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Quarta - feira, 30 de Junho de 2021 Número 95

II SÉRIE

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO

UNIVERSIDADE DE S. TOMÉ E
PRÍNCIPE (USTP)

Despacho n.º 07/2020


Despacho n.º 09/2020
Despacho n.º 10/2020
750 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

UNIVERSIDADE DE S. TOMÉ E ANEXO


PRÍNCIPE (USTP)
Estatutos da Faculdade de Ciências e Tecno-
Despacho n.º 07/2020 logias da Universidade de São Tomé e Príncipe
(FCT-USTP)
Considerando que nos termos da alínea a) do n.º
1 do artigo 68.º dos Estatutos da Universidade de Preâmbulo
S. Tomé e Príncipe (USTP) existe a Faculdade de
Ciências e Tecnologias enquanto unidade orgânica A fim de adequar o funcionamento da Faculda-
de ensino e investigação; de de Ciências e Tecnologias, da Universidade de
São Tomé e Príncipe ao novo modelo de organiza-
Nos termos do artigo 69.º da USTP, as Unidades ção do ensino superior, nos termos do artigo 97.º,
Orgânicas criadas e dotadas de autonomia de ges- da Lei n.º 4/2017, torna-se necessário redefinir os
tão regem-se por estatutos próprios, homologados estatutos de modo a permitir a prossecução dos
pelo Reitor; seus objectivos e a satisfação das suas atribuições,
adequando a sua actividade às normas de rigor,
Tendo sido apresentados à homologação reito- princípios e valores que a habilitem a promover a
ral, nos termos do artigo 114.º dos Estatutos da criação, transmissão e difusão de ciência e tecno-
USTP, os Estatutos da Faculdade de Ciências e logia.
Tecnologias, foram aprovados pelo órgão compe-
tente, o Conselho da Unidade; Capítulo I
Disposições Gerais
O Reitor, ouvido o Conselho da Universidade
na sua reunião do dia 17 do mês de Outubro de Secção I
2019, no uso das competências que lhe são confe- Missão, atribuições e princípios
ridas na alínea w) do n.º 1 do artigo 27.º dos já
aludidos Estatutos, publicado no Diário da Repú- Artigo 1.º
blica nº 108, II Série de 01 de Outubro de 2020, Identidade, Missão
determina o seguinte:
A Faculdade de Ciências e Tecnologias da Uni-
1. São homologados os Estatutos da Faculdade versidade de São Tomé e Príncipe, adiante desig-
de Ciências e Tecnologias da Universidade de S. nada por FCT-USTP ou apenas Faculdade é uma
Tomé e Príncipe, os quais vão publicados em ane- unidade orgânica dessa instituição de ensino supe-
xo ao presente despacho. rior que tem por missão a criação, difusão e pro-
moção das Ciências e de Tecnologias.
2. Este despacho entra em vigor no dia seguinte
ao da sua publicação no Diário da República. Artigo 2.º
Símbolos
Reitoria da Universidade de S. Tomé e Príncipe,
17 de Novembro de 2020. 1. São símbolos da FCT-USTP o logótipo e a
bandeira.
Publique-se.
2. As cores da FCT-USTP são azul-claro e ver-
O Reitor melho.

Peregrino do Sacramento da Costa 3. O selo (carimbo) da FCT-USTP é o da Uni-


versidade de S. Tomé e Príncipe, acrescido da de-
signação da Unidade.
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Artigo 3.º Artigo 4.º


Atribuições Princípios

O cumprimento da missão referida no artigo an- A Faculdade deve nortear-se pelos princípios
terior é garantido pela existência de um projecto de:
científico, pedagógico e de intervenção diferenci-
ado, sustentável e de qualidade, levado a cabo pela a) Dignidade e integridade da pessoa e do seu
Faculdade, servido por subunidades orgânicas de- desenvolvimento ético, cultural, científico,
finidas de forma consistente e adequadamente es- artístico, profissional, social e económico;
truturadas, competindo àquela as seguintes atri-
buições: b) Igualdade respeito pela diversidade, parti-
cipação democrática, direito à informação,
a) A formação universitária ao mais alto nível pluralismo de opiniões e de orientações;
através de uma oferta educativa diversifi-
cada que compreende a formação graduada c) Liberdade de aprender, ensinar e investi-
e pós-graduada, bem como formação não gar;
conducente a grau, inicial e contínua, para
cientistas, técnicos, professores e profis- d) Liberdade de criação científica, tecnológi-
sionais de todos os outros sectores de acti- ca, artística e cultural;
vidade que integrem as valências referidas
na sua missão; e) Cultura de qualidade, fundada na respon-
sabilidade e na prevalência do interesse ge-
b) A realização de investigação sistemática e ral;
organizada, num quadro de referência in-
ternacional, nas áreas afins; f) Abertura à mudança sócio-cultural, numa
perspectiva de progresso da sociedade;
c) A transferência, o intercâmbio e a valoriza-
ção dos conhecimentos científicos e peda- g) Colegialidade, solidariedade universitária e
gógicos, através do desenvolvimento de bem-estar;
projectos de intervenção e de cooperação a
nível nacional e internacional, da realiza- h) Indissociabilidade da docência e da inves-
ção de programas e acções de educação e tigação científica;
formação contínua, no quadro mais geral
de uma interacção permanente com a soci- i) Ligação com a comunidade e cooperação
edade, numa base de valorização recíproca; estreita com outras instituições e outros
povos, com especial relevo para os de lín-
d) O intercâmbio científico, pedagógico e cul- gua portuguesa.
tural com instituições e organizações naci-
onais e estrangeiras, através da mobilidade Secção II
de estudantes, docentes, investigadores e Autonomia
pessoal não docente, de parcerias de ensi-
no, de investigação e de outras acções de Artigo 5.º
cooperação internacional, com destaque Autonomias
para os países de língua portuguesa;
1. A FCT-USTP goza, nos termos dos Estatutos
e) A promoção de actividades que possibili- da Universidade de São Tomé e Príncipe e dos
tem o acesso e a fruição de bens culturais presentes Estatutos, de autonomia estatutária, aca-
por todas as pessoas e grupos internos e ex- démica, cultural, científica, pedagógica, adminis-
ternos à Faculdade e à Universidade. trativa, financeira e patrimonial.
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2 - A Faculdade pode emitir regulamentos para d) Estabelecer os regimes de prescrição, pre-


a melhoria da organização e funcionamento, no cedência e passagem de ano;
respeito da lei, dos Estatutos da USTP e dos seus
próprios Estatutos. e) Definir as condições e os métodos de ensi-
no e escolher os processos de avaliação de
Artigo 6.º conhecimentos adequados;
Autonomia estatutária
f) Realizar práticas pedagógicas;
A FCT-USTP dispõe do direito de definir as
normas reguladoras do seu funcionamento através g) Executar a totalidade das actividades cien-
do poder de elaboração, aprovação e revisão dos tíficas, tecnológicas e culturais definidas
seus estatutos, no âmbito das competências para o pelos seus órgãos estatutários competentes;
efeito, conferidas pela lei e pelos estatutos da Uni-
versidade. h) Executar as demais actividades de índole
científica e ou pedagógica que, por lei, lhe
Artigo 7.º sejam adstritas.
Autonomia académica e cultural
Artigo 9.º
1. A FCT-USTP goza de autonomia académica Autonomia administrativa e competências de
exercida nos termos da lei, dos Estatutos da USTP gestão
e dos presentes Estatutos, nos domínios científico
e pedagógico, com responsabilidade social e pau- 1. A Faculdade goza de autonomia administrati-
tada por valores éticos, contribuindo para a reali- va e de competências de gestão nos termos gerais
zação dos objectivos estratégicos da Universidade do Direito e dos princípios da Administração Pú-
nas áreas e domínios afins. blica, devendo reger-se pelos princípios de eco-
nomia, eficiência, eficácia e transparência na utili-
2. No contexto da sua autonomia cultural, com- zação dos seus recursos e no cumprimento das
pete à Faculdade definir e promover livremente normas legais em vigor.
políticas e iniciativas de natureza cultural e de
divulgação científica, dirigidas ao meio académico 2. A autonomia administrativa e a competência
e à sociedade em geral. de gestão traduzem-se na capacidade dos seus di-
rigentes para autorizar a realização de despesas e
Artigo 8.º para praticar, no mesmo âmbito, actos administra-
Autonomia científica e pedagógica tivos definitivos no que se refere à gestão corrente.

A FCT dispõe de autonomia científica e peda- 3. Os actos de gestão corrente são todos aqueles
gógica, sendo que, no uso da mesma e no integral que integram a actividade que a Faculdade nor-
respeito pela lei, possui a capacidade específica malmente desenvolve para a prossecução das suas
para: atribuições.

a) Definir, programar e executar os seus pla- 4. Excluem-se do âmbito da gestão corrente os


nos de estudo, formação e investigação; actos que, nos termos da lei e dos presentes estatu-
tos, são da competência exclusiva dos órgãos de
b) Fixar, para cada curso, as regras de acesso, governo da Universidade, bem como a autorização
matrícula, inscrição, reingresso, transferên- para a realização de despesas cujo montante ou
cia e mudança de curso; natureza ultrapassem a execução, nos limites
aprovados.
c) Elaborar propostas dos planos de estudos,
bem como os programas das respectivas 5. A Faculdade goza dos seguintes poderes ao
disciplinas; nível da sua gestão financeira:
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a) Elaborar, aprovar e executar os planos anu- 2. No âmbito da sua autonomia patrimonial, a


ais e plurianuais, orçamentos e outros ins- FCT tem a capacidade de gerir o seu património
trumentos de gestão relativos às verbas de bem como adquirir, directamente, os bens móveis
funcionamento; e imóveis necessários ao seu funcionamento.

b) Elaborar o relatório e o mapa de execução Artigo 11.º


orçamental; Competências de gestão

c) Dispor das dotações provenientes do Or- 1. A FCT-USTP goza de competências de ges-


çamento Geral do Estado e demais receitas tão nos termos a definir pelos regulamentos pró-
disponibilizadas pelos órgãos competentes prios, devendo reger-se pelo princípio da eficácia,
da Universidade, nos termos de mecanis- eficiência e economicidade na utilização dos seus
mos claros de transferência que salvaguar- recursos, da transparência e do cumprimento das
dem a necessidade de garantir a coesão e o normas legais em vigor.
equilíbrio financeiro;
2. A competência de gestão traduz-se na capaci-
d) Dispor das receitas próprias provenientes dade dos seus dirigentes para autorizar a realiza-
das propinas e fundos arrecadados nos ter- ção de despesas e para praticar, no mesmo âmbito,
mos das leis; actos de administração definitivos no que se refere
à gestão corrente.
e) Dispor de receitas próprias provenientes de
projectos e de prestação de serviços, dedu- 3. Os actos mencionados no número anterior são
zidos os custos legais de funcionamento; todos aqueles que integram as actividades que a
Faculdade normalmente desenvolve para a prosse-
f) Realizar despesas que vierem a ser fixadas, cução das suas atribuições.
dentro dos limites legais, pelos órgãos
competentes da Faculdade e da Universi- 4. A Faculdade goza dos seguintes poderes ao
dade. nível da sua gestão financeira:

Artigo 10.º a) Elaborar, aprovar e executar os planos anu-


Autonomia financeira e patrimonial ais e plurianuais, orçamentos e outros do-
cumentos previsionais relativos às verbas
1. A Faculdade dispõe de autonomia financeira de funcionamento;
e nesse âmbito gere os valores das propinas, as
verbas anuais que lhe são atribuídas no Orçamento b) Elaborar o relatório e o mapa de execução
Geral do Estado ou adquiridas por iniciativa pró- orçamental;
pria, podendo:
c) Criar incentivos à obtenção de receitas
a) Elaborar e propor o seu orçamento, nos próprias;
termos previstos nos estatutos;
d) Dispor dos seus saldos, consignados e não
b) Gerir livremente os valores das propinas, consignados;
as verbas que anualmente lhe são atribuí-
das no Orçamento de Estado ou adquiridas e) Celebrar contractos e protocolos para a
por iniciativa própria; prestação de serviços e a aquisição de bens
e serviços;
c) Elaborar os seus programas plurianuais;
f) Convidar, contratar, avaliar e promover
d) Obter receitas e gerir anualmente através pessoal, docente e não docente, e conceder
de orçamento próprio. bolsas;
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g) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e como outras modalidades de formação não confe-
transferir verbas entre as rubricas e capítu- rentes de grau, previstos no mapa da oferta educa-
los orçamentais; tiva da USTP, nas áreas de sua actuação.

h) Dispor das dotações provenientes do Or- Artigo 15.º


çamento da Universidade ou do Estado, e Natureza dos projectos de investigação
demais receitas disponibilizadas pelos ór-
gãos competentes da Universidade, nos Para efeitos destes Estatutos, consideram-se
termos e mecanismos claros de transparên- projectos de investigação as actividades de inves-
cia que salvaguardem a necessidade de ga- tigação científica ou científico-tecnológica, com
rantir a coesão e o equilíbrio financeiro. objectivos específicos de duração limitada e com
execução programada no tempo, no domínio e nas
Capítulo II áreas de sua actuação.
Projectos de Investigação, de Ensino e de In-
teracção com a Sociedade Artigo 16.º
Natureza dos projectos de interacção com a
Artigo 12.º sociedade
Projectos
1. Os projectos de extensão constituem acções
Os projectos da Faculdade correspondem a acti- desenvolvidas pela Faculdade, integradas na sua
vidades que visam a realização da sua missão e missão, não inseridas directamente no âmbito do
atribuições e que, consoante a sua finalidade do- ensino ou investigação formais, visando a satisfa-
minante, podem ser de: ção de interesses ou necessidades da comunidade,
num quadro de reciprocidade.
a) Ensino;
2. Os projectos de extensão pela Faculdade po-
b) Investigação; e dem ser projectos de formação, de prestação de
serviços, culturais e de divulgação científica.
c) Extensão.
Capítulo III
Artigo 13.º Governo e Estrutura Interna da FCT-USTP
Domínio de desenvolvimento de projectos
Secção I
1. A FCT-USTP, de acordo com a sua autono- Modelo de Governo e Princípios de Gestão
mia e o enquadramento estabelecido pelos Estatu-
tos da Universidade de São Tomé e Príncipe, de- Artigo 17.º
senvolve projectos de ensino, investigação e de Governação e organização
interacção com a sociedade em vários domínios,
no âmbito das Ciências e das Tecnologias. 1. O governo da Faculdade baseia-se nos princí-
pios da participação, democraticidade e prestação
2. Os projectos podem ser desenvolvidos em de contas.
conjunto com outras unidades orgânicas de ensino
e investigação da USTP. 2. A Faculdade dispõe de competências de ges-
tão nos termos dos presentes estatutos e das leis do
Artigo 14.º país e dos estatutos da USTP.
Natureza dos projectos de ensino
3. A FCT-USTP fica sujeita à fiscalização fi-
Consideram-se projectos de ensino da FCT- nanceira da Universidade e do Estado.
USTP, os ciclos de estudos conducentes à obten-
ção de graus de licenciado, mestre e doutor, bem
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4. A Faculdade adopta os princípios de garantia Artigo 20.º


da qualidade fixada no país e outros que vierem a Competências do Conselho da Faculdade
ser promovidos pela USTP e pelos seus diversos
órgãos directivos, de acordo com as competências 1. Compete ao Conselho da Faculdade:
que lhes são atribuídas por estes estatutos.
a) Aprovar a criação, suspensão e extinção de
Secção II cursos afectos aos departamentos da Facul-
Órgãos dade;

Artigo 18.º b) Aprovar as alterações aos Estatutos da Fa-


Órgãos de Governo culdade, ouvidos o Conselho Científico e o
Conselho Pedagógico;
1. São órgãos de governo da Faculdade de Ciên-
cias e Tecnologias os seguintes: c) Apreciar o plano e orçamento, bem como o
relatório e as contas da Faculdade;
a) O Presidente;
d) Pronunciar-se sobre as medidas a tomar em
b) O Conselho da Faculdade; caso de vacatura do cargo, renúncia, inca-
pacidade ou impedimento do Presidente;
c) O Conselho Executivo e de Gestão;
e) Aprovar parcerias e colaboração interinsti-
d) O Conselho Científico; tucional no âmbito do ensino e da forma-
ção;
e) O Conselho Pedagógico.
f) Aprovar políticas e programas de formação
2. Pode a FCT-USTP criar o Conselho para a de docentes;
Qualidade e Avaliação.
g) Aprovar as propostas de plano e orçamen-
Artigo 19.º to, relatório anual e de contas e contratos-
Composição e funcionamento do Conselho da programa a celebrar com a Reitoria;
Faculdade
h) Aprovar o regimento da respectiva unidade
1. O Conselho da Faculdade é um órgão colegial orgânica;
de direcção executiva, composto por três professo-
res, sendo um deles o Presidente da Faculdade que i) Aprovar os regulamentos e planos curricu-
o preside, um estudante e um funcionário não do- lares dos cursos da FCT-USTP;
cente. À excepção do Presidente, os demais mem-
bros são eleitos entre os pares. j) Aprovar a criação dos departamentos na
FCT-USTP;
2. A eleição dos membros previstos no número
anterior é feita nos termos do regulamento próprio k) Apreciar outros assuntos que lhe sejam
a aprovar pelo Reitor. submetidos, por solicitação dos órgãos da
Faculdade.
3. O Conselho da Faculdade reúne ordinaria-
mente uma vez em cada trimestre, podendo reunir Artigo 21.º
de forma extraordinária sempre que convocado Presidente da Faculdade
pelo Presidente ou solicitado por dois terços dos
seus membros. O Presidente da FCT é o órgão unipessoal que
superiormente dirige e a representa.
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Artigo 22.º 10. O Presidente eleito toma posse perante o


Perfil e eleição do Presidente da FCT Reitor até trinta dias após a sua eleição.

