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Segunda - feira, 07 de Junho de 2021 Número 78

II SÉRIE

SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE

DIÁRIO DA REPÚBLICA

SUMÁRIO
UNIVERSIDADE DE SÃO TOMÉ E Deliberação n.º 13/USTP/2020
PRÍNCIPE (USTP) Aprova o Regulamento Geral das Candida-
turas ao Ingresso nos Cursos de Licenciatura
CONSELHO DA UNIVERSIDADE DE na Universidade de S. Tomé e Príncipe no
SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE (USTP) ano lectivo 2020-2021.

Deliberação n.º 10/USTP/2020 Deliberação n.º 14/USTP/2020


Estabelece as normas de organização curri- Aprova o Regulamento Geral de Inscrições
cular e do sistema de créditos nos cursos de e Matrículas nos Cursos de Licenciatura na
licenciatura da Universidade de S. Tomé e Universidade de S. Tomé e Príncipe.
Príncipe.
Deliberação n.º 15/USTP/2020
Deliberação n.º 11/USTP/2020 Aprova a lista de ofertas formativas da
Aprova o Regulamento dos Trabalhos de Universidade de S. Tomé e Príncipe para o
Fim dos Cursos de Graduação da Universida- ano lectivo 2020-2021.
de de S. Tomé e Príncipe.
Deliberação n.º 16/USTP/2020
Deliberação n.º 12/USTP/2020 Aprova o regulamento para a contratação
Aprova a redução do valor dos Emolumen- de docentes fora do quadro na Universidade
tos relativos às inscrições e matrículas da de S. Tomé e Príncipe.
Universidade de S. Tomé e Príncipe para o
ano lectivo 2020-2021.
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UNIVERSIDADE DE SÃO TOMÉ E tado este na mobilidade de estudantes e profis-


PRÍNCIPE (USTP) sionais. No sentido da prossecução dos objec-
tivos identificados, foi elaborado a presente de-
CONSELHO DA UNIVERSIDADE DE SÃO liberação, que institui os princípios reguladores
TOMÉ E PRÍNCIPE (USTP) dos instrumentos para a criação de um quadro
de ensino superior consubstanciado, designa-
Deliberação n.º 10/USTP/2020 damente:

Estabelece as normas de organização curricular e i. Na estrutura de ciclo no ensino superior,


do sistema de créditos nos cursos de licenciatura da conducente ao grau de licenciado;
Universidade de S. Tomé e Príncipe
ii. Na instituição de graus académicos inter-
O n.º 1 do artigo 21.º da Lei n.º 4/2018, de 18 de Fe- compreensíveis e comparáveis;
vereiro – Bases do Sistema Educativo estabelece que a
organização da formação ministrada pelos estabeleci- iii. Na organização curricular por unidades de
mentos do ensino superior obedece ao sistema de crédi- crédito acumuláveis e transferíveis no âmbito
tos. O n.º 4 do já referido artigo 21.º estabelece que nacional e internacional;
deve o Governo definir, por decreto-lei, o regime de
créditos no Ensino Superior. Esta medida no plano do iv. Nos instrumentos de mobilidade estudantil
ensino superior preconiza uma importante mudança durante e após a formação.
nos paradigmas de formação, centrando-a na globali-
dade da actividade e nas competências que os jovens O sistema de créditos curriculares, adoptado, consti-
devem adquirir, e projectando-a para várias etapas da tui um dos instrumentos mais relevantes da política
vida de adulto, em necessária ligação com a evolução institucional de evolução do paradigma formativo.
do conhecimento e dos interesses individuais e colecti-
vos. Nesta concepção, o estudante desempenha o papel
central, quer na organização das unidades curriculares,
Não tendo sido, ainda, definido o regime de créditos cujas horas de contacto assumirão a diversidade de
pelo Governo, conforme o estatuído na Lei n.º 4/2018 formas e metodologias de ensino mais adequadas, quer
e, havendo absoluta necessidade de regulamentar, ao na avaliação e creditação, as quais considerarão a glo-
nível interno, sobre esta matéria uma vez que a revisão balidade do trabalho de formação do aluno, incluindo
dos planos curriculares dos cursos, em curso, está ori- as horas de contacto, as horas de projecto, as horas de
entada para satisfazer a desejada mudança e a atribui- trabalho de campo, o estudo individual e as actividades
ção de créditos como medida do número de horas de relacionadas com avaliação, abrindo-se também a acti-
trabalho do estudante, é adoptado na USTP o ECTS vidades complementares com comprovado valor for-
(European Credit Transfer and Accumulation System). mativo artístico, sócio-cultural ou desportivo.
Nesta perspectiva são especialmente considerados:
Por sua vez, será instituído o suplemento ao diplo-
a) O reconhecimento da necessária adaptação do ma, que deve ser emitido na língua original e numa
processo de aprendizagem aos conceitos e língua de ampla divulgação (sugestão o inglês), facili-
perspectivas da sociedade moderna e aos meios tará a mobilidade e a empregabilidade com base em
tecnológicos disponíveis; informações sólidas e precisas sobre as qualificações,
designadamente a natureza, nível, contexto e conteúdo
b) A percepção da necessidade de tornar o ensino dos estudos realizados pelo seu titular.
superior mais atractivo e mais próximo dos in-
teresses da sociedade, permitindo aos jovens Deve ainda realçar-se o alcance e o impacto de ou-
uma escolha que lhes traga maior satisfação tras inovações consagradas pela presente deliberação,
pessoal e maior capacidade competitiva no tais como a adopção de uma escala de comparabilidade
mercado trabalho; de classificações e, no contexto da mobilidade, o con-
trato de estudos, o boletim de registo académico e o
c) A percepção de que o conhecimento é um bem guia informativo do estabelecimento de ensino.
universal. São objectivos fundamentalmente
sedimentados na colaboração institucional Assim, o Conselho da Universidade de S. Tomé e
transnacional e no intercâmbio cultural, susten- Príncipe, no uso das competências atribuídas pela alí-
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nea f) do artigo 27.º dos Estatutos, aprovados pelo De- Artigo 3.º
creto-lei n.º 9/2018, publicado no Diário da República Definições
n.º 99 de 18 de Julho, reunido na sala de reuniões da
Faculdade de Ciências e Tecnologia, no dia 14 de Julho Para efeitos do presente regulamento, entende-se
2020 delibera o seguinte: por:

1.º É aprovado o regulamento que estabelece as a) “Currículo” um projecto de formação que se


normas de organização curricular e do sistema de cré- concretiza mediante um processo interactivo de
ditos nos cursos de licenciatura da Universidade de S. construção do saber e de desenvolvimento de
Tomé e Príncipe; competências do aluno e implica unidade, con-
tinuidade e interdependência entre o que se de-
2.º A presente deliberação entra imediatamente em cide a nível do plano normativo, ou oficial
vigor. (dimensão instituída do currículo), e a nível do
processo de ensino-aprendizagem, que inclui a
Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe, avaliação (dimensão instituinte do currículo);
em S. Tomé, 14 de Julho de 2020. - O Presidente do
Conselho da Universidade, Peregrino Sacramento da b) “Competência”, a capacidade de mobilizar, de
Costa, (Reitor). forma integrada, com pertinência e eficácia,
um conjunto de conhecimentos e outros sabe-
REGULAMENTO DA ORGANIZAÇÃO res adquiridos para a solução de problemas
CURRICULAR E DO SISTEMA DE CRÉDITOS numa diversidade de situações ou contextos da
DOS CURSOS DE GRADUAÇÃO DA vida académica, pessoal, social ou profissional.
UNIVERSIDADE DE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE
c) “Plano curricular do curso” o projecto de for-
Artigo l.º mação que explicite a fundamentação do curso
Objecto no contexto do ensino superior, seus objecti-
vos, o requisitos conformadores do perfil de
O presente regulamento estabelece as regras e os entrada, o perfil de competências do diplomado
procedimentos a adoptar na organização curricular e na e possíveis saídas profissionais, o plano de es-
aplicação do sistema de créditos curriculares na Uni- tudos, a memória descritiva das unidades curri-
versidade de S. Tomé e Príncipe a nível dos cursos de culares, a duração da formação e respectiva
graduação. expressão em créditos, quando couber, as me-
todologias de aprendizagem e o sistema de ava-
Artigo 2.º liação.
Princípios de organização
d) “Plano de estudos de um curso” o conjunto or-
A organização curricular dos cursos de licenciatura ganizado de unidades curriculares em que um
da Universidade de S. Tomé e Príncipe obedece, no- estudante deve ser aprovado para obter o grau
meadamente aos seguintes princípios: de licenciatura;

a) A orientação da formação para o desenvolvi- e) “Unidade curricular” a unidade de ensino com


