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Ministra/o d

Decreto n.º

DL 297/XXIII/2023

2023.09.18

O Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio, na sua redação atual, que aprova o regime jurídico
de habilitação profissional para a docência na educação pré-escolar e nos ensinos básico e
secundário, veio estabelecer as condições específicas de ingresso nos ciclos de estudos
conducentes ao grau de mestre nos grupos de recrutamento identificados no Decreto-Lei n.º
27/2006, de 10 de fevereiro.

Em Portugal à semelhança do que se tem verificado noutros países, o aumento do índice de


envelhecimento dos docentes e as crescentes dificuldades na sua renovação, bem como a
redução da procura dos cursos de formação inicial para a educação pré-escolar e os ensinos
básico e secundário, tem vindo a criar dificuldades no recrutamento de novos docentes
Importa, assim, adotar medidas que reforcem a quantidade e qualidade daqueles
profissionais, para que, com qualificação adequada possam dar resposta às necessidades
identificadas no âmbito do sistema de ensino público.

Por outro lado, os desafios da globalização, da interatividade, da flexibilidade e da preparação


para os novos desafios da sociedade do conhecimento, que disputam o espaço escolar, vêm
colocar pressão sobre a escola exigindo-se-lhe mais do que alguma vez se lhe exigiu. Estes
desafios impõem acrescidas responsabilidades os docentes e aos estabelecimentos de ensino
superior, a quem cabe formar os candidatos ao exercício da profissão docente dotando-os
das competências e dos conhecimentos científicos, técnicos e pedagógico-didáticos
indispensáveis à escola do século XXI.

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Ministra/o d

Decreto n.º

Ciente destes desafios e reconhecendo o valor e o impacto da docência na qualidade da


educação, o XXIII Governo Constitucional assumiu, no seu Programa, o compromisso de
garantir à escola pública, de forma sustentável, os professores em número e qualidade
necessários à prossecução da sua missão.
Atenta a relevância desta matéria para o sistema educativo, através do Despacho n.º
12214/2022, publicado no Diário da República, 2.ª série, n.º 2022, em 19 de outubro, de
2022, foi criado um grupo de trabalho com a missão de apresentar um relatório com
propostas de alteração ao Decreto-Lei 79/2014, de 14 de maio, na sua redação atual, com
vista à implementação de um regime jurídico de habilitação profissional para a docência na
educação pré-escolar e nos ensinos básico e secundário mais flexível e eficaz, suscetível de
proporcionar um aumento efetivo de candidatos à frequência de mestrados em ensino, de
modo a garantir à escola pública, de forma sustentável, educadores e professores em número
e qualidade necessários à prossecução da sua missão.
Tendo por referência as recomendações do referido grupo de trabalho, o presente decreto-
lei vem, por um lado, adequar os princípios gerais que regem a organização da formação dos
cursos que conferem habilitação profissional para a docência às atuais orientações gerais de
política educativa passando a ter como referência o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade
Obrigatória, as Aprendizagens Essenciais e a Educação para a Cidadania.
Por outro lado, de modo a atrair à profissão docente mais candidatos e a reter mais
profissionais, introduzem-se regras específicas para a aquisição de habilitação profissional
para a docência destinadas aos candidatos que possuam, pelo menos, quatro anos de
experiência profissional, aos detentores do grau de mestre ou de doutor na área científica
abrangida pelo respetivo grupo de recrutamento, bem como para os estudantes que tendo
frequentado estes cursos não os tenham concluído. Além disso, os estagiários passam a ser
remunerados tendo por referência o índice 167 de docente contratado de acordo com o
horário atribuído e valoriza-se o estatuto do professor cooperante.

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Ministra/o d

Decreto n.º

Foi promovida a audição do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas, o


Conselho Coordenador dos Institutos Superiores Politécnicos, a Associação Portuguesa do
Ensino Superior Privado, o Conselho das Escolas, a Associação de Estabelecimentos de
Ensino Particular e Cooperativo e o Conselho Nacional de Educação.

