegajosa, eliminada pelos pinheiros, morriam, a resina endurecia,
transformando-se em âmbar, e o inseto aí contido era preservado
nos detalhes de sua estrutura.
Também são consideradas fósseis
impressões deixadas por organismos que
viveram em eras passadas, como, por
exemplo, pegadas de animais extintos e
impressões de folhas, de penas de aves extintas e da superfície da pele dos
dinossauros.
A importância do estudo dos fósseis para a evolução está na possibilidade
de conhecermos organismos que viveram na Terra em tempos remotos, sob
condições ambientais distintas das encontradas atualmente, e que podem fornecer
indícios de parentesco com as espécies atuais.
89
As Teorias da Evolução
O primeiro a tentar explicar o processo da evolução foi Jean Baptiste Lamarck (1744-1829). Lamarck
combatia as ideias criacionistas e fixistas da época e foi o primeiro a tentar explicar cientificamente o
mecanismo pelo qual a evolução acontece.
Após Lamarck, outro naturalista propôs uma nova teoria para explicar as modificações nos indivíduos
e consequentemente, os processos de formação de novas espécies. Charles Darwin (1809-1882) propôs suas
ideias que constituíram a base para o entendimento atual da evolução das espécies.
Atualmente, a Teoria do Neodarwinismo ou "Teoria Sintética da Evolução" explica a evolução dos
seres vivos. Ela surgiu no século XX e representa a união dos estudos de Darwin, principalmente da seleção
natural, com as descobertas na área da genética, como as leis de Mendel e as mutações.
A Teoria de Lamarck
Jean-Baptiste de Lamarck (1744-1829), naturalista francês, foi o primeiro

cientista a propor uma teoria sistemática da evolução. Sua teoria foi publicada em
1809, em um livro denominado Filosofia Zoológica.
Segundo Lamarck, o principio evolutivo estaria baseado em duas leis
fundamentais:
 Lei do Uso ou Desuso: o uso de determinadas partes do corpo do

organismo faz com que estas se desenvolvam, e o desuso faz com que se atrofiem.
 Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos: alterações provocadas em determinadas

características do organismo, pelo uso e desuso, são transmitidas aos descendentes.
Lamarck utilizou vários exemplos para explicar sua teoria. Segundo ele, as aves aquáticas tornaram-
se pernaltas devido ao esforço que faziam no sentido de esticar as pernas para evitarem molhar as penas
durante a locomoção na água. A cada geração, esse esforço produzia aves com pernas mais altas, que
transmitiam essa característica à geração seguinte. Após várias gerações, teriam sido originadas as atuais
aves pernaltas.
Lamarck, com suas leis, apontava para a importância da adaptação dos organismos ao ambiente em
que vivem. Um aspecto muito importante na evolução das espécies que foi desenvolvido mais tarde por
Darwin em seus estudos.
A teoria de Lamarck não é aceita atualmente, pois suas ideias apresentam um erro básico: as
características adquiridas por influência do meio externo não são hereditárias. Estudos posteriores a
Lamarck comprovaram que as alterações em células somáticas dos indivíduos não alteram as informações
genéticas contida nas células germinativas, não sendo, dessa forma, hereditárias.
90
A Teoria de Darwin
Charles Darwin (1809-1882), naturalista inglês, desenvolveu uma teoria

evolutiva que é a base da teoria evolutiva sintética: a teoria da seleção natural.
Segundo Darwin, os organismos mais bem adaptados ao meio têm maiores
chances de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um número
maior de descendentes. Os organismos mais bem adaptados são, portanto,
selecionados para aquele ambiente.
A cada geração existem novos indivíduos que são portadores de
conjuntos novos de características. Por exemplo, certas plantas podem nascer
com a capacidade de suportar o frio. Certos insetos podem nascer com uma
tonalidade verde que se confunda com o lugar onde vivem. Outros podem nascer com a cor marrom típica
das folhas secas.
Se a temperatura do ambiente baixar, muitas plantas vão morrer, mas não aquelas que podem
suportar o frio. Elas serão favorecidas e produzirão mais sementes, portanto, estarão representadas em
maior número nas gerações seguintes.
Se a temperatura permanecer amena, as plantas devem permanecer verdes. Os insetos verdes
podem se esconder dos pássaros mais facilmente, confundindo-se com o verde das folhas. Por outro lado,
se fizer muito frio, as plantas que não suportarem as baixas temperaturas terão suas folhas ressecadas e
começarão a cair. Os insetos marrons poderão se esconder dos pássaros usando a mesma estratégia dos
insetos verdes, confundindo-se com o meio em que vivem.
Esse processo que favorece determinados seres vivos em determinadas situações ambientais é a
chamada seleção natural, ou seja, naturalmente as espécies vão sendo selecionadas de acordo com sua
adaptação ao meio em que vivem.
A seleção natural pode fazer com que se acumulem novas características nos seres vivos ao ponto de
tornarem-se novas espécies, ou seja, o acúmulo de novas características em um indivíduo torna-o diferente
dos seus antepassados a ponto de considerar este e suas próximas gerações como uma nova espécie.
O surgimento de novas características nos seres deve-se principalmente à ocorrência de Mutações
Genéticas. As mutações, ou seja, alterações que ocorrem ao acaso no material genético dos seres vivos,
provocam o aparecimento de novas características. Estas novas características podem ser vantajosas para a
adaptação do ser ao ambiente ou não.
O Neodarwinismo ou Teoria Sintética da Evolução
Neodarwinismo ou "Teoria Sintética da Evolução", que surgiu no século XX, designa a união dos
estudos de Darwin, principalmente a seleção natural, com as descobertas na área da genética. Na época dos
primeiros estudos evolucionistas, ainda não se conhecia ao certo como funcionava o mecanismo de
hereditariedade, só desvendado mais tarde com os estudos mendelianos.
Usando a base do conhecimento deixado por Gregor Mendel sobre a herança genética, e unindo
cientistas de diversas áreas científicas, como paleontologia e a sistemática, os conceitos sobre a evolução se
ampliaram.
91
Veja abaixo um quadro comparativo entre as teorias de Jean-Baptiste de Lamarck e de Charles
Darwin:
92
Exercícios – Evolução
1) Qual é a diferença entre Evolucionismo e c) Possibilita ao estudioso montar uma coleção de

Criacionismo? organismos vivos.
a) Para o Criacionismo a evolução das espécies d) Todas as alternativas.
acontece por meio da seleção natural dos seres
7) Quem foi o primeiro estudioso a propor uma teoria
que habitavam o planeta e para o Evolucionismo
sistemática da evolução?
são as forças sobrenaturais as principais a) Darwin
causadoras para o surgimento do planeta e do ser b) Lamarck
humano. c) Callison
b) O Criacionismo é aceito pela ciência, já o d) Mendel
Evolucionismo não.
c) Para o Evolucionismo a evolução das espécies 8) Lamarck na época propôs duas leis fundamentais,
acontece por meio da seleção natural dos seres uma delas foi:
que habitavam o planeta e para o Criacionismo são a) A Lei da Mutação
as forças sobrenaturais as principais causadoras b) A Lei da Seleção Natural
c) A Lei do uso e desuso
para o surgimento do planeta e do ser humano.
d) A Lei da Hereditariedade
d) Nenhuma das alternativas.
9) Lamarck escreveu a Lei da transmissão dos
2) Qual o nome dado à ideia de que os seres vivos caracteres adquiridos, e disse que as alterações
eram, em número, fixos e imutáveis? provocadas em determinados características do
a) Evolucionismo organismo pelo uso e desuso:
b) Criacionismo a) Geram a extinção da espécie
c) Fixismo b) São transmitidas aos descendentes
d) Todas as alternativas c) São excluídas da população
d) Não possibilitam a evolução da espécie
3) As bases da Evolução são:
a) O estudo comparativo dos organismos. 10) A teoria de Lamarck apresenta um erro básico,
b) O estudo do Aquecimento Global. o que a tornou inaceitável atualmente. Que erro é
c) O estudo das Montanhas. esse?
d) O estudo dos organismos vivos. a) As características adquiridas por influência do meio
externo não são hereditárias.
4) O que são fósseis? b) As espécies mais adaptadas sobrevivem.
a) Restos de seres vivos. c) Os mais fortes sobrevivem e geram descentes.
b) Antigos vulcões. d) As características adquiridas por influência do meio
c) Novas espécies. externo eram hereditárias.
d) Qualquer tipo de rocha.
11) Estudos posteriores a Lamarck comprovaram
5) Não são exemplos de fósseis: que alterações em células somáticas não alteram as
a) Ossos células _____________, não sendo então
b) Rochas em geral hereditárias.
c) Carapaças a) Da pele
d) Esqueletos b) Evoluídas
c) Germinativas
6) O que o estudo dos fósseis possibilita? d) Mutantes
a) A compreensão da evolução das espécies de seres
vivos.
b) Entender quais motivos resultou na transformação
geológica do planeta.
93
12) Quais animais citados no texto, Lamarck e 17) Quando novos indivíduos são gerados e
Darwin utilizaram para explicar suas teorias? apresentam características nunca vistas antes,
a) Mamíferos e répteis dizemos que esses indivíduos sofreram um processo
b) Peixes e anfíbios de:
c) Girafas e aves a) Fixação
d) Zebras e alces b) Reprodução
c) Evolução
13) Charles Darwin desenvolveu a: d) Transformação
a) Do olho por olho, dente por dente.
b) Teoria de Mendel. 18) O surgimento de novas características nos
c) Da transmissão de caracteres adquiridos. seres deve-se principalmente à ocorrência de:
d) Teoria da Seleção Natural. a) Mutações Físicas.
b) Mutações Genéticas.
14) Segundo Darwin, quais organismos deixam c) Mutações Químicas.
maior quantidade de descendentes à próxima d) Mutações Orgânicas.
geração?
a) Os que botam ovos
19) Qual teoria que surgiu no século XX, designa a
b) Os que mais usam seus membros corporais
união dos estudos de Darwin, principalmente a
c) Os mais fortes
seleção natural, com as descobertas na área da
d) Os mais bem adaptados ao ambiente
genética?
a) Teoria da Criação
15) Para Darwin o que aconteceria com os
organismos que não se adaptam as condições: b) Teoria de Lamarck
a) Deixarão indivíduos mais adaptados c) Teoria de Darwin
b) Entrariam em extinção. d) Neodarwinismo
c) Gerarão menor número de indivíduos
d) Deixarão maior número de descendentes 20) Três teorias evolutivas que surgiram e se
destacaram. Qual das teorias abaixo não é
16) Com o acúmulo de novas características no considerada uma teoria da Evolução?
organismo o que pode acontecer? a) Teoria Sintética
a) Morte por não adaptação. b) Teoria de Lamarck
b) Geração de descendentes iguais à prole. c) Teoria de Darwin
c) Constituição de novas espécies. d) Teoria da Criação
d) Maior uso de órgãos corporais.
94
Genética
Genética é a ciência que estuda a hereditariedade, ou seja, a transmissão das características de uma
espécie, de geração em geração. As características que se transmitem de pais para filhos são denominadas
características hereditárias (pois são herdadas dos pais). Essas características são transmitidas pelos genes
contidos nos cromossomos.
Apesar das diferenças de forma e de funções, todas as células do organismo, com exceção dos
gametas, possuem o mesmo número de cromossomos. Na espécie humana, esse número é de 46
cromossomos organizados em 23 pares. Cada par de cromossomos é formado por um cromossomo de
origem paterna e outro de origem materna.
Além das características que tornam as pessoas parecidas (tipo de cabelo, de olhos, forma da face,
etc.), pode haver outras semelhanças não tão visíveis. É o caso do tipo sanguíneo e de anormalidades como
a hemofilia (distúrbio genético que se caracteriza pela deficiência na coagulação do sangue).
Gregor Mendel: O Pai da Genética
Gregor Mendel (1822-1884) é conhecido como o “pai” da genética. Nascido