mento de perfis de competências; objectivos de formação próprios que é objecto
de inscrição administrativa e de avaliação tra-
b) A organização do trabalho do estudante medi- duzida numa classificação final;
ante a fixação do número total de créditos e a
consequente duração do ciclo de estudos, nos f) “Ano curricular” e “semestre curricular”, as
termos fixados na lei e no presente regulamen- partes do plano de estudos do curso que, de
to; acordo com o respectivo instrumento legal de
aprovação, devam ser realizadas pelo estudan-
c) A determinação das horas de trabalho do estu- te, quando a tempo inteiro, no decurso de um
dante, através das modalidades de estudo ano ou um semestre lectivo, respectivamente;
acompanhado e estudo autónomo.
g) “Duração normal de um curso” o número de
anos lectivos em que o curso deve ser realizado
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pelo estudante, quando a tempo inteiro e em desse curso noutro estabelecimento de ensino
regime presencial; superior, mediante protocolos de cooperação
académica;
h) “Horas de contacto” o tempo utilizado em ses-
sões de ensino, presencial ou a distância, de na- p) “Estabelecimento de origem” o estabelecimen-
tureza colectiva ou individual, realizadas atra- to de ensino, nacional ou estrangeiro, em que
vés de mecanismos de comunicação síncrona e se encontra matriculado e inscrito o estudante
assíncrona, sob a orientação do docente, com- em mobilidade;
preendendo, designadamente, aulas teóricas,
práticas e laboratoriais, seminários e outras ac- r) “Estabelecimento de acolhimento” o estabele-
tividades lectivas, trabalho de campo e estágio cimento de ensino, nacional ou estrangeiro, em
orientados, sessões de orientação pessoal de ti- que o estudante em mobilidade frequenta parte
po tutorial e avaliação das aprendizagens; do respectivo curso.

i) “Horas de estudo autónomo” o tempo que o es- Artigo 4.º


tudante deve dedicar ao processo de aprendiza- Expressão em créditos
gem fora das horas de contacto com o docente,
compreendendo as horas dedicadas ao estudo 1. As estruturas curriculares dos cursos de ensino
individual e ao trabalho cooperativo ou entre superior expressam em créditos o trabalho que deve ser
pares, ao estágio, à investigação, à realização efectuado pelo estudante em cada área científica.
de projectos, à elaboração de trabalhos acadé-
micos e a outras actividades similares, com ou 2. Os planos curriculares dos cursos e os planos de
sem suporte nas tecnologias de informação e estudos expressam em créditos o trabalho que deve ser
comunicação, com vista à construção do co- efectuado pelo estudante em cada unidade curricular,
nhecimento de modo individual ou colaborati- bem como a área científica em que esta se integra.
vo;
Artigo 5.º
j) “Área científica”, o corpo de conhecimentos Organização dos créditos e horas de trabalho
relativos a uma ou mais unidades curriculares
afins; 1. O número de créditos e de horas de trabalho do
estudante nos cursos de licenciatura é determinado de
k) “Crédito” a unidade de medida do trabalho do acordo com os seguintes princípios:
estudante sob todas as suas formas, compreen-
didas nas horas de contacto e de estudo autó- a) O trabalho do estudante é medido em horas es-
nomo; timadas de trabalho do estudante;

l) “Créditos de uma unidade curricular” o valor b) O número de horas de trabalho do estudante a


numérico que expressa o trabalho que deve ser considerar inclui todas as formas de trabalho
efectuado por um estudante para realizar uma previstas, designadamente as horas de contacto
unidade curricular; e as horas de estudo autónomo, incluindo as de
avaliação;
m) “Créditos de uma área científica” o valor nu-
mérico que expressa o trabalho que deve ser c) O trabalho de um ano curricular realizado a
efectuado por um estudante numa determinada tempo inteiro é de mil e quinhentas a mil e
área científica; seiscentas e oitenta horas, distribuídas por um
mínimo de 32 semanas, incluindo a avaliação;
n) “Estrutura curricular de um curso” o conjunto
de áreas científicas que integram um curso e o d) Corresponde a um crédito o conjunto de 25 a
número de créditos que um estudante deve reu- 28 horas de trabalho do aluno, numa unidade
nir em cada uma delas para a conclusão da curricular;
formação;
e) A duração do curso de licenciatura da USTP é,
o) “Estudante em mobilidade” o estudante matri- em regra, de quatro anos, podendo ser superior
culado e inscrito num curso e que realiza parte
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a quatro, nos termos e condições previstos na contacto e as de estudo autónomo;


lei;
m) As horas de contacto relativas a actividades
f) O número de créditos correspondente ao traba- lectivas de natureza colectiva, no conjunto das
lho de um ano curricular realizado a tempo in- unidades curriculares, são fixadas em 25 horas
teiro é de 60; semanais;

g) O número de créditos correspondente ao traba- n) As horas de contacto não compreendidas na


lho do estudante durante um semestre a tempo alínea anterior, designadamente as de tutoria,
inteiro é de 30, correspondendo a um total mí- orientação e atendimento de alunos, de nature-
nimo de 16 semanas; za individual, sejam elas efectuadas presenci-
almente ou a distância, com ou sem recurso a
h) O número de créditos correspondente ao traba- tecnologias de informação e comunicação, são
lho de um curso realizado a tempo inteiro é definidas nos programas das unidades curricu-
igual ao produto da duração normal do curso lares, em conformidade com as normas vigen-
por 60; tes e as directivas dos órgãos competentes das
unidades orgânicas;
i) O número de unidades curriculares de cada
semestre lectivo é de 4 a 6, podendo, em casos o) A uma unidade curricular que integre planos
excepcionais, devidamente fundamentados, ter curriculares de mais de um curso da Universi-
duração superior; dade é atribuído o mesmo número de créditos,
independentemente do curso.
j) A cada unidade curricular é atribuído, em re-
gra, o número de 6 créditos, não podendo, em Artigo 6.º
qualquer caso, ter expressão inferior a 3; Orientação e avaliação do estudo autónomo

i. Corresponde, em regra, a 30 créditos o traba- 1. O trabalho realizado pelo estudante no âmbito do


lho de fim de curso, que é uma unidade curri- estudo autónomo é livremente organizado pelo mesmo,
cular de natureza obrigatória em todos os cur- com ou sem recurso às tecnologias de informação e
sos e deve assumir as seguintes formas, a comunicação, tendo por referência as orientações, os
serem objecto de regulamentação específica: projectos e as actividades definidos nas horas de con-
tacto.
ii. trabalhos de natureza investigativa ou mo-
nográfica; 2. As actividades realizadas no âmbito do estudo au-
tónomo devem ser objecto de apreciação e, sendo o
iii. estágios; caso, de avaliação pelo docente, designadamente nas
sessões lectivas e de tutoria, nos termos regulamentares
iv. relatório científico, projecto de intervenção aplicáveis.
ou outra modalidade reconhecida internacio-
nalmente pela comunidade científica; Artigo 7.º
Avaliação, classificação e escala de comparabili-
k) Excepcionalmente, quando a natureza do curso dade
o justifique, pela estreita ligação entre as acti-
vidades do ensino, da investigação e da exten- 1. A avaliação final de uma unidade curricular é ex-
são, traduzida na realização pelo aluno de di- pressa através de uma classificação na escala numérica
versos trabalhos académicos, devidamente inteira de 0 a 20 valores, considerando-se aprovado o
avaliados e concatenados com o perfil de for- aluno que nela tiver uma classificação não inferior a
mação, o trabalho de fim de curso pode ter um 10, nos termos do respectivo regulamento. A avaliação
número de créditos inferior ao previsto na alí- final do curso traduz-se numa classificação ou qualifi-
nea anterior; cação nos termos definidos pelo Conselho da Universi-
dade.
l) Ao conjunto das unidades curriculares do curso
é atribuído, em regra, um total de 50 horas de 2. Para efeitos de comparabilidade com outros sis-
trabalho semanal, distribuídos entre as horas de temas de classificações a nível internacional, a Univer-
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sidade de S. Tomé e Príncipe adopta uma escala de 4. O contrato de estudos para os estudantes da USTP
comparabilidade das classificações, expressa em per- em regime de mobilidade deve incluir:
centis dos resultados académicos dos seus estudantes e
usada em simultâneo com a classificação final referida a) As unidades curriculares que o estudante irá
nos números anteriores. frequentar no estabelecimento de ensino de
acolhimento, a língua em que são ministradas e
3. A escala de comparabilidade de classificações a avaliadas e o número de créditos que atribuem;
que se refere o número anterior, para os resultados de
aprovado, expressos no intervalo 10-20 valores, é cons- b) As unidades curriculares do estabelecimento de
tituída por cinco classes, identificadas pelas letras A a ensino de origem cuja aprovação é substituída
E, com a seguinte correspondência: pela aprovação nas referidas na alínea a) e o
número de créditos que atribuem em caso de
a) A: 20 a , sendo a classificação que permite aprovação;
abranger, nesta classe, 10% dos alunos;
b) B: a , sendo a classificação que c) Os critérios que o estabelecimento de origem
permite abranger, no conjunto desta classe com adoptará na conversão das classificações das
a classe anterior, 35% dos alunos; unidades curriculares em que o estudante obte-
ve aprovação no estabelecimento de acolhi-
c) C: a , sendo a classificação que mento;
permite abranger, no conjunto desta classe com
as classes anteriores, 65% dos alunos; d) O intervalo de tempo em que decorrerá a fre-
quência do estabelecimento de ensino de aco-
lhimento.
d) D: a , sendo a classificação que
permite abranger, no conjunto desta classe com
5. As alterações ao contrato de estudos revestem
as classes anteriores, 90% dos alunos;
obrigatoriamente a forma de aditamentos ao mesmo.
e) E: a 10. 6. Só podem participar em programas de mobilidade
estudantes que não possuam unidades curriculares em
4. A fixação das classificações das unidades curricu- atraso e tenham, em média, classificação não inferior a
lares e das classificações finais abrangidas por cada Bom, salvo carta de recomendação da Direcção da
uma das classes da escala de comparabilidade de clas- Unidade Orgânica a que pertence o estudante, mediante
sificações é feita pelo Conselho da Universidade. audição do Conselho Científico, que ateste que o can-
didato possui aptidões adequadas à frequência com
Artigo 8.º sucesso o programa de mobilidade.
Mobilidade de estudantes
7. Os protocolos de mobilidade de estudantes de-
1. A mobilidade dos estudantes entre os estabeleci- vem, sempre que possível, prever a certificação da
mentos de ensino superior nacionais, do mesmo ou de formação adquirida no estabelecimento de destino de
diferentes subsistemas, bem como entre estabelecimen- acolhimento, acompanhada da lista dos conteúdos da
tos de ensino superior estrangeiros e a USTP, é assegu- formação frequentada em cada unidade curricular.
rada através do sistema de créditos, com base no prin-
cípio do reconhecimento mútuo do valor da formação e Artigo 9.º
das competências adquiridas. Boletim de registo académico
2. A realização de parte de um curso superior por um Ao estudante que realizar parte de um curso superior
estudante em mobilidade está condicionada à prévia como estudante em mobilidade é emitido um boletim
celebração de um contrato de estudos. de registo académico.
3. O contrato de estudos é celebrado entre a USTP, Artigo 10.º
enquanto estabelecimento de ensino de origem e o Conteúdo do boletim de registo académico
estabelecimento de ensino de acolhimento e o estudan-
te. 1. O boletim de registo académico indica as unida-
des curriculares em que o estudante obteve aprovação.
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2. Para cada unidade curricular são, designadamente, Artigo 15.º