Foram observados os procedimentos de negociação coletiva decorrentes da Lei Geral do


Trabalho em Funções Públicas, aprovada em anexo à Lei n.º 35/2014, de 20 de junho, na
sua redação atual.

Assim:

No desenvolvimento da Lei de Bases do Sistema Educativo, aprovada pela Lei n.º 46/86, de
14 de outubro, e nos termos da alínea c) do n.º 1 do artigo 198.º da Constituição, o Governo
decreta o seguinte:

Artigo 1.º

Objeto

O presente decreto-lei procede à terceira alteração ao Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de


maio, alterado pelos Decretos-Lei n.ºs 176/2014, de 12 de dezembro, e 16/2018, de 7 de
março, que aprova o regime jurídico da habilitação profissional para a docência na educação
pré-escolar e nos ensinos básicos e secundário.

Artigo 2.º

Alteração ao Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 maio

Os artigos 6.º, 9.º, 10.º, 11.º, 14.º, 15.º, 18.º, 19.º, 20.º, 22.º, 23.º e 26.º do Decreto-Lei n.º
79/2014, de 14 de maio, na sua redação atual, passam a ter a seguinte redação:

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Ministra/o d

Decreto n.º

«Artigo 6.º

[...]

[...]:

a) […];

b) As orientações curriculares para a educação pré-escolar e as matrizes


curriculares-base dos ensinos básico e secundário

c) [Revogado];

d) O perfil dos alunos à saída da escolaridade obrigatória;

e) As aprendizagens essenciais para cada disciplina e ciclo de ensino;

f) [Anterior alínea d)].

Artigo 9.º

[...]

1- […]

2- A formação na área educacional geral integra, em particular, as áreas da


psicologia do desenvolvimento, dos processos cognitivos, designadamente
os envolvidos na aprendizagem da leitura, da escrita e da matemática
elementar, do currículo, da educação para a cidadania, da avaliação das
aprendizagens, da organização escolar, da educação inclusiva, das
necessidades específicas e da organização e gestão da sala de aula, bem como
do uso das tecnologias digitais em educação.

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 10.º

[...]

A formação em didáticas específicas abrange as competências que integram


conhecimentos, capacidades e atitudes, relativos às áreas de conteúdo e ao
ensino das disciplinas do respetivo grupo de recrutamento.

Artigo 11.º

[...]

1- […].

a) […];

b) […];

c) Realiza-se em grupos das creches ou dos jardins-de-infância, bem como


nos diferentes níveis e ciclos de ensino abrangidos pelos grupos de
recrutamento para os quais o ciclo de estudos prepara;

d) […];

e) […].

2- […].

3- Os candidatos que, à data do ingresso no ciclo de estudos previsto no


presente decreto-lei, possuam pelo menos quatro anos de experiência
docente no respetivo grupo de recrutamento podem optar, em alternativa
à prática de ensino supervisionada, por apresentar e defender publicamente
um relatório individual que abranja esse período de docência.

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

4- Os termos a que deve obedecer a elaboração do relatório individual e o


respetivo processo avaliativo são fixados por despacho dos membros do
Governo responsáveis pelas áreas da ciência, tecnologia e ensino
superior e da educação.

5- Aos candidatos que, à data de ingresso no ciclo de estudos previsto no


presente decreto-lei, sejam detentores dos graus de mestre ou de doutor na
área científica abrangida pelo respetivo grupo de recrutamento é reduzida a
frequência da prática de ensino supervisionada para um semestre, sem
prejuízo da obrigatoriedade da realização de unidades curriculares no
âmbito das didáticas específicas, nos termos a fixar pelos estabelecimentos
de ensino superior.

Artigo 14.º

[...]

1- […]:

a) […];

b) […];

c) […];

d) Prática de ensino supervisionada: mínimo de 41.

2- […]:

a) […];

b) […];

c) […];

d) Prática de ensino supervisionada: mínimo de 41.