numa pequena aldeia que hoje faz parte da República Tcheca, Mendel foi um monge
que descobriu as leis básicas da genética a partir de experiências com ervilhas.
Apresentou o resultado de suas pesquisas em 1866, mas na época, não lhe
deram atenção. Só em 1900 seus trabalhos foram compreendidos e se percebeu que
eram aplicáveis para todos os seres vivos, inclusive o homem.
A Transmissão de Gene
Para cada característica hereditária (cor dos olhos, cor dos

cabelos, formato do nariz, etc.), existem nos indivíduos dois genes:
um de origem paterna e outro de origem materna.
Os cromossomos de origem paterna e materna que
apresentam genes para as mesmas características são chamados
Cromossomos Homólogos.
Já os genes responsáveis pelas mesmas características e que
estão numa mesma posição nos cromossomos homólogos são
chamados Genes Alelos.
Quando um indivíduo possui genes diferentes para a mesma característica, dizemos que ele é
heterozigoto para a característica em questão.
Quando o indivíduo possui genes iguais, dizemos que o indivíduo é homozigoto para aquela
característica.
95
Os Genes Dominantes e Genes Recessivos
Entre os genes pode existir um processo de dominância, isto é, um gene bloqueia a manifestação do
outro, embora os dois continuem presentes no indivíduo. Assim, num par de alelos diferentes teremos um
gene chamado de dominante e gene chamado de recessivo:
 A letra A (maiúscula) representa o Gene Dominante, ou seja, aquele que inibe o outro;
 A letra a (minúscula) representa o Gene Recessivo, isto é, o que é inibido.
A característica que o gene A determina é a que se manifesta no indivíduo, pois este gene é o
dominante. Já, a característica que o gene a representa é aquela que é bloqueada pela outra, pois este é o
gene recessivo.
Os Cromossomos Sexuais
O que determina se um embrião se desenvolverá

como homem ou mulher são os tipos de cromossomos
sexuais.
A espécie humana possui dois tipos de
cromossomos sexuais: X e Y. Dos 23 pares de
cromossomos da espécie, um par refere-se aos
cromossomos sexuais, os outros 22 pares são chamados
de pares de cromossomos autossômicos e que
determinam as demais características do indivíduo.
A mulher contém em suas células os 23 pares de
cromossomos, sendo um par formado pelos
cromossomos sexuais X (XX); o homem contém no seu
par cromossômico sexual um cromossomo X e um Y
(XY).
Se um óvulo (X) for fecundado por um
espermatozoide que contenha o cromossomo X, o
indivíduo será XX, portanto, do sexo feminino.
Se o óvulo (X) for fecundado por um
espermatozoide com cromossomo Y, o indivíduo será
XY, portanto, do sexo masculino.
Hereditariedade
O desenvolvimento do ser vivo depende tanto da hereditariedade quanto do ambiente. Esses dois
fatores não agem isoladamente sobre o ser vivo. Eles se interrelacionam.
96
O conjunto genético de uma pessoa é chamado de Genótipo. Assim, tomando como exemplo a cor
dos olhos, podemos considerar três diferentes possibilidades de genótipo: AA, Aa, aa.
Já o Fenótipo compreende as características que se manifestam no indivíduo. No exemplo da cor dos
olhos, as pessoas “AA” e “Aa” têm genótipos diferentes, mas apresentam o mesmo fenótipo (olhos
castanhos).
Porém, o fenótipo não depende apenas do genótipo. Depende também da ação do ambiente
(alimento, luminosidade, etc.). No Brasil, por exemplo, sabe-se que muitas pessoas não atingem a altura
“programada” pela sua própria carga genética (genótipo), por deficiências de nutrição. Assim, elas
apresentam um fenótipo de menor estatura, influenciado pelas condições em que vivem.
Breve Histórico do DNA
 1865: O abade Gregor Mendel (1822-1884) publica um trabalho sobre ervilhas e sugere que as
características hereditárias são transmitidas em unidades.
 1869: Friedrich Miescher (1844-1895) isola uma substância que depois é denominada “ácido
desoxirribonucleico” (DNA).
 1944: Publicação de “What is Life”? Em que o austríaco Erwin Schrõdinger (1887-1961) sugere que as
informações genéticas estão armazenadas numa estrutura molecular estável.
 1952: Os norte-americanos Linus Pauling (1901-1994) e Robert Corey (1897-1971) propõem uma estrutura
para o DNA que se mostraria equivocada.
 1952: A britânica Rosalind Franklin (1920-1958) obtém imagens do DNA de excelente qualidade.
 1953: Watson e Crick modelam sua proposta para estrutura da molécula, com a famosa dupla hélice.
 1961: O norte-americano Marshall Nirenberg (1927) inicia a decifração do código genético, descobrindo
que cada trio de bases codificava um aminoácido, “tijolo” de que são feitas as proteínas.
 1975: Grupos de pesquisa desenvolvem os primeiros métodos para sequenciamento do DNA.
 1982: O primeiro animal (camundongo) transgênico é obtido nos EUA.
 1983: É mapeado o primeiro gene relacionado a uma enfermidade, a doença de Huntington.
 1989: Criação nos EUA do Instituto Nacional para Pesquisa do Genoma Humano (NHGIP), chefiado por
James Watson, para determinar a sequência completa do DNA humano.
 1990: A terapia genética é usada pela primeira vez, com sucesso, em uma menina de quatro anos.
 1995: É obtida a primeira sequência completa de um organismo, a bactéria Hemophilus influenzae.
 1996: Nascimento da ovelha Dolly, o primeiro mamífero clonado a partir da célula de um animal adulto.
 2000: Pesquisadores do consórcio público Projeto Genoma Humano e da empresa americana Celera
anunciam a conclusão do rascunho do genoma humano.
97
Exercícios – Genética
21) O que é genética? d) Genes Alelos
a) Parte da biologia que estuda os animais.
b) Ciência que estuda a hereditariedade. 27) Quando um indivíduo possui genes diferentes
c) Estuda a classificação dos seres vivos. para a mesma característica, dizemos que ele é
d) Estuda o funcionamento do sistema nervoso do ________________ para a característica em questão.
corpo humano. a) Homozigoto
b) Heterozigoto
22) O que é hereditariedade? c) Homólogo
a) A transmissão das características de uma espécie d) Alelo
alternando gerações.
b) São as características que os avós maternos 28) Quando o indivíduo possui genes iguais,
transmitem para os netos, sem que os pais dizemos que o indivíduo é _______________ para
influenciem. aquela característica.
c) A transmissão das características de uma espécie de a) Homozigoto
geração em geração. b) Heterozigoto
d) A transmissão das características passadas de filhos c) Homólogo
para pais. d) Alelo
23) Como são transmitidas as características 29) A espécie humana possui dois tipos de
hereditárias? cromossomos sexuais. Quais são?
a) São transmitidas pelos genes contidos nos a) X e Y
cromossomos. b) W e Y
b) São transmitidas por telecinese. c) Yy e Bx
c) São transmitidas através de uma transfusão de d) X e x
sangue.
d) Transmitidos por compartilhamento de fluidos 30) O que irá definir o sexo de um embrião? O
corporais. gene herdado pelo pai ou pela mãe?
a) A mãe define o sexo do bebê.
24) Quantos cromossomos uma pessoa b) O cromossomo herdado do pai, que pode ser X ou
normalmente deve apresentar? Y.
a) 35 cromossomos c) Ninguém define isto, acontece ao acaso.
b) 23 cromossomos d) O pai define, mas só pode transmitir o cromossomo
c) 45 cromossomos Y.
d) 46 cromossomos
31) Se um óvulo for fecundado por um
25) Quem é conhecido como “pai da genética”: espermatozoide que contém um cromossomo Y, o
a) Gregor Mendel indivíduo será:
b) James Watson a) Do sexo masculino
c) Rosalind Franklin b) Dominante
d) Friedrich Miescher c) Homozigoto
d) Do sexo feminino
26) Os genes responsáveis pela mesma
característica e que estão numa mesma posição nos 32) Como é chamado o conjunto genético de um
cromossomos homólogos são chamados de: indivíduo?
A) RNA a) Cromossomo
b) DNA b) Genótipo
c) Cromossomos c) Fenótipo
d) Genes
98
A Reprodução Humana
Todos nós temos um tempo de vida limitada: nascemos, crescemos, envelhecemos e morremos. Mas
a espécie humana permanece povoando a Terra. Isso acontece graças à capacidade que o ser humano tem
de se reproduzir, gerando descendentes férteis. Assim, os descendentes também se reproduzem e a espécie
vai sendo perpetuada.
O sistema reprodutor masculino produz gametas denominado espermatozoides. Os gametas
fabricados pelo sistema reprodutor feminino chamam-se óvulos. Através do ato sexual, o espermatozoide
encontra o óvulo, fecundando-o e dando origem a uma nova célula chamada zigoto. A partir do zigoto o
corpo humano começa a se formar até ficar pronto para nascer.
O Aparelho Reprodutor Masculino
O sistema reprodutor masculino é formado por diversos órgãos: os testículos, os epidídimos, os

canais deferentes, a vesícula seminal, a próstata e o pênis (que contém a uretra).
Testículos: produtores de espermatozoides
Os testículos são duas glândulas de forma oval, situadas no saco escrotal ou escroto. Dentro de cada
testículo existem em média 700 finíssimos canais chamados canais seminíferos. Neles são produzidos os
espermatozoides, que são os gametas masculinos. Os testículos produzem também o hormônio sexual
masculino chamado testosterona.
99
Epidídimos: onde os espermatozoides completam seu amadurecimento
Os epidídimos são dois tubos extremamente enovelados, cada qual localizado sobre um testículo.
Eles servem como depósito temporário dos espermatozoides e fabricam uma secreção que permite a
maturação dos espermatozoides.
Pênis e Uretra
O pênis é um órgão de forma cilíndrica. Em seu interior

encontra-se a uretra. A saída do esperma chama-se ejaculação. A
uretra é um tubo procedente da bexiga, por onde será eliminada
tanto a urina quanto o esperma (ejaculação).
100
Canais Diferentes: condução dos espermatozoides
Os canais deferentes são dois tubos. Cada um se une a um ducto da vesícula seminal, formando o
canal ejaculatório antes de atingir a uretra.
Vesículas Seminais: facilitando a viagem dos espermatozoides
As vesículas seminais são duas glândulas em forma de bolsa, fabricam um líquido denso destinado a
nutrir os espermatozoides.
101
Próstata: produção do líquido prostático
A próstata é uma glândula produtora do líquido prostático. O líquido prostático neutraliza a acidez
dos restos de urina na uretra.
O Aparelho Reprodutor Feminino
O sistema reprodutor feminino tem como função: produzir óvulos e abrigar o novo indivíduo que
pode se formar quando os gametas femininos e masculinos se unem. É composto dos seguintes órgãos:
ovários, trompas, útero, vagina e vulva.
102
Ovários: Óvulos, Ovulação, Hormônios e Menopausa
Os ovários são duas glândulas situadas no interior da cavidade pélvica. Sua função é produzir óvulos.
O processo de liberação do óvulo se chama ovulação e ocorre geralmente a cada 28 dias. A maturação e
liberação de óvulos começam na puberdade, ao redor dos 12 ou 13 anos de idade. Termina por volta dos 50
anos, quando a mulher atinge a menopausa, período que marca o fim do período menstrual. Além dos
óvulos, os ovários produzem dois importantes hormônios femininos: a progesterona e o estrogênio.
Tubas Uterinas: caminho para a fecundação de óvulos
As tubas uterinas (antigamente chamadas de trompas de falópio) são dois tubos finos e longos que
servem para fazer a comunicação entre ovários e útero. Nas tubas uterinas acontece o encontro do óvulo
com o espermatozoide (fecundação), após o óvulo fecundado é fixado no útero.
103
Útero
O útero é um órgão que tem a forma de uma pera invertida. A função do útero é alojar o embrião,
permitindo que ele se desenvolva até o nascimento.
Vagina
A vagina é o canal que liga o útero à vulva. Vulva é a parte externa dos órgãos genitais femininos, ou
seja, é o conjunto formado pelo clitóris e pelos pequenos e grandes lábios.
Os Métodos Anticoncepcionais
Os métodos anticoncepcionais mais comuns são: a camisinha, a pílula, o D.I.U., o diafragma, a