indicados: Guia informativo da USTP

a) A denominação; 1. O guia informativo deverá assentar numa descri-


ção da USTP e das suas Unidades Orgânicas, dos graus
b) O número de créditos atribuídos; que confere e dos cursos que ministra, indicando para
estes as suas condições de acesso, duração, unidades
c) A classificação segundo o sistema de classifi- curriculares e seus conteúdos, cargas horárias, créditos
cação legalmente aplicável; que confere e métodos de ensino e de avaliação de
conhecimentos. O guia informativo deverá incluir
d) A classificação segundo a escala europeia de igualmente informação de natureza geral necessária à
comparabilidade de classificações. integração dos estudantes.

Artigo 11.º 2. O guia deve ser escrito em português e inglês.


Modelo do boletim de registo académico
Artigo 16.º
A USTP deverá elaborar um modelo interno de bole- Responsabilidade pela elaboração do guia
tim de registo académico que deve ser preenchido, em informativo
português e em inglês ou noutra língua a combinar com
a instituição de acolhimento. A elaboração do guia informativo compete:

Artigo 12.º a) Aos Serviços Académicos da USTP relativa-


Emissão do boletim de registo académico mente ao conteúdo comum para as diferentes
Unidades Orgânicas;
1. O boletim de registo académico é emitido pela
USTP, na qualidade de estabelecimento de acolhimen- b) Às Unidades Orgânicas relativamente aos con-
to, para certificar a aprovação nas unidades curriculares teúdos específicos de cada Unidade.
frequentadas com aproveitamento pelos estudantes em
mobilidade, acolhidos na USTP. Artigo 17.º
Disponibilização do guia informativo
2. A USTP, na qualidade de estabelecimento de ori-
gem, reconhece aos seus estudantes, a formação reali- O guia informativo deverá ser disponibilizado atra-
zada durante a mobilidade e credita, no plano de estu- vés da Internet, sem prejuízo da sua publicação por
dos onde o aluno está inscrito, a formação e os créditos outras formas.
correspondentes, constantes do boletim de registo aca-
démico emitido pela instituição de acolhimento. Artigo 18.º
Modelo do guia informativo
Artigo 13.º
Valor legal do boletim de registo académico A USTP deverá elaborar um modelo para o guia in-
formativo que adopte os princípios propostos pela Co-
O boletim de registo académico emitido por um es- missão Europeia, nomeadamente através do ECTS
tabelecimento de ensino superior, na qualidade de esta- Users’ Guide.
belecimento de acolhimento, tem o valor legal de certi-
ficado dos resultados obtidos. Artigo 19.º
Aplicação supletiva
Artigo 14.º
Reconhecimento de créditos para efeitos de in- O disposto no presente diploma aplica-se supletiva-
gresso mente, e com as necessárias adaptações, à organização
curricular e ao sistema de créditos adoptados nos de-
A Universidade reconhece, através da atribuição de mais cursos ministrados pela Universidade de S. Tomé
créditos, a formação e a experiência profissionais, bem e Príncipe, conferentes ou não de grau académico, sem
como a formação pós-secundária dos que sejam admi- prejuízo das disposições legais e regulamentares que
tidos nos seus cursos, nos termos regulamentares. lhes sejam especificamente aplicáveis.
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Artigo 20.º DISPOSIÇÕES GERAIS


Instruções e directivas complementares
Artigo 1.º
Para efeitos de implementação do disposto no pre- Natureza e Objectivos
sente regulamento, o Reitor pode, por despacho norma-
tivo, expedir instruções, directivas e procedimentos, 1. O Trabalho de Fim de Curso, adiante designado
mediante audição das unidades orgânicas e dos conse- por TFC, é uma unidade curricular integrada nos pla-
lhos científicos e de outros órgãos, consoante a nature- nos de estudo dos cursos de graduação, ocorrendo na
za das matérias. fase final da formação.

Artigo 21.º 2. O TFC deve orientar-se para o aprofundamento


Dúvidas e casos omissos dos conhecimentos adquiridos pelo estudante, de modo
a demonstrar a sua capacidade de participação em tare-
As dúvidas suscitadas pela aplicação do presente re- fas de concepção, planeamento, investigação e desen-
gulamento e os casos nele omissos são resolvidos por volvimento ou na solução de problemas concretos que
despacho do Reitor. requeiram competências a nível da licenciatura.

Artigo 22.º 3. O TFC pode ter a configuração de relatório cientí-


Entrada em vigor e produção de efeitos fico, projecto, monografia ou outra, reconhecida inter-
nacionalmente na comunidade académica. O formato e
1. O presente regulamento entra em imediatamente as regras para a redacção do trabalho constam do Ane-
em vigor. xo que faz parte integrante do presente regulamento.

2. As disposições do presente regulamento devem Artigo 2.º


servir de referência à organização curricular dos novos Orientação
cursos e à revisão curricular dos cursos em funciona-
mento. 1. A preparação do TFC deve efectuar-se sob orien-
tação de um docente que será o orientador, pela Coor-
3. As alterações aos planos curriculares dos cursos denação do Curso, podendo no entanto, o aluno propor.
em funcionamento, em virtude da aplicação do presen-
te regulamento, só produzem efeitos a partir do ano 2. No caso de o Orientador escolhido ser docente ou
lectivo 2020/2021. investigador de outra instituição, deverá ter a aprova-
ção prévia do Conselho Científico da Unidade Orgâni-
Deliberação n.º 11/USTP/2020 ca.

Aprova o Regulamento dos Trabalhos de Fim dos 3. Ao Orientador cabe acompanhar o orientando na
Cursos de Graduação da Universidade de S. Tomé e planificação e desenvolvimento do trabalho e elaborar
Príncipe informação final sobre o mesmo.