6

[Escreva aqui]
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Decreto n.º

3- […]:

a) […];

b) […];

c) […];

d) Prática de ensino supervisionada: mínimo de 54.

4- […]:

a) […];

b) […];

c) […];

d) Prática de ensino supervisionada: mínimo de 54.

Artigo 15.º

[...]

[…]:

a) Área de docência: mínimo de 9;

b) Área educacional geral: mínimo de 9;

c) […];

d) Iniciação à prática profissional, incluindo a prática de ensino


supervisionada: mínimo de 60.

Artigo 18.º

[...]

1- [...].

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

2- Podem candidatar-se ao ingresso num ciclo de estudos conducente ao grau


de mestre, numa das especialidades a que se referem os n.ºs 1 a 5 do anexo
ao presente decreto-lei, os titulares da licenciatura em Educação Básica.

3- Podem ainda candidatar-se ao ingresso num dos ciclos de estudos referidos


no número anterior os titulares de outras licenciaturas, desde que satisfaçam
os requisitos de créditos mínimos de formação, a definir pelos
estabelecimentos de ensino superior relativamente às componentes de
formação na área de docência, previstas no n.º 2 do artigo 13.º e na área
educacional geral prevista no n.º 1 do mesmo artigo.

4- Podem candidatar-se ao ingresso num ciclo de estudos conducente ao grau


de mestre numa das especialidades a que se referem os n.ºs 6 a 7, 9 a 29, 31
e 33 do anexo ao presente decreto-lei e do qual faz parte integrante, aqueles
que satisfaçam, cumulativamente, as seguintes condições:

a) Sejam titulares de uma habilitação académica superior a que se referem


as alíneas a) a c) do n.º 1 do artigo 17.º do Decreto-Lei n.º 74/2006, de
24 de março, na sua redação atual;

b) [Anterior alínea b) do n.º 3].

5- Podem candidatar-se ao ingresso num ciclo de estudos conducente ao grau


de mestre, numa das especialidades a que se referem os n.os 8, 30, 32 e 34
do anexo ao presente decreto-lei, e do qual faz parte integrante, os
detentores de formação superior que possuam os requisitos de créditos
mínimos fixados pelos estabelecimentos de ensino superior nas
componentes de formação.

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

6- Podem ainda candidatar-se ao ingresso num ciclo de estudos conducente ao


grau de mestre, numa das especialidades a que se refere os n.ºs 6 a 34 do
anexo ao presente decreto-lei, e do qual faz parte integrante, os indivíduos
que:

a) reúnam as condições a que se refere a alínea d), do n.º 1, do artigo


17.º, do Decreto-Lei n.º 74/2006, de 24 de março, na sua redação
atual, e satisfaçam os requisitos mínimos de formação fixados para
o ingresso na respetiva especialidade constantes do referido anexo.

b) os indivíduos que cumpram as condições de acesso à prática de


ensino supervisionada nos termos previstos nos n.ºs 3 e 4 do artigo
11.º.

7- Podem igualmente candidatar-se ao ingresso num ciclo de estudos


conducente ao grau de mestre, numa das especialidades a que se refere o
anexo ao presente decreto-lei, e do qual faz parte integrante, os indivíduos
que tenham obtido 75 % dos créditos dos requisitos mínimos de formação
fixados para a respetiva especialidade no referido anexo.

8- Na situação prevista no número anterior, a inscrição nas unidades


curriculares das componentes de didáticas específicas e de iniciação à prática
profissional, incluindo a prática de ensino supervisionada, fica condicionada
à obtenção dos créditos em falta, competindo ao órgão legal e
estatutariamente competente do estabelecimento de ensino superior decidir
quais as unidades curriculares das componentes de formação previstas nas
alíneas a), b) e c) do artigo 15.º a frequentar pelos candidatos, para obtenção
dos créditos necessários à atribuição do grau de mestre na especialidade
considerada.

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

9- [Anterior n.º 7].

Artigo 19.º

[...]

1- […].