tabelinha e o coito interrompido.
104
As Doenças Sexualmente Transmissíveis
As Doenças Sexualmente Transmissíveis são doenças que uma pessoa transmite a outra através da
relação sexual. As mais comuns são a gonorreia, sífilis e a AIDS.
Como evitar?
Há duas maneiras principais de evitar essas doenças:
 Limitar o número de parceiros, quando uma pessoa tem relações sexuais com várias pessoas,
suas chances de adquirir uma doença sexualmente transmissível aumentam, pois há maior probabilidade de
algum dos parceiros estarem contaminado;
105
 Usar camisinha sempre, em todas as relações sexuais, a camisinha evita o contato direto entre o
pênis e a vagina, impedindo que a doença seja transmitida através dos órgãos sexuais do homem para a
mulher e vice-versa.
Essas doenças são curáveis?
A gonorreia e a sífilis sim. Seu tratamento é feito com antibióticos, remédios que matam as bactérias
causadoras dessas doenças.
A AIDS, porém, ainda não tem cura. Pessoas contaminadas com o vírus da AIDS podem ter uma vida
relativamente normal desde que sigam a prescrição médica com rigor. Além dos remédios, é preciso ter uma
boa alimentação e praticar atividades físicas mantendo o corpo saudável, pois as pessoas contaminadas pelo
vírus acabam tendo seu sistema imunológico afetado, ficando susceptíveis a outras doenças e aumentando
as chances de morte.
Apesar de haver medicamentos, a AIDS não tem cura, portanto, a única maneira de se proteger é
estar bem instruído e evitar o contágio.
Embriologia
A embriologia é o ramo da biologia que se dedica a estudar a formação e desenvolvimento do
embrião, ou seja, desde a fecundação até o nascimento do indivíduo. Após a fecundação, as células começam
a passar por mudanças constantes e rápidas. Cada célula sofre divisão mitótica (mitose) dando origem a
cópias de si mesma.
Seis dias após a fecundação o número de células é maior que a quantidade inicial, então esse
aglomerado de células se implanta na parede do útero, onde continuará seu desenvolvimento.
106
As Fases de Desenvolvimento do Embrião
O desenvolvimento embrionário, de modo geral, é formado por três fases: a Segmentação, a

Gastrulação e a Organogênese.
A Segmentação
Após a fecundação, ou seja, a união do óvulo com o espermatozoide, temos a formação de uma nova
célula chamada zigoto. Na fase de segmentação o zigoto passa por várias divisões celulares do tipo mitose,
fazendo então com que aquela única célula se torne um maciço celular, entretanto, apesar do aumento do
número de células, o volume continua o mesmo.
A Gastrulação
Na fase de gastrulação surgem os chamados “folhetos embrionários”. Estes são formados por três
diferentes camadas de células que recebem os nomes de ectoderme, mesoderme e endoderme. Cada um
desses folhetos será responsável por formar determinadas partes do corpo, mas esta é a próxima etapa do
desenvolvimento embrionário.
A Organogênese
A Organogênese é o período em que serão formados os órgãos do corpo a partir dos folhetos
embrionários que se formaram na fase anterior, a gastrulação.
A gestação da mulher dura em torno de 38 semanas. Ao longo desse período o embrião passa por
diversas transformações.
Vamos conhecer algumas:
 3ª semana: Começa o desenvolvimento do Sistema Nervoso Central (SNC), estendendo-se até a

última semana da gestação. É na terceira semana também que começa a surgir o coração. Este importante
órgão estará completo até o final da 8ª semana.
 4ª semana: Começam a se desenvolver os braços e pernas que estarão completos até o final da
8ª semana. Os olhos também começam a se formar nesse período, mas estão completamente formados
somente ao final da gestação.
 7ª semana: inicia-se a formação do palato.
 Até a 8ª semana de gestação inicia-se a formação da genitália, portanto, em breve será possível
saber se trata-se de uma menina ou menino.
 A partir da 9ª semana de gestação o embrião passa a ser chamado de feto, medindo entre 3,5 a
4 centímetros e já com quase todos os órgãos formados.
 Entre a 10ª e 20ª semana o feto cresce principalmente em comprimento.
107
 Entre a 21ª e 40ª semana o feto aumenta principalmente o seu peso corporal.
Desenvolvimento Embrionário Humano
108
Exercícios – Reprodução Humana e Embriologia
33) Para que ocorra a formação de um embrião, o 39) As Doenças Sexualmente Transmissíveis são
óvulo e espermatozoide precisam se unir. Esta união doenças que uma pessoa transmite a outra através da
recebe o nome de: relação sexual. Qual a alternativa representa uma
a) Fecundação DST?
b) Zigoto a) Gonorreia
c) Mitose b) Sífilis
d) Divisão celular c) AIDS
d) Todas as alternativas
34) Assinale a alternativa que indicam quais são
os gametas masculinos e os femininos 40) Qual é a área da biologia responsável por
respectivamente: estudar o desenvolvimento embrionário?
a) Útero e testículos a) Citologia
b) Testículos e ovários b) Histologia
c) Espermatozoides e óvulos c) Cardiologia
d) Óvulos e próstata d) Embriologia
35) Quais são os órgãos que fazem parte do 41) Quais são as três etapas básicas do
sistema reprodutor masculino? desenvolvimento embrionário?
a) Testículos, epidídimos, canais deferentes, a) Fecundação, segmentação e gastrulação.
vesícula seminal, próstata e pênis. b) Fecundação, embrião e feto.
b) Testículos, epidídimos, ovários, próstata e c) Segmentação, gastrulação e organogênese.
pênis. d) Organização, construção e nascimento.
c) Epidídimos, vesícula seminal e pênis.
42) Na gastrulação surgem os folhetos
d) Canais deferentes, próstata e pênis.
embrionários que darão origem aos órgãos e tecidos
do corpo. Quais são esses folhetos?
36) Qual o nome do hormônio sexual masculino?
a) Estrogênio a) Epiderme, ectoderme e periderme.
b) Progesterona b) Ectoderme, mesoderme e periderme.
c) Testosterona c) Ectoderme, mesoderme e endoderme.
d) Adrenalina d) Epiderme, mesoderme e exoderme.
43) A partir dos folhetos embrionários serão
formados os órgãos e tecidos. Qual o nome da fase em
37) Quais são os órgãos do sistema reprodutor
que ocorre a formação dessas estruturas?
feminino?
a) Ovários, trompas, útero, vagina e vulva. a) Gastrulação
b) Vagina, testículos, útero e trompas. b) Fecundação
c) Ovários, trompas, vesícula seminal e vulva. c) Organogênese
d) Útero, vagina e canal deferente. d) Segmentação
44) A fase de _____________ é aquela em que

38) Os métodos anticoncepcionais mais comuns
ocorrem diversas divisões celulares para que o zigoto
são:
comece a ganhar forma e tamanho passando para a
a) Camisinha, pílula, DIU, diafragma, tabelinha e
fase de embrião.
coito interrompido.
a) Segmentação
b) Camisinha, pílula, Viagra, tabelinha.
b) Gastrulação
c) DIU, diafragma e catuaba.
c) Organogênese
d) Coito interrompido, diafragma e Viagra.
d) Fecundação
109
AMABIS, José Mariano; MARTHO, Gilberto Rodrigues. Biologia. 3.v. São Paulo: Moderna, 2000.
CÉSAR e SEZAR. Biologia. São Paulo: Saraiva, 1998. 3 v.

FAVARETTO, José Arnaldo; MERCADANTE, Clarinda. Biologia. Vol. Único. São Paulo: Moderna, 2000.
SÓBIOLOGIA. O que é Evolução. Disponível em:

<http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Seresvivos/Ciencias/bioevolucao.php>.
Último acesso: dez. de 2017.
TODA MATÉRIA: conteúdos escolares. Teoria da Evolução. Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/teoria-

da-evolucao/>. Último acesso: dez. de 2017.
110
111
Arte – 3º Ano
3º ano
Arte
112
Arte – 3º Ano
113
Arte – 3º Ano
Sumário
A Arte no Brasil ............................................................................................................................................................. 115
A Arte Pré-Histórica no Brasil.................................................................................................................................... 115
A Arte Colonial Brasileira .......................................................................................................................................... 116
O Barroco no Brasil ................................................................................................................................................... 116
A Arte Holandesa no Brasil ....................................................................................................................................... 117
A Missão Artística Francesa ...................................................................................................................................... 118
A Arte Acadêmica no Brasil ....................................................................................................................................... 119
A Arte Moderna no Brasil.......................................................................................................................................... 120
O Grupo Santa Helena .............................................................................................................................................. 121
Os Artistas Primitivos ................................................................................................................................................ 122
O Concretismo e o Neoconcretismo no Brasil .......................................................................................................... 123
A Bienal de Arte de São Paulo ................................................................................................................................... 124
As Tendências Atuais da Arte Brasileira.................................................................................................................... 124
Exercícios – A Arte no Brasil ...................................................................................................................................... 125
114
Arte – 3º Ano
A Arte no Brasil
A Arte Pré-Histórica no Brasil
Consideramos como arte pré-histórica todas as manifestações que se desenvolveram antes do

surgimento das primeiras civilizações e, portanto antes da escrita. No entanto isso pressupõe uma grande
variedade de produção, por povos diferentes, em locais diferentes, mas com algumas características
comuns.
No caso do Brasil podemos considerar então como arte pré-histórica toda forma de arte
desenvolvida pelos nativos que aqui viveram antes da chegada dos europeus, a partir do século XV.
As Pinturas Rupestres eram pinturas realizadas sobre paredes de pedra, em geral no interior de
cavernas, elas são hoje um dos principais registros dos povos pré-históricos em nosso meio. As mais
importantes pinturas rupestres do Brasil são:
 PEDRA PINTADA (PA), em 1996, a arqueóloga americana Anna Rosevelt achou pinturas com cerca
de 11.000 anos.
 PERUAÇU (MG) tem vários estilos de pinturas entre 2.000 a 10.000 anos. Exibe espetaculares
desenhos geométricos.
 LAGOA SANTA (MG), suas pinturas de animais, conhecidas desde 1834, têm entre 2.000 e 10.000
anos de idade.
 SÃO RAIMUNDO NONATO (PI), segundo Niède Guindon, da Universidade Estadual de Campinas,
possui vestígios humanos de 40.000 anos e pinturas de 15.000 anos.
A tinta de pedra é feita de cacos de minério que forneciam as cores para as pinturas rupestres: os
artistas raspavam as pedras para arrancar os pigmentos coloridos, o vermelho e o amarelo vinham do
minério de ferro, o preto, do manganês. Misturado com cera de abelha ou resina de árvores o pigmento
virava tinta.
As imagens abaixo se referem a Serra da Capivara/Piauí:
115
Arte – 3º Ano
A Arte Colonial Brasileira
Após a chegada de Cabral, Portugal tomou posse do território e transformou o Brasil em sua colônia.
Primeiramente, foram construídas as feitorias, que eram construções muito simples com cerca de pau-a-
pique ao redor porque os portugueses temiam ser atacados pelos índios. Preocupado com que outros povos
ocupassem terras brasileiras, o rei de Portugal enviou, em 1530, uma expedição comandada por Martim
Afonso de Sousa para dar início à colonização. Martim Afonso fundou a vila de são Vicente (1532) e instalou
o primeiro engenho de açúcar, iniciando-se o plantio de cana-de-açúcar, que se tornaria a principal fonte de
riqueza produzida no Brasil, dando início assim ao Período Colonial do Brasil.
A arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e cobertura de palha
sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas construções eram conhecidas por tejupares,
palavra que vem do tupi-guarani (tejy=gente e upad=lugar). Com o tempo os tejupares melhoram e passam
os colonizadores a construir casas de taipa. Com essa evolução começam a aparecer capelas, os centros das
vilas, dirigidas por missionários jesuítas. Nas capelas há crucifixos, imagens de Nossa Senhora e de alguns
santos, trazidos de Portugal. A arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco
Dias, que trabalhou em Portugal com o arquiteto italiano Filipe Terzi, projetista da igreja de São Roque de
Lisboa.
Os principais arquitetos do período colonial foram: Francisco Dias, Francisco Frias de Mesquita,
Gregório de Magalhães e Fernandes Pinto Alpoim. A liberdade de estilo dada ao arquiteto modifica o
esquema simples, mas talvez pela falta de tempo ou por deficiência técnica não se deu um acabamento mais
aprimorado.
Os jesuítas ensinaram aos índios e negros o alfabeto, a religião e a trabalhar o barro, a madeira e a
pedra. O índio é muito hábil na imitação, mas, também muito primário e rústico na execução. O negro
adapta-se mais facilmente e é exuberante no desenho, na arte, no talhe e nas lavras. Sob direção dos
religiosos e de mestres, vindos além-mar, o índio e o negro esculpiram muitos trabalhos, que são a base ao
enxerto da arte Barroca, em auge na Europa.
O Barroco no Brasil
O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda no
início do século XIX. O barroco brasileiro é claramente associado à religião católica. Duas linhas diferentes
caracterizam o estilo barroco brasileiro. Nas regiões enriquecidas pelo comércio de açúcar e pela mineração,
encontramos igrejas com trabalhos em relevos feitos em madeira (as talhas) recobertas por finas camadas
de ouro, com janelas, cornijas e portas decoradas com detalhados trabalhos de escultura.
Já nas regiões onde não existia nem açúcar nem ouro, as igrejas apresentam talhas modestas e os
trabalhos foram realizados por artistas menos experientes e famosos do que os que viviam nas regiões mais
ricas. O ponto culminante da integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas
Gerais, sem dúvida a partir dos trabalhos dos artistas:
116
Arte – 3º Ano
Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho - seu projeto para a