Considerando que um dos fins da Universidade de S. 4. O Orientador deverá ser um docente com o grau
Tomé e Príncipe é “fomentar actividades de investiga- de Mestre ou Doutor e / ou reconhecida competência
ção fundamental e aplicada que visem contribuir, de científica na área temática do trabalho, devendo no
forma criadora, para o desenvolvimento do país” (alí- último caso ter a aprovação prévia do Conselho Cientí-
nea b) do número 2 do artigo 3.º dos Estatutos da Uni- fico.
versidade de S. Tomé e Príncipe), numa perspectiva de
consistência científica e pedagógica e de relevância, 5. A orientação dos TFC pode ser feita a distância,
atendendo à procura social e à inserção dos diplomados devendo existir, nesse caso, um co-orientador local.
no mercado de trabalho.
Artigo 3.º
Por deliberação do Conselho da Universidade, na Tema do Trabalho
sua reunião de 14 do mês de Julho do ano 2020, foi
aprovado o seguinte Regulamento dos Trabalhos de 1. O tema do trabalho e o seu desenvolvimento de-
Fim dos Cursos de Graduação da Universidade de S. verão denotar actualização dos conhecimentos e das
Tomé e Príncipe:
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metodologias aprendidas ao longo do curso, originali- to do prazo da entrega do TFC, que não poderá exceder
dade, objectividade e reflexão pessoais. o final do ano civil a que se reporta a inscrição, não
sendo necessário proceder a nova inscrição dos Servi-
2. A Coordenação do Curso poderá elaborar, sempre ços Académicos.
que possível, listas de temas, articulados com as linhas
de investigação em curso na universidade, para as 3. A entrega do trabalho nos Serviços Académicos é
quais esteja assegurado apoio, dando-lhe a divulgação acompanhada pelos seguintes elementos:
adequada junto dos estudantes.
a) Três exemplares impressos do TFC;
Artigo 4.º
Inscrição no Trabalho b) Uma versão do TFC em suporte digital em
formato pdf e enviada por correio electrónico
1. A inscrição no TFC é obrigatória, sendo efectuada para o endereço dos Serviços Académicos;
nos Serviços Académicos da universidade e decorrerá
em período a fixar anualmente no calendário académi- c) Parecer do Orientador que confirme a sua con-
co. cordância com a entrega do TFC para avalia-
ção.
2. A inscrição no TFC é permitida desde que o estu-
dante tenha obtido aprovação em todas as unidades 4. Após a verificação da conformidade do TFC com
curriculares do curso, até ao 6.º semestre (inclusive). as normas definidas no Anexo, os Serviços Académi-
cos deverão fazer o registo de entrada dos TFC e enviar
3. Em caso algum serão aceites inscrições condicio- os respectivos exemplares à Coordenação do Curso.
nais dependentes, nomeadamente, da aprovação em
exames ou processos de equivalência pendentes. Artigo 6.º
Júri de Avaliação
4. Observadas as condições dos números anteriores,
o estudante deverá comunicar à respectiva Coordena- 1. Recebida a documentação referida no número 3
ção de Curso a intenção de iniciar o TFC, documentan- do artigo anterior, a Coordenação do Curso proporá, no
do a sua comunicação com os seguintes elementos: prazo máximo de quinze dias, o júri de avaliação do
trabalho, que será nomeado pelo Presidente da Unidade
a) Declaração do Orientador em como aceita ori- Orgânica respectiva.
entar o trabalho;
2. O despacho de nomeação do júri e data da discus-
b) Indicação do tema e programa do trabalho vi- são pública devem ser notificados ao candidato, no
sado pelo orientador; prazo de três dias e afixado em local público habitual.

c) Informação passada pelos Serviços Académi- 3. O júri será constituído por três elementos, deven-
cos comprovando que o aluno satisfaz as con- do integrar o Orientador, um arguente e outro docente
dições exigidas nos números 2 e 3. da universidade, que presidirá.

5. A Coordenação do Curso pronunciar-se-á, de 4. Na falta ou impedimento, por motivos fundamen-


forma fundamentada, sobre a aceitação ou rejeição da tados, do Orientador, o Presidente da Unidade Orgâni-
candidatura ao TFC, dando conhecimento ao aluno da ca designará um substituto.
sua deliberação.
5. Os elementos do júri deverão ser portadores do tí-
Artigo 5.º tulo de Mestre ou Doutor na área da especialidade,
Entrega do Trabalho admitindo-se, a título excepcional, docentes com outros
graus e reconhecida competência, com a aprovação
1. Nos prazos estipulados no calendário escolar (1.ª prévia do Conselho Científico.
e 2.ª fases), o aluno entregará o TFC e requererá à di-
recção dos Serviços Académicos a sua avaliação.

2. Caso os prazos referidos no número anterior não


se cumpram, os alunos podem requerer o prolongamen-
560 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

Artigo 7.º futuro melhoramento qualitativo do sistema de organi-


Avaliação do Trabalho zação, defesa e avaliação dos trabalhos de fim de cur-
so, sob proposta da Coordenação dos Cursos e parecer
1. A avaliação será efectuada no prazo máximo de favorável do Conselho Científico de cada Unidade
trinta dias após a homologação do respectivo júri com Orgânica.
a anuência do arguente.
Artigo 10.º
2. A avaliação dos trabalhos, cuja entrega ultrapasse Entrada em vigor
o prazo referido no número 2 do artigo 5.º, implica a
reinscrição do aluno no ano lectivo imediato ao da A presente deliberação entra imediatamente em vi-
última inscrição. gor, sendo aplicável ao ano lectivo de 2020/2021.

3. A avaliação inclui a análise do trabalho realizado, Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe,


a apreciação da apresentação do trabalho pelo estudan- em S. Tomé, 14 de Julho de 2020. - O Presidente do
te e a discussão do trabalho. Conselho da Universidade, Peregrino Sacramento da
Costa, (Reitor).
4. A discussão do trabalho é realizada em sessão pú-
blica, que não poderá exceder 60 minutos. O aluno ANEXO
disporá de um tempo de quinze a vinte minutos para a FORMATO E REGRAS PARA A
apresentação do trabalho, findo o qual se iniciará a ELABORAÇÃO DOS TRABALHO DE FIM DO
discussão. Cada elemento do júri terá direito ao uso da CURSO (TFC)
palavra, que não poderá exceder quinze minutos, de-
vendo ser proporcionado ao aluno a possibilidade de 1. O trabalho é individual, redigido em língua portu-
responder às apreciações feitas, contando com o mes- guesa, não devendo o corpo do trabalho exceder 100
mo tempo. páginas.

5. O resultado da avaliação é expresso numa classi- 2. O formato e as referências bibliográficas devem


ficação quantitativa, na escala de zero a vinte valores, seguir as normas APA (American Psycological Associ-
obtendo aprovação o trabalho cuja classificação seja ation), utilizadas internacionalmente e na maioria das
igual ou superior a dez valores. universidades.

6. Concluída a avaliação, o júri remeterá aos Servi- 3. Apresentação gráfica:


ços Académicos o termo de avaliação devidamente
preenchido e assinado por todos os elementos do júri. 3.1. A capa e folha de rosto deverão incluir:

7. A não aprovação do trabalho implica a realização a) Universidade de S. Tomé e Príncipe (com o lo-
de novo TFC e o recomeço do processo definido no gótipo);
presente regulamento ou a reformulação do trabalho
conforme recomendação do júri. b) Unidade Orgânica;

Artigo 8.º c) Curso ...


Casos Omissos
d) Título do Trabalho
As dúvidas e as situações não abrangidas pelo pre-
sente regulamento serão resolvidas por despacho do e) Realizado por (nome do aluno)
Reitor da Universidade de S. Tomé e Príncipe, sob
proposta do Presidente da respectiva Unidade Orgâni- f) Orientador (nome)
ca.
Artigo 9.º g) Ano lectivo
Revisão
3.2. Letra / margens /formatação:
Este regulamento pode ser revisto ou alterado no fi-
nal de cada ano lectivo, em função das alterações que a
sua aplicação prática vier a determinar no sentido do
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 561

a) No texto, a letra deve ser do tipo Times New i) Conclusão


Roman, Arial ou Courier, tamanho 12, com es-
paçamento de 1,5. j) Referências bibliográficas (conforme as nor-
mas APA)
b) Margens: superior, inferior e laterais devem
medir 2,54 cm. k) Anexos e apêndices (opcional).