1. O Presidente da Faculdade é um docente do Artigo 23.º


quadro da USTP, com a categoria profissional Competências do Presidente da Faculdade
mínima de Professor Associado, em efectividade
de funções, para um mandato de quatro anos, não 1. O Presidente da FCT-USTP é o órgão singu-
podendo cumprir consecutivamente mais do que lar que superiormente dirige e representa a mesma,
dois mandatos. cabendo-lhe a definição e condução da política da
instituição.
2. O Presidente é eleito em escrutínio secreto
pelo Colégio Eleitoral da Faculdade, cuja compo- 2. Compete ainda ao Presidente:
sição e funcionamento serão definidos por regu-
lamento próprio. a) Presidir ao Conselho da Faculdade, ao
Conselho Executivo e de Gestão, ao Con-
3. A eleição do Presidente da Faculdade realiza- selho Científico e ao Conselho Pedagógico,
se até 30 dias antes de concluir o mandato do Pre- podendo delegar parte das suas competên-
sidente cessante por um Colégio Eleitoral. cias;

4. Para a organização das eleições, o Conselho b) Aprovar o calendário e horário das tarefas
da Faculdade elege uma Comissão Eleitoral, com- lectivas, ouvidos o Conselho Científico e o
posta por um professor que a preside, um estudan- Conselho Pedagógico;
te e um funcionário não docente.
c) Executar as deliberações do Conselho Ci-
5. Os candidatos ao cargo do Presidente da FCT entífico e do Conselho Pedagógico, quando
deverão apresentar as suas candidaturas à Comis- vinculativas;
são Eleitoral no prazo máximo de 15 dias antes de
realização do acto eleitoral. d) Exercer o poder disciplinar estabelecido
pelo estatuto ou delegado pelo Reitor;
6. Se no prazo indicado no número anterior não
surgirem candidaturas, a votação pode incidir so- e) Elaborar a proposta de orçamento e o plano
bre qualquer docente do quadro da USTP, de anual de actividades, bem como o relatório
acordo com o ponto 1 do presente artigo. de actividades e as contas;

7. A eleição do Presidente da FCT realiza-se f) Designar os Directores de Departamentos,


consecutivamente entre os dois candidatos mais Coordenadores e Subcoordenadores de
votados até que um deles obtenha 50% mais um, curso, de acordo com os regulamentos pró-
do universo dos votantes. prios;

8. Os candidatos ao cargo do Presidente da FCT g) Homologar os responsáveis dos centros de


deverão reunir-se com os membros do Conselho investigação;
da Faculdade para apresentar a sua moção, sendo o
sorteio da ordem de apresentação da responsabili- h) Nomear o coordenador geral dos centros de
dade da Comissão Eleitoral. investigação, de acordo com o regulamento
próprio;
9. O Presidente cessante da FCT comunica, no
prazo de três dias úteis para efeito de homologa- i) Exercer as demais funções previstas na lei
ção, o resultado do acto eleitoral, ao Reitor. ou nos estatutos;
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j) Exercer as funções que lhe sejam delega- ganismos públicos dotados de autonomia
das pelo Reitor. administrativa e financeira;

3. O Presidente pode propor ao Reitor a nomea- c) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe se-
ção de até dois Vice-presidentes e três Pró- jam submetidos pelo Presidente.
presidentes, podendo delegar nestes parte das suas
competências. 4. O Conselho Executivo e de Gestão reúne com
os directores de departamento para se pronuncia-
4. Durante o exercício dos seus mandatos, o rem sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
Presidente e os Vice-presidentes estão dispensados pelo Presidente e sobre as matérias do âmbito das
das tarefas docentes e de investigação, podendo suas competências.
exercê-las em casos de necessidade da instituição
ou se assim o entenderem e nesta situação a com- 5. Servirá de secretário do Conselho, sem direito
pensação será em horas lectivas extraordinárias. a voto, o funcionário que para o efeito for desig-
nado por despacho do Presidente.
Artigo 24.º
Ausências ou Incapacidade Artigo 26.º
Composição, constituição e funcionamento do
1. Nas ausências, impedimentos ou quando se Conselho Científico
verifique a incapacidade temporária do Presidente
da FCT-USTP, assume as suas funções o Vice- 1. O Conselho Científico é o órgão que define e
presidente por si designado. E na impossibilidade superintende a política científica da FCT-USTP.
de o fazer assume as funções de Presidente o Vice-
Presidente mais antigo. 2. O Conselho Científico é composto pelos re-
presentantes dos órgãos abaixo referenciados:
2. Caso a situação prevista no número 1 se pro-
longue por mais de 120 dias, o Conselho da Fa- a) O Presidente da Faculdade que o preside
culdade, ouvido o Conselho Científico e o Conse- ou em quem ele delegar;
lho Pedagógico deve pronunciar-se acerca da
conveniência da eleição de um novo Presidente da b) Um Vice-presidente que coordena as acti-
FCT-USTP. vidades do Conselho;

Artigo 25.º c) Nove representantes dos professores e in-


Conselho Executivo e de Gestão vestigadores de carreira de maior categoria
profissional e dos Doutores que exercem
1. O Conselho Executivo e de Gestão é presidi- funções docentes e ou de investigação na
do pelo Presidente e integrado pelos Vice- Faculdade, em regime de tempo integral,
Presidentes e pelo Administrador da FCT-USTP. com contracto de duração não inferior a um
ano;
2. O Presidente tem voto de desempate.
d) Um máximo de dois representantes dos
3. Compete ao Conselho Executivo e de Gestão: Centros de Investigação;

a) Coadjuvar o Presidente na condução da po- e) Os directores dos departamentos.


lítica científica e pedagógica da Faculdade;
3. As representações previstas na alínea d) obe-
b) Coadjuvar o Presidente na condução da decem ao determinado no regulamento do respec-
gestão administrativa, patrimonial, finan- tivo Centro.
ceira e dos recursos humanos, sendo-lhe
aplicável a legislação em vigor para os or-
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4. O Regimento do Conselho Científico, apro- 2. A audição do Director de departamento na


vado por este órgão, define o seu funcionamento. forma presencial é obrigatória para as matérias
constantes das alíneas c), d), e), i), j) e k) no que
Artigo 27.º respeitar ao respectivo departamento.
Competências do Conselho Científico
3. Os membros do conselho científico não po-
1. Compete ao Conselho Científico, dentre ou- dem pronunciar-se sobre assuntos referentes:
tros:
a) A actos relacionados com a carreira de do-
a) Aprovar o seu regimento; centes com categoria superior à sua;

b) Apreciar o plano de actividades científicas b) A concursos ou provas em relação aos


da Faculdade; quais reúnam as condições para serem opo-
sitores ou porque podem ter qualquer outro
c) Pronunciar-se sobre a criação, transforma- interesse directo na causa.
ção ou extinção de unidades de ensino e de
investigação; Artigo 28.º
Composição e funcionamento do Conselho
d) Deliberar sobre a distribuição do serviço Pedagógico
docente, sujeitando à homologação do Pre-
sidente; 1. O Conselho Pedagógico é composto por ele-
mentos dos órgãos abaixo referenciados e nomi-
e) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de nados:
estudos e aprovar os planos de estudos dos
ciclos de estudos ministrados; a) O Vice-presidente, designado pelo Presi-
dente da Faculdade que o preside;
f) Propor ou pronunciar-se sobre a concessão
de títulos ou distinções honoríficas, medi- b) Os Directores dos departamentos;
ante voto favorável de 2/3 dos seus mem-
bros em efectividade de funções; c) Os Coordenadores dos cursos dos diferen-
tes ciclos de estudos promovidos pela Fa-
g) Propor ou pronunciar-se sobre a instituição culdade, bem como de um representante de
de prémios escolares; cada unidade orgânica da Universidade que
tenha participação específica nesses ciclos
h) Propor ou pronunciar-se sobre a realização de estudos;
de acordos e de parcerias internacionais;
d) Um estudante de cada ciclo de estudos.
i) Propor a composição dos júris de provas e
de concursos académicos; 2. O Conselho Pedagógico reúne-se ordinaria-
mente duas vez por semestre podendo reunir-se de
j) Praticar os outros actos previstos na lei re- forma extraordinária sempre que convocado pelo
lativos à carreira docente e de investigação Presidente ou solicitado por um mínimo de dois
e ao recrutamento de pessoal docente e de terços dos seus membros
investigação;
3. Nas reuniões do Conselho Pedagógico podem
k) Pronunciar-se sobre as propostas de nome- participar, sem direito a voto, elementos externos
ação dos Coordenadores e Comissões Ci- ao Conselho, nos termos previstos no respectivo
entíficas dos cursos. regulamento.
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Artigo 29.º b) Promoção do sucesso escolar;


Competências do Conselho Pedagógico
c) Promoção da participação dos alunos em
1. Compete ao Conselho Pedagógico: actividades de investigação científica;

a) Aprovar o regulamento de avaliação do d) Organização e apoio a estágios de forma-


aproveitamento dos estudantes; ção profissional;

b) Promover a realização de inquéritos regula- e) Preparação dos programas de mobilidade


res ao desempenho pedagógico da FCT- internacional de estudantes;
USTP, bem como a sua análise e divulga-
ção; f) Integração dos novos alunos na vida da
FCT-USTP, com particular atenção aos es-
c) Promover a realização da avaliação do de- tudantes portadores de deficiência, aos tra-
sempenho pedagógico dos docentes, bem balhadores-estudantes e aos estudantes es-
como a sua análise e divulgação; trangeiros.

d) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de 3. O Conselho Pedagógico exerce as suas com-


estudos e sobre os planos dos ciclos de es- petências no quadro das orientações para a promo-
tudos ministrados; ção da qualidade pedagógica definidas pela Uni-
versidade.
e) Pronunciar-se sobre o regime de prescri-
ções; 4. O Conselho pode delegar parte das suas com-
petências no seu Presidente.
f) Pronunciar-se sobre o calendário lectivo e
os mapas de exames; Artigo 30.º
Administrador
g) Pronunciar-se sobre a instituição de pré-
mios escolares; 1. A Faculdade dispõe de um Administrador,
escolhido pelo Presidente, de entre professores e
h) Apreciar queixas relativas a questões de funcionários com capacidade e experiência na ma-
natureza pedagógica e propor as providên- téria de gestão, ao qual compete, nomeadamente:
cias necessárias;
a) Orientar e coordenar as actividades dos
i) Pronunciar-se sobre as orientações peda- seus serviços, de acordo com as directivas
gógicas e os métodos de ensino e de avali- do presidente e dos regulamentos da Uni-
ação; versidade;

j) Exercer as demais competências que lhe b) Elaborar o orçamento e plano de activida-


sejam conferidas pelos presentes Estatutos des, bem como o relatório de actividades e
e pelos Estatutos da USTP. as contas e submeter ao Presidente;

2. Compete ainda ao Conselho Pedagógico co- c) Dirigir o pessoal não docente e não inves-
adjuvar o Presidente da Faculdade na: tigador, sob orientação do Presidente da
Faculdade;
a) Definição e na execução de uma política
activa de qualidade pedagógica, com o ob- d) Supervisionar os planos de formação do
jectivo de proporcionar um ambiente favo- pessoal não docente e não ligado à investi-
rável ao ensino e a aprendizagem; gação;
760 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

e) Assistir tecnicamente os órgãos da Facul- prios e de metodologias e técnicas de investigação


dade; específicas.

f) Elaborar estudos, pareceres e informações, 2. À altura da homologação dos presentes Esta-


relativos à gestão da Faculdade; tutos a FCT-USTP inclui os seguintes Departa-
mentos:
g) Recolher, sistematizar e divulgar legislação
com interesse para a actividade da Facul- a) Ciências da Natureza, da Vida e do Ambi-
dade; ente;

h) Informar e submeter a despacho do Presi- b) Ciências Humanas, Sociais e Artes;


dente todos os assuntos relativos a questões
de natureza técnica e administrativa; c) Ciências Exactas, Tecnologias e Engenha-
rias;
i) Passar certidões dos documentos constan-
tes dos processos à sua guarda; d) Ciências Económicas e Empresariais;

j) Assinar as declarações, certificados de fre- e) Línguas.


quência e outros documentos de natureza
administrativa; 3. Cabe ao Conselho Científico da FCT-USTP
propor a criação, transformação, cisão, fusão e
k) Exercer as demais competências ou que lhe extinção de Departamentos, competindo ao Reitor
sejam delegadas pelo Presidente. a sua aprovação, com o parecer favorável do Con-
selho da Faculdade.
2. O Administrador trabalha em estreita colabo-
ração com o Administrador geral da Universidade. 4. A criação e o funcionamento de um departa-
mento são feitos de acordo com o regulado no
Capítulo IV Regulamento Geral dos Departamentos.
Estrutura Orgânica da FCT-USTP
5. Os Departamentos criados ao abrigo deste ar-
Artigo 31.º tigo passam a fazer parte da estrutura orgânica da
Estrutura geral Faculdade sem necessidade de se observar o pro-
cedimento de alteração dos Estatutos.
A FCT-USTP estrutura-se em Departamentos,
Centros e Unidades de Investigação. 6. Sem prejuízo da unidade da Faculdade e no
respeito das competências e decisões dos respecti-
Secção I vos órgãos centrais, os Departamentos gozam de
Departamentos autonomia pedagógica e científica.

Artigo 32.º 7. Apenas os professores, assistentes e investi-


Natureza dos Departamentos gadores podem ser recrutados para os departamen-
tos, em regime de nomeação ou com contracto por
1. A estrutura orgânica da FCT-USTP assenta meio de concursos específicos.
fundamentalmente nos Departamentos, que são
unidades de ensino e investigação e de prestação 8. Podem ser recrutados, para os departamentos,
de serviços à comunidade e que correspondem a docentes convidados, de acordo com o estatuído
uma área fundamental e consolidada do saber ou a nos estatutos da carreira docente.
um conjunto de áreas com inequívoca ligação en-
tre si, delimitadas em função de objectivos pró- 9. Os Departamentos não podem ter subdivisões
orgânicas.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 761

10. Os Departamentos dispõem de serviços de Artigo 35.º


apoio à gestão. Composição e Competências do Conselho do
Departamento
Artigo 33.º
Membros dos Departamentos 1. O Conselho do Departamento é composto pe-
los docentes preferencialmente doutorados do De-
1. Todos os professores, assistentes e investiga- partamento.
dores do quadro do pessoal docente e de investi-
gação e os com contracto com a FCT-USTP têm 2. Compete ao Conselho do Departamento:
de estar afectados aos Departamentos.
a) Assegurar, no seu âmbito de actuação, o
2. Os investigadores dos Centros de Investiga- normal funcionamento e progresso dos pro-
ção com contracto com a FCT-USTP são afecta- jectos em que o departamento esteja envol-
dos a um Departamento em função da área do sa- vido;
ber a que se dedicam, ouvidos os próprios, os
Centros e os Departamentos envolvidos. b) Aprovar o plano e o relatório anual de acti-
vidades;
3. As mudanças de Departamento carecem de
autorização do Presidente da Faculdade, ouvidos c) Eleger o seu Director, dentre docentes de
os Departamentos envolvidos. maior categoria profissional;

4. Em cada ano o Presidente da Faculdade pu- d) Propor a distribuição do serviço docente


blica a lista dos membros dos Departamentos, es- pelos membros do Departamento;
pecificando a capacidade eleitoral de cada um, em
conformidade com a Lei, os estatutos da Universi- e) Propor os planos e programas de formação
dade de S. Tomé e Príncipe e os presentes estatu- do pessoal docente;
tos.
f) Pronunciar-se sobre a criação, reestrutura-
Artigo 34.º ção ou extinção de projectos de ensino em
Órgãos dos Departamentos que o Departamento seja parte intervenien-
te;
1. Os Departamentos têm os seguintes órgãos de
governo: g) Propor ao Conselho Científico a composi-
ção dos júris para as provas académicas no
a) O Conselho de Departamento; âmbito do Departamento;

b) O Director; h) Emitir parecer, quando necessário, sobre a


admissão de candidatos ao doutoramento;
2. Os Departamentos podem, no âmbito do seu
regulamento, constituir outros órgãos que assu- i) Emitir parecer sobre os projectos de tese de
mam algumas das funções cometidas ao Conselho doutoramento e propor ao conselho cientí-
de Departamento, desde que o seu tamanho o justi- fico a nomeação dos respectivos orientado-
fique e que seja aprovado pelo Presidente da Fa- res;
culdade.
j) Emitir pareceres, quando se justifique, so-
bre os relatórios de progresso das activida-
des dos candidatos a doutoramento;

k) Emitir pareceres sobre as propostas de li-


cença sabática e respectivos relatórios;
762 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

l) Propor o recrutamento do pessoal docente b) Representar o Departamento;


para o Departamento;
c) Convocar e conduzir as reuniões do Conse-
m) Pronunciar-se sobre a abertura de concur- lho do Departamento e das demais comis-
sos para as vagas de professores do quadro sões quando existam;
e a contratar;
d) Submeter ao Conselho do Departamento a
n) Elaborar o regulamento do Departamento; proposta do plano de actividades e o relató-
rio anual, a apresentar ao Conselho da
o) Exercer as demais competências que lhe FCT-USTP;
sejam delegadas pelo Conselho da FCT-
USTP. e) Coordenar a gestão dos recursos materiais,
afectos ao Departamento;
Artigo 36.º
Funcionamento do Conselho do Departamen- f) Garantir a realização das eleições previstas
to nos estatutos da Faculdade referentes ao
Departamento e submeter ao Presidente pa-
1. O Conselho do Departamento funciona em ra homologação dos resultados;
plenário e em comissões restrita a docentes de
maior categoria profissional, cuja composição é g) Coordenar a elaboração dos mapas de dis-
definida no respectivo regulamento. tribuição do serviço docente;

2. O Conselho do Departamento pode ainda h) Exercer as delegações de competências que


funcionar em comissões eventuais, cuja constitui- lhe forem atribuídas pelos órgãos da Fa-
ção, composição e competências são aprovadas culdade;
pelo plenário.
i) Exercer, em permanência, as funções que
3. A periodicidade das reuniões do Conselho de lhe forem cometidas pelo Conselho do De-
Departamento, em plenário ou em comissões, é partamento.
definida no respectivo regulamento.
4. O Director pode delegar em qualquer outro
Artigo 37.º membro do Conselho de Departamento a presi-
Director do Departamento dência das comissões criadas no seio do Conselho.

1. O Director do Departamento é um Professor 5. O mandato do Director do Departamento é de


de maior categoria profissional do Departamento quatro anos, renovável por duas vezes.
pertencente ao quadro, eleito pelo plenário do
Conselho do Departamento. 6. O Director pode delegar competências num
Director-adjunto, que assegura as suas funções no
2. Em situações devidamente fundamentadas, caso de ausência ou de impedimento.
por decisão do Presidente da FCT-USTP, sob pro-
posta do Conselho do Departamento, o Director Artigo 38.º
pode ser eleito de entre o conjunto dos Professores Dever de cooperação
do Departamento.
O Director do Departamento deve cooperar com
3. Compete ao Director do Departamento: os órgãos de governo da FCT-USTP no cumpri-
mento das linhas de orientação por estes aprova-
a) Presidir ao Conselho do Departamento e às das.
suas comissões;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 763

Secção II b) Acompanhar o funcionamento do curso em


Coordenação de curso ligação com os Coordenadores dos Depar-
tamentos;
Artigo 39.º
Natureza das Coordenações de curso c) Fazer a gestão curricular e pedagógica dos
respectivos cursos;
As coordenações de curso têm como missão a
gestão curricular e pedagógica dos cursos, procu- d) Participar na elaboração de propostas de
rando interpretar e dar cumprimento às orientações criação, reestruturação e extinção dos cur-
estratégicas definidas. sos;

Artigo 40.º e) Definir e operacionalizar as linhas estraté-


Composição das Coordenações de Curso gicas da formação e os critérios de articu-
lação de métodos e conteúdos no âmbito do
1. As coordenações de curso são propostas por curso que coordena;
listas aprovadas em Conselho Científico.
f) Garantir a operacionalização e a organiza-
2. A destituição ou substituição de parte da ção das práticas profissionais;
equipa de Coordenação de Curso são igualmente
competências do Conselho Científico. g) Promover e garantir a execução das acções
necessárias ao desenvolvimento e à imple-
3. Cada equipa de coordenação de curso deve mentação do curso que gere e de outras ac-
ter no máximo dois elementos. Um coordenador e tividades e programas de formação sob a
um coordenador adjunto. sua responsabilidade;

4. O Coordenador do curso é um professor de h) Propor critérios para o estabelecimento dos


maior categoria profissional, eleito de entre os horários dos cursos e respectivos calendá-
docentes do quadro que lecionam no respectivo rios de frequência e de exame;
curso.
i) Participar nos processos de avaliação inter-
5. Na impossibilidade do cumprimento do ponto na e externa de Unidades Curriculares e
4, pode ser eleito um professor de entre os docen- Cursos, em concertação com outros órgãos
tes que leccionam no respectivo curso. de governo.

6. O mandato dos coordenadores é de dois anos 2. Os estudantes de cada curso elegem anual-
renováveis. mente um representante que é o interlocutor prin-
cipal do Coordenador do curso nas matérias rele-
Artigo 41.º vantes para os estudantes no domínio pedagógico-
Competências das Coordenações de Curso didáctico ou de cariz extracurricular.

1. Compete a cada Coordenação de Curso, nos Secção III


domínios que lhe são próprios e sem prejuízo da Centro de Estudo e de Investigação
articulação com outras Coordenações de Curso:
Artigo 42.º
a) Zelar pela qualidade do curso, no âmbito Natureza dos Centros de Estudo e de Investi-
do Sistema de Gestão da Qualidade do Ins- gação
tituto, nos termos definidos nos Estatutos
da USTP; 1. Os Centros de Investigação são criados de
acordo com o artigo 17.º dos Estatutos da USTP e
do Regulamento aprovado pelo Conselho da Uni-
764 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

versidade e têm por objectivo a realização de acti- c) Aprova o orçamento, plano e relatório de
vidades de investigação científica e tecnológica, actividades e de contas, que carecem de
cultural e em engenharias, a formação de investi- homologação pelo Presidente da FCT-
gadores e a prestação à comunidade de serviços USTP;
avançados de investigação e desenvolvimento.
d) Assegura a articulação das actividades do
2. Os Centros de Investigação são orientados Centro com as linhas orientadoras da Fa-
pelo Conselho Científico da Faculdade, coordena- culdade e da Universidade.
dos e articulados, ao nível da Universidade, pelo
Centro de Estudos para o Desenvolvimento da 8. Compete ao Conselho da da FCT-USTP
Universidade. aprovar a criação e extinção de Centros internos.