igreja de São Francisco, em Ouro Preto, por exemplo, bem como a
sua realização, expressam uma obra de arte plena e perfeita. Desde
a portada, com um belíssimo trabalho de medalhões, anjos e fitas
esculpidos em pedra-sabão, o visitante já tem certeza de que está
diante de um artista completo. Além de extraordinário arquiteto e
decorador de igrejas foi também incomparável escultor. O Santuário
do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo, é
constituído por uma igreja em cujo adro estão as esculturas em
pedra-sabão de doze profetas, cada um desses personagens numa
posição diferente e executa gestos que se coordenam. Com isso, ele
conseguiu um resultado muito interessante, pois torna muito forte
para o observador a sugestão de que as figuras de pedra estão se
movimentando.
Manuel da Costa Ataíde - suas pinturas em tetos das igrejas

seguiam as características do estilo barroco, e aliavam-se
perfeitamente às esculturas e arquitetura de Aleijadinho. Obra
Destacada: Pintura do Teto da Igreja de São Francisco de Assis. O
Mestre Ataíde pintou várias igrejas de Minas Gerais com um estilo
próprio e bem brasileiro. Usava cores vivas e alegres e gostava muito
do azul. Ataíde utilizava tanto a tinta a óleo (que era importada da
Europa) como a têmpera. Os pintores da época nem sempre podiam
importar suas tintas. Faziam então suas próprias cores com
pigmentos e solventes naturais aqui da terra. Entre outros, usavam
terra queimada, leite e óleo de baleia, clara de ovo, além de extratos
de plantas e flores. E é claro criavam suas próprias receitas que eram
mantidas em segredo. Talvez por isso que se diz que não existe, no
mundo inteiro, um colorido como o das cidades mineiras da época
do barroco.
A Arte Holandesa no Brasil
Na virada do século, os portugueses defenderam o Brasil dos invasores ingleses, franceses e

holandeses. Porém, os holandeses resistiram e se instalaram no nordeste do país por quase 25 anos (início
em 1624). O Conde Maurício de Nassau trouxe à “Nova Holanda” artistas e cientistas que se instalaram em
Recife. Foi sob a orientação de Nassau que o arquiteto Pieter Post projetou a construção da cidade maurícia
e também os palácios e prédios administrativos.
117
Arte – 3º Ano
Embora fosse comum a presença de artistas
nas primeiras expedições enviadas à América,
Maurício de Nassau afirmou em carta a Luiz XIV, em
1678, ter a sua disposição seis pintores no Brasil,
entre os quais Frans Post e Albert Eckhout.
Holandeses, flamengos, alemães, os chamados
pintores de Nassau, por não serem católicos,
puderam facilmente dedicar-se a temas profanos,
o que não era permitido aos portugueses. Em
consequência disso foram os primeiros artistas no
Brasil e na América a abordar a paisagem, os tipos
étnicos, a fauna e a flora como temática de suas produções artísticas, livre dos preconceitos e das
superstições que era de praxe se encontrar nas representações pictóricas que apresentavam temas
americanos. Foram verdadeiros repórteres do século XVII.
A Missão Artística Francesa
No início do século XIX, os exércitos de

Napoleão Bonaparte invadiram Portugal,
obrigando D. João VI (rei de Portugal), sua
família e sua corte (nobres, artistas,
empregados, etc.) a virem para o Brasil. D. João
VI preocupado com o desenvolvimento cultural
trouxe para cá material para montar a primeira
gráfica brasileira, onde foram impressos
diversos livros e um jornal chamado A Gazeta
do Rio de Janeiro. Nesse momento, o Brasil
recebe forte influência cultural europeia,
intensificada ainda mais com a chegada de um
grupo de artistas franceses (1816) encarregado
da fundação da Academia de Belas ARTE (1826), na qual os alunos poderiam aprender as ARTE e os ofícios
artísticos. Esse grupo ficou conhecido como Missão Artística Francesa. Os artistas da Missão Artística
Francesa pintavam, desenhavam, esculpiam e construíam à moda europeia. Obedeciam ao estilo neoclássico
(novo clássico), ou seja, um estilo artístico que propunha a volta aos padrões da arte clássica (greco-romana)
da Antiguidade.
Algumas características de construções neoclássicas:
 Colunas (de origem grega): Estrutura de sustentação das construções. Compõe-se de três pARTE:
base, fuste (parte maior) e capitel (parte superior com ornamentos).
118
Arte – 3º Ano
 Arcos (de origem romana): Elemento de construção de formato curvo existente na parte superior
das portas e passagens que serve de sustentação.
 Frontões: Estrutura geralmente triangular existente acima de portas e colunas e abaixo do

telhado. Os frontões podem receber os mais variados tipos de decoração.
Os pintores deveriam seguir algumas regras na pintura tais como: inspirada nas esculturas clássicas
gregas e na pintura renascentista italiana, sobretudo em Rafael, mestre inegável do equilíbrio da composição
e da harmonia do colorido.
Principais artistas:
Jean-Baptiste Debret: (1768-1848) foi chamado de "a alma da Missão Francesa". Ele foi desenhista,
aquarelista, pintor cenográfico, decorador, professor de pintura e organizador da primeira exposição de arte
no Brasil (1829). Em 1818 trabalhou no projeto de ornamentação da cidade do Rio de Janeiro para os festejos
da aclamação de D. João VI como rei de Portugal, Brasil e Algarves. Mas é em Viagem pitoresca ao Brasil,
coleção composta de três volumes com um total de 150 ilustrações, que ele retrata e descreve a sociedade
brasileira. Seus temas preferidos são a nobreza e as cenas do cotidiano brasileiro e suas obras nos dão uma
excelente ideia da sociedade brasileira do século XIX.
Nicolas-Antonine Taunay: (1775-1830) pintor francês de grande destaque na corte de Napoleão

Bonaparte e considerado um dos mais importantes da Missão Francesa. Durante os cinco anos que residiu
no Brasil retratou várias paisagens do Rio de Janeiro.
Alguns dos artistas da Missão Francesa vieram para o Brasil no séc. XIX outros pintores motivados
pela paisagem luminosa e pela existência de uma burguesia rica e desejosa de ser retratada. É nessa
perspectiva que se situa alguns artistas europeus independentes da Missão Artística Francesa: Thomas
Ender, era austríaco e chegou ao Brasil com a comitiva da Princesa Leopoldina, viajou pelo interior,
retratando paisagens e cenas da vida no nosso povo em Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Suas obras
compõem-se de 800 desenhos e aquarelas. E Johann-Moritz Rugendas, era alemão, esteve no Brasil entre
1821 e 1825. Além do nosso país, visitou outros países da América Latina, documentando, por meio de
desenhos e aquarelas, a paisagem e os costumes dos povos que conheceu.
A Arte Acadêmica no Brasil
Em meados do século XIX, o Império Brasileiro conheceu certa prosperidade econômica,

proporcionada pelo café, e certa estabilidade política, depois que Dom Pedro II assumiu o governo e
dominou as muitas rebeliões que agitaram o Brasil até 1848. Além disso, o próprio imperador procurou dar
ao país um desenvolvimento cultural mais sólido, incentivando as letras, as ciências e as ARTE. Estas
ganharam um impulso de tendência nitidamente conservadora que refletia modelos clássicos europeus.
119
Arte – 3º Ano
Uma das características gerais da pintura acadêmica é seguir os padrões de beleza da Academia de
Belas ARTE, ou seja, o artista não deve imitar a realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas obras,
por meio da imitação dos clássicos, principalmente os gregos, na arquitetura e dos renascentistas, na
pintura.
Os principais artistas acadêmicos são:
Pedro Américo de Figueiredo e Melo - Sua pintura abrangeu temas bíblicos e históricos, mas também
realizou imponentes retratos, como o De Dom Pedro II na Abertura da Assembleia Geral, que é parte do
acervo do Museu Imperial de Petrópolis - RJ. A sua obra mais divulgada é O Grito do Ipiranga, que atualmente
no Museu Paulista.
Vitor Meireles de Lima - Em 1861, produziu em Paris, a sua obra mais conhecida A Primeira Missa no
Brasil. No ano seguinte, já em nosso país, pintou Moema, que trata da famosa personagem indígena do
poema Caramuru, de Santa Rita Durão. Os seus temas eram os históricos, os bíblicos e os retratos.
José Ferraz de Almeida Júnior - Considerado por alguns críticos o mais brasileiro dos pintores
nacionais do século XIX. Suas obras retratam temas históricos, religiosos e regionalistas, além disso, produziu
retratos, paisagens e composições. Suas obras mais conhecidas são: Picando Fumo, O Violeiro e Leitura.
A Arte Moderna no Brasil
Em oposição às formas clássicas, a arte moderna surgiu no

final do século passado em forma de pintura e escultura.
Os impressionistas, primeiros pintores modernos,
geralmente escolhiam cenas de exteriores como temas para suas
obras: paisagens, pessoas humildes, etc.
Objetivando romper com os padrões antigos, os artistas
modernos buscam constantemente novas formas de expressão e,
para isto, utilizam recursos como cores vivas, figuras deformadas,
cubos e cenas sem lógica.
O marco inicial do movimento modernista brasileiro foi a
realização da Semana de Arte Moderna de 1922, onde diversos
artistas plásticos e escritores apresentaram ao público uma nova
forma de expressão. Este evento ocorreu no Teatro Municipal de
São Paulo.
Não foi fácil para estes artistas serem aceitos pela crítica que
já estava acostumada com padrões estéticos bem definidos, mas, aos poucos, suas exposições foram
aumentando e o público passou a aceitar e entender as obras modernistas.
A arte moderna está exposta em muitos lugares, em São Paulo ela pode ser vista no Museu de Arte
Moderna, nas Bienais e também em outras formas de exposições que buscam estimular esta forma de
120
Arte – 3º Ano
expressão. Destacam-se como artistas modernistas: Di Cavalcanti, Vicente do Rêgo, Anita Malfatti, Lasar
Segall, Tarsila do Amaral e Ismael Nery.
O Grupo Santa Helena
Por volta de 1935, um grupo de artistas -