c) As páginas devem ser numeradas com algaris- l) CONSELHO DA UNIVERSIDADE DE SÃO


mos árabes a partir da primeira página da In- TOMÉ E PRÍNCIPE (USTP)
trodução. As restantes páginas (índices, dedica-
tória, agradecimentos e resumo) devem ser Deliberação n.º 12/USTP/2020
numeradas em algarismos romanos.
Aprova a redução do valor dos Emolumentos rela-
d) As notas de rodapé (letra tamanho 10) nume- tivos às inscrições e matrículas da Universidade de
ram-se continuamente desde o início do traba- S. Tomé e Príncipe para o ano lectivo 2020-2021.
lho.
De acordo com a alínea f) do artigo 4.º dos seus Es-
e) A numeração das figuras, dos quadros e dos tatutos a Universidade de S. Tomé e Príncipe (USTP)
gráficos é feita em numeração árabe. A letra adopta o seguinte princípio “A sustentabilidade – no
utilizada é em tamanho 10. desempenho da sua missão e na prossecução dos seus
fins, a USTP deve assegurar que as respectivas activi-
f) Nos quadros, as legendas são colocadas por dades e iniciativas tenham o devido suporte gerencial e
cima e nas figuras e gráficos são colocadas por financeiro, em ordem a salvaguardar-se a sua eficácia,
baixo. como garante do desenvolvimento ulterior da Univer-
sidade”, sendo-lhe conferidos os meios necessários que
g) As citações de outros autores devem obedecer lhe permitam assegurar a execução dos seus planos e
às normas APA. As citações com menos de 40 programas.
palavras devem ser inseridas no texto, entre as-
pas simples. As citações com mais de 40 pala- Nos termos da alínea c) do n.º 2 do artigo 11.º dos
vras devem ser apresentadas em bloco (letra respectivos Estatutos, a USTP tem capacidade para
tamanho 10), sem aspas e separadas do texto. obter receitas próprias, que gere anualmente através de
A seguir à citação coloca-se o apelido do autor orçamentos privativos conforme critérios por si estabe-
seguido da data do trabalho e do número da lecidos.
página.
Por outro lado, a USTP “(…) respeita e promove na
3. Partes constitutivas do trabalho: sua acção os valores essenciais que derivam dos prin-
cípios e direitos consagrados na Constituição da Re-
a) Capa pública Democrática de S. Tomé e Príncipe, na Lei de
Bases do Sistema Educativo e no Regime Jurídico das
b) Dedicatória (opcional) Instituições do Ensino Superior, nomeadamente, a
equidade, no sentido do alargamento das oportunida-
c) Agradecimentos (opcional) des de acesso e sucesso educativos a todos os santo-
menses, independentemente da sua condição social e
d) Resumo e palavras-chave do local de residência”.

e) Abreviaturas O ano de 2020 é considerado especial na medida em


que, com o surgimento da pandemia do Covid-19, as
f) Índice (s) famílias tornaram-se mais vulneráveis, os recursos
sobretudo financeiros passaram a ser mais escassos e
g) Introdução consciente dessa situação, sob proposta do Reitor o
h) Desenvolvimento (organizado de acordo com Conselho da Universidade, reunido em S. Tomé, no dia
as modalidades do TFC: relatório científico, monogra- 4 de Setembro de 2020, delibera o seguinte:
fia, projecto ou outro)
1. Reduzir para Dbs. 130,00 (Cento e trinta Dobras)
562 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

os Emolumentos relativos às inscrições nos cursos da sessão extraordinária do dia 31 de Agosto de 2020,
USTP no ano lectivo de 2020-2021. delibera nos seguintes termos:

2. Reduzir para Dbs. 200,00 (Duzentas Dobras) os 1. É aprovado o Regulamento Geral das Candida-
Emolumentos relativos às matrículas/renovações de turas ao Ingresso nos Cursos de Licenciatura da Uni-
matrículas nos cursos da USTP no ano lectivo de 2020- versidade de S. Tomé e Príncipe anexo à presente deli-
2021. beração e que dela faz parte integrante.

3. O presente regulamento entra imediatamente em 2. A presente deliberação entra imediatamente em


vigor. vigor.
Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe,
em S. Tomé, 04 de Setembro de 2020. - O Presidente Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe,
do Conselho da Universidade, Peregrino do Sacramen- aos 02 de Setembro de 2020. - O Presidente do Conse-
to da Costa, (Reitor). lho da Universidade, Peregrino Sacramento da Costa,
(Reitor).
Deliberação n.º 13/USTP/2020
Regulamento Geral das Candidaturas ao Ingres-
Aprova o Regulamento Geral das Candidaturas ao so nos Cursos de Licenciatura da Universidade de
Ingresso nos Cursos de Licenciatura na Universida- S. Tomé e Príncipe no Ano Lectivo de 2020 - 2021
de de S. Tomé e Príncipe no ano lectivo 2020-2021.
CAPÍTULO I
De acordo com o ponto 1 do artigo 14.º dos Estatu- Disposições gerais
tos da Universidade de S. Tomé e Príncipe (USTP),
aprovados pelo Decreto-Lei nº 9/2018, de 18 de Julho, Artigo 1.º
o regime de acesso e ingresso obedece ao disposto na Objecto
lei para a generalidade dos estabelecimentos de ensino
superior e nos regulamentos internos, podendo a insti- O presente regulamento disciplina o concurso de
tuição, para além dos requisitos fixados na lei, exigir acesso e ingresso no ciclo de estudos conducentes ao
aos candidatos a demonstração da capacidade para a grau de licenciado na Universidade de S. Tomé e Prín-
frequência através de provas de conhecimentos ou de cipe (USTP) no ano lectivo de 2020- 2021.
aptidão por si elaboradas, de acordo com o constante
no Regulamento da Universidade. Artigo 2.º
Âmbito
Tendo em conta o contexto actual, afigura-se im-
prescindível que a USTP adopte um mecanismo mais O concurso objecto do presente regulamento abran-
eficaz e eficiente de ponderação do perfil dos candida- ge exclusivamente os pares instituição/cursos perten-
tos para o ingresso nos cursos de licenciatura, até que centes à USTP.
seja implementada a prova nacional para o acesso ao
ensino superior pelo organismo nacional competente. Artigo 3.º
Condições gerais de ingresso
O acesso aos cursos de licenciatura na Universidade
de S. Tomé e Príncipe (USTP) no ano lectivo 1. O ingresso nos cursos de licenciatura da USTP
2020/2021, não terá por base a realização das provas de processa-se mediante verificação prévia do perfil aca-
ingresso, mas a conjugação da média da classificação démico dos candidatos tendo como base os requisitos
final da conclusão do Ensino Secundário e da média de acesso estabelecidos no presente regulamento.
das notas das disciplinas nucleares deste ciclo, indica-
das no quadro das ofertas formativas aprovadas pelo 2. Podem candidatar-se ao ingresso nos cursos de li-
Conselho da Universidade. cenciatura da USTP os indivíduos que se enquadram
num dos perfis indicados nas alíneas seguintes:
Assim, torna-se necessário estabelecer novos crité-
rios de ingresso nos cursos de Licenciatura da Univer- a) Habilitados com a 12ª classe do Ensino Geral
sidade de S. Tomé e Príncipe e as normas de procedi- ou nível de escolaridade equivalente e com afi-
mento a que deve obedecer a organização das nidade com o curso que pretenda;
candidaturas. O Conselho da Universidade, reunido em
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 563

b) Habilitados com a 12ª classe do Ensino Secun- MDN é a média das classificações das disciplinas
dário Profissionalizante ou nível de escolarida- nucleares.
de equivalente e com afinidade com o curso
que pretenda. Artigo 8.º
Vagas
Artigo 4.º
Prazos As vagas fixadas para cada curso da USTP no ano
lectivo 2020/2021 são as que constam da lista de ofer-
Os prazos em que devem ser praticados os actos tas formativas.
previstos no presente regulamento são fixados no ca-
lendário académico. Artigo 9.º
Contingentes
Artigo 5.º
Validade do concurso 1. As vagas fixadas para cada curso são distribuídas
por um contingente geral e por contingentes especiais.
O concurso é válido apenas para o ano lectivo
2020/2021. 2. São criados os contingentes especiais até 30% das
vagas para candidatos oriundos da Região Autónoma
CAPÍTULO II do Príncipe, dos distritos de Caué e Lembá;
Candidatura
3. Caso não seja possível preencher as vagas dos
Artigo 6.º contingentes especiais referidas no número anterior as
Condições para a candidatura mesmas devem ser preenchidas por outros candidatos.

Para a candidatura, o estudante além de ter realizado 4. O resultado do cálculo dos valores a que se refere
exames nacionais deve ter ficado aprovado na discipli- o número 2 é arredondado, por excesso ou por defeito,
na nuclear do curso ao qual pretenda concorrer. para o valor inteiro.

Artigo 7.º 5. As vagas atribuídas ao contingente geral são o re-


Seriação e Selecção sultado da diferença entre o número total de vagas fi-
xadas para curso e as vagas utilizadas no âmbito dos
1. Para o ingresso a nota de candidatura a partir da contingentes especiais.
qual é feita a seriação resulta da conjugação dos se-
guintes elementos: 6. Os candidatos às vagas dos contingentes especiais
devem preencher as condições exigidas no artigo 8.º e
a) Média final obtida na conclusão do Ensino Se- no número 2 do artigo 9.º.
cundário;
Artigo 10.º
b) Nota das disciplinas nucleares indicadas no Modo de realização da candidatura
quadro das ofertas formativas aprovadas pelo
Conselho da Universidade. 1. A candidatura ao concurso é apresentada através
do boletim de inscrição adquirida nos Serviços Aca-
2. A fórmula para o cálculo da nota de candidatura é démicos da USTP.
a seguinte, salvaguardando as especificidades previstas
nos números que se seguem: 2. A candidatura consiste na indicação, no boletim
de inscrição, elementos de identificação, curso/unidade
NC=0,60*MF+0,40*MDN orgânica para o qual o estudante dispõe das condições
de candidatura e onde se pretende matricular.
onde:
Artigo 11.º
NC é a nota da candidatura; Prazo de apresentação da candidatura

MF é a média final de conclusão do Ensino Secun- O prazo para a apresentação da candidatura é fixado
dário; no Calendário Académico.
564 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

Artigo 12.º c) Resultado.