2- Sem prejuízo da autonomia dos estabelecimentos de ensino superior, a


fixação das vagas a que se refere o número anterior tem ainda em conta as
orientações gerais estabelecidas pelos membros do Governo responsáveis
pelas áreas do Ensino Superior e da Educação, ouvidos os organismos
representativos das instituições, tendo em consideração, designadamente:

a) […];

b) […];

c) […];

d) A necessidade de assegurar vagas supranumerárias destinadas a


candidatos sem qualificação profissional para a docência, com
experiência docente, para admissão num dos ciclos de estudos
regulados pelo presente decreto-lei.

3- […].

4- […].

5- […].

6- […].

10

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 20.º

[...]

1- […].

2- Nas situações previstas na alínea b) do n.º 6 e no n.º 7 do artigo 18.º, o grau


de mestre, numa das especialidades a que se refere o anexo ao presente
decreto-lei, é conferido aos estudantes que, reunindo as condições previstas
no número anterior, satisfaçam cumulativamente os requisitos mínimos de
formação fixados para o ingresso na respetiva especialidade.

3- O grau de mestre é ainda conferido aos candidatos admitidos a um dos


ciclos de estudos, em vagas fixadas nos termos da alínea d), do n.º 2, do
artigo anterior, cuja componente de formação de iniciação à prática de
ensino supervisionada é concretizada através de relatório individual
defendido em prova pública, nos termos do n.º 3 do artigo 11.º e cumpram
as condições previstas no n.º 10 do artigo 18.º.

Artigo 22.º

[...]

1- […].

2- […].

3- […]:

a) […];

b) […];

c) […];

d) […];
11

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

e) Condições para a realização da prática de ensino supervisionada nas


turmas da escola cooperante, com acompanhamento do orientador
cooperante;

f) […];

g) […].

4- […].

5- […].

6- As escolas cooperantes que acolham mais do que um estudante dos ciclos


de estudos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico
constituem, um núcleo de estágio destinado a desenvolver atividades na
escola e de cooperação entre estudantes.

7- As escolas cooperantes que acolham estudantes dos ciclos de estudos do 2.º


e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário constituem, por grupo
de recrutamento ou disciplina, núcleos de estágio incluindo todos os
estudantes do respetivo grupo de recrutamento ou disciplina, com vista ao
desenvolvimento de atividades na escola e de cooperação entre estudantes.

8- O regime de organização e funcionamento dos núcleos de estágio


previstos nos n.ºs 6 e 7 é fixado por despacho dos membros do Governo
responsáveis pelas áreas das finanças e da educação.

12

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 23.º

[...]

1- […].

2- […].

3- […].

4- […].

5- […].

6- O orientador cooperante pode acompanhar até quatro estudantes que se


encontrem a frequentar:

a) O ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em Educação Pré-


Escolar ou em ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico;

b) O Ciclo de estudos conducente ao grau de mestre em ensino do 2.º e


3.º Ciclos do Ensino Básico e do Ensino Secundário.

7- A componente letiva do trabalho semanal a que estão obrigados os


orientadores cooperantes é reduzida, até ao limite de quatro horas, nos
seguintes termos:

a) Em uma hora para acompanhamento de um estudante;

b) Em uma hora por cada estudante adicional.

8- A redução referida no número anterior acresce à redução estabelecida no


n.º 1 do artigo 79.º do Decreto-Lei n.º 139-A/90 de 28 de abril, que aprova
o Estatuto da Carreira de Educadores de Infância e dos Professores dos

13

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensinos Básico e Secundário, na sua redação atual (ECD).

9- Aos orientadores cooperantes pode ser autorizada a acumulação de funções


docentes no estabelecimento de ensino superior, independentemente do
número de horas de componente letiva a que o docente cooperante se
encontra sujeito, nos termos dos artigos 77.º e 79.º do ECD até ao limite
de:

a) seis horas letivas semanais ou;

b) 150 horas letivas anuais.

10- [Anterior n.º 6].