quase todos descendentes de imigrantes italianos,
não pertencentes à aristocracia paulistana, como
era o caso de boa parte dos
primeiros modernistas - se reuniam em ateliês de
um edifício na Praça da Sé, em São Paulo,
chamado "Palacete Santa Helena". Ali também
existiam numerosos escritórios de profissionais
liberais e a sede de uma entidade que
representava o sindicato dos operários. Esse
prédio foi demolido em 1971, para a construção
da estação de metrô da Sé.
Os artistas do Grupo Santa Helena tinham
origem humilde e para sobreviver exerciam
atividades artesanais e até trabalhos braçais. Eram pintores de parede, açougueiros, ourives, professores e
operários. Autodidatas ou ex-alunos do Liceu de ARTE e Ofícios, nos fins de semana ou momentos de folga
se dedicavam à pintura. Essas são algumas das particularidades que os diferenciavam da primeira geração
de modernistas. O grupo começou a se formar em torno do ateliê de Francisco Rebolo, se juntaram a esse
grupo artistas como Mário Zanini, Humberto Rosa, Fulvio Pennacchi, Aldo Bonadei, Clóvis Graciano, Manuel
Martins, Volpi e Alfredo Rizzoti.
O ambiente criado nas salas de trabalho era de troca. Os artistas compartilhavam conhecimentos
técnicos de pintura e faziam sessões de modelo vivo, decidindo sobre a remessa de obras aos salões e
organizando as famosas excursões de fim de semana aos subúrbios da cidade para fazer pintura ao ar livre.
A união do grupo Santa Helena pode ser explicada como reação ao preconceito contra os imigrantes
pobres. Esse preconceito ficou evidente em inúmeras críticas que surgiram ao trabalho do grupo,
principalmente quando eles começaram a despertar a atenção e a ameaçar posições já definidas. A
perseverança do grupo, que continuava na luta pela sobrevivência, despertava o interesse e atraía novos
amigos e parceiros. Com o tempo, o palacete Santa Helena passou a ser o ponto de encontro de muitos
outros artistas.
Em 1937, participaram de uma exposição realizada pela "Família Artística Paulista" – FAP onde
ganharam visibilidade pública e passaram a ser conhecidos pela crítica especializada como Grupo Santa
Helena.
121
Arte – 3º Ano
Os Artistas Primitivos
A arte dos chamados "artistas primitivos" passou a ser valorizada após o Movimento Modernista, que
apresentou, entre suas tendências, o gosto por tudo o que era genuinamente nacional. E um artista primitivo
é alguém que seleciona elementos da tradição popular de uma sociedade e os combina plasticamente,
guiando-se por uma clara intenção poética. Geralmente esses pintores são autodidatas e criadores dos
recursos técnicos com que trabalham. Principais Artistas:
Cardosinho - (1861-1947), primitivo ingênuo, começou a pintar aos 70 anos e chegou a produzir cerca
de 600 quadros. Uma de suas obras está na Tate Gallery, em Londres.
Heitor dos Prazeres - (1898-1966), é um artista que revela minúcias e detalhes da realidade que
retrata. A figura humana é o centro de seus trabalhos e, nela, dois detalhes chamam a atenção do
observador: o rosto quase de perfil e a forte sugestão de movimento, resultante do fato das figuras estarem
quase sempre na ponta dos pés, como se dançassem ou simplesmente andassem. Sua arte deixa de lado os
preconceitos e os fatos tristes da realidade social. Ao contrário, procura mostrar um mundo fraterno em que
diferentes pessoas participam de uma mesma atividade.
Mestre Vitalino - (1909-1963), criador de figurinhas de barro que representam pessoas e fatos da
região sertaneja de Pernambuco. Entre os personagens de Vitalino estão os vaqueiros, os retirantes, os
cangaceiros, que, isolados ou compondo uma cena, nos comunicam o modo de ser da gente rústica do
sertão.
Djanira - (1914-1979), sua arte é dividida em dois períodos, no primeiro, da década de 40, apresenta
principalmente temas da vida carioca. As figuras sempre sugerem movimento e são contornadas por forte
traço escuro. Na segunda fase, da década de 50, apresenta, sobretudo, as atividades rurais das mais
diferentes regiões do Brasil.
122
Arte – 3º Ano
O Concretismo e o Neoconcretismo no Brasil
Por volta de 1930, com o desenvolvimento do abstracionismo na Europa, dizer “arte abstrata” era
impróprio, pois ela não abrangia representações tão diversas. Assim, nesse mesmo ano, o artista holandês
Theo Van Doesburg, declara que: “Pintura é concreta e não abstrata, pois nada é mais concreto, mais real
que uma linha, uma cor, uma superfície... Uma mulher, uma árvore, uma vaca, são concretos no estado
natural, mas no estado de pintura são abstratos, ilusórios, vagos, especulativos, ao passo que um plano é
um plano, uma linha é uma linha, nem mais nem menos”.
Seguidor das ideias de Theo Van Doesburg, Max Bill, nascido na Suíça, em 1908, dá continuidade ao
concretismo a partir de 1936. Sediado na Suíça, o movimento espalha-se pela América Latina, Argentina e,
posteriormente, Brasil e Alemanha.
A Arte Concreta no Brasil coincide com a euforia de desenvolvimento do pós 2ª Guerra Mundial, com
a implantação de indústrias nacionais como a automobilística, a criação da Petrobras, siderúrgicas, o
crescimento das cidades e novos meios de comunicação, como a televisão.
Importante lembrar que, no mesmo período, houve a criação do Museu de Arte de São Paulo (MASP),
em 1947, e do Museu de Arte Moderna (MAM), em 1948, que se empenharam em formar acervos e
promover exposições.
Fundamental citar também a criação da I Bienal Internacional de São Paulo, em 1951, que divulgou
artistas nacionais e internacionais, proporcionando contato com diversas tendências internacionais. Na
mesma data, já se esboçava o movimento concreto, em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O marco histórico na Arte Concreta no Brasil é o Grupo Ruptura, paulista, que apresenta um
manifesto em 1952, Manifesto Ruptura, lançado na exposição do MAM de São Paulo, e assinado por:
Waldemar Cordeiro, artista e porta-voz do grupo, Sacilotto, Lothar Charoux, Anatol Wladyslaw, Kazmer
Féjer, Leopold Haar e Geraldo de Barros. Este grupo queria criar formas novas de princípios novos,
baseavam-se numa teoria rigorosa.
Em 1956 é realizada no MAM, São Paulo, a I Exposição Nacional de Arte Concreta, ocasião que é
lançado o Manifesto da Poesia Concreta (interação de conceber o poema como um todo matematicamente
planejado).
Neste momento, as divergências entre os grupos concretistas Frente (Rio) e Ruptura (São Paulo) vêm
à tona. Os artistas cariocas, sem abrir mão do vocabulário abstrato, querem liberdade de criação, sem o rigor
dos paulistas. É o Neoconcretismo, cujo manifesto aparece no catálogo da I Expo Neoconcreta (1959) com
trabalhos de Amílcar de Castro, Ferreira Gular, Franz Weissmann, Lygia Clark, Lygia Pape, Reinaldo Jardim e
Théon Spanudis.
Os elementos principais do concretismo são:
 Aspiração a uma linguagem de comunicação universal, com autonomia da arte com o mundo
exterior.
 Integração do trabalho de arte na produção industrial, crença na tecnologia.
 Função social, informação a todos, aplicação em todas as áreas de comunicação visual, ao artista
cabe contribuir de modo abrangente para a socialização da boa forma, no design, na tipografia, etc.
123
Arte – 3º Ano
 Utilização tanto no suporte como na matéria-prima de materiais industrializados, produzidos em
série, como ferro, alumínio, tinta esmalte, etc.
 Baseiam-se no rigor geométrico, na matemática, que estrutura ritmos e relações.
 Elimina o gesto, o sinal da mão. O desenho é preciso, feito com régua e compasso.
A Bienal de Arte de São Paulo
Criada pelo Museu de Arte Moderna (MAM), a 1ª Bienal