3. Os Centros de Investigação da Faculdade têm Artigo 44.º


um Director que é eleito nos termos dos respecti- Integração de Centros de Investigação na
vos regulamentos. FCT-USTP

Artigo 43.º 1. Para que um Centro de Investigação integre a


Centros de Investigação internos FCT-USTP, de acordo com os estatutos da USTP
e dos Regulamentos próprios, tem de satisfazer as
1. Os Centros de Investigação internos são seguintes condições:
aqueles que integram a FCT-USTP e cujas contas
nela são executadas. a) Desenvolver a sua actividade no quadro
dos objectivos estratégicos e das políticas
2. Os Centros internos regem-se por regulamen- comuns de garantia e de gestão da qualida-
tos próprios, aprovados pela sua Comissão Cientí- de definidos pelos órgãos competentes da
fica e homologados pelo Presidente da FCT- Universidade e da Faculdade;
USTP.
b) Cumprir regras de organização e funcio-
3. São órgãos de governo dos centros internos o namento compatíveis com o disposto nas
Director do Centro e a Comissão Científica. normas regulamentares;

4. O Director é eleito pela Comissão Científica c) Referir a Universidade de S. Tomé e Prín-


para um mandato de três anos. cipe e, sempre que possível, a Faculdade,
nos relatórios, publicações e quaisquer ou-
5. O Director representa o Centro, preside à tros resultados dos trabalhos desenvolvidos
Comissão Científica e convoca as suas reuniões, no Centro;
prepara o orçamento, plano e relatório de activida-
des e de contas, e dirige o Centro. d) Nas publicações científicas, seguir as nor-
mas de afiliação aprovadas pela Universi-
6. A Comissão Científica representa os investi- dade e pela Faculdade;
gadores do Centro e tem mandato de três anos.
e) Aceitar que a Faculdade possa delegar nos
7. A Comissão Científica: seus investigadores algumas tarefas, nome-
adamente lectivas e de avaliação de estu-
a) Define a actividade de investigação do dantes, em termos a acordar;
Centro;
f) Aceitar as regras financeiras definidas pela
b) Define as linhas orientadoras da utilização Universidade e pela Faculdade, com vista a
dos equipamentos e infra-estruturas afectas uma adequada partilha de receitas e despe-
ao Centro; sas;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 765

g) Todo o seu equipamento científico e mate- Investigação que não integrem a FCT-USTP, em
rial bibliográfico, existente ou a adquirir, caso de interesse estratégico para a Faculdade re-
estar ao serviço da Faculdade. conhecido pelo Conselho Científico.

2. Os Centros de Investigação com contas exe- Artigo 46.º


cutadas na FCT-USTP estão sujeitos a toda a regu- Recursos humanos e materiais dos Departa-
lamentação da FCT-USTP e da USTP. mentos e Centros de Investigação

3. Os Centros de Investigação integrados na A FCT-USTP afectará aos departamentos os re-


FCT-USTP cujas contas não são executadas na cursos humanos e materiais para a prossecução
Faculdade: dos seus objectivos no enquadramento institucio-
nal. Poderá ainda afectar meios para os centros de
a) Não podem integrar outra Instituição de investigação, nomeadamente para actividades de
Ensino Superior ou outra Faculdade ou Ins- investigação de carácter multidisciplinar.
tituto da USTP;
Secção IV
b) Sendo de natureza privada, deve a Facul- Serviços da Faculdade de Ciências e Tecno-
dade ter uma representação como sócia da logias
entidade jurídica que suporta o centro.
Artigo 47.º
4. O Conselho Científico pode aprovar derroga- Serviços de apoio
ções ao estabelecido na alínea b) do número ante-
rior com base no interesse excepcional para a Fa- 1. A FCT-USTP dispõe dos serviços necessários
culdade, detalhadamente fundamentado. para assegurar a prossecução das suas atribuições
e o exercício das competências dos seus órgãos e,
5. Nos casos em que um Centro de Investigação ainda, para prestar o apoio conveniente às unida-
não satisfaça uma ou mais das condições expressas des de ensino e de investigação.
nas alíneas c), d) e g) do número 1 e alínea a) do
número 3, poderá mesmo assim um seu subgrupo 2. Os serviços referidos no número anterior de-
integrar a FCT-USTP, desde que ele cumpra essas vem articular-se com os serviços correspondentes
condições e seja constituído por pelo menos cinco da Universidade.
membros com contracto a tempo integral com a
FCT-USTP de duração não inferior a um ano. 3. A organização dos serviços da FCT-USTP é
determinada pelo Presidente, constando de regu-
6. Todos os Centros de Investigação integrados lamento aprovado por este.
na Faculdade adquirem o direito de utilizar os
símbolos da Faculdade, assumindo, corresponden- Artigo 48.º
temente, o dever de os colocar em situação de des- Serviços de extensão
taque nas suas publicações e documentos.
1. Os projectos de extensão promovidos pela
Artigo 45.º Faculdade organizam-se em serviços de carácter
Membros dos Centros de Investigação interdepartamental em articulação com os centros
de investigação afins.
1. As entradas dos docentes e investigadores da
FCT-USTP em Centros de Investigação são feitas 2. O Conselho da Faculdade é o órgão respon-
com o acordo do Presidente da Faculdade, em sável pela criação, fusão ou extinção dos serviços
cumprimento da política científica da FCT-USTP. de extensão, bem como pela aprovação do seu
regulamento, plano anual de actividades e respec-
2. Os docentes e investigadores da FCT-USTP tivo relatório.
podem ser autorizados a pertencer a Centros de
766 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

3. Os professores e investigadores da FCT- f) O produto da venda de bens imóveis,


USTP podem propor ao Conselho da Faculdade a quando autorizada nos termos da lei, assim
criação de serviços de extensão mediante a apre- como de outros bens;
sentação da respectiva fundamentação, equipa
proponente e plano de actividades para o primeiro g) Os juros dos valores depositados;
ano de funcionamento.
h) Os saldos da conta de gerência de anos an-
4. Os serviços de extensão ao nível da FCT- teriores;
USTP, devem contemplar, entre outras, as dimen-
sões da: i) O produto de empréstimos contraídos;

a) Formação contínua de profissionais nos di- j) O produto de taxas, emolumentos, multas,


versos domínios; penalidades e quaisquer outras receitas que
legalmente lhe sejam devidas.
b) Cooperação e intercâmbio no campo edu-
cacional e no domínio científico; 2. A FCT-USTP pode:

c) Inovação e avaliação educacionais. a) Criar incentivos à obtenção de receitas


próprias;
Secção V
Património e Recursos Financeiros b) Dispor dos seus saldos, consignados e não
consignados;
Artigo 49.º
Património c) Celebrar contractos e protocolos para a
prestação de serviços e a aquisição de bens
Constitui património da FCT-USTP o conjunto e serviços;
de bens e direitos que, pelo Estado ou outras enti-
dades, públicas ou privadas, sejam afectados à d) Contratar, avaliar e promover pessoal, do-
realização dos seus objectivos. cente e não docente, e conceder bolsas;

Artigo 50.º e) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e


Recursos Financeiros transferir verbas entre as rubricas e capítu-
los orçamentais.
1. São receitas da FCT:
Artigo 51.º
a) As dotações que lhe forem concedidas pelo Cooperação com outras instituições
Estado;
1. A FCT-USTP pode, nos termos da lei, dos
b) Os rendimentos de bens próprios ou de que Estatutos e das linhas gerais de orientação da
tenha a fruição; USTP, estabelecer contractos, protocolos e outros
acordos com outras instituições, públicas ou pri-
c) As provenientes do pagamento de propi- vadas, nacionais ou estrangeiras, com vista ao de-
nas; senvolvimento de cursos, projectos de investiga-
ção e outras acções conjuntas, de interesse mútuo,
d) As resultantes da prestação de serviços à que se enquadrem na natureza, missão, fins e es-
comunidade e da venda de publicações; tratégia da FCT-USTP.

e) Os subsídios, subvenções, comparticipa- 2. Os contractos, protocolos e acordos previstos


ções, doações, heranças e legados; no número anterior, são celebrados em nome da
Universidade, e podem ser assinados pelo Presi-
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 767

dente da Faculdade no âmbito da delegação de mento dos antigos estudantes com a Faculdade e
competências efectuada pelo Reitor. promover a sua colaboração para a prossecução
dos objectivos da Faculdade.
Artigo 52.º
Associações privadas Capítulo VI
Disposições finais e transitórias
A FCT-USTP pode participar em Associações
Privadas sem Fins Lucrativos, nos termos legais, Artigo 56.º
desde que estas estejam em alinhamento de gestão Constituição dos órgãos da FCT-USTP
com a FCT-USTP e contribuam para o cumpri-
mento da missão e das linhas estratégicas da Fa- Os órgãos da FCT-USTP previstos nos presen-
culdade. tes estatutos deverão estar constituídos e em con-
dições de iniciar as suas funções no prazo máximo
CAPÍTULO V de 180 dias a contar da data da entrada em vigor
Estudantes destes.

Artigo 53.º Artigo 57.º


Associação de Estudantes Regulamentos dos Centros de Investigação
Internos
De acordo com a legislação em vigor, os estu-
dantes da FCT-USTP dispõem de uma associação, 1. A elaboração dos regulamentos dos Centros
designada Associação dos Estudantes da Faculda- de Investigação é efectuada, em cada Centro, por
de de Ciências e Tecnologias (AEFCT-USTP), uma Comissão com representantes dos grupos de
que representa os estudantes da Faculdade, consti- investigação.
tuindo-se como porta-voz dos estudantes em todos
os assuntos que digam respeito à vida escolar, sem 2. O prazo para a elaboração dos regulamentos é
prejuízo das disposições gerais relativas à partici- de cento e oitenta dias depois da entrada em vigor
pação dos estudantes na gestão da instituição. dos presentes Estatutos.

Artigo 54.º Artigo 58.º


Estudantes em órgãos eleitos Revisão dos Estatutos

Os estudantes que integrem órgãos eleitos da 1. Os Estatutos podem ser objecto de revisão
USTP, da FCT-USTP, da direcção da Associação ordinária quatro anos após a sua entrada em vigor
dos Estudantes da Faculdade de Ciências e Tecno- e ou quatro anos após a data da publicação da úl-
logias da USTP (AEFCT-USTP) ou de Federação tima revisão.
Académica da USTP onde esta esteja representa-
da, devem ser objecto de condições de frequência 2. A revisão extraordinária pode ter lugar em
e avaliações académicas e especiais, de acordo qualquer momento, por deliberação do Conselho
com as normas legais em vigor. da Faculdade, aprovada por maioria de dois terços
dos seus membros em efectividade de funções.
Artigo 55.º
Associação de Antigos Estudantes 3. As propostas de alteração dos Estatutos po-
dem ser apresentadas por qualquer dos membros
Os antigos estudantes da FCT-USTP dispõem do Conselho da Faculdade ou pelo Presidente.
de uma associação, designada Associação de An-
tigos Estudantes da Faculdade de Ciências e Tec-
nologias da USTP (AAEFCT), de que podem fa-
zer parte todos os antigos estudantes de qualquer
ciclo de estudos, e que visa estreitar o relaciona-
768 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

Artigo 59.º Reitoria da Universidade de S. Tomé e Príncipe,


Dúvidas e omissões 22 de Dezembro de 2020.- O Reitor, Peregrino do
Sacramento da Costa.
As dúvidas e omissões suscitadas na aplicação
dos presentes Estatutos são resolvidas pelo Conse- ANEXO
lho da Faculdade.
Estatuto do Instituto Superior de Educação e
Artigo 60.º Comunicação da Universidade de São Tomé e
Entrada em vigor Príncipe (ISEC-USTP)

Os presentes Estatutos entram em vigor no pri- Preâmbulo


meiro dia útil após a sua publicação no Diário da
República, na sequência da sua homologação pelo A Universidade de São Tomé e Príncipe define
Reitor da Universidade. como rumo estratégico a abertura à sociedade e
uma política activa de transferência de conheci-
Despacho n.º 09/2020 mento e de inovação tecnológica, designadamente
em domínios de fronteira e em programas de liga-
Considerando que nos termos da alínea a) do n.º ção entre diferentes grupos de disciplinas, cen-
1 do artigo 68.º dos Estatutos da Universidade de trando a sua acção numa cultura de sustentabilida-
S. Tomé e Príncipe (USTP) existe o Instituto Su- de, de cidadania responsável e de partilha, que
perior da Educação e Comunicação, enquanto uni- valorize o pensamento crítico e a liberdade de ex-
dade orgânica de ensino e investigação; pressão, as vivências culturais, artísticas e a afir-
mação da língua portuguesa e da cultura são-
Nos termos do artigo 69.º dos Estatutos da tomense no mundo.
USTP as Unidades Orgânicas criadas e dotadas de
autonomia de gestão regem-se por estatutos pró- A fim de adequar o funcionamento do Instituto
prios, homologados pelo Reitor; Superior de Educação e Comunicação, da Univer-
sidade de São Tomé e Príncipe ao novo modelo de
Tendo sido apresentados à homologação reito- organização do ensino superior, nos termos do
ral, nos termos do artigo 114.º dos Estatutos da artigo 97.º, da Lei n.º 4/2017, torna-se necessário
USTP, os Estatutos do Instituto Superior da Edu- redefinir os estatutos de modo a permitir a prosse-
cação e Comunicação, aprovados pelo órgão com- cução da sua missão, visão, dos valores e objecti-
petente, o Conselho da Unidade; vos, com vista à satisfação das suas atribuições,
adequando a sua actividade às normas de rigor,
O Reitor, ouvido o Conselho da Universidade princípios e valores que a habilitem a promover a
na sua reunião do dia 17 do mês de Outubro de criação, transmissão e difusão da educação, for-
2019, no uso das competências que lhe são confe- mação, comunicação e cultura, de acordo com a
ridas pela alínea w) do n.º 1 do artigo 27.º dos já suas responsabilidades e estratégias.
aludidos Estatutos, publicado no Diário da Repú-
blica nº 108, II Série de 01 de Outubro de 2020, Capítulo I
determina o seguinte: Disposições gerais

São homologados os Estatutos do Instituto Su- Secção I


perior da Educação e Comunicação da Universi- Princípios fundamentais
dade de S. Tomé e Príncipe, os quais são publica-
dos em anexo ao presente despacho e que dele Artigo 1.º
fazem parte integrante. Denominação e natureza

Este despacho entra em vigor no dia seguinte ao 1. O Instituto Superior da Educação e Comuni-
da sua publicação no Diário da República. cação, adiante designado por ISEC ou por Instituto
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 769

é uma pessoa jurídica do direito público, enquanto professores, jornalistas, e profissionais nas
instituição de Ensino Superior, dotado de autono- áreas de audiovisual, multimédia, publici-
mia nos termos da lei, dos Estatutos da Universi- dade, marketing e design, relações públi-
dade de S. Tomé e Príncipe e dos presentes Estatu- cas, comunicação assim como de outros
tos. técnicos e agentes de formação e interven-
ção socioeducativa para todos os níveis do
2. O ISEC é uma unidade orgânica da Universi- sistema educativo escolar e não escolar, es-
dade de São Tomé e Príncipe (USTP). tendendo a oferta a todos os sectores de ac-
tividade que incluem valências integradas
Artigo 2.º na sua missão e aprendizagem ao longo da
Missão vida;

O ISEC centra a sua missão na formação inicial b) A realização de investigação sistemática e


e capacitação contínua de professores, educadores organizada, num quadro de referência in-
e profissionais da comunicação e da cultura, bus- ternacional, nas áreas afins, incluindo de-
cando a excelência e elevada competência profis- signadamente: os valores, as ideias e os sis-
sional, técnica, científica e pedagógica. Visa, temas pedagógicos; os contextos históricos,
igualmente, a promoção, divulgação e valorização socioculturais e organizacionais; as práti-
da ciência e da cultura no seu sentido mais abran- cas socioeducativas; as formas, os méto-
gente. dos, as tecnologias e as práticas comunica-
tivas; o currículo e a avaliação; a
Artigo 3.º aprendizagem e o desenvolvimento huma-
Valores institucionais no; os indivíduos e grupos de formandos
ou formadores, abarcando a multiplicidade
O ISEC norteia-se, nas suas actividades de for- dos processos de educação, formação e
mação, investigação e parceria, por valores de aprendizagem ao longo da vida;
liberdade de expressão e pensamento, promoção
da qualidade de ensino/aprendizagem, valorização c) A transferência, o intercâmbio e a valoriza-
do conhecimento, exigência, inovação, sustentabi- ção dos conhecimentos científicos e peda-
lidade, reconhecimento do mérito e busca perma- gógicos, através do desenvolvimento de
nente de excelência no cumprimento da sua mis- projectos de intervenção e de cooperação
são. ao nível nacional e internacional e da reali-
zação de programas e acções de educação e
Artigo 4.º formação contínua, no quadro mais geral
Objectivos de uma interacção permanente com a soci-
edade, numa base de valorização recíproca;
O cumprimento da missão referida no artigo 2.º
é garantido pela existência de um projecto científi- d) O intercâmbio científico, pedagógico e cul-
co, pedagógico e de intervenção, diferenciado, tural com instituições e organizações naci-
sustentável e de qualidade, levado a cabo pelo onais e estrangeiras, através da mobilidade
Instituto, servido por suas unidades orgânicas, de estudantes, docentes, investigadores e
definidas de forma consistente e adequadamente pessoal não docente, de parcerias de ensi-
estruturada, visando os objectivos seguintes: no, de investigação e de outras acções de
cooperação internacional, com destaque
a) A formação universitária ao mais alto ní- para os países de língua portuguesa;
vel, através de uma oferta educativa diver-
sificada que compreende a formação gra- e) A promoção de actividades que possibili-
duada e pós-graduada, bem como a tem o acesso e a fruição de bens culturais
formação não conferente de grau, inicial e por todas as pessoas e grupos internos e ex-
contínua de gestores escolares, educadores, ternos ao Instituto e à Universidade.
770 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

Artigo 5.º b) Igualdade, respeito pela diversidade, parti-


Atribuições cipação democrática, direito à informação,
pluralismo de opiniões e de orientações;
1. São atribuições do ISEC:
c) Liberdade de aprender, ensinar e investi-
a) Ministrar cursos conferentes de graus, nos gar;
termos previstos na lei;
d) Liberdade de criação científica, tecnológi-
b) Realizar cursos de especialização e pós- ca, artística e cultural;
graduação, actualização e reconversão pro-
fissional, creditáveis com certificados ou e) Cultura de qualidade, fundada na respon-
diplomas adequados; sabilidade e na prevalência do interesse ge-
ral;
c) Promover, também com outras instituições,
a organização e a realização de cursos de f) Abertura à mudança, numa perspectiva de
licenciatura, mestrado e doutoramento, e progresso social;
outras pós-pós graduações nos termos da
lei; g) Colegialidade, solidariedade universitária e
bem-estar;
d) Organizar, também em colaboração com
outras instituições, actividades de extensão h) Indissociabilidade da docência e da inves-
de natureza cultural, artística, científica ou tigação científica;
técnica;
i) Ligação com a comunidade e cooperação
e) Organizar e realizar actividades de investi- estreita com outras instituições e outros
gação aplicada e desenvolvimento experi- povos, com especial relevo para os países
mental; de língua portuguesa.

f) Realizar cursos em resposta às necessida- Artigo 7.º


des da comunidade. Graus e Diplomas

2. A fim de atingir os seus objectivos e tendo 1. O ISEC participa, de acordo com a lei em vi-
em vista assegurar a rentabilização dos seus recur- gor, na concessão, pela USTP, de:
sos, o ISEC pode, ainda, colaborar com outras
pessoas colectivas de direito público ou privado, a) Graus e diplomas correspondentes aos cur-
com ou sem fins lucrativos. sos que ministra;