Legitimidade para a apresentação da candidatu-
ra Artigo 16.º
Reclamações
Têm legitimidade para efectuar a apresentação da
candidatura: 1. Do resultado do concurso podem os candidatos
apresentar reclamação fundamentada, no prazo máxi-
a) O estudante; mo de três dias seguintes ao da publicação da lista.

b) Um seu procurador bastante; 2. A reclamação deve ser apresentada por escrito e


dirigida ao Reitor da USTP.
c) Sendo o estudante menor, a pessoa que de-
monstre exercer o poder paternal ou tutelar. 3. São liminarmente rejeitadas as reclamações não
identificadas e aquelas cujo objecto seja ininteligível,
Artigo 13.º bem como as que não sejam recebidas até ao fim do
Instrução do processo de candidatura prazo fixado.

1. Os Candidatos que pretendem beneficiar das va- 4. As decisões sobre as reclamações que não tenham
gas por contingentes especiais devem apresentar a sido liminarmente rejeitadas nos termos do número
comprovação da área de influência (distrito ou Região anterior são proferidas no prazo máximo de três dias
Autónoma do Príncipe) onde o estudante esteve matri- após a sua apresentação.
culado e concluiu as 11.ª e 12.ª classes.
Artigo 17.º
2. Os candidatos devem apresentar a certidão com- Comissão de avaliação das candidaturas
provativa da conclusão do Ensino Secundário com as
classificações das disciplinas e a média final; É definida uma Comissão de avaliação das candida-
turas para cada curso, composta pelo Coordenador do
curso e mais dois professores do colectivo pertencente
Artigo 14.º ao referido curso.
Alteração e anulação da candidatura
Artigo 18.º
1. O candidato pode alterar livremente a sua opção Competências da comissão de avaliação das can-
de candidatura até ao fim do prazo em que decorre a didaturas
apresentação da mesma, sendo considerada apenas a
última candidatura apresentada. 1. São competências da comissão de avaliação das
candidaturas:
2. Os candidatos podem proceder à anulação da can-
didatura até ao fim do prazo em que decorre a apresen- a) Avaliar as candidaturas;
tação da mesma.
b) Deliberar acerca das candidaturas;
Artigo 15.º
Resultado final e sua publicação c) Solicitar aos candidatos todos os elementos ou
documentos que considere necessários à apre-
1. O resultado final selecção é publicado nos lugares ciação da candidatura;
visíveis da instituição.
d) Convocar os candidatos para a realização de
2. Das listas selecção publicadas, por curso, cons- entrevista ou da análise funcional das suas ca-
tam, os seguintes elementos: pacidades.

a) Nome do candidato; 2. A não comparência dos candidatos e ou não apre-


sentação dos elementos solicitados pela comissão de
b) Média ponderada das disciplinas, conforme o avaliação das candidaturas nos termos das alíneas c) e
quadro do anexo I d) do n.º 1 do presente artigo são a causa de indeferi-
mento liminar da candidatura.
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 565

Artigo 19.º 2. A presente deliberação entra imediatamente em


Apoio logístico à comissão de avaliação das can- vigor.
didaturas
Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe,
Compete à Direcção de cada Unidade Orgânica pres- aos 02 de Setembro de 2020. - O Presidente do Conse-
tar todo o apoio necessário ao funcionamento da co- lho da Universidade, Peregrino Sacramento da Costa,
missão. (Reitor).

Artigo 20.º Regulamento Geral de Inscrições e Matrículas


Encargos
Artigo 1.º
Os candidatos pagarão no acto da candidatura uma Objecto e âmbito
taxa definida por despacho do Reitor.
1. O presente regulamento tem como objecto a fixa-
Artigo 21.º ção das normas gerais relativas a inscrições e matrícu-
Dúvidas e omissões las no ciclo de estudos conducentes ao grau de licenci-
ado da Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP).
As dúvidas e omissões são resolvidas por despacho
do Reitor. 2. Os órgãos legal e estatutariamente competentes
das unidades orgânicas poderão fixar normas adicio-
Artigo 22.º nais específicas a um curso, desde que enquadradas nas
Encerramento do processo normas legais em vigor e no presente regulamento.

Com a matricula e inscrição dos candidatos coloca- 2. O presente regulamento aplica-se a todos os cur-
dos, fica encerrado o processo de colocação no ensino sos conducentes ao grau de licenciado oferecidos pela
superior público em 2020, através do concurso nacio- USTP.
nal de acesso e ingresso.
Artigo 2.º
Artigo 23.º Definições
Entrada em vigor
No âmbito do presente Regulamento as normas por
O presente Regulamento entra imediatamente em que se devem reger os actos administrativos relaciona-
vigor. dos com matrículas nos cursos de licenciatura passam a
integrar os seguintes conceitos:
Deliberação n.º 14/USTP/2020
1. «Matrícula» – é o acto pelo qual o aluno dá en-
Aprova o Regulamento Geral de Inscrições e Matrí- trada o boletim de matrícula e outros documentos nos
culas nos Cursos de Licenciatura na Universidade Serviços Académicos, independentemente de, no ano
de S. Tomé e Príncipe. lectivo anterior, ter ou não frequentado um outro esta-
belecimento de ensino superior.
Havendo a absoluta necessidade de se estabelecer
normas gerais relativas a inscrições e matrículas no 2. «Inscrição» – é o acto pelo qual o aluno apresenta
ciclo de estudos conducentes ao grau de licenciado da a sua candidatura a um dos cursos de licenciatura ofe-
Universidade de São Tomé e Príncipe (USTP) o Con- recidos pela USTP.
selho da Universidade, no uso das suas competências
estatutárias definidas na alínea f) do artigo 27.º dos 3. «Unidade curricular» – unidade de ensino com
Estatutos, aprovados pelo decreto-lei n.º 9/2018 de 18 objectivos de formação próprios que é objecto de ma-
de Julho, reunido em sessão extraordinária do dia 31 de trícula e de avaliação traduzida numa classificação
Agosto de 2020, delibera nos seguintes termos: final; incluem-se, ainda, neste conceito, casos específi-
cos tais como Estágio, Projecto ou outros constantes
1. É aprovado o Regulamento Geral das Inscrições e dos planos curriculares dos cursos.
Matrículas nos Cursos de Licenciatura da Universidade
de S. Tomé e Príncipe anexo à presente deliberação e 4. «Plano de estudos de um curso» – conjunto or-
que dela faz parte integrante. ganizado de unidades curriculares em que um estudan-
566 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

te deve ser aprovado para obter um determinado grau 13. «Transição de ano» – considera-se que o aluno
académico, concluir um curso não conferente de grau transita de ano quando, no final de um ano lectivo,
ou reunir uma parte das condições para obtenção de um acumula o número de créditos suficientes para poder
determinado grau académico. efectuar a matrícula no ano curricular posterior ao que
se encontra, de acordo com as regras estabelecidas no
5. «Crédito» – unidade de medida do trabalho do número seguinte.
estudante sob todas as suas formas, designadamente,
sessões de ensino de natureza colectiva, sessões de 14. «Ano curricular em que o estudante se encon-
orientação pessoal de tipo tutorial, estágios, projectos, tra» – ano curricular relativamente ao qual, de acordo
trabalhos no terreno, estudo e avaliação. com os créditos acumulados pelo estudante, pode ser
referida a sua situação escolar.
6. «Créditos de uma unidade curricular» – valor
numérico que expressa o trabalho que deve ser efectu- 15. «Transição curricular» – conjunto de regras de
ado por um estudante para realizar essa unidade curri- transição entre dois planos curriculares distintos, quan-
cular. do se verifica a alteração do plano de estudos de um
curso.
7. «Ano curricular», «semestre curricular» e
«trimestre curricular» – partes do plano de estudos 16. «Situação de propinas integralmente regula-
que devem ser realizadas pelo estudante quando em rizada» – considera-se que a situação de propinas está
regime de tempo inteiro, regime presencial e regime à integralmente regularizada se o aluno procedeu ao pa-
distância, no decurso de um ano, um semestre ou um gamento do montante total anual da propina devida
trimestre lectivo, respectivamente. A cada ano curricu- para o ano lectivo em causa e regularizou as eventuais
lar correspondem 60 créditos. dívidas relativas ao pagamento do mesmo no(s) ano(s)
lectivo(s) que o precedem.
8. «Duração normal de um ciclo de estudos / cur-
so» - número de anos, semestres ou trimestres lectivos Artigo 3.º
em que o ciclo de estudos / curso deve ser realizado Local de inscrição e matrícula
pelo estudante, quando a tempo inteiro, em regime
presencial e ou em regime à distância. As inscrições, matrículas no 1.º ano pela primeira
vez e as renovações das matrículas nos anos subse-
9. «Curso do 1.º ciclo» – ciclo de estudos conducen- quentes realizam-se nos Serviços Académicos da
te ao grau de licenciado. USTP, para todos os estudantes que se queiram candi-
datar aos cursos de licenciatura oferecidos pela USTP.
10. «Grau de licenciado» – comprova uma sólida
formação cultural, científica e técnica que permita Artigo 4.º
aprofundar os conhecimentos e competências, com Prazos de inscrição e matrícula
vista à especialização, numa determinada área do saber
e a uma adequada inserção profissional, de acordo com As inscrições e matrículas realizam-se nos prazos fi-
o estipulado no n.º 1 do artigo 23.º da Lei n.º 4/2018, xados no calendário académico da USTP.
de 18 de Fevereiro, de 2019.
Artigo 5.º
11. «Ano curricular completo» – considera-se que Condições para inscrição e matrícula
o aluno conclui um ano curricular quando obtém apro-
veitamento à totalidade das unidades curriculares fixa- 1. A inscrição é efectuada mediante o preenchimento
das no plano de estudos aprovado para esse ano curri- do Boletim de Inscrição a adquirir nos Serviços Aca-
cular. démicos da USTP.