Internacional de São Paulo foi inaugurada no dia 20 de outubro de 1951,
em um pavilhão no Parque Trianon, na Avenida Paulista, onde hoje está
instalado o Museu de Arte de São Paulo, e contou com 1.854 obras,
representando 23 países. Inspirado na Bienal de Veneza, seu mentor foi o
industrial de origem italiana Francisco Matarazzo Sobrinho, conhecido
como Ciccillo Matarazzo. A iniciativa colocou o Brasil no circuito
internacional dos grandes eventos de arte.
Cercada de polêmicas, a 1ª Bienal causou grande impacto na cidade
e nas ARTE brasileiras. A Bienal teve importância decisiva no
desenvolvimento da arte concreta brasileira.
As Tendências Atuais da Arte Brasileira
A arte brasileira segue hoje as mesmas ideias daquela produzida no mundo. As mudanças
introduzidas na arte internacional foram de conceito. A arte deixou de retratar a realidade com o
Abstracionismo e o Concretismo, e se fez linguagem, referindo se a si mesma.
A pintura passou a ser linguagem da linha e da cor. A escultura, a linguagem da forma no espaço-
tempo. O desenho passou a ser qualquer suporte, inclusive no espaço, e a gravura, arte para ser multiplicada,
hoje também se faz com a tiragem de uma cópia, tornando-se assim, obra única. Tudo, enfim, virou conceito
nas novas linguagens.
O artista atual não é mais pintor, desenhista, escultor ou gravador. Ele é só artista. Experimenta todo
tipo de linguagem, de conceito, de material etc. Esta, a grande mudança visível na arte atual. A linguagem
do artista contemporâneo faz menção a conceitos de História da Arte, discute o suporte, o volume, a própria
definição de arte, além de usar símbolos e signos próprios. Por isso, o observador precisa conhecer os vários
ângulos da proposta apresentada.
Pode-se dizer que o artista atual faz da arte uma tese, embora alguns deles ainda exibam seu ofício
por meio da pintura, gravura, desenho e escultura. Essas técnicas, contudo, estão cada vez mais se
distanciando do universo que a arte promete para o futuro.
124
Arte – 3º Ano
Exercícios – A Arte no Brasil
1) Eram pinturas realizadas sobre paredes de pedra, 5) No estilo barroco o ponto culminante da
em geral no interior de cavernas, é hoje um dos integração entre arquitetura, escultura, talha e
principais registros dos povos pré-históricos. Tratam- pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida a partir
se das Pinturas: dos trabalhos dos artistas:
a) Rústicas a) Vitor Meireles de Lima e José Ferraz de Almeida
b) ARTEanais Júnior.
c) Rupestres b) Di Cavalcanti, Anita Malfatti, e Tarsila do Amaral.
d) Ríspidas c) Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho e Manuel da
Costa Ataíde.
2) As mais importantes pinturas rupestres do Brasil d) Nenhuma das alternativas.
se encontram hoje em Pedra Pintada (PA), Peruaçu
(MG), Lagoa Santa (MG), São Raimundo Nonato (PI). 6) Sobre a Arte Holandesa no Brasil é correto afirmar
Como estas pinturas foram realizadas? que:
a) A tinta de pedra é feita de cacos de minério que a) Na virada do século, os portugueses defenderam o
forneciam as cores para as pinturas rupestres. Brasil dos invasores ingleses, franceses e holandeses, e
b) Os artistas raspavam as pedras para arrancar os logo retomou o território brasileiro expulsando todos
pigmentos coloridos, o vermelho e o amarelo vinham os invasores.
do minério de ferro e o preto do manganês. b) O Conde Maurício de Nassau trouxe à “Nova
c) Misturado com cera de abelha ou resina de árvores Holanda” artistas e cientistas que se instalaram em São
o pigmento virava tinta. Paulo e Rio de Janeiro.
d) Todas as alternativas estão corretas. c) Holandeses, flamengos, alemães, os chamados
pintores de Nassau eram católicos, por isso não
3) Quanto a Arte no período colonial do Brasil, puderam facilmente dedicar-se a temas profanos, o
assinale a alternativa FALSA: que era permitido aos portugueses.
a) A arquitetura era bastante simples, sempre com d) Foram os primeiros artistas no Brasil e na América a
estruturas retangulares e cobertura de palha. abordar a paisagem, os tipos étnicos, a fauna e a flora
b) Com essa evolução começam a aparecer capelas, os como temática de suas produções artísticas, livre dos
centros das vilas, dirigidas por missionários jesuítas. preconceitos e das superstições que era de praxe se
Nas capelas há crucifixos, imagens de alguns santos, encontrarem nas representações pictóricas que
trazidos de Portugal. apresentavam temas americanos.
c) Os jesuítas ensinaram aos índios e negros o
alfabeto, a religião e a trabalhar o barro, a madeira e a 7) No início do século XIX, os exércitos de Napoleão
pedra, porém, nem índios, nem negros desenvolveram Bonaparte invadiram Portugal, obrigando D. João VI
trabalhos que poderiam ser considerados obras de (rei de Portugal), sua família e sua corte a virem para
arte. o Brasil. Nesse momento, o Brasil recebe forte
d) Sob direção dos religiosos e de mestres, vindos influência cultural europeia, intensificada ainda mais
além-mar, o índio e o negro esculpiram muitos com a chegada de um grupo de artistas encarregados
trabalhos, que são a base ao enxerto da arte Barroca, da fundação da Academia de Belas ARTE (1826) na
em auge na Europa. qual os alunos poderiam aprender as ARTE e os ofícios
artísticos. Como esse grupo ficou conhecido?
4) O estilo barroco desenvolveu-se plenamente no a) Missão Artística Portuguesa.
Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda no b) Missão Artística Francesa.
início do século XIX, e foi claramente associado à: c) Missão Artística Holandesa.
a) Religião católica. d) Missão Artística Brasileira.
b) Colonização Portuguesa
c) Escravidão 8) Os artistas dessa Missão Artística pintavam,
d) Todas as alternativas. desenhavam, esculpiam e construíam à moda
europeia. Obedeciam ao estilo neoclássico (novo
125
Arte – 3º Ano
clássico). As principais características da Arte 13) Em oposição às formas clássicas, a arte
Neoclássica eram: moderna surgiu no final do século passado em forma
a) Desejo de recriar as formas artísticas greco- de pintura e escultura, os primeiros pintores
romanas e renascentistas. modernos, geralmente escolhiam cenas de exteriores
b) Criar modelos egípcios. como temas para suas obras: paisagens, pessoas
c) Criar obras com colorido exuberante. humildes, etc. Como eles ficaram conhecidos?
d) Recriar a arte gótica. a) Impressionistas
b) Modernistas
9) Qual das alternativas abaixo representa c) Renovadores
características de construções neoclássicas? d) Marcantes
a) Colunas (de origem grega): Estrutura de
sustentação das construções. 14) Objetivando romper com os padrões antigos,
b) Arcos (de origem romana): Elemento de construção os artistas modernos buscavam constantemente
de formato curvo existente na parte superior das novas formas de expressão e, para isto, utilizam quais
portas e passagens que serve de sustentação. recursos?
c) Frontões: Estrutura geralmente triangular existente a) Cores vivas
acima de portas e colunas e abaixo do telhado. b) Figuras deformadas
d) Todas as alternativas. c) Cubos e cenas sem lógica
d) Todas as alternativas
10) Qual era a situação sociopolítica do Brasil
quando surgiu a Arte Acadêmica em nosso país? 15) Qual o marco inicial do movimento
a) Em meados do século XIX, o Império Brasileiro modernista brasileiro, onde diversos artistas plásticos
conheceu certa prosperidade econômica, e escritores apresentaram ao público uma nova forma
proporcionada pelo café, e certa estabilidade política. de expressão?
b) Dom Pedro II após assumir o governo não conseguia a) Amostra da Arte Nova de 1908.
dominar as muitas rebeliões que agitaram o Brasil até b) Semana de Arte Moderna de 1922.
1848. c) Coletiva de Artistas de São Paulo de 1912.
c) O imperador procurou desestimular no país o d) Simpósio de Arte Contemporânea.
desenvolvimento cultural retirando os incentivos das
letras, das ciências, das ARTE e da filosofia. 16) Qual a origem do nome do Grupo Santa
d) Nenhuma das alternativas. Helena?
a) Por volta de 1935, um grupo de artistas - quase
11) Complete a lacuna: todos descendentes de imigrantes italianos - se
“Uma das características gerais da pintura reuniam em ateliês de um edifício na Praça da Sé, em
acadêmica no Brasil é seguir os padrões de beleza da São Paulo, chamado "Palacete Santa Helena".
_______________, ou seja, o artista não deve imitar a b) Santa Helena foi a santa considerada a santa
realidade, mas tentar recriar a beleza ideal em suas protetora desse grupo, já que eles eram perseguidos
obras, por meio da imitação dos clássicos, por não fazerem parte da aristocracia paulistana.
principalmente os gregos, na arquitetura e dos c) Santa Helena era a cidade de origem dos imigrantes
renascentistas, na pintura. ” antepassados aos pertencentes desse grupo.
a) Academia Brasileira de Letras. d) Nenhuma das alternativas.
b) Academia de Belas ARTE.
c) Instituto Real das ARTE Plásticas do Brasil. 17) Quanto ao Grupo Santa Helena está errado
d) Pintura Jesuítica do Brasil. afirmar que:
a) Os artistas do Grupo Santa Helena tinham origem
12) A arte moderna no Brasil provocou: humilde e para sobreviver exerciam atividades
a) A valorização da pré-histórica. ARTEanais e até trabalhos braçais.
b) A fortalecida da arte do passado. b) Não eram autodidatas o que os assemelhavam aos
c) A ruptura com a arte do passado. modernistas.
d) A censura na forma da arte. c) O ambiente criado nas salas de trabalho era de
troca. Os artistas compartilhavam conhecimentos
técnicos de pintura e faziam sessões de modelo vivo,
126
Arte – 3º Ano
decidindo sobre a remessa de obras aos salões e c) Elimina o gesto, o sinal da mão. O desenho é
organizando as famosas excursões de fim de semana preciso, feito com régua e compasso.
aos subúrbios da cidade para fazer pintura ao ar livre. d) Todas as alternativas.
d) A união do grupo Santa Helena pode ser explicada
como reação ao preconceito contra os imigrantes 22) Criado pelo Museu de Arte Moderna (MAM),
pobres. Esse preconceito ficou evidente em inúmeras contou com 1.854 obras, representando 23 países.
críticas que surgiram ao trabalho do grupo, Inspirado na Bienal de Veneza, esta iniciativa colocou
principalmente quando eles começaram a despertar a o Brasil no circuito internacional dos grandes eventos
atenção e a ameaçar posições já definidas. de arte. Estamos falando sobre:
a) O Simpósio das ARTE do Rio de Janeiro
18) Como ficou conhecido o movimento artístico b) A Coletiva de Artistas de Joinville
que passou a ser valorizada após o Movimento c) A 1ª Bienal de Arte de São Paulo
Modernista, e apresentou, entre suas tendências, o d) O Salão dos Novos de 1945
gosto por tudo o que era genuinamente nacional?
a) Arte Primitiva 23) Complete a sentença:
b) Arte Contemporânea “A arte brasileira segue hoje as mesmas ideias
c) MPB daquela produzida ____________”.
d) Bossa Nova a) no mundo
b) na Europa
19) O surgimento da Arte Concreta no Brasil c) nos países desenvolvidos
coincide com quais momentos históricos? d) em Paris
a) Com a euforia de desenvolvimento do pós 2ª Guerra
Mundial. 24) Em relação às tendências atuais da arte
b) Com a implantação de indústrias nacionais como a brasileira, assinale a alternativa FALSA:
automobilística, a criação da Petrobras e siderúrgicas. a) A pintura passou a ser linguagem da linha e da cor.
c) Com o crescimento das cidades e novos meios de A escultura, a linguagem da forma no espaço-tempo. O
comunicação, como a televisão. desenho passou a ser qualquer suporte, inclusive no
d) Todas as alternativas espaço, e a gravura, arte para ser multiplicada, hoje
também se faz com a tiragem de uma cópia, tornando-
20) Que evento teve importância decisiva no se assim, obra única.
desenvolvimento da arte concreta brasileira? b) O artista atual não é mais pintor, desenhista,
a) O Simpósio das ARTE do Rio de Janeiro escultor ou gravador. Ele é só artista. Experimenta todo
b) Coletiva de Artistas de Joinville tipo de linguagem, de conceito, de material etc.
c) A 1ª Bienal de Arte de São Paulo c) A linguagem do artista contemporâneo faz menção
d) Salão dos Novos de 1945 a conceitos de História da Arte, discute o suporte, o
volume, a própria definição de arte, além de usar
21) Quais são os principais elementos do símbolos e signos próprios.
concretismo? Pode-se dizer que o artista atual não faça da arte uma
a) Integração do trabalho de arte na produção tese, todos os artistas exercem o ofício por meio da
industrial, crença na tecnologia. pintura, gravura, desenho e escultura. Essas técnicas
b) Baseiam-se no rigor geométrico, na matemática,
são essenciais no universo que a arte promete para o
que estrutura ritmos e relações.
futuro.
127
Arte – 3º Ano
BOZZANO, Hugo B.; FRENDA, Perla; GUSMÃO, Tatiane Cristina. Arte em interação - ensino médio:
volume único. 400 p
128
Arte – 3º Ano
129
Educação Física – 3º Ano
3º ano
Educação Física
130
131
Sumário
Educação Física e Atividade Física ............................................................................................................................... 133
O Sedentarismo......................................................................................................................................................... 134
A Obesidade .............................................................................................................................................................. 134
Por que estamos tão gordos? ............................................................................................................................... 135
A Mcdonaldização ..................................................................................................................................................... 135
O Primeiro Passo: levantar da poltrona e mexer o corpo......................................................................................... 136
Segundo Passo: Segure a Compulsão ....................................................................................................................... 136
O Estresse do Dia – a – Dia: “No Stress” ................................................................................................................... 137
Como Assim? ............................................................................................................................................................. 137
IMC – Índice de Massa Corporal .................................................................................................................................. 138
Interpretação e tabela do IMC .................................................................................................................................. 138
Exercícios – Atividade Física e IMC ........................................................................................................................... 139
132
Educação Física e Atividade Física

A diferença entre a educação física e a
atividade física é que a atividade física é qualquer
movimento do corpo, produzido pelo músculo
esquelético que resulta em um aumento do gasto
energético. Atividade física se refere ao gasto
calórico promovido por uma ação superior física,
como um deslocamento, um movimento físico
qualquer.
Podemos acrescentar que atividade física é
também qualquer esforço muscular pré-
determinado, destinado a executar uma tarefa,
seja ela um "piscar dos olhos", um deslocamento dos pés, e até um movimento complexo de finta em alguma
competição esportiva. Modernamente, o termo refere-se em especial aos exercícios executados com o fim
de manter a saúde física, mental e espiritual; em outras palavras a "boa forma".
Já a Educação física é uma ação planejada e estruturada, que pode utilizar-se de vários elementos
como o esporte, a dança, a luta, o jogo, a brincadeira e a atividade física, uma prática social, pois promove,
sobretudo, a interação entre os grupos sociais.
Atividade física em geral regular controlada por profissionais da Educação Física, está associada
diretamente a melhorias da saúde e condições físicas dos praticantes. A redução dos níveis de ansiedade,
stress, um sistema imunológico fortalecido, tornando o organismo menos sujeito a doenças como o câncer
e causar ao seu tratamento redução das náuseas e a dor. Sendo que a inatividade física associada a dietas
inadequadas, ao tabagismo, ao uso do álcool e outras drogas são determinantes na ocorrência e progressão
de doenças crônicas que trazem vários prejuízos ao ser humano, como, por exemplo, redução na qualidade
de vida e morte prematura nas sociedades contemporâneas, principalmente nos países industrializados.
Resumindo isso tudo pode se alternar em grandes e pequenos esforços desde em abrir os olhos até andar e
conversar, bater um “lero” com o pessoal.
Atividade física adaptada por vezes, torna-se necessária aos sujeitos que apresentem algumas
contraindicações médicas ou dificuldades físicas momentâneas definitivas, mas levando em conta o
diagnóstico feito pelos médicos, o profissional da educação física deverá ser capaz de criar à paciente
atividade física adaptada sem prejudicar a saúde do paciente.
Atividade física de recuperação é usada como um meio de melhorar as condições físicas de um sujeito
momentaneamente debilitado, sendo tratada pelos profissionais da fisioterapia e educação física. A
atividade física quando é feita de forma continua e programada resulta no ganho de força física, incremento
da capacidade cardiorrespiratória, da flexibilidade entre outros fatores responsáveis pela melhoria da
qualidade de vida de um indivíduo no que diz respeito à performance humana.
133
O Sedentarismo
O sedentarismo pode ser definido como falta de