Artigo 6.º b) Equivalências e reconhecimento de graus e


Princípios orientadores diplomas correspondentes aos cursos que
está autorizado a ministrar;
1. O ISEC, em consonância com a sua missão e
os seus objectivos, deverá nortear-se pelos princí- c) Títulos honoríficos.
pios de:
Artigo 8.º
a) Dignidade e integridade da pessoa e do seu Símbolos
desenvolvimento ético, cultural, científico,
artístico, profissional, social, económico e 1. O ISEC possui bandeira, logotipo e timbre.
político;
2. As cores da ISEC são azul-claro e amarelo.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 771

3. O selo (carimbo) do ISEC é o da Universida- 2. No contexto da sua autonomia cultural, com-


de de S. Tomé e Príncipe, em azul-claro, com a pete ao Instituto definir e promover livremente
denominação do Instituto. políticas e iniciativas de natureza cultural e de
divulgação científica, dirigidas ao meio académico
4. O dia do ISEC celebra-se a 24 de Outubro, e à sociedade em geral.
data da criação da Escola de formação de Profes-
sores e Educadores (EFOPE), embrião do actual Artigo 12.º
ISEC. Autonomia científica e pedagógica

Secção II 1. O ISEC dispõe de autonomia científica e pe-


Autonomia dagógica, sendo que, no uso da mesma e no inte-
gral respeito pela lei, possui a capacidade específi-
Artigo 9.º ca para:
Autonomias
a) Definir, programar e executar os seus pla-
1. O ISEC goza, nos termos da Lei n.º 4/2017 – nos de estudo, formação e investigação;
Regime Jurídico das Instituições do Ensino Supe-
rior (RJIES), dos Estatutos da Universidade de b) Fixar, para cada curso, as regras de acesso,
São Tomé e Príncipe e dos presentes Estatutos, de matrícula, inscrição, reingresso, transferên-
autonomia estatutária, académica, cultural, cientí- cia e mudança de curso;
fica, pedagógica, administrativa, financeira, patri-
monial. c) Elaborar propostas dos planos de estudos,
bem como os programas das respectivas
2. O Instituto pode emitir regulamentos para a disciplinas;
melhoria da organização e funcionamento, no res-
peito da lei, dos Estatutos da USTP e dos seus d) Estabelecer os regimes de prescrição, pre-
próprios Estatutos. cedência e passagem de ano;

Artigo 10.º e) Definir as condições e os métodos de ensi-


Autonomia estatutária no e escolher os processos de avaliação de
conhecimentos adequados;
O ISEC dispõe do direito de definir as normas
reguladoras do seu funcionamento através do po- f) Realizar práticas pedagógicas;
der de elaboração, aprovação e revisão dos seus
estatutos, no âmbito das competências para o efei- g) Executar a totalidade das actividades cien-
to, conferidas pela lei e pelos estatutos da Univer- tíficas, tecnológicas e culturais definidas
sidade. pelos seus órgãos estatutários competentes;

Artigo 11.º h) Executar as demais actividades de índole


Autonomia académica e cultural científica e ou pedagógica que, por lei, lhe
sejam adstritas.
1. O ISEC goza de autonomia académica exer-
cida nos termos da lei, dos Estatutos da USTP e Artigo 13.º
dos presentes Estatutos, nos domínios científico e Autonomia administrativa e competências de
pedagógico, com responsabilidade social e pauta- gestão
da por valores éticos, contribuindo para a realiza-
ção dos objectivos estratégicos da Universidade 1. O Instituto goza de autonomia administrativa
nas áreas e domínios afins. e de competências de gestão nos termos gerais do
Direito e dos princípios da Administração Pública,
devendo reger-se pelos princípios de economia,
772 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

eficiência, eficácia e transparência na utilização f) Realizar despesas que vierem a ser fixadas,
dos seus recursos e no cumprimento das normas dentro dos limites legais, pelos órgãos
legais em vigor. competentes do Instituto e da Universida-
de.
2. A autonomia administrativa e a competência
de gestão traduzem-se na capacidade dos seus di- Artigo 14.º
rigentes para autorizar a realização de despesas e Autonomia financeira e patrimonial
para praticar, no mesmo âmbito, actos administra-
tivos definitivos no que se refere à gestão corrente. 1. O ISEC dispõe de autonomia financeira e
nesse âmbito gere os valores das propinas, as ver-
3. Os actos de gestão corrente são todos aqueles bas anuais que lhe são atribuídas no Orçamento
que integram a actividade que o Instituto normal- Geral do Estado ou adquiridas por iniciativa pró-
mente desenvolve para a prossecução das suas pria, podendo:
atribuições.
a) Elaborar e propor o seu orçamento, nos
4. Excluem-se do âmbito da gestão corrente os termos previstos nos estatutos;
actos que, nos termos da lei e dos presentes estatu-
tos, são da competência exclusiva dos órgãos de b) Gerir livremente os valores das propinas,
governo da Universidade, bem como a autorização as verbas que anualmente lhe são atribuí-
para a realização de despesas cujo montante ou das no Orçamento de Estado ou adquiridas
natureza ultrapassem a execução, nos limites por iniciativa própria;
aprovados.
c) Elaborar os seus programas plurianuais;
5. O Instituto goza dos seguintes poderes ao ní-
vel da sua gestão financeira: d) Obter receitas e gerir anualmente através
de orçamento próprio.
a) Elaborar, aprovar e executar os planos anu-
ais e plurianuais, orçamentos e outros ins- 2. No âmbito da sua autonomia patrimonial, o
trumentos de gestão relativos às verbas de ISEC tem a capacidade de gerir o seu património
funcionamento; bem como adquirir, directamente, os bens móveis
e imóveis necessários ao seu funcionamento.
b) Elaborar o relatório e o mapa de execução
orçamental; Artigo 15.º
Competências de gestão
c) Dispor das dotações provenientes do Or-
çamento Geral do Estado e demais receitas 1. O ISEC goza de competências de gestão nos
disponibilizadas pelos órgãos competentes termos a definir pelos regulamentos próprios, de-
da Universidade, nos termos de mecanis- vendo reger-se pelo princípio da eficácia, eficiên-
mos claros de transferência que salvaguar- cia e economicidade na utilização dos seus recur-
dem a necessidade de garantir a coesão e o sos, da transparência e do cumprimento das
equilíbrio financeiro; normas legais em vigor.

d) Dispor das receitas próprias provenientes 2. A competência de gestão traduz-se na capaci-


das propinas e fundos arrecadados nos ter- dade dos seus dirigentes para autorizar a realiza-
mos das leis; ção de despesas e para praticar, no mesmo âmbito,
actos de administração definitivos no que se refere
e) Dispor de receitas próprias provenientes de à gestão corrente.
projectos e de prestação de serviços, dedu-
zidos os custos legais de funcionamento; 3. Os actos mencionados no número anterior são
todos aqueles que integram as actividades que o
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 773

Instituto normalmente desenvolve para a prosse- jectivos e, consoante a sua finalidade dominante,
cução das suas atribuições. podem ser de:

4. O Instituto goza dos seguintes poderes ao ní- a) Ensino;


vel da sua gestão financeira:
b) Investigação;
a) Elaborar, aprovar e executar os planos anu-
ais e plurianuais, orçamentos e outros do- c) Interacção com a sociedade.
cumentos previsionais relativos às verbas
de funcionamento; Artigo 17.º
Domínio de desenvolvimento de projectos
b) Elaborar o relatório e o mapa de execução
orçamental; 1. O ISEC de acordo com a autonomia e o en-
quadramento estabelecido pelos Estatutos da Uni-
c) Criar incentivos à obtenção de receitas versidade e pelo Regime Jurídico das Instituições
próprias; de Ensino Superior, desenvolve projectos de ensi-
no, investigação e interacção com a sociedade em
d) Dispor dos seus saldos, consignados e não vários domínios, com destaque para a Educação, a
consignados; Comunicação e áreas afins.

e) Celebrar contractos e protocolos para a 2. Os projectos podem ser desenvolvidos em


prestação de serviços e a aquisição de bens conjunto com outras unidades orgânicas de ensino
e serviços; e investigação da Universidade ou com institui-
ções com as quais a Universidade tem protocolo.
f) Convidar, contratar, avaliar e promover
pessoal, docente e não docente, e conceder Artigo 18.º
bolsas; Natureza dos projectos de ensino

g) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e Consideram-se projectos de ensino do ISEC os


transferir verbas entre as rubricas e capítu- ciclos de estudos conducentes à obtenção de graus
los orçamentais; de Licenciado, Mestre e Doutor, bem como outras
modalidades de formação não conferente destes
h) Dispor das dotações provenientes do Or- graus, previstas no mapa da oferta educativa da
çamento da Universidade ou do Estado e Universidade, nas áreas de sua actuação.
demais receitas disponibilizadas pelos ór-
gãos competentes da Universidade, nos Artigo 19.º
termos e mecanismos claros de transparên- Natureza dos projectos de Investigação
cia que salvaguardem a necessidade de ga-
rantir a coesão e o equilíbrio financeiro. 1. Para efeitos dos presentes estatutos, conside-
ram-se projectos de investigação as actividades de
Secção III investigação científica ou científico-tecnológica,
Projectos de Investigação, de Ensino e de In- com objectivos específicos de duração limitada e
teracção com a Sociedade com execução programada no tempo, no domínio
e nas áreas de sua actuação;
Artigo 16.º
Projectos 2. Os projectos de Investigação podem ser tam-
bém realizados em parceria com entidades nacio-
Os projectos do Instituto correspondem a activi- nais ou estrangeiras com as quais a Universidade
dades que visam a realização da sua missão e ob- tenha parceria.
774 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

Artigo 20.º Secção II


Natureza dos projectos de interacção com a Governo do Instituto
sociedade
Artigo 23.º
1. Os projectos de interacção com a sociedade Princípios de governação e organização
constituem acções desenvolvidas pelo Instituto,
inspiradas na sua missão, valores, objectivos e 1. O governo do ISEC baseia-se nos princípios
estratégia, não necessariamente inseridas directa- da participação, democraticidade e prestação de
mente no âmbito do ensino ou investigação for- contas.
mal, visando a satisfação de interesses ou necessi-
dades da comunidade ou do Estado, num quadro 2. O ISEC fica sujeito à fiscalização da Reitoria
de reciprocidade. da Universidade e das demais entidades competen-
tes do Estado.
2. Os projectos de interacção com a sociedade
promovidos pelo Instituto podem ser de formação, 3. O Instituto adopta os princípios de garantia da
de prestação de serviços, culturais e de divulgação qualidade fixada no país e outros que vierem a ser
científica. promovidos pela Universidade e pelos seus diver-
sos órgãos directivos, de acordo com as compe-
Capítulo IV tências que lhes são atribuídas por estes estatutos.
Estrutura Interna e Governo do ISEC
Artigo 24.º
Secção I Órgãos de Governo
Estrutura Interna
1. Os órgãos de governo do Instituto são:
Artigo 21.º
Organização interna a) O Presidente;

O ISEC dispõe da seguinte organização interna: b) O Conselho do Instituto;

a) Órgãos de governo; c) Conselho Executivo e de Gestão;

b) Unidades orgânicas, designadas de Estrutu- d) O Conselho Científico;


ras Científicas e Pedagógicas;
e) O Conselho Pedagógico
c) Serviços.
2. Pode o ISEC criar:
Artigo 22.º
Regulamentos Internos a) O Conselho Consultivo;

Compete aos órgãos de governo e às estruturas b) O Conselho para a Qualidade e Avaliação.


Científicas e Pedagógicas elaborar e aprovar os
regulamentos internos do seu funcionamento, com Artigo 25.º
respeito pelos presentes estatutos e demais legisla- Presidente do ISEC
ção aplicável.
O Presidente do ISEC é o órgão unipessoal que
superiormente dirige e o representa.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 775

Artigo 26.º Artigo 27.º


Perfil e eleição do Presidente do Instituto Competências do Presidente do Instituto

1. O Presidente do Instituto é um docente do 1. Compete ao Presidente:


quadro da USTP, com a categoria profissional
mínima de Professor Associado, em efectividade a) Representar o Instituto perante os demais
de funções, para um mandato de quatro anos, não órgãos da Universidade e perante o exteri-
podendo cumprir consecutivamente mais do que or;
dois mandatos.
b) Dirigir os serviços do Instituto;
2. O presidente é eleito pelo Colégio Eleitoral
do Instituto, em escrutínio secreto. c) Exercer o poder disciplinar estabelecido
pelos estatutos ou delegado pelo Reitor;
3. A eleição do Presidente do ISEC realiza-se
até 30 dias antes de concluir o mandato do Presi- d) Elaborar o orçamento e o plano de activi-
dente cessante. dades bem como o relatório de actividades
e contas;
4. Para a organização das eleições, o Conselho
do ISEC elege uma Comissão Eleitoral, composta e) Presidir ao Conselho do Instituto, ao Con-
por um professor que a preside, um estudante e um selho Executivo e de Gestão e ao Conselho
funcionário não docente. Consultivo;

5. Os candidatos ao cargo do Presidente do f) Aprovar o calendário e horário das activi-


ISEC deverão apresentar as suas candidaturas à dades lectivas, ouvido o Conselho Científi-
Comissão Eleitoral no prazo máximo de 15 dias co e o Conselho Pedagógico;
antes de realização do acto eleitoral.
g) Assegurar o cumprimento das deliberações
6. Se no prazo indicado no número anterior não tomadas pelos órgãos colegiais do ISEC,
surgirem candidaturas, a votação pode incidir so- executando-as nos prazos legalmente pre-
bre qualquer docente do quadro da USTP, de vistos na lei e/ou em regulamentos;
acordo com o ponto 1 do presente artigo.
h) Homologar os resultados das eleições dos
7. A eleição do Presidente do ISEC realiza-se departamentos e demais órgãos do Institu-
consecutivamente entre os dois candidatos mais to;
votados até que um deles obtenha o maior número
de votos do universo dos votantes. i) Emitir declarações, certificados de fre-
quência e outros documentos de natureza
8. Os candidatos ao cargo do Presidente do administrativa;
ISEC deverão reunir-se com os membros do Con-
selho do Instituto para apresentar a sua moção, j) Exercer as funções que lhe sejam delega-
sendo o sorteio da ordem de apresentação da res- das pelo Reitor;
ponsabilidade da Comissão Eleitoral.
k) Designar os Directores de Departamentos,
9. O Presidente cessante do ISEC comunica, no Coordenadores e Subcoordenadores de
prazo de três dias úteis para efeito de homologa- curso, de acordo com os regulamentos pró-
ção, o resultado do acto eleitoral, ao Reitor. prios;

10. O Presidente eleito toma posse perante o l) Gerir as instalações, espaços, equipamen-
Reitor até trinta dias após a sua eleição. tos e os recursos educativos;
776 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

m) Estabelecer protocolos e celebrar acordos cente. À excepção do Presidente, os demais mem-


de cooperação ou de associação com outras bros são eleitos entre os pares.
instituições de formação e colectividades;
2. A eleição dos membros previstos no número
n) Assegurar as condições necessárias à reali- anterior é feita nos termos do regulamento próprio
zação da avaliação de desempenho do pes- a aprovar pelo Reitor.
soal docente e não docente, nos termos do
sistema de Avaliação de Desempenho do Artigo 30.º
ISEC; Competências do Conselho do Instituto

o) Exercer as demais funções previstas na lei 1. Compete ao Conselho do Instituto:


e nos Estatutos do Instituto.
a) Definir as linhas gerais de orientação do
2. O Presidente pode propôr a nomeação de até Instituto;
dois Vice-presidentes e três Pró-presidentes, po-
dendo delegar nestes parte das suas competências. b) Aprovar os regulamentos de funcionamen-
to interno do Instituto, incluindo regula-
3. Durante o exercício dos seus mandatos, o mentos eleitorais, a homologar pelo Reitor;
Presidente e os Vice-Presidentes estão dispensados
de tarefas docentes e de investigação, podendo c) Aprovar o plano anual de actividades, o or-
exercê-las em casos de necessidade da instituição çamento, o relatório de actividades e as
se assim o entenderem e nesta situação a compen- contas;
sação será em horas lectivas extraordinárias.
d) Pronunciar-se sobre a criação, modificação
4. Sob a dependência do Presidente funcionam e extinção de unidades orgânicas;
os serviços do Instituto, cuja responsabilidade,
entre outras, é manter a custódia dos processos e) Eleger o Presidente do Instituto;
individuais de cada estudante.
f) Emitir parecer sobre a criação, suspensão e
Artigo 28.º extinção de cursos afectos aos Departa-
Ausência ou impedimentos mentos;

1. Nas ausências, impedimentos ou quando se g) Pronunciar-se sobre a parceria e colabora-


verifique a incapacidade temporária do Presidente ção interinstitucional no âmbito do ensino
do ISEC, assume as suas funções o Vice- e da formação, entre unidades orgânicas da
Presidente por ele designado. USTP e com instituições nacionais e es-
trangeiras congéneres;
2. Caso a situação prevista no número 1 se pro-
longue por mais de 180 dias, o Conselho do Insti- h) Pronunciar-se sobre políticas e programas
tuto, ouvido o Conselho Científico-pedagógico, de formação dos docentes;
deve pronunciar-se sobre a conveniência da elei-
ção de um novo Presidente do ISEC. i) Aprovar o regimento dos departamentos e
outras unidades do ISEC;
Artigo 29.º
Composição do Conselho do Instituto j) Emitir parecer sobre os regulamentos e
planos curriculares dos cursos do ISEC;
1. O Conselho do Instituto é um órgão colegial
de direcção executiva, composto por três professo- k) Pronunciar-se sobre outros assuntos que
res, sendo um deles o Presidente do Instituto que o lhe sejam submetidos pelo Presidente do
preside, um estudante e um funcionário não do- Instituto.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 777

Artigo 31.º Artigo 34.º


Funcionamento do Conselho do Instituto Composição e funcionamento do Conselho
Científico
O Conselho do instituto reúne-se ordinariamente
uma vez em cada trimestre, podendo reunir-se, de 1. O Conselho Científico é composto por:
forma extraordinária, sempre que convocado pelo
seu presidente ou quando solicitado por qualquer a) Um Presidente que o preside;
um dos seus membros.
b) Três Professores de carreira;
Artigo 32.º
Conselho Executivo e de Gestão c) Os Directores dos Departamentos;

1. O Conselho Executivo e de Gestão é presidi- d) Os Coordenadores dos cursos;


do pelo Presidente e integrado pelos Vice-
Presidentes e pelo Administrador do ISEC. e) Dois docentes com o grau de Mestre ou
Doutor, em regime de tempo integral, com
2. O Presidente tem voto de desempate. contracto de duração não inferior a um ano,
qualquer que seja a natureza do seu vínculo
3. Compete ao Conselho Executivo e de Gestão: à instituição;

a) Coadjuvar o Presidente na condução da po- f) Dois docentes com o título de especialista,


lítica científica e pedagógica do Instituto; não abrangidos pelas alíneas anteriores, em
regime de tempo integral com contracto
b) Coadjuvar o Presidente na condução da com a instituição há mais de dois anos;
gestão administrativa, patrimonial, finan-
ceira e dos recursos humanos, sendo-lhe g) Um representante dos estudantes, eleito en-
aplicável a legislação em vigor para os or- tre os pares;
ganismos públicos dotados de autonomia
administrativa e financeira; h) Um professor ou investigador de outra ins-
tituição ou personalidade de reconhecida
c) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe se- competência no âmbito da missão da insti-
jam submetidos pelo Presidente. tuição.

4. O Conselho Executivo e de Gestão reúne com 2. Os membros do Conselho Científico não po-
os Directores de departamento para se pronuncia- dem pronunciar-se sobre assuntos referentes:
rem sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
pelo Presidente e sobre as matérias do âmbito das a) A actos relacionados com a carreira de do-
suas competências. centes com categoria superior à sua;

5. Servirá de secretário do Conselho, sem direito b) A concursos ou provas em relação aos


a voto, o funcionário que para o efeito for desig- quais reúnam as condições para serem opo-
nado por despacho do Presidente. sitores.