12. «Unidades curriculares em atraso» – unidades 2. A matrícula é efectuada mediante o preenchimen-


curriculares pertencentes ao plano de estudos de qual- to do Boletim de Matrícula a adquirir nos Serviços
quer dos anos curriculares anteriores àquele em que o Académicos da USTP.
aluno se encontra inscrito e às quais não obteve apro-
veitamento. 3. A situação de propinas deve estar integralmente
regularizada.
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 567

4. A matrícula obriga: propina e prestações seguintes já vencidas à da-


ta da solicitação da anulação;
a) Ao pagamento da propina, nos termos legais
em vigor; b) Se a anulação ocorrer posteriormente ao prazo
fixado na alínea anterior, o valor a pagar é o
b) À regularização de eventuais dívidas por falta valor total da propina devida.
de pagamento das mesmas no(s) ano(s) lecti-
vo(s) anterior(es); Artigo 9.º
Regime de propinas
c) À regularização de entregas de eventuais pedi-
dos de empréstimo às Bibliotecas, Laboratórios 1. O valor da propina de um estudante matriculado
e outros, das várias Unidades Orgânicas. em qualquer curso do ciclo de estudos de licenciatura
da USTP, bem como o número e valor de cada presta-
Artigo 6.º ção, é anualmente, aprovado pelo Ministro que tutela a
Procedimentos de inscrição ou matrícula USTP, sob proposta do Reitor.

O pedido de inscrição ou matrícula é efectuado me- 2. Os prazos de pagamento das prestações da propi-
diante a apresentação de um boletim a fornecer pelos na são definidos por despacho do Reitor.
Serviços Académicos, preenchido e assinado pelo alu-
no que o fará acompanhar dos documentos indicados Artigo 10.º
no artigo 10.º do presente regulamento. Documentos necessários para a inscrição e ou
matrícula
Artigo 7.º
Inscrições e matrículas fora de prazo 1. Para efectuar a inscrição os documentos necessá-
rios são:
1. Não são permitidas inscrições e matrículas de
candidatos no 1º ano, 1ª vez, fora dos prazos estabele- a) Boletim de inscrição;
cidos no calendário académico.
b) Certidão de conclusão do Ensino Secundário;
2. A solicitação da matrícula e inscrição fora de pra-
zo dos candidatos no 1º ano, 1ª vez, devidamente justi- c) Fotocópia do bilhete de identidade válido;
ficada, será avaliada pelo Reitor da USTP.
d) Comprovativo de pagamento da inscrição.
3. Quando autorizadas, serão permitidas as matrícu-
las e inscrições fora de prazo, mediante o pagamento 2. Para efectuar a matrícula no 1º ano primeira vez
de uma penalização a definir anualmente por despacho os documentos necessários são:
do Reitor da USTP, até à data limite de 31 de Outubro.
a) Boletim de matrícula;
4. Quando autorizadas pelas direcções das Unidades
Orgânicas, serão permitidas as renovações de matrícu- b) Certidão de conclusão do Ensino Secundário;
las fora de prazo, mediante o pagamento de uma pena-
lização a definir anualmente por despacho do Reitor da c) Certidão de nascimento;
USTP, até à data limite de 31 de Outubro.
d) Fotocópia do bilhete de identidade válido;
Artigo 8.º e) Certidão do registo criminal;
Anulação da matrícula
f) 2 fotografias tipo passe;
No caso de anulação da matrícula, qualquer que seja
o motivo que a determine: g) Atestado médico;

a) Se a anulação ocorrer até final de Dezembro h) Comprovativo de pagamento de matrícula e de


(ou Maio, no caso dos ciclos de estudos com propina (1ª prestação).
início no 2.º semestre), o valor a pagar é o va-
lor determinado para a primeira prestação da
568 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

3. Para efectuar a renovação da matrícula os docu- Artigo 14.º


mentos necessários são: Entrada em vigor

a) Boletim de matrícula; O presente regulamento entra imediatamente em vi-


gor.
b) Fotocópia do bilhete de identidade válido;

c) 1 fotografia tipo passe

d) Comprovativo de pagamento de e matrícula e


de propina.

Artigo 11.º
Entrega da documentação

1. A matrícula e inscrição far-se-ão presencialmente


nos locais indicados no artigo 3.º e podem ser realiza-
das:

a) Pelo candidato;
b) Por seu procurador bastante;

c) Por pessoa que demonstre exercer o poder pa-


ternal, caso o candidato seja menor.

2. É da responsabilidade do aluno a entrega de toda a


documentação necessária.

3. Tendo em vista a progressiva facilitação dos pro-


cessos administrativos com recurso às novas tecnologi-
as de informação e na sequência de estudos em curso,
ao disposto no n.º 1 do presente artigo poderão vir a ser
aditados outros procedimentos que decorrerão, inicial-
mente, a título experimental e que, depois de aprovados
por despacho do Reitor, serão postos em vigor.

Artigo 12.º
Diploma e Suplemento ao Diploma

Os Serviços Académicos só podem passar certidões


e diplomas quando o aluno os requerer e tiver deposi-
tado a importância devida pelos emolumentos.

Artigo 13.º
Disposições finais

1. As dúvidas suscitadas na aplicação do presente


regulamento serão resolvidas por Despacho do Reitor.

2. Sempre que necessário, o Reitor, depois de con-


sultadas as Unidades Orgânicas e a Associação Aca-
démica da USTP, poderá proceder a alterações ao pre-
sente regulamento.
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 569

BOLETIM DE MATRÍCULA

N.º do Aluno: ________________

Nome: ___________________________________________________________________
Filho(a) de: _______________________________________________________________
e de: _____________________________________________________________________
Data de Nascimento: ______/_____/_____ Natural de ______________________________
B.I nº ______________ Data de emissão: ____/____/_____ NIF _______________
Nacionalidade: _________________ Residente (Loc e Dist): ________________________
Ano Lectivo: ________/________ no _______º Ano Horário: __________________
Curso de: ____________________________________________

Ano 1.º 2.º 3.º 4.º


Disciplinas: _____________________________________________________________________
_______________________________________________________________________________

Matrícula de Disciplinas em atraso:


1º Ano: __________________________________________________________________
2º Ano: __________________________________________________________________
3.º Ano: __________________________________________________________________

Já esteve matriculado (a) nesta Universidade? Sim Não Ano Lectivo: _____/_____
Curso que frequentou: _______________________________________________________
Telefone: ______________________ Email: ___________________________________
Data de matrícula: ____/_____/_____ Assinatura do Aluno: _________________________
Nota: É obrigatório o preenchimento de todos os campos
_________________________________________________________________________
A preencher pelo(a) Funcionário(a): N.º do Aluno ______
O aluno: __________________________________________________________________
pagou a quantia de (Dbs) _________________, (__________________________________
____________________________) correspondente a matrícula do referido curso.
S. Tomé, ______ de ___________________de 20_____

O(A) Funcionário(a)
_____________________________
570 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

BOLETIM DE INSCRIÇÃO
(Acesso aos Cursos da USTP)

1. IDENTIFICAÇÃO
Nome completo: ________________________________________________________
B. I. (ou outro) N.º ___________________ Validade: _________________
NIF: ________________________ Data de nascimento: _________________

2. CONTACTOS
Endereço (Loc., Dist.): ___________________________________________________
Tel.: ___________________ E-mail: ________________________________________

3. SITUÇÃO DO CANDIDATO
3.1- Condições de acesso para
Titulares de certificado de conclusão do Ensino Secundário
Titulares de um diploma de Ensino Técnico Profissional equivalente à 12ª Classe

3.2- Unidade Orgânica | Curso pretendido


FCT ISEC ISCS Curso: _____________________________

4. O REQUERENTE
Data: ________________________ Assinatura: _______________________________

A PREENCHER PELOS SERVIÇOS (Documentos entregues pelo candidato):


- Fotocópia do BI Recebido em: ________________
- Fotocópia do Certifiado de Habilita-
ções/Diploma
- Currículo escolar/profissional O(A) Funcionário (a)
- Outros (que considere relevantes para o
processo) __________________________
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 571

Deliberação n.º 15/USTP/2020

Aprova a lista de ofertas formativas da Universida-


de de S. Tomé e Príncipe para o ano lectivo 2020-
2021.