Artigo 26.º

[...]

1- […].

2- […]:

a) Aos processos de verificação das condições de ingresso a que se


referem os artigos 17.º, 18.º e 18.º-A;

b) […];

c) […];

d) […];

e) Ao cumprimento dos requisitos fixados pelos artigos 22.º 23. e 23.º-A,


referentes às escolas cooperantes, aos protocolos com estas e aos
orientadores cooperantes;

f) […].»

14

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 3.º

Aditamento

São aditados ao Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio, na sua redação atual, os artigos
18.º-A e 23.º-A, com a seguinte redação:

«Artigo 18.º-A

Condições específicas de reingresso

1- Podem reingressar num ciclo de estudos conducente ao grau de mestre,


numa das especialidades a que se refere o anexo ao presente decreto-lei, os
estudantes que tenham estado matriculados e inscritos no referido ciclo de
estudos e não o tenham concluído, em virtude de:

a) Não terem defendido o relatório da unidade curricular relativa à prática


de ensino supervisionada;

b) Não terem concluído a iniciação à prática de ensino supervisionada ou


outras unidades curriculares.

2- Para efeitos do previsto no número anterior, cada estabelecimento de


ensino superior, através dos órgãos legal e estatutariamente competentes,
define planos personalizados de reingresso adaptados aos perfis dos
estudantes, tendo em consideração a experiência entretanto adquirida e
comprovada, as unidades curriculares realizadas e as que tenham de ser
concluídas.

15

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 23.º-A

Organização da prática de ensino supervisionada

1- Sem prejuízo da autonomia dos estabelecimentos de ensino superior, a


organização da prática de ensino supervisionada obedece às especificidades
dos ciclos de estudo frequentados pelo estudante sendo assegurada por este
em coadjuvação com o orientador cooperante.

2- Na organização da prática ensino supervisionada dos estudantes dos ciclos


de estudos da Educação Pré-Escolar e do 1.º Ciclo do Ensino Básico
observa-se, o seguinte:

a) Na Educação Pré-Escolar são atribuídas ao estudante 12 horas letivas


semanais, distribuídas nos seguintes termos:

i) Seis horas num grupo de crianças com idade até três anos;

ii) Seis horas num grupo de crianças com idades compreendidas entre os
três e os quatro anos;

iii) Seis horas num grupo de crianças com cinco ou mais anos de idade.

b) No 1.ª Ciclo do Ensino Básico são atribuídas ao estudante 12 horas


letivas semanais.

3- Na organização da prática de ensino supervisionada dos estudantes dos


ciclos de estudos de Ensino do 1.º Ciclo do Ensino Básico e de Português
e História e Geografia de Portugal no 2.º Ciclo do Ensino Básico, ou do 1.º
Ciclo do Ensino Básico e de Matemática e Ciências Naturais no 2.º Ciclo
do Ensino Básico observa-se, o seguinte:

16

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

a) No 1.º Ciclo do Ensino Básico ao estudante cabe prestar pelo menos


seis horas letivas semanais;

b) No 2.º Ciclo do Ensino Básico ao estudante cabe prestar pelo menos


três horas letivas semanais, sendo a prática letiva realizada em contexto
de turmas e aulas regidas pelo estudante e supervisionadas pelo
orientador cooperante.

4- Na organização da prática de ensino supervisionada dos cursos a que se


refere o número anterior não pode ser atribuído ao estudante um número
total inferior a 12 horas letivas semanais.

5- Na organização da prática de ensino supervisionada dos estudantes dos


ciclos de estudos do 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino Secundário,
observa-se o seguinte:

a) Atribuição ao estudante de 12 horas letivas semanais;

b) Realização de prática letiva com turmas de diferentes anos e ciclos de


ensino, em contexto de aulas regidas pelo estudante e supervisionadas
pelo orientador cooperante;

c) Inclusão no horário letivo do estudante de turmas, com pelo menos,


duas disciplinas do respetivo grupo de recrutamento e de turmas dos
ensinos básico e secundário, caso as características da escola
cooperante o permitam.