Artigo 33.º Artigo 35.º


Conselho Científico Competências do Conselho Científico

O Conselho Científico é o órgão que define e 1. Compete ao Conselho Científico, designada-


superintende a política científica e pedagógica do mente:
ISEC.
a) Aprovar o seu regimento;
778 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

b) Apreciar o plano de actividades científicas a) O Vice-presidente, designado pelo Presi-


do Instituto; dente do Instituto que o preside;

c) Pronunciar-se sobre a criação, transforma- b) Os Directores dos departamentos;


ção ou extinção de unidades de ensino e de
Investigação; c) Os Coordenadores dos cursos dos diferen-
tes ciclos de estudos providos pelo Institu-
d) Deliberar sobre a distribuição do serviço to, bem como de um representante de cada
docente, sujeitando-a a homologação do unidade orgânica da Universidade que te-
Presidente do Instituto; nha participação específica nesses ciclos de
estudos;
e) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de
estudos e aprovar os planos de estudos dos d) Um estudante de cada ciclo de estudo.
ciclos de estudos ministrados;
3. Nas reuniões do conselho pedagógico podem
f) Propor ou pronunciar-se sobre a concessão participar, sem direito a voto, elementos externos
de títulos ou distinções honoríficas, medi- ao Conselho, nos termos previsto no respectivo
ante voto favorável de 2/3 dos seus mem- regulamento.
bros em efectividade de funções;
Artigo 37.º
g) Propor ou pronunciar-se sobre a instituição Competências do Conselho Pedagógico
de prémios escolares;
1. Compete ao Conselho Pedagógico:
h) Propor ou pronunciar-se sobre a realização
de acordos e de parcerias internacionais; a) Aprovar o regulamento de avaliação do
aproveitamento dos estudantes;
i) Propor a composição dos júris de provas e
de concursos académicos; b) Promover a realização de inquéritos regula-
res ao desempenho pedagógico do ISEC,
j) Praticar outros actos previstos na lei relati- bem como a sua análise e divulgação;
vos à carreira docente e de investigação e
ao recrutamento de pessoal docente e de c) Promover a realização da avaliação do de-
investigação; sempenho pedagógico dos docentes, bem
como a sua análise e divulgação;
k) Pronunciar-se sobre as propostas de nome-
ação dos Coordenadores e Comissões Ci- d) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de
entíficas dos cursos. estudos e sobre os planos dos ciclos de es-
tudos ministrados;
2. A audição do Director do departamento na
forma presencial é obrigatória para as matérias e) Pronunciar-se sobre o regime de prescri-
constantes das alíneas c), d), e), i), j) e k). ções;

Artigo 36.º f) Pronunciar-se sobre o calendário lectivo e


Composição e funcionamento do Conselho Pedagó- os mapas de exames;
gico
g) Pronunciar-se sobre a instituição de pré-
1. O Conselho Pedagógico é composto por ele- mios escolares;
mentos dos órgãos abaixo referenciados e nomi-
nados:
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 779

h) Apreciar queixas relativas a questões de Artigo 38.º


natureza pedagógica e propor as providên- As reuniões
cias necessárias;
1. O regimento do Conselho Científico aprova-
i) Pronunciar-se sobre as orientações peda- do por este órgão define o funcionamento das suas
gógicas e os métodos de ensino e de avali- reuniões.
ação;
2. O Conselho Pedagógico funcionará em reuni-
j) Exercer as demais competências que lhe ões ordinárias e extraordinárias:
sejam conferidas pelos presentes Estatutos
e pelos Estatutos da USTP. a) As reuniões ordinárias terão lugar duas ve-
zes por semestre;
2. Compete ainda ao Conselho Pedagógico co-
adjuvar o Presidente do ISEC na: b) As reuniões extraordinárias são convoca-
das pelo Presidente e podem realizar-se
a) Definição e na execução de uma política num dos seguintes casos:
activa de qualidade pedagógica, com o ob-
jectivo de proporcionar um ambiente favo- i Agendadas pelo Presidente do Conselho
rável ao ensino e à aprendizagem; Científico e Pedagógico sempre que consi-
dere necessário;
b) Promoção do sucesso escolar;
ii A requerimento de, pelo menos dois ter-
c) Promoção da participação dos alunos em ços dos seus membros em efectividade de
actividades de investigação científica; funções, com indicação do(s) assunto(s)
que desejam ver tratado(s).
d) Organização e apoio a estágios de forma-
ção profissional; Artigo 39.º
Composição e funcionamento do Conselho
e) Preparação dos programas de mobilidade Consultivo
internacional de estudantes;
1. O Conselho Consultivo é o órgão de consulta
f) Integração dos novos alunos na vida aca- do Presidente do Instituto.
démica do ISEC, com particular atenção
aos estudantes portadores de deficiência, 2. O Conselho Consultivo é presidido pelo Pre-
aos trabalhadores-estudantes e aos estudan- sidente do ISEC, sendo composto por membros da
tes estrangeiros. unidade e por personalidades, nacionais ou estran-
geiras, de reconhecido mérito nos domínios da sua
3. O Conselho Pedagógico exerce as suas com- actividade.
petências no quadro das orientações para a promo-
ção da qualidade pedagógica definidas pela Uni- 3. Integram o Conselho Consultivo:
versidade.
a) O Presidente do Instituto;
4. O Conselho pode delegar parte das suas com-
petências no seu Presidente. b) Cinco personalidades ligadas ao domínio
das Ciências da Educação, Comunicação e
áreas afins;

c) Três professores do quadro designados pa-


ra fazerem parte.
780 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

4. Os membros do Conselho Consultivo são de- Artigo 42.º


signados pelo Conselho do Instituto, sob proposta Competências do Administrador
do Presidente do Instituto.
1. Ao Administrador compete, nomeadamente:
5. O Conselho Consultivo reúne-se uma vez por
ano lectivo ou por convocação extraordinária por a) Orientar e coordenar as actividades dos
parte do Presidente do ISEC. seus serviços gerais, administrativos, fi-
nanceiros e técnicos, de acordo com as di-
Artigo 40.º rectivas do Conselho do Instituto, dos regu-
Competências do Conselho Consultivo lamentos da Universidade e das leis em
vigor;
1. Compete ao Conselho Consultivo pronunciar-
se sobre matérias de carácter científico, pedagógi- b) Elaborar a proposta de orçamento e plano
co e de interação com a sociedade, relativas aos de actividades, bem como o relatório de ac-
projectos em que o Instituto intervém, visando, tividades e as contas e submetê-los ao Con-
designadamente: selho do Instituto;

a) Reforçar a cooperação e a ligação entre o c) Dirigir o pessoal não docente e não inves-
Instituto e a comunidade; tigador, sob orientação do Presidente do
Instituto;
b) Contribuir para uma melhor orientação es-
tratégica do ISEC, especialmente na res- d) Supervisionar os planos de formação do
posta, em termos de ensino, formação, in- pessoal não docente e não ligado à investi-
vestigação e interação com a sociedade, às gação;
necessidades e aos desafios do mundo atu-
al; e) Providenciar a logística e os meios neces-
sários ao funcionamento de todos os órgãos
c) Emitir pareceres sobre a pertinência social do Instituto;
e relevância científica, pedagógica e cultu-
ral dos projectos existentes e a criar no f) Elaborar estudos, pareceres e informações,
ISEC; relativos à gestão administrativa e financei-
ra do Instituto;
d) Pronunciar sobre relatórios e planos de ac-
tividades do Instituto; g) Recolher, sistematizar e divulgar legislação
com interesse para a actividade do Institu-
e) Emitir parecer, elaborar recomendações e to;
formular sugestões sobre todos os assuntos
de interesse para o Instituto que lhe sejam h) Informar e submeter a despacho do Presi-
submetidos pelo seu Presidente. dente todos os assuntos relativos às ques-
tões de natureza administrativa e financei-
Artigo 41.º ra;
Administrador
i) Exercer as demais competências ou que lhe
O Instituto dispõe de um Administrador, esco- sejam delegadas pelo Presidente.
lhido pelo Presidente dentre professores e funcio-
nários com capacidade e experiência na matéria de 2. O Administrador trabalha em estreita articu-
gestão, não estando vedada a contratação de um lação com o Administrador da Universidade.
técnico fora das esferas da Universidade sempre
em nome dos superiores interesses da Instituição.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 781

Capítulo V 4. A criação e funcionamento de um departa-


Unidades Orgânicas do Instituto mento são feitos de acordo com o estabelecido no
regulamento Geral dos Departamentos
Artigo 43.º
Unidades orgânicas 5. Os departamentos criados ao abrigo deste ar-
tigo passam a fazer parte da estrutura orgânica do
1. O Instituto estrutura-se em unidades orgâni- ISEC, sem necessidade de se observar o procedi-
cas correspondentes a células básicas de operacio- mento de alteração dos Estatutos.
nalização da sua matriz científica, pedagógica e de
investigação. 6. Sem prejuízo da unidade do Instituto no res-
peito das competências e decisões dos respectivos
2. As unidades orgânicas do Instituto são os De- órgãos centrais, os Departamentos gozam de auto-
partamentos e os Centros de Estudo e Investiga- nomia pedagógica e científica.
ção.
7. Apenas os professores, assistentes e investi-
3. Os Departamentos e os Centros de Estudo e gadores podem ser recrutados para os departamen-
Investigação gozam de autonomia académica, e tos, em regime de nomeação ou com contracto por
regem-se por regulamentos próprios. meio de concursos específicos.

Secção I 8. Podem ser recrutados para os departamentos


Departamentos docentes convidados, de acordo com o estatuído
nos estatutos da carreira docente.
Artigo 44.º
Natureza dos Departamentos 9. Os Departamentos não podem ter subdivisões
orgânicas.
1. Os Departamentos são unidades orgânicas
permanentes de criação e difusão do conhecimento 10. Os Departamentos dispõem de serviços de
no domínio de uma disciplina, de um grupo de apoio à gestão.
disciplinas ou de grupos afins de disciplinas, cons-
tituindo, como tal, a célula base de organização Artigo 45.º
científico e pedagógica e de gestão de recursos Órgãos dos Departamentos
num domínio consolidado do saber.
1. Os Departamentos têm os seguintes órgãos de
2. À altura da homologação dos presentes Esta- governo:
tutos o ISEC dispunha dos seguintes Departamen-
tos: a) O Conselho de Departamento;

a) Departamento de Educação; b) O Director.

b) Departamento de Comunicação; 2. Os Departamentos podem, no âmbito do seu


regulamento, constituir outros órgãos que assu-
c) Departamento de Línguas e Cultura. mam algumas das funções cometidas ao Conselho
de Departamento, desde que se justifique e que
3. Cabe ao Conselho Científico do ISEC propor seja aprovado pelo Presidente do Instituto.
a criação, transformação, cisão, fusão ou extinção
de Departamentos, competindo ao Reitor a sua Artigo 46.º
aprovação com parecer favorável do Conselho do Competências do Conselho do Departamento
Instituto.
1. Compete ao Conselho do Departamento:
782 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

a) Assegurar, no âmbito da sua actuação, o o) Exercer as demais competências que lhe


normal funcionamento e progresso dos pro- sejam delegadas pelo Conselho do Institu-
jectos em que o departamento esteja envol- to.
vido;
Artigo 47.º
b) Aprovar o plano e o relatório anual de acti- Composição do Conselho do Departamento
vidades;
O Conselho do Departamento é composto pelos
c) Propor a distribuição do serviço docente docentes afectos ao Departamento.
pelos membros do Departamento;
Artigo 48.º
d) Propor os planos e programas de formação Funcionamento do Conselho do Departamen-
do pessoal docente; to

e) Pronunciar-se sobre a criação, reestrutura- 1. O Conselho do Departamento funciona em


ção ou extinção de projectos de ensino em plenário e em Comissão Coordenadora, cuja com-
que o Departamento seja parte intervenien- posição será definida no respectivo regulamento.
te;
2. O Conselho do Departamento poderá, ainda,
f) Propor ao Conselho Científico a composi- funcionar em comissões eventuais, cuja constitui-
ção dos júris para as provas académicas no ção, composição e competências serão aprovadas
âmbito do Departamento; pelo plenário.

g) Emitir parecer, quando necessário, sobre a 3. A periodicidade das reuniões do Conselho de


admissão de candidatos a doutoramento; Departamento, em plenário ou em Comissão Co-
ordenadora, é definida no respectivo regulamento.
h) Emitir parecer sobre os projectos de tese de
doutoramento e propor ao Conselho Cientí- Artigo 49.º
fico a nomeação dos respectivos orientado- Director do Departamento
res;
1. O Coordenador do Departamento é um pro-
i) Emitir pareceres, quando se justifique, so- fessor do quadro e de maior categoria profissional,
bre os relatórios de progresso das activida- eleito pelo Conselho de Departamento.
des dos candidatos a doutoramento;
2. Em situações devidamente fundamentadas,
j) Emitir pareceres sobre as propostas de li- por decisão do Presidente do Instituto, sob propos-
cença sabática e respectivos relatórios; ta do Conselho do Departamento, o Coordenador
pode ser eleito de entre o conjunto dos professores
k) Propor o recrutamento do pessoal docente do Departamento.
para o Departamento;
3. Compete ao Coordenador do Departamento:
l) Pronunciar-se sobre a abertura de concur-
sos para vagas de professores do quadro; a) Presidir ao Conselho do Departamento e às
suas comissões;
m) Coordenar a realização dos estágios profis-
sionais; b) Representar o Departamento;

n) Elaborar o regulamento do Departamento; c) Convocar e conduzir as reuniões do Conse-


lho do Departamento e, caso existam, da
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 783

Comissão Coordenadora e demais comis- Secção II


sões; Coordenação de Curso

d) Submeter ao Conselho do Departamento a Artigo 51.º


proposta de plano orçamental e de activi- Natureza das coordenações de curso
dades e o relatório anual, a apresentar à
Unidade Orgânica; As coordenações de curso têm como missão a
gestão curricular e pedagógica dos cursos, procu-
e) Coordenar a gestão dos recursos humanos, rando interpretar e dar cumprimento às orientações
financeiros e materiais, afectos ao Depar- estratégicas definidas.
tamento;
Artigo 52.º
f) Garantir a realização das eleições previstas Composição das coordenações de curso
nos Estatutos da Unidade Orgânica e sub-
meter aos órgãos de gestão da Unidade Or- 1. As coordenações de curso são propostas por
gânica os respectivos resultados; listas aprovadas em Conselho Científico.

g) Coordenar a elaboração dos mapas de dis- 2. A destituição ou substituição de parte da


tribuição do serviço docente; equipa de Coordenação de Curso são igualmente
competências do Conselho Científico.
h) Executar as delegações de competências
que lhe forem atribuídas pelos órgãos da 3. Cada equipa de coordenação de curso deve
Unidade Orgânica; ter no máximo dois elementos. Um coordenador e
um coordenador adjunto.
i) Exercer, em permanência, as funções que
lhe forem cometidas pelo Conselho do De- 4. O Coordenador do curso é um professor de
partamento e pela Comissão Coordenadora, maior categoria profissional, eleito de entre os
caso exista. docentes do quadro que lecionam no respectivo
curso.
4. O mandato do Coordenador do Departamento
é de quatro anos, renovável por duas vezes. 5. Na impossibilidade do cumprimento do ponto
4, pode ser eleito um professor de entre os docen-
5. O Coordenador pode delegar competências tes que leccionam no respectivo curso.
num coordenador-adjunto, que assegura ainda as
suas funções em caso de ausência ou de impedi- 6. O mandato dos coordenadores é de dois anos
mento. renováveis.

Artigo 50.º Artigo 53.º


Dever de cooperação Competências das Coordenações de Curso

O Coordenador do Departamento deve cooperar 1. Compete e cada Coordenação de Curso, nos


com os órgãos de governo do ISEC no cumpri- domínios que lhe são próprios e sem prejuízo da
mento das linhas de orientação por estes aprova- articulação com outras Coordenações de Curso:
das.
a) Zelar pela qualidade do curso, no âmbito
do Sistema de Gestão da Qualidade do Ins-
tituto, nos termos definidos nos Estatutos
da USTP;
784 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

b) Acompanhar o funcionamento do curso em da investigação científica e a sua divulgação nas


ligação com os Coordenadores dos Depar- formas academicamente reconhecidas.
tamentos;
2. No âmbito do Instituto, a actividade científica
c) Fazer a gestão curricular e pedagógica dos na área de conhecimento das ciências educação e
respectivos cursos; comunicação e domínios afins é realizada em Cen-
tros de Estudo e Investigação que integram docen-
d) Participar na elaboração de propostas de tes e investigadores da Universidade e de outras
criação, reestruturação e extinção dos cur- instituições ou entidades públicas ou privadas, nos
sos; termos dos respectivos regulamentos.

e) Definir e operacionalizar as linhas estraté- 3. Os Centros promovem e desenvolvem activi-


gicas da formação e os critérios de articu- dades de investigação de natureza científica ou
lação de métodos e conteúdos no âmbito do científico-tecnológica, enquadradas em linhas de
curso que coordena; investigação com objectivos e orientações estraté-
gicas.
f) Garantir a operacionalização e a organiza-
ção das práticas profissionais; 4. Os Centros de Investigação são orientados
pelo Conselho Científico-pedagógico do Instituto,
g) Promover e garantir a execução das acções coordenados e articulados, ao nível da Universida-
necessárias ao desenvolvimento e à imple- de, pelo Centro de Estudos para o Desenvolvimen-
mentação do curso que gere e de outras ac- to.
tividades e programas de formação sob a
sua responsabilidade; 5. Os Centros de Estudo e de Investigação do
Instituto têm um Director que é eleito nos termos
h) Propor critérios para o estabelecimento dos dos respectivos regulamentos.
horários dos cursos e respectivos calendá-
rios de frequência e de exame; Artigo 55.º
Integração de Centros de Investigação no
i) Participar nos processos de avaliação inter- ISEC
na e externa de Unidades Curriculares e
Cursos, em concertação com outros órgãos 1. Para que um Centro de Investigação integre o
de governo. ISEC, de acordo com os estatutos da USTP e do
Regulamentos próprios, têm de satisfazer as se-
2. Os estudantes de cada curso elegem anual- guintes condições:
mente um representante que é o interlocutor prin-
cipal do Coordenador do curso nas matérias rele- a) Desenvolver a sua actividade no quadro
vantes para os estudantes no domínio pedagógico- dos objectivos estratégicos e das políticas
didáctico ou de cariz extracurricular. comuns de garantia e de gestão da qualida-
de definidos pelos órgãos competentes da
Secção III Universidade e do ISEC;
Centro de Estudo e de Investigação
b) Cumprir regras de organização e funcio-
Artigo 54.º namento compatíveis com o disposto nas
Natureza dos Centros de Estudo e de Investi- normas regulamentares;
gação
c) Referir a Universidade de S. Tomé e Prín-
1. Os Centros de Estudo e de Investigação têm cipe e, sempre que possível, o ISEC, nos
por missão principal estimular o desenvolvimento relatórios, publicações e quaisquer outros
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 785

resultados dos trabalhos desenvolvidos no 6. Todos os Centros de Investigação integrados


Centro; no ISEC adquirem o direito de utilizar os símbolos
do Instituto, assumindo, correspondentemente, o
d) Nas publicações científicas, seguir as nor- dever de os colocar em situação de destaque nas
mas de afiliação aprovadas pela Universi- suas publicações e documentos.
dade e pelo ISEC;
Artigo 56.º
e) Aceitar que o ISEC possa delegar nos seus Membros dos Centros de Investigação
investigadores algumas tarefas, nomeada-
mente lectivas e de avaliação de estudan- 1. As entradas dos docentes e investigadores do
tes, em termos a acordar; ISEC em Centros de Investigação são feitas com o
acordo do Presidente do Instituto, em cumprimen-
f) Aceitar as regras financeiras definidas pela to da política científica do ISEC.
Universidade e pelo ISEC, com vista a uma
adequada partilha de receitas e despesas; 2. Os docentes e investigadores do ISEC podem
ser autorizados a pertencer a Centros de Investiga-
g) Todo o seu equipamento científico e mate- ção que não integrem o ISEC, em caso de interes-
rial bibliográfico, existente ou a adquirir, se estratégico para o Instituto e reconhecido pelo
estar ao serviço do ISEC; Conselho Científico.