atividade física suficiente, o que pode afetar potencialmente a
saúde da pessoa. Na verdade, a falta de atividade física não
necessariamente está ligada a não praticar esportes. O
indivíduo que tem atividades físicas regulares, como limpar a
casa, caminhar para o trabalho, ou realiza funções profissionais
que requerem esforço físico, não é classificado como
sedentário. O sedentarismo acontece quando a pessoa gasta
poucas calorias diárias com atividades físicas.
O sedentarismo é muitas vezes chamado de "doença do século" por causa dos vários malefícios que
causa à saúde. Entre as principais descobertas sobre largar o sedentarismo e começar atividades físicas
estão:
 Pessoas sedentárias podem melhorar sua saúde e bem-estar ao ficarem moderadamente
ativas de forma regular.
 Os melhores benefícios à saúde podem ser alcançados aumentando a quantidade (duração,
frequência ou intensidade) da atividade física.
 Atividade física não precisa ser extenuante para alcançar benefícios à saúde.
A Obesidade
A obesidade é o maior problema de saúde da

atualidade e atinge indivíduos de todas as classes sociais,
tem etiologia hereditária e constitui um estado de má
nutrição em decorrência de um distúrbio no balanceamento
dos nutrientes, induzindo entre outros fatores pelo excesso
alimentar. O peso excessivo causa problemas psicológicos,
frustrações, infelicidade, além de uma gama enorme de
doenças lesivas. O aumento da obesidade tem relação com: o sedentarismo, a disponibilidade atual de
alimentos, erros alimentares e pelo próprio ritmo desenfreado da vida atual.
A obesidade relaciona-se com dois fatores preponderantes: a genética e a nutrição irregular. A
genética evidencia que existe uma tendência familiar muito forte para a obesidade, pois filhos de pais obesos
têm 80 a 90% de probabilidade de serem obesos. A nutrição tem importância no aspecto de que uma criança
superalimentada será provavelmente um adulto obeso. O excesso de alimentação nos primeiros anos de
vida aumenta o número de células adiposas, um processo irreversível, que é a causa principal de obesidade
para toda a vida. Hoje, consumimos quase 20% a mais de gorduras saturadas e açúcares industrializados.
Para emagrecer, deve-se pensar sempre, em primeiro lugar, no compromisso de querer assumir o desafio,
pois manter-se magro, após o sucesso, será mais fácil.
134
Por que estamos tão gordos?
Num tempo em que as formas esguias e os músculos

esculpidos constituem um avassalador padrão de beleza, o excesso
de peso e a obesidade transformaram-se na grande epidemia do
planeta. Nos Estados Unidos, nada menos de 97 milhões de pessoas
(35% da população) estão acima do peso normal. E, destas, 39
milhões (14% da população) pertencem à categoria dos obesos.
O problema de forma alguma se restringe aos países ricos.
Com todas as suas carências, o Brasil vai pelo mesmo caminho: 40%
da população (mais de 65 milhões de pessoas) está com excesso de
peso e 10% dos adultos (cerca de 10 milhões) são obesos. A
tendência é mais acentuada entre as mulheres (12% a 13%) do que
entre os homens (7% a 8%). E, por incrível que pareça, cresce mais rapidamente nos segmentos de menor
poder econômico.
O inimigo, desta vez, consiste num modelo de comportamento que pode ser resumido em três
palavras: sedentarismo, comilança e stress. Estamos vivendo a era da globalização de um modo de vida
baseado na inatividade corporal frente às telas da TV e do computador, no consumo de alimentos
industrializados, cada vez mais gordurosos e açucarados, e num altíssimo grau de tensão psicológica.
A Mcdonaldização
Em ritmo acelerado e escala planetária, as culinárias

tradicionais vão sendo atropeladas pelo fast food. E bilhões de
seres humanos estão migrando dos carboidratos para as
gorduras.
As consequências dessa alimentação engordurada
podem não ser inocentes. Artérias entupidas e diabetes são
apenas algumas das possíveis consequências do excesso de
peso. Mas, independentemente das consequências, existe hoje
uma unanimidade entre os médicos para se considerar a própria obesidade como uma doença. E o que é
pior: uma doença crônica e incurável. Como a gordura precisa ser estocada no organismo, todo obeso tem
um aumento do número de células adiposas (obesidade hiperplástica) ou um aumento do peso das células
adiposas (obesidade hipertrófica) ou uma combinação das duas coisas. Esse é um dos fatores que faz com
que, uma vez adquirida, a obesidade se torne crônica. O indivíduo pode até emagrecer, mas vai ter que se
cuidar pelo resto da vida para não engordar de novo. É por isso também que, a longo prazo, os regimes
restritivos não resolvem. Com eles, a pessoa emagrece rapidamente. Mas não consegue suportar, por muito
tempo, as restrições impostas pelo regime. E volta a engordar. É o chamado "efeito sanfona", o massacrante
vai e vem do ponteiro da balança.
135
O Primeiro Passo: levantar da poltrona e mexer o corpo
O sedentarismo é a causa mais importante do excesso de peso e da obesidade. Por esse simples
motivo, a atividade física tem que ser o primeiro item de qualquer programa realista de tratamento da
doença. A pessoa sedentária deve começar reeducando-se em suas atividades cotidianas. Se ela mora em
apartamento, por exemplo, pode utilizar as escadas, em vez do elevador. Mesmo isso, porém, deve ser feito
gradativamente. A pessoa que mora no sétimo andar pode subir apenas um lance de escada no primeiro dia
e o restante de elevador. E ir aumentando o esforço, dia após dia, até conseguir galgar todos os andares. A
partir daí, abre-se espaço para uma atividade física sistemática. Mas é preciso que seja uma atividade
aeróbica (caminhada, esteira, corrida, bicicleta, hidroginástica, natação, remo, dança, ginástica aeróbica de
baixo impacto etc.), com elevação da frequência cardíaca a até 75% de sua capacidade máxima. Nessas
condições, a primeira coisa que o organismo faz é lançar mão da glicose, armazenada nos músculos sob a
forma de glicogênio. Depois de aproximadamente 30 minutos, quando o glicogênio se esgota, o organismo
começa a queimar gordura como fonte de energia.
As dietas restritivas devem ser evitadas. Até porque, exatamente pelo fato de ser desbalanceado, o
organismo se defende espontaneamente delas um período de restrição, a pessoa coma muito mais. O que
o indivíduo precisa isto sim, é buscar uma mudança no estilo de vida, pois os fatores comportamentais
desempenham, de longe, o papel mais importante no emagrecimento.
Segundo Passo: Segure a Compulsão
• Faça um diário alimentar e anote tudo o que você come.

• Obedeça rigorosamente ao horário das refeições,
comendo com intervalos de 4 a 5 horas.
• Jamais pule refeições.
• Quando, fora dos horários, surgir à vontade de comer,
busque uma alternativa (caminhada, exercícios físicos etc.) que reduza a
ansiedade.
• Antes de cada refeição, planeje o que você vai comer e
prepare cuidadosamente a mesa e o prato.
• Preste a máxima atenção ao ato de comer. Não coma
enquanto lê ou assiste televisão.
• Mastigue bem e descanse o garfo entre cada bocada. Isso ajuda a controlar a ansiedade. Mas
é eficiente também porque existem dois mecanismos que promovem a saciedade. Um, de natureza
mecânica, atua rapidamente, com o preenchimento do estômago. O outro, mais lento, depende da troca de
neurotransmissores no cérebro. Comendo devagar, a pessoa dá tempo para que esse segundo mecanismo
funcione.
• Jamais faça compras em supermercados de estômago vazio, para não encher o carrinho com
guloseimas.
• Não estoque comidas tentadoras (doces, sorvetes, salgadinhos) em casa. Tenha sempre à mão
opções saudáveis.
136
• Não vá a festas de estômago vazio. Se, chegando lá, você não resistir à tentação de comer
alguma coisa, escolha aquilo de que mais gosta e dispense o resto.
O Estresse do Dia – a – Dia: “No Stress”
Não há quem nunca tenha ouvido, dito ou mesmo lido em

algum lugar essa expressão em inglês; que se popularizou no Brasil
e até virou jargão. Quem já viajou pelo Nordeste, com certeza já
viu camisetas, adesivos e todos os tipos de artigos para turistas
com essa estampa, que traduzida para o português quer dizer “Sem
Estresse”. Mas, para o espanto de muitos, o temido estresse pode
ser um fator positivo e necessário na vida de qualquer um.
Como Assim?
Segundo especialistas, a vida seria muito monótona sem estresse. Um pouco dele traz certa dose de
emoção, de desafio, necessários para que as pessoas se sintam mais estimuladas a vencer os obstáculos do
cotidiano.
Segundo o Dr. Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Psiquiátrica de Brasília:
“A ansiedade pode ser um fator de crescimento, não só de destruição. Se você não tem angústias,
desafios a serem vencidos, não têm estímulo para produzir. A ansiedade em fazer um bom trabalho, por
exemplo, pode ser algo positivo, dentro dessa colocação”,
É claro que os limites para o “estresse positivo” devem ser controlados. Quando um indivíduo começa
a sofrer muita pressão no dia-a-dia, o resultado é exatamente o contrário; ao invés de estímulo, o estresse
provoca uma queda de produção no trabalho, mal-estar físico e muitos outros fatores nocivos.
Por isso, é sempre bom monitorar os níveis de estresse para que não cheguem a ser prejudiciais. “Um
grande desafio neste estressante mundo atual é fazer o estresse na vida trabalhar a seu favor e não contra
você”, destaca o doutor Antônio Silva.
Cada um tem o seu limite para o estresse. A mesma situação pode causar reações diferentes
dependendo das particularidades de cada pessoa. “Se você for um executivo que gosta de se manter
ocupado o tempo todo, ficar ocioso na praia, em um lindo dia, pode fazê-lo sentir-se extremamente
frustrado, não produtivo e chateado”, explica o doutor.
“Portanto, antes de tudo, é preciso detectar as situações que desencadeiam um alto nível de estresse,
evitando-a. Reconhecer os primeiros sinais de tensão e então fazer algo a respeito pode significar uma
importante diferença na qualidade de vida.”
137
IMC – Índice de Massa Corporal

O Índice de Massa Corporal (IMC) é um número calculado a partir do peso e altura da pessoa. O IMC
é um indicador da gordura corporal. Apesar do IMC não medir a gordura diretamente, pesquisas mostram
que ele se relaciona aos métodos de medição direta. O Índice de Massa Corporal pode ser considerado uma
alternativa prática, fácil e barata para a medição direta de gordura corporal.
Como calcular o IMC?
O IMC é calculado pela seguinte fórmula: Peso em kg dividido pela altura em metros ao quadrado.
Exemplo:
Se uma pessoa tem 68 kg e 1,65 m de altura, seu IMC é
𝟔𝟖
IMC = = 24,98
(𝟏,𝟔𝟓)²
Interpretação e tabela do IMC
Para adultos acima dos 20 anos de idade o IMC é interpretado usando padrões de categorias de peso
que são as mesmas para todas as idades e sexo. Para crianças e adolescentes, o IMC leva em consideração
o sexo e idade.
O padrão de classificação pelo IMC é dado pela seguinte tabela:
 Abaixo de 18,5 – Abaixo do peso;

 Entre 18,5 e 24,9 – Peso normal
 Entre 25,0 e 29,9 – Sobrepeso
 Acima de 30 – Obesidade
138
Exercícios – Atividade Física e IMC
1) Existe uma discussão acumulada sobre a d) Ser sedentário.