6- Aos estudantes abrangidos pelo n.º 5 do artigo 11.º podem ser atribuídas:

a) 25 horas letivas na Educação Pré-Escolar e no 1.º Ciclo do Ensino


Básico;

17

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

b) 22 horas letivas no 2.º e 3.º Ciclos do Ensino Básico e Ensino


Secundário.

7- No horário dos estudantes de todos os ciclos de estudo é previsto um dia


sem atividades na escola cooperante, destinado à realização de trabalho no
estabelecimento de ensino superior, em termos a definir no protocolo a que
se refere o artigo 22.º.

8- Aos estudantes é conferido o direito a uma remuneração mensal, a abonar


durante 14 meses, com valor correspondente à remuneração pelo índice
167, de acordo com o horário atribuído.

9- Para efeitos do disposto no número anterior é celebrado um contrato de


estágio entre o estudante e a escola cooperante, sujeito à forma escrita, com
a duração de um ano escolar

10- O estágio é realizado em regime de exclusividade.

11- A relação jurídica decorrente da celebração de um contrato de estágio ao


abrigo do presente decreto-lei não confere vínculo de emprego público e é
equiparada, para efeitos de segurança social, a trabalho por conta de outrem,
observando-se ainda o disposto no Código de Imposto sobre o Rendimento
das Pessoas Singulares.

12- Sem prejuízo da autonomia dos estabelecimentos de ensino superior no


âmbito da organização da prática de ensino supervisionada,
designadamente, quanto à frequência, assiduidade e avaliação, à cessação do
contrato de estágio previsto no presente artigo, aplica-se, com as necessárias
adaptações, o disposto no artigo 11.º-B do Decreto-Lei n.º 18/2010, de 19
de março, na sua redação atual.

18

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Artigo 4.º

Alteração do anexo I ao Decreto-lei n.º 79/2014, de 14 de maio

O anexo ao Decreto-Lei n.º 79/2014, de 18 de maio, na sua redação atual, passa a ter redação
constante do anexo ao presente decreto-lei, do qual faz parte integrante.

Artigo 5.º

Norma revogatória

É revogada a alínea c) do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 79/2014, de 14 de maio, na sua redação
atual.

Artigo 6.º

Entrada em vigor e produção de efeitos

O presente decreto-lei entra em vigor no dia seguinte ao da sua publicação e produz efeitos
a partir do ano letivo de 2024-2025.

Visto e aprovado em Conselho de Ministros de…

19

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

«ANEXO
(a que se refere o artigo 4.º)
[…]
Requisitos mínimos de formação para
Núme Especialidade do Grupo de
ingresso no ciclo de estudos conducente
ro grau de mestre recrutamento
ao grau de mestre

Educação Pré-
1 Licenciatura em Educação Básica (1) 100 Pré-escolar
Escolar

Ensino do 1.º
2 Licenciatura em Educação Básica (1) 110 1.º CEB
CEB

Educação Pré- 100 Pré-escolar


3 Escolar e Ensino Licenciatura em Educação Básica (1)
110 1.º CEB
do 1.º CEB

Ensino do 1.º 110 1.º CEB


CEB e de
Português e Português
4 História e Licenciatura em Educação Básica (1) E Estudos
200
Geografia de Sociais/Hi
Portugal no 2.º stória
CEB
Ensino do 1.º 110 1.º CEB
CEB e de Matemátic
5 Matemática e Licenciatura em Educação Básica (1) ae
230
Ciências Naturais Ciências da
no 2.º CEB Natureza

20

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3)


Português e Portuguêse
6 220
Inglês no 2.º 60 a 80 créditos em Inglês (3) Inglês
CEB

Ensino de Educação
120 créditos no conjunto das duas áreas
Educação Visual Visual e
7 disciplinares e nenhum com menos de 240
e Tecnológica no Tecnológica
50 créditos
Ensino Básico