2. Os Centros de Investigação com contas exe- Artigo 57.º


cutadas no ISEC estão sujeitos a toda a regula- Recursos humanos e materiais dos departa-
mentação do ISEC e da USTP. mentos e centros de investigação

3. Os Centros de Investigação integrados no O ISEC afectará aos departamentos os recursos


ISEC cujas contas não são executadas no Instituto: humanos e materiais para a prossecução dos seus
objectivos no enquadramento institucional. Poderá
a) Não podem integrar outra Instituição de ainda afectar meios para os centros de investiga-
Ensino Superior ou outro Instituto ou Fa- ção, nomeadamente para actividades de investiga-
culdade da USTP; ção de carácter multidisciplinar.

b) Sendo de natureza privada, deve o Instituto Secção IV


ter uma representação como sócia da enti- Serviços do ISEC
dade jurídica que suporta o centro.
Artigo 58.º
4. O Conselho Científico pode aprovar derroga- Natureza e Designação dos Serviços
ções ao estabelecido na alínea b) do número ante-
rior com base no interesse excepcional para o Ins- 1. O ISEC dispõe de serviços internos de apoio
tituto, detalhadamente fundamentado. à concretização da sua missão, visão e de seus
objectivos e valores. Os serviços são estruturas
5. Nos casos em que um Centro de Investigação permanentes vocacionadas para o apoio técnico e
não satisfaça uma ou mais das condições expressas administrativo, fundamentais para o desenvolvi-
nas alíneas c), d) e g) do número 1 e alínea a) do mento das actividades do ISEC.
número 3, poderá mesmo assim um seu subgrupo
integrar o ISEC, desde que ele cumpra essas con- 2. Os serviços referidos no número anterior de-
dições e seja constituído por pelo menos cinco vem articular-se com os serviços correspondentes
membros com contracto a tempo integral com o da Universidade.
ISEC de duração não inferior a um ano.
786 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

3. A organização dos serviços do ISEC é deter- Secção V


minada pelo Presidente, constando de regulamento Património e Recursos Financeiros
aprovado por este.
Artigo 60.º
Artigo 59.º Património
Serviços de interacção com a sociedade
Constitui património do ISEC o conjunto de
1. Os projectos de interacção com a sociedade bens e direitos que, pelo Estado ou outras entida-
promovidos pelo Instituto organizam-se em servi- des, públicas ou privadas, sejam afectados à reali-
ços de carácter interdepartamental em articulação zação dos seus objectivos.
com os centros de investigação afins.
Artigo 61.º
2. O Conselho do Instituto é o órgão responsá- Recursos Financeiros
vel pela criação, fusão ou extinção dos serviços de
interacção com a sociedade bem como pela apro- 1. São receitas do ISEC:
vação do seu regulamento, plano anual de activi-
dades e respectivo relatório. a) As dotações que lhe forem concedidas pelo
Estado;
3. Os professores e investigadores do ISEC po-
dem propor ao Conselho do Instituto a criação de b) Os rendimentos de bens próprios ou de que
serviços de interacção com a sociedade mediante a tenha a fruição;
apresentação da respectiva fundamentação, equipa
proponente e plano de actividades para o primeiro c) As provenientes do pagamento de propi-
ano de funcionamento. nas;

4. Os serviços de interacção com a sociedade ao d) As resultantes da prestação de serviços à


nível do ISEC, devem contemplar, entre outras, as comunidade e da venda de publicações;
dimensões da:
e) Os subsídios, subvenções, comparticipa-
a) Formação contínua de profissionais nos di- ções, doações, heranças e legados;
versos domínios;
f) O produto da venda de bens imóveis,
b) Cooperação e intercâmbio no campo edu- quando autorizada nos termos da lei, assim
cacional e da comunicação e no domínio como de outros bens;
científico;
g) Os juros dos valores depositados;
c) Inovação e avaliação no domínio da educa-
ção e comunicação; h) Os saldos da conta de gerência de anos an-
teriores;
d) Prestação de serviços;
i) O produto de empréstimos contraídos;
e) Estudos e projectos nos mais diversos do-
mínios e pareceres. j) O produto de taxas, emolumentos, multas,
penalidades e quaisquer outras receitas que
legalmente lhe sejam devidas.

2 .O ISEC pode:

a) Criar incentivos à obtenção de receitas


próprias;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 787

b) Dispor dos seus saldos, consignados e não (AEISEC), que representa os estudantes do Institu-
consignados; to, constituindo-se como porta-voz dos estudantes
em todos os assuntos que digam respeito à vida
c) Celebrar contractos e protocolos para a escolar, sem prejuízo das disposições gerais relati-
prestação de serviços e a aquisição de bens vas à participação dos estudantes na gestão da ins-
e serviços; tituição.

d) Contratar, avaliar e promover pessoal, do- Artigo 65.º


cente e não docente, e conceder bolsas; Estudantes em órgãos eleitos

e) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e Os estudantes que integrem órgãos eleitos da


transferir verbas entre as rubricas e capítu- USTP, do ISEC, da direcção da Associação dos
los orçamentais. Estudantes do ISEC ou de Federação Académica
da USTP onde estejam representados, devem ser
Artigo 62.º objecto de condições de frequência e avaliações
Cooperação com outras instituições académicas especiais, de acordo com as normas
legais em vigor.
1. O ISEC pode, nos termos da lei, dos Estatutos
e das linhas gerais de orientação da USTP, estabe- Artigo 66.º
lecer contractos, protocolos e outros acordos com Associação de Antigos Estudantes
outras instituições, públicas ou privadas, nacionais
ou estrangeiras, com vista ao desenvolvimento de Os antigos estudantes do ISEC dispõem de uma
cursos, projectos de investigação e outras acções associação, designada Associação de Antigos Es-
conjuntas, de interesse mútuo, que se enquadrem tudantes do ISEC (AAEISEC), de que podem fa-
na natureza, missão, fins e estratégia do ISEC. zer parte todos os antigos estudantes de qualquer
ciclo de estudos, e que visa estreitar o relaciona-
2. Os contractos, protocolos e acordos previstos mento dos antigos estudantes com o Instituto e
no número anterior, são celebrados em nome da promover a sua colaboração para a prossecução
Universidade, e podem ser assinados pelo Presi- dos objectivos do Instituto.
dente do Instituto no âmbito da delegação de com-
petências efectuada pelo Reitor. Capítulo VI
Disposições finais e transitórias
Artigo 63.º
Associações privadas Artigo 67.º
Constituição dos órgãos do ISEC
O ISEC pode participar em Associações Priva-
das sem Fins Lucrativos, nos termos legais, desde 1. Os órgãos do ISEC previstos nos presentes
que estas estejam em alinhamento de gestão com a estatutos deverão estar constituídos e investidos e
ISEC e contribuam para o cumprimento da missão em condições de iniciar as suas funções no prazo
e das linhas estratégicas do Instituto. máximo de 180 dias a contar da data da entrada
em vigor destes, cabendo ao Presidente do Institu-
CAPÍTULO IV to praticar ou determinar a prática de todos os ac-
Estudantes tos, desencadear e conduzir todos procedimentos
necessários para tal.
Artigo 64.º
Associação de Estudantes Artigo 68.º
Revisão dos estatutos
De acordo com a legislação em vigor, os estu-
dantes do ISEC dispõem de uma associação, de- 1. Os presentes estatutos poderão ser revistos:
signada Associação dos Estudantes do ISEC
788 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

a) Dois anos após a data de homologação; O Reitor, ouvido o Conselho da Universidade


na sua reunião do dia 18 de Outubro de 2019, no
b) Em qualquer momento, por decisão de pelo uso das competências que lhe são conferidas pela
menos dois terços dos membros do Conse- alínea w) do n.º 1 do artigo 27.º dos já aludidos
lho do Instituto, do Presidente do Instituto Estatutos, publicado no Diário da República nº
ou do Reitor da Universidade. 108, II Série de 01 de Outubro de 2020, determina
o seguinte:
2. As alterações a estes estatutos carecem de
aprovação de maioria de dois terços dos membros São homologados os Estatutos do Instituto Su-
do Conselho do Instituto. perior de Ciências da Saúde – Victor Sá Machado
da Universidade de S. Tomé e Príncipe, os quais
Artigo 69.º vão publicados em anexo ao presente despacho e
Dúvidas e Omissões que dele fazem parte integrante.

As dúvidas e casos omissos suscitados na apli- Este despacho entra em vigor no dia seguinte ao
cação dos presentes estatutos são resolvidos pelo da sua publicação no Diário da República.
Conselho do Instituto.
Reitoria da Universidade de S. Tomé e Príncipe,
Artigo 70.º 22 de Dezembro de 2020.- O Reitor, Peregrino do
Entrada em vigor Sacramento da Costa.

Os presentes estatutos entram em vigor no pri- ANEXO


meiro dia útil após a sua publicação no Diário da
República, na sequência da sua homologação pelo Estatuto do Instituto Superior de Ciências da
Reitor da Universidade. Saúde Victor Sá Machado da Universidade de
S. Tomé e Príncipe (ISCSVSM-USTP)
Despacho n.º 10/2020
Preâmbulo
Sendo o Instituto Superior de Ciências da Saúde
– Victor Sá Machado, uma das unidades orgânicas A fim de adequar o funcionamento do Instituto
de ensino e investigação da Universidade de São Superior de Ciências da Saúde - Victor Sá Macha-
Tomé e Príncipe - artigo 68.º, n.º 1, alínea a), dos do, da Universidade de São Tomé e Príncipe, ao
Estatutos da Universidade de S. Tomé e Príncipe novo modelo de organização de ensino superior,
(USTP); nos termos do artigo 97.º, da Lei n.º 4/2017, torna-
se necessário redefinir os estatutos de modo a
E estando previsto nos números 1 e 2 do artigo permitir a prossecução dos seus objectivos e a sa-
69.º do referido Estatuto, que as Unidades Orgâni- tisfação das suas atribuições, adequando a sua ac-
cas criadas e dotadas de autonomia de gestão, re- tividade às normas de rigor, princípios e valores
gem-se por estatutos próprios, homologados pelo que a habilitem a promover a criação, transmissão
Reitor; e difusão de ciência e tecnologia.

Uma vez aprovados e apresentados à homologa-


ção reitoral, os Estatutos do Instituto Superior de
Ciências da Saúde - Victor Sá Machado - artigo
114.º dos Estatutos da USTP;

E havendo a necessidade de se cumprir o dis-


posto no artigo 69.º, n.º 1 dos Estatutos da USTP;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 789

Capítulo I a) A formação universitária ao mais alto nível


Disposições Gerais através de uma oferta educativa diversifi-
cada que compreende a formação ao nível
Secção I de licenciatura, mestrado, doutoramento,
Missão, atribuições e princípios bem como formação não conducente a
grau, inicial e contínua, para cientistas,
Artigo 1.º técnicos, professores e profissionais de to-
Identidade, Missão dos os outros sectores de actividade que in-
tegrem as valências referidas na sua mis-
1. O Instituto Superior de Ciências da Saúde - são;
Victor Sá Machado, adiante designado por
ISCSVSM ou apenas Instituto, é uma unidade b) A realização de investigação sistemática e
orgânica da Universidade de S. Tomé e Príncipe, organizada, num quadro de referência in-
que tem por missão desenvolver projectos de ensi- ternacional, nas áreas afins;
no, de investigação e de interacção com a socieda-
de nas áreas de conhecimento das ciências da saú- c) A transferência, o intercâmbio e a valoriza-
de e domínios afins a nível nacional e ção dos conhecimentos científicos e peda-
internacional, contribuindo para o desenvolvimen- gógicos, através do desenvolvimento de
to da sociedade santomense através do ensino, da projectos de intervenção e de cooperação a
aprendizagem e da investigação nas áreas mencio- nível nacional e internacional, da realiza-
nadas. ção de programas e acções de educação e
formação contínua, no quadro mais geral
2. O Instituto perfilha a divulgação e conheci- de uma interacção permanente com a soci-
mento das ciências da saúde nos domínios científi- edade, numa base de valorização recíproca;
cos e as práticas à promoção do bem-estar dos
indivíduos, da família, e da sociedade santomense. d) O intercâmbio científico, pedagógico e cul-
tural com instituições e organizações naci-
Artigo 2.º onais e estrangeiras, através da mobilidade
Símbolos de estudantes, docentes, investigadores e
pessoal não docente, de parcerias de ensi-
1. São símbolos do ISCSVSM-USTP o logótipo no, de investigação e de outras acções de
e a bandeira. cooperação internacional, com destaque
para os países de língua portuguesa;
2. As cores da ISCSVSM-USTP são brancas e
verde-claro. e) Celebrar outros acordos de parcerias ou
protocolos de cooperação com Instituições
3. O selo (carimbo) do ISCSVSM-USTP é o da públicas ou privadas, nacionais ou estran-
Universidade de S. Tomé e Príncipe, acrescido da geiras, ouvido o Conselho para a Coopera-
designação da Unidade. ção;

Artigo 3.º f) A promoção de actividades que possibili-


Atribuições tem o acesso e a fruição de bens culturais
por todas as pessoas e grupos internos e ex-
1. O cumprimento da missão referida no artigo ternos ao Instituto e à Universidade.
1.º é garantido pela existência de um projecto ci-
entífico, pedagógico e de intervenção diferenciada, Artigo 4.º
sustentável e de qualidade, levado a cabo pelo Princípios
Instituto, servido por subunidades orgânicas defi-
nidas de forma consistente e adequadamente estru- 1. O Instituto deve nortear-se pelos princípios
turadas, competindo estas as seguintes atribuições: de:
790 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

a) Dignidade e integridade da pessoa e do seu Artigo 6.º


desenvolvimento ético, cultural, científico, Autonomia estatutária
artístico, profissional, social e económico;
O ISCSVSM-USTP dispõe do direito de definir
b) Igualdade e respeito pela diversidade, par- as normas reguladoras do seu funcionamento atra-
ticipação democrática, direito à informa- vés do poder de elaboração, aprovação e revisão
ção, pluralismo de opiniões e de orienta- dos seus estatutos, no âmbito das competências
ções; para o efeito, conferidas pela lei e pelos estatutos
da Universidade.
c) Liberdade de aprender, ensinar e investi-
gar; Artigo 7.º
Autonomia académica e cultural
d) Liberdade de criação científica, tecnológi-
ca, artística e cultural; 1. O ISCSVSM-USTP goza de autonomia aca-
démica exercida nos termos da lei, dos Estatutos
e) Cultura de qualidade, fundada na respon- da USTP e dos presentes Estatutos, nos domínios
sabilidade e na prevalência do interesse ge- científico e pedagógico, com responsabilidade
ral; social e pautada por valores éticos, contribuindo
para a realização dos objectivos estratégicos da
f) Abertura à mudança sociocultural, numa Universidade nas áreas e domínios afins.
perspectiva de progresso da sociedade;
2. No contexto da sua autonomia cultural, com-
g) Colegialidade, solidariedade universitária e pete ao Instituto definir e promover livremente
bem-estar; políticas e iniciativas de natureza cultural e de
divulgação científica, dirigidas ao meio académico
h) Indissociabilidade da docência e da inves- e à sociedade em geral.
tigação científica;
Artigo 8.º
i) Ligação com a comunidade e cooperação Autonomia científica e pedagógica
estreita com outras instituições e outros
povos, com especial relevo para os de lín- O ISCSVSM-USTP dispõe de autonomia cientí-
gua portuguesa. fica e pedagógica, sendo que, no uso da mesma e
no integral respeito pela lei, possui a capacidade
Secção II específica para:
Autonomia
a) Definir, programar e executar os seus pla-
Artigo 5.º nos de estudo, formação e investigação;
Autonomias
b) Fixar, para cada curso, as regras de acesso,
1. O ISCSVSM - USTP goza, nos termos dos matrícula, inscrição, reingresso, transferên-
Estatutos da Universidade de São Tomé e Príncipe cia e mudança de curso;
e dos presentes Estatutos, de autonomia estatutá-
ria, académica e cultural, científica e pedagógica, c) Elaborar propostas dos planos de estudos,
administrativa e competências de gestão, financei- bem como os programas das respectivas
ra e patrimonial e de cooperação. disciplinas;

2. O Instituto pode emitir regulamentos para a d) Estabelecer os regimes de prescrição, pre-


melhoria da organização e funcionamento, no res- cedência e passagem de ano;
peito a lei, dos Estatutos da USTP e dos seus pró-
prios Estatutos.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 791

e) Definir as condições e os métodos de ensi- trumentos de gestão relativos às verbas de


no e escolher os processos de avaliação de funcionamento;
conhecimentos adequados;
b) Elaborar o relatório e o mapa de execução
f) Realizar práticas pedagógicas; orçamental;

g) Executar a totalidade das actividades cien- c) Criar incentivos à obtenção de receitas


tíficas, tecnológicas e culturais definidas próprias;
pelos seus órgãos estatutários competentes;
d) Dispor dos seus saldos, consignados e não
h) Executar as demais actividades de índole consignados;
científica e ou pedagógica que, por lei, lhe
sejam adstritas. e) Dispor das dotações provenientes do Or-
çamento Geral do Estado e demais receitas
Artigo 9.º disponibilizadas pelos órgãos competentes
Autonomia administrativa e competências de da Universidade, nos termos de mecanis-
gestão mos claros de transferência que salvaguar-
dem a necessidade de garantir a coesão e o
1. O Instituto goza de autonomia administrativa equilíbrio financeiro;
e de competências de gestão nos termos gerais do
Direito e dos princípios da Administração Pública, f) Celebrar contractos e protocolos para a
devendo reger-se pelos princípios de economia, prestação de serviços e a aquisição de bens
eficiência, eficácia e transparência na utilização e serviços;
dos seus recursos e no cumprimento das normas
legais em vigor. g) Convidar, contratar, avaliar e promover
pessoal, docente e não docente, e conceder
2. A autonomia administrativa e a competência bolsas;
de gestão traduzem-se na capacidade dos seus di-
rigentes para autorizar a realização de despesas e h) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e
para praticar, no mesmo âmbito, actos administra- transferir verbas entre as rubricas e capítu-
tivos definitivos referentes à sua gestão. los orçamentais;

3. Os actos mencionados no número anterior são i) Dispor de receitas próprias provenientes de


todos aqueles que integram as actividades que o projectos e de prestação de serviços, dedu-
Instituto desenvolve para a prossecução das suas zidos os custos legais de funcionamento;
atribuições relacionadas com as despesas correntes
e de capital. j) Realizar despesas que vierem a ser fixadas,
dentro dos limites legais, pelos órgãos
4. Por força da lei e dos estatutos da USTP, ex- competentes do Instituto e da Universida-
cluem-se do âmbito da gestão corrente os actos de.
que, são da competência exclusiva dos órgãos de
governo da Universidade, a realização de despesas Artigo 10.º
cujo montante ou natureza ultrapassem a execu- Autonomia financeira e patrimonial
ção, nos limites aprovados no orçamento.
1. O Instituto dispõe de autonomia financeira e
5. O Instituto goza dos seguintes poderes ao ní- nesse âmbito gere os valores das propinas, as ver-
vel da sua gestão financeira: bas anuais que lhe são atribuídas no Orçamento
Geral do Estado ou adquiridas por iniciativa pró-
a) Elaborar, aprovar e executar os planos anu- pria, podendo:
ais e plurianuais, orçamentos e outros ins-
792 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

a) Elaborar e propor o seu orçamento, nos b) Investigação;


termos previstos nos estatutos;
c) Extensão.
b) Gerir livremente os valores das propinas,
as verbas que anualmente lhe são atribuí- Artigo 13.º
das no Orçamento de Estado ou adquiridas Domínio de desenvolvimento de projectos
por iniciativa própria;
1. O ISCSVSM-USTP, de acordo com a sua au-
c) Elaborar os seus programas plurianuais; tonomia e o enquadramento estabelecido pelos
Estatutos da Universidade de São Tomé e Prínci-
d) Obter receitas e gerir anualmente através pe, desenvolve projectos de ensino, investigação e
de orçamento próprio; de interacção com a sociedade em vários domí-
nios, no âmbito da Ciência da Saúde e áreas afins.
2. No âmbito da sua autonomia patrimonial, o
ISCSVSM tem a capacidade de gerir o seu patri- 2. Os projectos podem ser desenvolvidos em
mónio bem como adquirir directamente, os bens conjunto com outras unidades orgânicas de ensino
móveis e imóveis necessários ao seu funcionamen- e investigação da USTP.
to.
Artigo 14.º
Artigo 11.º Natureza dos projectos de ensino
Competências de Cooperação
Consideram-se projectos de ensino do
O ISCSVSM-USTP desenvolve a sua acção, ISCSVSM-USTP, os ciclos de estudos conducen-
com autonomia, nas questões respeitantes às rela- tes à obtenção de graus de licenciado, mestre e
ções com a comunidade nacional e internacional, doutor, bem como outras modalidades de forma-
celebrando contractos, acordos de parcerias e pro- ção não conferentes de grau, previstos no mapa da
tocolos de cooperação, no âmbito dos programas oferta educativa da USTP, nas áreas de sua actua-
de mobilidade dos docentes e não-docentes, e de ção.
cooperação com instituições de ensino e ou de
saúde, com a finalidade do desenvolvimento de Artigo 15.º
actividades de ensino, investigação e de extensão Natureza dos projectos de investigação
cultural e outras acções conjuntas, de interesse
mútuo, que se enquadrem na natureza, missão, fins Para efeitos destes Estatutos, consideram-se
e estratégia do ISCSVSM-USTP, ouvido o Conse- projectos de investigação as actividades de inves-
lho para a Cooperação. tigação científica ou científico-tecnológica, com
objectivos específicos de duração limitada e com
Capítulo II execução programada no tempo, no domínio e nas
Projectos de Investigação, de Ensino e de In- áreas de sua actuação.
teracção com a Sociedade
Artigo 16.º
Artigo 12.º Natureza dos projectos de interacção com a
Projectos sociedade