Educação Física referente ao espaço ocupado no
conjunto das diversas áreas do conhecimento. 6) Como é classificada a atividade física usada
Neste sentido, a Educação Física é: como um meio de melhorar as condições físicas
a) Uma ciência exata, dada a possibilidade de de um sujeito momentaneamente debilitado,
aferir com precisão os seus resultados. sendo tratada pelos profissionais da fisioterapia
b) Uma ciência econômica, pois tudo no esporte e educação física?
está ligado a questões financeiras. a) Atividade física de recuperação.
c) Uma prática eminentemente lúdica, pois está b) Atividade física regular.
baseada no jogo e na competição. c) Nenhuma das anteriores.
d) Uma prática social, pois promove, sobretudo, a d) Atividade física de adaptação.
interação entre os grupos sociais.
7) O sedentarismo é a causa mais importante do
2) Como é chamada a ação planejada e excesso de peso. Para que um programa seja
estruturada, que pode utilizar-se de vários eficaz no combate a obesidade o primeiro item da
elementos como o esporte, a dança, a luta, o lista deve ser a:
jogo, a brincadeira e a atividade física? a) A prática de atividade física.
a) Educação física. b) Nenhuma das alternativas anteriores.
b) Ginástica. c) Dieta rigorosa.
c) Atividade física. d) Não ter atividade física.
d) Exercício físico.
8) O inimigo que está fazendo aumentar o
3) A atividade física em geral controlada pelo número de obesos tanto no Brasil como no resto
profissional de Educação Física está associada do mundo, desta vez, consiste num modelo de
diretamente com: comportamento que pode ser resumido em três
a) As melhorias da saúde e condições físicas dos palavras:
praticantes. a) Comilança, stress e tensão psicológica.
b) Resultado de alterações psicológicas. b) Sedentarismo, comilança e stress.
c) Problemática nos hospitais do Brasil. c) Conformismo, comilança e stress.
d) Comodismo, tensão psicológica e stress.
d) Resultado de alterações financeiras.
9) Como chamamos a falta de atividade física
4) A atividade física quando feita de forma
suficiente na rotina diária do ser humano?
continua e programada resulta:
a) Inatividade física.
a) Melhora a qualidade de vida do ser humano
b) Atividade física esporádica.
b) Flexibiliza a massa corpórea cerebral
c) Sedentarismo.
c) Desgaste muscular do ser humano
d) Comodismo
d) Aumento da pressão cardíaca
10) A obesidade relaciona-se com dois fatores
5) Qual o hábito que devemos adquirir para
importantes:
podermos reduzir os níveis de ansiedade, stress e
a) O excesso de alimentação e a falta de atividade
fortalecer o sistema imunológico, tornando o
física.
organismo menos sujeito a doenças?
b) Apenas a nutrição irregular.
a) Ter atividade física regular e controlada.
c) A falta de atividade física e a genética.
b) Fazer atividade física de vez em quando.
d) A genética e a nutrição irregular.
c) Praticar esporte só no fim de semana.
139
11) Dos itens abaixo, qual a única alternativa 16) Qual tendência de obesidade entre as
que não está ligado à obesidade no mundo: mulheres e homens no Brasil?
a) O exercício físico a) Os homens são mais obesos que as mulheres
b) O sedentarismo em 10%.
c) A má nutrição b) Sabe-se que 40% da população é obesa.
d) Hereditariedade c) De 7% a 8% para as mulheres e de 17% a 18%
para os homens.
12) Qual é o principal fator para o excesso de d) De 12% a 13% para as mulheres e de 7% a 8%
peso e obesidade? para os homens.
a) Esporte
b) Sedentarismo. 17) A que se refere o termo
c) Atividade física “MCDONALDIZAÇÃO”?
d) Nenhuma das alternativas. a) Comer Mc Donald’s e fazer exercícios.
b) Consumo elevado de alimentos rápidos, os
13) Em ritmo acelerado e escala planetária, as famosos “fast food”.
culinárias tradicionais vão sendo atropeladas c) Gordura que as pessoas produzem.
pelo fast food, bilhões de seres humanos estão d) As crianças que não comem direito.
migrando dos carboidratos para as gorduras.
Quais as principais consequências desse hábito 18) Das afirmativas abaixo qual não é uma
alimentar? boa dica para segurar a compulsão alimentar:
a) Artérias entupidas e diabetes. a) Coma somente aquilo que goste e evite
b) Perda de apetite. carboidratos.
c) Não altera em nada para o ser humano. b) Mastigue bem os alimentos
d) Apenas aumento de peso. c) Anotar aquilo que come diariamente
d) Planejar o que vai comer
14) Com todas as suas carências, o Brasil
também sofre com a obesidade: 40% da 19) O Índice de Massa Corporal é um número
população (mais de 65 milhões de pessoas) estão calculado a partir do peso e altura da pessoa. Ele
com excesso de peso. Qual o percentual de é um indicador da gordura corporal do corpo
adultos considerados obesos? humano. É representado pela sigla:
a) 12% dos adultos são obesos. a) MCI
b) 5% dos adultos são obesos. b) ICM
c) 25% dos adultos são obesos. c) IMC
d) 10% dos adultos são obesos. d) CMI
15) Num tempo em que as formas esguias e os 20) Preencha a lacuna e assinale
músculos esculpidos constituem um avassalador corretamente:
padrão de beleza, o excesso de peso e a “Para calcular o IMC basta pegar o peso da
obesidade transformaram-se na grande epidemia pessoa e dividir pela altura..............., em seguida
do planeta. Nos Estados Unidos qual o percentual verificar na tabela se está dentro dos padrões
de obesos atualmente? recomendados pela Organização Mundial da
a) 14%. Saúde - OMS.
b) 3%. a) Ao quadrado.
c) 10%. b) Vezes 3.
d) 20%. c) Vezes 2.
d) Ao cubo.
140
21) O cálculo do IMC ajuda a identificar se a Leia o texto com atenção e responda as
pessoa está com o seu peso proporcional à sua questões a seguir: “Mas, independentemente das
altura, abaixo ou acima, colocando em risco sua consequências, existe hoje uma unanimidade
saúde. Segunda a tabela para adultos acima de 20 entre os médicos para se considerar a própria
anos, uma pessoa está abaixo do seu peso ideal obesidade como uma doença. E o que é pior: uma
quando seu IMC for: doença crônica e incurável”.
a) Abaixo de 18,5
b) Igual a24. 24) Quando o obeso tem um aumento do
c) Entre 25 e 29,9. número de células adiposas a obesidade é:
d) Acima de 30. a) Fibrosa.
b) Plástica.
22) Calcule o IMC de uma pessoa de 60 Kg com c) Adiposa.
1,5 m de altura: d) Hiperplástica.
a) 2,66
b) 22,5 25) E no outro caso quando o obeso tem um
c) 26,6 aumento do peso das células adiposas a
d) 18,77 obesidade é:
a) Hipertrófica.
23) O resultado da questão acima indica que a b) Alotrópica.
pessoa está: c) Adiposa.
a) Abaixo de 18,5 (abaixo do peso) d) Fibrosa.
b) Entre 18,5 e 24,9 (peso normal)
c) Entre 25,0 e 29,9 (sobrepeso)
d) Acima de 30 (obesidade)
141
COPACABANA RUNNERS. Sedentarismo. Dísponível em;
<https://www.copacabanarunners.net/sedentarismo-2.html>. Último acesso: Dez. 2017.
SAÚDEESPORTIVA. IMC - Índice de Massa Corporal - O que é, como calcular, tabela de interpretação.
Dísponivel em: <https://www.saudeesportiva.com.br/imc.php>. Último acesso: Dez. 2017.
VILELA, Ana Luiza Miranda. O estresse do dia-a dia. Anatomia e Fisiologia Humanas. Disponível em:
<http://www.afh.bio.br/endocrino/endocrino3.asp>. Último acesso: Dez. 2017.
VILELA, Ana Luiza Miranda. Obesidade. Anatomia e Fisiologia Humanas. Disponível em:
<http://www.afh.bio.br/digest/digest4.asp>. Último acesso: Dez. 2017.
WIKIPÉDIA. Educação física. Dísponível em:

<https://pt.wikipedia.org/wiki/Educa%C3%A7%C3%A3o_f%C3%ADsica>. Último acesso: Dez. 2017.
142
143

Apostila de Exatas - 3º Ano-1

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Matemática – 3º Ano

Experimento Aleatório .................................................................................................................................................. 5

Conceito de Probabilidade ............................................................................................................................................ 6

Exercícios – Probabilidade ............................................................................................................................................ 8

Análise Combinatória ..................................................................................................................................................... 10

Permutações Circulares .............................................................................................................................................. 11

Arranjo Simples ........................................................................................................................................................... 12

Exercícios – Permutação ............................................................................................................................................. 13

Figuras Planas e Sólidos Geométricos ........................................................................................................................... 15

Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 16

Cálculo do Volume .................................................................................................................................................. 16

Classificação dos Triângulos .................................................................................................................................... 17

Teorema de Pitágoras ................................................................................................................................................. 18

Cálculo do Perímetro .............................................................................................................................................. 19

Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 19

Cálculo do Volume .................................................................................................................................................. 20

Cálculo do Perímetro .............................................................................................................................................. 20

Cálculo da Área ....................................................................................................................................................... 21

Cálculo do Volume .................................................................................................................................................. 21

Exercícios – Perímetro, Área e Volume ....................................................................................................................... 23

Noções Básicas de Estatísticas ....................................................................................................................................... 25

Exercícios – Estatística ................................................................................................................................................ 27

Noções Básicas de Matemática Financeira ................................................................................................................... 28

Juros Simples ............................................................................................................................................................... 29

Fórmula do Montante Simples ................................................................................................................................... 32

Fórmula do Montante Composto ............................................................................................................................... 33

Exercícios – Porcentagem, Montante Simples, Montante Composto ........................................................................ 34

Referência Bibliográfica ................................................................................................................................................. 35

 Jogar uma moeda e observar qual é a face virada para cima.

É o conjunto de todos os resultados possíveis de um experimento aleatório. A letra que representa o

 Lançando uma moeda e verificando a

 Lançando um dado e verificando a face

É qualquer subconjunto do espaço amostral.

No lançamento de um dado onde S = {1, 2, 3, 4, 5, 6}, serão exemplos de evento:

 Evento A: Ocorrência de um número ímpar, A = {1, 3, 5}

Se em um fenômeno aleatório as possibilidades são igualmente prováveis, então a probabilidade de

𝑛(𝑎) P(a) é a probabilidade de ocorrer um evento A

No lançamento de um dado, qual é a probabilidade de sair um número par?

Para transformar o resultado da probabilidade em percentual, devemos fazer a multiplicação do valor

1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 Valete Dama Rei

1) A história da teoria das probabilidades teve início 6) Sair bola azul

Texto para questões 3 e 4: Texto para questões 9, 10 e 11:

3) Qual a probabilidade de essa peça ser defeituosa? 9) Sair o número 3:

“n” é o número de itens, ou

Nota: O fatorial é a multiplicação de um número pelos seus antecessores até o número 1.

O número de anagrama da palavra SAPO:

10! 10! 10∙9∙8∙7∙6∙5∙4!

Podemos classificar com 151.200 maneiras distintas.

20) De quantas maneiras podemos arrumar 3 d) 95 040

Figuras Planas e Sólidos Geométricos

O quadrado é uma figura geométrica com quatro lados

O retângulo é um quadrilátero, este possui o

Área de uma região retangular

Área = C x L Área = 3 x 2 = 6 cm² A=LxL A = 2 x 2 = 4 cm²

Pode-se observar que o valor da área corresponde a certa quantidade de figuras,

Volume de paralelepípedo Volume de um cubo

Classificação dos Triângulos

Classificação quanto aos lados:

Classificação quanto aos ângulos:

Acutângulo Retângulo Obtusângulo

Calcule o valor do segmento desconhecido no triângulo retângulo a seguir.

Perímetro é a soma de todos os lados de qualquer figura geométrica.

Área é todo o espaço de uma superfície.