120 créditos em Prática Instrumental e


Ensino da
Vocal, Formação Musical e em Ciências
Educação Educação
8 Musicais e nenhuma com menos de 25 250
Musical no Musical
(2)
Ensino Básico

Ensino de
9 Português no 3.º 90 créditos em Português 300 Português
CEB e no ES

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3) 300 Português


Português no 3.º
10 40 a 60 créditos em Latim e Estudos Latim e
CEB e no ES e 310
Clássicos (3) Grego
de Latim no ES

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3) 300 Português


Português e
11
Alemão no 3.º 60 a 80 créditos em Alemão (3) 340 Alemão
CEB e no ES (4)

21

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3) 300 Português


Português e de
12
Espanhol no 3.º 60 a 80 créditos em Espanhol (3) 350 Espanhol
CEB e no ES (4)

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3) 300 Português


Português e
13
Francês no 3.º 60 a 80 créditos em Francês (3) 320 Francês
CEB e no ES (4)

Ensino de 80 a 100 créditos em Português (3) 300 Português


Português e de
14
Inglês no 3.º 60 a 80 créditos em Inglês (3) 330 Inglês
CEB e no ES (4)

Ensino de Inglês
15 no 3.º CEB e no 90 créditos em Inglês 330 Inglês
ES

Ensino de Inglês 80 a 100 créditos em Inglês (3) 330 Inglês


e de Alemão no
16
3.º CEB e no ES 60 a 80 créditos em Alemão (3) 340 Alemão
(5)

Ensino de Inglês 80 a 100 créditos em Inglês (3) 330 Inglês


de Espanhol no
17 3.º CEB e no ES
(5) 60 a 80 créditos em Espanhol (3) 350 Espanhol

22

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensino de Inglês 80 a 100 créditos em Inglês (3) 330 Inglês


e de Francês no
18
3.º CEB e no ES 60 a 80 créditos em Francês (3) 320 Francês
(5)

Ensino de
19 90 créditos em Filosofia 410 Filosofia
Filosofia no ES

Requisitos mínimos de formação para


Núme Especialidade do Grupo de
ingresso no ciclo de estudos conducente
ro grau de mestre recrutamento
ao grau de mestre

Ensino de
20 História no 3.º 90 créditos em História 400 História
CEB e no ES

Ensino e
21 Geografia no 3.º 90 créditos em Geografia 420 Geografia
CEB e no ES

Economia
Ensino da 120 créditos no conjunto das duas áreas
e
22 Economia e de disciplinares e nenhuma com menos de 430
Contabilid
Contabilidade 50 créditos
ade

Ensino da
Matemática no Matemátic
23 90 créditos a Matemática 500
3.º CEB e no ES a

23

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensino de Física 120 créditos no conjunto das duas áreas


Física e
24 e de Química no disciplinares e nenhuma com menos de 510
Química
3.º CEB e no ES 50 créditos

Ensino de
120 créditos no conjunto das duas áreas
Biologia e Biologia e
25 disciplinares e nenhuma com menos de 520
Geologia no 3.º Geologia
50 créditos
CEB e no ES

Ensino de
120 créditos no conjunto das três áreas
Energias, de Eletrotecni
26 disciplinares e nenhuma com menos de 540
Eletrónica e de a
25 créditos
Automação

Ensino de Informátic
27 90 créditos em Informática 550
Informática a

Ensino de Ciências
28 Ciências 90 créditos em Ciências Agropecuárias 560 Agropecuá
Agropecuárias rias

Ensino de Artes
Artes
29 Visuais no 3.º 90 créditos em Artes Visuais 600
Visuais
CEB e no ES

120 créditos em Prática Instrumental e


Ensino de Vocal, Formação Musical e em Ciências
30 (7)
Música (6) Musicais e nenhuma com menos de 25
créditos (2)

24

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

Ensino de 260
Educação Física
120 créditos em Educação Física e Educação
31 nos Ensinos
Desporto (3) 620 Física
Básico e
Secundário