1. Os projectos do Instituto correspondem a ac- 1. Os projectos de extensão constituem acções


tividades que visam a realização da sua missão e desenvolvidas pelo Instituto, integradas na sua
atribuições e que, consoante a sua finalidade do- missão, não inseridas directamente no âmbito do
minante, podem ser de: ensino ou investigação formal, visando a satisfa-
ção de interesses ou necessidades da comunidade,
a) Ensino; num quadro de reciprocidade.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 793

2. Os projectos de extensão pelo Instituto po- Artigo 19.º


dem ser projectos de formação, de prestação de Composição e funcionamento do Conselho do
serviços, culturais e de divulgação científica. Instituto

Capítulo III 1. O Conselho do Instituto é um órgão colegial


Governo e Estrutura Interna do ISCSVSM- de direcção executiva, composto por três professo-
USTP res de quadro do ISCSVSM-USTP, sendo um de-
les, o Presidente do Instituto que o preside, um
Secção I estudante e um funcionário não docente. À excep-
Modelo de Governo e Princípios de Gestão ção do Presidente, os demais membros são eleitos
entre os pares. Uma personalidade de reconhecido
Artigo 17.º mérito nos meios científico, cultural e sócio-
Governação e organização económico, cooptados pelos demais membros.

1. O governo do Instituto baseia-se nos princí- 2. A eleição dos membros previstos no número
pios da participação, democraticidade e prestação anterior é feita nos termos do regulamento próprio
de contas. a aprovar pelo Conselho da USTP.

2. O Instituto dispõe de competências de gestão 3. O Conselho do Instituto reúne ordinariamente


nos termos dos presentes estatutos e das leis do uma vez em cada trimestre, podendo reunir de
país e dos estatutos da USTP. forma extraordinária sempre que convocado pelo
Presidente ou solicitado por dois terços dos seus
3. O ISCSVSM-USTP fica sujeita à fiscalização membros.
financeira da Universidade e do Estado.
Artigo 20.º
4. O Instituto adopta os princípios de garantia da Competências do Conselho do Instituto
qualidade fixada no país e outros que vierem a ser
promovidos pela USTP e pelos seus diversos ór- 1. Compete ao Conselho do Instituto:
gãos directivos, de acordo com as competências
que lhes são atribuídas por estes estatutos. a) Aprovar a criação, suspensão e extinção de
cursos afectos aos departamentos do Insti-
Secção II tuto;
Órgãos
b) Aprovar as alterações aos Estatutos do Ins-
Artigo 18.º tituto, ouvidos o Conselho Científico e o
Órgãos de Governo Conselho Pedagógico;

1. São órgãos de governo do Instituto Superior c) Apreciar o plano e orçamento, bem como o
de Ciências da Saúde Victor Sá Machado os se- relatório e as contas do Instituto;
guintes:
d) Pronunciar-se sobre as medidas a tomar em
a) O Presidente; caso de vacatura do cargo, renúncia, inca-
pacidade ou impedimento do Presidente;
b) O Conselho do Instituto;
e) Aprovar parcerias e colaboração interinsti-
c) O Conselho Executivo e de Gestão; tucional no âmbito do ensino e da forma-
ção;
d) O Conselho Científico;
f) Aprovar políticas e programas de formação
e) O Conselho Pedagógico. de docentes;
794 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

g) Aprovar as propostas de plano e orçamen- 6. Se no prazo indicado no número anterior não


to, relatório anual e de contas e contratos- surgirem candidaturas, a votação pode incidir so-
programa; bre qualquer docente do quadro da USTP, de
acordo com o ponto 1 do presente artigo.
h) Aprovar o regimento da respectiva unidade
orgânica; 7. A eleição do Presidente do ISCSVSM reali-
za-se consecutivamente entre os dois candidatos
i) Aprovar os regulamentos e planos curricu- mais votados até que um deles obtenha 50% mais
lares dos cursos do ISCSVSM-USTP; um, do universo dos votantes.

j) Aprovar a criação dos departamentos no 8. Os candidatos ao cargo do Presidente do


ISCSVSM-USTP; ISCSVSM deverão reunir-se com os membros do
Conselho do instituto para apresentar a sua moção,
k) Apreciar outros assuntos que lhe sejam sendo o sorteio da ordem de apresentação da res-
submetidos, por solicitação dos órgãos do ponsabilidade da Comissão Eleitoral.
Instituto.
9. O Presidente cessante do ISCSVSM comuni-
Artigo 21.º ca, no prazo de três dias úteis para efeito de homo-
Presidente do Instituto logação, o resultado do acto eleitoral, ao Reitor.

O Presidente do ISCSVSM é o órgão unipessoal 10. O Presidente eleito toma posse perante o
que superiormente o dirige e o representa. Reitor até trinta dias após a sua eleição.

Artigo 22.º Artigo 23.º


Perfil e eleição do Presidente do ISCSVSM Competências do Presidente do Instituto

1. O Presidente do Instituto é um docente do 1. O Presidente do ISCSVSM-USTP é o órgão


quadro da USTP, com a categoria profissional singular que superiormente o dirige e o representa,
mínima de Professor Associado, em efectividade cabendo-lhe a definição e condução da política da
de funções, para um mandato de quatro anos, não instituição.
podendo cumprir consecutivamente mais do que
dois mandatos. 2. Compete ainda ao Presidente:

2. O Presidente é eleito pelo Colégio Eleitoral a) Presidir ao Conselho do Instituto, ao Con-


do Instituto, em escrutínio secreto, de acordo com selho Executivo e de Gestão, ao Conselho
v), da alínea b) do artigo 98.º da Lei n.º 4/2017. Científico e ao Conselho Pedagógico, po-
dendo delegar parte das suas competências;
3. A eleição do Presidente do Instituto realiza-se
até 30 dias antes de concluir o mandato do Presi- b) Aprovar o calendário e horário das tarefas
dente cessante. lectivas, ouvidos o Conselho Científico e o
Conselho Pedagógico;
4. Para a organização das eleições, o Conselho
do Instituto elege uma Comissão Eleitoral, com- c) Executar as deliberações do Conselho Ci-
posta por um professor que a preside, um estudan- entífico e do Conselho Pedagógico, quando
te e um funcionário não docente. são vinculativas;

5. Os candidatos ao cargo do Presidente do d) Exercer o poder disciplinar estabelecido


ISCSVSM deverão apresentar as suas candidaturas pelos estatutos;
à Comissão Eleitoral no prazo máximo de 15 dias
antes de realização do acto eleitoral.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 795

e) Elaborar a proposta de orçamento e o plano Vice-presidente por si designado. E na impossibi-


anual de actividades, bem como o relatório lidade de o fazer assume as funções de Presidente,
de actividades e as contas; o Vice-Presidente mais antigo.

f) Designar os Directores de Departamentos, 2. Caso a situação prevista no número 1 se pro-


Coordenadores e Subcoordenadores de longue por mais de 120 dias, o Conselho do Insti-
curso, de acordo com os regulamentos pró- tuto, ouvido o Conselho Científico e o Conselho
prios; Pedagógico deve pronunciar-se acerca da conveni-
ência da eleição de um novo Presidente do
g) Homologar os responsáveis dos centros de ISCSVSM -USTP.
investigação;
Artigo 25.º
h) Nomear o coordenador geral dos centros de Conselho Executivo e de Gestão
investigação, de acordo com o regulamento
próprio; 1. O Conselho Executivo e de Gestão é presidi-
do pelo Presidente e integrado pelos Vice-
i) Homologar os resultados das eleições das Presidentes e pelo Administrador do ISCSVSM-
unidades orgânicas; USTP.

j) Promover, negociar e/ou celebrar contrac- 2. O Presidente tem voto de desempate.


tos, acordos de parcerias e protocolos de
cooperação, nos termos previstos no artigo 3. Compete ao Conselho Executivo e de Gestão:
11.º do presente Estatuto;
a) Coadjuvar o Presidente na condução da po-
k) Exercer as demais funções previstas na lei lítica científica e pedagógica do Instituto;
ou nos estatutos;
b) Coadjuvar o Presidente na condução da
l) O Presidente tem voto de desempate; gestão administrativa, patrimonial, finan-
ceira e dos recursos humanos, sendo-lhe
m) Exercer as funções que lhe sejam delega- aplicável a legislação em vigor para os or-
das pelo Reitor. ganismos públicos dotados de autonomia
administrativa e financeira;
3. O Presidente pode propor ao Reitor a nomea-
ção de até dois Vice-presidentes e três Pró- c) Pronunciar-se sobre os assuntos que lhe se-
presidentes, podendo delegar nestes, parte das suas jam submetidos pelo Presidente.
competências.
4. O Conselho Executivo e de Gestão reúne com
4. Durante o exercício dos seus mandatos, o os directores de departamento para se pronuncia-
Presidente e os Vice-presidentes estão dispensados rem sobre os assuntos que lhe sejam submetidos
das tarefas docentes e de investigação, podendo pelo Presidente e sobre as matérias do âmbito das
exercê-las em casos de necessidade da instituição suas competências.
ou se assim o entenderem e nesta situação a com-
pensação será em horas lectivas extraordinárias. 5. Servirá de secretário do Conselho, sem direito
a voto, o funcionário que para o efeito for desig-
Artigo 24.º nado por despacho do Presidente.
Ausências ou Incapacidade

1. Nas ausências, impedimentos ou quando se


verifique a incapacidade temporária do Presidente
do ISCSVSM-USTP, assume as suas funções o
796 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

Artigo 26.º d) Deliberar sobre a distribuição do serviço


Composição, constituição e funcionamento do docente, sujeitando à homologação do Pre-
Conselho Científico sidente;

1. O Conselho Científico é o órgão que define e e) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de


superintende a política científica do ISCSVSM- estudos e aprovar os planos de estudos dos
USTP. ciclos de estudos ministrados;

2. O Conselho Científico é composto pelos re- f) Propor ou pronunciar-se sobre a concessão


presentantes dos órgãos abaixo referenciados: de títulos ou distinções honoríficas, medi-
ante voto favorável de 2/3 dos seus mem-
a) O Presidente do Instituto que o preside ou bros em efectividade de funções;
em quem ele delegar;
g) Propor ou pronunciar-se sobre a instituição
b) Um Vice-presidente que coordena as acti- de prémios escolares;
vidades do Conselho;
h) Propor ou pronunciar-se sobre a realização
c) Nove representantes dos professores e in- de acordos e de parcerias internacionais;
vestigadores de maior categoria profissio-
nal e dos Doutores que exercem funções i) Propor a composição dos júris de provas e
docentes e ou de investigação no Instituto, de concursos académicos;
em regime de tempo integral, com contrac-
to de duração não inferior a seis meses; j) Praticar os outros actos previstos na lei re-
lativos à carreira docente e de investigação
d) Um máximo de dois representantes dos e ao recrutamento de pessoal docente e de
Centros de Investigação; investigação;

e) Os directores dos departamentos. k) Pronunciar-se sobre as propostas de nome-


ação dos Coordenadores e Comissões Ci-
3. As representações previstas na alínea d) obe- entíficas dos cursos.
decem ao determinado no regulamento do respec-
tivo Centro. 2. A audição do Director de Departamento na
forma presencial é obrigatória para as matérias
4. O Regimento do Conselho Científico, apro- constantes das alíneas c), d), e), i), j) e k) no que
vado por este órgão, define o seu funcionamento. respeitar ao respectivo departamento.

Artigo 27.º 3. Os membros do conselho científico não po-


Competências do Conselho Científico dem pronunciar-se sobre assuntos referentes:

1. Compete ao Conselho Científico, dentre ou- a) Aos actos relacionados com a carreira de
tros: docentes com categoria superior à sua;

a) Aprovar o seu regimento; b) Aos concursos ou às provas em relação aos


quais reúnam as condições para serem opo-
b) Apreciar o plano de actividades científicas sitores ou porque podem ter qualquer outro
do Instituto; interesse directo na causa.

c) Pronunciar-se sobre a criação, transforma-


ção ou extinção de unidades de ensino e de
investigação;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 797

Artigo 28.º d) Pronunciar-se sobre a criação de ciclos de


Composição e funcionamento do Conselho estudos e sobre os planos dos ciclos de es-
Pedagógico tudos ministrados;

1. O Conselho Pedagógico é composto por ele- e) Pronunciar-se sobre o regime de prescri-


mentos dos órgãos abaixo referenciados e nomi- ções;
nados:
f) Pronunciar-se sobre o calendário lectivo e
a) O Vice-presidente, designado pelo Presi- os mapas de exames;
dente do Instituto que o preside;
g) Pronunciar-se sobre a instituição de pré-
b) Os Directores dos departamentos; mios escolares;

c) Os Coordenadores dos cursos dos diferen- h) Apreciar queixas relativas a questões de


tes ciclos de estudos promovidos pelo Ins- natureza pedagógica e propor as providên-
tituto, bem como de um representante de cias necessárias;
cada unidade orgânica da Universidade que
tenha participação específica nesses ciclos i) Pronunciar-se sobre as orientações peda-
de estudos; gógicas e os métodos de ensino e de avali-
ação;
d) Um estudante de cada ciclo de estudos.
j) Exercer as demais competências que lhe
2. O Conselho Pedagógico reúne-se ordinaria- sejam conferidas pelos presentes Estatutos
mente duas vez por semestre podendo reunir-se de e pelos Estatutos da USTP.
forma extraordinária sempre que convocado pelo
Presidente ou solicitado por um mínimo de dois 2. Compete ainda ao Conselho Pedagógico co-
terços dos seus membros adjuvar o Presidente do Instituto na:

3. Nas reuniões do Conselho Pedagógico podem a) Definição e na execução de uma política


participar, sem direito a voto, elementos externos activa de qualidade pedagógica, com o ob-
ao Conselho, nos termos previstos no respectivo jectivo de proporcionar um ambiente favo-
regulamento. rável ao ensino e à aprendizagem;

Artigo 29.º b) Promoção do sucesso escolar;


Competências do Conselho Pedagógico
c) Promoção da participação dos alunos em
1. Compete ao Conselho Pedagógico: actividades de investigação científica;

a) Aprovar o regulamento de avaliação do d) Organização e apoio a estágios de forma-


aproveitamento dos estudantes; ção profissional;

b) Promover a realização de inquéritos regula- e) Preparação dos programas de mobilidade


res ao desempenho pedagógico do internacional de estudantes;
ISCSVSM-USTP, bem como a sua análise
e divulgação; f) Integração dos novos alunos na vida do
ISCSVSM-USTP, com particular atenção
c) Promover a realização da avaliação do de- aos estudantes portadores de deficiência,
sempenho pedagógico dos docentes, bem aos trabalhadores-estudantes e aos estudan-
como a sua análise e divulgação; tes estrangeiros.
798 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

3. O Conselho Pedagógico exerce as suas com- j) Assinar as declarações, certificados de fre-


petências no quadro das orientações para a promo- quência e outros documentos de natureza
ção da qualidade pedagógica definidas pela Uni- administrativa;
versidade.
k) Exercer as demais competências ou que lhe
4. O Conselho pode delegar parte das suas com- sejam delegadas pelo Presidente.
petências no seu Presidente.
2. O Administrador trabalha em estreita colabo-
Artigo 30.º ração com o Administrador geral da Universidade.
Administrador
Capítulo IV
1. O Instituto dispõe de um Administrador, es- Estrutura Orgânica do ISCSVSM-USTP
colhido pelo Presidente, preferencialmente, de
entre professores e funcionários com capacidade e Artigo 31.º
experiência na matéria de gestão, ao qual compete, Estrutura geral
nomeadamente:
O ISCSVSM-USTP estrutura-se em Departa-
a) Orientar e coordenar as actividades dos mentos, Centros e Unidades de Investigação.
seus serviços, de acordo com as directivas
do presidente e dos regulamentos da Uni- Secção I
versidade; Departamentos

b) Elaborar o orçamento e plano de activida- Artigo 32.º


des, bem como o relatório de actividades e Natureza dos Departamentos
as contas e submeter ao Presidente;
1. A estrutura orgânica do ISCSVSM-USTP as-
c) Dirigir o pessoal não docente e não inves- senta fundamentalmente nos Departamentos, que
tigador, sob orientação do Presidente do são unidades de ensino e investigação e de presta-
Instituto; ção de serviços à comunidade e que correspondem
a uma área fundamental e consolidada do saber ou
d) Supervisionar os planos de formação do a um conjunto de áreas com inequívoca ligação
pessoal não docente e não ligado à investi- entre si, delimitadas em função de objectivos pró-
gação; prios e de metodologias e técnicas de investigação
específicas.
e) Assistir tecnicamente os órgãos do Institu-
to; 2. À altura da homologação dos presentes Esta-
tutos o ISCSVSM-USTP inclui os seguintes De-
f) Elaborar estudos, pareceres e informações, partamentos:
relativos à gestão do Instituto;
a) Ciências Médicas e de Enfermagem;
g) Recolher, sistematizar e divulgar legislação
com interesse para a actividade do Institu- b) Epidemiologia e Saúde Pública;
to;
c) Clínica Complementar.
h) Informar e submeter a despacho do Presi-
dente todos os assuntos relativos a questões 3. Cabe ao Conselho Científico do ISCSVSM-
de natureza técnica e administrativa; USTP propor a criação, transformação, cisão, fu-
são e extinção de Departamentos, competindo ao
i) Passar certidões dos documentos constan- Reitor a sua aprovação, com o parecer favorável
tes dos processos à sua guarda; do Conselho do Instituto.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 799

4. A criação e o funcionamento de um departa- conformidade com os estatutos da Universidade de


mento são feitos de acordo com o estatuído no S. Tomé e Príncipe e os presentes estatutos.
Regulamento Geral dos Departamentos.
Artigo 34.º
5. Os Departamentos criados ao abrigo deste ar- Órgãos dos Departamentos
tigo passam a fazer parte da estrutura orgânica do
Instituto sem necessidade de se observar o proce- 1. Os Departamentos têm os seguintes órgãos de
dimento de alteração dos Estatutos. governo:

6. Sem prejuízo da unidade do Instituto e no a) O Conselho de Departamento


respeito das competências e decisões dos respecti-
vos órgãos centrais, os Departamentos gozam de b) O Director;
autonomia pedagógica e científica.
2. Os Departamentos podem, no âmbito do seu
7. Apenas os professores, assistentes e investi- regulamento, constituir outros órgãos que assu-
gadores podem ser recrutados para os departamen- mam algumas das funções cometidas ao Conselho
tos, em regime de nomeação ou com contracto por de Departamento, desde que o seu tamanho o justi-
meio de concursos específicos. fique e que seja aprovado pelo Presidente do Insti-
tuto.
8. Podem ser recrutados, para os departamentos,
docentes convidados, de acordo com o estatuído Artigo 35.º
nos estatutos da carreira docente. Composição e Competências do Conselho do
Departamento
9. Os Departamentos não podem ter subdivisões
orgânicas. 1. O Conselho do Departamento é composto pe-
los docentes preferencialmente doutorados do De-
10. Os Departamentos dispõem de serviços de partamento.
apoio à gestão.
2. Compete ao Conselho do Departamento:
Artigo 33.º
Membros dos Departamentos a) Assegurar, no seu âmbito de actuação, o
normal funcionamento e progresso dos pro-
1. Todos os professores, assistentes e investiga- jectos em que o departamento esteja envol-
dores do quadro do pessoal docente e de investi- vido;
gação e os com contracto com o ISCSVSM-USTP
têm de estar afectados aos Departamentos. b) Aprovar o plano e o relatório anual de acti-
vidades;
2. Os investigadores dos Centros de Investiga-
ção com contracto com o ISCSVSM-USTP são c) Eleger o seu Director, dentre docentes de
afectados a um Departamento em função da área maior categoria profissional;
do saber a que se dedicam.
d) Propor a distribuição do serviço docente
3. As mudanças de Departamento carecem de pelos membros do Departamento;
autorização do Presidente do Instituto e dos Direc-
tores de Departamentos envolvidos. e) Propor os planos e programas de formação
do pessoal docente;
4. Em cada ano, o Presidente do Instituto publi-
ca a lista dos membros dos Departamentos, especi- f) Pronunciar-se sobre a criação, reestrutura-
ficando a capacidade eleitoral de cada um, em ção ou extinção de projectos de ensino em
800 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

que o Departamento seja parte intervenien- 3. A periodicidade das reuniões do Conselho de


te; Departamento, em plenário ou em comissões, é
definida no respectivo regulamento.
g) Propor ao Conselho Científico a composi-
ção dos júris para as provas académicas no Artigo 37.º
âmbito do Departamento; Director do Departamento

h) Emitir parecer, quando necessário, sobre a 1. O Director do Departamento é um Professor


admissão de candidatos ao doutoramento; com mínimo mestrado, em regime de tempo inte-
gral, eleito pelo plenário do Conselho do Depar-
i) Emitir parecer sobre os projectos de tese de tamento.
doutoramento e propor ao Conselho Cientí-
fico a nomeação dos respectivos orientado- 2. Em situações devidamente fundamentadas,
res; por decisão do Presidente do ISCSVSM-USTP,
sob proposta do Conselho do Departamento, o
j) Emitir pareceres, quando se justifique, so- Director pode ser eleito de entre o conjunto dos
bre os relatórios de progresso das activida- Professores do Departamento.
des dos candidatos a doutoramento;
3. Compete ao Director do Departamento:
k) Emitir pareceres sobre as propostas de li-
cença sabática e respectivos relatórios; a) Presidir ao Conselho do Departamento e as
suas comissões;
l) Propor o recrutamento do pessoal docente
para o Departamento; b) Representar o Departamento;

m) Pronunciar-se sobre a abertura de concur- c) Convocar e conduzir as reuniões do Conse-


sos para as vagas de professores do quadro lho do Departamento e das demais comis-
e a contratar; sões quando existam;

n) Elaborar o regulamento do Departamento; d) Submeter ao Conselho do Departamento a


proposta do plano de actividades e o relató-
o) Exercer as demais competências que lhe rio anual, a apresentar ao Conselho do
sejam delegadas pelo Conselho do ISCSVSM-USTP;
ISCSVSM-USTP.
e) Coordenar a gestão dos recursos materiais,
Artigo 36.º afectos ao Departamento;
Funcionamento do Conselho do Departamen-
to f) Garantir a realização das eleições previstas
nos estatutos do Instituto referentes ao De-
1. O Conselho do Departamento funciona em partamento e submeter ao Presidente para
plenário e em comissões restritas a docentes de homologação dos resultados;
maior categoria profissional, cuja composição é
definida no respectivo regulamento. g) Coordenar a elaboração dos mapas de dis-
tribuição do serviço docente;
2. O Conselho do Departamento pode ainda
funcionar em comissões eventuais, cuja constitui- h) Exercer as delegações de competências que
ção, composição e competências são aprovadas lhe forem atribuídas pelos órgãos do Insti-
pelo plenário. tuto;
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 801

i) Exercer, em permanência, as funções que 5. O coordenador deve obedecer ao seguinte


lhe forem cometidas pelo Conselho do De- perfil:
partamento.
a) Ser docente com mestrado, formação e ex-
4. O Director pode delegar em qualquer outro periência na área específica;
membro do Conselho de Departamento a presi-
dência das comissões criadas no seio do Conselho. b) Conhecer os objectivos e o curriculum do
curso;
5. O mandato do Director do Departamento é de
quatro anos, renovável por duas vezes. c) Ter facilidades de acesso aos campos de
estágio e aos docentes.
6. O Director pode delegar competências num
Director-adjunto, que assegura as suas funções no 6. Na impossibilidade do cumprimento do ponto
caso de ausência ou de impedimento. 5, pode ser eleito um professor de entre os docen-
tes que leccionam no respectivo curso.
Artigo 38.º
Dever de cooperação 7. O mandato dos coordenadores é de dois anos
renováveis.
O Director do Departamento deve cooperar com
os órgãos de governo do ISCSVSM-USTP no Artigo 41.º
cumprimento das linhas de orientação por estes Competências das Coordenações de Curso
aprovadas.
1. Compete e cada Coordenação de Curso, nos
Secção II domínios que lhe são próprios e sem prejuízo da
Coordenação de curso articulação com outras Coordenações de Curso:

Artigo 39.º a) Zelar pela qualidade do curso, no âmbito


Natureza das Coordenações de curso do Sistema de Gestão da Qualidade do Ins-
tituto, nos termos definidos nos Estatutos
As coordenações de curso têm como missão a da USTP;
gestão curricular e pedagógica dos cursos, procu-
rando interpretar e dar cumprimento às orientações b) Acompanhar o funcionamento do curso em
estratégicas definidas. articulação com os Coordenadores dos De-
partamentos;
Artigo 40.º
Composição das Coordenações de Curso c) Fazer a gestão curricular e pedagógica dos
respectivos cursos;
1. As coordenações de curso são propostas por
listas aprovadas em Conselho Científico. d) Participar na elaboração de propostas de
criação, reestruturação e extinção dos cur-
2. A destituição ou substituição de parte da sos;
equipa de Coordenação de Curso são igualmente
competências do Conselho Científico. e) Definir e operacionalizar as linhas estraté-
gicas da formação e os critérios de articu-
3. Cada equipa de coordenação de curso deve lação de métodos e conteúdos no âmbito do
ter no máximo dois elementos. Um coordenador e curso que coordena;
um coordenador adjunto.
f) Garantir a operacionalização e a organiza-
4. O coordenador do curso é eleito de entre os ção das práticas profissionais;
docentes afectos ao respectivo curso.
802 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

g) Promover e garantir a execução das acções Artigo 43.º


necessárias ao desenvolvimento e à imple- Centros de Investigação internos
mentação do curso que gere e de outras ac-
tividades e programas de formação sob a 1. Os Centros de Investigação internos são
sua responsabilidade; aqueles que integram o ISCSVSM-USTP.

h) Propor critérios para o estabelecimento dos 2. Os Centros internos regem-se por regulamen-
horários dos cursos e respectivos calendá- tos próprios, aprovados pela sua Comissão Cientí-
rios de frequência e de exame; fica e homologados pelo Presidente do ISCSVSM-
USTP.
i) Participar nos processos de avaliação inter-
na e externa de Unidades Curriculares e 3. São órgãos de governo dos centros internos o
Cursos, em concertação com outros órgãos Director do Centro e a Comissão Científica.
de governo.
4. O Director é eleito pela Comissão Científica
2. Os estudantes de cada curso elegem anual- para um mandato de três anos.
mente um representante que é o interlocutor prin-
cipal do Coordenador do curso nas matérias rele- 5. O Director representa o Centro, preside à
vantes para os estudantes no domínio pedagógico- Comissão Científica e convoca as suas reuniões,
didáctico ou de cariz extracurricular. prepara o orçamento, plano e relatório de activida-
des e de contas, e dirige o Centro.
Secção III
Centro de Estudo e de Investigação 6. A Comissão Científica representa os investi-
gadores do Centro e tem mandato de três anos.
Artigo 42.º
Natureza dos Centros de Estudo e de Investi- 7. A Comissão Científica:
gação
a) Define a actividade de investigação do
1. Os Centros de Investigação são criados de Centro;
acordo com o artigo 17.º dos Estatutos da USTP e
do Regulamento aprovado pelo Conselho da Uni- b) Define as linhas orientadoras da utilização
versidade e têm por objectivo a realização de acti- dos equipamentos e infra-estruturas afectas
vidades de investigação científica e tecnológica, ao Centro;
cultural e em engenharias, a formação de investi-
gadores e a prestação à comunidade de serviços c) Aprova o orçamento, plano e relatório de
avançados de investigação e desenvolvimento. actividades e de contas que carecem de
homologação pelo Director do Centro de
2. Os Centros de Investigação são orientados Investigação internos ISCSVSM-USTP;
pelo Conselho Científico do Instituto, coordenados
e articulados, ao nível da Universidade, pelo Cen- d) Assegura a articulação das actividades do
tro de Estudos para o Desenvolvimento da Univer- Centro com as linhas orientadoras do Insti-
sidade. tuto e da Universidade.

3. Os Centros de Investigação do Instituto têm 8. Compete ao Conselho do ISCSVSM aprovar


um Director que é eleito nos termos dos respecti- a criação e extinção de Centros internos.
vos regulamentos.
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Artigo 44.º a) Não podem integrar outra Instituição de


Integração de Centros de Investigação no Ensino Superior ou outra Faculdade ou Ins-
ISCSVSM-USTP tituto da USTP;

1. Para que um Centro de Investigação integre o b) Sendo de natureza privada, deve o Instituto
ISCSVSM-USTP, de acordo com os estatutos da ter uma representação como sócia da enti-
USTP e dos Regulamentos próprios, tem de satis- dade jurídica que suporta o centro.
fazer as seguintes condições:
4. O Conselho Científico pode aprovar derroga-
a) Desenvolver a sua actividade no quadro ções ao estabelecido na alínea b) do número ante-
dos objectivos estratégicos e das políticas rior com base no interesse excepcional para o Ins-
comuns de garantia e de gestão da qualida- tituto, detalhadamente fundamentado.
de definidos pelos órgãos competentes da
Universidade e do Instituto; 5. Nos casos em que um Centro de Investigação
não satisfaça uma ou mais das condições expressas
b) Cumprir regras de organização e funcio- nas alíneas c), d) e g) do número 1 e alínea a) do
namento compatíveis com o disposto nas número 3, poderá mesmo assim um seu subgrupo
normas regulamentares; integrar o ISCSVSM-USTP, desde que ele cumpra
essas condições e seja constituído por pelo menos
c) Referir a Universidade de S. Tomé e Prín- cinco membros com contracto a tempo integral
cipe e, sempre que possível, o Instituto, nos com o ISCSVSM-USTP de duração não inferior a
relatórios, publicações e quaisquer outros um ano.
resultados dos trabalhos desenvolvidos no
Centro; 6. Todos os Centros de Investigação integrados
no Instituto adquirem o direito de utilizar os sím-
d) Nas publicações científicas, seguir as nor- bolos do Instituto, assumindo, correspondente-
mas de afiliação aprovadas pela Universi- mente, o dever de os colocar em situação de des-
dade e pelo Instituto; taque nas suas publicações e documentos.

e) Aceitar que o Instituto possa delegar nos Artigo 45.º


seus investigadores algumas tarefas, nome- Membros dos Centros de Investigação
adamente lectivas e de avaliação de estu-
dantes, em termos a acordar; 1. As entradas dos docentes e investigadores do
ISCSVSM-USTP em Centros de Investigação são
f) Aceitar as regras financeiras definidas pela feitas com o acordo do Presidente do Instituto, em
Universidade e pelo Instituto, com vista a cumprimento da política científica do ISCSVSM-
uma adequada partilha de receitas e despe- USTP.
sas;
2. Os docentes e investigadores da ISCSVSM-
g) Todo o seu equipamento científico e mate- USTP podem ser autorizados a pertencer a Centros
rial bibliográfico, existente ou a adquirir, de Investigação que não integrem o ISCSVSM-
estar ao serviço do Instituto; USTP, em caso de interesse estratégico para o
Instituto reconhecido pelo Conselho Científico.
2. Os Centros de Investigação com contas exe-
cutadas no ISCSVSM-USTP estão sujeitos a toda Artigo 46.º
a regulamentação do ISCSVSM-USTP e da USTP. Recursos humanos e materiais dos Departa-
mentos e Centros de Investigação
3. Os Centros de Investigação integrados no
ISCSVSM-USTP, cujas contas não são executadas A ISCSVSM-USTP afectará aos departamentos
no Instituto: os recursos humanos e materiais para a prossecu-
804 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

ção dos seus objectivos no enquadramento institu- a) Formação contínua de profissionais nos di-
cional. Poderá ainda afectar meios para os centros versos domínios;
de investigação, nomeadamente para actividades
de investigação de carácter multidisciplinar. b) Cooperação e intercâmbio no campo edu-
cacional e no domínio científico;
Secção IV
Serviços do Instituto Superior de Ciências da c) Inovação e avaliação educacionais.
Saúde Victor Sá Machado
Secção V
Artigo 47.º Património e Recursos Financeiros
Serviços de apoio
Artigo 49.º
1. O ISCSVSM-USTP dispõe dos serviços ne- Património
cessários para assegurar a prossecução das suas
atribuições e o exercício das competências dos Constitui património do ISCSVSM-USTP o
seus órgãos e, ainda, para prestar o apoio conveni- conjunto de bens e direitos que, pelo Estado ou
ente às unidades de ensino e de investigação. outras entidades, públicas ou privadas, sejam afec-
tados à realização dos seus objectivos.
2. Os serviços referidos no número anterior de-
vem articular-se com os serviços correspondentes Artigo 50.º
da Universidade. Recursos Financeiros

3. A organização dos serviços do ISCSVSM- 1. São receitas do ISCSVSM:


USTP é determinada pelo Presidente, constando
de regulamento aprovado por este. a) As dotações que lhe forem concedidas pelo
Estado;
Artigo 48.º
Serviços de extensão b) Os rendimentos de bens próprios ou de que
tenha a fruição;
1. Os projectos de extensão promovidos pelo
Instituto organizam-se em serviços de carácter c) As provenientes do pagamento de propi-
interdepartamental em articulação com os centros nas;
de investigação afins.
d) As resultantes da prestação de serviços à
2. O Conselho do Instituto é o órgão responsá- comunidade e da venda de publicações;
vel pela criação, fusão ou extinção dos serviços de
extensão, bem como pela aprovação do seu regu- e) Os subsídios, subvenções, comparticipa-
lamento, plano anual de actividades e respectivo ções, doações, heranças e legados;
relatório.
f) O produto da venda de bens imóveis,
3. Os professores e investigadores do quando autorizada nos termos da lei, assim
ISCSVSM-USTP podem propor ao Conselho do como de outros bens;
Instituto a criação de serviços de extensão median-
te a apresentação da respectiva fundamentação, g) Os juros dos valores depositados;
equipa proponente e plano de actividades para o
primeiro ano de funcionamento. h) Os saldos da conta de gerência de anos an-
teriores;
4. Os serviços de extensão ao nível do
ISCSVSM-USTP, devem contemplar, entre outras, i) O produto de empréstimos contraídos;
as dimensões da:
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 805

j) O produto de taxas, emolumentos, multas, Artigo 53.º


penalidades e quaisquer outras receitas que Estudantes em órgãos eleitos
legalmente lhe sejam devidas.
Os estudantes que integrem órgãos eleitos da
2. O ISCSVSM-USTP pode: USTP, do ISCSVSM, da direcção da Associação
dos Estudantes do Instituto de Ciências da Saúde
a) Criar incentivos à obtenção de receitas Victor Sá Machado (AEISCSVSM-USTP) ou de
próprias; Federação Académica da USTP onde esta esteja
representada, devem ser objecto de condições de
b) Dispor dos seus saldos, consignados e não frequência e avaliações académicas especiais, de
consignados; acordo com as normas legais em vigor.

c) Celebrar contractos e protocolos para a Artigo 54.º


prestação de serviços e a aquisição de bens Associação de Antigos Estudantes
e serviços;
Os antigos estudantes do ISCSVSM-USTP dis-
d) Contratar, avaliar e promover pessoal, do- põem de uma associação, designada Associação de
cente e não docente, e conceder bolsas; Antigos Alunos do Instituto de Ciências da Saúde
Victor Sá Machado (AAEISCSVSM-USTP), de
e) Autorizar despesas, efectuar pagamentos, e que podem fazer parte todos os antigos estudantes
transferir verbas entre as rubricas e capítu- de qualquer ciclo de estudos, e que visa estreitar o
los orçamentais. relacionamento dos antigos estudantes com o Ins-
tituto e promover a sua colaboração para a prosse-
Artigo 51.º cução dos objectivos do Instituto.
Associações privadas
Capítulo VI
O ISCSVSM-USTP pode participar em Associ- Disposições finais e transitórias
ações Privadas sem Fins Lucrativos, nos termos
legais, desde que estas estejam em alinhamento de Artigo 55.º
gestão com o ISCSVSM-USTP e contribuam para Constituição dos órgãos do ISCSVSM-USTP
o cumprimento da missão e das linhas estratégicas
do Instituto. Os órgãos do ISCSVSM-USTP previstos nos
presentes estatutos deverão estar constituídos e em
CAPÍTULO V condições de iniciar as suas funções no prazo má-
Estudantes ximo de 180 dias a contar da data da entrada em
vigor destes.
Artigo 52.º
Associação de Estudantes Artigo 56.º
Regulamentos dos Centros de Investigação
De acordo com a legislação em vigor, os estu- internos
dantes do ISCSVSM-USTP dispõem de uma asso-
ciação, designada Associação dos Estudantes do 1. A elaboração dos regulamentos dos Centros
Instituto de Ciências da Saúde Victor Sá Machado de Investigação é efectuada, em cada Centro, por
(AEISCSVSM-USTP), que representa os estudan- uma Comissão com representantes dos grupos de
tes do Instituto, constituindo-se como porta-voz investigação.
dos estudantes em todos os assuntos que digam
respeito à vida escolar, sem prejuízo das disposi- 2. O prazo para a elaboração dos regulamentos é
ções gerais relativas à participação dos estudantes de cento e oitenta dias depois da entrada em vigor
na gestão da instituição. dos presentes Estatutos.
806 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

Artigo 57.º
Revisão dos Estatutos

1. Os Estatutos podem ser objecto de revisão


ordinária quatro anos após a sua entrada em vigor
e ou quatro anos após a data da publicação da úl-
tima revisão.

2. A revisão extraordinária pode ter lugar em


qualquer momento, por deliberação do Conselho
do Instituto, aprovada por maioria de dois terços
dos seus membros em efectividade de funções.

3. As propostas de alteração dos Estatutos po-


dem ser apresentadas por qualquer dos membros
do Conselho do Instituto ou pelo Presidente.

Artigo 58.º
Dúvidas e omissões

As dúvidas e omissões suscitadas na aplicação


dos presentes Estatutos são resolvidas pelo Conse-
lho do Instituto.

Artigo 59.º
Entrada em vigor

Os presentes Estatutos entram em vigor no pri-


meiro dia útil após a sua publicação no Diário da
República, na sequência da sua homologação pelo
Reitor da Universidade.
N.º 95 – 30 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 807
808 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 95 – 30 de Junho de 2021

DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
tração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.

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