Considerando que, de um modo geral, os ciclos de


estudos que vêm sendo realizados pela Universidade de
S. Tomé e Príncipe continuam a ser pertinentes e rele-
vantes para o desenvolvimento do país, corresponden-
do às necessidades de qualificação dos cidadãos e às
expectativas de sua realização pessoal, social e profis-
sional;

Tornando-se necessário corresponder às necessida-


des de formação a proposta de ofertas para o ano lecti-
vo 2020/2021 inclui alguns cursos novos de licenciatu-
ra.

Assim, por proposta da Reitora, mediante articula-


ção prévia com as Unidades Orgânicas, o Conselho da
Universidade, reunido em sessão extraordinária, no dia
04 de Setembro 2020, delibera o seguinte:

1. Para o ano lectivo 2020-2021 são aprovadas as


ofertas formativas, em conformidade com os quadros
em anexo à presente deliberação, de que faz parte inte-
grante.

2. O número de vagas para cada curso tem carácter


indicativo, ficando a Reitora da Universidade de S.
Tomé e Príncipe com a incumbência de, em função dos
resultados das inscrições e dos meios e recursos dispo-
níveis, confirmar a abertura de turmas, bem como alte-
rar o número de vagas.

3. A presente deliberação entra imediatamente em


vigor.

Conselho da Universidade de S. Tomé e Príncipe,


em S. Tomé, 04 de Setembro de 2020. - O Presidente
do Conselho da Universidade, Peregrino Sacramento
da Costa, (Reitor).
572 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

ANEXO: Quadros dos cursos e disciplinas nucleares


Quadro 1
Cursos Disciplinas Nucleares
Biologia Língua Portuguesa
Matemática Matemática
Física Opção 1
Química Opção 2
Agronomia
Informática Disciplinas de opção
Enfermagem
Física
Química
Biologia
Geologia
Geometria Descritiva

Quadro 2
Cursos Disciplinas Nucleares
Economia Língua Portuguesa
Gestão Bancária e Seguros Matemática
Geografia Opção 1
Gestão e Administração dos Serviços de Saúde Opção 2

Disciplinas de opção

Economia
Direito
Sociologia
Geografia

Quadro 3
Cursos Disciplinas Nucleares

Língua Portuguesa Língua Portuguesa


Direito História
Ciências da Comunicação Opção 1
História Opção 2

Disciplinas de opção

Língua Estrangeira 3
Direito
Sociologia
Psicologia

Quadro 4
Cursos Disciplinas Nucleares

Turismo Língua Portuguesa


História
Geografia
Especificações

Especificações

Técnicas de Agência de Viagens e Transportes


Técnicas de Informação e de Animação Turística
N.º 78 – 07 de Junho de 2021 SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA II SÉRIE 573

Deliberação n.º 16/USTP/2020 Conselho da Universidade, Peregrino Sacramento da


Costa, (Reitor).
Aprova o regulamento para a contratação de docen-
tes fora do quadro na Universidade de S. Tomé e Regulamento para a Contratação de Docentes fo-
Príncipe. ra do quadro na Universidade de S. Tomé e Prínci-
pe (USTP)
Aproximando-se o início das aulas na Universidade
de S. Tomé e Príncipe (USTP) e a consequente neces- Artigo 1.º
sidade de contratação de docentes fora de quadro de
modo a responder às necessidades da instituição. 1. O presente Regulamento adequa o recrutamento e
selecção dos candidatos a docente fora do quadro da
Considerando o surgimento da Pandemia da Covid- Universidade de S. Tomé e Príncipe à nova realidade
19 e consequente ausência de tempo material para con- excepcional que vive a instituição, provocada pela
cretizar o processo de recrutamento e selecção de do- Pandemia da Covid-19.
centes fora do quadro por concurso público.
2. A selecção dos candidatos é feita nos colectivos
Tendo em conta a existência de um número conside- dos cursos com a participação de, pelo menos, três
rado de manifestação de interesse por parte dos candi- docentes do quadro, do Coordenador do Departamento
datos. e supervisão do Vice-Presidente da Unidade Orgânica.

Considerando ainda as exigências financeiras impos- Artigo 2.º


tas à instituição devido a situação económica e finan-
ceira do País provocada pela pandemia. 1. Em virtude das gritantes carências de lugares do
quadro, recorre-se excepcionalmente ao regime de
De acordo com o definido no artigo 27.º dos Estatu- contratação. Nestes termos:
tos da USTP, no âmbito das suas competências, deve o
Reitor “autorizar a nomeação e a contratação do pes- a) O contratado pode ser um doutor sem uma ex-
soal docente, investigador, técnico e administrativo e periência pedagógica mínima e este deverá ser conside-
dar-lhe posse, nos termos legais e regulamentares” rado do ponto de vista lectivo como um Professor As-
(alínea d). sistente;

O Conselho da Universidade de São Tomé e Prínci- b) Excepcionalmente, o antigo Reitor é contratado


pe (USTP), reunido no dia 22 de Outubro de 2020, no na categoria de Professor Titular;
anfiteatro da Faculdade de Ciências e Tecnologias, no
uso das competências que lhe são conferidas nas alí- c) O docente contratado não faz carreira, entrando
neas a) e f) do artigo 24.º dos Estatutos da USTP, apro- apenas para suprir as carências por ausência de efecti-
vados pelo Despacho nº 38/GMEES/2020 e publicado vos na área.
no Diário da República nº 108, II Série de 1 de Outu-
bro, delibera: 2. O serviço docente a ser atribuído ao professor
contratado em regime de tempo integral contabiliza um
1. É aprovado o Regulamento para a Contratação mínimo de 16 horas semanais, sendo 12 horas lectivas
de Docentes fora do quadro na Universidade de S. To- e 4 horas para atendimento aos seus alunos.
mé e Príncipe, anexo à presente deliberação, de que faz
parte integrante. 3. As horas de serviço atribuídas ao docente contra-
tado devem ser repartidas entre as Unidades Orgânicas
2. São revogadas todas as Deliberações, Normas de modo a completar as 12 horas lectivas estipuladas
e Resoluções anteriores que contrariam o princípio da no número anterior.
presente Deliberação.
4. A título excepcional, não sendo possível estabele-
3. A presente deliberação entra imediatamente em cer o contrato em regime de tempo integral, é atribuído
vigor. ao docente um horário lectivo em regime de tempo
parcial semanal acrescido de 4 horas de atendimento
Conselho de Gestão da Universidade de S. Tomé e aos seus alunos.
Príncipe, aos 22 de Outubro de 2020. - O Presidente do
574 II SÉRIE SÃO TOMÉ E PRÍNCIPE - DIÁRIO DA REPÚBLICA N.º 78 – 07 de Junho de 2021

5. Os docentes em regime de tempo parcial, com até


4 horas lectivas semanais, farão 2 horas de atendimento
aos seus alunos.

6. As horas de atendimento aos alunos não são re-


muneradas.

Artigo 3.º

1. Para efeitos de pagamento, os docentes em regime


de tempo integral estão sujeitos às mesmas condições e
obrigações dos docentes do quadro, auferindo uma
remuneração mensal igual a dos docentes do quadro na
categoria correspondente, com excepção do subsídio de
exclusividade.

2. O benefício referido no número anterior só pode


ser concretizado mediante o estrito cumprimento dos
termos do Contrato assinado com a Unidade Orgânica
onde se propôs leccionar, antecedido da autorização do
Reitor.

3. Os docentes em regime de tempo parcial auferem


a remuneração correspondente ao número de horas
efectivas de leccionação, obedecendo à taxa em vigor.

DIÁRIO DA REPÚBLICA
AVISO
A correspondência respeitante à publicação de anúncios no Diário da República, a sua assinatura ou falta
de remessa, deve ser dirigida ao Centro de Informática e Reprografia do Ministério da Justiça, Adminis-
tração Pública e Direitos Humanos – Telefone: 2225693 - Caixa Postal n.º 901 – E-mail: cir-reprografia
@hotmail.com São Tomé e Príncipe. - S. Tomé.

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