120 créditos em Prática da Dança e em


Ensino de Dança
32 Teoria da Dança e nenhum com menos (9)
(8)
de 25 créditos (2)

Ensino de Inglês 120


33 80 a 100 créditos em Inglês (3) Inglês
no 1.º CEB (10)

Ensino de Língua
120 créditos em Língua Gestual
34 Língua Gestual 360 Gestual
Portuguesa (2)
Portuguesa Portuguesa

(1) Para além da Licenciatura em Educação Básica podem ser admitidos candidatos com
outras licenciaturas desde que satisfaçam os requisitos de créditos mínimos fixados pelo
respetivo estabelecimento de ensino superior.

(2) Podem ainda ser admitidos candidatos com outra formação superior que possuam os
requisitos de créditos mínimos a fixar pelos estabelecimentos do ensino superior nas
componentes de formação nas áreas de formação destes cursos, salvaguardando-se que o
número mínimo não seja inferior a 90 créditos.

(3) Podem ser admitidos candidatos com licenciaturas que possuam os requisitos de créditos
mínimos a fixar pelos estabelecimentos do ensino superior, desde que com pelo menos 50
créditos num total de 120 no conjunto das duas disciplinas.

25

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

(4) Os estabelecimentos do ensino superior podem optar por concretizar os ciclos de estudos
de mestrado com as referências 11, 12, 13 e 14 através de um único ciclo de estudos. Nesse
caso, a denominação do ciclo de estudos é, conforme os casos, uma das seguintes: (i) Ensino
de Português e de Língua Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário
na área de especialização de Alemão (confere habilitação para a docência nos grupos 300 e
340); (ii) Ensino de Português e de Língua Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no
Ensino Secundário na área de especialização de Espanhol (confere habilitação para a
docência nos grupos 300 e 350); (iii) Ensino de Português e de Língua Estrangeira no 3.º
Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário na área de especialização de Francês (confere
habilitação para a docência nos grupos 300 e 320); (iv) Ensino de Português e de Língua
Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário na área de especialização
de Inglês (confere habilitação para a docência nos grupos 300 e 330).

(5) Os estabelecimentos do ensino superior podem optar por concretizar os ciclos de estudos
de mestrado com as referências 16, 17 e 18 através de um único ciclo de estudos. Nesse caso,
a denominação do ciclo de estudos é, conforme os casos, uma das seguintes: (i) Ensino de
Inglês e de Língua Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino Secundário na
área de especialização de Alemão (confere habilitação para a docência nos grupos 330 e 340);
(ii) Ensino de Inglês e de Língua Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino Básico e no Ensino
Secundário na área de especialização de Espanhol (confere habilitação para a docência nos
grupos 330 e 350); (iii) Ensino de Inglês e de Língua Estrangeira no 3.º Ciclo do Ensino
Básico e no Ensino Secundário na área de especialização de Francês (confere habilitação para
a docência nos grupos 330 e 320).

(6) Em áreas de especialização adequadas a cada um dos grupos a que se refere a Portaria n.º
693/98, de 3 de setembro, na sua redação atual.

(7) Grupos fixados pela Portaria n.º 693/98, de 3 de setembro, na sua redação atual.

26

[Escreva aqui]
Ministra/o d

Decreto n.º

(8) Em áreas de especialização adequadas a cada um dos grupos a que se refere a Portaria n.º
192/2002, de 4 de março.

(9) Grupos fixados pela Portaria n.º 192/2002, de 4 de março. Os créditos são indicados
segundo o sistema europeu de transferência e acumulação de créditos previsto no Decreto-
Lei n.º 42/2005, de 22 de fevereiro, na sua redação atual.

(10) As condições de ingresso seguem o disposto no n.º 4 do artigo 18.º. O ciclo de estudos
organiza-se de acordo com o disposto no n.º 2 do artigo 14.º, sendo que o número de créditos
mínimo para a área educacional geral é de 12.»

27

[Escreva aqui]

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